Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

Licenciatura em Informática

Sualé Mussa Francisco

IMPACTO DO USO DAS TICs NO 1O NO CICLO DO ENSINO


PRIMÁRIO: ESTUDO DE CASO DA COOPERATIVA DE ENSINO
KALIMANY - QUELIMANE

Quelimane
2023
UNIVERSIDADE LICUNGO

Sualé Mussa Francisco

IMPACTO DO USO DAS TICs NO 1O CICLO DO ENSINO


PRIMÁRIO: ESTUDO DE CASO DA COOPERATIVA DE ENSINO
KALIMANY

Projecto de pesquisa a ser apresentado no


Departamento de Ciências e Tecnologias como
requisito para a obtenção do título de
licenciado em Informática com Habilidades em
Ensino de Informática. supervisionado pelo:

Dr. Cherequejanhe

Quelimane
2023
SUMÁRIO Pag.

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
CAPITULO I: ELEMENTOS DE PESQUISA .......................................................................... 4
1.2. Problematização ........................................................................................................... 4
1.3. Justificativa .................................................................................................................. 6
1.4. Objetivo ....................................................................................................................... 7
1.4.1. Geral ..................................................................................................................... 7
1.4.2. Especifico ............................................................................................................. 7
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 8
2.1. Tecnologia de informação e comunicação ................................................................... 8
2.2. As TICs na educação ................................................................................................... 9
2.3. O uso das novas tecnologias nas instituições escolares ............................................. 10
CAPITULO III: METODOLOGIA .......................................................................................... 11
3.1. Descrição da área de estudo ....................................................................................... 11
3.2. Tipos de pesquisa ....................................................................................................... 12
3.2.1. Quanto a abordagem .......................................................................................... 12
3.2.2. Quanto a natureza .............................................................................................. 13
3.2.3. Quanto aos objetivos da pesquisa ...................................................................... 13
3.2.4. Quanto aos procedimentos ................................................................................. 14
3.3. Técnicas de amostra ................................................................................................... 15
3.3.1. Universo ............................................................................................................. 15
3.3.2. Amostra............................................................................................................... 15
3.4. Técnicas de coleta de dados ....................................................................................... 15
3.4.1. Entrevista ............................................................................................................ 15
3.4.2. Questionário ....................................................................................................... 16
3.5. Cronograma de atividades ......................................................................................... 16
3.6. Orçamento do projecto ............................................................................................... 17
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................................. 18
3

1. INTRODUÇÃO
Nas duas primeiras décadas do século XXI, a humanidade tem experimentado um
avanço tecnológico exponencial. Esses avanços provocam mudanças sociais, técnicas, culturais
e econômicas no seio da sociedade, promovendo o surgimento de novas formas de pensar,
sentir, agir e viver juntos (Janete , Jenerton , & Leandro , 2020).

A educação num aspecto global vem sofrendo mudanças nas últimas décadas devido à
presença das tecnologias que vêm sendo utilizadas no meio educacional. Estes avanços
tecnológicos na educação, possibilitaram a criação de ferramentas que puderam ser
implementadas nas salas de aula, mudando assim a maneira de ensinar. Embora existam
ferramentas tecnológicas voltadas para a área pedagógica, há muito que se avançar dentro das
instituições educacionais, para que o processo de ensino e aprendizagem se torne mais
tecnológico, sobretudo nas escolas públicas (Branco, Adriano, & Iwasse, 2020).

De acordo Pires (2009) citado por Pimentel, Carmo, Lopes, Dalfior, & Silva (2021), no
ambiente escolar as TICs são de extrema importância para enriquecer e complementar as
práticas pedagógicas, pois ajudam na condução de atividades diferenciadas. Além disso,
fornecem apoio aos professores e alunos, possibilitando um trabalho mais aprofundado onde o
docente não fica sendo o único detentor do saber, mas permite aos alunos a procura de
informação e de solução para suas dúvidas por meio da tecnologia.

A revolução tecnológica digital afetou de forma profunda a maneira de se viver em


sociedade dando um grande impulso no mundo cibernético. Com o fomento do uso da
tecnologia da informação e comunicação, elas passaram a estar presentes em todos os lugares,
incluindo ambientes escolares (Pimentel, Carmo, Lopes, Dalfior, & Silva, 2021). De acordo
com Pimentel, Carmo, Lopes, Dalfior, & Silva (2021), diversos estudiosos apontam sobre como
o uso direcionado das TICs pode ser benéfico, conciliado com as práticas pedagógicas dentro
das escolas. Segundo Gebran (2009), a utilização das tecnologias em sala de aula propicia um
ambiente rico e possibilita melhorias no nosso sistema educacional.

A maioria das instituições públicas e privadas de ensino a nível nacional, leccionam as


TICs no 1o ciclo do ensino secundário tendo início na 10a classe. Neste contexto, o estudo tem
por objetivo saber o impacto do uso das TIC’s no 1o ciclo do ensino primário na Cooperativa
de Ensino Kalimany e, quais são as estratégias e modelos adotados pelas direções destas
instituições de ensino para leccionar alunos do 1o ciclo do ensino primário.
4

CAPITULO I: ELEMENTOS DE PESQUISA


1.2. Problematização
Dentro de um universo repleto de tecnologias temos a nossa disposição: ultrabooks, Wi-
Fi, ambientes virtuais de aprendizagens (AVA), tecnologias integradas ao corpo, casas
inteligentes, realidade virtual, computadores movidos pelo cérebro, impressoras 3D, drones,
smartphones, armazenamento nas nuvens e tantas outras. Na área da educação, o acesso às
tecnologias torna as aulas mais dinâmicas, onde novas maneiras de pensar e aprender vão
surgindo, tanto pelos alunos quanto pelo professor (de Sousa, 2015).

De acordo com Pimentel, Carmo, Lopes, Dalfior, & Silva (2021), as tecnologias da
informação e comunicação em sua definição podem ser um tanto quanto amplas, pois são
compreendidas como um conjunto de recursos tecnológicos que reúnem, distribuem e
compartilham informações de forma prática, interferindo, assim, nos processos
comunicacionais entre as pessoas e se encontram em todos os lugares. Conforme os autores
acima citados, as TICs são utilizadas por meio de softwares, telecomunicação e automação em
vários ramos de atividades como em empresas, comércios, publicidades, setor de comunicação
imediata e na área da educação.

Com o advento das tecnologias da informação e comunicação (TICs) nos


estabelecimentos de ensino e o desenvolvimento de inúmeras ferramentas tecnológicas (TICs),
aplicáveis no processo de ensino e aprendizagem, ainda se apresenta como um desafio para os
professores e alunos o uso cotidiano dessas abordagens na sala de aula nas escolas privadas e
principalmente nas escolas públicas.

Como dito acima, a maioria das instituições públicas e privadas a nível nacional
leccionam as TICs começando na 10a classe, ou seja, os alunos começam a ser leccionados em
Tecnologia de Informação e Comunicação na 10a classe, uma classe em que os mesmos se
deparam com inúmeras disciplinas e têm tido as aulas de TICs uma (1) ou duas (2) vezes por
semana. Com isso, os professores que leccionam as TICs na 10a classe se deparam com alunos
que desde a sua infância “provavelmente” nunca estiveram em frente a uma tela de computador
e por esse motivo esses alunos, apresentam dificuldades no manuseamento do Computador.

A Cooperativa de Ensino Kalimany é uma das instituições de ensino privado em


Moçambique, localizada na região centro do país, província da Zambézia, cidade de Quelimane,
é uma das instituições que leciona as TICs no 1o ciclo do ensino primário tendo como inicio a
7a classe.
5

Diante deste exposto, coloca-se as seguintes questões de pesquisa: Qual é o impacto do


uso das TICs no processo de ensino e aprendizagem aos alunos do 1o ciclo do ensino primário?
E quais são as estratégias adotadas pela direção da cooperativa de ensino kalimany para
leccionar alunos do 1o ciclo do ensino primário? E como os professores fazem o uso das TICs
no processo ensino e aprendizagem e quais as perspectivas e desafios encontrados por eles?
6

1.3. Justificativa
A tecnologia vem sendo uma ferramenta muito importante para a formação das
sociedades contemporâneas. Dessa maneira, os avanços tecnológicos também geraram diversas
contribuições para a educação moderna.

De acordo com Mendes (2008), as Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) são


um conjunto de recursos tecnológicos que quando integrados entre si, proporcionam a
automação e/ou a comunicação nos processos existentes nas diferentes esferas da sociedade
nomeadamente, nos negócios, no ensino e na pesquisa científica.

As TICs podem contribuir no processo de exploração da comunicação dos professores


e alunos, além disso, também são as formas de difundir informação, incluindo as mídias mais
tradicionais, o rádio, a televisão, o vídeo, as redes de computadores, os livros, as revistas, etc.
Quando se unir a informação à comunicação, promoverão novos ambientes propícios às
aprendizagens e interações, essenciais para uma efetiva aprendizagem.

A escolha do tema deve-se ao facto de que em Moçambique, a utilização das


Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no processo de ensino e aprendizagem ainda
é embrionário apesar do avanço tecnológico que se tem verificado nos últimos tempos no sector
de educação. Por isso, o presente estudo visa saber qual o impacto do uso das TICs no 1o ciclo
do ensino primário na Cooperativa de Ensino Kalimany, de modo a demostrar as estratégias e
desafios que se colocam ao uso destas Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de
ensino e aprendizagem em Moçambique.
7

1.4. Objetivo
1.4.1. Geral
✓ Saber qual o impacto do uso das TICs no 1o ciclo do ensino primário: estudo de
caso na Cooperativa de Ensino Kalimany;

1.4.2. Especifico
✓ Identificar as estratégias adotada pela direção da Cooperativa de Ensino
Kalimany para leccionar alunos do 1o ciclo do ensino primário em Tecnologias
de Informação e Comunicação;
✓ Identificar os desafios dos professores quanto ao uso das TICs no processo de
ensino e aprendizagem;
✓ Analisar a capacidade dos professores quanto ao manuseamento das TICs nas
práticas pedagógicas;
✓ Classificar o nível de aprendizagem dos alunos do 1o ciclo do ensino quanto as
matérias leccionadas pelos professores de Tecnologia de Informação e
Comunicação;
8

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesta etapa de Revisão da literatura bibliográfica sobre o tema tem como finalidade
primeiramente integrar as nuances do tema proposto, fornecendo conhecimentos mais
aprofundados sobre o trabalho a ser realizado e possibilitando a reflexão do estudante
pesquisador sobre o tema.

2.1. Tecnologia de informação e comunicação


De acordo com Rodrigues et al. (2014) citado por (Rodrigues, 2016) Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs) podem ser definidas como o conjunto total de tecnologias
que permitem a produção, o acesso e a propagação de informações, assim como tecnologias
que permitem a comunicação entre pessoas. Com a evolução tecnológica, surgiram novas
tecnologias, que se propagaram pelo mundo como formas de difusão de conhecimento e
facilitaram a comunicação entre as pessoas, independentemente de distâncias geográficas.

As TICs são utilizadas nas mais diversas áreas, como, por exemplo, na indústria, no
comércio, no setor de investimentos e na educação. Em todas as possíveis aplicações de TICs,
o principal objetivo é proporcionar o acesso à automação da informação e comunicação. No
que tange ao conjunto de tecnologias emergentes em TICs, são incluídos softwares e hardwares,
para garantir a operacionalização da comunicação. A grande popularização das TICs ocorreu
com o surgimento e a difusão da internet (Pacievitch, 2014).

Conforme Rodrigues (2016), a comunicação é uma das principais necessidades do ser


humano desde o surgimento da humanidade. No decorrer da história, existem relatos da
evolução da comunicação, na troca de informação, no registro de fatos, na apresentação de
ideias e emoções. A partir desses fatores, as tecnologias de comunicação e de meios de
transmissão de informação evoluíram, passando das escrituras nas cavernas até os meios
digitais, hoje utilizados em larga escala pela humanidade. Conforme o mesmo autor, a evolução
das TICs trouxe grandes benefícios ao homem, principalmente no que diz respeito à educação.
Nessa área, foram inseridas novas tecnologias que proporcionaram o surgimento de meios e
fins na criação, no compartilhamento e na busca por conhecimento.

A partir da criação dos computadores, a educação evoluiu a passos largos. Nos dias
atuais, com o advento da internet e vários dispositivos computacionais, a informação e a
comunicação tornaram-se acessíveis a toda a sociedade, independentemente da localização
geográfica ou da classe social. Segundo (Pacievitch, 2014) a tendência é de que a adoção de
9

TICs ocorra largamente em todas as áreas de automatização da ação humana, indo além das
fronteiras da educação. A utilização de TICs cresce a cada dia em diversas vertentes, seja na
indústria, segurança, educação e comunicação social. Conforme o autor acima citado, a
comunicação também é responsável por grandes avanços, devido à troca de informações e à
experiência por meio da tecnologia. Podemos destacar, nesse avanço, as novas formas e
metodologias que surgiram no ensino, como, por exemplo, a educação a distância.

2.2. As TICs na educação


O mundo em que vivemos está sendo inundado de novidades tecnológicas a cada dia,
seja na cadeia produtiva, seja na indústria ou educação. O fato é que, a cada dia, dependemos
mais da tecnologia. Em muitos casos, esta dependência fica invisível aos nossos olhos e só
percebemos quando falta energia elétrica, o sistema bancário fica fora do ar, o telefone celular
não executa funções básicas, os dispositivos eletrônicos em geral entram em colapso. É o nosso
cotidiano sendo norteado pela tecnologia. O mesmo não acontece na educação, que ainda
caminha a passos lentos na utilização dos recursos tecnológicos disponíveis para o ensino e
didática em sala de aula, cenário este descrito de forma concisa por Neves (2009).

Em um mundo permeado por tecnologia, ainda convivemos com uma educação que usa
as TICs como algo exótico, excepcional (Neves, 2009). O grande marco para a educação foi a
introdução dos microcomputadores em ambientes educacionais, possibilitando aos alunos mais
uma alternativa na busca por conhecimento. Outro ponto importante foi a troca de informações
culturais em ambientes educacionais. A introdução de computadores e internet nas escolas
permitiu a comunicação e troca de informação entre estudantes do mundo inteiro.

De acordo Lévy (2000) citado por Grossi, Minoda, & Fonseca (2022) a educação no
mundo é influenciada pela constante evolução tecnológica e pelas novas formas de
relacionamento entre seus atores. Nesse entendimento, as TDIC facilitam a troca de
informações entre os professores, os alunos e o conhecimento em todos os seus formatos, sejam
eles textos, gráficos, vídeos, áudios, permitindo fomentar que outros saberes sejam agregados
em nossos sentidos.

Essa ideia fica evidenciada em da Silva & Camargo (2015), ao enfatizarem que “a
tecnologia digital aparece como parte essencial da cultura escolar, pois permeia a vida de
alunos, professores e pais, que interagem na internet por meio de dispositivos eletrônicos”. Para
os autores é fundamental inserir as TDIC no contexto escolar, como estratégias pedagógicas e,
as escolas que ainda vivem em modelos do passado, estão sendo pressionadas a mudar.
10

Segundo Niskier (1993) citado por de Sousa (2015), relaciona o conceito de tecnologia
na educação como “uma mediação do encontro entre Ciência, Técnicas e Pedagogia. ” ou ainda
como “um exercício crítico com utilização de instrumentos a serviço de um projeto
pedagógico”.

Segundo Lévy (1993) destaca-se que atualmente a educação, requer transformação e,


que, é preciso entender e se adequar a um novo formato de ensino, no qual é necessário a união
da escola, família, professores e alunos, para a compreensão da importância do uso da
tecnologia nas salas de aula como ferramenta para motivar o aluno e ajudá-lo a produzir seu
conhecimento com responsabilidade.

2.3. O uso das novas tecnologias nas instituições escolares


Inserir as novas tecnologias à sala de aula, apesar do mundo tecnológico que nos
encontramos, ainda é pouco frequente, pois segundo o artigo escrito pela Central de Notícias
do Direitos da Infância e Adolescência – Ciranda (2013), a formação de muitos educadores se
restringe apenas a teorias, o professor precisa buscar esses novos conhecimentos em outros
espaços, que muitas vezes não funciona, pois frequentar cursos de poucas horas nem sempre
garante a eles segurança e domínio a esses novos instrumentos (de Sousa, 2015).

De acordo com Marques (2002, p.138) citado por de Sousa (2015), “O educador que
adota as novas tecnologias perde o posto de dono do saber, mas ganha um novo e importante
posto, o de mediador da aprendizagem”, apesar das inseguranças, muitos professores já
perceberam que as TICs em sala podem se tornar grandes aliadas, pois tornam as aulas mais
prazerosas, onde os alunos deixam de ser meros receptores para se tornarem sujeitos
participativos, mais ativos.
11

CAPITULO III: METODOLOGIA

Neste capítulo descrever-se-á os procedimentos teóricos metodológicos que irão nortear


a realização da pesquisa.

Segundo Marconi & Lakatos (2003, p. 83), “método é o conjunto das atividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo -
conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando a decisões do cientista”. Para (Rover, 2006, p. 8) método é um conjunto de
procedimentos sistemáticos no qual os questionamentos são utilizados com critérios de caráter
científico, para termos fidedignidade dos dados, envolvendo princípios e normas que possam
orientar e possibilitar condições ao pesquisador, na realização de seus trabalhos, para que o
resultado seja confiável e tenha maior possibilidade de ser generalizado para outros casos.

Também Oliveira (2002, p. 58), contribui, afirmando que método é um conjunto de


regras ou critérios que servem de referência no processo de busca da explicação ou da
elaboração de previsões, em relação a questões ou problemas específicos.

Desta forma segundo definições apresentadas sobre a metodologia, podemos concluir


que metodologia é um caminho ou procedimentos usados para alcançar um determinado
objectivo.

3.1. Descrição da área de estudo


O estudo será realizado na Cooperativa de Ensino Kalimany localizada região centro do
país, concretamente na província da Zambézia, cidade de quelimane.
12

3.2. Tipos de pesquisa


De acordo com Minayo (1993) citado por Silva & Menezes (2001, p. 19), considera a
pesquisa como “atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É
uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente
inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se
esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”.

A realização de uma pesquisa deve ser sustentada por uma metodologia, existem
diversas classificações para a mesma, porém, o presente projecto sustentare-se-a nas
metodologias sugeridas por Gil (2003 e 2008) e Marconni e Lakatos (2008). A mesma pode ser
classificada pelos seguintes critérios: (a) quanto à abordagem; (b) quanto ao método de
abordagem; (c) quanto à sua natureza; (d) quanto aos seus objectivos gerais; e (e) quanto aos
procedimentos técnicos.

3.2.1. Quanto a abordagem


Quanto à abordagem um trabalho de pesquisa pode ser classificado em: pesquisa
qualitativa e quantitativa.

Segundo Ricardsonetal (1999, p.80) “a pesquisa qualitativa consiste em mergulhar na


complexidade dos acontecimentos a partir da interpretação dos dados sobre uma certa realidade,
permitindo descrever as características e a situação emocional dos factos dos informantes em
seu contexto”.

A pesquisa qualitativa é, segundo (Gerhardt & Silveira, 2009), é aquela que não se
preocupa com representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão
do domínio em questão. Esta preocupa-se com aspectos da realidade que não podem ser
quantificados.

Segundo (Gerhardt & Silveira, 2009, p. 31), a pesquisa quantitativa difere da qualitativa
pelo facto de os seus resultados poderem ser quantificados, este tipo de pesquisa recorre à
linguagem matemática para descrever causas de um fenómeno, relações entre variáveis.

Quanto a abordagem o presente trabalho aplicar-se-á a pesquisa qualitativa, pois o


mesmo visa saber qual o impacto do uso das TICs no 1o ciclo do ensino primário na Cooperativa
de ensino Kalimany.
13

3.2.2. Quanto a natureza


Quanto à natureza um trabalho de pesquisa pode classificar-se como: (a) pesquisa
básica; e (b) pesquisa aplicada.

Segundo Gerhardt & Silveira (2009), a pesquisa básica visa gerar conhecimentos novos,
úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática prevista, a mesma envolve verdades e
interesses universais.

Gerhardt & Silveira (2009), afirmam que a pesquisa aplicada objetiva gerar
conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos, a mesma
envolve verdades e interesses locais.

Quanto a natureza o presente trabalho aplicar-se-á como pesquisa aplicada, pois, o


mesmo visa perceber o impacto do uso das TICs no 1o ciclo do ensino primário na Cooperativa
de ensino Kalimany.

3.2.3. Quanto aos objetivos da pesquisa


Quanto aos objetivos a pesquisa pode ser classificada, segundo Gerhardt & Silveira,
(2009) como: a) exploratória; b) descritivo; c) explicativo.

a) A pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o


problema, com vistas a torna-lo mais explícito ou construir hipóteses. A grande maioria
dessas pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas
que tiveram experiencias praticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos
que estimulem a compreensão.
b) A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre o que
deseja pesquisar. Este tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de
determinada realidade.
c) A pesquisa explicativa preocupa-se em identificar fatores que determinam ou que
contribuem para a ocorrência dos fenómenos, ou seja, este tipo de pesquisa explica o
porquê das coisas através dos resultados oferecidos.

Com base na classificação acima, o presente trabalho quanto ao objetivo aplicar-se-á


como pesquisa exploratória, pois, o mesmo visa classificar o nível de aprendizagem dos alunos
do 1o ciclo do ensino quanto as matérias leccionadas pelos professores de Tecnologia de
Informação e Comunicação;
14

3.2.4. Quanto aos procedimentos


Quanto ao procedimento uma pesquisa pode ser classificada por várias formas e,
algumas delas são: (a) pesquisa experimental; (b) pesquisa bibliográfica; (c) pesquisa
documental; (d) pesquisa de campo; (e) pesquisa de levantamento; (f) estudo de caso;

a) Pesquisa experimental – Gil (2007) citado por Gerhardt & Silveira (2009), afirmam a
pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as
variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de
observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
b) Pesquisa bibliográfica – segundo (Gerhardt & Silveira, 2009) pesquisa bibliográfica é
feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por
meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites.
c) Pesquisa documental – a pesquisa documental conforme Fonseca (2002) citado por
(Gerhardt & Silveira, 2009), é similar à pesquisa bibliográfica, diferenciando-se pelos
simples facto da pesquisa bibliográfica utilizar fontes constituídas por material já
elaborados, constituído basicamente por livros e artigos publicados, ao passo que, a
pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento
analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos
oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos
de programas de televisão, etc.
d) Pesquisa de campo – de acordo com Fonseca (2002) citado por (Gerhardt & Silveira,
2009), a pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa
bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com recurso
de diferentes tipos de pesquisa (pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa
participante, etc.).
e) Pesquisa Levantamento – Fonseca (2002) citado por (Gerhardt & Silveira, 2009),
aponta que este tipo de pesquisa é utilizado em estudos exploratórios e descritivos, o
levantamento pode ser de dois tipos: levantamento de uma amostra ou levantamento de
uma população (também designado censo).
f) Estudo de caso – de acordo com Fonseca (2002) citado por (Gerhardt & Silveira, 2009),
o estudo de caso pode ser caraterizado como um estudo de uma entidade bem definida
como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma
unidade social. Visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada
15

situação que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela
de mais essencial e característico.

Com base nas classificações acima citadas, o presente trabalho aplicar-se-á à pesquisa
bibliográfica, pesquisa documental, e ao estudo de caso como procedimentos de pesquisa.

3.3. Técnicas de amostra


3.3.1. Universo
De acordo com Gil (2008), universo ou população é um conjunto definido de elementos
que possuem determinadas características. Segundo (Marconi & Lakatos, 2003), a delimitação
do universo consiste em explicitar que pessoas ou coisas, fenômenos etc. serão pesquisados,
enumerando suas características comuns, como, por exemplo, sexo, faixa etária, organização a
que pertencem, comunidade onde vivem etc.

Sendo assim a pesquisa terá como público alvo os membros da direção, os professores
e alunos da cooperativa de ensino Kalimany.

3.3.2. Amostra
Segundo (Gil, 2008), amostra é o subconjunto do universo ou da população, por meio
do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população. De acordo
com (Marconi & Lakatos, 2003), amostra é uma porção ou parcela, convenientemente
selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo.

Para a pesquisa será usada a amostra aleatória, que por definição diz que cada elemento
da população ou universo, tem a mesma chance de ser escolhido.

3.4. Técnicas de coleta de dados


3.4.1. Entrevista
De acordo com Marconi & Lakatos (2003), a entrevista é o encontro de duas pessoas
com o objetivo de obter informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversa
natural ou programada de forma profissional (estruturada ou semiestruturada que intercala
perguntas do roteiro e outras que surgem com o desenvolver da entrevista).

Sendo uma pesquisa qualitativa foi escolhida a entrevista semiestruturada, pois que esta
valoriza a presença do investigador, oferecendo-lhe todas as perspectivas possíveis para que o
informante alcance a liberdade e a espontaneidade necessárias, enriquecendo a investigação.
16

3.4.2. Questionário
De acordo com Gil (2008) o questionário pode ser definido como a técnica de
investigação composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o
propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses,
expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou passado etc.

Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada


de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador (Silva
& Menezes, 2001).

Com base na definição acima, o presente trabalho aplicar-se-á coleta de dados na base
de questionários feitos aos membros da direção, aos professores e aos alunos da Cooperativa
de Ensino Kalimany.

3.5. Cronograma de atividades

Etapas/Actividades Responsável Jan. Fev. Março Abril Maio Junho Julho


Escolha do tema Autor
Revisão da literatura Autor
Elaboração do anti-projecto Autor
Apresentação do projecto Autor
Coleta de dados Autor
Analise preliminar dos dados Autor
Analise dos dados Autor
Organização do roteiro/partes Autor
Redação da monografia Autor
Revisão e redação final Autor
Defesa da monografia Autor
Fonte: Elaborado pelo autor (2023)
17

3.6. Orçamento do projecto


Nº de Preço unitário
ordem Material necessário Quantidade Preço total (MT)
(MT)
1 Computador 1 17500 17500
2 Taxa de Internet 12 GB 500 500
3 Bloco de notas 1 50 50
4 Esferográfica 3 15 × 3 45
5 Lápis de carvao HB 2 10 × 2 20
6 Boracha 1 20 20
7 Impressão e Fotocópia 1000 papés 3 × 1000 6000
8 Transporte 10 50 × 10 500
Refresco 30 × 2 = 60 × 10
9 Lanche 1800
Sandes 60 × 2 = 120 × 10
10 Subtotal 26435
11 Inflacção 2643
Total 29078
Fonte: Elaborado pelo autor (2023)
18

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Branco, E., Adriano, G., & Iwasse, L. (28 de Agosto de 2020). Recursos Tecnológicos e os
Desafios da Educação em Tempos de Pandemia. p. 2.

de Sousa, A. C. (2015). O USO DAS TICS NO 1º CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL NAS


AULAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
Departamento de Educação a Distância. MEDIANEIRA: UTFP. Acesso em 2023

Gerhardt, T. E., & Silveira, D. T. (2009). Métodos de Pesquisa (1 ed.). Rio Grande do Sul:
UFRGS.

Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (6 ed.). São Paulo: Atlas.

Grossi, M. G., Minoda, D. d., & Fonseca, R. G. (2022). Impactos da pandemia da COVID-19
na Educação: com a palavra os professores. Impacts of the COVID-19 pandemic on
Education: teachers speak out, pp. 586-601.

Janete , P., Jenerton , A. S., & Leandro , M. (2020). Desafios da Educação em Tempos de
Pandemia. 19. Cruz Alta, Brasil: Editora Ilustração. doi:10.46550/978-65-991146-9-4

Lévy, P. (1993). As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: 34.

Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica (5 ed.). São
Paulo, Brasil: Atlas.

Mendes, A. (Março de 2008). Acesso em Fevereiro de 2023, disponível em


<http://imasters.com.br/artigo/8278/gerencia-de-ti/tic-muita-gente-estacomentando-
mas-voce-sabe-o-que-e/>

Neves, C. d. (2009). Educar com TICs: o caminho entre a excepcionalidade e a invisibilidade.


Fonte: senac: <http://www.senac.br/BTS/353/artigo-02.pdf>

Oliveira, S. L. (2002). Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisa, TGI, TCC,


monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Pacievitch, T. (2014). Tecnologia da informação e comunicação. Acesso em Janeiro de 2023,


disponível em infoescola: <http://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-
informacao-e-comunicacao/>
19

Pimentel, A. C., Carmo, D. A., Lopes, L. M., Dalfior, M. N., & Silva, T. L. (2021). A
INCLUSÃO DAS TICs NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NO
ENSINO FUNDAMENTAL. Betim.

Rodrigues, R. B. (2016). Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação. Instituto


Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Departamento de Ciências e Tecnologias.
Pernambuco: Recife - PE. Acesso em Fevereiro de 2023

Rover, A. (2006). Metodologia Científica: Educação a Distância. Joaçaba: UNOESC.

Silva, L. L., & Menezes, E. M. (2001). Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação


(3 ed.). Florianópolis: UFSC/PPGEP/LED.

Você também pode gostar