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Discentes:
Deolinda Dique
Dina João
Aquimo Caetano
Geraldo Benjamim
Torica Paulo
Docente: dr Nilton
Beira
2022
Índice
1. Introdução ...................................................................................... Erro! Indicador não definido.
3. Metodologia ...................................................................................................................................... 3
4.8. Ideologia......................................................................................................................................... 9
O presente trabalho de pesquisa surge no âmbito da disciplina de História e tem como o tema de
pesquisa Estado de Gaza. De salientar que, processo da colonização em África decorreu varias
formas de resistências africanas, que em Moçambique não foi diferente principalmente no estado
de Gaza. Por tanto, poso dizer que a resistência é o conjunto de iniciativa levado a cabo por um
grupo de pessoas, que defendem uma causa normalmente política, na luta contra um invasor em
um país ocupado ou espaço, ou ainda pode também se referir a qualquer esforço organizado por
defensores de um ideal comum contra uma autoridade constituída por uma maioria.
2. Objectivos do trabalho
3. Metodologia
Para elaboração deste trabalho recorreu-se ao método bibliográfico que consistiu na consulta de
obras bibliográficas e internet, método descritivo que consistiu na descrição de informações
recolhidas nas diferentes obras onde cada autor está devidamente referenciado no final do
trabalho.
4. Estado de Gaza
O Estado de Gaza, com a capital em Chaimite, resultou da conquista no sul de Moçambique por
exércitos Nguni, chefiados por Sochangana, o Manicusse entre 1821-1858.
Gaza era primeiramente o mais importante Estado com que os Portugueses depararam em
Moçambique e, até, na África Negra do século XIX. Calcula-se que, no seu apogeu, tenha podido
conter de 800 000 a 1 000 000 de habitantes, repartindo-se por etnias Chona, Tsonga, Chopes, os
seus diversos subgrupos e o núcleo angune (estes que não foram além de alguns milhares – 5%0
do total da população do império).
Para Pélissier (1994:188), o Estado de Gaza situava-se “das margens do baixo Zambeze até ao
rio Incomati que se podia considerar como suas fronteiras fluviais, contavam-se no máximo, 900
km, e cerca de 400 km entre o Oceano e sua fronteira ocidental no actual Zimbabwe.”
Combinando a estratégia da guerra de conquista com a política de assimilação das populações
autóctones, como afirma Pélissier (1994:194), Gaza, com toda a sua profundidade e com todo o
seu dispositivo belicoso, e apesar da arrogância e da astúcia dos seus monarcas, era um colosso
com pés de barro em comparação com pequenas entidades como os macro-prazos dos senhores
zambezianos nos quais também povos vencidos eram dominados por minorias. Mas aí essas
minorias tinham adoptado um processo inverso do que os Angunes seguiam. Na Zambézia, era a
classe dirigente, mestiçada, e minoritária, que se assimilava aos africanos, ao passo que, no sul,
os Angunes se tinham dedicado a uma tarefa provavelmente impossível: assimilar mais de 99%
dos seus súbditos à sua língua, à sua cultura e ao seu modo de existência.
Gaza era um Estado secundário que tinha de enfrentar um problema que nenhuma colonização
europeia, por muito sábia que fosso, poderia resolver facilmente. (…). Reconheçamos que Gaza,
se bem que empírico e brutal, saiu-se bastante bem no jogo “imperial” e que talvez tivesse
podido considerar-se, como a Etiópia de Menelik, se o enfrentamento com a Europa lhe tivesse
deixado tempo para tal e se tivesse na chefia um elemento dominador mais números que os tão
irrisórios 5%.
Esquematizando os trabalhos dos especialistas, podemos dizer que Gaza se manteve melhor ou
pior, durante três quartos de século graças:
• Ao centralismo do Estado e ao reforço do poder local;
• À mobilização regular dos súbditos num exército permanente;
• À assimilação cultural e linguística de parte dos vencidos, em especial dos filhos dos régulos
conservados como reféns e dos cativos do sexo masculino adoptados (PÉLISSIER
1994:189).
As debilidades do sistema eram, porém, produzidas como secreção da sua organização
rudimentar, como a ausência de aparelho administrativo e, principalmente, de intendência, que
permitiriam alimentar o braço forte do Estado, - o exército – e por isso a necessidade de
sucessivas operações de devastação (PÉLISSIER 1994:189).
4.8. Ideologia
Os cultos e outros rituais eram oficiados pelo rei, pois entre os Nguni o exercício do poder real
não estava dissociado do exercício das cerimónias mágico-religiosas. Existiam cultos agrários
(Nkwaya); os destinados a dar força aos homens que partiam para a guerra (Mbengululu), os de
evocação de chuva, entre outros. O Nkwaya funcionava como uma válvula de escape das
tensões sociais e era o garante da unidade e da prosperidade do Estado de Gaza.
4.9. Decadência
A necessidade de “ocupação efectiva no território”, determinada pela Conferência de Berlim,
como o único facto que, a partir daí, legitimaria a posse de territórios em África, levou Portugal a
iniciar com “campanhas de pacificação” no sul de Moçambique a partir de 1895, tendo como
alvo principal o Estado de Gaza.
5. Considerações Finais
Terminando o trabalho, conclui se que, Soshangane rei do estado de Gaza, após a sua morte „e
substituído pelo seu filho Mawewe que decidiu, em 1859, atacar os seus irmãos para ganhar mais
poder. Apenas um irmão, Mzila (ou Muzila) conseguiu fugir para o Transvaal, onde organizou
um exército para atacar o seu irmão. A guerra durou até 1864 e, entretanto, a capital do reino
mudou-se do vale do rio Limpopo para Mossurize, a norte do rio Save, na actual província de
Manica. E é lá onde o Ngungunhane sobe ao poder, mais tarde transferindo a capital para
Mussorize em 1889.
6. Referências bibliográficas
PÉLISSIER, René. História de Moçambique: Formação e Oposição 1854-1918, Lisboa,
Editorial Estampa, Vol. I, 1994.