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Intervenção do Estado na Economia

State Intervention in the Economy

Correio eletrónico: routecalisto@yahoo.com.br/calistoroute@gmail.com

Resumo
Nos dias atuais, a economia de bem-estar social pauta por estabelecer o papel estatal e a característica de sua
forma de intervenção, através da criação de políticas sociais orientadas pela conceção de cidadania. Num
segundo plano olha-se à Economia Institucional e ao papel do Estado como criador de instituições e regulador
de conflitos. Objetivos: O presente artigo busca analisar a importância, no período atual, do papel do Estado
como um agente ativo na economia. Metodologia: O artigo em causa ira observar busca de conteúdos em
várias fontes com mais foco a pesquisa bibliográfica. Fontes estas que abordam esta temática em sua
totalidade e outros conteúdos bibliográficos eletrónicos em formato pdf conforme citam ( Gil, 2007), e o
manual de normas de publicação de trabalhos que ajudaram a enriquecer o conteúdo e estrutura do presente
trabalho. Resultados: Os resultados encontrados mostram que o próprio estado de bem-estar é dependente
da articulação de instituições para alcançar seus objetivos, devido às diversas situações de risco à que estão
submetidos os indivíduos.

Palavras-chave: Finanças Publicas. Estado. Intervenção.

Abstract
Nowadays, social welfare economics is based on establishing the role of the state and the characteristics of its
form of intervention, through the creation of social policies guided by the conception of citizenship. In the
background, we look at Institutional Economics and the role of the State as a creator of institutions and a
regulator of conflicts. Objectives: This article seeks to analyze the importance, in the current period, of the role
of the State as an active agent in the economy. Methodology: The article in question will observe the search for
content in various sources with more focus on bibliographic research. These sources that address this topic in
its entirety and other electronic bibliographic content in pdf format as mentioned (Gil, 2007), and the manual
of standards for the publication of works that helped to enrich the content and structure of this work. Results:
The results found show that the state of well-being itself depends on the articulation of institutions to achieve
its objectives, due to the different risk situations to which individuals are subjected.

Keywords: Public Finance. State. Intervention.


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1. Introdução
A intervenção do Estado assume um papel regulador no funcionamento da Economia, com o objetivo
de combater desequilíbrios e desigualdades geradas pelos mecanismos de mercado, sempre em
busca de uma maior eficiência, equidade e estabilidade. Contudo perante intervenções que se
revelam ineficazes, resultam em consequências várias como défices orçamentais, agravamento das
dívidas públicas e perante determinados constrangimentos, a intervenção por parte do Estado é cada
vez mais limitada. Partindo dos pressupostos supramencionados, este trabalho pretende demonstrar
o comportamento da intervenção do Estado na Economia sob ponto de vista positiva e normativa,
para entender a manipulação de certas variáveis (política orçamental) na prossecução de objetivos.
Estado, como agente econômico atuante, foi de extrema importância para o desenvolvimento
econômico do país ao longo do tempo, e continuará tendo espaço na economia, exercendo suas
atividades de regulador e normalizador da economia, corrigindo as disparidades sociais, permitindo a
inclusão social e promovendo o crescimento econômico de forma mais igualitária e sustentável.

A sua estrutura encontra-se arrolada em função dos conteúdos temáticos desenvolvidos no trabalho.
Assim, no início apresentam-se os conceitos básicos em uso no trabalho, seguidos do
desenvolvimento temático, na sequência a conclusão e referência bibliográfica.

2. Intervenção estatal
O Estado pode atuar como um agente econômico relevante, desempenhando um papel importante
tanto na sua intervenção direta na economia, através de investimentos públicos e empresas estatais,
quanto intervindo indiretamente, através de políticas fiscais, monetárias e industriais, ajudando a
melhorar a alocação dos recursos realizada pelo mercado, não ficando somente como responsável
em garantir segurança material para todos os indivíduos ou preocupado somente com metas sociais.

As finanças públicas desempenham um papel importante para o crescimento. Regras e limitações


legais criadas pelo Estado, como direitos de propriedade intelectual bem-estabelecidos ou a
existência de mercados eficientes, devem promover a concorrência, garantir a informação adequada
e permitir uma eficiente gestão de risco ajudando a minimizar a incerteza institucional e a garantir
retornos nos investimentos.

No decorrer da história moderna, o papel desempenhado pelos Estados no domínio económico


variou consideravelmente, passando do mais completo abstencionismo (liberalismo) a exagerada
intervenção (Roberto, 2013). Nesse aspeto, o papel apropriado para o Estado na economia o que
remete à relação que mantém com o mercado constitui uma das questões mais centrais e, ao mesmo
tempo, mais controversas das sociedades contemporâneas.

No período do liberalismo, desenvolveu-se o modelo económico baseado na livre iniciativa, na livre


concorrência e na regulação privada, onde o Estado se limitava a garantir as condições necessárias
para o funcionamento do mercado. Esse excesso de neutralidade, aliado a acontecimentos de ordem
histórica como as duas grandes guerras mundiais e a crise económica de 1929, redundou na
derrocada do sistema liberal clássico, na segunda década do século XX, e no surgimento do Estado do
Bem-estar Social.

O Estado Social, modelo político-económico, que vigorou no século XX, foi concebido com a
finalidade de corrigir os desequilíbrios gerados pelo modelo liberal. Nesse modelo estatal o Poder
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Público abandona a postura de assistente e assume diretamente diversos papéis no processo de


desenvolvimento económico, assumindo a responsabilidade pela execução de inúmeros serviços.

Os governos são necessários para regularem o funcionamento de uma sociedade. O Estado é o


instrumento de ação coletiva, onde a sociedade procura alcançar a ordem ou a estabilidade social, a
liberdade, o bem-estar e a justiça social. O papel do Estado gravita entre limitar-se à melhoria dos
mecanismos de distribuição de informações e regulação e/ou ser financiador direto de determinados
setores.

A intervenção do governo no campo econômico pode servir para proteger a economia de flutuações
bruscas, caracterizadas por alto nível de desemprego e inflação. O governo também pode promover
uma redistribuição mais igualitária da renda em favor da parcela da população menos favorecida,
atenuando as desigualdades sociais.

O Estado pode intervir na economia como Planejador, procurando estabelecer os principais objetivos
nacionais, as estratégias de desenvolvimento e o modo mais eficiente para alcançá-los, coordenando
as ações de diversos setores; ou como Promotor do desenvolvimento econômico e social,
promovendo a atividade econômica e eliminando os gargalos existentes, reordenando os limites do
mercado na direção dos objetivos desejados e concedendo crédito com prazos e taxas preferenciais
para financiar os investimentos nos setores produtivos.

O retorno do investimento privado pode ser aumentado, caso existam melhores sistemas de
comunicação, facilidades de transporte e oferta de energia, significando que o mecanismo de
transmissão ocorre pelo lado da oferta agregada. Esse fenômeno é denominado na literatura de
efeito crowding-in, quando o capital público e o capital privado atuam como bens complementares3,
tendo os gastos governamentais o papel de estimular os investimentos privados, em vez de deslocá-
los ou inibi-los, apoiando o funcionamento dos mercados.

Para dar face a este desenvolvimento económico, o estado depende de um conjunto de


instrumentos, pelos quais se dispõe, a fim de financiar as suas ações. Assim surge o estudo das
finanças normativas.

2.1 Finanças Normativas


Finanças Normativas, são finanças que enunciam as regras, as normas, a que o Estado deve
subordinar-se para o melhor conseguimento dos fins. Estas regras ou normas, constituem a Política
Financeira.

Para Ghilherme (2010), Politica Financeira é um ramo das finanças públicas que estuda globalmente
o uso dos meios para a prossecução de objetivos concretos. Quanto aos meios refere-se aos
instrumentos disponíveis ao decisor que visam a atuação conjuntural e estrutural. A atuação
conjuntural visa a estabilização, isto é, a regulação global da conjuntura económica, traduzida em
três grandes áreas de intervenção:

 O pleno emprego;
 Os preços e;
 As relações com o exterior.
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A atuação estrutural visa objetivos mais complexos como sejam o desenvolvimento, o crescimento
económico e a redistribuição de riqueza.

No que concerne à prossecução de objetivos concretos, o que está em causa é a percepção e


teorização dos fenómenos financeiros. Esta teorização passa pela compreensão de três objetivos
fundamentais:
 O equilíbrio político – que depende da distribuição da carga fiscal pelos vários contribuintes e
da afetação das despesas aos administrados.
 O equilíbrio dos mercados – de forma a influenciar a formação dos preços as decisões
públicas podem distorcer a eficiência própria dos mercados.
 A repartição do rendimento – pela utilização dos métodos próprios das finanças públicas
para a distribuição de rendimento, influenciando direta e indiretamente a troca de produtos
e de fatores de produção nos mercados em causa.

2.2 Finanças Positivas

A tomada efetiva de decisões de escolha nem sempre é fácil, especialmente quando envolve
coletividades. Diferentes pessoas têm opiniões e interesses distintos; a escolha nesse caso envolve
uma compatibilização de diferentes objetivos, ou distintos juízos de valor. Isso pertence ao campo da
chamada Economia normativa. Por outro lado, enquanto fazem teorias para explicar a realidade,
analisar e explicar os fenômenos econômicos tais como são, os economistas estão no campo da
chamada Economia positiva.

Exemplo de um individuo que lê uma notícia que indica que o preço do feijão subiu 15% nos últimos
três meses, o que pode ser atribuído à redução da produção pela escassez de chuvas nas áreas
produtoras. É uma afirmativa sobre uma questão de facto, ou seja, houve um aumento de preços, e
se oferece uma explicação para ele. É possível que haja divergência sobre essa explicação. Outros
analistas podem julgar que a causa da alta de preços foi um aumento no preço do óleo diesel por
exemplo, onerando o custo de transporte.

Essa divergência poderá, em princípio, ser dirimida por uma análise cuidadosa dos dados,
resolvendo a questão de forma objetiva ou não, poderão persistir interpretações distintas, se os
analistas não chegam a um consenso. De qualquer forma, estamos no campo da Economia positiva,
da análise das coisas como são.

Mas, se consta da notícia a opinião do jornalista de que, diante da subida de preços, o governo
deveria subsidiar o preço do feijão para as famílias mais pobres, isso é uma prescrição de política;
uma proposição de Economia normativa, portanto. Trata-se agora das coisas como devem ser, e não
como são.

Em princípio, as análises da Economia positiva devem pautar-se pela objetividade científica;


elaboram-se teorias e modelos explicativos, a partir de certos pressupostos, e esses modelos e
teorias são submetidos à validação empírica, pelo confronto de suas conclusões com a realidade
concreta por meio da coleta e análise de dados estatísticos, por exemplo. Se validados, revelam-se
corretos; se não, será necessário buscar novos modelos ou teorias explicativas.

Tudo sem a intromissão de juízos de valor. É necessário atentar, no entanto para o facto de que o
economista, e de modo geral o cientista social, dificilmente pode ser tão objetivo e neutro quanto o
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físico, por exemplo, quanto este analisa a estrutura da matéria. O cientista social pertence à
realidade que analisa, tem, em relação a ela, opiniões, juízos de valor e interesses, como qualquer
outro agente econômico. Sendo humano, pode, eventualmente, ser influenciado por essas suas
posições ainda que inconscientemente quando faz uma análise que se pretende científica e objetiva.)

Quando estão envolvidos no desenho e aplicação de políticas económicas, ou seja, em Governo na


área econômica os economistas estarão, tipicamente, praticando Economia normativa, buscando agir
sobre a realidade, impulsionando-a em determinada direção.

 Por exemplo: o valor do dólar em meticais (a taxa de câmbio) reduziu-se significativamente,


nos últimos anos: a cotação da moeda norte-americana caiu, num determinado período do
ano. Isso trouxe grandes perdas para alguns (como exportadores, ou produtores nacionais de
artigos importados) e ganhos para outros (consumidores de produtos importados, turistas no
exterior).

Supondo que o governo pudesse adoptar medidas para conter essa queda (uma suposição duvidosa,
cabe notar), certamente haveria interesses e posições opostas, em relação a tal política. É nesse
sentido que se costuma dizer que a política econômica é uma arte: a arte de conciliar interesses e
posições muitas vezes conflitantes, compondo uma resultante que seja aceitável pela maioria, e
vantajosa para a coletividade.

2.3 Instrumentos de intervenção do Estado

Para alcançar os seus objetivos o estado utiliza como instrumentos: o planeamento e as políticas
económicas e sociais.

Planeamento é um instrumento onde o estado fixa um conjunto de objetivos económicos e sociais


que pretende alcançar no curto, médio e longo prazo, através da elaboração de um plano. O plano é
obrigatório (imperativo) para o sector público enquanto para o sector privado é meramente
indicativo, servindo apenas de orientação (Faria, et al. 2005).

Ainda Faria, et all (2005), friza que é neste âmbito que o governo, no desempenho das suas funções,
elabora todos os anos o Orçamento de estado, onde se prevê em as receitas e as despesas a efetuar
pelo estado, sendo um documento de previsão, político (tem que ter aprovação parlamentar),
económico (revela a previsão da atividade financeira do estado) e jurídico.

Receitas e Gastos do Estado


RECEITAS PÚBLICAS DESPESAS PÚBLICAS
Coativas Todos os gastos efetuados pelo estado no
desempenho das suas funções.
Iimpostos: prestações pecuniárias pagas
coercivamente pelas famílias e pelas empresas, Funções de soberania (Administração publica)
de forma imediata e sem contrapartida.
▪ Funções sociais (Educação, saúde)
Diretos: incidem diretamente sobre os
rendimentos e o património. ▪ Funções económicas (agricultura, industria,
transportes)
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Indiretos: incidem sobre bens e serviços


transacionados.

Taxas: são pagamentos efetuados pelas


famílias e pelas empresas em troca da
utilização de um serviço

Creditícias: empréstimos contraídos pelo


estado

Para efeitos de orçamentos, no orçamento de estado as receitas e as despesas são classificadas de


acordo com o critério económico.

 Receitas Correntes: derivam de rendimentos criados no período de vigência do orçamento e


que se prevê que se voltem a repetir noutros anos. Ex: impostos!
 Receitas de capital: receitas que se esperam que não se voltem a repetir. Ex venda de
património.
 Despesas Correntes: correspondem a encargos permanentes. Ex: vencimentos!
 Despesas de capital: despesas efetuadas durante um ano, cujos efeitos têm repercussão no
futuro. Ex: construção de uma ponte!
 Saldo orçamental: diferença entre as receitas e as despesas.

Segundo Varian (2006), a política financeira em sentido amplo é normalmente exercida por via
legislativa ou executiva. Os dois principais instrumentos disponíveis são a receita (política fiscal ou de
receita) e a despesa (política orçamental de despesa). Em termos sintéticos, o governo arrecada
receitas (tributárias, na maior parte dos casos), de forma a financiar fornecimento de bens e serviços
públicos, como por exemplo estradas e defesa nacional.

2.3.1 Escolha e decisão


Esse é outro conceito da maior importância em Economia: muitas escolhas e decisões econômicas só
têm sentido se feitas na margem, ou seja, considerando não grandezas totais (como custos ou
receitas), mas os acréscimos a esses valores associados à decisão considerada.

Exemplo. Um caso de viagens aéreas quando a venda de passagens, ao preço normal, deixa lugares
vagos nos aviões. Nesse caso, o custo de transportar uma pessoa adicional, ou seja, o custo marginal
é irrelevante para a companhia aérea. Valerá a pena, oferecer os assentos que ficariam vagos a
preços muito inferiores ao normal, o que traz para a companhia ganhos de publicidade e de
conquista de novos passageiros. A venda de passagens a preços simbólicos é, nesse caso, uma
decisão economicamente racional, que não traz prejuízo ao empresário, e não deve assim, ser vista
como uma prática de concorrência desleal (como o dumping, que é uma venda a preços abaixo do
custo).

2.3.1 Decisões e incentivos


Este é um princípio importante do raciocínio em Economia: os agentes econômicos respondem a
incentivos. Uma vez que as pessoas analisam e comparam custos e benefícios ao tomar decisões,
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seu comportamento e suas escolhas podem mudar quando mudam os custos ou os benefícios
envolvidos. Ou seja, quando se altera o sistema de incentivos.

Se o preço das bananas sobe, há um incentivo maior para que as pessoas comprem outras frutas, já
que aumentou o custo de comprar bananas. Por outro lado, o preço mais alto das bananas trará
estímulo aos que cultivam a fruta, os quais tenderão a aumentar sua produção, possivelmente
investindo na expansão da plantação, contratando mais mão-de-obra, etc., buscando ganhar mais
com suas vendas. Haverá, assim, tanto incentivos ao consumo quanto à produção.

2.3 Falhas de mercado e funções econômicas do Governo


Em situações como a acima, o melhor é deixar o mercado funcionar, sendo desnecessária a
intervenção governamental no sistema econômico.

Para Giambiagi (2001), em alguns casos, no entanto, essa intervenção é necessária, ou desejável. Em
algumas situações em que o mercado não funciona adequadamente (falhas de mercado) fazem com
que seja indicada uma ação corretiva ou de coordenação por parte do governo. Isso sucede, por
exemplo, quando há um conflito entre o interesse individual e o coletivo que em certos casos, se
cada um agir em função de seu próprio interesse, o resultado é pior para todos, ou para a maioria.

São também vistas como desejáveis e necessárias ações do governo no sentido de reduzir
desigualdades, seja diminuindo o poder de mercado de certos agentes (como um monopolista, que
pode fixar seus preços sem a restrição dada pela concorrência de outros produtores), seja por ações
diretas de distribuição de renda, ou por outros instrumentos. Cabe também ao governo um papel da
maior importância na efetivação de investimentos de infraestrutura (construção de estradas, portos,
etc.), na provisão de serviços de educação e saúde e, em geral, em atividades que, por várias razões,
não podem ser supridas de forma adequada pela iniciativa privada (Rodrigues, 2008).

Também o próprio funcionamento de mercados depende de ações do governo, garantindo, por


exemplo, o cumprimento de contratos entre agentes econômicos (como no caso de empréstimos e
financiamentos), os direitos de propriedade, os direitos dos consumidores e dos trabalhadores, e
assim por diante, sem o que os agentes econômicos não teriam confiança de efetuar trocas e
negociar entre si.

Na visão de Smith (1996), existem três funções orçamentais:

Função Afectação

 Promover afetação eficiente de recursos, assegurar os fundamentos do funcionamento dos


mercados (direitos de propriedade, etc); e,
 Ultrapassar os fracassos do mercado (provisão de bens públicos, correção de externalidades,
lidar com informação assimétrica).

Função Distribuição

 Promover uma sociedade mais justa;


 Igualdade de oportunidades: assegurar a todos os cidadãos o acesso a certos bens e serviços
considerados meritórios (cuidados básicos de saúde, ensino básico); e,
 Desigualdade de rendimentos: alterar a distribuição de rendimentos resultante do mercado.
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Função Estabilização

 Promover a estabilização macroeconómica da economia ao nível de emprego;


 Estabilidade dos preços;
 Equilíbrio das contas externas; e,
 Crescimento económico.

3. Conclusão
Apos a compilação do presente trabalho, o pensamento econômico se desenvolve através hipóteses
que simplificam a realidade. As análises econômicas podem ser declarações positivas, que explica,
determina como é ou declarações normativas, que sugerem, prescrevem, diz como deveria ser.
Mesmo com todas as dificuldades que o mundo globalizado em si apresenta, onde crises financeiras
se espalham pelo mundo em um piscar de olhos, o Estado tem plena capacidade de, junto com o
setor privado, alcançar os objetivos citados no parágrafo anterior, independente de conceitos
ideológicos que permeiam uma maior ou menor atuação do Estado na economia. A análise positiva,
explica o que existe e prevê as consequências em certas variáveis objetivo de alterações em uma ou
mais variáveis instrumentais ou estruturais; Enquanto que a análise normativa, avalia estados sociais,
ou seja, produz juízos de valor acerca a situação atual da sociedade e da adoção de uma política
pública capaz de reverter o cenário vivido. O Estado, como agente econômico atuante, planejando e
orientando as atividades econômicas e sociais, sempre terá espaço no âmbito econômico, exercendo
suas atividades de regulador e normalizador da economia, de corrigir as disparidades sociais com o
intuito de permitir a inclusão social, e de próprio promotor do crescimento econômico, assumindo a
responsabilidade desta longa empreitada. Mediante esta observância dos diversos intervenientes na
economia, o estado busca desenvolver as suas atividades de acordo com a opção alternativa baseada
no princípio de menor prejuízo e maior ganho para a sociedade.

Referências bibliográfica.
JUNIOR, M. R. M. (2014). O poder de intervenção do Estado no sector privado. São Paulo.

Martins, W.D. (2014). Apontamentos breves sobre políticas financeiras. São Paulo.

Faria, F. C. de; Ribeiro, M. W. (2005). Intervenção do Estado no domínio da economia, 9ª ed, São
Paulo: Brasil.

Giambiagi, F.; Além, A.C. (2001). Finanças públicas: Teoria e prática no Brasil. 2.ed. Rio de Janeiro:
Campus.

Rodrigues, E. S. (2008). A reforma do estado dos anos noventa. Argentina.

SMITH, A. (1996). A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. Trad. Luiz
João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural.

Varian, H. R. (2006). Microeconomia: Princípios básicos. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier.

Versiani, F. Rabelo; Rezende. B. P; Rodrigues. P. Costa. (2006). Introdução a Economia (Alguns


conceitos básicos da economia), Brasília.

Viotti, E.B. (1996). A economia e o Estado capitalista. 1. ed. Petrópolis: Vozes.

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