Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho Do 1grupo - DQIV-2
Trabalho Do 1grupo - DQIV-2
Universidade Rovuma
Instituto Superior de Recursos Naturais e Ambiente
2024
2
Universidade Rovuma
Instituto Superior de Recursos Naturais e Ambiente
2024
3
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 4
Objetivo geral............................................................................................................................. 4
Metodologia ............................................................................................................................... 4
Conclusão................................................................................................................................... 9
Introdução
As teorias tradicionais de currículo são baseadas em modelos tradicionais cuja discussão não
visam problematizar as instituições de ensino, tampouco os processos de configuração da vida
social na sua relação com a construção do currículo e do processo de ensino-aprendizagem.
Essa perspectiva produz um apagamento acerca das questões econômicas, políticas e culturais
que culminam na elaboração de um currículo apenas como conjunto de conteúdos que devem
ser ministrados, apagando as discussões sobre a estrutura social que determina aquilo que deve
ou não ser ensinado e os porquês dessa seleção. De modo geral, esse modelo de currículo está
centrado em questões técnicas e é baseado numa perspectiva fabril, de monitoramento e
controle dos envolvidos no processo educacional. Assim, pode-se dizer que as teorias
tradicionais colocam o currículo nos moldes do sistema capitalista.
Objetivo geral
Analisar as teorias tradicionais de currículo;
Objetivos específicos
Explicar as teorias tradicionais;
Distinguir teoria tradicional das teorias criticas e pós-criticas;
Caracterizar as teorias Tradicionais de currículo.
Metodologia
O termo currículo deriva do latim, curere, e significa caminho, carreira, trajeto, percurso, pista
e jornadas. Pode também referir-se à “ordem como sequência” e à “ordem como estrutura”
(GOODSON, 1995, p. 7). No ano de 1625, o pastor protestante Comenius foi pioneiro na
organização dos níveis de ensino e seriação de estudos. O autor foi responsável pela elaboração
de proposta educacional da Reforma Protestante, onde postulava o livre acesso às Escrituras
Sagradas para todos os seres humanos, inclusive aos trabalhadores camponeses (COMENIUS,
1976)
O mais antigo grupo de teorias do currículo é o das teorias tradicionais. Os que têm maior
representatividade deste agrupamento teórico são John Dewey – por intermédio do modelo
progressista e Bobbitt e Ralph Tyler – mediante o modelo tecnocrático. Contudo, é essencial
evidenciar que as concepções destes autores, ainda que se integrem ao mesmo grupo de teorias,
não compartilha totalmente das mesmas opiniões e princípios (SILVA 2011).
Os primeiros trabalhos publicados sobre currículo foram apresentados por John Dewey em
1900 e 1902, intitulados: The absolute curriculum e The child and the curriculum,
representando uma continuação do pragmatismo filosófico, iniciado por William James (1842
– 1910) e Charles Sanders Peirce (1839 – 1914). O autor defendia os pressupostos da Escola
Progressista ou Democrática, fundamentados na educação pela ação – aprender fazendo (learn
by doing) e o aprender sentindo, enriquecido pela troca de experiências dos alunos.
Os cinco passos não podem ser considerados como um método pedagógico específico e, sim,
como uma forma de conceber a aprendizagem. Nas palavras de Dewey (1971, p. 6-7), “[...]
aprender significa adquirir o que já está incorporado aos livros e à mente dos mais velhos. [...]
nas práticas da educação mais nova, [...] aprender por experiência [...]” e, em contato com o
6
De acordo com Silva (2007, p.25): Ralph Tyler consolidou a teoria de Bobbit quando propõe
que o desenvolvimento do currículo deve responder a quatro principais questões:
O currículo deve explicar os objetivos que a escola deve alcançar as experiências que
contribuem para alcança-los e a maneira eficaz de organizá-las.
De acordo com Silva (2011), Tyler pregava que esses objetivos da educação devem ser uma
busca nos alunos, na vida contemporânea além da escola e nas recomendações de especialistas.
O autor atribui colocação imprescindível aos objetivos por compreender que sem estes é
inviável definir que experiências a escola deve oferecer e como organizá-las.
Em 1962, Hilda Taba com a publicação do livro Curriculum development: theory and practice,
também buscava a complementar as teses de Tyler. Para a autora, o currículo é um plano para
a aprendizagem e, por conseguinte, todos os aspectos ligados ao processo de aprendizagem e
do desenvolvimento do indivíduo são subsídios relevantes quando da elaboração do currículo.
7
A teoria tradicional busca ser neutra, tendo como foco principal apontar os objetivos da
educação escolarizada, formar o trabalhador especializado ou propiciar à população uma
educação geral, acadêmica.
Silva (2007) explica que esta teoria teve como primordial representante Bobbit, que escreveu
sobre o currículo em uma situação nas quais diversas forças econômicas, culturais e políticas
procuravam abranger a educação de massas para assegurar que sua ideologia fosse garantida.
Sua proposta era que a escola funcionasse com o mesmo ritmo de empresas comerciais ou
industriais. Segundo Silva (2007 p.?):
A indústria demanda de mão de obra qualificada e as escolas devem ser capazes de prepará-la.
Para tal, o trabalho das escolas deve se equiparar ao das empresas. Na busca pelos resultados
esperados e tendo como palavra-chave a eficácia, deve-se guiar pelo modelo empresarial de
Frederick Winslow Taylor.
idênticos, apenas ditos com termos diferentes [...] as pessoas são manipuladas como merecem,
isto é, como gigantescos ratos de Skinner”. As ideias de Bobbit proporcionaram a derivação de
duas outras perspectivas da teoria curricular técnica, as de Ralph Tyler e as de Hilda Taba.
A publicação da obra The curriculum, em 1918, por John Franklin Bobbitt, representou um
marco expressivo das intenções e concepções da teoria tradicional; Ralph Tyler (1949), com a
publicação do livro Princípios Básicos de Currículo e Ensino; John Dewey em 1900 e 1902,
intitulados: The absolute curriculum e The child and the curriculum; e COMENIUS, J. A na
sua obra Didática magna, 1976.
9
Conclusão
Apos muita leitura chegamos a concluir que a teoria tradicional é baseada numa visão técnica
e de conhecimento, na reprodução e no controle do processo de ensino-aprendizagem. Ela
fundamenta as questões em torno da seleção dos conteúdos, das habilidades e competências
que devem ser desenvolvidas, privilegiando saberes hegemônicos, culturas e grupos sociais.
Por outro lado, deu para entender que a construção curricular, centrada em objetivos, mantém
o professor distante da responsabilidade na formulação dos objetivos.
10
Referencia bibliográfica