Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Otavio)
UnDF - Conhecimentos Pedagógicos -
2022 (Pós-Edital)
Autor:
Carla Abreu, Otávio Augusto
Moser Prado
27 de Junho de 2022
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Sumário
3.4 - Currículo na Educação Básica: a função da competência leitora e o desenvolvimento dos saberes
escolares das diversas áreas de conhecimento. .................................................................................................................. 34
Resumo ..................................................................................................................................................................................................... 90
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
As Pedagogias Tradicional Leiga e Tradicional Religiosa irão mostrar que o próprio conceito de
currículo é histórico e que não é natural a forma como organizamos as escolas atualmente. Assim
como, a Escola Nova irá fomentar a necessidade de construção do estudo do currículo. Antes disso,
vamos relembrar estas três Tendências Pedagógicas:
Agora que relembramos estes conceitos, vamos ver como eles aparecem neste tema novo do Currículo.
Vamos lá!
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
No senso comum, podemos relacionar Currículo com alguns conceitos fragmentados: grade curricular
Ementas de disciplinas e Planos de Ensino. Porém, nenhum desses termos é a definição de currículo.
São apenas alguns aspectos pequenos do todo que é o Currículo.
Vamos dar um exemplo. Quando pensamos em currículo, no sentido comum da palavra, lembramos de
disciplinas obrigatórias da faculdade, disciplinas no boletim da escola, notas e exames. Estes termos
fazem parte da nossa experiência com a educação formal a qual chamamos de currículo.
Por outro lado, o campo de estudo do Currículo é mais amplo. Vamos ver uma definição atual:
Observe que a questão do planejamento está em evidência nesta definição. Porém, nem sempre ocorreu
de maneira planejada a experiência educativa.
Através dos Jesuítas, a Pedagogia Tradicional Religiosa propunha disciplinas sem nenhum
planejamento prévio anterior sobre a utilidade de determinados conhecimentos. Simplesmente existia
uma vaga recomendação que esta ou aquela disciplina era boa para a memória e o raciocínio.
Entenda: não havia a discussão sobre a utilidade do conhecimento, tão pouco sobre a importância de
determinado assunto.
Foi com a Escola Nova que se passou a pensar na necessidade de construir um campo de estudo
denominado Currículo. Dessa forma, iniciou-se as primeiras pesquisas sobre o tema. Podemos nomeá-
las como progressivistas. John Dewey foi o maior expoente destas pesquisas curriculares.
Ele propôs que os conteúdos das disciplinas devem servir para resolver problemas postulados pelos
alunos. Não deveria acontecer o inverso: começar pelos conteúdos. Isso porque o autor entendia que a
escola existia para resolver problemas de interesses das crianças e não ser um repositório de
assuntos sem conexão para o aluno.
1Baseado no Livro Digital: LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias do currículo: 1ª edição. São Paulo:
Cortez, 2013
2 TANNER, Daniel; TANNER, Laurel. Curriculum development. New York:Macmillam, 1975. p.45 citado em LOPES,
Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias do currículo: 1ª edição. São Paulo: Cortez, 2013 (Livro Digital)
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Paralelamente a proposta da Pedagogia Nova, por volta de 1930, ocorria no país a aceleração do
processo de industrialização. Assim, o discurso preponderante dos conteúdos úteis para a formação do
trabalhador para o mercado de trabalho. Esta última ideia era uma influência direta da linha do
eficientismo de Currículo dos EUA. Esta corrente tinha uma enorme influência do taylorismo enquanto
modelo de administração. Dessa forma, propunha-se a eficiência das escolas. Tornava-se necessário
formar os jovens para serem trabalhadores eficientes.
Nessa época, desenvolveu-se o modelo de currículo de Ralph Tyler que foi um modelo de pelo menos
20 anos no Brasil. Consistia em propor um modelo linear de administração do currículo. Dessa forma,
era definido um conceito de currículo que a ser aplicado de forma prescritiva e com planejamento
detalhado das atividades. Para a execução deste pensamento, era necessário realizar por etapas a
implementação do Currículo. A organização da experiência escolar era definida previamente por
especialistas em educação. Esta forma de pensar o currículo ficou definida como Currículo Formal
na atualidade. Em outras palavras, são as experiências escolares prescritas por um conjunto de
especialistas. Não há diálogo com os sistemas de ensino e a escola. As etapas deste currículo são:
1. DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS
4. AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO
Observe que o Currículo para Tyler está essencialmente ligado à noção de avaliação. Dessa forma,
um currículo só pode ser implementado, se ele for avaliado. Esta avaliação não é do sistema de ensino e
nem dos professores, mas sobretudo dos alunos que são alvo deste Currículo. Como serão avaliados os
alunos? Conforme colocamos no esquema acima, eles serão avaliados de acordo com os objetivos
propostos.
CURRÍCULO AVALIAÇÃO
Esta forma de pensar a teoria curricular favorece uma visão unilateral de que os problemas ocorridos
neste processo são oriundos das dificuldades dos estudantes. Em nenhum momento há avaliação da
implementação do processo. Tão pouco há um processo avaliativo em outros atores escolares que não
o aluno: gestão escolar, coordenação pedagógica e professores. Assim, é gerado dentro das escolas uma
série de consequências deste currículo prescrito por especialistas:
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Todas estas consequências podem ser agrupadas na incapacidade currículo ensinar a todos os alunos.
Assim como, o foco do processo de ensino-aprendizagem passa ser o desempenho nas avaliações oficiais
e não na aquisição do conhecimento.
Atualmente, encontramos em muitas redes de ensino pelo Brasil esta forma de pensar o currículo. As
consequências para os alunos acontecem de maneira similar. Por isso, as implicações dentro da escola
de um currículo inspirado no modelo de Tyler são muito criticadas.
Chegou a hora de resolver uma questão sobre este assunto. Vamos lá?
(Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo. Currículo e
Avaliação, p.40).
A imagem apresenta uma cena comum em nossas escolas: os estudantes procurando suas notas
em murais ou quadros de avisos. Esta questão é problematizada no documento “Indagações
sobre o currículo: Currículo e Avaliação”, escrito por Fernandes e Freitas para o MEC.
De acordo com as reflexões apresentadas pelos autores, assinale V para a afirmativa verdadeira
e F para a falsa.
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
( ) Essa prática, comum em nossas escolas, mostra alunos procurando suas notas em um quadro
de aviso, quase sempre, os resultados de final de ano que irão informá-los sobre sua situação
escolar.
( ) Essa prática de afixar classificações nos murais, por meio das notas e médias, está
relacionada à exposição do estudante em seu ambiente social.
( ) Essa prática pode trazer consequências emocionais para os alunos, porque o estudante pode
ter sua autoestima valorizada, caso tenha sido aprovado, como pode fazer com que o estudante
sinta-se desprestigiado.
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, V e F.
b) V, V e V.
c) F, V e V.
d) V, F e F.
e) V, F e V.
Comentário:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário.
A primeira afirmativa é verdadeira. Isso porque uma das consequências do currículo prescritivo é
justamente o uso de notas para disciplinas. O foco do desempenho está nos alunos e não no sistema de
ensino como um todo.
A segunda afirmativa é verdadeira. O ranqueamento dos alunos gera exposições desnecessárias dos
alunos dentro da comunidade escolar. Ninguém precisa mostrar para todo mundo as suas dificuldades
acadêmicas.
A terceira afirmativa é verdadeira. Há as duas possibilidades de motivação e desmotivação do aluno.
Sendo que, esta última é prejudicial para o desempenho do estudante ao longo do ano. Isso pela razão
da possibilidade de o aluno entrar numa espiral negativa de autoestima.
Alternativa correta letra B
Conforme falamos anteriormente, o currículo prescritivo de Tyler é muito criticado por não estabelecer
uma visão de construção do processo curricular. Muitas determinações são colocadas de cima para
baixo, sendo que muitas características culturais das comunidades aonde é inserido não são
consideradas. Dessa forma, a questão da cultura e das identidades locais colocam-se como novos
paradigmas para pensar a Teoria do Currículo.
COPEVE (UFAL) - Professor (Pref Chã Preta)/1º ao 5º Ano/2015 - O currículo é o espaço em que
se concentram e se desdobram as lutas em torno dos diferentes significados sobre o social e
sobre o político. É por meio do currículo que certos grupos sociais, especialmente os dominantes,
7
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
expressam sua visão de mundo, seu projeto social, sua “verdade”. O currículo representa, assim,
um conjunto de práticas que propiciam a produção, a circulação e o consumo de significados no
espaço social.
MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. Indagações sobre currículo: currículo, conhecimento e cultura. Brasília: Ministério
da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. Disponível
em:<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag3.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2015.
Comentário:
A alternativa A está incorreta. A questão não fala sobre desigualdade, mas sobre cultura local.
A alternativa B está incorreta. A questão não argumenta sobre favorecimento de classes sociais, mas
advoga sobre visão ideológica dominante sobre currículo.
A alternativa C está correta. O texto da questão explica a influência da cultura dominante na construção
da identidade dos alunos. Também está subtendido no enunciado que há a necessidade de considerar
outras expressões culturais locais para favorecer construções identitárias contra-hegemônicas.
A alternativa D está incorreta. A questão não diz nada sobre estrutura social e nem padrões de vida.
A alternativa E está incorreta. Embora a questão identifique a ideologia dominante na construção do
currículo, não há menção sobre hierarquia de valores.
Durante muitos anos, o conceito de planejamento curricular ficou mesclado com a própria noção de
currículo. Isso aconteceu pela ênfase de Ralph Tyler na questão da planificação com suas etapas
subsequentes. Dessa forma, podemos dizer que houve um deslocamento temporal da proposta de
Tyler para outras proposições de currículo atuais. De uma forma ou de outra, quase todas as
propostas curriculares oficiais, sejam elas de unidades federativas ou do próprio Ministério da
Educação (MEC) tiveram forte influência do autor.
3Baseado no Livro Digital: LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias do currículo: 1ª edição. São Paulo:
Cortez, 2013
8
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Diante dos aspectos mencionados, é importante entendermos bem a forma de pensar o currículo de
Tyler, pois muitas questões de Prova remetem a esta concepção. Em alguns momentos são utilizados
outros termos, mas a lógica é a mesma utilizada por Tyler.
Podemos definir esta forma parecida de pensar como Racionalidade Tyleriana. Calma. Este termo não
cai em Prova, mas a sequência do Currículo baseado em Tyler aparece de uma forma ou de outra nas
questões. Por isso, vamos entendê-la bem para que você possa acertas todas as questões desse tipo. :)
Logo abaixo, colocaremos o esquema da sequência de forma conjunta com a explicação de cada etapa.
1. DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS
4. AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO
1. Definição de Objetivos: Define-se metas e objetivos que possam ser verificados por avaliação dos
alunos. Os objetivos são definidos de acordo com a mudança esperada no estudante. Ademais, os
objetivos devem ser específicos e não gerais, de forma que seja possível verificar cada
comportamento modificado com um processo avaliativo. Vamos dar um exemplo:
Perceba que é muito diferente propor só desenvolver o raciocínio do que resolver problemas de lógica.
O intuito desta diferenciação é justamente ser mais fácil avaliar um objetivo específico do que um
objetivo geral. Além disso, os objetivos têm uma forte influência do eficientismo que preconizava a
formação dos alunos para serem trabalhadores hábeis no mercado.
2. Seleção das Experiências Escolares: A identificação das experiências deve fomentar os objetivos
curriculares necessários. É importante que o comportamento do aluno tenha relação com os conteúdos
e que ele fique satisfeito as situações ocorridas em sala de aula. Pode passar por diferentes situações de
aprendizagem sem necessariamente todas estarem previstas no currículo. Há aqui uma margem de
atuação dos professores para execução do planejamento curricular.
9
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
3. Organização das Experiências Escolares: É proposta a integração de uma área para a outra para
que o aluno tenha noção de unidade dos conteúdos. Além disso, é necessário que exista uma sequência
e continuidade dos conteúdos e comportamentos desejados. Aqui está uma forte influência da Escola
Nova, pois Tyler se preocupa com a psicologia do estudante. Há o foco da centralidade no aluno.
Também há uma variação de maneiras de organização dos conteúdos, pois não é prescrito ao docente
uma única forma de organização das experiências escolares.
4. Avaliação do Currículo: Está condicionada aos objetivos específicos propostos. São executados
instrumentos para conseguir verificar se as metas foram atingidas ou não. Há expectativa que o
processo avaliativo identifique mudanças de comportamento, de forma que o resultado possa alcançar
cada um dos objetivos propostos.
Muita atenção! Verificou que estas etapas acontecem em muitas escolas pelo Brasil? Se você já
teve oportunidade de trabalhar na educação formal que utiliza os currículos oficiais, irá
observar que esta sequência tem muito similaridade com os dias de hoje. Um exemplo são as
avaliações em larga escala que são propostas em diferentes Estados.
As Secretaria Estaduais propõem um currículo que será avaliado no final do ano em forma de
Prova para os alunos. Neste contexto, está sendo avaliado cada objetivo específico que passou
pela experiência escolar sob mediação dos professores.
Abaixo vamos fazer um esquema de termos parecidos para que você consiga identificá-los nas questões.
2. Seleção das
competências, habilidades, situações de apredizagem, condições
experiências
de aprendizagem, experiências de aprendizagem
escolares
3. Organização das
sequência de ensino, sequência didática, organização do ensino,
experiências
plano de ensino, plano de aula, plano didático, recursos, práticas
escolares
Em roxo estão os termos mais utilizados. Vamos fazer uma questão para fixar este assunto?
10
10
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
CONTEMAX - Professor A (Pref Lucena)/Anos Iniciais/2019 - O currículo escolar tem como eixo
fundamental a construção dos saberes educacionais, conhecimento social, a valorização dos
saberes popular e a crítica as concepções da sociedade. Currículo tem ação direta e indireta na
formação e no desenvolvimento do aluno, por isso, é um conjunto de experiências possíveis e
imagináveis organizado com a finalidade de formar jovens e crianças em processo de
aprendizagem, ou seja, constituído de:
I – Saberes: conhecimentos.
II – Conteúdos: que devem ser justapostos e desordenados.
III – Práticas: como é oferecido (métodos de ensino e aprendizagem).
IV - Aprendizagem abstrata: avaliação visando a promoção / avaliação.
V – Recursos usados: por exemplo, livros usados para ministrar os conteúdos e para o processo
ensino e aprendizagem.
Dos itens acima:
a) Apenas os itens II, III e IV estão corretos.
b) Apenas os itens I, III e V estão corretos.
c) Apenas os itens I, IV e V estão corretos.
d) Apenas os itens II, IV e V estão corretos.
e) Todos os itens estão corretos.
Comentário:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário. A
questão não pede a sequência das etapas, mas a definição de cada etapa similar ao modelo de Tyler.
Afirmativa I está correta. Conforme aprendemos, para Tyler o currículo começa com a definição de
objetivos. No caso os termos similares são: saberes e conhecimento.
Afirmativa II está incorreta. Os conteúdos não podem ser desordenados, pois eles fazem parte dos
objetivos do currículo. Pelo contrário, os conteúdos devem ser ordenados e o mais específicos possível.
Afirmativa III está correta. O termo "práticas" é similar à organização das experiências escolares. É
nesta etapa que o professor tem uma certa amplitude de possibilidades de aprendizagem para propor
aos alunos.
Afirmativa IV está incorreta. Segundo Tyler, a avaliação serve para verificar se houve mudança de
comportamento. Na linguagem atual, verificar se houve aprendizagem. Em nenhum momento dentro da
teoria curricular há menção ao objetivo de promoção dos alunos.
Afirmativa V está correta. O termo "recurso" é similar à organização das experiências escolares. Na
definição de recursos, o uso do livro didático se enquadra bem na noção de organização do ensino.
11
11
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Dentro da Racionalidade Tyleriana, há a relação cíclica entre definição de objetivos e avaliação. Isso
porque o autor define que um currículo só pode ser útil se houver mudança de comportamento dos
alunos. Para isso é preciso avaliá-lo.
Em termos atuais, diríamos que a definição dos objetivos do currículo somente é possível através das
aprendizagens dos alunos. Observe que utilizamos a mesma estrutura de pensamento de Tyler, porém
com outro vocabulário.
OBJETIVOS DO AVALIAÇÃO DO
CURRÍCULO CURRÍCULO
Vamos fazer uma questão para ver bem esta relação entre objetivos e avaliação do currículo?
12
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
a avaliação propriamente dita se faz por meio de instrumentos previamente elaborados, tais como
provas, testes, etc.
d) A avaliação somativa é um processo de aprendizagem na relação entre professor e aluno, já que o
docente não é o único responsável pelo desempenho do educando, embora oriente a construção do
conhecimento.
Comentário:
A alternativa A está incorreta. Pelo contrário, como vimos no esquema logo acima a elaboração do
currículo (objetivos) e a avaliação do currículo estão mutualmente relacionadas.
A alternativa B está correta. Assim como para Tyler, os conteúdos (objetivos) devem estar voltados
para o desenvolvimento do aluno (mudança de comportamento) e não meramente a aprendizagem de
assuntos sem utilidade. Esta última definição de disciplina era o caso da Pedagogia Tradicional Religiosa
ministrada pelo Jesuítas. Observe que os termos são similares com algumas diferenças, mas a lógica de
composição do currículo é a mesma.
A alternativa C está incorreta. No caso da avaliação do currículo são sempre feitas avaliações formais.
Um exemplo é a avaliação em larga escola.
A alternativa D está incorreta. Este não é o conceito de avaliação somativa, mas avaliação formativa. A
banca fez uma troca de palavras para confundir o candidato. A avaliação somativa na acepção do termo
é a avaliação através de pontuação por nota, sendo que o aluno estaria aprovado de ano quando somasse
a pontuação mínima para o ano letivo.
A alternativa E está correta.
13
13
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa B está incorreta. Segundo Tyler, não o sentido de avaliação não é premiação, mas verificar
se o currículo teve impacto na mudança de comportamento nos estudantes.
A alternativa C está incorreta. A função da avaliação não é homogeneizar os alunos, mas verificar se
eles aprenderam os objetivos propostos.
A alternativa D está incorreta. Mesmo para Tyler, na organização das experiências pedagógicas havia
uma certa amplitude de autonomia para o professor pensar a prática pedagógica.
Vamos aprofundar um pouco mais sobre esta relação entre objetivo do currículo e avaliação
do currículo. No modelo de Tyler, os resultados negativos recaiam sobre os alunos e a escola.
Em nenhum momento era questionada a prescrição do currículo nas escolas. Como é possível
um mesmo currículo para escolas com comunidade tão diversa?
Ainda hoje, observamos a culpabilização dos alunos e da escola em relação aos resultados
insatisfatórios em avaliações de larga escala. As políticas educacionais de "responsabilização"
administrativa sobre os resultados pedagógicos muitas vezes não questionam o currículo
imposto arbitrariamente a uma diversidade enorme de unidades de ensino.
No próximo item, iremos compreender o porquê do modelo de Tyler sofrer tantas críticas
acirradas. Um caminho é a suposta prescrição curricular colocada como neutra. Na verdade,
vamos estudar como o poder político e econômico influenciam na determinação do currículo.
Michael Apple é um sociólogo norte-americano que no final dos anos 1970 questionou o modelo de
Ralph Tyler aplicado nas escolas dos EUA. Para ele, o conhecimento curricular não era neutro. Pelo
contrário, havia uma estreita relação entre conhecimento e poder. Dessa forma, o autor resolveu
estudar os conhecimentos escolares e sua estreita ligação com as estruturas de poder.
A seleção, organização e avaliação dos conhecimentos escolares não são neutras. Todas estas ações no
campo educativo estão permeadas de valores que possuem ideologias sociais e econômicas. Tais
conjunto de ideias estruturam de modo muito significativo o currículo. Assim, há uma intencionalidade
na forma como é estruturado o conhecimento. Assim, ele definiu que:
4Baseado no Livro Digital: LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias do currículo: 1ª edição. São Paulo:
Cortez, 2013
14
14
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Uma hipótese razoável, para a preocupação apenas com a distribuição de conteúdo no tempo, seria a
formação dos estudantes para o mercado de trabalho. Não há espaço para questionamento de conteúdo,
mas apenas o seu uso racionalizado no menor tempo possível de formação.
As avaliações centradas nos resultados e os livros didáticos compõem uma dissimulação do que seria o
conhecimento oficial. Alguns exemplos são as avaliações controladas pelo Estado que determinam quais
conteúdos são legítimos e quais não são. Esta determinação é feita com base nos conhecimentos que são
cobrados nas avaliações em larga escala.
GRUPOS DESPRESTIGIADOS
Michael Apple está interessado também na construção das identidades e subjetividades dos
alunos. Dessa forma, estabelece-se que há um currículo oculto que pressupõe que são passados
valores e ideias sobre o conhecimento que podem favorecer o sucesso ou o fracasso escolar. Estas
concepções devem ser levadas em consideração na construção do currículo.
Ademais, a organização curricular é complexa, já que tem que ser levado em consideração
diferentes grupos sociais e interesses econômicos e ideológicos. Como consequência, os diferentes
contextos têm que ser levados em consideração. Há uma certa circunscrição de uma realidade dentro
da outra que precisa ser analisada por diferentes ângulos. A compreensão do currículo é multifatorial e
complexa, não cabendo a ingenuidade de pensar que as determinações de conteúdo são neutras.
15
15
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
CONTEXTO
4
CONTEXTO
3
CONTEXTO
2
CONTEXTO 1
Agora, chegou a hora de aplicarmos os conhecimentos que aprendemos até aqui. Muita atenção para as
afirmativas.
16
16
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Comentário:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário.
Afirmativa I está correta. Seja na escola ou em Secretarias de Educação, é preciso que fiquemos atento
ao currículo oculto na formulação de procedimentos e na seleção de conteúdos afim de que os alunos
possam, construir uma identidade de sucesso escolar. Os procedimentos devem levar em consideração
a realidade história e social do aluno, bem como a seleção dos conteúdos deve possibilitar o diálogo com
outros contextos e realidades pertinentes ao universo do aluno.
Afirmativa II está incorreta. O currículo não é neutro. Pelo contrário, ele é permeado de ideologias
sociais e econômicas que tem muita influência sobre grupos desprestigiados.
Afirmativa III está correta. Exatamente. A crítica nesta afirmativa é feita ao currículo prescrito. Na
visão de Apple, o currículo que chega nas escolas através diferentes contextos que ocorre com grupos
desprestigiados. O significado do currículo ocorre quando ele é operado pelos atores que estão na
escola: professores, alunos e comunidade escolar em geral.
Afirmativa IV está correta. Muito bem dito. O currículo é determinado por diferentes contextos.
Alguns mais amplos e outros mais restritos, conforme o esquema que fizemos com os círculos.
Alternativa correta letra C.
Outra questão para você ficar bem entendido nesta relação entre conhecimento e poder.
FCC - Professor (Pref Macapá)/Anos Iniciais/Educação Infantil, Ensino Fundamental I/2018 - Por
currículo, entendemos o conjunto de experiências escolares que se desdobram em torno do
conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para a construção das identidades
de nossos alunos. Associa-se, assim, o currículo
a) a todo conhecimento científico, artístico ou literário produzido pela escola que tenha utilidade na
sociedade.
b) à grade curricular que organiza, em tópicos, os conhecimentos que devem ser ensinados em cada ano
letivo nos diversos espaços educativos.
c) a todo e qualquer espaço organizado para informar e educar pessoas, o que explica o uso de
expressões como o currículo da mídia.
17
17
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Michael Young (1915-2002) inaugurou os estudos de currículo dentro da Sociologia da Educação. Ele
foi um grande crítico ao modelo de currículo prescrito de Ralph Tyler. O autor argumentava que a
racionalidade Tyleriana referendava os saberes dominantes em detrimento de outras formas de
conhecimento. Dessa forma, ele realizava uma contraposição ao modelo de conhecimento como
objetivo. Ele propôs o seguinte conceito de conhecimento:
5Baseado no Livro Digital: LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias do currículo: 1ª edição. São Paulo:
Cortez, 2013
18
18
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
enumera algumas críticas da escola ou das gestões educacionais na formulação do currículo. Todas
estão alinhadas na não consideração de outras formas e conhecimento.
Ensinar e avaliar sempre de modo individual, desta forma favorecendo aos valores
capitalistas de individualismo
Após estas críticas, podemos enumerar ações positivas que podem ser realizadas com a finalidade de
considerar o contexto escolar e social do aluno.
19
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
III. É possível pensar em um currículo que não esteja organizado em conteúdos isolados, mas
que compreenda a complexidade dos saberes e das diversas realidades e propicie o estudo
multifacetado por meio das visões das diversas áreas do conhecimento.
Considerando as afirmações apresentadas, assinale a alternativa correta
a) Estão corretas I e III
b) Estão corretas II e III
c) Estão corretas I e II
d) Somente a II está correta.
Comentário:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário.
Afirmativa I está incorreta. Está incorreto porque no desenvolvimento do currículo deve-se levar em
consideração o cotidiano da escola e fora dela. Na verdade, a afirmativa é criticada pelo autor Young
como forma de construção curricular.
Afirmativa II está correta. Corretíssimo. Na verdade, o que diferencia a proposta de Tyler e de Young
é justamente a consideração da cultural dentro e fora da escola.
Afirmativa III está correta. O item argumenta a favor do currículo considerar os diferentes contextos
que a escola está inserida, bem como diferentes visões do conhecimento. Esta afirmação é coerente com
a definição de conhecimento de Young: o saber é produzido entre os sujeitos.
Alternativa correta letra B.
Mais duas questões para praticarmos a relação entre currículo e contexto escolar/social.
20
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Comentário:
A alternativa A está incorreta. O currículo não pode ser apenas planejado pela equipe gestora, mas
outros atores devem participar: equipe gestora das Secretarias de Educação, pais de alunos e
comunidade escolar em geral. Além disso, o objetivo da Educação Infantil nos currículos oficiais não é a
alfabetização, mas a construção da cultura da escrita.
A alternativa B está incorreta. O currículo não pode ser apenas planejado pela Secretaria de Educação.
São necessários outros atores: equipe gestora da escola, professores, pais de alunos e comunidade
escolar em geral.
A alternativa C está incorreta. Pelo contrário, Young argumenta criticamente contra um conhecimento
legítimo para todos. O autor é a favor das diferenças culturais inseridas no campo curricular.
A alternativa D está incorreta. Novamente uma afirmação de currículo prescritivo que Young não
acredita ser possível, uma vez que ele é a favor das diferenças culturais.
A alternativa E está correta. Os termos "experiências das crianças" coaduna com a proposta de Young
de considerar a cultural e contexto social inseridas no campo curricular.
VUNESP - Diretor de Escola (Pref Peruíbe)/2019 - O currículo, segundo Libâneo, Oliveira e Toschi
(2010), pode ser compreendido a partir de três manifestações: currículo formal, currículo real
e currículo oculto. Com base no exposto, assinale a alternativa correta.
a) O currículo oculto é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino, expresso em diretrizes
curriculares, nos objetivos e nos conteúdos das áreas ou disciplinas de estudo.
b) O currículo formal refere-se às influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos
professores, originam-se da experiência cultural, dos valores e significados do meio social.
c) O currículo real expressa a orientação dos sistemas de ensino, revelando o conjunto de disciplinas e
resultados de aprendizagens pretendidos.
d) A distinção entre esses vários níveis de currículo serve para mostrar que aquilo que os alunos
aprendem na escola ou deixam de aprender depende de muitos fatores e não apenas das disciplinas
previstas na grade curricular.
e) O currículo formal é o que, de fato, acontece nas salas de aula, em decorrência de um projeto
pedagógico e dos planos de ensino. Refere-se às ideias e práticas, à percepção e aos usos do currículo
real.
Comentário:
A alternativa A está incorreta. O currículo oculto é expresso pelos valores que os diferentes atores
escolares produzem no cotidiano da escola. É formador de identidade através de diferentes ações do dia
a dia.
21
21
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa B está incorreta. O currículo formal é o currículo prescrito de Raph Tyler. Assim, não é
possível o currículo ter como fonte a "experiência cultural", uma vez que ele é proposto por especialistas
na área.
A alternativa C está incorreta. O currículo real é aquele que possui influência do contexto social e dos
inúmeros atores do cotidiano escolar.
A alternativa D está correta. Os vários níveis do currículo dizem respeito aos diferentes contextos
sociais que estão inseridos em cada realidade.
A alternativa E está incorreta. O currículo que acontece de fato na sala de aula é o currículo real que
sofre interferência do professor e dos alunos de acordo com o contexto escolar.
Por fim, vamos colocar um quadro com algumas definições gerais de currículo que já apareceram no
texto teórico e já em algumas questões.
Conceitos de Currículo
CURRÍCULO FORMAL É o currículo oficial proposto pelos documentos oficiais. Pode ser
baseado na legislação em vigor e em documentos específicos de cada
secretaria de educação. É o currículo prescrito para os professores e
alunos.
CURRÍCULO REAL É a nomenclatura dada ao currículo prescrito aos professores
transformado por eles conforme a interpretação que fazem sobre os
conteúdos, habilidades ou competências descritas. além disso, também é
o nome dado ao currículo que se transforma devido ao contexto escolar e
social dos alunos
CURRÍCULO OCULTO São os valores, identidades e ideologias que permeiam as atividades
advindas do currículo formal. também está presente em aspectos
metodológicos como a disposição das cadeiras em sala de aula ou a
forma como os professores lidam com a indisciplina dos alunos.
Vamos fazer assim: iremos explicar a classificação feita por Tomaz Tadeu da Silva e depois colocaremos
um esquema com as principais Teorias Curriculares de cada tipo. Combinado?
6Baseado no livro: SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo
Horizonte: Autêntica, 1999
22
22
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
a) Tradicionais ou Acríticas
Estas Teorias do Currículo são influenciadas principalmente pelo modelo de Ralph Tyler. São as teorias
tecnocráticas. Podemos descrevê-las como propostas curriculares prescritas de cima para baixo, isto
é, através de uma hierarquia rígida. Especialistas de educação se sobrepõe sobre as escolas. Não há
participação da gestão das escolas e dos professores na construção do currículo. Há a preocupação com
a aprendizagem dos alunos e assimilação dos conteúdos. O conhecimento é tratado como neutro e
inquestionável, pois é científico e proposto por especialistas.
Além disso, há uma seleção dos conteúdos a serem aplicados como sendo necessários ao mercado de
trabalho. A ideia é adaptar os estudantes ao mundo do trabalho. São teorias acríticas por não
considerarem a cultura e a ideologia como influência na composição de suas teorias.
Outras teorias que podem ser consideradas tradicionais, em termos de currículo, são aquelas derivadas
do modelo progressista de Dewey. Isso porque o referido autor pensava no conhecimento centrado
na criança, mas não considerava a cultura e a ideologia como aspectos a serem problematizados.
Tanto as teorias tecnocráticas e progressistas baseadas em Dewey são críticas ao modelo de currículo
clássico humanista, que tinha uma forte influência da Pedagogia Tradicional. Isso porque nesta
tendência pedagógica as disciplinas tinham como referência a Antiguidade Clássica e a educação
universitária da Idade Média.
Neste formato de currículo, o modelo tecnocrático criticava a inutilidade dos conhecimentos para o
mercado de trabalho. O modelo baseado em Dewey considerava que o currículo humanista estava
distanciado dos interesses e das experiências das crianças.
b) Críticas
As Teorias Críticas são aquelas que justamente trazem para o estudo do currículo as questões da
cultura e da ideologia. Muitas dessas teorias trabalham com a noção de contexto social e escolar, já
que enxergam na cultura um importante elemento de composição de suas teorias.
Ademais, o estudo dos componentes ideológicos da seleção, organização e avaliação dos conteúdos
também é um fator importante para estes autores. São teorias críticas porque não consideram como
neutro o conhecimento curricular. Pelo contrário, consideram o conhecimento uma construção
cultural, política, ideológica e econômica.
c) Pós-Críticas
As Teorias Pós-críticas fazem parte de um campo aberto de estudos dentro da tradição filosófica
conhecida como pós-moderna. São teorias que dialogam com o multiculturalismo que é o estudo da
convivência de diferentes culturas em um mesmo território. Abordam questões como: educação de
imigrantes, educação indígena e educação quilombola.
Além disso, estas teorias dialogam com três conceitos pós-modernos: identidade, alteridade e
diferença. Estão nos estudos curriculares a inserção de grupos com pouca visibilidade na sociedade:
23
23
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
mulheres e população negra. A discussão de temas como homofobia, educação para a sexualidade e
educação étnico-racial.
Agora, vamos observar uma tabela com a classificação das teorias curriculares:
TEORIAS DO CURRÍCULO
TRADICIONAIS OU ACRÍTICAS CRÍTICAS PÓS-CRÍTICAS
Crítica ao modelo curricular Crítica ao modelo curricular Inspiração pós-moderna e
humanista (Clássico e Idade prescrito: objetivos/avaliação pós-estruturalista
Média)
24
24
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Sobre as possíveis concepções acerca do currículo escolar dos dois professores, analise as
afirmativas a seguir.
I. André se aproxima mais das teorias tradicionais do currículo, buscando formas de transmitir
os conteúdos tidos como inquestionáveis.
II. Pedro se aproxima mais das teorias críticas e pós-críticas do currículo, que estão preocupadas
com as conexões entre saber, identidade e poder.
III. André e Pedro traduzem concepção próxima às teorias tradicionais do currículo,
preocupando-se com “o quê” ensinar.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I;
b) II;
c) III;
d) I e II;
e) I e III.
Comentário:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário.
Afirmativa I está correta. É uma teoria tradicional do currículo pela preocupação com os conteúdos,
bem como a prescrição do currículo estar implícita no termo "inquestionável".
Afirmativa II está correta. As conexões entre o saber fazem parte das teorias críticas, uma vez que
advogam a favor de diferentes conhecimentos. A questão do poder dialoga com as teorias críticas, pois
está em evidência a questão da ideologia. O termo "identidade" dialoga com as teorias pós-críticas, pois
remete às questões de identidade, alteridade e diferença.
Afirmativa III está incorreta. As teorias tradicionais não se preocupam com "o quê" ensinar, uma vez
que os conteúdos que prescrevem são científicos e inquestionáveis. O questionamento da seleção dos
conteúdos é próprio das teorias críticas que argumentam a não neutralidade do conhecimento.
Alternativa correta letra D.
25
25
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Para facilitar seu estudo, nomeamos e agrupamos alguns desdobramentos curriculares originários de
tendências pedagógicas específicas. Estas não são Teorias Curriculares propriamente ditas, mas muitas
questões enfocam o currículo nestas concepções. Dessa forma, vamos relembrar alguns assuntos que
trabalhamos na aula 00 e inserir novos elementos.
A Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos possui uma noção curricular bem interessante. Ela não está
dentro da racionalidade tyleriana, uma vez que não se preocupa com comportamentos adaptados ao
mercado de trabalho. Pelo contrário, o currículo é entendido como uma apropriação dos conteúdos
de forma crítica para que o aluno questione sua realidade.
Por outro lado, esta tendência pedagógica não reduz ou adapta os conteúdos para serem transmitidos
ao aluno. Pelo contrário, incentiva que os alunos tenham acesso a uma grande variedade de conteúdos
que serão necessários para que o aluno questione o mundo.
Outra concepção de currículo deriva a Teoria de Avaliação de Carlos Cipriano Luckesi. Por se tratar
do tema avaliação é claro que teria alguma relação com o currículo. Porém, a maneira de avaliar não é
da forma preconizada por Tyler.
O pensamento avaliativo de Luckesi diz respeito à crítica que é feita ao ranqueamento e pontuação.
Dessa forma, o processo de construção do currículo é na apropriação dos conteúdos para que o aluno
reflita sobre o conhecimento e a realidade. Nesse sentido, a avalição não é mero instrumento para
ingressar no vestibular ou conseguir mais pontos no boletim. A avaliação é um momento privilegiado
de reflexão do aluno sobre o seu processo de aprendizagem.
FUNDATEC - Professor (Pref N Horizonte)/Educação Básica I/2019 - Segundo Luckesi, faz parte
da tarefa do docente não apenas ensinar conteúdos, mas também:
I. Ensinar o aluno a refletir.
II. Compreender a realidade.
III. Auxiliar na sua aprovação no vestibular.
Quais estão INCORRETAS?
a) Apenas I.
26
26
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Comentário:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário. A
questão pede as afirmativas incorretas.
Afirmativa I está correta. Segundo Luckesi, os conteúdos servem para o aluno refletir sobre a
realidade ou sobre o conhecimento.
Afirmativa II está correta. Segundo Luckesi, a compreensão da realidade é uma consequência da
aquisição dos conteúdos escolares.
Afirmativa III está incorreta. Para Luckesi, os conteúdos e a avaliação não devem servir apenas para
aprovação no vestibular. Dever propiciar ao aluno a compreensão da realidade.
Alternativa correta letra B.
27
27
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A similaridade é que esta forma de pensar o currículo também possui ênfase nas metas curriculares,
nas experiências de aprendizagem e na avaliação da aprendizagem. Estas três propostas estão
presentes com outra nomenclatura em Tyler: objetivos, seleção/organização de experiências escolares
e avaliação do currículo. Agora vem a diferença nesta similaridade. No caso de Tyler, há o enfoque em
questões comportamentais e no Currículo por Competências o enfoque é na aprendizagem, pois
atualmente já existe o desenvolvimento da psicologia escolar. Ambas as propostas possuem a
prescrição de objetivos/metas que no final do processo serão submetidas à avaliação. As duas estão
submetidas a mesma racionalidade.
No caso da proposta de Tyler, há uma mensuração de cada habilidade que por usa vez está ligada a
determinado conteúdo específico. Inclusive há um objetivo específico para cada mudança
comportamental desejada. No Currículo por Competências, há uma competência geral que determina
várias habilidades e esta última, por sua vez, determina alguns conteúdos.
7Baseado no Livro Digital: LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias do currículo: 1ª edição. São Paulo:
Cortez, 2013
28
28
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Da mesma forma, alguns conteúdos não são prescritos, pois não possuem utilidade prática para a
aquisição de uma competência. Assim como, outros conteúdos são inseridos em competências
necessárias na mudança constante do mercado de trabalho.
Vamos dar alguns exemplos. Algumas décadas atrás, ensinava-se os coletivos das palavras por
se tratar de um conhecimento distinto enciclopédico importante. Hoje não há a menor
importância, uma vez que o estudante pode pesquisar nos buscadores de internet algum
coletivo de palavra. Não há necessidade de guardar na memória um conhecimento tão
específico. Da mesma forma, um estudante que falasse duas línguas de maneira fluente fosse
apenas uma grata surpresa, mas não era um requisito para o ingresso no mercado de trabalho.
Atualmente, se uma escola particular quer se destacar na formação de alunos para o mercado
de trabalho terá que pensar seriamente em educação bilingue.
Calvin afirma que “o conhecimento que ele domina não tem uma utilização prática”. Para que o
conhecimento possa responder aos problemas da vida, o professor deve:
Marque a alternativa CORRETA.
a) Fazer um planejamento detalhado da aula.
b) Registrar outra punição para o aluno.
29
29
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Com base no texto assinale a alternativa que apresente a correta definição do conceito de
competência.
8Baseado no artigo de SILVA, Gabrielle Bonotto; FELICETTI, Vera Lucia. Habilidades e competências na prática
docente: perspectivas a partir de situações-problema. Educação Por Escrito, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 17-29, jan.-jun.
2014
30
30
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
a) Competência é uma reprodução perfeita de qualquer atividade realizada por um ser humano.
b) Competência é o fazer restrito, limitado e repetitivo que possibilita ao ser humano a realização
automática de uma tarefa.
c) Competência é a ação ou o fazer profissional observável, potencialmente criativo, que articula
conhecimentos, habilidades e valores e permite desenvolvimento contínuo.
d) Competência é capacidade do ser humano de realizar uma tarefa muito complicada dentro de padrões
de qualidade e segurança.
e) Competência é a qualidade do ser humano capaz de desempenhar uma tarefa com invejável
habilidade.
Comentário:
A alternativa A está incorreta. Não é a reprodução perfeita. Conforme colocamos o conceito, há alguns
campos de atuação das competências. As competências são sempre um recorte das ações humanas.
A alternativa B está incorreta. As competências são amplas e envolvem várias habilidades. Além disso,
elas não são repetitivas, pois envolvem ações complexas para realizar uma tarefa.
A alternativa C está correta. Exatamente. Competência é uma ação humana observável e pode ser
criativa. Não está restrita só no âmbito cognitivo, pois o uso dos termos "valores" evidencia este fato.
Pode ser utilizada no mundo do trabalho também.
A alternativa D está incorreta. As competências são principalmente ações humana para o
desenvolvimento e não para a qualidade e segurança.
A alternativa E está incorreta. As competências não são perfeitas. Podem variar em diferentes graus de
desenvolvimento.
FGV - Professor (Pref Boa Vista)/Licenciado em Pedagogia/2018 - “Em uma reunião pedagógica
os professores do ensino fundamental estavam elaborando os planejamentos para o ano
seguinte. Ao ver que muitos deles se dedicavam a escrever listas de conteúdos, a coordenadora
pedagógica propôs que eles trocassem a questão ‘quais conteúdos devemos trabalhar’ para
‘quais competências devemos desenvolver’, ao planejarem.”
Para trabalhar em uma organização curricular por competências, é necessário:
a) limitar drasticamente a quantidade de conhecimentos ensinados e exigidos;
b) priorizar conteúdos que possam ser memorizados;
c) privilegiar a transmissão de conhecimento;
d) promover a reflexão especulativa e idealista na elaboração dos currículos escolares;
e) definir os conhecimentos a serem ensinados.
Comentário:
31
31
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa A está correta. Não quer dizer que as competências não possuem conteúdos a serem
assimilados. Mas na descrição da questão, há a descrição de "lista de conteúdos possibilita uma redução
destes conteúdos. Isso por que no Currículo por Competência o foco não são os conteúdos, mas
sobretudo a capacidade do sujeito intervir em determinadas situações-problema"
A alternativa B está incorreta. A prioridade em conteúdos não está descrita dentro do Currículo por
Competências.
A alternativa C está incorreta. Novamente a alternativa coloca a prioridade nos conteúdos. Não é o foco
do Currículo por Competência.
A alternativa D está incorreta. No Currículo por Competência são analisadas situações-problema
complexas e não situações especulativas e idealistas.
A alternativa E está incorreta. Esta alternativa também coloca o foco nos conteúdos curriculares. Não
é o caso do Currículo por Competências.
Diante da perspectiva acima, os projetos liderados pelos estudantes possuem uma sistematização de
conhecimentos. Esta forma diferente de sistematizar ficou conhecida como método de projetos.
Nesta perspectiva, o conhecimento é produzido pelos próprios alunos na sala de aula. Não existe
conhecimento hierarquizado vindo de cima para baixo. São os próprios estudantes que conduzem o
acesso a diferentes formas de conhecimento. Mesmo aqueles não acadêmicos. Isso porque na condução
de um projeto de vida real não há apenas conhecimentos eruditos.
Observamos que a organização desta proposta curricular é muito diferente da estudada anteriormente
(Apropriação Crítica dos Conteúdos), pois o conhecimento é estrutura em torno de um projeto e não
uma lista de seleção de conhecimentos importantes para o aluno. O aluno conduz o processo de
investigação do projeto. O professor somente apoia. Muito diferente da visão de professor da
Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos onde o professor é uma figura central.
32
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
VUNESP - Coordenador Pedagógico (Pref Peruíbe)/2019 - Arroyo (2013) tece várias críticas ao
currículo, tais como sua rigidez, se impondo sobre nossa criatividade, os conteúdos, as
avaliações, o ordenamento dos conhecimentos em disciplinas, níveis, sequências caindo sobre
os docentes e gestões “como um peso”. Analisa, ainda, a relação tensa entre docentes e
currículos, destacando, nessa sua obra, além de outras propostas, algumas com vistas a um
trabalho mais autônomo, a outras políticas de currículo e avaliação, bem como ao
reconhecimento da diversidade.
33
33
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
As disciplinas que integram a Base Nacional Comum são: Língua Portuguesa, Matemática, Artes,
Educação Física e Ensino Religioso. É importante ressaltar que todas estas disciplinas devem em
alguma medida ter interface História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena. Assim como, o
ensino de Artes deve contemplar diferentes expressões artísticas.
As disciplinas no ensino fundamental e ensino médio podem ser agrupadas por: áreas do
conhecimento, disciplinas e eixos temáticos.
34
34
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Como podemos compreender no esquema acima, não há mais aquela visão de disciplinas
fragmentadas que o professor dá aula. Há uma permeabilidade das disciplinas em serem agrupadas
em áreas do conhecimento ou eixos temáticos. Esse fato facilita que a escola ou o próprio educador
trabalhe de maneira interdisciplinar.
Essa abordagem interdisciplinar já foi defendida qpela resolução anteriormente. Agora, quando a
legislação revela as disciplinas deixa claro que elas não são separadas uma das outras.
Agora, vamos ao conceito de letramento que tem bastante relação com o conceito de leitura.
Muitos autores argumentam que na prática pedagógica é impossível separar os dois conceitos. Por quê?
Todo processo de alfabetização para ser significativo para o aluno envolve letramento.
Em outras palavras, para conseguir alfabetizar uma criança é necessário que o professor utilize
elementos do mundo letrado para conseguir os seus objetivos. O professor pode utilizar gibis,
histórias narrativas, relatos pessoais, pequenas enciclopédias, textos da internet, redes sociais..
Há uma infinidade de possibilidades de dar sentido à alfabetização.
O grande problema do fracasso da alfabetização dizia respeito ao processo mecânico e sem sentido que
as crianças era submetidas no uso de cartilhas até as décadas de 60 e 70. Os dados mostram que
praticamente metade das crianças de escolas públicas reprovavam o primeiro ano de escolaridade que
se iniciava aos 7 anos. Atualmente, estas crianças são os adultos que busca a Educação de Jovens e
Adultos para terminarem seus estudos.
35
35
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Vamos fazer uma questão para este tema ficar bem fixado.
36
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
argumento que não é preciso alfabetizar para depois letrar é uma justificativa para que as crianças
pequenas tenham acesso ao mundo letrado. Alguns professores não colocam as crianças para terem
acesso a gibis e livros infantis e somente ficam preocupados com atividades de alfabetização.
A alternativa C está incorreta. Veja que ele colocou os termos "aprender a ler e escrever" e não
"alfabetização" se ele colocasse o último termo a questão estaria correta. Mas aprender a ler e escrever
envolve tanto a alfabetização quanto o letramento.
A alternativa D está incorreta. Novamente ele utiliza o termo "aprendizagem da língua" para designar
alfabetização e letramento, mas ele coloca apenas o conceito de alfabetização.
A alternativa E está incorreta. Aqui houve a inversão de conceitos. Letramento é o exercício efeito e
competente da escrita e alfabetização é o domínio do código.
A interdisciplinaridade é uma abordagem que ganhou muito terreno na educação justamente por sua
postura contrária ao ensino tradicional. Isso ocorreu porque a pedagogia tradicional possui uma
centralidade muito grande em cada disciplina e no detalhamento de cada conteúdo a ser ensinado. Além
disso, o ensino tecnocrático também exerceu uma forte influência do excesso de detalhamento dos
conteúdos ou competências.
De qualquer forma, temos uma nova influência no ensino que é a interdisciplinaridade. Mas o que
caracteriza essa forma de pensar a educação?
Em primeiro lugar, é importante ter em mente a designação de "inter", ou seja, a permeabilidade entre
as disciplinas. A conversa ou diálogo entre diferentes disciplinas. Para que isso aconteça é
necessário ter algumas condições. São quatro condições para que a interdisciplinaridade ocorra. Vamos
a elas.
A primeira condição é a relação todo e parte. Essa é uma influência direta da dialética (tendência
filosófica que aborda conceitos de determinada forma). A dialética pressupõe que há sempre uma
relação entre argumento e contra-argumento. Assim como, há sempre uma relação entre a totalidade e
as partes.
Essa última consequência é relativa que o todo não é propriamente a soma das partes. Nem a parte é
um fragmento do todo. Há uma relação íntima entre todo e partes de modo que não é possível
compreender um sem o outro. O todo está nas partes e as partes estão no todo.
9A interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade são temas que estão em diferentes documentos oficiais como: PCN,
LDB e documentos estaduais e municipais. Aqui foram compilados com as questões que mais caem em provas.
37
37
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
É uma abordagem que não é fragmentada do tipo: Hoje alunos vamos aprender um pedaço da
teoria da evolução biológica dos animais! A evolução biológica é aprendida na sua total
extensão e na relação com a ideia central de Charles Darwin. Os desdobramentos da teoria
central nas diferentes disciplinas biológicas, bem como para o pensamento filosófico ocidental.
É uma abordagem inteiramente nova que aborda a totalidade e as partes sem necessariamente isolar
cada uma delas.
A segunda condição é a importância da pesquisa. Aqui não estamos falando de pesquisa acadêmica,
mas sobretudo da pesquisa que os alunos devem fazer para conhecer determinado assunto. Os alunos
ao pesquisarem um assunto pode estar em contato com diferentes disciplinas, pois o
conhecimento não é compartimentado.
Dessa forma, um assunto não pode ser pesquisado por disciplina. Vamos retomar o
exemplo da evolução biológica dos animais. O impacto dessa teoria na visão de homem, de
mundo e de sociedade ocorre em diferentes áreas do conhecimento. No campo das ciências
sociais ocorre a tendência de pensar a sociedade como darwinismo social. Ou então, no campo
da filosofia ou da teologia, em pensar que a relação da origem da vida ainda é um problema
em aberto, tendo em vista as evidências da evolução biológica para origem da vida.
Diante do que colocamos acima, a pesquisa leva naturalmente a diferentes disciplinas sob
influência de determinada teoria ou visão de mundo.
A aprendizagem ativa é uma relação natural da pesquisa. O aluno pesquisador é ativo na busca das
próprias perguntas que faz sobre o mundo e a realidade.
A quarta condição estabelece que são alguns cuidados que são necessários à prática
interdisciplinar. É preciso que o professor domine a disciplina principal do assunto que é tratado.
Ele também deve ter uma cultura ampla para compreender o alcance nas diferentes disciplinas do
assunto que é tratado.
38
38
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Se forem mais de um professor a abordar determinado conteúdo, torna-se muito necessário que o
professor domine bem o assunto na sua própria disciplina, a fim de que possa aprofundar no campo que
domina. Mas é também necessário que dialogue com outro professor sobre o assunto a ser tratado.
Podemos dar um exemplo de um professor de ciências que quer abordar o tema da evolução
biológica. Então, ele pode pedir ajuda para o professor de filosofia mostrar os impactos dessa
nova forma de pensar o mundo. Assim como, o professor de ensino religioso pode colocar os
novos debates que esse tema acarreta para diferentes denominações religiosas e a
interpretação de escrituras sagradas oficiais.
39
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
40
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
Comentários:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário.
Afirmativa I está correta. A interdisciplinaridade pressupõe o desafio de trabalhar com diferentes
áreas do conhecimento.
Afirmativa II está correta. A integração dos saberes exige cuidado, pois cada área de conhecimento
possui sua especificidade.
Afirmativa III está correta. É o desafio de uma nova concepção de trabalho pedagógico.
==0==
Afirmativa IV está correta. Quer dizer: na prática, quais são as atividades escolares que podem ser
integradas com a interdisciplinaridade.
Alternativa correta letra E.
Outro assunto que cai muito em provas é a relação entre interdisciplinaridade e currículo.
Essa relação somente pode ser entendida através do enfoque disciplinar. Parece uma contradição. Mas
é verdade. Vamos entender o porquê.
Para que o currículo interdisciplinar esteja consolidado, pede-se que o professor domine muito
bem sua disciplina. Além disso, é necessário que os docentes entendam que a sua disciplina não é
isolada. Ela possui ligação com outras áreas do conhecimento.
Dessa forma, estamos vendo que o conhecimento aprofundado do professor em sua disciplina pode
facilitar que ele entenda que os assuntos que trata com os alunos tem ligação com disciplinas de outros
professores. Isso ocorre porque o conhecimento é libertador e favorece a ampliação de horizontes.
No entanto, para aplicar o diálogo entre as disciplinas é necessário que o professore evite as aulas
expositivas, pois o aluno deve ser ativo na aprendizagem.
41
41
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
saber sua
disciplina
diálogo com
outros
professores
não isolamento do
conhecimento
42
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Comentários:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário.
Afirmativa I está correta. O trabalho isolado disciplinar caracteriza áreas por disciplinas e não a
interdisciplinaridade.
Afirmativa II está correta. A interdisciplinaridade só pode caminhar pela consolidação e
aprofundamento dos saberes disciplinares que depois podem ser integrados.
Afirmativa III está correta. O foco somente em disciplinas é muito formalista e expositivo. Não há
pesquisa de saberes.
Alternativa correta letra E.
Os temas transversais são uma abordagem bem conhecida ao longo da história da educação brasileira.
Há um consenso que determinados temas transcendem a própria noção de disciplina.
Vamos dar um exemplo. O tema da sexualidade aborda questões biológicas, mas não se limitam
a ela. Dessa forma, é necessário abordar assuntos que não se encaixam em uma noção estrita
de disciplina.
Sendo assim, a sexualidade pode abordar a diversidade humana ligada ao tema. Pode-se falar
também do preconceito, determinações histórias e políticas públicas.
Como podemos ver, os temas transversais eles "atravessam" diferentes disciplinas de forma que
eles próprios não podem ser considerados nenhuma matéria. A abordagem mais equivocada é
dar aula sobre temas transversais. Esses temas devem fazer parte do cotidiano para serem
abordados nas diferentes disciplinas, sem necessariamente serem constituídos de um estudo
específico.
43
43
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Portanto, podemos destrinchar que o conceito de transversalidade são assuntos abordados que
Interdisciplinaridade Transdisciplinaridade
44
44
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
FUNDATEC - Pedagogo (Pref Porto Mauá)/2019 - Abordar as questões sobre o currículo escolar,
em especial, sobre o currículo integrado ou interdisciplinar significa entender que:
I. Para a crescente diversidade cultural e linguística encontrada nas escolas, esse tipo de
currículo é essencial para a aprendizagem, devido à formação e aos conhecimentos prévios
trazidos pelos alunos das diversas culturas e histórias.
II. Desta maneira o professor tem o controle curricular excessivamente centralizado, com
conteúdos detalhados, favorecendo, assim, a realização de testes e provas baseados em cada
disciplina.
III. O aluno vivencia a realidade e as possibilidades de uma sociedade culturalmente diversa em
vários aspectos no seu entorno, aprofundando os seus conhecimentos e as suas habilidades
cognitivas, bem como ampliando a sua consciência social.
Quais estão corretas?
a) Apenas II.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Comentários:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário.
Afirmativa I está correta. A interdisciplinaridade dialoga com os conhecimentos prévios dos alunos,
pois essa forma de saber discente possui qualidades de diferentes fontes de conhecimento.
Afirmativa II está incorreta. Pelo contrário, na interdisciplinaridade o foco não é no produto (testes e
provas) mas no processo (investigação e pesquisa)
Afirmativa III está correta. O entorno social é uma possibilidade interdisciplinar, pois a
permeabilidade dos saberes é muito fluida.
Alternativa correta letra C
45
45
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
46
46
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
47
47
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Este é um autor muito cobrado em algumas bancas. Muitas questões você vai perceber que não são
fáceis. A Teoria de Currículo de Sacristán possui uma lógica própria e também alguns termos e conceitos
únicos. Portanto, preste atenção nas explicações ao longo do texto. Vamos abordar ponto a ponto os
aspectos mais importantes que caem nas provas. Logicamente, que aqui não está todos os aspectos da
teoria dele, mas fizemos uma pesquisa extensa e os assuntos trabalhados estão contemplados.
4.1.1 - Conceito
Parece corriqueiro falar em currículo. O senso comum diz que é "aquilo que se ensina". Bom, currículo
é isso, mas é também um monte de outras possibilidades. Na medida que vamos aproximando do tema,
10SACRISTÁN, José Gimeno. O que significa currículo? In: SACRISTÁN, J. G. (Org.). Saberes e incertezas sobre o
currículo. Porto Alegre: Penso, 2013. p. 9-14.
48
48
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
verificamos que estas possibilidades vão ficando cada vez mais nítidas, pois aprofundamos o assunto. É
exatamente este processo que vamos fazer agora. Aprofundar em um assunto que muitos consideram
óbvio.
A ideia de "educação para todos" acarretava em dosar e organizar o currículo, afim de que todos os
alunos pudessem ter acesso ao conhecimento sistematizado. Porém, a escola não foi eficaz nestes
aspectos, pois muitos alunos não aprendiam os conteúdos de sua classe e do seu grau de ensino. Ficava
uma questão: como desenvolver um currículo que atinja todos os alunos?
Em busca da resposta a esta pergunta, Sacristán entende que os conteúdos não são neutros. Eles são
frutos de uma longa tradição escolar que impõe regras a serem seguidas a todos que estão dentro do
sistema de ensino. Assim, é só observar que muitos temas contra hegemônicos estão fora de muitos dos
currículos oficiais como: relações étnico-raciais, imigração, tolerância, diversidade religiosa.
Além disso, mesmo aqueles conteúdos que são garantidos no currículo estão sujeitos a aspectos
estruturantes do currículo.
Vamos dar um exemplo. O tema das relações étnico-raciais é garantido pela Lei 10639/03
garante o ensino de cultura afro-brasileira nas escolas. Porém, algumas pesquisas demonstram
que a cultura negra é ensinada de maneira estereotipada em algumas escolas. Fala-se que
somos um país sem preconceito racial, sendo que a miscigenação é a prova da ausência de
preconceito. Não se coloca a questão da luta do movimento negro no Brasil e nem se
problematiza o lugar que o negro ocupa na sociedade atualmente. Esta forma de passar o
conteúdo tem relação direta com o professor em sala de aula. Assim, o professor torna-se um
aspecto estruturante do currículo.
Como consequência do aspecto estruturante, temos os elementos estruturantes que tem relação direta
com a docência:
Modelo de normalidade: o que se espera dos alunos em determinada série e grau de ensino
49
49
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Dessa forma, o professor é um agente mediador dos conteúdos oficiais prescritos. Os docentes têm
o poder de mediar os conteúdos que chegam até os alunos, através de ações em sala de aula e na
escola. Mesmo assim, não podemos afirmar que os currículos oficiais não possuem uma finalidade e um
objetivos a ser alcançado. Sacristán argumenta que é exatamente isso que se espera dos currículos
prescritos: um bom texto que deixe claro sua finalidade educativa. Nada mais do que isso. Os objetivos
dos currículos oficiais podem variar de país para outro ou até de uma região para outra. Isso depende
da intencionalidade dos especialistas em educação.
A forma de aplicação desta finalidade educativa passa por uma complexa engrenagem curricular. Vamos
estudar isso mais a frente.
Agora, vamos a uma questão sobre Gimeno Sacristán que aborde alguns assuntos trabalhados até aqui?
50
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa C o autor concorda. Sacristán concorda que os conteúdos elencados podem desenvolver
determinados processos de acordo com objetivos e finalidades do currículo oficial.
A alternativa D o autor concorda. Sacristán concorda que o currículo impõe exigências para a escola.
Exemplo: classes, graus de ensino, tempo de duração das aulas de 50 minutos e separação de disciplinas.
A alternativa E o autor concorda. Sacristán concorda que os professores são elementos culturais
mediadores que interferem na aplicação do currículo aos alunos.
Vamos voltar ao tema de professores como agentes mediadores. Para Sacristán, o conhecimento
escolar é diferente do conhecimento fora da escola. Isso por que o primeiro passo por um
processo didático para ser ensinado. Muitas vezes os assuntos são colocados com criticidade e
fidedignidade aos conhecimentos acumulados pela humanidade. Algumas vezes, há possibilidade de
estereotipar determinados assuntos. Como foi dado o exemplo de cultura afro-brasileira.
Dessa forma, por conta desta espécie de "telefone sem fio" do currículo, há o que o autor chama de
currículo real. Este deve ser equilibrado em termos dos conteúdos prescritos e possibilitar uma
amplitude para que o professor trabalhe com autonomia. Dessa forma, os conteúdos de um currículo
não podem apenas figurar no texto oficial. Tem que estar dentro da sala de aula, pois é um direito dos
alunos aprenderem a cultura acumulada pela humanidade. Porém, há de se permitir amplitude para
o professor trabalhe assuntos de maneira diferenciada e outros que não estão prescritos. Sacristán é a
favor da inserção de valores dentro do currículo como cooperação, solidariedade, tolerância e
outros assunto que sejam pertinentes ao entendimento do mundo atual. Nesta linha equilibrada entre
imposição curricular e autonomia didática o autor estabelece que o currículo:
As ações desenvolvidas pelos professores não é o currículo em si, mas o seu desenvolvimento.
É como se o texto oficial fosse a partitura e as atividades desenvolvidas pelos docentes fosse a música.
Uma tem relação com a outra. Mas cada uma tem um papel independente a desenvolver. Ler uma
partitura não é o mesmo que tocar uma música.
Os resultados e os efeitos reais estão submetidos à subjetividade dos alunos. Não há garantia que
os objetivos do currículo correspondam aos seus resultados. Os objetivos e resultados não são
simétricos.
Diante das questões acima colocadas, percebemos que o currículo oficial sobre diversas alterações
através de agentes mediadores. Preconiza-se que a intencionalidade dos conteúdos prescritos não
chegará da mesma forma dentro da sala de aula. Há a possibilidade de fragmentação do saber ou
modificação do mesmo, através da didatização do conhecimento. O professor neste processo é colocado
como agente mediador entre o texto oficial e o currículo real.
51
51
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
52
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Comentário:
A questão pede a alternativa incorreta.
A alternativa A está correta. Sacristán é a favor da amplitude de temas para estudo, pois coloca que
este seria o papel do desenvolvimento do currículo pelos professores.
A alternativa B está correta. O autor é a favor destes valores, pois argumenta a educação como um
processo amplo.
A alternativa C está incorreta. O autor afirma que há a aprendizagem do currículo escolar. Não há dois
tipos de aprendizagem: conhecimentos e hábitos.
A alternativa D está correta. O autor é a favor de algumas prescrições do currículo que são importantes
para a estruturação dos sistemas de ensino. Estas imposições fazem parte da estrutura da escola não
sendo possível apartá-las totalmente.
Esta espécie que de "telefone sem fio" que o currículo atravessa por diferentes aspectos estruturantes
e agentes mediadores transforma o próprio planejamento curricular. O texto curricular é prescrito,
mas até ele chegar na sala de aula passar por um processo de diferentes planos de transformação.
Estes Planos não correspondem uns aos outros, uma vez que sobre um processo de afunilamento do
projeto inicial do currículo até chegar na mensuração por uma avaliação.
Muito diferente este processo do planejamento curricular proposto por Raph Tyler. Para este autor, os
objetivos e a avaliação devem corresponder um ao outro. Aqui, não. O projeto educacional possui uma
correspondência na avaliação final do estudante, mas ela não é garantida por correspondência
exata.
Vamos colocar um esquema abaixo e explicar cada etapa do processo do Currículo como práxis.
53
53
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Currículo
interpretado pelos
professores, pelos
materiais
Currículo
realizado em
práticas, com
sujeitos
concretos
Efeitos
educacionais reais
Efeitos
comprováveis
Projeto de educação. O texto curricular: O currículo é prescrito com base em objetivos e finalidades.
O texto possui uma intencionalidade.
Currículo realizado em práticas, com sujeitos concretos: Os alunos estão dentro de um contexto
social e escolar específicos. Dependendo do contexto cada sujeito responde ao currículo de uma
maneira específica.
Efeitos educacionais reais: Os efeitos que não podem ser medidos com avaliação formal. Os efeitos
podem ser observados pelo professor em sala de aula.
Efeitos comprováveis: Estes efeitos são aqueles que podem ser avaliados em larga escala. Assim
também é possível ter uma avaliação do currículo.
Atenção: o mais importante do esquema é você saber que os planos não correspondem exatamente.
Cada um é uma cópia imperfeita da anterior. Dessa forma, há uma correspondência i entre os planos,
mas não há correspondência exata de um nível anterior para o posterior. A correspondência entre os
planos é irregular e fragmentada.
54
54
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Considerando uma leitura parcial possível para esse esquema, assinale V para a afirmativa
verdadeira e F para a falsa.
I. O texto curricular expressa um projeto de educação; é um “currículo oficial”.
II. O currículo, ao ser interpretado pelos professores, deixa de ser um plano.
III. O currículo traduzido em práticas com sujeitos reais considera o seu contexto de atuação.
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, V e F.
b) V, F e V.
c) F, V e V.
d) V, V e V.
e) V, F e F.
Comentário:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário.
Afirmativa I está correta. Exatamente. O texto curricular é o currículo oficial.
Afirmativa II está correta. Isso mesmo. O Plano prescritivo é interpretado pelos professores e já os
objetivos de certa forma são modificados em alguns aspectos.
Afirmativa III está correta. Com certeza. O "nível 4 Efeitos reais" diz respeito aos alunos concretos
vivendo na sua realidade. Os efeitos reais só são possíveis com alunos concretos dentro do seu contexto
social.
55
55
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
56
56
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa D está correta. Exatamente. Os sistemas de ensino compõem uma trama curricular que
não é exata em seus planos. Cada sistema de ensino coloca um reflexo no posterior, porém não é com
exatidão.
A alternativa E está incorreta. Pelo contrário, Sacristán argumenta que não há na realidade a prescrição
curricular conforme Tyler havia proposto. Na verdade, há uma sobreposição de planos que não
correspondem com exatidão.
Algumas bancas trazem alguns conceitos específicos destes dois autores. Principalmente, relacionado
ao texto Indagações sobre o Currículo: Currículo, Conhecimento e Cultura. (MEC). Como a própria obra
estabelece, vamos agora trabalhar alguns conceitos relacionando Currículo e Cultura.
A pluralidade cultural no mundo é fonte de conflitos. O mundo está mais conflituoso, pois as sociedades
têm se tornando multiculturais e cada cultura tem uma forma própria de pensar o mundo. Estas formas
acabando tendo a possibilidades de questões conflitantes como: religião, classe social, política, ciência.
Por outro lado, é também uma enorme possibilidade de enriquecimento das atuações pedagógicas nas
escolas. Os conflitos entre diferentes culturas podem possibilitar uma compreensão de mundo com
maior tolerância e solidariedade. Muitas escolas já têm trabalhado alguns temas da diversidade cultural.
Por exemplo, a recente imigração da família haitianas ao Brasil tem incentivado muitos professores a
realizarem projetos sobre o Haiti, pois muitas crianças brasileiras não entendem a língua e os costumes
diferentes. Dessa forma, as situações de aprendizagem vão sendo enriquecidas com o conhecimento de
uma nova cultura. Assim, os autores conceituam que:
Para possibilitar que o Currículo tenha este potencial transformador, os autores elencam a crítica a
forma como a escolas tem trabalhado o conhecimento escolar
Falta de criticidade dos conteúdos do livro didático. Os autores estabelecem que é preciso ter sempre
em mente como os conteúdos estão sendo desenvolvidos nestes livros. Isso porque muitas
concepções podem estar sendo estereotipadas do ponto de vista cultual.
O currículo atende a rotina da avaliação. Os autores criticam que muitas vezes o conhecimento escolar
da escola é alterado segundo o ritmo e as rotinas avaliativas. Dessa forma, eles argumentam que o
11MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa; CANDAU, Vera Maria. Indagações sobre o currículo: currículo, conhecimento e
cultura: Brasília, MEC, 2007.
57
57
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
conhecimento não está a serviço do aluno, mas ao processo avaliativo. Há uma sobreposição de
importância. A avaliação é parte do processo de construção do conhecimento, mas ela não pode ser
uma meta única a ser atingida. O objetivo é o aluno compreender seu contexto e da sociedade de
maneira geral.
As relações de poder estão presentes na construção do currículo na escola. Muitos professores
hierarquizam as disciplinas mais importante e menos importantes. Um exemplo a prioridade dada a
Matemática em detrimento de História e Geografia em muitas escolas pelo Brasil.
Por fim, os autores estabelecem que o currículo multicultural é uma seleção da cultura. Assim, o
currículo promove a construção de identidades, uma vez que os tema a serem trabalhados possuem
sentidos e significados. Um exemplo são os temas de História. Se são trabalhados assuntos regionais ou
não. Alguns temas pouco presentes na historiografia oficial: mulheres, indígenas e negros.
Os autores estabelecem que é preciso reescrever o conhecimento usual da escola. Assim, assuntos
que poderiam ser tratados de uma forma podem ser ensinados de outro aspecto didático. Um
bom exemplo é o tema do descobrimento do Brasil. Será que o Brasil foi realmente descoberto? Qual a
visão dos indígenas sobre a chegada dos portugueses? Estas são boas questões para pensar a reescrita
do conhecimento escolar no cotidiano da sala de aula.
58
58
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa A está incorreta. Pelo contrário, os autores defendem temas pouco hegemônico façam
parte do currículo como: mulheres, indígenas, negros. Além disso, eles defendem que haja alterações no
conhecimento escolar usual. Assim, novas formas de abordar os conteúdos devem ser propostas na
alteração do currículo real das escolas.
A alternativa B está incorreta. Os autores tratam das questões culturais do currículo, mas em nenhum
momento afirmam que não deve ter relação com o currículo formal ou oficial. Na verdade, eles
argumentam sobre diferentes maneiras de abordar os mesmos conteúdos. Trabalhar com um olhar
multicultural diversos mesmo se tratando de temas tradicionais do currículo. Novamente citados o
exemplo do "descobrimento do Brasil"
A alternativa C está incorreta. Pelo contrário, os autores propõem mudanças no conhecimento escolar
de acordo com a necessidade de trabalho, tendo em vista o contexto multicultural dos alunos.
A alternativa D está correta. Exatamente. Os autores são contrários ao excesso de didatização dos
saberes, pois os tornam superficiais e com pouco aprofundamento.
A alternativa E está incorreta. Pelo contrário, os autores são favoráveis aos diferentes significados do
currículo em disputa, visto que propõe que temas tradicionais do currículo possam ser trabalhados de
outra maneira.
59
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa B está correta. Para os autores, o currículo é uma seleção cultural que propicia
construções de identidades nos estudantes.
A alternativa C está incorreta. Não há menção dos autores sobre este tema.
A alternativa D está incorreta. Não há menção dos autores sobre este tema.
A alternativa E está incorreta. Embora seja um tema importante, os autores não enfocam este assunto.
Por ser o último autor que vamos estudar em termos de Currículo, muitos assuntos irão parecer
redundantes. De fato, alguns assuntos já apareceram ao longo do nosso estudo. Porém, é necessário
falarmos de alguns temas novamente, pois Vasconcellos é um autor pedido em muitas bancas.
Embora você perceba que um assunto já foi tratado, é importante ficar atento aos termos e ao
vocabulário.
Vasconcellos elabora sua Teoria do Currículo sob o título "Atividade Humana como Princípio
Educativo". Dessa forma, ele estabelece que a formação deve ser a mais ampla possível. Esta amplitude
de percurso formativo diz respeito ao aspecto mais importante: o estudante.
Como consequência, o autor propõe uma série de orientações integradoras do currículo que coincidem
a subjetividade dos alunos e a objetividade da realidade.
Uso da avaliação como processo regulador da aprendizagem dos alunos. Aqui a avaliação é utilizada
como elemento que ajuda o aluno a conquistar novas aprendizagens. Não é utilizada como
ranqueamento ou contagem de pontos.
Não fragmentação das disciplinas. O conhecimento deve ser ministrado de maneira ampla, afim de
que o aluno conheça diferentes olhares sobre um mesmo assunto.
O currículo propõe processo de humanização dos alunos do ponto de vista mais amplo possível:
cognitivo, afetivo e social. É proposto para a libertação humana.
O equilíbrio entre exigência de conteúdos e processo didático de ensino. Busca em garantir o direito
do aluno à aprendizagem e ao seu processo de subjetivação de seus desejos e motivações.
60
60
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
61
61
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
II. a síntese de elementos culturais que conformam uma proposta político- educativa pensada e
impulsionada por diversos grupos e setores sociais cujos interesses são diversos ou
contraditórios.
III. a natureza do conhecimento em si mesmo, devendo ser pensado apenas com um rol de
conteúdos a serem transmitidos para um sujeito passivo.
FUNDATEC - Orientador Social (Pref Sta Clara Sul)/2018 - Para responder à questão, considere
o tema Currículo, de Celso Vasconcellos.
62
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
( ) Deve provocar o aluno a pensar, criticar, estar sempre com o pensamento em atividade.
( ) Deve dispor de objetos e dar condições para que o aluno tenha rendimento naquilo que ele
se debruça para conhecer.
( ) Deve interagir com o seu aluno em busca de soluções para os problemas propostos.
QUESTÕES COMENTADAS
63
63
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Pedagógico (PPP) da instituição de ensino. Em relação aos níveis de currículo, avalie as seguintes
assertivas:
I. Denomina-se currículo formal o conjunto de diretrizes normativas prescritas
institucionalmente, como por exemplo, os Parâmetros Curriculares Nacionais e propostas
curriculares dos estados e municípios. É o currículo legal, expresso em diretrizes curriculares,
objetivos e conteúdos das áreas ou disciplinas de estudo.
II. O currículo real é o currículo que acontece dentro da sala de aula com professores e alunos a
cada dia, em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino. É composto de todas
aquelas adaptações feitas cotidianamente pelo professor, é o currículo que sai da prática dos
professores.
III. O currículo oculto representa tudo o que os alunos aprendem diariamente em meio às várias
práticas, atitudes, comportamentos, gestos, percepções, que vigoram no meio social e escolar. É
constituído por todos os saberes que não estão prescritos nas diretrizes curriculares, são
conhecimentos adquiridos fora da escola, com a família, os amigos, ou ainda no espaço escolar,
através de brincadeiras de corredores, tipos de cartazes pendurados na parede, etc.
IV. O currículo informal é aquele que não aparece no planejamento do professor. Se manifesta
entre outras formas na maneira como os funcionários tratam os alunos e seus pais, no modo de
organização da sala de aula, no uso da quadra de esportes, nas condições de higiene, no próprio
espaço da escola como um todo.
Quais estão corretas?
a) Apenas II.
b) Apenas III.
c) Apenas I e IV.
d) Apenas I, II e III.
e) I, II, III e IV.
Comentário:
Analisaremos as afirmativas pela ordem e colocaremos a alternativa correta ao final do comentário.
Afirmativa I está correta. Exatamente. O currículo formal é prescrito através dos documentos oficiais.
Afirmativa II está correta. O currículo real é aquele que é interpretado pelos professores na aplicação
em sala de aula. O currículo real tem como base o currículo prescrito legal, mas não existe uma
correspondência de planos. O currículo prescrito é transformado pela ação dos docentes.
Afirmativa III está correta. O currículo oculto é baseado nos valores, ideologias e identidades da
escola. Principalmente os professores contribuem com sua visão de mundo que não estão descritas nos
documentos oficiais.
64
64
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Afirmativa IV está incorreta. Libâneo não utiliza esta descrição de currículo informal.
I. Planejamento Educacional.
65
65
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
I. Planejamento Educacional pode ser pensado como um processo contínuo que se preocupa com
o 'para onde ir' e 'quais as maneiras adequadas para chegar lá’, tendo em vista a situação
presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto às
necessidades da sociedade.
II. Planejamento Curricular é o processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar,
é previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno. Portanto, essa modalidade de
planejar constitui um mero instrumento que orienta a ação educativa na escola, uma vez que a
preocupação com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer
ao estudante não está explicitada através dos diversos componentes curriculares.
66
66
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Afirmativa I está correta. A descrição da afirmativa propõe uma visão ampla do processo educativo
enquanto sistema de ensino. Não é uma descrição focada em aspectos didáticos.
Afirmativa II está incorreta. A alternativa coloca que os documentos oficiais de currículo são um mero
instrumento burocrático e que as experiências oferecidas aos estudantes na escola não constam de
nenhuma forma em alguma prescrição curricular. Embora o currículo real transforme a prescrição do
currículo, não é possível afirmar que a experiência do aluno na escola não tem nenhuma relação com os
documentos oficiais. Logicamente que há uma intencionalidade nas propostas oficiais e que de alguma
maneira tem consequência dentro da escola, mesmo que não seja exatamente igual.
Afirmativa III está correta. O termo "planejamento global da escola" já compreende a descrição do
conceito.
67
67
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
“(…) (1) ............... que se desdobram em torno do conhecimento, em meio a relações sociais, e que
contribuem para a construção das (2) ................... de nossos/as estudantes. Currículo associa-se,
assim, ao conjunto de esforços pedagógicos desenvolvidos com (3) ............ .
A alternativa A está correta. O conceito de currículo diz respeito ao conjunto das experiências escolares
que são realizadas conforme uma intencionalidade expressa em documentos oficiais ou na prática
cotidiana. Assim como o currículo é promotor de identidades uma vez que há princípios e valores na
sua formulação.
A alternativa B está incorreta. O princípio da responsabilidade não está bem colocado nesta descrição,
uma vez que o conceito tratado aqui de currículo diz respeito a uma visão crítica e não apenas na
responsabilização dos professores pelos resultados.
A alternativa C está incorreta. Os conceitos de ideias e responsabilidade não dizem respeito a descrição
do currículo, pois ele é fruto das experiências escolares, das identidades e da intencionalidade
educativa.
A alternativa D está incorreta. O currículo atualmente não tem como princípio a autoridade, mas a
participação da comunidade escolar.
A alternativa E está incorreta. Os termos escolhidos não dizem respeito ao conceito geral de Moreira e
Candau. Os autores fazem uma leitura da cultura como influenciadora do currículo na escola e das
experiências que lá existem. Ademais, há o critério da intencionalidade que não está na alternativa.
a) atividade que reúne um grupo intelectual da unidade escolar que estará apto a apresentar propostas
inovadoras, confirmando a liderança dos supervisores escolares num processo que é eminentemente
pedagógico e centralizado.
b) tarefa que articula a prática pedagógica docente aos princípios educacionais, objetivos de ensino e
metas qualitativas de aprendizagem, numa relação coerente com as políticas públicas que expressam o
papel do Estado e a garantia da qualidade educativa.
68
68
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
c) exercício de seleção de conteúdos e metodologias possíveis diante de uma realidade difícil, devido às
carências culturais dos educandos que não possuem referências teóricas embasadoras.
d) atividade que constrói programas específicos de cada componente curricular, obedecendo a sua
lógica histórica, e considerando o entrosamento necessário entre as lideranças da escola, dos diferentes
bairros e dos poderes políticos locais.
e) exercício que relaciona os objetivos de ensino às estratégias, recursos didáticos, livros e revistas
pedagógicas, coerentes com as propostas docentes, ressaltando o processo intelectual da elaboração
acadêmica.
Comentário:
A alternativa A está incorreta. A descrição da alternativa propõe o currículo feito por especialistas. Na
descrição da questão (projeto pedagógico) pede-se um conceito de currículo que tenha como
interlocutores os professores.
A alternativa B está correta. Coloca os princípios atualizados da Racionalidade Tyleriana que podem
ser expressados pela qualidade da aprendizagem e vínculo com os objetivos. Metas e avaliação estão
intimamente ligadas nesta alternativa.
A alternativa C está incorreta. O termo "carências culturais" está inadequado. Se fosse seguir esta
lógica, nenhuma criança poderia aprender pois é "carente cultural". Não condiz com o objetivo da
questão.
A alternativa D está incorreta. O termo "poderes políticos locais" está inadequado. O currículo não tem
que estar em articulação com os prefeitos e vereadores (por exemplo), mas com os documentos oficiais.
A alternativa E está correta. O currículo não pode ser apenas acadêmico. Além disso, ele deve ter
relação com o contexto da escola como enuncia a questão (projeto pedagógico).
1) O currículo formal, oficial, prescrito, explícito: é tudo aquilo que é imposto pelo sistema de
ensino, como as LDB, PCNs, propostas pedagógicas, etc.
3) O currículo real, em ação: é o que será realizado em sala, ou seja, é o planejamento de aula que
o professor faz e vai praticar em sala de aula.
4)Atualmente são três as teorias curriculares. São elas: Tradicional, Críticas e Pós-Críticas.
69
69
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
5) O currículo oculto: são as simbologias que formam o ambiente escolar, que não estão
expressos em palavras ou não estão formalmente no papel.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
b) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 3, 4 e 5.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5.
Comentário:
Afirmativa 1 está correta. A descrição de currículo formal é exatamente o que está nos documentos
oficiais.
Afirmativa 2 está correta. A teoria curricular pretende compreender como a realidade atual em
termos de prescrição e transformação de cultural e conhecimento.
Afirmativa 3 está correta. A descrição de currículo real é exatamente o que ocorre entre professores
e alunos na sala de aula.
Afirmativa 4 está correta. Tradicional são as teorias que são prescritivas do currículo. Críticas são
aquelas que trazem a questão da intencionalidade e da cultura de modo geral. e Pós-Críticas são aquelas
que tratam do multiculturalismo.
Afirmativa V está correta. O currículo oculto é aquele que é expresso em valores, intenções e
identidade que não está em documentos oficiais.
70
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa A está incorreta. Esta descrição é referente ao currículo tradicional que é prescrito
segundo os conteúdos hegemônicos
A alternativa B está incorreta. Esta descrição é do currículo tradicional como eficiência que vê o aluno
como um recipiente para colocar possíveis comportamento adequados ao mercado de trabalho.
A alternativa D está incorreta. Esta descrição diz respeito ao multiculturalismo que aborda questões
identitárias. Teoria Pós-Crítica.
A alternativa A está incorreta. O currículo tradicional é descrito como a prescrição de normas oficiais
e pela relação entre objetivos e avaliação. Não é a descrição da questão no enunciado.
A alternativa B está correta. As Teorias Pós-críticas têm íntima relação como multiculturalismo e com
identidade, território, saber e poder. O multiculturalismo trata que diferentes culturas no mesmo
espaço. Todos estes temas fazem parte das Teorias Pós-críticas.
A alternativa D está incorreta. Este termo é próprio da classificação de tendências pedagógicas que já
estudamos na Aula 00. Não é próprio para classificar Teorias Curriculares.
71
71
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Afirmativa I está correta. Pelas teorias Pós-críticas serem pós-modernas há uma crítica a forma como
os marxistas (Karl Marx) pensam a libertação humana.
Afirmativa II está correta. As teorias Pós-críticas determinam que não há conhecimento certo ou
errado, mas sim questões de identidade dentro do mundo multicultural.
Afirmativa III está incorreta. Esta descrição é da teoria tradicional do currículo que segue a lógica
Tyleriana.
10. FUNDEP - Técnico em Educação (Itatiaiuçu)/2017 - Depois das teorias críticas e pós-
críticas do currículo, torna-se impossível pensar o currículo simplesmente através de conceitos
técnicos como os de ensino e eficiência ou de categorias psicológicas como as de aprendizagem
e desenvolvimento ou ainda de imagens estáticas como as de grade curricular e lista de
conteúdos. Num cenário pós-crítico, o currículo pode ser todas essas coisas, pois ele é também
aquilo que dele se faz. O currículo tem significados que vão muito além daqueles aos quais as
teorias tradicionais nos confiaram. O currículo é lugar, espaço e território. O currículo é relação
de poder. O currículo é trajetória, viagem e percurso. [...] O currículo é documento de identidade.
SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de identidade: uma introdução às teorias de currículo. Belo
Horizonte: Autêntica, 2003 (Adaptação).
72
72
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
III. As teorias críticas reconhecem a estética de poderes diversos diluídos nas relações sociais,
conferindo ao currículo a função de atuar em processos para a inclusão escolar.
IV. É desafio da escola incluir no currículo experiências culturais diversificadas que não
reproduzem estruturas de vida social em suas assimetrias e desigualdades.
Afirmativa I está correta. O currículo é a seleção de uma cultura. É por isso que há a diferença entre
conhecimento e conhecimento escolar. Este último é sempre uma seleção do universo cultural da
Humanidade.
Afirmativa II está incorreta. Pelo contrário, por conta dos agentes do currículo na escola (professores)
a prescrição curricular nunca é como a idealizada. Há uma diferença de planos entre aquilo que é
idealizado e aquilo que acontece na prática. A afirmativa usa termos de Sacristán, mas a ideia geral dela
é de prescrição curricular Tyleriana.
Afirmativa III está correta. Exatamente. As Teorias Críticas reconhecem a importância do contexto
escolar, inclusive aquele que é excludente e necessita de apoio para inclusão.
Afirmativa IV está incorreta. Dentro das Teorias de Currículo Críticas e Pós-Críticas há estas
necessidades de inserir novos elementos culturais no currículo. Descrição feita corretamente dentro
destes dois campos curriculares.
73
73
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
( ) Constitui os processos interdisciplinares. Por vezes, mesmo que seja uma proposta
interessante por ensinar os princípios das disciplinas de forma mais coerente com matrizes
disciplinares de referência, permanece em uma lógica acadêmica. As questões do cotidiano só
aparecem como “contextualização” das disciplinas, visando a dinamizar a aula e motivar o aluno.
Por exemplo, o aluno não precisa entender o cotidiano em sua complexidade para atender às
avaliações.
( ) Perspectiva instrumental. O que importa é formar o aluno para “saber fazer” uma ação,
sendo os saberes integrados na ação. É inegável que muitos de nossos saberes se expressam e
precisam se expressar em um “saber fazer” – uma habilidade ou um comportamento –, mas
reduzir os saberes ao saber fazer é uma perspectiva limitada e coercitiva da prática pedagógica.
Um exemplo de aplicação dessa modalidade pode ser encontrado em princípios curriculares das
provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
( ) Pode-se situar nessa modalidade, sob perspectivas diversas, o currículo por projetos, mais
na linha progressivista, distanciada de questões sócio-políticas mais amplas; o currículo por
temas geradores, mais na linha da valorização dos saberes populares, dentre outros.
a) 1, 3, 2
b) 1, 2, 3
c) 2, 3, 1
d) 2, 1, 3
e) 3, 1, 2
Comentário:
A primeira proposição( ) é 2. Integração de conceitos das disciplinas mantendo a lógica dos saberes
disciplinares de referência. O próprio conceito de interdisciplinaridade é que se tenha relações entre as
disciplinas.
74
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A terceira proposição( ) é 3. Integração via interesses dos alunos e buscando referência nas questões
sociais e políticas mais amplas (via disciplinas escolares). O currículo por projetos está ancorado no
contexto social do aluno, pois o sujeito tem que estar motivado a pesquisar assuntos de sua vida
cotidiana e interesses.
A alternativa A está correta. O currículo por competência possui uma influência da Racionalidade
Tyleriana que tem como princípio traçar objetivos que possam ser verificados por avaliação formal.
A alternativa B está incorreta. Pelo contrário, o currículo por competências é a aplicação de habilidades
em situações complexas e não em conteúdos.
A alternativa C está incorreta. Não é isso. O currículo por competências advoga a favor das
aprendizagens de habilidades em situações complexas.
A alternativa D está incorreta. O sistema de avaliação do currículo por competência tem relação com
os objetivos. A avaliação somativa é apenas o acúmulo de pontos sem relação com objetivos
anteriormente traçados.
A alternativa E está incorreta. O currículo por competências não preza pela relação hierárquica. Esta
forma de ensino é própria da Pedagogia Tradicional
75
75
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Assinale a opção que melhor se relaciona com o questionamento apresentado pelo personagem
da tira acima
a) O currículo escolar deve valorizar os conteúdos, não interferindo na estrutura da escola.
b) O currículo deve ser um recipiente neutro de conteúdos.
c) A composição do currículo escolar reflete disputas (corporativas, políticas, culturais e outras) na
definição do que deve ser ensinado na escola.
d) O currículo escolar real deve ser a única resposta possível para a questão: o que deve ser ensinado?
e) O currículo deve se limitar aos conteúdos e matérias das áreas a se ensinar.
Comentário:
A alternativa A está incorreta. Pelo contrário, o personagem critica o excesso de conteúdos escolares e
a ausência de temas relacionados à criticidade humana.
A alternativa B está incorreta. A charge discute exatamente a ausência de valores na sala de aula.
A alternativa C está correta. O currículo pensado com criticidade deve contemplar áreas da cultura que
sejam parte de disputas narrativas na sociedade. Dessa forma, abre-se espaço para o uso da crítica
dentro de sala de aula.
A alternativa D está incorreta. O currículo real não é esta definição. O currículo real é a aplicação de
conteúdos normativos realizado por interpretação própria e livre pelos professores. Há uma
transformação da prescrição curricular.
A alternativa E está incorreta. A charge questiona a limitação realizada por conteúdos disciplinares. A
personagem preza por discussão crítica de vários temas que não estão nas matérias
14. FUNDATEC - Professor (Pref Porto Mauá)/2019 - Qualquer proposta cuja finalidade é a
aprendizagem de alguém está determinada por uma ideia e um tipo de sociedade e de pessoa,
pois não existe educação neutra. As alternativas curriculares necessitam ter coerência com os
objetivos pretendidos. Nesse sentido, é correto afirmar que:
76
76
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
a) Não deve haver a inclusão de novos conteúdos de aprendizagem no currículo escolar, e sim a
ampliação do tempo do aluno na escola.
b) Deve-se realizar a organização dos conteúdos em disciplinas, sempre priorizando e considerando a
relevância de algumas preponderando sobre outras.
c) A fragmentação das disciplinas é a única forma e maneira de apresentar e organizar o currículo
escolar.
d) O currículo escolar deve oferecer os meios para uma análise crítica e construtiva da nossa sociedade,
facilitando o conhecimento da situação real do mundo atual.
e) A escola, assim como o currículo, deve girar exclusivamente em torno das matérias e das disciplinas,
que são o centro da sua ação.
Comentário:
A alternativa A está incorreta. Pelo contrário, se o aluno não possui determinados conteúdos para
aprender é mais do que necessário a inserção de conteúdos que ainda não domina.
A alternativa B está incorreta. O enunciado da questão crítica exatamente suposta neutralidade das
disciplinas. Não é neutro o fato de algumas disciplinas serem mais importantes que outras, pois isto
serve a interesses políticos, sociais e econômicos hegemônicos na sociedade.
A alternativa C está incorreta. Pelo contrário, a integração dos saberes promove maior aprendizagem
escolar.
A alternativa D está correta. Uma visão crítica de currículo leva em consideração a forma como a
sociedade está estruturada em segmentos sociais e diferentes formas de exclusão social.
A alternativa E está incorreta. No enunciado da questão está a proposição de uma concepção crítica.
Dessa forma, o currículo deve considerar o contexto social e a intencionalidade curricular.
77
77
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa A está correta. Exatamente. O currículo é entendido como uma seleção da cultura e possui
influências de intenções econômicas e políticas diversas, bem como considera o contexto social e escolar
dos alunos.
A alternativa B está correta. Na mesma direção da alternativa anterior. O currículo não é apenas
acadêmico, mas cultural, identitário e transformador.
A alternativa C está correta. O currículo envolve aspectos culturais e de identidade também. Ele não é
só um manual dos conteúdos a serem aprendidos.
A alternativa D está incorreta. Pelo contrário, o currículo envolve o contexto social do aluno, já que a
cultura faz parte de sua formulação.
V. Os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e nos procedimentos
selecionados nos diferentes graus da escolarização.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III, IV e V.
b) I, III e IV, apenas.
c) II, IV e V, apenas.
d) I, II, IV e V, apenas
e) II, III, IV e V, apenas.
Comentário:
Afirmativa I está correta. De acordo com os autores, os conteúdos fazem parte das aprendizagens que
deve acontecer o currículo.
78
78
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
Afirmativa II está correta. Os autores propõem que o currículo de certa forma dirige as experiências
do aluno na escola.
Afirmativa III está correta. Os planos devem ter por base os currículos oficiais e aquele construído
pelo cotidiano da escola. (currículo real)
Afirmativa IV está correta. Os autores são a favor de metas de ensino, desde que elas não sejam únicas
da delimitação curricular. É necessário que o currículo tenha como base a cultura mais ampla. Mas da
forma como está escrito considera-se correto.
Afirmativa V está correta. Os autores colocam que a avalição (principalmente aquelas em larga escala)
pode influenciar os conteúdos e procedimentos de um currículo.
A alternativa A está correta. O currículo possui uma intenção e uma sistematização, pois está lidando
com conhecimento e valores para serem elaborados pelos alunos.
79
79
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa A está incorreta. A charge não trata do erro, mas do pensamento diferente dos demais
alunos
A alternativa B está correta. Exatamente. O aluno pensa diferente provavelmente por que possui uma
cultura ou contexto social diferenciado. A Educação Intercultural está dentro das Teorias Críticas de
Currículo
A alternativa C está incorreta. A charge não diz respeito à desigualdade, mas a diferenciação do
pensamento em relação aos demais alunos.
80
80
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa D está incorreta. A charge não trata sobre diversidade de gênero e sexualidade, apenas
diversidade de pensamento.
A alternativa E está incorreta. A charge não trata de novas fontes de conhecimento, mas da diversidade
cultural.
(Adaptado. Fonte: SACRISTÁN, 2000, p.36. In: São Paulo: “Diálogos interdisciplinares a caminho
da autoria”)
81
81
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa A está incorreta. Sacristán não fala de seleção natural, mas usa o termo seleção cultural.
A alternativa B está incorreta. Esta não é a definição de seleção cultural, pois não tem relação com
condições individuais, mas ela é sobretudo coletiva.
A alternativa C está correta. Esta é a definição de seleção cultural que está diretamente ligada a
questões institucionais e coletivas de quais conhecimentos são legítimos e quais que não são. Há sempre
uma intencionalidade nas escolhas do currículo.
A alternativa D está incorreta. Sacristán não fala de seleção natural, mas usa o termo seleção cultural.
A alternativa E está incorreta. Sacristán não fala de seleção social, mas usa o termo seleção cultural.
A alternativa A está correta. Sacristán coloca que o currículo está inserido dentro de uma realidade
cultural e que muitas vezes não estão evidentes algumas questões do contexto social. Mas há também a
manifestação de identidades culturais claras dentro do contexto escolar.
A alternativa B está incorreta. Sacristán não pensa o currículo de maneira desconexa ou isolada
A alternativa C está incorreta. Pelo contrário, Sacristán revela que o currículo é complexo e com
intencionalidade.
A alternativa D está incorreta. Pelo contrário, Sacristán não usaria o termo "fechado em si mesmo",
pois ele é a favor da ampliação do horizonte cultural dos alunos.
82
82
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa C está incorreta. A descrição da alternativa é muito vaga. Libâneo deixa claro que o
planejamento é apoio para os professores, uma vez que pensa a centralidade educativa no docente.
A alternativa D está incorreta. Pelo contrário, Libâneo é a favor da educação crítica através dos
conteúdos.
A alternativa E está incorreta. Libâneo não enfoca o currículo na formação profissional, mas na
apropriação dos conteúdos para a reflexão crítica do aluno.
Na rotina do professor Romão, é uma constante aparecer na aula sem a menor ideia do que vai
tratar. Não lê, não prepara as aulas, assim, não sabe o tipo de tarefa que vai propor, então inventa
na hora e na aula seguinte não se lembra de cobrar os alunos, nem comenta sobre o que havia
pedido. Na maioria das vezes não sabe o que vai ministrar, então se põe a conversar com os
alunos e a discutir banalidades. Quando é cobrado pela equipe pedagógica da escola, sempre
argumenta que não tem tempo de planejar aulas ou que esta tarefa é uma perda de tempo.
83
83
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
a) atualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto, aperfeiçoando-o em relação aos progressos feitos
no campo de conhecimentos, adequando-o às condições de aprendizagem dos alunos, aos métodos,
técnicas e recursos de ensino que vão sendo incorporados à experiência cotidiana.
b) assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que torna possível inter-relacionar,
num plano, os elementos que compõem o processo de ensino: os objetivos, os métodos e técnicas e a
avaliação.
c) facilitar a preparação das aulas: selecionar o material didático em tempo hábil, saber que tarefas
professor e alunos devem executar, replanejar o trabalho frente a novas situações que aparecem no
decorrer das aulas.
d) prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das exigências postas pela realidade
social do nível de preparo e das condições socioculturais e individuais dos alunos.
e) expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e profissional e as ações
efetivas que o professor irá realizar na sala de aula, através de objetivos, conteúdos, métodos e formas
organizativas do ensino.
Comentário:
A alternativa A está incorreta. A questão pede de maneira imediata. Não é possível a atualização de
conteúdo se nem mesmo o professor prepara as aulas.
A alternativa B está incorreta. A questão pede de maneira imediata. Não é possível unidade e coerência
no trabalho se o professor nem prepara as aulas. Este item pode ser pedido posteriormente ao professor
Romão.
A alternativa C está correta. Exatamente. De maneira imediata, o professor Romão está precisando
preparar as aulas, selecionar o material didático que vai usar e pensar criticamente sobre o seu
cotidiano na escola.
A alternativa D está incorreta. O professor não planeja as aulas, portanto não tem objetivos de ensino.
A alternativa E está incorreta. O professor não planeja as aulas, portanto não possui clara sua posição
filosófica ou político-pedagógica.
84
84
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa B está correta. A descrição da alternativa trata sobre a importância do contexto social e
escolar do aluno
A alternativa C está correta. A escolha de metodologia de ensino também faz parte do planejamento. É
"o como fazer"
A alternativa D está correta. Diz respeito às questões reflexivas do planejamento, uma vez que elas são
importantes para definir os objetivos que são imprescindíveis.
A alternativa E está correta. A interligação das aulas e dos saberes em uma organização sequencial faz
parte de um bom planejamento de ensino.
85
85
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
A alternativa C está incorreta. A avaliação é o último assunto a ser tratado no plano de aula.
A alternativa E está correta. A sequência está do ponto de vista correta. É preciso escolher primeiro o
tema, traçar objetivos, escolher o material, pensar estratégias e por último pensar no processo
avaliativo.
a) os planos não são sempre necessários, podendo a escola ficar entregue aos rumos estabelecidos pelos
interesses de momento e os dominantes na sociedade
b) os planejamentos são suficientes para assegurar o andamento do processo de ensino, desde que
sejam inflexíveis e não se dê importância à objetividade
c) o planejamento não assegura, por si só, o andamento do processo de ensino porque é preciso que os
planos estejam continuamente ligados à prática, de modo que sejam sempre revistos e refeitos
d) os planos são elaborados pelos professores, que devem se ater a sua experiência e prática pedagógica,
sobrepondo-a a conhecimentos referentes ao processo didático e a metodologias das disciplinas
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Pelo contrário, os Planos de aula são sempre necessários. O termo "não"
invalidou a alternativa.
A alternativa B está incorreta. Pelo contrário, o planejamento tem que ser flexível para dar conta das
dificuldades dos alunos e de possíveis questões do contexto cultural.
A alternativa C está correta. Exatamente. O planejamento não pode estar só no papel, por isso os planos
devem ser alvos constantes de reflexão do professor de acordo com a prática.
A alternativa D está incorreta. Pelo contrário, não deve haver sobreposição da prática pedagógica sobre
a metodologia. Esta forma de atuar caracteriza o senso comum e não o saber profissional docente.
86
86
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
LISTA DE QUESTÕES
87
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
e) A avaliação que a escola faz de cada docente, de modo a analisar o desempenho de cada um.
88
88
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
1. B
2. C
3. C
4. D
5. C
89
89
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
RESUMO
currículo: experiências de aprendizagem planejadas e guiadas tendo em vista o desenvolvimento do
aluno.
Apropriação Crítica dos Conteúdos: Ênfase nos conteúdos para reflexão crítica da realidade
Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade.
90
90
0
Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 00 (Prof. Otavio)
91
91