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O MERCADO BATE E VOLTA

Um mercado se move para o equilibrio, o preço do mercado aumenta ou diminui até um nivel
em que a quantidade de um bem que a pessoa possa oferecer é igual à quantidade que as
outras pessoas possam pagar.

A algumas vezes os Governos tentam desafiar esse princípio. Quando o fazem, o mercado bate
de volta de forma previsível. É a nossa capacidade prever o que acontece quando os governos
tentam desafiar a oferta e a demanda mostra a força e a utilidade da própria analise de Oferta
e Demanda.

Por que os governos controlam os preços?

Um mercado se move em direção ao equilíbrio, o preço se move até onde a quantidade


ofertada iguala a quantidade demandada. Não agrada necessariamente os compradores ou
vendedores.

Os COMPRADORES querem PAGAR MENOS.

Os VENDEDORES querem VENDER MAIS CARO.

Quando um governo intervém para regular os preços, ele impõe CONTROLE DE PREÇOS. Como
um "limite superior", chamado de TETO PARA PREÇO e um "limite inferior", chamado de PISO
PARA PREÇOS.

Não é fácil determinar ao mercado o que ele deve fazer. Quando o governo tenta controlar os
preços, seja para baixo impondo um TETO, ou para cima impondo um PISO, ocorrem efeitos
colaterais previsíveis e desagradáveis.

MERCADO COMPETITIVO = Mercado com muitos compradores e vendedores, onde um único


não consegue influenciar os preços.

TETO para preços

Um TETO para preços se impõe geralmente durante crises - guerras, más colheitas, desastres
naturais- pois tais eventos levam aumento súbitos de preços, prejudicando muitos e
proporcionando ganhos elevados a uns poucos.
MODELO DE UM TETO PARA PREÇOS

Imaginamos que todos os apartamentos são iguais e alugados pelo mesmo preço.

O ponto de EQUILIBRIO "E": 2 milhões de apartamentos alugados a $1.000 por mês.

Suponha que o governo fez um TETO, com o limite de no máximo $800 por mês.

Os locadores não vão estar muito dispostos a oferecer tantos apartamentos quando
comparado ao nível de equilibrio $1.000 por mês. Oferecendo apenas 1,8 milhões de
apartamentos, 200 mil a menos.

Ao mesmo tempo, mais pessoas vão aceitar pagar $800 para alugar, tendo uma quantidade de
apartamento de 2,2 milhões, 200 mil a mais.

TETOS DE PREÇOS SEMPRE CAUSAM ESCASSEZ?

Não. Caso um TETO de preço seja fixado ACIMA DO preço de EQUILIBRIO, ele NÃO TERÁ
QUALQUER EFEITO.

POR QUE UM TETO PARA O PREÇO CAUSA INEFICIÊNCIA.

Qualquer escassez induzida por controle de preço, pode causar prejuízos sérios, pois leva a
INEFICIÊNCIA.

Um mercado ou economia se torna INEFICIENTE quando há oportunidades perdidas,


maneiras em que a produção ou consumo poderia ser rearranjado de modo a melhorar a
situação de algumas pessoas sem piorar a de outras.

ALOCAÇÃO INEFICIENTE ENTRE CONSUMIDORES

EXEMPLO DE INEFICIENCIA: 2,2 milhões querem alugar apartamentos, mas so tem 1,8 milhões
disponiveis. Desses 2,2 milhões, alguns tem mais interesses que os outros e aceitam pagar
mais. Outros tem menos necessidades e querem pagar menos.
Em uma ALOCAÇÃO EFICIENTE, as pessoas que realmente querem um apartamento
conseguem ter, e as que não estão tão interessadas não conseguem.

Em uma DISTRIBUIÇÃO INEFICIENTE, ocorre o contrário, algumas pessoas sem tanto interesse
conseguem alugar e os que estão realmente interessados não conseguem.

O controle de alugueis geralmente leva a que os poucos apartamentos disponiveis tenham


uma ALOCAÇÃO INEFICIENTE entre os consumidores

DESPERDICIO DE RECURSOS

Outra razão pela qual os tetos para preços causam ineficiência é que levam ao DESPERDICIO
DE RECURSOS.

O desperdício não sendo apenas monetário, mas sim o CUSTO DE OPORTUNIDADE (CUSTO
REAL), se o tempo perdido, salário não pago, diversão perdida, etc.

BAIXA QUALIDADE POR INEFICIÊNCIA

Uma terceira forma em que o TETO de preços causa ineficiência é fazendo com que os bens
tenham BAIXA QUALIDADE POR INEFICIÊNCIA.

Considerando o controle de aluguel. Os locadores não possuem incentivos para melhorar as


condições, pois não podem aumentar os aluguéis para cobrir a manutenção e nem podem
aceitar um pagamento adicional de inquilinos que queiram melhorar o prédio, pois é proibido
receber pagamento adicional.

Toda essa situação é uma oportunidade perdida: alguns inquilinos gostariam de pagar por
melhores condições, e os locadores gostariam de proporcioná-las em troca de pagamento.
Mas essa troca ocorreria somente se o mercado pudesse operar livremente.

MERCADO NEGORO
O último aspecto do controle de preços: o incentivo a atividades ilegais, especificamente o
MERCADO NEGRO. como por EXEMPLO, a sublocação ilegal.

O QUE HÁ DE ERRADO COM O MERCADO NEGRO? Desobedecer a qualquer lei encoraja a


despeito pela lei em geral.

E, ENTÃO, POR QUE HÁ TETOS DE PREÇOS?

Vimos três resultados comuns dos tetos para preços:

- Escassez permanente do bem (falta permanentemente do bem ou talvez a falta para alguns e
para outros não)

- Ineficiência que nasce da escassez persistente na forma de ALOCAÇÃO INEFICIENTE do bem


entre os consumidores, RECURSOS DISPERDIÇADOS na busca do bem e BAIXA QUALIDADE
POR INEFICIÊNCIA no bem colocado a venda.

- Surgimento de atividades ilegais, de MERCADO NEGRO.

ENTÃO, POR QUE OS GOVERNOS AINDA IMPÕEM ALGUMAS VEZES TETOS PARA OS PREÇOS?

As repostas podem ser:

1ª Embora os TETOS possam prejudicar a maioria, eles beneficiam uma minoria, sendo elas
minorias carentes ou minorias abastadas de influência e poder (Poder político, econômico,
etc.).

2ª Quando o TETO PARA PREÇOS vigora por um longo tempo, os compradores podem não ter
ideia do que aconteceria sem ele / Podem não saber o preço real do bem.

3ª A última resposta é que FUNCIONARIOS DO GOVERNO muitas vezes NÃO ENTENDEM A


ANALISE DE OFERTA E DEMANDA! É um erro supor que políticas econômicas no mundo real
são sempre sensatas e bem-informadas

PISOS PARA PREÇOS


O governo intervém para pressionar os preços para cima e não para baixo.

Os EUA e muitos outros países mantem um mínimo para salário horário de um trabalhador,
isto é, um PISO para o preço de trabalho, chamado SALÁRIO MINIMO.

Como os TETOS para os preços, os PISOS para os preços têm objetivo de ajudar algumas
pessoas, mas geram efeitos colaterais previsíveis e indesejáveis.

Ao mesmo tempo, menos consumidores estão dispostos a comprar, pois está mais caro,
diminuindo a demanda para 9 milhões de libras.

Haveria um excedente persistente de três milhões de libras de manteiga.

UM PISO PARA PREÇOS LEVA SEMPRE A UM EXCEDENTE NÃO-DESEJADO?

Não. Assim como no caso de um TETO, o PISO pode não ser cumprido, isto é, pode ser
irrelevante. Se o preço de equilibrio da manteiga é $1 por libra, mas o PISO é fixado em $0,80,
o PISO não tem efeito.

Suponhamos que um PISO seja cumprido: O QUE ACONTECE COM O EXCEDENTE INDESEJDO?
A resposta depende da política governamental.

No caso de PISOS para preços agrícolas. O governo pode comprar o excedente indesejado

O governo tem que encontra formas de dispor dos bens não-desejados.

Como vender os produtos com perdas no exterior, ou então dar seus excedentes aos pobres,
ou destruir o excedente indesejado, etc.

Quando há um PISO no SALÁRIO MINIMO, algumas pessoas que estão dispostas a trabalhar -
isto é, vender seu trabalho - não conseguem encontrar compradores - isto é, empregadores
dispostos a lhes dar empregos.
POR QUE UM PISO PARA PREÇOS CAUSA INEFICIÊNCIA?

Os excedentes indesejados resultado de um PISO da origem a oportunidades perdidas, ou seja,


ineficiências. incluindo a alocação ineficiente das vendas entre os vendedores, recursos
desperdiçados, elevada qualidade por ineficiência e a tentação de burlar a lei vendendo abaixo
do preço.

ALOCAÇÃO INEFICIENTE DAS VENDAS ENTRE OS VENDEDORES:

Um PISO pode levar a uma ALOCAÇÃO INEFICIÊNTE DAS VENDAS ENTRE OS VENDEDORES, e
não de uma ineficiência entre consumidores. Um jovem pode estar com muita vontade de
trabalhar, mas pode não conseguir um emprego ou até ser demitido, devido a um PISO salarial
acima do SALÁRIO MINIMO, onde o empregador não consegue pagar.

DESPERDICIO DE RECURSOS:

Um PISO gera ineficiência pelo DESPERDICIO DE RECURSOS.

EXEMPLO: O excedente indesejado comprado pelo governo é destruído, o que é o puro


desperdício.

Trabalhadores potenciais gastam horas procurando trabalho ou esperando em filas na


esperança de obter emprego.

QUALIDADE ELEVADA POR INEFICIÊNCIA

Os PISOS para preços levam a ineficiência na qualidade dos bens produzidos.

Apesar da qualidade ser uma coisa boa, ela so vai ser eficiente se valer o mesmo custo ou
maior do que foi gasto para produzir.

ATIVIDADE ILEGAL:

Os PISOS para preços podem representar um incentivo para a atividade ilegal.


ENTÃO, POR QUE HÁ PISOS DE PREÇOS?

Em resumo, um PISO para preços da origem a vários efeitos colaterais negativos.

ENTÃO POR QUE OS GOVERNOS IMPÕEM PREÇOS MINIMOS, QUANDO EXISTEM TANTOS
EFEITOS COLATERAIS NEGATIVOS? As razões são:

 Funcionários do governo muitas vezes não levam em conta

 advertências sobre as consequências de pisos para preços;

 por que eles não entendem o modelo;

 E sobretudo os PISOS para preços, igualmente aos TETOS para preços muitas vezes são
impostas por que beneficiam alguns vendedores com grande influência e poder.

CONTROLE DE QUANDTIDADES

Um CONTROLE DE QUANTIDADES, ou COTA, é uma forma do governo regular a quantidade de


um bem que pode ser comprada e vendida.

O montante total do bem que pode ser transacionado quando há controle de quantidade é
denominada LIMITE DE COTA.

Tipicamente, o governo limita a quantidade em um mercado emitindo LICENÇAS; e somente


uma pessoa com licença pode suprir o bem.

Há muitos outros controles de quantidade, desde a quantidade de divisas estrangeiras (por


exemplo, euros ou pesos) que se permite as pessoas comprar, até a quantidade de moluscos
que os barcos de Nova Jersey podem pescar.

ANATOMIA DOS CONTROLES DE QUANTIDADE

Sempre que a oferta de um bem é legalmente restringida, há uma CUNHA (diferença /


subtração) entre o preço de demanda de quantidade transacionada e o preço de oferta da
quantidade transacionada.
Essa CUNHA tem um nome especial: RENDA POR COTA. Ela é a renda que vai para o dono da
licença pela propriedade de uma mercadoria valiosa, a licença.

Se uma COTA fosse fixada acima da quantidade de equilibrio de um mercado não-regulado, ela
não teria efeito, não precisaria ser cumprida.

OS CUSTOS DOS CONTROLES DE QUANTIDADE

Em suma, os controles de quantidade tipicamente criam os seguintes efeitos colaterais


indesejáveis:

 Ineficiência ou oportunidades perdidas na forma de transações mutuamente benéficas


que não chegam a ocorrer
 Incentivos para atividades ilegais.

Um paralelo que surpreende: impostos

Para oferecer os serviços que queremos, desde defesa nacional a parques públicos, os
governos precisam arrecadar impostos. Mas os impostos têm um custo na economia. Um dos
papeis mais importantes de análise econômica é a análise de impostos:

 verificar o custo econômico da tributação;


 determinar quem arcar com esse custo;
 sugerir formas de mudar o sistema tributário no sentido de reduzir os custos que ele
impõe.

POR QUE UM IMPOSTO É COMO UMA COTA?

O preço de equilibrio de uma corrida de taxi é $5 com 10 milhões de corridas compradas e


vendidas.

Suponha que, em vez de estabelecer uma cota para a quantidade de corridas, a prefeitura
cobre um IMPOSTO SELETIVO, um imposto sobre vendas. Mais especificamente, cobre dos
taxistas $2 por cada corrida que eles efetuem.

QUAL É O EFEITO DO IMPOSTO?

Para qualquer quantidade de corridas oferecidas, o preço de oferta depois do imposto é mais
alto do que o preço de oferta antes do imposto.

# QUEM PAGA UM IMPOSTO SELETIVO?


Quem paga oficialmente o imposto parece não fazer a menor diferença.

A RECEITA DE UM IMPOSTO SELETIVO

Este é um princípio geral: a receita arrecadada por um imposto é igual a área do retângulo cuja
altura é a cunha que o imposto introduz entre as curvas de oferta e de demanda, e cuja largura
e a quantidade comprada e vendida na vigência do imposto.

OS CUSTOS DA TRIBUTAÇÃO

Um IMPOSTO SELETIVO impõe custos adicionais para além do dinheiro de fato pago em
impostos, na forma de ineficiência que ocorre porque o imposto desencoraja transações
mutuamente benéficas. Essa é a CARGA EXCEDENTE, ou PERDA DE PESO MORTO, de um
imposto.

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