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Conteudista
Prof. Me. Guilherme Antonio Ziliotto
Revisão Técnica
Prof.ª M.ª Herida Cristina Tavares
Revisão Textual
Prof. ª Esp. Camila Morais Correia
Sumário
Objetivos da Unidade.............................................................................................................3
Escassez................................................................................................................................................... 7
Bens........................................................................................................................................................... 7
Agentes Econômicos.........................................................................................................................8
Racionalidade.........................................................................................................................................8
Principais Teorias................................................................................................................... 9
Material Complementar..................................................................................................... 27
Referências............................................................................................................................ 28
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Objetivos da Unidade
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VOCÊ SABE RESPONDER?
Contextualização
Quando nos referimos ao termo “microeconomia”, estamos tratando das questões
econômicas que são dadas em um determinado mercado, alguns poucos mercados,
um setor ou mesmo apenas uma unidade produtiva. Por isso é usada a palavra “mi-
cro”, que significa que estamos olhando a economia de bem perto.
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sobre esses modelos de concorrência permite-nos entender de forma mais especí-
fica como as empresas competem e como os compradores se comportam dentro
de ambientes competitivos variados.
Nesse momento, esses conceitos provavelmente são bastante abstratos para o alu-
no; mas não se preocupe, trataremos de cada um deles a seu tempo e todos serão
explicados ao longo da unidade e praticados nos exercícios.
Microeconomia vs.
Macroeconomia
A microeconomia diferencia-se bastante da macroeconomia, tanto quanto ao tema
tratado como nas metodologias de estudo. De um lado, a microeconomia, na sua
visão “neoclássica” (que é nosso objetivo) é uma construção teórica bastante abs-
trata que busca verificar os comportamentos racionais das empresas, consumidores
e, no máximo, de algum setor em conjunto. Por outro lado, a macroeconomia busca
explicações para temas mais amplos, como aqueles ligados a um país ou uma região,
ou no mínimo para o agregado de algumas classes ou setores econômicos.
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objetiva, em que são definidos alguns axiomas (princípios básicos e dados como
certos) e toda a teoria é desenvolvida a partir desses axiomas de forma lógica e,
por vezes, matemática. Em alguns casos isso representará alguma simplificação da
realidade, mas com isso tem-se o benefício de um maior avanço nas conclusões e
uma maior formalidade na construção da teoria.
Utilidade
Além desse aspecto mais óbvio, os bens também podem ter utilidade mais abstrata.
Por exemplo, um diamante, que a princípio não é um bem “essencial” para a sobrevi-
vência humana, tem utilidade porque pode ser considerado como um artigo que em-
beleza um adereço ou uma pessoa. Dessa forma, a pessoa que adquire um diamante
encontra utilidade nesse objeto, por mais “supérfluo” que possa parecer a princípio.
Vale mencionar também que um serviço também carrega uma determinada utilida-
de. Cortar os cabelos, por exemplo, é um serviço que tem sua utilidade.
Finalmente, outro aspecto que não deve ser esquecido sobre a utilidade é que ela
é subjetiva. Isto é, a percepção de “quão útil” é um determinado produto depende
do seu utilizador ou comprador. Depende também do momento e da necessidade
atribuída àquele produto em um dado momento. Portanto, a utilidade de um litro
d’água para um habitante de uma casa com água encanada abundante é diferente
da utilidade do mesmo litro d’água atribuída por um habitante do deserto do Saara.
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A utilidade é subjetiva porque depende do uso que será dado a determinado bem,
das preferências das pessoas, do momento do consumo, entre outros fatores.
Escassez
Este é um dos conceitos mais importantes da economia e, ao mesmo tempo, um
dos que algumas pessoas encontram mais dificuldade. Por isso, exige maior atenção.
O que dizer dos alimentos, por exemplo, como o milho? Não há uma quantidade
pré-determinada de milho no mundo. Há a quantidade que está disponível hoje, mas
podemos plantar mais e mais, de forma indefinida (pelo menos ao longo do tempo).
Podemos então dizer que o milho não é um produto escasso? A resposta é um sono-
ro “NÃO”. Pois, apesar de existir em grandes quantidades, há um custo para se obter
milho. Deve-se plantar, há um custo para cultivá-lo, colhê-lo, armazená-lo, transpor-
tá-lo. Logo, o milho entra também na categoria econômica de produtos escassos.
Bens
Uma vez explicados os conceitos de utilidade e escassez, podemos agora definir o
que são bens. Resumidamente, um bem, no sentido econômico, é qualquer produto
ou serviço que tem utilidade e é escasso.
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e, portanto, também não são considerados bens econômicos. Alguns exemplos se-
riam o lixo doméstico, materiais descartáveis utilizados, a poluição, entre outros.
O leque de opções desse conceito é bastante amplo. São considerados bens não
somente os produtos e serviços finais que consumimos diariamente. Os materiais,
produtos e serviços que utilizamos para a produção de outros bens também são
considerados bens (os chamados bens intermediários de produção e bens de ca-
pital). Logo, uma máquina utilizada na fabricação de carros é um bem. O próprio
trabalho utilizado na produção é um bem. Além, é claro, do produto final, o carro,
que neste caso é denominado de bem final ou bem de consumo (neste caso um
bem de consumo durável).
Agentes Econômicos
Agentes econômicos são todas as pessoas que tomam qualquer tipo de decisão na
economia, seja pessoal, para suas empresas, governo, etc. As próprias empresas e o
governo podem ser considerados agentes econômicos per se. O termo agente vem
do fato de que esses indivíduos, grupos, governo, entidades ou empresas agem na
economia e a ação tem algum efeito ou impacto em seu funcionamento.
Racionalidade
Um dos princípios mais elementares da microeconomia é a racionalidade.
Racionalidade, no sentido microeconômico, significa duas coisas. Primeiro, que os
agentes econômicos desejam sempre obter o máximo de utilidade. Isto é conhecido
pelo termo “maximização da utilidade”. Trata-se de um princípio bastante intuitivo,
mas ao mesmo tempo de fundamental importância para a teoria microeconômica.
Outro fator da racionalidade é a consideração de que os agentes econômicos conhe-
cem as regras básicas de funcionamento de seus negócios e de economia como um
todo, conseguindo, com base nessas regras, tomar decisões de consumo e produção.
Agentes econômicos são todas as pessoas que tomam qualquer tipo de deci-
são na economia, seja pessoal, para suas empresas, governo, etc. As próprias
empresas e o governo podem ser considerados agentes econômicos per se.
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O que dá Valor aos Produtos e Serviços
O que é valor?
Principais Teorias
A principal “escola” econômica que tratou da questão do valor foi a Escola Clássica,
cujos principais expoentes foram Thomas Malthus, Adam Smith, John Stuart Mill,
David Ricardo, Karl Marx, entre muitos outros. Essa escola de pensamento econômi-
co foi dominante durante o século XIX.
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Na concepção dos autores clássicos, o que dá valor aos bens é o trabalho
humano. Um determinado bem é mais valioso se há necessidade de muito
trabalho humano para que ele seja obtido; enquanto que um outro bem será
menos valioso se pode ser obtido ou construído com relativamente pouco
trabalho. Essa concepção atingiu várias formas, mas teve seu ponto de maior
rigor teórico nos trabalhos de Karl Marx. No entendimento de Marx, o valor é
dado pelo tempo de trabalho socialmente necessário para a produção deste
bem. Dessa forma, explicar-se-ia a questão do valor da água e do diaman-
te. O diamante tem valor alto porque é extremamente raro e exige muito
tempo de trabalho para ser encontrado, trabalhado e lapidado, até que seja
transformado em um ornamento e jóia. Por outro lado, a água que pode ser
encontrada em abundância, exige pouco trabalho da sociedade (pelo menos
em relação aos diamantes, mais raros e de difícil obtenção). Por isso, exigin-
do pouco trabalho, apesar de mais essencial, a água tem um valor menor.
Apesar de mais satisfatória que teorias anteriores, essa interpretação não explica-
va, por exemplo, por que o mesmo bem era comprado e vendido a preços diferen-
tes em diferentes situações. Afinal, se um determinado bem, em determinado
momento, tem um dado custo social em horas de trabalho por unidade de produ-
to, seria de se esperar que seu valor (e, portanto, seu preço) não oscilasse tanto.
A partir da segunda metade do século XIX, começou a tomar corpo uma nova visão
sobre o valor e os preços das mercadorias. Segundo diversos economistas, o valor
das mercadorias não poderia ser atribuído a características intrínsecas dos bens,
nem somente ao trabalho que era exigido para serem obtidos. Esta nova escola de
pensamento considerava que, ao determinar o valor de um bem, as pessoas levam
em conta as quantidades adicionais deste bem que estariam à sua disposição e,
além disso, consideram também os aspectos de valor subjetivos que cada pessoa
atribui aos bens. Tratava-se de uma visão tão distinta das anteriores e que ganhou
tanta importância que tomou o nome de Revolução Marginalista. Seus principais
expoentes, à época, foram William Jevons, Carl Menger e León Walras.
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Valor, Preço, Objetividade e
Subjetividade
Por entenderem que o termo “valor” carregava esta visão de uma característica in-
trínseca dos bens, os teóricos do marginalismo passaram a chamar suas teorias de
teorias de determinação dos preços, a não mais do valor. O valor, assim, teria um
caráter puro e objetivo, mas de difícil determinação.
Já os preços são função da relação da sua abundância relativa (em comparação com
os demais bens) e da necessidade ou desejo que as pessoas têm em adquiri-los.
Trataremos deste tema no item 3 desta unidade. É importante neste momento per-
ceber que a determinação de preços não depende apenas de um fator isolado (seu
custo ou sua abundância relativa), mas também da necessidade ou do desejo que as
pessoas têm em adquirir tal bem e do valor subjetivo que cada uma atribui a tais bens.
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Pessoas atribuem valores diferentes a um mesmo bem de acordo com suas
preferências, de acordo com situações distintas, e dependendo de condi-
ções que variam. Valor é algo subjetivo.
Os itens a seguir exigirão uma visão diferente do aluno, e uma mente aberta para
uma forma abstrata de se enxergar fenômenos do cotidiano. Ao ler os conceitos e
explicações a seguir, tente sempre fazer a ponte entre o que é abstrato (a teoria)
e o real (exemplos da nossa vida e o mundo à nossa volta). Este é um dos pontos
em que diversos alunos têm muita dificuldade, o que chamamos de “capacidade de
abstração”. Entretanto, essa é uma capacidade que pode ser exercitada pelo aluno
e, com isso, desenvolvida.
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Em muitos casos a explicação do fenômeno é válida. Faz-se uma avaliação do preço
de um bem como resposta à disponibilidade dele no mercado (oferta) e ao desejo
das pessoas em obtê-lo (procura). Entretanto, como um aluno de um curso superior,
é importante que você utilize termos mais precisos.
Outra ressalva importante é trocarmos o termo “procura” por “demanda”, que defi-
niremos a seguir.
Vamos, então, definir o que é oferta, o que é demanda e como a interação dessas
duas “forças” no ambiente de mercado leva à formação dos preços e quantidades.
Oferta
Por exemplo, suponha que fizéssemos uma pesquisa junto a todos os produtores
e vendedores de café em grãos do Brasil. Suponha que fizéssemos a seguinte per-
gunta: quantas sacas de café você venderia hoje no mercado se o preço fosse de
R$200? Cada vendedor responderia com uma determinada quantidade. A soma de
todas as quantidades que desejam ser ofertadas naquele mercado, naquele momen-
to, àquele determinado preço, é a oferta de café em grão.
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promoção. É, sim, a soma das quantidades que os vendedores desejam vender a um
determinado preço. Concretamente, se houvesse apenas 3 produtores de café em
grão, e a resposta do primeiro fosse “10 mil sacas”, a resposta do segundo fosse “30
mil sacas” e a resposta do terceiro fosse “5 mil sacas”, a oferta seria de 45 mil sacas.
Mais rigorosamente, esta é a quantidade ofertada.
Uma vez entendido este lado inicial da oferta, podemos olhá-la de uma perspectiva
um pouco mais ampla. Perceba que a quantidade ofertada é uma hipótese, uma pos-
sibilidade. Se o preço fosse de R$200, a quantidade ofertada seria de 45 mil sacas
de café. Vamos supor agora que a mesma pesquisa fosse feita para um preço maior,
digamos de R$ 250. O que você esperaria que ocorresse com a oferta? Em situações
normais, para bens considerados normais, esperamos que a oferta seja maior quanto
maior for o preço.
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p (R$/saca)
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0 20 40 60 80 100 120
q (mil sacas)
Uma vez entendida a representação gráfica da oferta, passamos agora para sua re-
presentação algébrica, que corresponde à escrita desse fenômeno na forma de uma
equação matemática.
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Por ser linear, sua representação é dada genericamente por uma equação do tipo:
O=a+b.p
(Eq. 1)
Dado o conhecimento que você já tem sobre a oferta e o gráfico que fizemos, o que
você espera dos sinais dos parâmetros a e b? Como vimos anteriormente que a
quantidade ofertada sobe à medida que aumentamos o preço, podemos dizer con-
fortavelmente que o sinal de b é positivo. Isso também é refletido na inclinação da
curva, positiva. Com relação ao sinal de a, no caso representado no gráfico, sabemos
que ele é negativo, mas no momento não é tão importante darmos atenção a ele.
O = -20 + 0,325 . p
(Eq. 2)
É muito importante que você se familiarize com esta visão matemática de se re-
presentar um fenômeno social. Tente exercitar este conhecimento, traçando um
gráfico com a curva de oferta, a partir da equação acima. Basta listar diversos valores
de p e calcular qual a quantidade ofertada associada a cada um deles. Após estes
cálculos (que ficam mais organizados na forma de uma tabela) basta que você re-
presente os pontos obtidos (combinações de preço e quantidades) em um gráfico.
A ligação destes pontos dá a figura da curva de oferta.
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Tabela 1 - Tabela para curva de oferta
200,00 45,00
250,00 61,25
150,00 28,75
100,00 12,50
61,54 -
300,00 77,50
350,00 93,75
400,00 110,00
Essa descrição da função de oferta é uma visão estática. Isto significa que, em um
dado momento, dadas características de produção, consumo e mercado constan-
tes, ela representa as combinações possíveis de preço e quantidade ofertadas. Isto
é, a quantidade ofertada varia “sobre” a curva de oferta.
Poderíamos, contudo, fazer uma análise mais dinâmica sobre a oferta. A pergunta
neste momento é: “o que faria a curva se mover?”, ou ainda, em outras palavras, “o
que, além do preço, mudaria o comportamento dos ofertantes?”.
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p (R$/saca)
450
400
350
300
250
200
150
100
50
Demanda (“procura”)
Se, de um lado, os ofertantes de café querem vender o produto, isso somente po-
derá ocorrer se, de outro lado, existirem agentes desejando comprar este produto.
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Também, da mesma maneira com que investigamos a oferta, podemos investigar o
comportamento da demanda.
Suponha, então, que fizéssemos uma pesquisa com todos os demandantes de café
em grãos do Brasil. Suponha que a pergunta fosse “quantas sacas você compraria se
o preço fosse R$200 por saca?”. A quantidade demandada seria a soma de todas as
quantidades demandadas individuais manifestadas pelos potenciais compradores
do mercado. Supondo, então, que a soma destas respostas fosse de 60 mil sacas,
esta seria a quantidade demandada associada ao preço de R$200/saca. O que você
espera que ocorra, agora, se aumentarmos o preço proposto, digamos, para R$250/
saca? Você se lembra que a oferta aumenta quando aumentamos o preço? Pois
ocorre exatamente o oposto no caso dos demandantes. À medida que subimos o
preço, considerando bens normais e uma situação normal do mercado, a tendência
é que a quantidade demandada caia. Afinal, a preços maiores nós compramos me-
nos quantidades de um dado produto, certo?
qd = 100 – 0,2 p
(Eq. 3)
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Tabela 2 - Tabela de demanda
60 200
50 250
70 150
80 100
90 50
40 300
30 350
20 400
A partir da tabela, basta então identificarmos os pontos que representam cada com-
binação de preço e quantidade. A interligação destes pontos é a curva de demanda.
p (R$/saca)
450
400
350
300
250
200
150
100
50
20 40 60 80 100
0
q (mil sacas)
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Da mesma forma que a oferta pode sofrer alterações (além do preço), a demanda
também pode. Alguns exemplos são: aumento da renda ou da riqueza da população;
uma variação dos gostos ou preferências por este produto (por exemplo, um estu-
do mostrando que café reduz a chance de se obter um determinado câncer); um
aumento do número de compradores. Qualquer destas variações faria aumentar a
demanda de forma generalizada, aos mesmos níveis de preço, o que seria represen-
tado por um deslocamento para a direita da curva de demanda.
O Mercado
Analisamos, até agora, o comportamento isolado de demandantes e ofertantes.
Porém, o mais interessante está por vir: investigarmos como funciona a interação
destes comportamentos.
Três características são importantes para que um mercado funcione de forma ótima.
Segundo: deve haver uma definição precisa do produto que está sendo
transacionado (“café arábica tipo II, safra 2009”)
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Terceiro: o mercado deve ter um arcabouço de regulação e
organização tal que permita a livre concorrência
Equilíbrio de Mercado
O equilíbrio de Mercado ocorre quando a interação entre demandantes e ofertantes
de um bem no Mercado leva a que haja uma combinação ótima de quantidades
trocadas a um dado preço. O ponto de equilíbrio é o ponto em que todos os de-
mandantes que querem comprar o bem a um determinado preço encontram oferta
para ele, e todos os ofertantes que querem vender este bem àquele preço também
encontram demanda para ele. Não há, portanto, “sobras” nem “falta” de bens.
Saiba Mais
Como “ponto de equilíbrio”, referimo-nos ao chamado “Equilíbrio
Walrasiano”. Há outras definições de equilíbrio e um sistema
econômico complexo pode ter muitos pontos de equilíbrio ou
nenhum. Pode ainda ter equilíbrios estáveis ou instáveis. Nessa
visão inicial, vamos nos restringir ao básico.
Vejamos um exemplo: no caso das sacas de café, obtivemos que a R$200, a quan-
tidade ofertada é de 45 mil sacas. Ao mesmo preço, vimos que os demandantes
desejam a quantidade demandada de 60 mil sacas. Pela definição de equilíbrio do
parágrafo anterior, você entende que o mercado está em equilíbrio? É claro que não.
Pois estão faltando 15 mil sacas para que os demandantes consigam comprar tudo
o que desejam ao preço de R$200. A oferta é de 45 mil sacas, enquanto a demanda
é por 60 mil sacas.
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O que é preciso que ocorra para haver equilíbrio? É preciso que o preço
suba, pois assim mais ofertantes irão desejar vender seus bens, ao passo
que um maior preço fará com que a demanda caia um pouco, até que se
atinja o equilíbrio.
Repare que, neste último passo, pode ser usada tanto a equação da demanda como
da oferta. Obviamente, como se trata do equilíbrio, as quantidades de demanda e de
oferta devem ser idênticas (faça o teste!).
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p (R$/saca)
450
400
Oferta
350
300
250
200
150
100
Demanda
50
0
20 40 60 80 100 120
q (mil sacas)
24
p (R$/saca)
450
O
400
350
300 Eq2
250
200 Eq1
150
100
D1 D2
50
0
20 40 60 80 100 120
q (mil sacas)
Viu como foi importante esta campanha publicitária? A partir dela os ofertantes
passaram a vender mais e a preços maiores. Esta é, provavelmente, uma visão bas-
tante mais formalizada e rigorosa de um fenômeno que os alunos de Marketing tra-
tarão o tempo todo.
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Material Complementar
Vídeos
LEI DA OFERTA E DA DEMANDA EM MENOS DE 5 MINUTOS | MICRO-
ECONOMIA
Este vídeo conciso e informativo oferece uma explicação clara e rápida de
um conceito fundamental em Economia que influencia diretamente nossas
vidas diárias.
https://bit.ly/3I3IgPN
Leituras
A economia como objeto socialmente construído nas análises regulacionis-
ta e da Economia Social de Mercado
O artigo explora os fundamentos ontológicos que destacam as singularida-
des dos fenômenos econômicos, em comparação com aqueles presentes
nos sistemas inorgânicos e orgânicos.
https://bit.ly/3u6CxVR
26
Referências
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