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Matéria: Economia

Teoria e Questões comentadas


Prof. Thomaz Milani

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Prof. Thomaz Milani Professor: Thomaz Milani 1 de 72
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Aula – Introdução à Macroeconomia, Contas Nacionais

Sumário
1 – Introdução ..................................................................................... 4
1.1 – Metas de Política Macroeconômica ................................................. 5
1.2 – Estrutura da Análise Macroeconômica ............................................. 7
2 – Contabilidade Social ....................................................................... 9
2.1 – Pressupostos da Contabilidade Social ............................................. 9
2.2 – O Fluxo Circular de Renda ........................................................... 11
2.3 – As Três Óticas de Mensuração do Produto ..................................... 12
2.3.1 – Produto ............................................................................... 12
2.3.2 – Despesa .............................................................................. 14
2.3.3 – Renda ................................................................................. 14
2.3.4 – Método do Valor Adicionado................................................... 17
2.4 – Poupança Agregada e Investimento Agregado ............................... 21
2.4.1 – Poupança ............................................................................ 21
2.4.2 – Investimento ....................................................................... 21
2.4.3 – Produto Bruto x Produto Líquido ............................................. 23
2.4.4 – A Identidade entre Poupança e Investimento ........................... 24
2.5 – Receitas e Despesas do Governo ................................................. 26
2.5.1 – Receitas do Governo ............................................................. 26
2.5.2 – Despesas do Governo ........................................................... 27
2.5.3 – Custo de Fatores x Preços de Mercado .................................... 28
2.5.4 – Carga Tributária Bruta e Líquida ............................................. 29
2.6 – O Setor Externo......................................................................... 30
2.6.1 – Produto Interno x Produto Nacional ........................................ 31
2.7 – Produto Interno Bruto (PIB) ........................................................ 32
2.7.1 – Absorção Interna ................................................................. 35
2.7.2 – Déficit Público ...................................................................... 36
2.8 – Renda Nacional ......................................................................... 36
2.9 – Excedente Operacional Bruto e Rendimento Misto Bruto ................. 38
3 – Produto Nominal x Produto Real .................................................. 41
4 – Questões Comentadas ................................................................. 49

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5 – Lista de Exercícios ....................................................................... 60


6 – Gabarito ....................................................................................... 72
7 – Referencial bibliográfico .............................................................. 72

Olá, pessoal!
Nesta aula vou explicar os conceitos básicos da Macroeconomia, como
seu estudo é dividido e quais seus objetivos.
Nesta aula vamos também dar início ao estudo das Contas Nacionais, cujo
tema é extremamente recorrente em provas de concurso. Certamente haverá
algumas questões na sua prova que versem sobre esse tópico, por isso, trarei
várias questões comentadas de diversas bancas diferentes para praticarmos
bastante. Ainda, toda a teoria apresentada nessa aula constitui base para os
demais tópicos da macroeconomia. Assim, reforço a necessidade de
compreender a fundo a aula de hoje para avançarmos na matéria.
Ao fim da aula, trarei algumas dicas a respeito daquilo que é mais cobrado
em concursos. Também trarei um resumo com as principais fórmulas da
contabilidade nacional, indicarei aquelas mais importantes de serem
memorizadas. Assim, você aloca melhor seu tempo, sem ter que decorar tudo.
Então bora começar essa aula, galera!

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1 – Introdução

Antes de tudo, é importante dizer que a macroeconomia tem como objeto


a análise da Economia Nacional como um todo, de forma agregada. Os conceitos
econômicos estudados na Microeconomia, de forma pontual e individualizada,
serão ampliados e agrupados.
De forma genérica, no âmbito do curto prazo, pode-se afirmar que a
Macroeconomia gira em torno dos fatores econômicos que impactam e
determinam o produto interno bruto – PIB, enquanto no longo prazo analisam-
se as ações que levam a um crescimento econômico e ao crescimento do PIB.

Economia

Microeconomia Macroeconomia

Comportamento Comportamento da
individual dos agentes economia como um todo

Nosso estudo se debruçará sobre algumas variáveis econômicas, tais


como produção, emprego, renda, nível de preços, participação do governo na
economia, exportação, importação, inflação, etc.

1- (CESPE/Especialista em Regulação – ANTAQ/2009) A


macroeconomia não se ocupa da formação dos preços de um produto
especificamente, mas, sim, do comportamento das unidades econômicas
individuais e de mercados específicos.

Comentários: A economia divide-se em dois amplos subcampos:


microeconomia e macroeconomia. O primeiro se volta ao estudo de como as
famílias e empresas tomam decisões e de como elas interagem em mercados
específicos. Ou seja, a microeconomia trata do comportamento individual
dos agentes econômicos. Já a macroeconomia trata do estudo dos fenômenos
da economia como um todo, incluindo as quantidades econômicas agregadas,
tais como inflação, desemprego, taxas de juros e crescimento econômico.
Percebam que, diferente do que afirma a questão, o comportamento de
unidades econômicas individuais se insere no âmbito da micro e não da
macroeconomia.

Gabarito: Errado

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1.1 – Metas de Política Macroeconômica

A literatura define como metas de política macroeconômica o alcance dos


seguintes objetivos:
 Alto nível de emprego: o formulador de política macroeconômica
deve perseguir o pleno emprego dos recursos produtivos, ou seja,
deve buscar extrair o máximo da capacidade produtiva da
economia;
 Estabilidade de preços: é inevitável o aumento do nível geral de
preços (inflação) durante ciclos de expansão econômica. Assim, é
fundamental controlar a inflação para alcançar um crescimento
econômico equilibrado e sustentável;
 Distribuição de renda: nem sempre períodos de crescimento
econômico representam aumento do bem estar de toda a
população, é necessário também distribuir esses rendimentos
entre a sociedade para torná-la mais justa e igualitária;
 Crescimento econômico: havendo desemprego dos fatores
produtivos, deve-se aplicar políticas de estímulo à produção para
colocar a economia na rota de crescimento.

Crescimento Alto nível de


econômico emprego

Metas de Política
Macroeconômica

Distribuição de Estabilidade de
renda preços

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2- (CESGRANRIO/Profissional Básico - BNDES/2013)


Macroeconomia é o estudo da estrutura de economias nacionais e das políticas
econômicas exercidas pelos seus governos, com o objetivo de melhorar o
desempenho econômico doméstico.

NÃO se considera como uma questão pertencente ao ramo da Macroeconomia


aquela que

a) causa desemprego.

b) causa aumento de preços.

c) causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos.

d) causa volatilidade da atividade econômica de uma nação.

e) determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do tempo.

Comentários: Percebam que a alternativa c) não se enquadra em nenhuma


das metas de política macroeconômica apresentadas na aula. Na verdade, a
causa do desequilíbrio entre oferta e demanda, seja por imposição de preços
máximos pelo governo, ou pela abertura comercial do país, ou qualquer outro
motivo, é objeto de estudo da microeconomia. A macroeconomia está
interessada tão somente na análise dos grandes agregados (renda,
investimento, juros, nível geral de preços, etc).

Gabarito: C

Essas metas, entretanto, guardam uma estreita relação de


interdependência, podendo até serem conflitantes entre si.
Tomemos como exemplo a meta de crescimento econômico, que,
conforme estudaremos ao longo do curso, depende diretamente da propensão
da sociedade a poupar seus recursos. Havendo uma distribuição desigual de
renda, a parcela mais rica da população teria uma capacidade de poupar bem
maior do que uma economia em que há uma distribuição equitativa de renda.
Isso porque os recursos dessa parcela mais rica da sociedade representam
“sobras” dispensáveis à manutenção de suas necessidades básicas de vida, o
que as permite poupar uma parte maior de seus recursos e, assim, usá-la para
financiar a expansão da capacidade produtiva da economia, com efeitos diretos
sobre o crescimento econômico. Já em uma economia com distribuição
equitativa de renda, a poupança agregada da economia seria menor, visto que
sobraria menos recursos a serem poupados e usados para financiar os
investimentos. Trata-se da “Teoria do Bolo”, em que o bolo deveria crescer
primeiro para então ser dividido. Percebam então que existe um conflito entre
as metas de crescimento econômico e distribuição de renda.

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Um outro exemplo de conflito bastante conhecido é aquele entre o alto


nível de emprego e a estabilidade de preços. Um aumento dos gastos do
governo estimula o nível geral de consumo. Esse aumento do consumo leva
as empresas a elevarem seus preços (inflação), bem como a contratar mais mão
de obra para suprir esse aumento de demanda. Essa maior contratação de mão
de obra significa menor desemprego. Ou seja, ao custo de uma aceleração da
inflação é possível reduzir o desemprego. Assim, as políticas de redução do
desemprego e manutenção da estabilidade de preços são conflituosas.
Cabe ao governo dosar adequadamente a escolha de cada meta de
política macroeconômica a ser perseguida. Essa escolha muitas vezes depende
da posição política do partido eleito pelo povo para assumir o poder. Se o povo
almeja uma economia crescente, com o crescimento do número de postos de
trabalho, uma moeda forte e estável, o povo elege determinado partido para
governar. Se o povo busca uma sociedade mais justa e solidária, com uma
redução da desigualdade, o povo elege outro partido. Essas escolhas dependem
muito da conjuntura econômica e social do país no momento de uma eleição
presidencial.

1.2 – Estrutura da Análise Macroeconômica

A Economia é constituída por uma parte real e uma parte monetária, cada
parte é composta por dois mercados, segundo a tabela abaixo.

Mercados Variáveis de interesse

Produto Nacional
Mercado de bens e serviços
Nível geral de preços
Parte Real
Nível de emprego
Mercado de trabalho
Salários nominais
Mercado financeiro Taxa de Juros
Parte (monetário e de títulos) Estoque de moeda
Monetária
Mercado cambial Taxa de câmbio

O mercado de bens e serviços corresponde à produção real da economia.


Já o mercado de trabalho se refere a oferta e demanda do fator de produção
trabalho. O mercado financeiro engloba o mercado monetário e o mercado de
títulos e está associado aos meios de pagamento da economia. Por fim, o
mercado cambial se refere aos meios de troca envolvendo diferentes moedas.

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3- (CESPE/Especialista em Regulação – ANTAQ/2009)


Os seguintes mercados compõem a estrutura da análise macroeconômica de
uma economia: o mercado de bens e serviços, que reflete o nível de atividades
dessa economia, representada pelos agentes macroeconômicos —
consumidores, empresas e governo —; mercado fiscal, no qual são relevantes
a taxa salarial e a taxa cambial; e o mercado monetário, em que os agentes
econômicos empregam recursos para a produção do produto interno bruto.

Comentários: Percebam que a assertiva criou um mercado (mercado fiscal), o


qual não encontra equivalente na tabela acima.

Gabarito: Errado

Os gastos do governo (instrumento de política fiscal) e a oferta de


moeda (instrumento de política monetária) não são determinados nesses
quatro mercados apresentados acima, mas sim de forma autônoma pelas
autoridades. Diz-se que tais variáveis são determinadas institucionalmente,
ou seja, não são determinadas mediante a interação das demais variáveis
macroeconômicas, mas sim determinam o comportamento dessas outras.
Assim, o objetivo da análise macroeconômica é compreender como se
comportam as variáveis macroeconômicas (PIB, desemprego, inflação, etc.)
com o fim de guiar o governo na aplicação desses instrumentos de política fiscal
e monetária para alterar o comportamento das variáveis que se deseja alterar.
Se o governo busca aquecer a atividade econômica no curto prazo, uma
expansão de seus gastos pode demandar uma maior produção da economia,
gerando empregos e aumentando a renda nacional. Se o governo busca frear o
crescimento da inflação, um aumento da taxa de depósitos compulsórios que os
bancos comerciais devem manter junto ao Banco Central pode reduzir a oferta
de crédito no mercado, inibindo os gastos das famílias, reduzindo a demanda
agregada da economia, fazendo com que os produtores reduzam seus preços.
Essas análises serão estudadas ao longo desse curso de macroeconomia,
por hora, apenas se preocupem em saber que a política fiscal e monetária não
são determinadas pelos quatro mercados acima, mas sim são determinantes
das demais variáveis.

Apresentados os conceitos introdutórios da Macroeconomia, vamos agora


de fato ao que interessa. Vamos estudar a Contabilidade Social ou Contabilidade
Nacional, tópico mais importante e mais recorrente em concursos públicos. Não
serei nem um pouco econômico na quantidade de questões comentadas, assim
a gente garante uma boa fixação desses conceitos.
Vamos em frente!

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2 – Contabilidade Social

O propósito da Contabilidade Social é apurar o resultado da


atividade econômica de um país por meio de cifras que representem o
quanto foi produzido, consumido, investido, exportado, importado, tudo isso
sem que seja necessário fazer uma espécie de “inventário físico” com a
produção do país todo, o que logicamente seria inviável em termos operacionais.
A partir dos valores apurados pela contabilidade nacional para os agregados
macroeconômicos, o formulador de políticas econômicas consegue extrair uma
visão mais nítida da conjuntura econômica do país a ponto de tomar ações mais
precisas para conduzir a economia na direção que se deseja.
Por exemplo, se a contabilidade nacional apontar um decréscimo do PIB
em 2% de um ano para o outro, o que indica uma forte recessão, o formulador
de políticas econômicas pode encaminhar ao Congresso Nacional um pacote de
medidas de estímulo à produção nacional, de forma a tentar conter essa
retração da atividade econômica.
Assim, a contabilidade nacional é o principal provedor de informações às
autoridades econômicas a respeito da economia do país. A partir dela é que as
autoridades conseguem chegar a um diagnóstico a respeito da conjuntura
econômica do país.

2.1 – Pressupostos da Contabilidade Social

Antes de seguirmos adiante, é importante deixar claro os pressupostos


básicos da contabilidade social.
 As contas medem a produção corrente: não são
considerados os bens produzidos em períodos anteriores ao de
apuração, os bens de segunda mão. Uma vez que tais bens já
foram contabilizados em outro exercício.
 As contas se referem a variáveis fluxo: A variável estoque é
uma variável que é medida em uma determinada data, seu
conceito é estático. Já a variável fluxo é medida para um
determinado período. Um exemplo de variável estoque é a dívida
pública, que pode ser mensurada a qualquer momento e apura a
realidade da dívida naquela data precisa. Já o déficit público é uma
variável fluxo, pois é apurado de ano em ano e mede justamente
a variação da dívida pública a cada ano.
 A moeda é neutra: a contabilidade social não apura os
agregados monetários (moeda, câmbio, títulos, aplicações
financeiras, etc.), mas apenas os agregados reais, ou seja, a
produção e a renda efetivamente observada na economia.

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Produção corrente Variáveis fluxo

Pressupostos da
Contabilidade Social

Apenas agregados
reais

4- (CESPE/Consultor do Executivo – Sefaz-ES/2010)


Considerando os dois tipos de variáveis em uma economia, as variáveis-estoque
representam a quantidade medida por unidade de tempo, e as variáveis-fluxo
representam a quantidade mensurada em determinado instante de tempo.

Comentários: A variável estoque é uma variável que é medida em uma


determinada data, seu conceito é estático. Já a variável fluxo é medida para
um determinado período.

Gabarito: Errado

Antes de iniciar o estudo de cada agregado macroeconômico, vamos


compreender como é formada e distribuída a renda de uma economia. Para isso,
lançaremos mão do modelo do fluxo circular de renda.

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2.2 – O Fluxo Circular de Renda

Vamos supor uma economia simplificada cujos únicos agentes sejam as


empresas, que produzem bens e serviços, e as famílias, que recebem as
remunerações pelos serviços prestados às empresas. Por ora, vamos considerar
que não há formação de capital nessa economia, ou seja, tudo que é recebido
pelas famílias é consumido em bens e serviços, não há poupança e
investimentos.
O esquema abaixo ilustra esse modelo.

Receitas (PIB)
Despesas (PIB)
Mercado de bens e
serviços

Oferta de bens Demanda de


e serviços bens e serviços

Empresas Famílias

Trabalho,
Fatores de
terra e capital
produção
Mercado de fatores
de produção

Salários, aluguéis,
Renda (PIB)
lucros e juros (PIB)

Fluxo de moeda Fluxo de insumos


e produtos

As famílias compram bens e serviços das empresas (mercado de bens


e serviços), e as empresas usam a receita que obtêm das vendas para pagar
salários aos trabalhadores (mercado de trabalho), aluguéis aos proprietários
de terra e lucros aos proprietários das empresas (mercado de capitais).
Esse fluxo monetário é medido pelo produto agregado, que é igual à
despesa total das famílias ou a renda total (salários, aluguéis e lucros) paga
pelas empresas. Como a despesa da economia acaba como renda de alguém, o
produto agregado é igual à renda agregada.

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5- (CESPE/AUFC - TCU/2015) A renda agregada é sempre


igual ao produto agregado.

Comentários: Essa questão aborda uma importante identidade


macroeconômica, qual seja a igualdade entre produto, renda e despesa. O
produto agregado é o valor total dos bens e serviços finais produzidos no
país em um dado período. Já a renda agregada é o somatório das
remunerações de fatores de produção, como os salários, os juros, aluguéis
e lucros. Uma maneira de compreender esta igualdade é através do diagrama
do fluxo circular da economia, apresentado acima.

Gabarito: Correto

2.3 – As Três Óticas de Mensuração do Produto

Compreendido o fluxo circular de renda, vamos apresentar agora as três


abordagens diferentes para se apurar a produção de uma economia e, por meio
delas, definir os conceitos de Produto, Despesa e Renda.

2.3.1 – Produto

O conjunto de toda a produção de bens e serviços finais em um país,


em um determinado período de tempo, é chamado de produto. São dois os
principais modos de contabilização do produto: O Produto Nacional Bruto –
PNB e o Produto Interno Bruto – PIB. Esta última forma de contabilização
(PIB) é a mais frequentemente usada no Brasil. Mais adiante explicaremos as
diferenças entre esses dois tipos de produto.

conjunto de toda a
produção bens e serviços finais
Produto
determinado
variável fluxo
período

Dessa definição, é importante compreender três pontos chaves.


O primeiro deles é que o produto é um valor numérico, afinal não é
lógico somar a quantidade produzida de abacaxi, com a quantidade produzida
de beterraba, com a quantidade produzida de manteiga e automóveis. Então, o
produto é avaliado em termos monetários, de tal forma que seja possível
agregar toda essa produção em um único valor sob a mesma unidade de
medida, a unidade monetária.

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O segundo ponto é que somente os bens e serviços finais são


considerados no cálculo do produto. Os bens intermediários, como matérias-
primas, componentes, energia, são insumos que entram no processo produtivo
de outros bens, assim, são transações de empresas a empresas, que se
compensam na agregação das unidades produtoras. Logo, para evitar dupla
contagem, desconsideram-se tais bens do cálculo do PIB.

Por fim, o terceiro ponto é que o produto é apurado em determinado


período de tempo, ou seja, é uma variável fluxo. Define-se uma data inicial,
uma data final e sobre esse intervalo é apurada toda a produção nacional.
Normalmente, o produto é apurado de ano em ano, de trimestre em trimestre,
etc. O IBGE, órgão brasileiro responsável pela apuração das contas nacionais,
apura o PIB trimestralmente.
Assim, algebricamente o produto é calculado da seguinte forma:

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 = ∑ 𝑃𝑖 × 𝑄𝑖

Em que Pi é o preço de cada bem produzido e Qi é a quantidade total


produzida desse bem.

6- (CESPE/Economista – DPU/2016) Se um bem


produzido em 2014 foi vendido em 2015, esse bem entra no cálculo do PIB do
ano em que foi produzido.

Comentários: O PIB é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em


determinado período de tempo. Assim, o fator relevante para o cálculo do PIB
é o período em que o produto foi produzido.

Gabarito: Correto

7- (CESPE/Analista de Controle Externo - TCDF/2012) O


produto interno bruto de um país hipotético que produza somente veículos
automotores será a soma do valor da produção dos veículos, dos pneus, dos
motores automotivos e de todos os demais componentes desses veículos.

Comentários: Existem 3 óticas de mensuração do PIB, pelo produção, pela


renda e pela despesa. Pela ótica da produção, o PIB é o valor de todos os bens
e serviços finais produzidos em determinado período de tempo.

Os bens intermediários, como matérias-primas, componentes, energia, são


insumos que entram no processo produtivo de outros bens, assim, são
transações de empresas a empresas, que se compensam na agregação das
unidades produtoras. Logo, para evitar dupla contagem, desconsideram-se
tais bens do cálculo do PIB.

Gabarito: Errado

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2.3.2 – Despesa

Conforme o modelo do fluxo circular de renda, apresentado


anteriormente. Tudo aquilo que é produzido é consumido, portanto se
somarmos a produção ou somarmos as despesas, chegaremos ao mesmo
resultado numérico.
Assim, define-se despesa como a soma dos gastos das famílias, das
empresas, do governo e do setor externo.

Famílias

Setor Externo Despesa Empresas

Governo

2.3.3 – Renda

Por fim, a terceira ótica a partir da qual é possível mensurar o produto é


a ótica da renda. Segundo essa ótica, o produto corresponde à soma dos
rendimentos pagos às famílias, que são proprietárias dos fatores de produção,
pela utilização de seus serviços produtivos, em determinado período de tempo.
Ou seja, é a soma dos salários, dos juros, dos lucros e dos aluguéis.

Salários

Aluguéis Renda Juros

Lucros

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Vamos compreender cada uma dessas quatro remunerações dos fatores


produtivos.
Salários: correspondem à remuneração do fator de produção trabalho.
As famílias ofertam mão de obra às empresas, que em troca as pagam um
salário pelos serviços prestados.
Juros: correspondem à remuneração dos serviços do capital
monetário. Os capitalistas detêm recursos financeiros e os emprestam aos
empreendedores para financiar suas atividades produtivas, em troca as
empresas remuneram os donos do capital na forma de juros.
Lucros: correspondem à remuneração dos serviços do capital físico. O
capital físico corresponde a toda a estrutura produtiva das empresas, ou seja,
máquinas e instalações industriais. Assim, os capitalistas detentores desse
capital o utilizam em suas atividades produtivas e são compensados na forma
de lucros.
Aluguéis: correspondem à remuneração dos serviços do fator terra. As
famílias proprietárias de imóveis os alugam às empresas, as quais se instalam
nesses imóveis e remuneram o proprietário na forma de aluguel.

8- (CESPE/Economista – SUFRAMA/2014) O produto


nacional calculado sob a ótica da renda pode ser expresso pela soma dos salários
e dos lucros das empresas, deduzindo-se as despesas com aluguéis e com juros,
para se evitar a dupla contagem.

Comentários: Pela ótica da renda, o PIB é a soma dos rendimentos pagos às


famílias, que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus
serviços produtivos, em determinado período de tempo. Ou seja, é a soma dos
salários, dos juros, dos lucros e dos aluguéis. Não há as deduções a que se
refere a assertiva.

Gabarito: Errado

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9- (CESPE/AFCE – TCE-SC/2016) Na ótica da produção, os


serviços domésticos remunerados entram no cálculo do produto interno bruto
brasileiro.

Comentários: Existem 3 óticas de mensuração do PIB, pelo produção, pela


renda e pela despesa.

 Pela ótica da produção, o PIB é o valor de todos os bens e serviços finais


produzidos em determinado período de tempo.
 Pela ótica da renda, o PIB é a soma dos rendimentos pagos às famílias,
que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus
serviços produtivos, em determinado período de tempo.
 Pela ótica da despesa, o PIB é a soma dos gastos das famílias, das
empresas, do governo e do setor externo.

Apesar de os serviços domésticos comporem o cálculo do PIB, isso não é


apurado pela ótica da produção, mas pela ótica da despesa.

Gabarito: Errado

Assim, por meio dessas três óticas é possível apurar o resultado


econômico de um país em determinado período. Ou seja, o resultado apurado
para o produto é numericamente igual ao resultado apurado para a despesa,
que é numericamente igual ao resultado apurado para a renda de uma
economia. Trata-se da identidade básica da macroeconomia:

IDENTIDADE BÁSICA DA MACROECONOMIA


PRODUTO = DESPESA = RENDA

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2.3.4 – Método do Valor Adicionado

Existe ainda um método alternativo, porém muito empregado na prática


para se calcular a produção de uma economia, o método do valor adicionado ou
valor agregado (VA).
Sendo o produto agregado o valor total dos bens e serviços finais
produzidos no país em um dado período, pode-se calcular o produto somando-
se o valor adicionado por cada elo da cadeia produtiva de uma economia. Esse
valor adicionado corresponde à diferença entre o valor bruto de produção
(VBP), que é o total da receita de vendas de cada setor produtivo, e o consumo
de produtos intermediários, que são os insumos utilizados na sua produção.
Vamos a um exemplo para compreender esse método de cálculo:
Vamos supor uma economia simplificada composta pelos seguintes
setores: trigo, farinha e pão. Digamos que o preço do trigo num determinado
ano seja de 100 unidades monetárias por tonelada e que ao todo foram
produzidas 200 toneladas ao longo desse ano. Assim, a produção de trigo nessa
economia foi de 100 x 200, ou seja, 20.000 unidades monetárias.
Vamos imaginar ainda que o setor de farinhas comprou a totalidade do
trigo produzido, as 200 toneladas. Após o processamento desse trigo, a
indústria produziu um total de 150 toneladas de farinha, as quais foram
vendidas ao preço de 200 unidades monetárias cada tonelada. Assim, a
produção de farinha nessa economia foi de 200 x 150, ou seja, 30.000 unidades
monetárias. Em seu processo produtivo, a indústria de farinhas pagou o serviço
de operários para trabalhar em sua fábrica, pagou juros aos bancos que
financiaram suas instalações industriais e ainda conseguiu gerar lucro que foi
distribuído entre seus acionistas.
Por fim, dessas 150 toneladas de farinha produzida, o setor de padarias
adquiriu um total de 100 toneladas, ou seja, pagou-se ao setor de farinhas o
valor de 200 x 100 = 20.000. As padarias então usaram essa farinha na
produção de pães e conseguiram produzir um total de 60 toneladas de pães, os
quais foram vendidos ao preço de 600 unidades monetárias por tonelada,
totalizando uma produção de pães em reais no valor de 600 x 60, ou seja,
36.000. Da mesma forma como o setor de farinha, as padarias remuneraram
os padeiros pelos seus serviços, os bancos pelo financiamento de suas
instalações e ainda alcançaram lucro, que foi distribuído entre seus donos.
Vamos montar uma tabela para resumir os dados desse exemplo:
Valor bruto
Insumos Valor Adicionado
da produção
Trigo 20.000 0 20.000 – 0 = 20.000
Farinha 30.000 20.000 30.000 – 20.000 = 10.000
Pão 36.000 20.000 36.000 – 20.000 = 16.000

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Percebam que se somarmos os valores adicionados por cada setor,


estaremos somando as remunerações dos fatores de produção de cada setor
dessa economia. Assim, essa soma deve ser numericamente igual ao produto
calculado pela ótica da renda.
Produto = VATrigo + VAFarinha + VAPão
Produto = 20.000 + 10.000 + 16.000 = 46.000
Para demonstrar que o método do valor adicionado converge para o
mesmo valor apurado pela ótica do produto, vamos calcular o produto somando
os bens e serviços finais produzidos por esta economia neste período. O setor
de trigo não produziu bens finais, afinal tudo que foi produzido foi consumido
pelo setor de farinha. Já o setor de farinha vendeu 20.000 de sua produção ao
setor de padarias, restando 10.000 do total de sua produção disponíveis para
comercialização no varejo na forma de bens finais. Por fim, as padarias
produziram um total de 36.000 em pão, um bem final. Somando todos os bens
finais dessa economia, teremos
Produto = Trigo + Farinha + Pães
Produto = 0 + 10.000 + 36.000 = 46.000
Como esperado, chegamos ao mesmo resultado obtido pelo método do
valor adicionado.
Esse método é bastante empregado justamente pela difícil conceituação
do que seria um bem final. Por exemplo, leite pode ser considerado bem final
quando vendido no varejo, mas não quando vendido à indústria de manteiga. O
método do valor adicionado não exige esse juízo se um bem é final ou não, mas
apenas apura o valor adicionado por cada elo da cadeia de produção da
economia convergindo para o mesmo resultado que os demais métodos.

10- (FGV/AFRE – ICMS-RJ/2008) Uma economia


hipotética com governo é caracterizada da seguinte forma:

O total de salários pagos é igual a R$ 200 milhões.

O total gasto com o pagamento de juros e aluguéis é igual a R$ 250 milhões.

O consumo total das famílias é igual a R$ 600 milhões.

Com base nos dados acima, assinale a alternativa correta.

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a) A renda total dessa economia é igual a R$ 500 milhões.

b) O lucro dessa economia é igual a R$ 550 milhões.

c) O PIB dessa economia é igual a R$ 700 milhões.

d) O consumo do governo é igual a zero.

e) O PIB dessa economia é igual a R$ 950 milhões.

Comentários: Pela ótica da produção, o PIB é o valor de todos os bens e


serviços finais produzidos em determinado período de tempo. Assim, para
calcular o PIB dessa economia, vamos somar os bens finais produzidos:

PIB = Bens finais (minério + aço + carro)

O setor de minério não deixou bens finais, pois tudo que foi produzido foi
consumido pelo setor siderúrgico. Já o setor siderúrgico deixou R$ 100 de bens
finais, pois dos R$ 300 produzidos, apenas R$ 200 foram consumidos pelo setor
automobilístico. Por fim, o setor automobilístico produziu R$ 600 em bens
finais.

PIB = 0 + 100 + 600 = 700

Uma forma alternativa de se calcular o PIB é somando o valor adicionado (ou


valor agregado - VA) de produção de cada setor. O VA é calculado da seguinte
forma:

VA = Valor Bruto de Produção (VBP) – Consumo de bens intermediários

Assim,

Valor bruto
Insumos Valor Adicionado
da produção
Minério R$ 150 0 150 – 0 = 150
Aço R$ 300 R$ 150 300 – 150 = 150
Carro R$ 600 R$ 200 600 – 200 = 400

PIB = VAA + VAB + VAC

PIB = 150 + 150 + 500 = 700

Analisemos as alternativas:

a) A renda total dessa economia é igual a R$ 500 milhões.

Errado. Segundo a identidade macroeconômica entre produto e renda, a renda


total é de R$ 700 milhões.

b) O lucro dessa economia é igual a R$ 550 milhões.

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Errado. O PIB pela ótica da renda é calculado levando em conta a remuneração


total dos fatores de produção da economia (descontando aquelas enviadas ao
exterior). Ou seja,

Y = salários + juros + lucros + aluguéis

700 = 200 + 250 + lucros

lucros = 250

c) O PIB dessa economia é igual a R$ 700 milhões.

Correto. Conforme calculado acima, pela ótica da produção.

d) O consumo do governo é igual a zero.

Errado. Pela ótica da despesa, o PIB é a soma dos gastos das famílias (C), das
empresas (I), do governo (G) e do setor externo (X – M). Assim,

PIB = Y = C + I + G + X – M

Sabemos apenas que o consumo das famílias é igual a R$ 600 milhões e o PIB
é igual a R$ 700 milhões. Não sabemos como a diferença de R$ 100 milhões é
distribuída entre investimentos, consumo do governo e setor externo. Logo, é
incorreto afirma que o consumo do governo é nulo.

e) O PIB dessa economia é igual a R$ 950 milhões.

Errado. Conforme calculado acima, pela ótica da produção.

Gabarito: C

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2.4 – Poupança Agregada e Investimento Agregado

Até agora partimos da premissa de que toda a renda das famílias era
convertida em consumo de bens e serviços finais produzidos pelas empresas.
Entretanto, as famílias também poupam parte de seus rendimentos para poder
consumir no futuro e as empresas investem em bens de capital para expandir
a sua produção futura.

2.4.1 – Poupança

A poupança é justamente a parcela da renda da economia que não é


consumida.
S=Y–C
Em que S é a poupança (saving), Y é a renda (yield) e C é o consumo
(consumption).
A poupança agregada é formada por três componentes: a poupança do
setor privado (Sp), que é tudo aquilo que as famílias recebem, mas não
gastam; a poupança do governo (Sg), que corresponde a tudo aquilo que o
governo arrecadou, mas não gastou; e a poupança do setor externo (Sext),
uma abstração para o saldo líquido das transações do resto do mundo com
relação ao país.
S = Sp + Sg + Sext
A poupança externa corresponde ao valor negativo do saldo das
transações correntes (TC). Deixarei para tecer mais detalhes na aula seguinte,
sobre o Balanço de Pagamentos. Por enquanto, basta guardarmos que
Sext = - TC
Vou deixar para detalhar cada um desses componentes da poupança
agregada depois de apresentar a vocês os conceitos relativos aos gastos do
governo e do setor externo. Por ora, basta saber que a poupança pode ser
decomposta nessas três variáveis.

2.4.2 – Investimento

Da mesma forma que nem toda a renda recebida pelas famílias é usada
para o consumo imediato, nem toda a renda recebida pelas empresas é usada
para remunerar os fatores de produção. Parte dos rendimentos auferidos pelos
empresários é destinado à aquisição de máquinas para aumentar a produção,
pesquisas para lançar novos produtos, imóveis para expandir a planta industrial,
etc. Tais bens adquiridos pelas empresas, cujo propósito não é o seu consumo
imediato, mas a expansão da capacidade produtiva da empresa, são
conhecidos como bens de capital. Assim, pode-se definir investimento da
seguinte forma:

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Investimento é o gasto em bens que aumentam a capacidade de


produção da economia. Ademais, investimento é o gasto em bens produzidos,
mas não consumidos no próprio período e que serão consumidos no futuro.
Investimento (I) = Produto (P) – Consumo (C)
Os bens que são produzidos no período, mas não são consumidos, são
justamente os bens de capital e a variação de estoques.

Máquinas e
Equipamentos

Bens de Capital

Imóveis
Investimento

Produtos acabados e
Variação de Estoques
intermediários

Os bens de capital são comumente chamados de Formação Bruta de


Capital Fixo (FBKF). Assim,
I = FBKF + ΔE
Percebam que o conceito de investimento para a economia diverge do
conceito adotado pelo senso comum, cujo significado está muitas vezes atrelado
à compra de imóveis, ações, títulos públicos com o propósito de serem
revendidos a um preço maior no futuro. Em economia, investir é adquirir bens
no presente que permitam expandir a produção no futuro.
É importante também se atentar ao fato de que o investimento em bens
de capital de segunda mão, como a compra daquele trator velho para se usar
na colheita de soja, ou a compra de escritórios já ocupados, não são
computados no cálculo do investimento. Isso porque, para que esses bens
fossem adquiridos, foi necessário que uma outra empresa “desinvestisse” esses
bens. Assim, o investimento da adquirente se anula com o “desinvestimento”
da vendedora.
Por fim, os bens de consumo duráveis, assim entendidos aqueles bens
que são adquiridos em um período e não são completamente consumidos no
mesmo período, como as TVs, os carros, os smartphones (ainda que eu conheça
algumas pessoas que compram smartphone em um ano e no outro já estão
trocando, rsrs), esses bens também não são computados no cálculo do
investimento, mas são reconhecidos como consumo final. Isso porque é difícil
mensurar o horizonte de tempo em que esses bens são capazer de gerar
benefícios, isso pode variar muito de proprietário para proprietário. Portanto,
por convenção, classificam-se tais bens como bens de consumo final, não
como investimento.

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11- (CESPE/Economista – DPU/2016) A instalação de


bens de capital e o gasto com a transmissão de propriedade de terreno são
calculados, no PIB, como consumo das famílias.

Comentários: A instalação de bens de capital pertence ao componente de


investimentos (I) da despesa nacional, uma vez que é um gasto que expande a
capacidade produtiva da economia. Já a transmissão de propriedade de terreno
é computado no consumo das famílias (C).

Gabarito: Errado

12- (CESPE/Economista - DPU/2016) O cálculo da


formação bruta de capital fixo inclui o valor da produção de máquinas e
equipamentos.

Comentários: A formação bruta de capital fixo (FBKF) corresponde ao


investimento em bens de capital propriamente dito. Assim, qualquer dispêndio
que expanda a capacidade produtiva da economia, como a produção de
máquinas e equipamentos, é contabilizado como FBKF.

Gabarito: Correto

2.4.3 – Produto Bruto x Produto Líquido

A depreciação corresponde ao desgaste do capital fixo a cada


período. Ou seja, uma frota de veículos adquiridos por uma locadora de
automóveis a um valor de R$ 2 milhões não vale os mesmos dois milhões no
ano seguinte, mas talvez R$ 1,6 milhão. Essa perda de valor dos bens de capital
decorre justamente em virtude de sua exploração.
Em contas nacionais, é comum nos depararmos com os conceitos de
produto bruto e produto líquido. O conceito de produto bruto leva em conta
apenas o aumento da capacidade produtiva, já o conceito líquido considera
também seu desgaste (depreciação).
Produto Líquido = Produto Bruto – Depreciação

13- (CESPE/Consultor do Executivo – Sefaz-ES/2010) A


diferença entre produto bruto e produto líquido está associada ao fato de que o
produto bruto desconsidera a parcela do investimento destinada a repor o
desgaste do estoque de capital.

Comentários: O conceito de produto bruto leva em conta apenas o aumento


da capacidade produtiva, já o conceito líquido considera também seu desgaste
(depreciação).

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PNL = PNB – depreciação

PNB = PNL + depreciação

Assim, diferente do que afirma a questão, é o produto líquido que desconsidera


(desconta) a parcela do investimento destinada a repor o desgaste do estoque
de capital.

Gabarito: Errado

2.4.4 – A Identidade entre Poupança e Investimento

Como vimos anteriormente, a poupança corresponde àquela parcela da


renda das famílias que não é consumida no período. Ou seja,
S = Renda – C
Vimos também que o investimento é a parcela da produção que não é
consumida no período, mas sim no futuro. Ou seja,
I = Produto – C
Da análise do modelo do fluxo circular da renda, havíamos chegado à
identidade básica da macroeconomia, qual seja aquela entre produto, renda e
despesa. Mas se Produto = Renda, então
S = Renda – C = Produto – C = I
S=I
Chegamos então a mais uma importantíssima identidade
macroeconômica, a identidade entre poupança agregada e investimento
agregado.

IDENTIDADE MACROECONÔMICA
POUPANÇA = INVESTIMENTO

14- (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2009)


Considere as seguintes informações extraídas de um sistema de contas
nacionais, em unidades monetárias:

Poupança privada: 300

Investimento privado: 200

Poupança externa: 100

Investimento público: 300

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Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do governo


foi:

a) de 200 e o superávit público foi de 100.

b) de 100 e o déficit público foi de 200.

c) negativa e o déficit público foi nulo.

d) de 100 e o superávit público foi de 200.

e) igual ao déficit público.

Comentários: A partir da identidade macroeconômica entre poupança e


investimento, temos

S=I

Sp + Sg + Sext = Ip + Ig

Substituindo os dados do enunciado na expressão acima,

300 + Sg + 100 = 200 + 300

Sg = 100

O déficit público (DP) corresponde ao excesso dos investimentos públicos sobre


a poupança pública. Ou seja,

DP = Ig – Sg

DP = 300 – 100

DP = 200

Gabarito: B

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2.5 – Receitas e Despesas do Governo

Quando estudamos os componentes macroeconômicos referentes ao


Governo, devemos considerar a totalidade de receitas e despesas. Sendo assim,
no caso de uma federação, como o Brasil, os agregados macroeconômicos
abrangem as três esferas de governo: União, Estados e Municípios. Vamos a
seguir compreender a composição da receita e despesa governamental.

2.5.1 – Receitas do Governo

A arrecadação fiscal do governo pode ser resumida nas quatro seguintes


rubricas:
 Impostos indiretos (II): são aqueles que incidem sobre bens e
serviços, ou seja, recaem sobre o consumo. O contribuinte não é
diretamente tributado, mas arca indiretamente com o ônus da
tributação ao consumir produtos alcançados por esse tipo de
imposto. Exemplo: Imposto sobre a importação, IPI, ICMS, ISS;
 Impostos diretos (ID): são aqueles que incidem diretamente
sobre o contribuinte, ou seja, tributam a sua riqueza. Exemplo:
Imposto de Renda, IPTU, IPVA;
 Contribuições previdenciárias: são as contribuições trabalhistas
que incidem sobre as relações de emprego para custear a
previdência social.
 Outras receitas do governo: são todas as outras origens de
recursos fiscais não oriundas das três rubricas acima. Exemplo:
taxas diversas, custas judiciais, contribuições para o custeio da
iluminação pública, dividendos de empresas estatais, aluguéis,
multas de trânsito, etc.
A composição da receita fiscal do governo é estudada mais a fundo na
aula de Teoria da Tributação. Para compreendermos o papel do Governo na
contabilidade social, não precisamos discutir cada rubrica com profundidade,
reservemos esse trabalho para outro momento. Passemos agora à composição
de gastos do governo.

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2.5.2 – Despesas do Governo

Os gastos do governo podem ser separados em três rubricas:


 Gastos dos ministérios, secretarias e autarquias: são os gastos que o
governo faz com ele mesmo para manutenção da máquina administrativa
(salário dos políticos e servidores públicos, compra de materiais de
escritório, etc.) e para expandir as entregas de bens e serviços públicos à
sociedade (construção de escolas, estradas, hospitais, prisões, etc). Essa é
a rubrica que é apurada efetivamente pela contabilidade social como
“Gastos do Governo”.
 Gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista: ainda
que o controlador dessas empresas seja o poder público, suas despesas são
custeadas pelas suas receitas operacionais, da mesma forma como qualquer
outra empresa privada. Por exemplo, os custos operacionais de refinamento
de petróleo da Petrobras são custeados pela receita de suas vendas às
distribuidoras; os custos de logística dos Correios são custeados pelas tarifas
cobradas pela prestação desse serviço. Assim, esse componente de gasto
governamental não é apurado em “Gastos do Governo” na contabilidade
social, mas sim como gastos do setor privado.
 Transferências e subsídios: são transferências de recursos ao setor
privado sem contrapartida em bens e serviços, ou seja, não remuneram
nenhum fator de produção.
 As transferências correspondem a pagamentos feitos pelo governo
diretamente aos beneficiários sem qualquer contrapartida, como as
bolsas de estudo, as aposentadorias, os programas sociais (bolsa
família). São comumente ditos impostos diretos negativos, uma
vez que representa fluxo de renda direta do governo para o
beneficiário.
 Os subsídios consistem em pagamentos feitos pelo governo ao setor
produtivo para o custeio de parte de seus custos de produção,
permitindo que o preço de venda desses produtos seja inferior ao
que seria se não houvesse qualquer intervenção do governo. Por
exemplo, a concessão de subsídios ao setor de etanol permite que o
valor pago nos postos de combustível seja inferior ao que seria sem
esse auxílio, o que estimula seu consumo. Por serem concedidos para
custear parte da produção, são comumente ditos impostos indiretos
negativos, já que dependem do repasse do benefício aos
consumidores finais.

15- (CESPE/Analista - BACEN/2013) Segundo a teoria


macroeconômica, as transferências devem ser desconsideradas dos gastos
governamentais para efeito de cálculo da participação do governo no produto
interno bruto (PIB).

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Comentários: Transferências, como o próprio nome sugere, corresponde a


operações que ocorrem somente em um sentido. Ou seja, é um dispêndio do
governo em que não há uma contrapartida em bens e serviços. Por exemplo, o
Programa Bolsa Família, o auxílio maternidade, o auxílio doença, bem como
qualquer outro dispêndio em que há transferência de recursos das mãos do
governo para as do beneficiário. Para o cálculo do PIB, somam-se o consumo
das famílias (C), investimentos (I), consumo do governo (G) e exportações
líquidas de importações (X – M).

PIB = C + I + G + X – M

Se as transferências forem consideradas gastos do governo, elas serão


computadas no componente G. Por outro lado, se os recursos das famílias
oriundos dessas transferências forem consumidos no período, esse valor
também será computado no componente C. Logo, para evitar duplicidade no
cálculo do PIB, desconsideram-se as transferências dos gastos governamentais.

Gabarito: Correto

2.5.3 – Custo de Fatores x Preços de Mercado

A produção de uma economia pode ser mensurada de duas formas


distintas: a custo de fatores, que corresponde ao preço de fábrica da
produção e equivale a toda a remuneração dos fatores produtivos empregados;
e a preços de mercado, que é o preço do produto pago na prateleira, ou seja,
o preço que o consumidor final efetivamente paga no mercado. A diferença
entre ambos está nos impostos indiretos e nos subsídios.

Produtopm = Produtocf + Imp. Ind. – Sub.

Percebam que apenas os impostos indiretos são considerados no cálculo


do produto a preços de mercado, afinal são esses impostos que incidem sobre
o consumo e, portanto, encarecem os bens e serviços ofertados em uma
economia.

16- (CESPE/AFCE – TCE-SC/2016) A diferença entre


produto interno bruto (PIB) a preços de mercado e PIB a custo de fatores é igual
à soma dos impostos diretos menos o total dos subsídios à produção.

Comentários: A questão aborda a diferença entre a medida do PIB a custo de


fatores e a preços de mercado. Vejamos:

Preço de mercado (pm) x custo de fatores (cf): O produto a preço de


mercado mede justamente o valor pago pelos consumidores finais, já o produto
a custo de fatores mede a remuneração dos fatores de produção (salários, juros,
aluguéis e lucros), ou seja, é o preço de fábrica. A diferença entre ambos está
nos impostos indiretos e nos subsídios.

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PNpm = PNcf + impostos indiretos – subsídios

Assim, a assertiva erra quando soma os impostos diretos (aqueles sobre a


renda) no lugar dos impostos indiretos (aqueles sobre o consumo) para
calcular o PIB a preços de mercado.

Gabarito: Errado

17- (CESPE/Especialista em Regulação –


ANCINE/2013) O PIB a custo de fatores equivale ao PIB a preços de mercado,
deduzidos os tributos indiretos e somados os subsídios.

Comentários: O produto a preço de mercado mede justamente o valor pago


pelos consumidores finais, já o produto a custo de fatores mede a remuneração
dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros), ou seja, é o preço
de fábrica. A diferença entre ambos está nos impostos indiretos e nos subsídios.

PIBpm = PIBcf + impostos indiretos – subsídios

PIBcf = PIBpm - impostos indiretos + subsídios

Gabarito: Correto

2.5.4 – Carga Tributária Bruta e Líquida

A carga tributária bruta de um país corresponde a toda sua receita


tributária (impostos diretos e indiretos) em relação ao produto interno bruto do
país. Assim,
𝐼𝑚𝑝. 𝐼𝑛𝑑. +𝐼𝑚𝑝. 𝐷𝑖𝑟.
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑇𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡á𝑟𝑖𝑎 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 (𝐶𝑇𝐵) = × 100
𝑃𝐼𝐵
Segundo relatório da Receita Federal, a CTB brasileira atingiu 32,66% do
PIB no ano de 2015, índice que está entre os mais elevados do mundo.
Já a carga tributária líquida desconta da receita tributária as
transferências e subsídios ao setor privado, ou seja, os impostos diretos e
indiretos negativos.
𝐼𝑚𝑝. 𝐼𝑛𝑑. −𝑆𝑢𝑏. +𝐼𝑚𝑝. 𝐷𝑖𝑟. −𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓.
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑇𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡á𝑟𝑖𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 (𝐶𝑇𝐿) = × 100
𝑃𝐼𝐵
A carga tributária líquida influencia a renda das famílias e reflete,
portanto, no impacto líquido da política fiscal sobre a renda disponível do setor
privado, sendo também o melhor indicador para efetuar comparações
internacionais.
Segundo relatório da Secretaria de Política Econômica do Ministério da
Fazenda, a CTL brasileira atingiu 16,03% do PIB no ano de 2015. Índice ainda
considerado elevado para os padrões internacionais.

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2.6 – O Setor Externo

Até então, analisamos a economia composta pelas famílias, empresas e


governo, a partir de agora vamos incluir o resto do mundo em nossa análise. O
Resto do Mundo são todos os agentes (famílias, empresas e governos) de
outros países, também chamados não residentes, que transacionam com os
residentes do país.
Essas transações podem ser divididas em duas categorias: transações
comerciais, ou seja, transações de bens e serviços entre os países; e
transações de fatores de produção, ou seja, transações envolvendo capital
e trabalho de origem estrangeira.
As transações de bens e serviços, por sua vez, podem ser resumidas em
importações e exportações. As importações correspondem às aquisições de
bens e serviços provenientes do exterior, são gastos do país com o resto
do mundo. Enquanto as exportações se referem às compras feitas pelos
não residentes, ou seja, o gasto do resto do mundo com nossos bens e
serviços produzidos.
Quanto à segunda categoria de transações com o resto do mundo, as
transações de fatores de produção, as empresas residentes no país podem
utilizar capital e trabalho oriundos do exterior, a contrapartida se dá na forma
de envio de remessas de lucro para fora do país, royalties, juros da dívida
externa, etc. Essa remuneração desses fatores externos é apurada na conta
Renda Enviada ao Exterior (REE). Analogamente, os nacionais podem ceder
fatores de produção às empresas estrangeira, a remuneração desses fatores de
produção é apurada na conta Renda Recebida do Exterior (RRE). O total da
renda líquida enviada ao exterior (RLEE) corresponde à renda enviada ao
exterior descontada a renda recebida do exterior (RRE).
RLEE = REE – RRE

Importações

Bens e serviços
finais

Exportações

Setor Externo

Renda enviada ao
exterior
Fatores de produção
(capital e trabalho)
Renda recebida do
exterior

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Se o valor da RLEE for positivo, isso significa que o país envia mais renda
ao exterior do que recebe. Se for negativo, o país recebe mais renda do que
envia para fora. A renda líquida enviada ao exterior (RLEE) também é
chamada de serviços de fatores.

2.6.1 – Produto Interno x Produto Nacional

A diferenciação entre produto interno e produto nacional é bastante


explorada em concursos públicos. Vamos às definições de cada um desses
conceitos.
O Produto Interno Bruto (PIB) corresponde a tudo aquilo que é
produzido dentro dos limites territoriais do país, quer seja produzido por
empresas nacionais ou estrangeiras. Assim, a produção da fábrica da
Volkswagen em São Bernardo do Campo, ainda que pertença à multinacional
alemã, é apurada no cálculo do PIB brasileiro.
Já o Produto Nacional Bruto (PNB) corresponde a tudo aquilo que é
produzido pelos nacionais, quer a empresa esteja em território nacional ou
estrangeiro. Assim, a produção de jatos executivos pela fábrica da Embraer em
Melbourne, na Flórida, é apurada no cálculo do PNB brasileiro. Enquanto a
produção de capacitores na fábrica da Siemens em Jundiaí é apurada no cálculo
do PNB alemão.
Percebam que o conceito de Produto Nacional Bruto é mais abrangente
que o de Produto Interno Bruto, uma vez que engloba também as rendas
recebidas pelas nossas empresas no exterior líquidas das rendas enviadas ao
exterior pelas empresas estrangeiras. Dessa forma,
PNB = PIB + RRE – REE
PIB = PNB + (REE – RRE)
PIB = PNB + RLEE
Em regra, para os países emergentes, como o Brasil, a renda líquida
enviada ao exterior é maior que zero, visto que o capital estrangeiro é
amplamente empregado na produção e a remessa de lucros que remunera esse
capital é bastante expressiva. Como resultado, o PIB brasileiro supera o PNB.
Para os países desenvolvidos, a realidade se inverte, uma vez que o acúmulo
de capital nesses países é bem maior. Nesses países, o PNB é superior ao PIB.

18- (CESPE/Analista Legislativo – CD/2014) A diferença


básica entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o Produto Nacional Bruto (PNB) é
que o PIB mede o produto gerado dentro das fronteiras do país tanto por
cidadãos quanto por estrangeiros, ao passo que o PNB mede o produto gerado
pelos cidadãos do país, independentemente de sua localização no mundo.

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Comentários: O Produto Interno Bruto (PIB) é a renda devida à produção


dentro dos limites territoriais do país. Já o Produto Nacional Bruto (PNB) é a
renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de
nossas empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior pelas
empresas estrangeiras localizadas no Brasil.

PIB = PNB + RLEE

Gabarito: Correto

2.7 – Produto Interno Bruto (PIB)

A renda agregada global corresponde à renda agregada do país somada


à renda agregada do setor externo, ou seja, corresponde à produção interna (Y)
somada das importações (M). Já a despesa agregada global corresponde aos
gastos das famílias (C), os investimentos das empresas (I), os gastos do
governo (G) e os gastos do setor externo em bens e serviços nacionais, as
exportações (X). A partir da identidade entre renda e despesa, teremos
Renda Agregada Global = Despesa Agregada Global
Y+M=C+I+G+X
Assim, após uma manipulação algébrica, pode-se apurar a despesa
interna da seguinte forma:
Y=C+I+G+X-M
Essa despesa interna é medida a preços de mercado, ou seja, os preços
dos bens e serviços finais já embutem os impostos indiretos líquidos de
subsídios e refletem os preços efetivamente pagos pelo consumidor final.
Ademais, o agregado é medido a seu valor bruto, ou seja, o desconto das
depreciações do estoque de capital fixo não é considerado. Da identidade entre
produto, renda e despesa, conclui-se que o Produto Interno Bruto (PIB) de uma
economia é dado por:

PIBpm = C + I + G + X – M

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19- (FCC/Auditor Fiscal – ISS-SP/2012) Foram extraídos


os seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas Nacionais do
Brasil em um determinado ano-calendário:

Consumo Final................................................... 2.666.752

Exportação de Bens e Serviços.............................. 355.653

Consumo Intermediário....................................... 2.686.362

Formação Bruta de Capital Fixo ............................ 585.317

Variação de Estoques (negativa) ............................. (7.471)

Produto Interno Bruto a preços de mercado ......... 3.239.404

O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse mesmo


ano, correspondeu a

a) 351.479.

b) 353.376.

c) 380.457.

d) 375.789.

e) 360.847.

Comentários: PIB é o valor total de mercado de todos os bens e serviços


finais produzidos em um país em um dado período de tempo. Ou seja,
desconsidera-se o consumo intermediário. Pela ótica da despesa, o PIB é a soma
dos gastos das famílias (C), das empresas (I), do governo (G) e do setor externo
(X – M). Assim,

PIB = C + I + G + X – M

Em que X são as exportações e M, as importações no período. Nesta questão, o


enunciado agregou os gastos do governo e das famílias na rubrica “Consumo
final”. Ainda, a questão segregou o investimento em formação bruta de capital
fixo (FBKF) e variação de estoques(ΔE). Assim,

PIB = C + I + G + X – M

PIB = C + (FBKF + ΔE) + X - M

3.239.404 = 2.666.752 + (585.317 - 7.471) + 355.653 - M

M = 360.847

Gabarito: E

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20- (FGV/AFRE – ICMS-RJ/2011) Seja uma economia


hipotética caracterizada pelas seguintes equações:
 Consumo das famílias: C = 40 + 0,9 Y
 Gastos do governo: 0
 Investimento: 30
 Exportações Líquidas: X - M = 30 - 0,1 Y

Com base nos dados acima, analise as afirmativas a seguir:

I. O PIB dessa economia é igual a $ 500.

II. O consumo das famílias é igual a $ 490.

III. As exportações líquidas são iguais a $ -20.

Assinale

a) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras.

b) se apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras.

c) se apenas as afirmativas II e III forem verdadeiras.

d) se todas as afirmativas forem verdadeiras.

e) se nenhuma afirmativa for verdadeira.

Comentários: Pela ótica da despesa, o PIB é a soma dos gastos das famílias
(C), das empresas (I), do governo (G) e do setor externo (X – M). Assim,

PIB = Y = C + I + G + X – M

Em que X são as exportações e M, as importações no período.

Y=C+I+G+X–M

Y = (40 + 0,9 Y) + 30 + 0 + (30 - 0,1 Y)

Y = 100 + 0,8 Y

0,2 Y = 100

Y = 500

Analisemos as assertivas:

I. O PIB dessa economia é igual a $ 500.

Correto. Conforme calculado acima.

II. O consumo das famílias é igual a $ 490.

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Correto. O consumo das famílias é igua a

C = 40 + 0,9 Y = 40 + 0,9 x 500 = 40 + 450 = 490

III. As exportações líquidas são iguais a $ -20.

Correto. As exportações líquidas são iguais a

X – M = 30 – 0,1 Y = 30 – 0,1 x 500 = 30 – 50 = -20

Gabarito: D

2.7.1 – Absorção Interna

O PIB é composto por agregados referentes ao consumo doméstico e


externo. A absorção doméstica (E), ou absorção interna, corresponde à soma
do consumo das famílias (C), dos investimentos (I) e dos gastos do governo
(G). Já as exportações líquidas de importações (X – M) corresponde à despesa
líquida externa com o PIB.

PIBpm = C + I + G + X – M

Absorção Interna Despesa Líquida Externa


C+I+G X-M

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2.7.2 – Déficit Público

Sabemos que parte do que o governo gasta é classificado como


investimento, e não como gastos do governo. Assim, o investimento também
terá sua parcela pública (Ig) e sua parcela privada (Ip).
Desta forma, temos
Sp + Sg + Sext = Ip + Ig
O déficit público (DP) corresponde ao excesso dos investimentos públicos
sobre a poupança pública. Ou seja,
DP = Ig – Sg
Dessa forma,
Sp + Sg + Sext = Ip + Ig
Sp - Ip + Sext = Ig - Sg
DP = Sp - Ip + Sext
Percebam que o déficit público é financiado de duas formas: pelo excesso
da poupança privada sobre os investimentos privados (Sp - Ip); bem como pela
poupança do setor externo (Sext).

2.8 – Renda Nacional

A Renda Nacional (RN) corresponde ao produto nacional líquido a custo


de fatores (PNLcf), ou seja, é a soma de todas as remunerações dos fatores
produtivos (salários, lucros, juros e aluguéis).
Assim, quando as questões de concurso omitirem se a medida da Renda
Nacional é a preços de mercado ou a custo de fatores, se é bruta ou líquida,
tomemos por convenção que se trata do conceito líquido a custo de fatores.
Por outro lado, quando a questão se referir ao Produto Nacional sem
especificar a medida, por convenção se trata do conceito bruto a preços de
mercado.

21- (CESPE/Economista – MPOG/2015) Se não houver


impostos indiretos e existir despesas com depreciação, a renda nacional será
igual ao produto nacional bruto (PNB).

Comentários: Quando nos referimos à renda nacional (RN) sem especificar se


é bruta ou líquida, se é medida a custo de fatores ou a preços de mercado,
consideramos, por convenção, que se trata da renda nacional líquida a custo de
fatores (RNLcf). Assim, a partir da identidade produto = renda, teremos

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RNLcf = PNLcf

Já o produto nacional bruto se refere ao conceito a preços de mercado, assim

PNB = PNBpm = PNBcf + impostos indiretos – subsídios

Por sua vez, o conceito de produto líquido leva em conta as depreciações do


período. Assim,

PNLcf = PNBcf – depreciações

Logo,

RN = RNLcf = PNLcf = PNBcf – depreciações

RN = PNBpm – impostos indiretos + subsídios – depreciações

Se os impostos indiretos forem nulos, mas não as depreciações, então

RN = PNBpm + subsídios – depreciações

Percebam que a renda nacional difere do produto nacional bruto, uma vez que
as depreciações não são nulas.

Gabarito: Errado

Outros dois conceitos importantes são os de Renda Pessoal e Renda


Pessoal Disponível. A Renda Pessoal é igual à Renda Nacional (Produto
Nacional Líquido a custo de fatores), deduzidos os lucros retidos pelas
empresas, os impostos diretos sobre as empresas, outras receitas do governo
(contribuições previdenciárias, FGTS, etc.), somadas as transferências
governamentais (aposentadorias, seguro desemprego). Já a Renda Pessoal
Disponível corresponde à Renda Pessoal, porém descontados os impostos
diretos sobre as famílias, ou seja, é aquilo que efetivamente sobra para as
famílias gastarem ou pouparem.
Outro conceito que às vezes cai em provas, mas não com muita
frequência é o de Renda Nacional Disponível Bruta (RNDB). A Renda Nacional
Disponível Bruta (RNDB) é uma das contas que compõem o Sistema de
Contas Nacionais (SCN). Essa conta computa toda a quantidade de recursos
disponível que os agentes podem utilizar. Podemos calculá-la da seguinte
forma:

RNDB = RNB + TUR

Em que RNB é a Renda Nacional Bruta e TUR corresponde a toda a


movimentação de recursos entre agentes econômicos e países, sem
contrapartida com o processo produtivo (heranças, doações, etc).

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2.9 – Excedente Operacional Bruto e Rendimento Misto Bruto

Dois conceitos que são frequentes em provas, sobretudo da Esaf, são o


excedente operacional bruto (EOB) e rendimento misto bruto (RMB).
O Excedente Operacional Bruto (EOB) corresponde à diferença entre
o PIB a custo de fatores (salários, lucros, juros e aluguéis) e os salários. Ou
seja, é como se fosse o lucro da economia. O Rendimento Misto Bruto
(RMB) corresponde à renda auferida pelos autônomos.

O PIB a custo de fatores é a soma de todos esses rendimentos (EOB e


RMB) e os salários dos empregados. Assim,

PIBcf = EOB + RMB + Remuneração dos empregados

Excedente Operacional
"lucro da economia"
Bruto (EOB)

PIBcf Rendimento Misto Bruto Remuneração dos


(autônomos) autônomos

Remuneração dos
Empregados

22- (ESAF/APO – MPOG/2015) Os seguintes dados foram


extraídos do Sistema de Contas Nacionais do Brasil, em unidades monetárias:

Rendimento misto bruto: 260.424

Excedente operacional bruto: 1.075.844

Remuneração dos empregados: 1.414.217

Impostos sobre a produção e a importação: 495.944

Subsídios à produção: 5.807

Rendas de propriedade enviadas ao resto do mundo: 83.459

Rendas de propriedade recebidas do resto do mundo: 18.165

Com base nestes dados, a Renda Nacional Bruta será de:

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a) 2.312.112

b) 2.477.406

c) 3.175.328

d) 3.533.209

e) 3.357.823

Comentários: Questão típica da ESAF para ser pulada porque o custo benefício
de gastar mais de 5 minutos para resolvê-la, com grandes chances de erro
humano nos cálculos, para garantir um único ponto na imensa prova dessa
banca, não compensa. Mas é uma boa questão para praticar, então vamos aos
cálculos:

O PIB a custo de fatores é a soma de todos esses rendimentos (EOB e RMB) e


os salários dos empregados. Assim,

PIBcf = EOB + RMB + Remuneração dos empregados

PIBcf = 1.075.844 + 260.424 + 1.414.217 = 2.750.485

Para computar o PIB a preços de mercado, é necessário somar os impostos


sobre a produção e a importação e subtrair os subsídios.

PIBpm = PIBcf + impostos indiretos - subsídios

PIBpm = 2.750.485 + 495.944 - 5.807 = 3.240.622

Por fim, para computar o produto nacional, devemos somar os rendimentos


recebidos dos residentes no exterior e excluir os rendimentos enviados ao
exterior. Assim,

PNBpm = RNBpm = PIBpm + Rendas recebidas – Rendas enviadas

PNBpm = 3.240.622 + 18.165 - 83.459 = 3.175.328

Gabarito: C

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23- (ESAF/APO – MPOG/2015) Considere:

A = Produto Interno Bruto

B= Remuneração dos empregados

C = Impostos sobre a produção e a importação

D = Subsídios à produção

E = Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto

É correto, então, afirmar que:

a) A = B + C – E

b) A = B + C – D

c) A = B – E

d) A – B + C – D = 0

e) A = B + C – D + E

Comentários: O PIB a custo de fatores é a soma de todos esses rendimentos


(EOB e RMB) e os salários dos empregados. Por sua vez, o conceito a preços de
mercado leva em conta os impostos indiretos e desconta os subsídios
concedidos. Dessa forma,

PIBpm = EOB + RMB + salários empregados + imp. indiretos – subsídios

Substituindo nas variáveis fornecidas pela questão:

A=E+B+C–D

A=B+C–D+E

Gabarito: E

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3 – Produto Nominal x Produto Real

Vimos algebricamente na seção 2.3.1 que o produto é calculado pela


soma de tudo que é produzido em um período.

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 = ∑ 𝑃𝑖 × 𝑄𝑖

Em que Pi é o preço de cada bem produzido e Qi é a quantidade total


produzida desse bem.
Ao compararmos o produto apurado em diferentes períodos, temos que
ter o cuidado de interpretar corretamente o que os números dizem. Digamos
que o nível geral de preços de uma economia tenha subido razoavelmente de
um período para o outro, ou seja, o valor médio de Pi cresceu, porém as
quantidades produzidas se mantiveram constante. Qual é o efeito dessa
variação positiva dos preços sobre o Produto?
A resposta a esse questionamento depende do conceito empregado no
cálculo. Segundo o conceito nominal, haverá um crescimento do Produto, isso
porque esse conceito é monetário, ele considera os preços correntes no ano
de apuração para o cálculo do PIB. Já segundo o conceito real, teremos
crescimento nulo, uma vez que esse conceito retira do cálculo os efeitos da
inflação, ele considera os preços fixados sob certo ano base para apuraração
do PIB.

Preço dos bens no ano corrente

PIB Nominal

Quantidade dos bens finais


consumidos no ano corrente

Preço dos bens no ano base

PIB Real

Quantidade dos bens finais


consumidos no ano corrente

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24- (FCC/Analista de Controle Externo – TCE-GO/2014)


A tabela abaixo mostra o número de aparelhos celulares e televisores
produzidos em dois anos, X1 e X2, e seus respectivos preços, em um dado
cenário econômico simples onde apenas dois itens são produzidos.

Preços e Quantidades
Quantidade
Quantidade produzida de
Preço do
produzida de aparelhos de
Preço do aparelho aparelho de
Ano aparelhos televisão
celular (R$) televisão
celulares (milhões (milhões de
(R$)
de unidades) unidades)

X1 500,00 2,0 800,00 3,0


X2 550,00 2,2 880,00 2,5

O PIB é o valor total de todos os bens e serviços finais produzidos dentro das
fronteiras nacionais durante determinado período, diante do cenário econômico
exposto e tomando o ano de X1 como ano-base, o PIB real no ano de X2 será
de

a) 6.500 milhões.

b) 3.410 milhões.

c) 6.810 milhões.

d) 3.500 milhões.

e) 3.100 milhões.

Comentários: A questão versa sobre a diferença entre o conceito de PIB


nominal e PIB real.

O PIB nominal corresponde ao produto apurado a preços correntes do ano, já o


PIB real corresponde ao produto apurado a preços constantes de determinado
ano, chamado ano-base. Para fins didáticos, calculemos cada um deles:

PIB = Σ Quantidade Produzida x Preço

PIB Nominal = 2,2 x R$550 + 2,5 x R$880 = R$3.410 milhões

PIB Real = 2,2 x R$500 + 2,5 x R$800 = R$3.100 milhões

Gabarito: E

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25- (ESAF/Analista de Comércio Exterior – MDIC/2012)


Quando o objeto do analista for avaliar o crescimento da economia de um país
ao longo do tempo, a melhor medida é:

a) PIB nominal a preços do consumidor.

b) PIB corrente a preços de mercado.

c) PIB nominal a preços de mercado.

d) PIB real a preços do consumidor.

e) PIB corrente a preços básicos.

Comentários: O crescimento real da economia pode ser aferido pela variação


real do PIB, uma vez que esse indicador desconsidera os efeitos da variação de
preços.

Gabarito: D

Por fim, um conceito ora explorado em provas é o de deflator implícito do


PIB. O deflator do PIB é um indicador que mede a variação média dos
preços de um período em relação aos preços do período anterior. Calcula-se o
deflator implícito do PIB dividindo o PIB nominal pelo PIB real. Assim,

Deflator implícito do PIB = (PIB Nominal)/(PIB Real) x 100

Vejamos como esse conceito é abordado em concursos.

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26- (FCC/Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP/2013) A


tabela a seguir apresenta os índices de produto nominal e de produto real de
um determinado país, relativos a seu Produto Interno Bruto (PIB):

Produto Nominal Produto Real


2009 100 100
2010 110 104
2011 125 108
2012 138 115

É correto afirmar que o

a) índice do deflator do PIB do ano de 2010, tomando-se o ano 2009 como base
100, foi superior a 106.

b) crescimento real da economia em 2011 foi exatamente 4%.

c) índice do deflator do PIB aumentou 20% no período de 2009 a 2012.

d) crescimento real da economia em 2012 foi inferior ao de 2010.

e) produto real da economia aumentou mais de 15% no período.

Comentários: O PIB nominal corresponde ao produto apurado a preços


correntes do ano, já o PIB real corresponde ao produto apurado a preços
constantes de determinado ano, chamado ano-base.

Analisemos as alternativas:

a) índice do deflator do PIB do ano de 2010, tomando-se o ano 2009 como base
100, foi superior a 106.

Errado. Calcula-se o deflator implícito do PIB dividindo o PIB nominal pelo PIB
real.

Deflator implícito do PIB = (PIB Nominal)/(PIB Real) x 100

Deflator implícito do PIB = 110/104 x 100 = 105,7

b) crescimento real da economia em 2011 foi exatamente 4%.

Errado. O crescimento real da economia em um dado período corresponde à


razão entre o PIB real desses períodos. Assim,

Crescimento 2011 = ( (PIB Real 2011)/(PIB Real 2010) – 1) x 100

Crescimento 2011 = (108/104 – 1) x 100 = 3,8%

c) índice do deflator do PIB aumentou 20% no período de 2009 a 2012.

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Correto. O deflator do PIB de 2009 corresponde a 100, afinal 2009 é o prórpio


ano-base. Calculemos então o deflator de 2012,

Deflator implícito do PIB = (PIB Nominal 2012 )/(PIB Real 2012) x 100

Deflator implícito do PIB = 138/115 x 100 = 120

O aumento do deflator nesse período foi de

(Deflator 2012 / Deflator 2009) x 100 = 120/100 x 100 = 20%

d) crescimento real da economia em 2012 foi inferior ao de 2010.

Errado. Calculemos cada um e comparemo-os:

Crescimento 2010 = ( (PIB Real 2010)/(PIB Real 2009) – 1) x 100

Crescimento 2010 = (104/100 – 1) x 100 = 4%

Crescimento 2012 = ( (PIB Real 2012)/(PIB Real 2011) – 1) x 100

Crescimento 2012 = (115/108 – 1) x 100 = 6,5%

Logo, o crescimento real em 2012 foi superior ao de 2010.

e) produto real da economia aumentou mais de 15% no período.

Errado. Calculemos o crescimento real do período,

Crescimento 2009 a 2012 = ( (PIB Real 2012)/(PIB Real 2009) – 1) x 100

Crescimento 2009 a 2012 = (115/100 – 1) x 100 = 15%

Gabarito: C

27- (FGV/ACI – SEFAZ-RJ/2011) Dado um PIB Nominal de


R$ 3 trilhões e um Deflator de 120, o PIB Real é

a) R$ 25 bilhões.

b) R$ 250 bilhões.

c) R$ 2,5 trilhões.

d) R$ 3,6 trilhões.

e) R$ 3,2 trilhões.

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Comentários: Calcula-se o deflator implícito do PIB dividindo o PIB nominal


pelo PIB real. Assim,

Deflator implícito do PIB = (PIB Nominal)/(PIB Real) x 100

PIB Real = (PIB Nominal)/(Deflator implícito do PIB) x 100

PIB Real = 3/120 x 100

PIB Real = 2,5

Gabarito: C

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Pessoal, esgotamos aqui a aula de hoje!


Como havia dito na introdução da aula, essa primeira aula de
macroeconomia é fundamental para a compreensão do restante do curso, a
partir dela vamos derivar as principais teorias da macro. Ainda, as bancas de
concurso costumam cobrar DEMAIS esse tópico, por conta disso, resolveremos
uma bateria enorme de questões. Esse é um tópico da disciplina que você
precisa estar muito forte para se dar bem na prova.
Vamos às dicas do que as bancas têm cobrado nos últimos concursos:
1 – Introdução: raramente cai de forma direta em uma prova, nós a
estudamos mais com propósito de dar a partida no estudo da macro.
2 – Fluxo Circular de Renda: também não costuma cair de forma direta,
porém é um excelente modelo para se extrair as conclusões dos demais tópicos.
É uma excelente ferramenta didática para o estudo das Contas Nacionais.
3 – As três óticas de mensuração do PIB: isso cai sim, não tem jeito.
Quem gosta de cobrar isso é o CESPE. A banca enuncia uma forma correta de
calcular o PIB, mas a enquadra em outra ótica de mensuração. Cuidado com as
pegadinhas!
4 – Método do Valor Adicionado: a FCC e a FGV gostam desse tópico. É
extremamente útil conhecê-lo e praticar os cálculos também.
5 – Identidades macroeconômicas: elas chovem na prova, é garantia que
cairão na sua prova. Elas costumam ser cobradas na forma algébrica, a questão
fornece os dados e você precisa calcular o que se pede.
6 – Tipos de medida do PIB: também é outra coisa que cai muito nas
provas. É extremamente importante saber diferenciar custo de fatores e preços
de mercado; produto interno e produto nacional; produto bruto e produto
líquido.
7 – Excedente Operacional Bruto e Rendimento Misto Bruto: a Esaf adora
cobrar esse tema! Se essa for a banca do seu concurso, decore a fórmula que
relaciona EOB, RMB e PIB.
8 – Produto Nominal x Produto Real: também é bastante cobrado, as
bancas costumam fornecer os valores incompletos e pedir aquele que falta.
Minhas duas dicas finais e, também, as principais são as seguintes.
Pratique bastante, pois é assim que se aprende contabilidade social para
concursos. MUITA PRÁTICA!! Minha segunda dica, válida principalmente para
aqueles que farão prova da Esaf, é caso você se depare com uma questão que
envolva cálculos bem trabalhosos, que tomariam muito tempo para resolver e
com grande margem para erro na hora de calcular, PULE A QUESTÃO, ainda que
você saiba como resolvê-la. Não seja orgulhoso! Essa questão trabalhosa está
lá justamente para tomar tempo de candidato amador. Concurso público é
basicamente memorização e velocidade, lembre-se disso!

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Deixo em seguida um resumo com as principais fórmulas empregadas na


contabilidade social, em ordem de relevância. Tente decorar as primeiras, já
que a banca não as fornecerá na hora da prova.
Pessoal, vamos por a mão na massa agora e praticar tudo aquilo que a
gente aprendeu nessa aula! Qualquer dúvida, estou a disposição no fórum!

Fórmulas - Contabilidade Social


1 Produto = Renda = Despesa
2 PIB = C + I + G + X – M
3 I=S
4 I = FBKF + ΔE
5 S = SP + SG + SEXT
6 SEXT = - TC
7 Renda Nacional = RNLCF
PIBPM = EOB + RMB + Remuneração dos Empregados + impostos sobre
8
a produção e importação – subsídios
9 PIB = PNL + RLEE
10 PIBPM = PIBCF + impostos indiretos - subsídios
11 PIL = PIB – depreciações
12 Absorção Interna = C + I + G
13 Despesa Líquida Externa = X – M
14 Déficit Público = IG - SG

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4 – Questões Comentadas

28- (CESPE/Analista Administrativo – EBSERH/2018) O PNB, uma


medida abrangente da economia, pode ser mensurado de duas formas: o PNB
real e o PNB nominal. O PNB nominal é a mensuração do PNB a preços
constantes.

Comentários: O PNB apurado a preços correntes do ano corresponde ao PIB


nominal, já o PNB real corresponde ao produto apurado a preços constantes de
determinado ano, chamado ano-base.

Gabarito: Errado

29- (CESPE/Analista Administrativo – EBSERH/2018) A existência de um


hiato do PNB indica que a economia está no interior da fronteira de
possibilidades de produção; um pequeno hiato indica que há evolução
decrescente de produção e, nesse caso, tem-se uma recessão.

Comentários: O hiato do produto mostra o quão distante o produto atual está


do produto de pleno emprego. Logo, a existência de algum hiato do PNB indica
que a economia opera abaixo da fronteira de possibilidades de produção, ou
seja, opera com capacidade ociosa. Por sua vez, a lei dos rendimentos
decrescentes afirma que quanto maior a utilização de determinado fator de
produção, menor é a produção adicional. Assim, um pequeno hiato do PNB, que
indica uma economia próxima do pleno emprego, implica que a produção
aumenta cada vez menos conforme se aproxima da plena utilização dos fatores
de produção.

Gabarito: Correto

30- (CESPE/Economista – FUB/2018) Um aumento da depreciação reduz


o produto interno líquido.

Comentários: O conceito de produto bruto leva em conta apenas o aumento


da capacidade produtiva, já o conceito líquido considera também seu desgaste
(depreciação).

PIL = PIB – depreciação

Logo, quanto maior a depreciação, menor é o produto interno líquido.

Gabarito: Correto

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em R$ bilhões

investimento privado 100

consumo privado 200

gasto do governo 30

exportações 30

importações 20

remessa de renda dos agentes domésticos para o exterior 20

lucros enviados por empresas nacionais que operam no exterior para


10
suas matrizes no Brasil

Considerando que os dados na tabela precedente representem algumas


informações financeiras do Brasil no ano 201X, julgue o item subsequente, de
acordo com a teoria dos sistemas de contas nacionais em uma economia aberta.

31- (CESPE/Economista – FUB/2018) O PIB brasileiro no ano 201X foi de


R$ 300 bilhões.

Comentários: O Produto Nacional Bruto (PNB) representa o valor dos bens e


serviço finais, em preços correntes. Assim,

PNB = C + I + G + X – M

PNB = 200 + 100 + 30 + 30 – 20 = 340

Por sua vez, o PIB inclui também o balanço de serviços de fatores em sua
composição, isto é, a renda líquida enviada ao exterior. Logo,

PIB = PNB + RLEE

PIB = 340 + (20 – 10) = 330

Gabarito: Errado

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32- (CESPE/Oficial de Inteligência – ABIN/2018) O PIB nominal é a


medida do produto ideal para avaliar o nível e a trajetória de crescimento
econômico, pois representa métrica de produto a preços constantes a partir de
determinado ano-base.

Comentários: Na verdade, o PIB apurado a preços constantes de determinado


ano, chamado ano-base, corresponde ao conceito de PIB real, que de fato é a
medida do produto ideal para avaliar o nível e a trajetória de crescimento
econômico. Por sua vez, o PIB nominal corresponde ao produto apurado a
preços correntes.

Gabarito: Errado

33- (CESPE/Economista – DPU/2016) O valor gasto com despesa médica


em hospital público faz parte do consumo das famílias.

Comentários: Para avaliar a que componente da despesa nacional pertence a


referida despesa, devemos identificar quem a custeou. Em se tratando de um
hospital público, suas despesas são custeadas pelo governo, logo compõe o
agregado de consumo do governo, não o consumo das famílias, como afirma a
assertiva.

Gabarito: Errado

34- (CESPE/ACE – TCE-PA/2016) No sistema de contas nacionais, a conta


de produção apresenta o resultado do processo do valor bruto da produção a
preços básicos, obtido pela diferença entre o valor de produção e o consumo
intermediário.

Comentários: O PIB é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em


determinado período. Assim, os bens intermediários, como matérias-primas,
componentes, energia, entre outros, são insumos que entram no processo
produtivo de outros bens e, portanto, são transações de empresas a empresas,
que se compensam na agregação das unidades produtoras. Logo, para evitar
dupla contagem, desconsideram-se tais bens do cálculo do PIB. Portanto, a
conta de produção corresponde à diferença entre o valor de produção total e o
consumo intermediário.

Gabarito: Correto

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35- (CESPE/ACE – TCE-PA/2016) No sistema de contas nacionais, a conta


de uso da renda descreve como os setores institucionais aplicam a renda
disponível em consumo e poupança.

Comentários: No Sistema de Contas Nacionais (SCN), a conta de uso da renda


apresenta como o país e os setores institucionais alocam sua renda disponível
em consumo e poupança (saldo da conta). Tal conta pertence ao subconjunto
de contas correntes do sistema de contas econômicas integradas (CEI).

Gabarito: Correto

36- (CESPE/ACE – TCE-PA/2016) No sistema de contas nacionais, o produto


interno bruto a preço de mercado é igual à despesa interna bruta.

Comentários: Trata-se da identidade básica da macroeconomia entre produto,


renda e despesa. Logo, é correto afirmar que o produto interno bruto a preço
de mercado é igual à despesa interna bruta.

Gabarito: Correto

37- (CESPE/ACE – TCE-PA/2016) Em uma economia simples, em que o fluxo


circular da renda ocorre somente entre as unidades produtoras e consumidoras,
o produto agregado é diferente da renda agregada, ainda que toda a renda
obtida pelas famílias seja destinada ao consumo.

Comentários: O fluxo circular da renda é medido pelo produto agregado, que


é igual à despesa total das famílias ou a renda total (salários, aluguéis e lucros)
paga pelas empresas. Como a despesa da economia acaba como renda de
alguém, o produto agregado é igual à renda agregada.

Gabarito: Errado

38- (CESPE/ACE – TCE-PA/2016) Produto agregado consiste na soma de


todos os bens e serviços finais produzidos na economia durante determinado
período de tempo.

Comentários: Existem 3 óticas de mensuração do produto, pela produção, pela


renda e pela despesa. Pela ótica da produção, o produto é o valor de todos os
bens e serviços finais produzidos em determinado período.

Gabarito: Correto

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39- (CESPE/Diplomata – MRE/2016) Para não cometer o erro denominado


“ilusão monetária”, o diplomata deve informar, em seu relatório, o PIB real do
país, em vez do nominal, dos últimos cinco anos. Para deflacionar esses
números, o diplomata deve utilizar o deflator (implícito) do PIB, que é calculado
pelo quociente entre o PIB real, medido a preços constantes, e o PIB nominal.

Comentários: A assertiva inverteu a expressão do deflator do PIB, que é


calculado pela razão entre o PIB nominal e o PIB real.

Gabarito: Errado

40- (CESPE/Auditor – TCE-RN/2015) Os salários de brasileiros que


trabalham nos Estados Unidos da América são contabilizados no produto
nacional bruto.

Comentários: O PIB corresponde a tudo aquilo que é produzido dentro dos


limites territoriais do país, quer seja produzido por empresas nacionais ou
estrangeiras. Já o PNB corresponde a tudo aquilo que é produzido pelos
nacionais, quer a empresa esteja em território nacional ou estrangeiro. Assim,
os salários de brasileiros que trabalham nos EUA são contabilizados no PNB
brasileiro e no PIB americano. Uma vez que a redação da assertiva não definiu
a que país se referia o produto nacional bruto, a banca anulou a questão.

Gabarito: Anulada

41- (CESPE/Auditor – TCE-RN/2015) O crescimento real da economia pode


ser aferido pela variação nominal do produto interno bruto, e os gastos
governamentais, em sua composição, devem desconsiderar as transferências
governamentais.

Comentários: O crescimento real da economia pode ser aferido pela variação


real do PIB, uma vez que esse indicador desconsidera os efeitos da variação de
preços. Por sua vez, os gastos governamentais abrangem todos os dispêndios
da administração pública, inclusive as transferências governamentais.

Gabarito: Errado

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42- (CESPE/Economista - MPOG/2015) O deflator implícito do PIB é uma


medida do nível geral de preços que, inicialmente, mensura a quantidade (PIB
real) para, posteriormente, comparar a variação do PIB em termos do valor da
moeda a preços do período corrente e do período base.

Comentários: A assertiva descreve exatamente como se calcula o deflator


implícito do PIB. Calcula-se o PIB nominal somando o valor bruto da produção
de um país, calcula-se o PIB real somando a quantidade produzida e, por fim,
calcula-se o deflator implícito do PIB dividindo o PIB nominal pelo PIB real.
Assim,

Deflator implícito do PIB = (PIB Nominal)/(PIB Real) x 100

Gabarito: Correto

43- (CESPE/AUFC - TCU/2015) O deflator do PIB consiste em uma medida


de preço e, por ser calculado pela divisão do PIB nominal pelo PIB real,
proporciona informações semelhantes às do índice de preços ao consumidor.

Comentários: De fato, o deflator do PIB é dado pela razão entre o PIB nominal
e o PIB real. Esse indicador mede a variação média dos preços de um período
em relação aos preços do período anterior. Além disso, é provavelmente o
indicador mais abrangente, pois leva em conta informações não computadas
nos outros índices. Já o índice de Preços ao Consumidor (também chamado
índice de Custo de Vida), leva em conta apenas os bens e serviços que são
diretamente utilizados pelos trabalhadores (alimentos, habitação, despesas de
saúde, educação, lazer etc.). Porém, não há como negar que o deflator do PIB
guarda certo grau de correlação com o índice de preços ao consumidor (IPC),
posto que o deflator do PIB incorpora alguns elementos de cálculo do IPC. De
fato, o deflator ocasionalmente se distancia do índice, mas não a ponto de
descaracterizar a semelhança entre as informações que ambos proveem, como
a banca o fez.

Gabarito da banca: Errado

Gabarito sugerido: Anulada

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44- (CESPE/Economista – SUFRAMA/2014) No cálculo do produto interno


líquido a preços de mercado, considera-se o fluxo de bens de propriedade de
residentes do país, excluindo-se tanto a depreciação quanto os impostos
indiretos e os subsídios.

Comentários: O produto interno líquido a preços de mercado considera a


produção dentro dos limites territoriais do país, desconta a depreciação e,
diferente do que afirma a assertiva, soma os impostos indiretos, líquidos de
subsídios.

Gabarito: Errado

45- (CESPE/Economista – SUFRAMA/2014) Considerando-se que a


poupança nacional seja superior ao investimento agregado e que as reservas
internacionais sejam constantes, será correto afirmar que o país apresentará
déficit em transações correntes.

Comentários: Sendo a poupança (S) composta pela poupança interna (Si) e


pela poupança externa (Sext) e, sabendo que a poupança externa corresponde
ao valor negativo do saldo da balança de transações correntes (Sext = - TC),
então

S=I

Si + Sext = I

Si – TC = I

Si – I = TC

Como a questão afirma que a poupança nacional é superior ao investimento


agregado (Si > I), então

Si – I > 0

Logo, TC > 0. Ou seja, o país apresentará superávit em transações correntes.

Gabarito: Errado

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46- (CESPE/Analista Judiciário – TJ-SE/2014) Para a mensuração do PIB,


utilizam-se as seguintes abordagens: despesa, renda e produção, sendo a
depreciação um componente utilizado no cálculo do produto na abordagem da
despesa.

Comentários: Na verdade, a depreciação não é um dos componentes utilizados


no cálculo do PIB pela ótica da despesa. Os componentes do PIB (Y) são
consumo das famílias (C), investimentos (I), consumo do governo (G) e
exportações líquidas de importações (X – M).

Y=C+I+G+X–M

O conceito de depreciação consiste no consumo do estoque de capital fixo


decorrente do desgaste dos bens de capital. Trata-se de um conceito já apurado
no componente de investimentos (I) e, portanto, não usado no cálculo do PIB
pela ótica da despesa.

Gabarito: Errado

47- (CESPE/Analista Judiciário – TJ-SE/2014) Sob a ótica das contas


nacionais, a compra de uma casa ou de um carro é tratada como investimento,
pois tais bens fornecem serviços por um longo tempo.

Comentários: Qualquer dispêndio que expanda a capacidade produtiva da


economia, como a produção de máquinas e equipamentos, é contabilizado como
investimento, independente do horizonte de tempo em que é usufruído. Para
uma empresa, a compra de uma casa ou de um carro tem potencial para
expandir sua capacidade produtiva. Por outro lado, para uma família, a compra
de uma casa ou de um carro é um mero consumo. Logo, a finalidade da compra
é fator relevante para classificá-la como consumo ou investimento.

Gabarito: Errado

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48- (CESPE/Analista Judiciário – TJ-SE/2014) O PIB expresso a preços


correntes aumenta ao longo do tempo, basicamente, devido à elevação na
produção dos bens como um todo e ao aumento dos preços dos bens
produzidos.

Comentários: O PIB apurado a preços correntes do ano corresponde ao PIB


nominal, já o PIB real corresponde ao produto apurado a preços constantes de
determinado ano, chamado ano-base. O PIB nominal é calculado da seguinte
forma:

PIB = Σ Quantidade Produzida x Preço

Assim, o PIB nominal pode aumentar tanto pela elevação na produção, quanto
pelo aumento dos preços dos bens produzidos.

Gabarito: Correto

49- (CESPE/Diplomata - MRE/2014) O Produto Nacional Bruto (PNB)


representa o valor dos bens e serviço finais, em preços correntes, e o seu
deflator é obtido pela razão entre o PNB nominal e o PNB real.

Comentários: O PNB é a renda que pertence efetivamente aos nacionais,


incluindo a renda recebida de nossas empresas no exterior, e excluindo a renda
enviada para o exterior pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil.
Ainda, calcula-se o deflator implícito do PIB dividindo o PIB nominal pelo PIB
real.

Deflator implícito do PIB = (PIB Nominal)/(PIB Real) x 100

Gabarito: Correto

50- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) O conceito de formação bruta de


capital fixo inclui não apenas os investimentos em máquinas e equipamentos,
mas também os investimentos em imóveis e a variação dos estoques tanto de
produtos acabados quanto intermediários.

Comentários: O conceito de formação bruta de capital fixo (FBKF) se restringe


aos investimentos em máquinas e equipamentos, bem como imóveis. Já a
variação de estoques, acabados ou intermediários, é outro componente do
investimento agregado, alheio à FBKF.

Gabarito: Errado

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51- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) A acumulação de capital é sempre


positiva, pois a depreciação de um ativo fixo não pode ser maior que o valor do
próprio ativo fixo.

Comentários: É possível que a depreciação supere o investimento bruto,


resultando um investimento líquido (acumulação de capital) negativo.

Gabarito: Errado

52- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) O índice da carga tributária


corresponde ao total da arrecadação fiscal do Ministério da Fazenda em relação
à renda nacional bruta.

Comentários: O índice da carga tributária corresponde ao total da arrecadação


fiscal do governo (impostos diretos e indiretos) em relação ao produto interno
bruto (PIB).

Gabarito: Errado

53- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) O produto nacional bruto é obtido pelo


somatório do produto interno bruto com a renda recebida do exterior,
descontadas as importações.

Comentários: De fato, o produto nacional bruto (PNB) é obtido pelo somatório


do produto interno bruto (PIB) com a renda líquida recebida do exterior (RLRE).
Entretanto, é incorreto deduzir as importações (M), uma vez que essa dedução
já é feita no próprio cálculo do PIB, conforme a expressão abaixo.

PIB = C + I + G + X - M

PNB = PIB + RLRE

Gabarito: Errado

54- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) No cálculo da poupança externa, não


se incluem aumentos ou diminuições das reservas cambiais do país.

Comentários: A poupança externa é considerada apenas em termos reais (não


financeiros), ou seja, apura apenas o fluxo de bens e serviços com o setor
externo. Logo, o cálculo não inclui variações das reservas cambiais do país.

Gabarito: Correto

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55- (CESPE/ACE - TCE-RO/2013) A compilação de um sistema de contas


nacionais é orientada por um conjunto de normas contábeis, princípios
econômicos e convenções que possibilitam a emissão de recomendações sobre
a compilação de suas variáveis; o que permite a descrição dos fluxos e estoques
existentes numa determinada economia, de forma coerente e comparável.

Comentários: O Sistema de Contas Nacionais é o conjunto padronizado de


recomendações internacionalmente acordadas sobre como compilar as medidas
de atividade econômica, de acordo com rígidas convenções contábeis baseadas
em princípios econômicos. As recomendações são expressas em termos de um
conjunto de conceitos, definições, classificações e regras contábeis que
compõem o padrão internacionalmente definido para medir itens como o
produto interno bruto, o indicador mais frequentemente citado de desempenho
econômico.

Gabarito: Correto

56- (CESPE/Especialista em Regulação - ANP/2013) Um dos princípios da


contabilidade nacional é o equilíbrio externo do sistema, segundo o qual cada
lançamento devedor em uma conta deve corresponder igualmente ao
lançamento credor em outra.

Comentários: O Sistema de Contas Nacionais se baseia no método contábil


das partidas dobradas, segundo o qual para cada lançamento a débito, existe
uma contrapartida a crédito em igual valor.

Gabarito: Correto

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5 – Lista de Exercícios

1- (CESPE/Especialista em Regulação – ANTAQ/2009) A macroeconomia


não se ocupa da formação dos preços de um produto especificamente, mas,
sim, do comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados
específicos.

2- (CESGRANRIO/Profissional Básico - BNDES/2013) Macroeconomia é o


estudo da estrutura de economias nacionais e das políticas econômicas
exercidas pelos seus governos, com o objetivo de melhorar o desempenho
econômico doméstico.

NÃO se considera como uma questão pertencente ao ramo da Macroeconomia


aquela que

a) causa desemprego.

b) causa aumento de preços.

c) causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos.

d) causa volatilidade da atividade econômica de uma nação.

e) determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do tempo.

3- (CESPE/Especialista em Regulação – ANTAQ/2009) Os seguintes


mercados compõem a estrutura da análise macroeconômica de uma economia:
o mercado de bens e serviços, que reflete o nível de atividades dessa economia,
representada pelos agentes macroeconômicos — consumidores, empresas e
governo —; mercado fiscal, no qual são relevantes a taxa salarial e a taxa
cambial; e o mercado monetário, em que os agentes econômicos empregam
recursos para a produção do produto interno bruto.

4- (CESPE/Consultor do Executivo – Sefaz-ES/2010) Considerando os


dois tipos de variáveis em uma economia, as variáveis-estoque representam a
quantidade medida por unidade de tempo, e as variáveis-fluxo representam a
quantidade mensurada em determinado instante de tempo.

5- (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo - TCU/2015) A renda


agregada é sempre igual ao produto agregado.

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6- (CESPE/Economista – DPU/2016) Se um bem produzido em 2014 foi


vendido em 2015, esse bem entra no cálculo do PIB do ano em que foi
produzido.

7- (CESPE/Analista de Controle Externo - TCDF/2012) O produto interno


bruto de um país hipotético que produza somente veículos automotores será a
soma do valor da produção dos veículos, dos pneus, dos motores automotivos
e de todos os demais componentes desses veículos.

8- (CESPE/Economista – SUFRAMA/2014) O produto nacional calculado


sob a ótica da renda pode ser expresso pela soma dos salários e dos lucros das
empresas, deduzindo-se as despesas com aluguéis e com juros, para se evitar
a dupla contagem.

9- (CESPE/Auditor Fiscal de Controle Externo – TCE-SC/2016) Na ótica


da produção, os serviços domésticos remunerados entram no cálculo do produto
interno bruto brasileiro.

10- (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual - RJ/2008) Uma economia


hipotética com governo é caracterizada da seguinte forma:

O total de salários pagos é igual a R$ 200 milhões.

O total gasto com o pagamento de juros e aluguéis é igual a R$ 250 milhões.

O consumo total das famílias é igual a R$ 600 milhões.

Com base nos dados acima, assinale a alternativa correta.

a) A renda total dessa economia é igual a R$ 500 milhões.

b) O lucro dessa economia é igual a R$ 550 milhões.

c) O PIB dessa economia é igual a R$ 700 milhões.

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d) O consumo do governo é igual a zero.

e) O PIB dessa economia é igual a R$ 950 milhões.

11- (CESPE/Economista - DPU/2016) A instalação de bens de capital e o


gasto com a transmissão de propriedade de terreno são calculados, no PIB,
como consumo das famílias.

12- (CESPE/Economista - DPU/2016) O cálculo da formação bruta de


capital fixo inclui o valor da produção de máquinas e equipamentos.

13- (CESPE/Consultor do Executivo – Sefaz-ES/2010) A diferença entre


produto bruto e produto líquido está associada ao fato de que o produto bruto
desconsidera a parcela do investimento destinada a repor o desgaste do estoque
de capital.

14- (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2009) Considere as


seguintes informações extraídas de um sistema de contas nacionais, em
unidades monetárias:

Poupança privada: 300

Investimento privado: 200

Poupança externa: 100

Investimento público: 300

Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do governo


foi:

a) de 200 e o superávit público foi de 100.

b) de 100 e o déficit público foi de 200.

c) negativa e o déficit público foi nulo.

d) de 100 e o superávit público foi de 200.

e) igual ao déficit público.

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15- (CESPE/Analista - BACEN/2013) Segundo a teoria macroeconômica, as


transferências devem ser desconsideradas dos gastos governamentais para
efeito de cálculo da participação do governo no produto interno bruto (PIB).

16- (CESPE/Auditor Fiscal de Controle Externo – TCE-SC/2016) A


diferença entre produto interno bruto (PIB) a preços de mercado e PIB a custo
de fatores é igual à soma dos impostos diretos menos o total dos subsídios à
produção.

17- (CESPE/Especialista em Regulação – ANCINE/2013) O PIB a custo de


fatores equivale ao PIB a preços de mercado, deduzidos os tributos indiretos e
somados os subsídios.

18- (CESPE/Analista Legislativo – Câmara dos Deputados/2014) A


diferença básica entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o Produto Nacional Bruto
(PNB) é que o PIB mede o produto gerado dentro das fronteiras do país tanto
por cidadãos quanto por estrangeiros, ao passo que o PNB mede o produto
gerado pelos cidadãos do país, independentemente de sua localização no
mundo.

19- (FCC/Auditor Fiscal Tributário Municipal – São Paulo/2012) Foram


extraídos os seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas
Nacionais do Brasil em um determinado ano-calendário:

Consumo Final................................................... 2.666.752

Exportação de Bens e Serviços.............................. 355.653

Consumo Intermediário....................................... 2.686.362

Formação Bruta de Capital Fixo ............................ 585.317

Variação de Estoques (negativa) ............................. (7.471)

Produto Interno Bruto a preços de mercado ......... 3.239.404

O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse mesmo


ano, correspondeu a

a) 351.479.

b) 353.376.

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c) 380.457.

d) 375.789.

e) 360.847.

20- (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual - RJ/2011) Seja uma


economia hipotética caracterizada pelas seguintes equações:
 Consumo das famílias: C = 40 + 0,9 Y
 Gastos do governo: 0
 Investimento: 30
 Exportações Líquidas: X - M = 30 - 0,1 Y

Com base nos dados acima, analise as afirmativas a seguir:

I. O PIB dessa economia é igual a $ 500.

II. O consumo das famílias é igual a $ 490.

III. As exportações líquidas são iguais a $ -20.

Assinale

a) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras.

b) se apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras.

c) se apenas as afirmativas II e III forem verdadeiras.

d) se todas as afirmativas forem verdadeiras.

e) se nenhuma afirmativa for verdadeira.

21- (CESPE/Economista – MPOG/2015) Se não houver impostos indiretos


e existir despesas com depreciação, a renda nacional será igual ao produto
nacional bruto (PNB).

22- (ESAF/Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG/2015) Os


seguintes dados foram extraídos do Sistema de Contas Nacionais do Brasil, em
unidades monetárias:

Rendimento misto bruto: 260.424

Excedente operacional bruto: 1.075.844

Remuneração dos empregados: 1.414.217

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Impostos sobre a produção e a importação: 495.944

Subsídios à produção: 5.807

Rendas de propriedade enviadas ao resto do mundo: 83.459

Rendas de propriedade recebidas do resto do mundo: 18.165

Com base nestes dados, a Renda Nacional Bruta será de:

a) 2.312.112

b) 2.477.406

c) 3.175.328

d) 3.533.209

e) 3.357.823

23- (ESAF/Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG/2015)


Considere:

A = Produto Interno Bruto

B= Remuneração dos empregados

C = Impostos sobre a produção e a importação

D = Subsídios à produção

E = Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto

É correto, então, afirmar que:

a) A = B + C – E

b) A = B + C – D

c) A = B – E

d) A – B + C – D = 0

e) A = B + C – D + E

24- (FCC/Analista de Controle Externo – TCE-GO/2014) A tabela abaixo


mostra o número de aparelhos celulares e televisores produzidos em dois anos,
X1 e X2, e seus respectivos preços, em um dado cenário econômico simples
onde apenas dois itens são produzidos.

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Preços e Quantidades
Quantidade
Quantidade produzida de
Preço do
produzida de aparelhos de
Preço do aparelho aparelho de
Ano aparelhos televisão
celular (R$) televisão
celulares (milhões (milhões de
(R$)
de unidades) unidades)

X1 500,00 2,0 800,00 3,0


X2 550,00 2,2 880,00 2,5

O PIB é o valor total de todos os bens e serviços finais produzidos dentro das
fronteiras nacionais durante determinado período, diante do cenário econômico
exposto e tomando o ano de X1 como ano-base, o PIB real no ano de X2 será
de

a) 6.500 milhões.

b) 3.410 milhões.

c) 6.810 milhões.

d) 3.500 milhões.

e) 3.100 milhões.

25- (ESAF/Analista de Comércio Exterior – MDIC/2012) Quando o objeto


do analista for avaliar o crescimento da economia de um país ao longo do tempo,
a melhor medida é:

a) PIB nominal a preços do consumidor.

b) PIB corrente a preços de mercado.

c) PIB nominal a preços de mercado.

d) PIB real a preços do consumidor.

e) PIB corrente a preços básicos.

26- (FCC/Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP/2013) A tabela a seguir


apresenta os índices de produto nominal e de produto real de um determinado
país, relativos a seu Produto Interno Bruto (PIB):

Produto Nominal Produto Real


2009 100 100

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2010 110 104


2011 125 108
2012 138 115

É correto afirmar que o

a) índice do deflator do PIB do ano de 2010, tomando-se o ano 2009 como base
100, foi superior a 106.

b) crescimento real da economia em 2011 foi exatamente 4%.

c) índice do deflator do PIB aumentou 20% no período de 2009 a 2012.

d) crescimento real da economia em 2012 foi inferior ao de 2010.

e) produto real da economia aumentou mais de 15% no período.

27- (FGV/ACI – SEFAZ-RJ/2011) Dado um PIB Nominal de R$ 3 trilhões e


um Deflator de 120, o PIB Real é

a) R$ 25 bilhões.

b) R$ 250 bilhões.

c) R$ 2,5 trilhões.

d) R$ 3,6 trilhões.

e) R$ 3,2 trilhões.

28- (CESPE/Analista Administrativo – EBSERH/2018) O PNB, uma


medida abrangente da economia, pode ser mensurado de duas formas: o PNB
real e o PNB nominal. O PNB nominal é a mensuração do PNB a preços
constantes.

29- (CESPE/Analista Administrativo – EBSERH/2018) A existência de um


hiato do PNB indica que a economia está no interior da fronteira de
possibilidades de produção; um pequeno hiato indica que há evolução
decrescente de produção e, nesse caso, tem-se uma recessão.

30- (CESPE/Economista – FUB/2018) Um aumento da depreciação reduz


o produto interno líquido.

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em R$ bilhões

investimento privado 100

consumo privado 200

gasto do governo 30

exportações 30

importações 20

remessa de renda dos agentes domésticos para o exterior 20

lucros enviados por empresas nacionais que operam no exterior para


10
suas matrizes no Brasil

Considerando que os dados na tabela precedente representem algumas


informações financeiras do Brasil no ano 201X, julgue o item subsequente, de
acordo com a teoria dos sistemas de contas nacionais em uma economia aberta.

31- (CESPE/Economista – FUB/2018) O PIB brasileiro no ano 201X foi de


R$ 300 bilhões.

32- (CESPE/Oficial de Inteligência – ABIN/2018) O PIB nominal é a


medida do produto ideal para avaliar o nível e a trajetória de crescimento
econômico, pois representa métrica de produto a preços constantes a partir de
determinado ano-base.

33- (CESPE/Economista – DPU/2016) O valor gasto com despesa médica


em hospital público faz parte do consumo das famílias.

34- (CESPE/ACE – TCE-PA/2016) No sistema de contas nacionais, a conta


de produção apresenta o resultado do processo do valor bruto da produção a
preços básicos, obtido pela diferença entre o valor de produção e o consumo
intermediário.

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35- (CESPE/ACE – TCE-PA/2016) No sistema de contas nacionais, a conta


de uso da renda descreve como os setores institucionais aplicam a renda
disponível em consumo e poupança.

36- (CESPE/ACE – TCE-PA/2016) No sistema de contas nacionais, o produto


interno bruto a preço de mercado é igual à despesa interna bruta.

37- (CESPE/ACE – TCE-PA/2016) Em uma economia simples, em que o fluxo


circular da renda ocorre somente entre as unidades produtoras e consumidoras,
o produto agregado é diferente da renda agregada, ainda que toda a renda
obtida pelas famílias seja destinada ao consumo.

38- (CESPE/ACE – TCE-PA/2016) Produto agregado consiste na soma de


todos os bens e serviços finais produzidos na economia durante determinado
período de tempo.

39- (CESPE/Diplomata – MRE/2016) Para não cometer o erro denominado


“ilusão monetária”, o diplomata deve informar, em seu relatório, o PIB real do
país, em vez do nominal, dos últimos cinco anos. Para deflacionar esses
números, o diplomata deve utilizar o deflator (implícito) do PIB, que é calculado
pelo quociente entre o PIB real, medido a preços constantes, e o PIB nominal.

40- (CESPE/Auditor – TCE-RN/2015) Os salários de brasileiros que


trabalham nos Estados Unidos da América são contabilizados no produto
nacional bruto.

41- (CESPE/Auditor – TCE-RN/2015) O crescimento real da economia pode


ser aferido pela variação nominal do produto interno bruto, e os gastos
governamentais, em sua composição, devem desconsiderar as transferências
governamentais.

42- (CESPE/Economista - MPOG/2015) O deflator implícito do PIB é uma


medida do nível geral de preços que, inicialmente, mensura a quantidade (PIB
real) para, posteriormente, comparar a variação do PIB em termos do valor da
moeda a preços do período corrente e do período base.

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43- (CESPE/AUFC - TCU/2015) O deflator do PIB consiste em uma medida


de preço e, por ser calculado pela divisão do PIB nominal pelo PIB real,
proporciona informações semelhantes às do índice de preços ao consumidor.

44- (CESPE/Economista – SUFRAMA/2014) No cálculo do produto interno


líquido a preços de mercado, considera-se o fluxo de bens de propriedade de
residentes do país, excluindo-se tanto a depreciação quanto os impostos
indiretos e os subsídios.

45- (CESPE/Economista – SUFRAMA/2014) Considerando-se que a


poupança nacional seja superior ao investimento agregado e que as reservas
internacionais sejam constantes, será correto afirmar que o país apresentará
déficit em transações correntes.

46- (CESPE/Analista Judiciário – TJ-SE/2014) Para a mensuração do PIB,


utilizam-se as seguintes abordagens: despesa, renda e produção, sendo a
depreciação um componente utilizado no cálculo do produto na abordagem da
despesa.

47- (CESPE/Analista Judiciário – TJ-SE/2014) Sob a ótica das contas


nacionais, a compra de uma casa ou de um carro é tratada como investimento,
pois tais bens fornecem serviços por um longo tempo.

48- (CESPE/Analista Judiciário – TJ-SE/2014) O PIB expresso a preços


correntes aumenta ao longo do tempo, basicamente, devido à elevação na
produção dos bens como um todo e ao aumento dos preços dos bens
produzidos.

49- (CESPE/Diplomata - MRE/2014) O Produto Nacional Bruto (PNB)


representa o valor dos bens e serviço finais, em preços correntes, e o seu
deflator é obtido pela razão entre o PNB nominal e o PNB real.

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50- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) O conceito de formação bruta de


capital fixo inclui não apenas os investimentos em máquinas e equipamentos,
mas também os investimentos em imóveis e a variação dos estoques tanto de
produtos acabados quanto intermediários.

51- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) A acumulação de capital é sempre


positiva, pois a depreciação de um ativo fixo não pode ser maior que o valor do
próprio ativo fixo.

52- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) O índice da carga tributária


corresponde ao total da arrecadação fiscal do Ministério da Fazenda em relação
à renda nacional bruta.

53- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) O produto nacional bruto é obtido pelo


somatório do produto interno bruto com a renda recebida do exterior,
descontadas as importações.

54- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) No cálculo da poupança externa, não


se incluem aumentos ou diminuições das reservas cambiais do país.

55- (CESPE/ACE - TCE-RO/2013) A compilação de um sistema de contas


nacionais é orientada por um conjunto de normas contábeis, princípios
econômicos e convenções que possibilitam a emissão de recomendações sobre
a compilação de suas variáveis; o que permite a descrição dos fluxos e estoques
existentes numa determinada economia, de forma coerente e comparável.

56- (CESPE/Especialista em Regulação - ANP/2013) Um dos princípios da


contabilidade nacional é o equilíbrio externo do sistema, segundo o qual cada
lançamento devedor em uma conta deve corresponder igualmente ao
lançamento credor em outra.

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6 – Gabarito

1 E 15 C 29 C 43 E
2 C 16 E 30 C 44 E
3 E 17 C 31 E 45 E
4 E 18 C 32 E 46 E
5 C 19 E 33 E 47 E
6 C 20 D 34 C 48 C

7 E 21 E 35 C 49 C
8 E 22 C 36 C 50 E
9 E 23 E 37 E 51 E

10 C 24 E 38 C 52 E
11 E 25 D 39 E 53 E
12 C 26 C 40 X 54 C
13 E 27 C 41 E 55 C

14 B 28 E 42 C 56 C

7 – Referencial bibliográfico
DORNBUSH, R.; FISCHER, S.; STARTZ, R. Macroeconomia. 10.ed. São Paulo:
McGraw-Hill, 2009.
FROYEN, R. T. Macroeconomics: theories & policies. 9th ed. Pearson, 2009.
LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. de. Manual de Macroeconomia Básico
e Intermediário. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2009
MANKIW, N. G. Macroeconomia. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
PAULANI, L. M.; BRAGA, M. B. A nova contabilidade social: uma introdução à
macroeconomia. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
SIMONSEN, M.H.;CYSNE, R. P. Macroeconomia. 4.ed. São Paulo: McGraw-Hill
do Brasil, 2009.

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