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Material Teórico
Teoria Monetária
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Teoria Monetária
• Introdução;
• Evolução das Teorias Econômicas;
• A Contribuição de Wicksell;
• Modelo Clássico;
• Modelo Keynesiano;
• Abordagens Modernas.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Elucidar a questão dos economistas clássico e suas teorias, explicare-
mos um pouco sobre Keynes, Wicksell e traremos também as teorias
modernas sobre o tema, que abordam o papel da moeda nos sistemas
econômicos e, claro, veremos também a evolução dessas teorias.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Teoria Monetária
Introdução
Caros alunos, nesta unidade, entraremos em um grupo de teorias econômicas,
as mais clássicas e robustas. Estudaremos autores clássicos como Milton Friedman,
Keynes e Wicksell, pormenorizando suas ideia e pensamentos e descobrindo
novidades para nós que já estavam enraizadas em nossas vidas, mas que muitas
vezes não as relacionávamos com uma teoria econômica.
Investimento
Setor de
produção
Setor monetário
Renda Consumo
financeiro
Setor de
famílias
Poupança
MV = PT
Para que a equação se torne teoria, temos que inserir algumas variáveis
comportamentais que, ao longo do tempo, foram sendo agregadas à equação e
geraram novas teorias para a teoria quantitativa da moeda – mais à frente, veremos
essas variáveis e os desdobramentos dessas teorias.
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Explor
Velocidade de Circulação da Moeda: https://youtu.be/I7iIWt2kUdQ
Após esse primeiro ensaio, surgiram mais alguns estudiosos corroborando com a
teoria, entre eles John Locke, John Law e, já no período pré-clássico, Adam Smith.
Esses primeiros esboços relacionados à compreensão das conexões exis-
tentes entre a oferta monetária e o nível dos preços levariam a formula-
ção, em bases teoricamente mais elaboradas, da teoria quantitativa da
moeda, que acabaria por predominar no final do século XIX e início do
atual, após um longo período de controvérsias sobre a determinação do
sentido da casualidade entre moeda e preços”. (LOPES; ROSSETTI,
1992, p. 146-147.)
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UNIDADE Teoria Monetária
A Contribuição de Wicksell
Knut Wicksell aponta uma falha analítica na teoria quantitativa:
Tomando a sua equação básica, se a velocidade de circulação da moeda
for uma constante, pelo menos no curto prazo, e a renda real for determi-
nada independentemente pelo setor real da economia, haverá variações
proporcionais entre o estoque de moeda e o nível de preços simplesmente
por força da igualdade imposta pela equação (TEIXEIRA, 2002, p. 89).
Abaixo, temos o fluxo circular de renda desenvolvido por Wicksell, onde ele
divide a economia em três setores, firmas, famílias e bancos:
Investimento (I)
Firmas
Famílias
Poupança (S)
Figura 2
Fonte: Adaptado de Teixeira, 2002
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de juros de mercado, a poupança continua a mesma e o consumo, também (se a taxa
de juros de mercado acompanhar a taxa natural; caindo, a poupança diminuirá e o
consumo aumentará, restabelecendo-se o equilíbrio). Temos, assim, uma situação
de desequilíbrio, com a procura agregada (investimento mais consumo) inferior
à oferta agregada. A solução para o problema é a deflação, a queda dos preços,
caem todos os preços, inclusive os salários, e assim mantêm-se o pleno emprego.
Os preços, porém, só pararão de cair quando a taxa natural de juros se igualar
novamente à taxa de mercado. O problema inverso, de inflação, com a taxa de
juros de mercado inferior à taxa natural de juros, também poderá ocorrer.
Essa teoria de Wicksell implica em uma nova forma mais sofisticada de expor a
teoria quantitativa da moeda. Essa continua válida, mas o aumento ou a diminuição
dos preços são vistos não simplesmente como causados por um aumento ou uma
diminuição da quantidade de moeda, mas como motivados por um aumento ou
uma diminuição na procura agregada, que implica em um aumento ou diminuição
na procura de moeda e, portanto, na quantidade de moeda. No nosso exemplo
acima apresentado, a diminuição na procura agregada implicou, naturalmente, em
uma diminuição na procura de dinheiro. Os investidores passaram a usar menos
crédito bancário, aumentaram as reservas bancárias, diminuíram os depósitos.
Diminuiu, portanto, a quantidade de moeda e tivemos uma situação de deflação.
A economia é representada pelo fluxo real e pelo fluxo monetário. O real trata
de bens, serviços e também de fatores produtivos. As empresas apresentam os
bens e os serviços por meio da realização da venda dos produtos e as famílias ofer-
tam o valor do trabalho que as empresas demandam.
Sendo assim, o fluxo circular de renda não é uma representação exata de todas as entidades,
nem de todos os fluxos de bens e moeda que interferem na economia. Para ler na íntegra,
acesse: https://goo.gl/9bV4KB
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UNIDADE Teoria Monetária
Modelo Clássico
Conforme Keynes levantou em seu clássico livro a Teoria Geral, temos as
seguintes hipóteses:
• O salário real é igual à produtividade marginal da mão de obra;
Essas três hipóteses levantadas por Keynes devem sempre trabalhar em conjunto,
elas devem subsistir e, se uma desabar, todas desabam juntas. O modelo clássico,
em síntese, tem quatro hipóteses e conclusões fundamentais:
• Inexistência de desemprego involuntário – Com essa hipótese, conclui-se
que nunca ninguém ficará desempregado por um período grande de tempo.
Todas as pessoas sempre terão empregos, pode haver um tempo mínimo,
entre um emprego e outro, mas não haverá desemprego;
• Não retenção de moeda ociosa – Entende-se que os agentes econômicos
simplesmente querem a moeda para utilizá-la como agente de trocas e que não
estocarão moeda, a moeda simplesmente servirá para satisfazer às necessidades
da demanda atendendo às finalidades transacionais;
• Os juros são um fenômeno real – Os juros serão definidos pela sobra mone-
tária em forma de poupança que será utilizada para empréstimos a empresas
e pessoas que desejam investir valores e não os tem, dessa maneira os juros
serão determinados pela procura de valores de poupança a serem reinvestidos
no mercado;
• Independência entre vários mercados – Cada setor do mercado tem a de-
pendência de resolver os seus problemas dentro de suas divisas, às vezes essas
soluções podem ser utilizadas por outros mercados sequentes.
Modelo Keynesiano
O modelo Keynesiano é basicamente composto por algumas linhas de pen-
samento, abaixo resumimos um pouco de cada uma delas, assim como Lopes e
Rossetti (1992, p. 158):
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Modelo keynesiano simples – Este modelo concentra sua fundamentação
básica na política fiscal, praticamente ignorando o mercado monetário e
admitindo como irrelevante a influência da taxa de juros sobre o setor real
da economia;
O primeiro modelo foi o mais divulgado e o que mais obteve “sucesso”, ele foi a
base de políticas fiscais e políticas monetárias ao longo do tempo.
Abordagens Modernas
As abordagens modernas que veremos nesta unidade são as seguintes:
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UNIDADE Teoria Monetária
O monetarismo de Yale
O monetarismo de Yale tinha as seguintes crenças, com seu principal estudioso
sendo James Tobin:
• Como os ativos afetam os juros e como os juros afetam os investimentos;
• Desconsidera a política operacional do sistema bancário;
• demanda agregada para Tobin está no efeito-substituição, que é a ação por
A
taxa de juros e preço da oferta de capital.
A abordagem de Radcliffe
A abordagem de Radcliffe tinha as seguintes crenças:
• Descrédito na política monetária;
• demanda agregada não é determinada pela quantidade de moeda, mas sim
A
pela liquidez de todo um conjunto de ativos financeiros;
• Rejeição do conceito tradicional de moeda;
• O controle da oferta da moeda fica em segundo plano.
A síntese neoclássica
A síntese neoclássica tinha as seguintes crenças:
• Continuação da teoria keynesiana com os salários rígidos;
• A situação de pleno emprego é a que tem mais chances de acontecer na economia.
A versão marxista
A versão marxista tinha as seguintes crenças, principalmente levantadas pelo
estudioso Joan Robinson:
• Basicamente critica os modelos baseados no capitalismo, mas faltam mais
estudos e a construção de modelos que comprovem a teoria;
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• Os aspectos mais interessantes abordados por essa teoria são:
» Crítica da rejeição dos modelos de equilíbrio geral;
» Formulação de propostas no sentido de que os fenômenos econômicos sejam
também estudos sobre outras visões;
» Entendem que deve se de importância maior a distribuição de renda;
» Substitui modelos abstratos de formação de preço por modelos mais reais;
» Demonstração do desequilíbrio do capitalismo.
• Questiona a política monetária ortodoxa, de que a oferta da moeda é exógena.
Com essas novas teorias, ficaremos por aqui com mais esta unidade. Esperamos
que tenha aproveitado o tempo e aprendido bastante sobre esses sensacionais
pensadores da economia.
Explor
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UNIDADE Teoria Monetária
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Política Monetária no Brasil: abordagem e proposição de políticas pela ortodoxia brasileira
https://goo.gl/yMV41z
Friedman e o Monetarismo
https://goo.gl/wsHGiQ
A economia de Keynes, a busca de uma nova teoria econômica e a “armadilha do equilíbrio”
https://goo.gl/WiUqpM
Uma Teoria da Fragmentação de Políticas Públicas: Desenvolvimento
e Aplicação na Análise de Três Casos de Políticas de Gestão Pública
https://goo.gl/UPaUcu
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Referências
HOWELLS, P. Economia Monetária: Moedas e Bancos. Rio de Janeiro: Ltc-
Livros Técnicos e Científicos, 2001.
LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. Economia Monetária. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1992.
Referências eletrônicas
Disponível em: <https://www.resumoescolar.com.br/geografia/evolucao-do-pens-
amento-economico/>. Acesso em: 9 ago. 2017.
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