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Material Teórico
A Escola Clássica
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
A Escola Clássica
• Principais pressupostos
• Produção e Emprego
• Produto e Emprego de Equilíbrio
• Moeda, Preços e Juros
• O Governo e a Política Fiscal no Modelo Clássico
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nessa unidade, continuamos o estudo da Macroeconomia tendo
agora como tema o Modelo Clássico e sua contribuição ao desenvol-
vimento da teoria macroeconômica. Procuramos assim inserir você,
aluno, no estudo da macroeconomia sob a ótica da Escola Clássica
discutindo seus conceitos básicos como produção e emprego, oferta
e demanda agregada; noções referentes à poupança, investimentos,
taxa de juros e política monetária e fiscal e o que os clássicos pensam
sobre a ação do Governo no processo econômico.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas, dentre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE A Escola Clássica
Contextualização
Uma revolução acontecia sob todos os aspectos ao término do século XVIII
e transcorrer do XIX. Seja quando nos reportamos ao contexto das ideias, das
relações sociais e principalmente das relações econômicas.
O que vai nortear nossa preocupação aqui é entender as teorias econômicas que
começam e ser desenvolvidas nesse período, como se estruturaram e influenciaram
o pensamento macroeconômico no seu surgimento.
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Principais Pressupostos
A economia clássica surgiu como uma resposta à ortodoxia representada pelo
conjunto de doutrinas econômicas conhecidas como mercantilismo.
Adam Smith David Ricardo John Stuart Mill Thomas Robert Malthus
(1723 – 1790); (1772 – 1823); (1806 – 1873); (1766 – 1834);
Obra: A Riqueza das Obra: Princípios de Obra: Princípios da Obra: Um Ensaio Sobre o
Nações (1776) Economia Política (1817) Economia Política (1848) Princípio da População (1798)
Em suma, os economistas clássicos tinham como principais pressupostos a tese
da existência de uma “Mão Invisível” capaz de eliminar as crises e a teoria do auto
ajustamento dos mercados via preços e salários.
Segundo Adam Smith as pessoas aplicam o seu capital para que ele renda o
máximo possível, sendo assim não leva em conta o interesse da comunidade e sim
o seu próprio interesse, no entanto, o que o autor defende é que ao promover seu
interesse pessoal o indivíduo termina por promover o interesse geral, o coletivo.
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Produção e Emprego
Produção
Uma relação central no modelo clássico é a função produção agregada. Essa
função produção teria como base a tecnologia das firmas. Essa relação se daria
entre os níveis da produção e os níveis de insumos. Sendo assim, para cada nível de
utilização de insumos, por meio da função produção teríamos um valor resultante
da produção.
y = F (K, N)
Por convenção, supomos que no curto prazo o estoque da capital seja fixo,
em decorrência disso temos a barra sobre o símbolo da capital. O mesmo ocorre,
supostamente, com a tecnologia e a população que permanecem constantes no
curto prazo.
Baixos níveis de emprego, (abaixo de N’), opõe-se que a função seja uma linha
reta; o que isso significa, que mesmo com o aumento na utilização da mão-de-obra
os retornos constantes na produção, ou seja, não se altera;
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Mas quando avançamos à direita de N” à medida que empregamos mais
trabalhadores, mais mão-de-obra, a quantidade produzida passa a ter magnitudes
progressivamente menores. Isso quer dizer que além de N’’, ao aumentarmos
a utilização de trabalho, não produzimos e nenhum incremento na produção,
interessante, não é?
a. A função Produção
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Emprego
Você deve ter percebido quão importante é o conceito de produção para os
economistas clássicos, e para o estudo macroeconômico, mas outro fator associado
à produção exerce papel importante nesses estudos, o Emprego.
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W
CMg1 =
PMgN1
Podemos deduzir então que a condição para que uma firma maximize seu lucro
no curto prazo é que:
W
=P CMg
= 1
PMgN1
W
= PMgN1
P
Para se aprofundar mais nesse assunto leia os capítulos sobre Produto e Emprego do livro de
Explor
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Concluímos assim que no modelo clássico, os níveis de produção e emprego
são determinados exclusivamente por fatores associados à oferta, sendo
assim o nível de demanda agregada não terá efeito sobre o produto.
Importante! Importante!
MV=PY
No sistema clássico existe um vínculo direto entre moeda e preços, uma oferta
excessiva de moeda causaria um aumento na demanda por mercadorias e exerceria
pressão de alta sobre o nível de geral de preços.
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Se o produto real é dado pela oferta, a única variável determinada pela demanda
é o nível geral de preços. No modelo clássico, políticas monetárias expansionistas
ampliam a demanda e, como a oferta é dada pelas condições reais, as únicas
variáveis afetadas pela moeda são as nominais (preços). Na Figura 3, representamos
a curva de demanda agregada no modelo clássico.
Importante! Importante!
Uma mudança na quantidade de moeda é o único fator que desloca a curva de demanda,
ou seja, um aumento no estoque de moeda desloca a curva de demanda agregada para
cima e para a direita, curva de DA1.
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geral de preços, ou seja, as variáveis reais, bem como os preços relativos, não
são afetados pela política monetária.
3. Segundo a Lei de Say: a oferta cria sua própria demanda, sendo assim,
a demanda agregada não é um fator determinante do nível de produto
da economia.
Quanto maior a taxa de juros mais caro será o consumo presente em termos do
consumo futuro, dessa forma a poupança será estimulada.
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Aqueles que desejam investir buscam a demanda por fundos. Esse investimento
corresponde ao acréscimo no estoque de capital numa economia específica, isso
tem como objetivo ampliar a produção futura.
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Duas conclusões podem ser deduzidas: a partir do exposto acima:
Com uma taxa de juros acima da (rE), onde ocorre a igualdade entre poupança e
investimento, haverá pressão por parte dos poupadores pela aquisição de títulos e
fará com que esta se reduza, incentivando o investimento e diminuindo a poupança
até que ambas se igualem. Por outro lado se esta taxa estiver abaixo da (rE), haverá
excesso por recursos (mais investimentos e menos poupança), provocando pressão
por parte dos investidores para que a taxa de juros suba até que o mercado
se equilibre.
O que você pode conceber como concreto é que o governo trabalha com uma
restrição orçamentária, da mesma forma que você em sua casa, ou uma empresa.
Essa limitação impede que o governo gaste mais do que arrecada.
Suponha que, para efeito didático, a oferta de moeda seja fixa e a cobrança de
impostos também. Com isso, ainda por suposição, o financiamento do aumento
dos gastos do governo será financiado pela venda de títulos ao público.
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Para que você entenda como isso ocorre, vamos examinar os efeitos de uma
mudança nos gastos do governo sobre a taxa de juros.
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maior custo. Dessa forma, a demanda agregada não é alterada, os aumentos dos
gastos do governo financiados por títulos não afetam o nível de preços. Este é um
ponto crucial, um aumento nos gastos do governo não tem nenhum efeito
independente sobre a demanda agregada. (FROYEN, 2005)
Em Síntese Importante!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Princípios de Economia Política e Considerações sobre sua Aplicação Prática
MALTHUS, Thomas Robert. Princípios de economia política e considerações
sobre sua aplicação prática. São Paulo: Nova Cultural Ltda., 1996.
Princípios de Economia Política
MILL, John Stuart. Princípios de Economia Política. São Paulo: Nova Cultural
Ltda., 1996
Princípios da Economia Política e Tributação
RICARDO, David. Princípios da Economia Política e Tributação. São Paulo. Nova
Cultural Ltda, 1996
Princípios da Economia Política e Tributação
SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. São Paulo: Nova Cultural Ltda. 1996
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Referências
BLANCHARD, O. J. Macroeconomia. 4. ed. , v., São Paulo: Prentice Hall, 2007.
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