Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Anderson Assis Nogueira 1; Carolina de Oliveira Silva 2; Eduardo Cuoco Léo3; &
Patrícia G. A. Barufaldi 4
INTRODUÇÃO
1) Doutorando em Tecnologia Ambiental pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil,
(19)99215-2491, anderassis@gmail.com
2
2) Pós-graduanda em Infraestrutura de Saneamento Básico pelo Centro de Pós-Graduação da Escola de Engenharia de Piracicaba
(PÓS EEP), Piracicaba, São Paulo, Brasil, (19)99729-8941, eng.carolinaos@gmail.com
3) Mestre em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo (ESALQ-CENA), Piracicaba, São Paulo, Brasil, (019) 3437-2105,
eduardo.leo@agencia.baciaspcj.org.br
4) Especialista em Planejamento & Regulação & Benchmarking Aplicados ao Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC),
São Carlos, São Paulo, Brasil, (019) 3437-2105, patricia.barufaldi@agencia.baciaspcj.org.br
Para efetivação do enquadramento proposto no Rio Jundiaí, além dos limites de controle
estabelecidos nas Resoluções CONAMA nº 357/2005 e 430/2011 para Águas Doces de classe
3, a Deliberação dos Comitês PCJ nº 261/16 estabelece metas intermediárias e finais
específicas, para os parâmetros: demanda bioquímica de oxigênio (DBO), oxigênio dissolvido
(OD), nitrogênio amoniacal, fósforo total e coliformes termotolerantes.
O Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), em
articulação com a CETESB acompanha o cumprimento das metas de atualização e manutenção
do enquadramento do Rio Jundiaí, monitorando e analisando os indicativos qualitativos e
quantitativos dos trechos reenquadrados. As informações sobre essa fiscalização são publicadas
a cada 2 anos, no Relatório Técnico denominado "Acompanhamento do atendimento às metas
de atualização do enquadramento em trechos do Rio Jundiaí".
A CETESB possui uma rede básica de pontos, onde ela efetua a amostragem para
monitoramento de qualidade da água. Os resultados destas coletas são utilizados para verificar
se a qualidade do rio está em conformidade com as metas estabelecidas. No entanto, a CETESB
tem encontrado dificuldades operacionais para realizar essa avaliação mensalmente, como seria
o mais indicado. Assim, essas análises ocorrem numa frequência bimestral ou trimestral.
Conforme previsto na Resolução CONAMA nº 430/2011, as fontes poluidoras dos
recursos hídricos também devem controlar periodicamente os efeitos dos lançamentos de
efluentes no corpo receptor, através do automonitoramento. Para isso, são realizadas
amostragens representativas do efluente tratado, bem como no corpo receptor (a montante e a
jusante do local onde é feito o lançamento do efluente). As companhias de saneamento da bacia
do Jundiaí realizam esse acompanhamento mensalmente, assim a CETESB optou por
incorporar esses resultados, ao conjunto de dados analisados para monitoramento da qualidade
no Rio Jundiaí.
3
Para seleção inicial das fontes prioritárias para declaração no INFOÁGUAS, além dos
critérios recomendados pelo documento oficial da CETESB, os técnicos das Agências
Ambientais têm considerado se a empresa já possui uma rotina consolidada para efetuar o
automonitoramento, pois a estrutura requer planejamento para ser instalada e se manter
funcional.
5
Essa uniformização visa validar as informações de cada ponto monitorado com base em
verificações feitas em bases geográficas, desenvolvidas através de softwares livres de
geoprocessamento. Nesta etapa de trabalho, além da coesão na localização dos pontos, são
consolidadas informações como: distância entre a foz até os pontos de lançamento, montante e
jusante, enquadramento no ponto montante e jusante, entre outras informações. Os dados
técnicos, são verificados conforme as informações disponibilizadas pelo órgão ambiental,
permitindo um padrão nas informações.
Na Figura 4 são apresentados todos os pontos monitorados de lançamento em corpo
hídrico e de qualidade das águas inseridos nas Bacias PCJ cadastrados no INFOÁGUAS. Cada
6
CONCLUSÃO
O presente estudo conclui que o automonitoramento dos efluentes, aliado a um sistema
de gestão de recursos hídricos eficaz, traz importantes avanços no tocante à tomada de decisão.
O desenvolvimento econômico e o crescimento populacional de uma dada região são
diretamente impactados pela quantidade e qualidade dos recursos hídricos nela existentes,
assim, bacias hidrográficas que possuem boas ferramentas de gestão e informações sobre os
recursos hídricos possuem grande vantagem.
O monitoramento da qualidade das águas no Estado de São Paulo, efetuado pela
CETESB, é modelo por sua eficácia. As Bacias PCJ já são conhecidas nacional e
internacionalmente por suas aplicações relacionadas ao gerenciamento dos recursos hídricos.
Com o avanço dessas ferramentas e sistemas integrados de qualidade e quantidade hídrica,
poderão ser implantadas novas metodologias para avaliação e monitoramento do atendimento
as restrições estabelecidas necessárias ao desenvolvimento sustentável.
As diversas vantagens da incorporação dos resultados do automonitoramento de
efluentes no acompanhamento da qualidade dos corpos hídricos foram abordadas ao longo
8