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IAP - Índice de Qualidade da Água para

Abastecimento Público 2022


Jacqueline Sebastião Vasco Ferreira - 242467
Franciély Barboza Cardoso - 252782
Laura Pires Figueira - 248593
Larice Gomes Teixeira - 214195
Luíza Lívero Rago - 249905

1. Introdução

O Índice de Qualidade da Água para Abastecimento Público (IAP) desempenha um


papel crucial em 2022, sendo uma ferramenta essencial para avaliar e monitorar a
qualidade da água destinada ao consumo humano. Sua relevância reside na
garantia da segurança hídrica e na preservação da saúde da população, dada a
importância de prevenir a contaminação da água, que pode resultar em sérias
consequências para a saúde pública devido a doenças transmitidas pela água.

Este índice é uma medida composta que leva em consideração diversos


parâmetros, como a presença de substâncias químicas, microorganismos e outros
elementos que possam comprometer a pureza da água. O monitoramento contínuo
desses fatores é essencial para assegurar que a água fornecida à população atenda
aos padrões estabelecidos pelas autoridades sanitárias e ambientais.

Nesta pesquisa, exploraremos as principais dimensões do Índice de Qualidade da


Água para Abastecimento Público em 2022, destacando os desafios enfrentados, os
avanços tecnológicos na detecção de contaminantes e os esforços empreendidos
para garantir a oferta de água potável de alta qualidade para as comunidades.

2. Objetivos e Justificativas:

2.1 Objetivos:

Promover a análise dos dados fornecidos sobre o índice de qualidade da


água (IAP) para abastecimento público na região da bacia Tietê - Jacaré; a partir de
técnicas químicas, físicas, biológicas com o auxílio de técnicas topográficas
específicas que promovem o melhor entendimento do conteúdo apresentado.
2.2 Justificativa:

Esse tópico é crucial para o controle sanitário da região e para o


melhoramento, tanto da qualidade de vida em uma forma geral quanto dos recursos
hídricos disponíveis para o grupo de pessoas que deles usufruem.
O uso de ferramentas como o Sistema de Informação Geográfica (SIG) e
outros meios de captura topográfica auxiliam na exploração da área estudada e
facilitam a exposição dos resultados sob o próprio espaço, proporcionando o melhor
entendimento visual para aqueles que utilizaram esse tipo de material.
O índice de qualidade da água é um dado de extrema importância
socioambiental, ou seja, gerar esse tipo de informação é algo que deveria ser mais
priorizado e reportado a fim de atingir maiores públicos e disseminar as diversas
condições daqueles que vivem nessas regiões, o que permitiria um melhor
desenvolvimento de estudos e técnicas que capacitasse o sistema de infraestrutura
e aqueles que nele trabalham.

3. Materiais e Métodos:

A primeira etapa para a divulgação da informação referente ao Índice de


Qualidade da Água para Abastecimento Público (IAP) no formato de mapas
geográficos se inicia justamente no processo de coleta de dados por meio de
análises laboratoriais da qualidade da água proveniente dos corpos d’água
responsáveis pelo abastecimento da população da região estudada, levando em
conta a contaminação destes recursos hídricos por esgoto sanitário.

Dentro do cálculo do IAP, avaliado em uma escala que varia de 0 a 100,


utiliza-se os resultados obtidos no IQA (Índice de Qualidade de Águas) e no ISTO
(Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas), dessa forma temos uma análise
completa utilizando parâmetros físicos como turbidez e cor da água, químicos como
a concentração irregular de substâncias químicas como cloro, flúor, metais pesados
e outros, e biológicos tratando a presença de organismos patogênicos como
bactérias.

Posteriormente, os dados e/ou resultados obtidos são analisados e


processados a fim de se verificar sua precisão antes de seu armazenamento em
uma ferramenta de mapeamento contendo o Sistema de Informação Geográfica
(SIG), (como o DataGEO utilizado para análise do tópico deste trabalho,
desenvolvido pelo IBGE) integrando a informação ao espaço geográfico visual
proporcionado pelos mapas interativos. Os níveis da qualidade hídrica das
localidades podem ser visualizados com um sistema de cores e identificados por
legendas, além de outras maneiras de facilitar a compreensão das informações pelo
usuário e a geração de gráficos, relatórios, etc .
4. Resultados:

O Índice de Avaliação da Qualidade da Água para Fins de Abastecimento


Público (IAP) é calculado nos pontos de amostragem dos rios e reservatórios que
são utilizados para o abastecimento público. Ele é derivado da ponderação dos
resultados do Índice de Qualidade de Águas (IQA) e do Índice de Substâncias
Tóxicas e Organolépticas (ISTO). Dessa forma, o IAP é composto por três grupos
principais de variáveis:
● IQA: Grupo de variáveis básicas, incluindo a temperatura da água, pH,
oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio/carbono orgânico total,
nitrogênio total, fósforo total e sólidos totais.
● ISTO: a) Variáveis que indicam a presença de substâncias tóxicas, tais como
potencial de formação de trihalometanos (PFTHM), número de células de
cianobactérias, cádmio, chumbo, crômio total, mercúrio e níquel.
● b) Grupo de variáveis que afetam a qualidade organoléptica, incluindo ferro,
manganês, alumínio, cobre e zinco.

Tabela 1: Limites inferiores e superiores adotados para os metais.

Tabela 2: Faixas de número de células de cianobactérias e a respectiva taxação


para o cálculo do ISTO.
Cálculo do ISTO:
O ISTO é resultado do produto dos grupos de substâncias tóxicas e as que
alteram a qualidade organoléptica da água, como descrito a seguir:

ISTO = ST x SO

ST: ponderação do grupo de substâncias tóxicas


SO: ponderação do grupo de substâncias organolépticas

Cálculo do IAP:
O IAP é calculado a partir do produto entre o antigo IQA e o ISTO, segundo a
seguinte expressão:
IAP = IQA x ISTO

IQA: Índice de Qualidade de Água


ISTO: Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas

Tabela 3: Classificação do IAP

Tietê-Jacaré

A UGRHI-13 (Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 13) engloba três


rios principais: o Rio Tietê, o Rio Jacaré-Guaçu, e o Rio Jacaré-Pepira e seus
municípios. O IAP é um parâmetro medido apenas em um ponto em toda a UGRHI,
localizado no Rio Lençóis.
Mapa do IAP em 2015
Gráfico com resultados do IAP entre os anos de 2011 e 2015

Mapa IAP 2021


Mapa IQA 2020
Mapa IAP 2021:

Imagens retiradas do DATAGEO (IAP e IQA)


IAP 2022

Os resultados indicam que a qualidade da água melhorou desde 2014, passando a


ser bom, porém em 2017 voltou a ser classificado como ruim, apresentando leve
melhora em 2018, sendo classificado como regular e bom em 2019, não
apresentando medição em 2020, voltando a apresentar leve piora em 2021.

Softwares e ferramentas utilizadas:


Como ferramenta, o grupo utilizou o DATAGEO e QGIS
Imagens de satélite e raster obtidas pelo DATAGEO
Dados alfanuméricos feitos no QGIS:
5.
6.
7.
Raster feita no QGIS:

Conclusão

Em 2022, o Índice de Qualidade da Água para Abastecimento Público (IAP) emerge


como uma ferramenta crucial para a avaliação e monitoramento da água destinada
ao consumo humano na região da bacia Tietê - Jacaré. Esta pesquisa buscou
promover uma análise abrangente dos dados coletados, empregando técnicas
químicas, físicas, biológicas e ferramentas topográficas específicas. O uso inovador
do Sistema de Informação Geográfica (SIG), exemplificado pelo DataGEO do IBGE,
amplia a compreensão visual dos resultados, fortalecendo o compromisso com a
transparência e acessibilidade da informação.

Os resultados apresentados revelam a complexidade da qualidade da água,


desdobrando-se em parâmetros físicos, químicos e biológicos. A composição do IAP
a partir dos índices de qualidade de águas (IQA) e de substâncias tóxicas e
organolépticas (ISTO) proporciona uma visão abrangente, abordando desde a
temperatura da água até a presença de substâncias tóxicas como cádmio e
chumbo. As tabelas estabelecendo limites e faixas para variáveis específicas
adicionam uma camada de clareza aos resultados, facilitando sua interpretação.

A relevância socioambiental desta pesquisa é inegável, dado seu impacto direto no


controle sanitário da região e na qualidade de vida das comunidades abastecidas
por esses corpos d'água. O mapeamento geográfico e a apresentação visual dos
resultados não apenas aprimoram a compreensão, mas também enfatizam a
importância da disseminação dessas informações para um público mais amplo.

Por fim, a aplicação contínua dessas técnicas e a análise regular dos dados ao
longo do tempo são imperativas. Além disso, a incorporação de discussões sobre as
implicações dos resultados e ações corretivas potenciais pode catalisar melhorias
contínuas na qualidade da água.

Referências:

Tabelas e mapas: Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos de


São Paulo - SIGRH. Disponivel em:
<https://sigrh.sp.gov.br/public/uploads/documents/CBH-TJ/11832/2016-12-12-relatori
o-situacao-ugrhi13.pdf>
DataGEO. Disponível em: <https://datageo.ambiente.sp.gov.br/app/#>
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB, 2022.Dísponivel em:
<https://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/wp-content/uploads/sites/12/2022/11/Apen
dice-E-Indices-de-Qualidade-das-Aguas.pdf>

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