Você está na página 1de 3

ROTEIRO JÚRI SIMULADO 2022

Instituição: Centro Estadual de Educação Profissional Dr. Ruy Pereira dos Santos
Disciplina e Turma: Filosofia, 3B Edificações
Docente: Rogério Felinto
Alunos: Bruno Ronald e Bergnaldo Segundo

“Direitos Humanos, para quem?”

É importante salientar que os advogados de acusação são contra a aplicação


dos Direitos Humanos para todos, enquanto os advogados de defesa defendem a
aplicação dos Direitos Humanos para todos.

O debate se inicia com a promotoria (Advogados de Acusação) citando


pesquisas e alguns casos reais que revelam, segundo eles, o descaso dos Direitos
Humanos na atualidade, e como isso reflete na desigualdade social. De acordo com
um dos promotores, um levantamento feito pela Cepal no final de 2020, mostra que
209 milhões de pessoas ao redor do mundo ainda vivem em situação de extrema
pobreza, o que significa um aumento de 100% de pessoas indigentes em relação
aos anos posteriores (2019 e 2018).
Segundo os promotores, os índices de pobreza em 2022 estão taxados em
11,8%, quase o dobro em relação ao ano de 2021, com 5,7%. Aproveitam para citar
um trecho do primeiro artigo universal dos Direitos Humanos, no qual diz, "Todos os
seres humanos nascem livres e iguais por dignidade e em direitos.", e indagam a
equipe de defesa se esses direitos realmente estão disponíveis para todos os
cidadãos, considerando toda a pobreza que ainda assola o mundo.
Outro ponto trazido pelos promotores é o de que, no Brasil, somente são
considerados cidadãos aqueles que possuem algum tipo de documentação, e que
os Direitos Humanos chegam apenas para as pessoas que possuem documentos
de identificação, desconsiderando todo o restante da população.
Por fim, trazem mais um questionamento: Determinados criminosos realmente
merecem esses direitos? Levando em consideração apenas os indivíduos que
atentam contra os direitos de outros indivíduos.
E terminam dizendo: Onde estavam os Direitos Humanos na pandemia?

Seguindo o fluxo do debate, os Advogados de Defesa iniciam introduzindo


aos jurados um pouco sobre o conceito de Direitos Humanos. Segundo eles,
Direitos Humanos são todos aqueles direitos inerentes ao ser humano, tais como:
Liberdade de ir e vir, de opinar, existir, etc, independentemente da etnia, orientação
sexual, religião e afins.
Prosseguindo, os Advogados de Defesa comentam que o aumento do cárcere
e do número de criminosos de fato tem sido um problema, porém, diminuir os
Direitos Humanos nunca pode ser uma alternativa, já que apenas resultaria em
maiores taxas de criminalidade no mundo.
Segundo a defesa, com a luta pelas conquistas dos direitos em 1948, seria
uma afronta à toda uma sociedade a diminuição desses direitos.
A promotoria faz uso da réplica, insistindo no mesmo argumento, criminosos
que tiram vidas inocentes não são merecedores de direitos básicos.
Seguidamente, os Advogados de Defesa fazem uso da tréplica, e também,
insistem no mesmo argumento.

Dando sequência ao debate, as testemunhas de acusação são chamadas.


A primeira testemunha de acusação faz um depoimento sobre uma menina
que desde os seus 6 anos de idade, vinha sendo estuprada por um dos seus
familiares. Quando completou 10 anos acabou engravidando. A família, após
descobrir o ocorrido, e o caso ganhar bastante repercussão midiatica, conseguiu
entrar na justiça solicitando um aborto para a menina, na qual foi tratada como
monstro perante a mídia. Assim a primeira testemunha finaliza deixando seu
questionamento: Onde estavam os Direitos Humanos dessa criança?
A terceira testemunha de acusação cita exemplos de casos onde os Direitos
Humanos funcionam apenas para os poderosos e pessoas de grande influência.

Segue o debate e as testemunhas de defesa são chamadas. A primeira


testemunha de defesa deixa o seguinte questionamento: O Direitos Humanos é
falho, mas já imaginou algum país sem ele?
A segunda testemunha de defesa faz uma contextualizão histórica da
Colonização Portuguesa, época onde não existiam os Direito Humanos, e eram
cometidos diversos tipos de crimes, entre eles tortura, estupro, trabalho forçado,
racismo, etc.
A terceira testemunha de defesa usa como exemplo a Segunda Guerra
Mundial e o holocausto e diz que se existisse mais Direitos Humanos na época, toda
a guerra e todas as mortes ocasionadas por ela, poderiam ter sido evitadas.

Com o início da segunda sessão, os promotores e Advogados de Defesa


fazem uso das considerações finais, novamente insistindo nos mesmos argumentos.
Dessa vez, uma dos promotores cita o caso do George Floyd, um
afro-americano assassinado em Minneapolis no dia 25 de maio de 2020,
estrangulado pelo policial branco Derek Chauvin, que ajoelhou em seu pescoço
durante uma abordagem por supostamente usar uma nota falsificada de vinte
dólares em um supermercado. E questiona onde estão os Direitos Humanos nesse
caso.
Um dos Advogados de Defesa se nega a continuar o debate,
consequentemente, encerrando o mesmo.

Por fim, os jurados votam, e então com 100% dos votos, é declarado que a
acusação venceu o debate.

Opinião da Dupla:
O melhor argumento, na nossa opinião, com certeza, foi o da acusação, que
em nenhum momento sequer esteve em apuros. Muito pelo contrário, na verdade,
se mostrou superior em todos os momentos, sempre trazendo dados e casos reais
para fortalecer seus argumentos. Enquanto a defesa parecia mais preocupada em
defender o mesmo ponto o tempo inteiro, e, na maioria das vezes, nem responder
os questionamentos trazidos pela acusação.
Enquanto a defesa pareceu bem mais perdida no debate, a acusação me
mostrou bastante preparado, principalmente em responder os protestos que toda
hora eram proferidos por parte da defesa.

Você também pode gostar