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Desenvolvimento Sustentável
Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicações
2024
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Desenvolvimento Sustentável
(Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário)
Trabalho Individual de Caracter
Avaliativo da Cadeira de Sistema de
Gestão Ambiental (SGA) do 3º ano, do
Curso de Licenciatura em GADEC a ser
apresentado ao docente da cadeira:
Dr.Atumane Abudo
Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicações
2024
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3
Desenvolvimento Sustentável..................................................................................................... 4
Conceitos ................................................................................................................................ 4
Conclusão ................................................................................................................................. 11
1. Introdução
A crescente degradação dos recursos naturais de origem antrópica, fez com que a questão
ambiental deixasse de ser apenas um assunto voltado às classes interessadas e se tornasse um
assunto de extrema importância social, em um contexto mundial.
Com isso como Meneguzzo et al. (2009), defende que a visão das pessoas na actualidade deveria
ser voltada para aspectos ecológicos, uma vez que é factor importante para o equilíbrio
ambiental, e consequentemente, base para a sustentação da vida com padrões mínimos de
qualidade de vida para todos os seres humanos. Diante a essa perspectiva, esse referido trabalho
traz a temática sobre desenvolvimento sustentável numa perspectiva actual de conceituações.
O trabalho tem como objectivo geral entender o processo de desenvolvimento sustentável como
um todo. E para complementar o objectivo geral estão descritos os objectivos específicos,
noemadamento, perceber o histórico do desenvolvimento sustentável, as principais razões da
criação do desenvolvimento sustentável , sua utilização nas empresas e suas respectivas
vantagens.
Para tanto, utilizou-se de pesquisas de diferentes fontes como livros e periódicos, que
contribuíram para a construção dos conceitos. Esta pesquisa é voltada para uma pesquisa
bibliográfica, pois é elaborada com o propósito de fornecer importantes informações teóricas
sobre o referido tema da mesma, trazendo conceitos e conhecimentos que sustenta a ideia do
trabalho. Defronte a esse contexto, a pesquisa bibliográfica é uma metodologia muito relevante
para o trabalho acadêmico por necessitar de uma profunda fundamentação teórica para tratar o
tema da pesquisa que esta sendo abordado.
O trabalho foi estruturado segundo as normas aceitas pela instituição de ensino (Universiade
Rovuma), nomeadamente: introdução, desenvolvimento, conclusão e as referências
bibliográficas.
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2. Desenvolvimento Sustentável
2.1.Conceitos
O conceito “desenvolvimento sustentável” surgiu basicamente em 1987, através de publicações
da United Nations World Comission on Environment Development com o relatório Our
Common Future, “Nosso futuro comum”.
Embora não haja consenso teórico sobre uma definição universal do Desenvolvimento
Sustentável, a expressão popularizou-se no mundo a partir da Rio-92. Depois da conferência, a
expressão foi sendo pouco a pouco absorvida por governos, corporações e entidades da
sociedade civil, geralmente relacionada à formulação e execução tanto de políticas públicas
quanto de iniciativas privadas ligadas à responsabilidade socioambiental.
2.2.Panorama Historical
Historicamente falando, Barbosa (2008), relata que o termo “desenvolvimento sustentável”
surgiu por meio de estudos direcionados pela Organização das Nações Unidas sobre as
mudanças climáticas, como resposta para a humanidade perante a crise social e ambiental que
estavam presente na segunda metade do século XX. De forma mais clara, o termo
desenvolvimento sustentável foi utilizado nas décadas de1980 e 1990, sendo que sua
inauguração mundial foi em 1987, por meio da Comissão de Brundtland. No início da década
de 1990, o desenvolvimento sustentável foi impulsionado, devido a uma enorme expansão da
qualidade e do volume de legislações ambientais, assim como os acordos internacionais que
além de estruturar um perfil nas alterações ambientais, também impulsionaram uma mudança
na política global (Feil & Schreiber, 2017).
Tal agenda 21, como relata Brasil (2000), busca abordar temas como a agricultura sustentável,
cidades sustentáveis, infraestrutura e integração regional, gestão dos recursos naturais, redução
das desigualdades sociais e a ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável. De forma
global, Ramos (2008) enfatiza que todos os povos da Terra devem se sentir responsáveis pelo
futuro sustentável do nosso planeta.
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2.3.Visão Economistas
O campo da sustentabilidade (Nascimento, 2012) ganhou muita visibilidade, sobretudo nas
discussões em torno do modelo de desenvolvimento econômico, nas controvérsias acerca das
mudanças climáticas, e nas interpretações do conceito e dos princípios de sustentabilidade, entre
outros.
Para Romeiro (2012, p.1), para ser sustentável, o desenvolvimento precisa ser economicamente
sustentado ou eficiente, socialmente desejável ou includente, ecologicamente prudente ou
equilibrado.
Essas definições derivam da definição proposta pelo relatório da Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (CMMD, p. 54, 1991), em 1987, conhecido como Relatório
Brundtland , que traz o seguinte definição do conceito de DS:
Para que a aplicação de tal conceito seja possível, o Relatório prescreve uma série de medidas
que devem ser tomadas pelos países: limitação do crescimento populacional; garantia de
disponibilidade e de acesso aos recursos básicos no longo prazo; preservação da biodiversidade
e dos ecossistemas; diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com
base no uso de fontes energéticas renováveis; aumento da produção industrial nos países não-
industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas; controle da urbanização
desordenada e integração entre o campo e cidades menores; e atendimento das necessidades
básicas (saúde, educação, moradia) (Bursztyn & Bursztyn, 2012).
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Descrito dessa maneira, seria possível se desenvolver de maneira sustentável sem que houvesse
mudanças significativas no processo econômico actual, pois o conceito de DS estaria
estreitamente relacionado à ideia crescimento econômico (Mueller, 2012).
Liu (2010) apud Liu (2012, p.86) ressalta que a formulação de política públicas em países em
desenvolvimento ainda está estreitamente ligada à abordagem do crescimento econômico,
visando “crescer primeiro (poluir), limpar depois”.
Segundo Fonseca & Ribeiro (2005) apud Carvalho & Almeida (2010, p.588), a visão pessimista
existente antes dos anos 1990 de que o crescimento econômico seria a raiz de grande parte dos
problemas ambientais enfrentados pelos países passa a ser questionada por alguns economistas,
pois não estariam sendo consideradas as evoluções educacionais, tecnológicas, econômicas e
políticas inerentes ao desenvolvimento de uma nação, factores que poderiam amenizar os
problemas ambientais.
Para Collier (2007) apud Kates & Dasgupta (2007, p.16749), o crescimento econômico é
comumente considerado um dos pontos cruciais para combater a pobreza endêmica e sistêmica,
como, por exemplo, na África Subsaariana. Weber & Allen (2010) destacam que vários
pesquisadores acreditam que o desenvolvimento econômico pode acarretar tanto benefício
econômico quanto benefício ambiental e que a protecção do meio ambiente pode impedir o
crescimento econômico.
De acordo com Lozano (2006), para ajudar as empresas, a Câmara de comércio Internacional,
reconhecendo a proteção ambiental como uma das principais prioridades de qualquer tipo de
negócio, estabeleceu em 1990 o Business Charter for Sustainable Development com princípios
da gestão ambiental que devem ser buscados pelas organizações a fim de atingir o
desenvolvimento sustentável. Seus princípios são:
Além desses, o autor ainda apresenta três condições para o Desenvolvimento Sustentável:
Dentre todos esses conceitos, é possível estabelecer uma linha comum entre todos, porem, com
singularidades na descrição, de que o Desenvolvimento Sustentável se firma basicamente em
três principais pilares: crescimento econômico, equidade social e equilíbrio ecológico.
2.5.Vantagens Competitivas
Conforme Fonseca & Ribeiro (2005), a gestão de empresas passou a considerar necessidades
de adaptação às novas exigências e requisitos do mercado, inclusive se orientando para a
consolidação de diferenciais estratégicos. Fonseca & Ribeiro (2005) destacam, sob a actual
pressão mercadológica, que a empresa que não incorporar o conceito de sustentabilidade, terá
dificuldades em sobrevier às próximas décadas. Complementar a essa proposição, Mintzberg,
Fonseca & Ribeiro (2005) entendem que a organização deve se orientar com base no que o
ambiente determina ser relevante, senão pode ser eliminada (p. 211).
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De acordo com Barbosa (2008), a busca por inovações com maior eficiência energética tem
sido ressaltada como solução para o novo modelo de desenvolvimento sustentável (p.3). Para
os autores, a energia pode ser considerada como um bem básico para a interação do ser humano
ao desenvolvimento (p.19). Além disso, ressaltam que uma constante do desenvolvimento
comparável aos atuais níveis ainda será possível, sem um aumento semelhante na utilização da
energia (p.21).
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3. Conclusão
Diante a referida pesquisa que trata do desenvolvimento sustentável em uma visão
contemporânea, pôde concluir que o desenvolvimento sustentável são aspectos que vão além
da ideia ecológica e ambiental, faz parte também outras vertentes como o meio social e seus
aspectos econômicos, culturais, políticos e históricos.
4. Referências Bibliográficas
Barbosa, G. S. (2008). O desafio do desenvolvimento sustentável (4 ed.). Revista Visões.
Brasil. (2000). Ciência & tecnologia para o desenvolvimento sustentável. Brasil: Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
CMMD. (1991). Nosso Futuro Comum. Rio de Janeiro:: Editora da Fundação Getúlio Vargas.
Kates, R., & Dasgupta, P. (2007). African poverty: a grand challenge for sustainability science.
Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America.
Lozano, P., & Oliveira, S. N. (2006). A contabilidade como instrumento de auxílio à gestão
ambiental nas organizações.