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Natálio Filipe José Magonzana

Desenvolvimento Sustentável

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicações
2024
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Natálio Filipe José Magonzana

Desenvolvimento Sustentável
(Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário)
Trabalho Individual de Caracter
Avaliativo da Cadeira de Sistema de
Gestão Ambiental (SGA) do 3º ano, do
Curso de Licenciatura em GADEC a ser
apresentado ao docente da cadeira:
Dr.Atumane Abudo

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicações
2024
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3

Desenvolvimento Sustentável..................................................................................................... 4

Conceitos ................................................................................................................................ 4

Panorama Historical ............................................................................................................... 5

Visão Economistas ................................................................................................................. 6

Papel das Empresas e Gestores ............................................................................................... 7

Vantagens Competitivas ......................................................................................................... 9

Conclusão ................................................................................................................................. 11

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 12


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1. Introdução
A crescente degradação dos recursos naturais de origem antrópica, fez com que a questão
ambiental deixasse de ser apenas um assunto voltado às classes interessadas e se tornasse um
assunto de extrema importância social, em um contexto mundial.

Portanto é de mera importância estudar o desenvolvimento sustentável. Segundo definido por


Barbosa (2008), o desenvolvimento sustentável, consiste em um processo de aprendizagem em
que é direcionado por políticas públicas orientadas por um plano de desenvolvimento nacional.

Com isso como Meneguzzo et al. (2009), defende que a visão das pessoas na actualidade deveria
ser voltada para aspectos ecológicos, uma vez que é factor importante para o equilíbrio
ambiental, e consequentemente, base para a sustentação da vida com padrões mínimos de
qualidade de vida para todos os seres humanos. Diante a essa perspectiva, esse referido trabalho
traz a temática sobre desenvolvimento sustentável numa perspectiva actual de conceituações.

Ingressando nessa tendência, as empresas, como principais agentes do desenvolvimento


econômico de um país, tornam-se cada vez mais importantes na participação das mudanças
estruturais aplicando o aspecto socioambiental em suas atividades, produtos e serviços e, a
incorporar as práticas sustentáveis como mediação de todo o processo produtivo.

O trabalho tem como objectivo geral entender o processo de desenvolvimento sustentável como
um todo. E para complementar o objectivo geral estão descritos os objectivos específicos,
noemadamento, perceber o histórico do desenvolvimento sustentável, as principais razões da
criação do desenvolvimento sustentável , sua utilização nas empresas e suas respectivas
vantagens.

Para tanto, utilizou-se de pesquisas de diferentes fontes como livros e periódicos, que
contribuíram para a construção dos conceitos. Esta pesquisa é voltada para uma pesquisa
bibliográfica, pois é elaborada com o propósito de fornecer importantes informações teóricas
sobre o referido tema da mesma, trazendo conceitos e conhecimentos que sustenta a ideia do
trabalho. Defronte a esse contexto, a pesquisa bibliográfica é uma metodologia muito relevante
para o trabalho acadêmico por necessitar de uma profunda fundamentação teórica para tratar o
tema da pesquisa que esta sendo abordado.

O trabalho foi estruturado segundo as normas aceitas pela instituição de ensino (Universiade
Rovuma), nomeadamente: introdução, desenvolvimento, conclusão e as referências
bibliográficas.
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2. Desenvolvimento Sustentável
2.1.Conceitos
O conceito “desenvolvimento sustentável” surgiu basicamente em 1987, através de publicações
da United Nations World Comission on Environment Development com o relatório Our
Common Future, “Nosso futuro comum”.

Embora não haja consenso teórico sobre uma definição universal do Desenvolvimento
Sustentável, a expressão popularizou-se no mundo a partir da Rio-92. Depois da conferência, a
expressão foi sendo pouco a pouco absorvida por governos, corporações e entidades da
sociedade civil, geralmente relacionada à formulação e execução tanto de políticas públicas
quanto de iniciativas privadas ligadas à responsabilidade socioambiental.

Segundo Donaire (apud Kraemer, 2006): “o desenvolvimento sustentável atende às


necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações”.

Capra (2008, p.19) define: “a humanidade tem a capacidade de atingir p desenvolvimento


sustentável, ou seja, de atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
futuras gerações de atenderem às próprias necessidades”.

Para tanto, deve se seguir as suas cinco principais dimensões sustentáveis:

i. Sustentabilidade Social: entende-se como a criação de um processo de desenvolvimento


sustentável por uma civilização com maior equidade de renda e bens, de modo a reduzir
o abismo entre os padrões de vida dos ricos e dos pobres;
ii. Sustentabilidade Econômica: que deve ser alcançada através do gerenciamento e
alocação mais eficientes dos recursos e de fluxo constante de investimento público e
privado;
iii. Sustentabilidade Ecológica: pode ser alcançada através da capacidade de utilização dos
recursos, limitação de consumo de combustíveis fósseis e de outros recursos privados;
iv. Sustentabilidade Espacial: que deve ser dirigida para a obtenção de uma configuração
rural-urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos assentamentos
humanos e das atividades econômicas;
v. Sustentabilidade Cultural: incluindo a procura por raízes endógenas de processos de
modernização e de sistemas agrícolas integrados, que facilitem a geração de soluções
específicas para cada local, ecossistema, cultura e área.
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Em concordância com os princípios citados acima, a economia do desenvolvimento sustentável


segundo Montibeller (2001) seria a busca da eficiência econômica e, ao mesmo tempo, a
eficiência social e ecológica: um tripé de coisas que devem caminhar juntas.

2.2.Panorama Historical
Historicamente falando, Barbosa (2008), relata que o termo “desenvolvimento sustentável”
surgiu por meio de estudos direcionados pela Organização das Nações Unidas sobre as
mudanças climáticas, como resposta para a humanidade perante a crise social e ambiental que
estavam presente na segunda metade do século XX. De forma mais clara, o termo
desenvolvimento sustentável foi utilizado nas décadas de1980 e 1990, sendo que sua
inauguração mundial foi em 1987, por meio da Comissão de Brundtland. No início da década
de 1990, o desenvolvimento sustentável foi impulsionado, devido a uma enorme expansão da
qualidade e do volume de legislações ambientais, assim como os acordos internacionais que
além de estruturar um perfil nas alterações ambientais, também impulsionaram uma mudança
na política global (Feil & Schreiber, 2017).

Segundo Barbosa (2008), o chamado Relatório de Brundtland, construído pela Comissão de


Brundtland, expressa o desenvolvimento sustentável como o desenvolvimento que satisfaz as
necessidades atuais sem comprometer as futuras gerações de satisfazerem as suas necessidades.
Tal relatório mostra que o desenvolvimento sustentável também mostra ser um processo de
mudança, em que ao utilizar os recursos em prol de investimentos, é orientado de como deve
ser seguido, de maneira harmoniosa em relação com a instituição para uma satisfação das
aspirações e necessidades humanas.

O conceito de desenvolvimento sustentável, segundo Barbosa (2008), veio ser firmado na


Agenda 21, documento desenvolvido na Conferência “Rio 92” e incorporado em outras agendas
mundiais de desenvolvimento e de direitos humanos. Esta por sua vez, evidencia que os países
desenvolvidos são responsáveis pela crise ambiental mundial, mas também convida a todas as
nações a participarem de forma conjunta e igualitária de um mutirão comum, co
responsabilizando a todos em esfera política e social.

Tal agenda 21, como relata Brasil (2000), busca abordar temas como a agricultura sustentável,
cidades sustentáveis, infraestrutura e integração regional, gestão dos recursos naturais, redução
das desigualdades sociais e a ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável. De forma
global, Ramos (2008) enfatiza que todos os povos da Terra devem se sentir responsáveis pelo
futuro sustentável do nosso planeta.
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2.3.Visão Economistas
O campo da sustentabilidade (Nascimento, 2012) ganhou muita visibilidade, sobretudo nas
discussões em torno do modelo de desenvolvimento econômico, nas controvérsias acerca das
mudanças climáticas, e nas interpretações do conceito e dos princípios de sustentabilidade, entre
outros.

Para Romeiro (2012, p.1), para ser sustentável, o desenvolvimento precisa ser economicamente
sustentado ou eficiente, socialmente desejável ou includente, ecologicamente prudente ou
equilibrado.

Segundo Nascimento (2012), um modelo de DS é aquele que permite a conservação da


natureza, de maneira que as futuras gerações possam usufruir de um meio ambiente equilibrado,
mas que garanta, ao mesmo tempo, uma vida minimamente digna a todos.

Essas definições derivam da definição proposta pelo relatório da Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (CMMD, p. 54, 1991), em 1987, conhecido como Relatório
Brundtland , que traz o seguinte definição do conceito de DS:

“É o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades humanas do


presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de
atender suas próprias necessidades. É composto por dois conceitos-
chave:

a) O conceito de “necessidades”, em particular as necessidades dos pobres de todo o


mundo, aos quais se deve dar prioridade máxima; e
b) O conceito de limitações, imposto pela limitação tecnológica e pela organização social,
às quais se deve atentar para que as necessidades presentes e futuras sejam atendidas.”

Para que a aplicação de tal conceito seja possível, o Relatório prescreve uma série de medidas
que devem ser tomadas pelos países: limitação do crescimento populacional; garantia de
disponibilidade e de acesso aos recursos básicos no longo prazo; preservação da biodiversidade
e dos ecossistemas; diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com
base no uso de fontes energéticas renováveis; aumento da produção industrial nos países não-
industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas; controle da urbanização
desordenada e integração entre o campo e cidades menores; e atendimento das necessidades
básicas (saúde, educação, moradia) (Bursztyn & Bursztyn, 2012).
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Apesar de a Comissão considerar que existem limites ao desenvolvimento, o relatório deixa


claro que essas limitações não são absolutas. Elas são atribuídas a um estado presente da
tecnologia e organização social, e à capacidade da biosfera de absorver os impactos da atividade
humana – capacidade de resiliência. Conclui-se, então, que tanto a tecnologia quanto as
organizações sociais podem evoluir para tornar possível uma nova era de crescimento
econômico (CMMD, 1991).

Mueller (2012) resume a essência do conceito de DS em três metas econômicas centrais:

i. A preservação e aumento dos níveis de bem-estar, numa perspectiva de longo prazo;


ii. Significativo esforço para diminuição da pobreza; e
iii. Preservação do nível de capital básico, tanto físico quanto natural, da sociedade humana.

Descrito dessa maneira, seria possível se desenvolver de maneira sustentável sem que houvesse
mudanças significativas no processo econômico actual, pois o conceito de DS estaria
estreitamente relacionado à ideia crescimento econômico (Mueller, 2012).

Liu (2010) apud Liu (2012, p.86) ressalta que a formulação de política públicas em países em
desenvolvimento ainda está estreitamente ligada à abordagem do crescimento econômico,
visando “crescer primeiro (poluir), limpar depois”.

Segundo Fonseca & Ribeiro (2005) apud Carvalho & Almeida (2010, p.588), a visão pessimista
existente antes dos anos 1990 de que o crescimento econômico seria a raiz de grande parte dos
problemas ambientais enfrentados pelos países passa a ser questionada por alguns economistas,
pois não estariam sendo consideradas as evoluções educacionais, tecnológicas, econômicas e
políticas inerentes ao desenvolvimento de uma nação, factores que poderiam amenizar os
problemas ambientais.

Para Collier (2007) apud Kates & Dasgupta (2007, p.16749), o crescimento econômico é
comumente considerado um dos pontos cruciais para combater a pobreza endêmica e sistêmica,
como, por exemplo, na África Subsaariana. Weber & Allen (2010) destacam que vários
pesquisadores acreditam que o desenvolvimento econômico pode acarretar tanto benefício
econômico quanto benefício ambiental e que a protecção do meio ambiente pode impedir o
crescimento econômico.

2.4.Papel das Empresas e Gestores


Em linhas gerais, o desenvolvimento sustentável tem o escopo de compatibilizar o crescimento
econômico com a preservação dos recursos naturais.
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De acordo com Lozano (2006), para ajudar as empresas, a Câmara de comércio Internacional,
reconhecendo a proteção ambiental como uma das principais prioridades de qualquer tipo de
negócio, estabeleceu em 1990 o Business Charter for Sustainable Development com princípios
da gestão ambiental que devem ser buscados pelas organizações a fim de atingir o
desenvolvimento sustentável. Seus princípios são:

a) Prioridade Organizacional – estabelecer políticas, programas e práticas no


desenvolvimento das operações voltadas à questão ambiental. Reconhecer que é a
questão-chave e prioritária da empresa;
b) Gestão Integrada – Integrar as políticas, programas e práticas ambientais em todos os
negócios como elemento indispensável de administração em todas as funções;
c) Processos De Melhoria – continuar melhorando as políticas corporativas, programas e
performance ambiental, tanto no mercado interno quanto externo, levando em conta o
desenvolvimento tecnológico, científico, as necessidades dos consumidores e os anseios
da comunidade como ponto de partida das regulamentações ambientais;
d) Educação – educar, treinar e motivar os funcionários, no sentido de que possam
desempenhar tarefas de forma responsável com relação ao meio ambiente;
e) Prioridade De Enfoque – considerar as repercussões ambientais antes de iniciar nova
atividade ou projeto, instalar novos equipamentos ou abandonar unidade produtiva;
f) Produtos E Serviços – desenvolver e produzir produtos e serviços que não sejam
agressivos ao meio ambiente, sejam seguros em sua utilização e consumo, eficientes no
consumo de energia e de recursos naturais, que possam ser reciclados, reutilizados e
armazenados de forma segura;
g) Orientação Ao Consumidor – orientar e se necessário educar consumidores,
distribuidores e o público em geral sobre o correto uso, transporte e descarte dos
produtos produzidos;
h) Equipamentos E Operacionalização – desenvolver, desenhar e operar máquinas e
equipamentos levando em conta o eficiente uso de água, energia e matérias-prima, o uso
sustentável dos recursos renováveis, a minimização dos impactos negativos ao meio
ambiente e a geração de poluição, bem como o uso responsável e seguro dos resíduos
existentes;
i) Pesquisa - conduzir ou apoiar projetos e pesquisas sobre o impacto ambiental das
matérias-prima, produtos, processos, emissões e resíduos associados ao processo
produtivo da empresa, visando a minimização de seus efeitos;
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j) Enfoque Preventivo – modificar a manufatura e o uso de produtos, serviços e processos


produtivos, de forma consistente com os mais modernos conhecimentos técnicos e
científicos, no sentido de prevenir as sérias e irreversíveis degradações do meio
ambiente.

Princípios mais resumidos são apresentados por Sachs (1986):

 O crescimento deve processar-se numa base sustentada, ou seja, o tomador de decisões


precisa estender seu horizonte de tempo para assim haver solidariedade com as gerações
futuras em relação às suas necessidades ambientais;
 Minimizar as mudanças e danos irreversíveis, para assim deixar em aberto opções para
o futuro; e
 Proteger o ambiente físico, no sentido estreito do termo, reduzindo a taxa de exploração
do capital da natureza, evitando mudanças climáticas induzidas pelo homem e o grau de
poluição.

Além desses, o autor ainda apresenta três condições para o Desenvolvimento Sustentável:

 Deve haver a intervenção na relação das forças de mercado, resultando em estratégias


de desenvolvimento sustentável;
 O acesso mais equitativo aos recursos, como sendo pré condição de uma estratégia
ambientalmente mais saudável;
 Os princípios de mais racionalidade social deveriam ser considerados como linha de
orientação para se estabelecer políticas.

Dentre todos esses conceitos, é possível estabelecer uma linha comum entre todos, porem, com
singularidades na descrição, de que o Desenvolvimento Sustentável se firma basicamente em
três principais pilares: crescimento econômico, equidade social e equilíbrio ecológico.

2.5.Vantagens Competitivas
Conforme Fonseca & Ribeiro (2005), a gestão de empresas passou a considerar necessidades
de adaptação às novas exigências e requisitos do mercado, inclusive se orientando para a
consolidação de diferenciais estratégicos. Fonseca & Ribeiro (2005) destacam, sob a actual
pressão mercadológica, que a empresa que não incorporar o conceito de sustentabilidade, terá
dificuldades em sobrevier às próximas décadas. Complementar a essa proposição, Mintzberg,
Fonseca & Ribeiro (2005) entendem que a organização deve se orientar com base no que o
ambiente determina ser relevante, senão pode ser eliminada (p. 211).
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Frente à importância do desenvolvimento sustentável, iniciou-se uma tendência mundial dos


investidores procurarem empresas socialmente responsáveis e sustentáveis. Tais aplicações,
denominadas “investimentos socialmente responsáveis” (ISR), consideram que empresas
sustentáveis geram valor para o acionista no longo prazo o que constitui uma vantagem
competitiva sustentável, Nascimento (2012). Para esses, a gestão de empresas que se revela sob
tais condições se apresenta mais preparada para enfrentar riscos.

A partir da criação do conceito de desenvolvimento sustentável, tornou-se necessário mensurar


as práticas, para indicar se as práticas realizadas seriam ou não relevantes para atingir os
objectivos sustentáveis. Segundo Nascimento (2012), a empresa deve gerar, simultaneamente,
benefícios econômicos, sociais e ambientais, conhecidos como os três pilares do
desenvolvimento sustentável.

De acordo com Mueller (2012) a administração de recursos naturais de forma eficiente e a


diminuição de perdas no processo produtivo, aliados às restrições ambientais se tornam
oportunidades para novos mercados. A pressão regulatória também seria um estímulo à
inovação, superando a inércia e incentivando a criatividade nas organizações.

Segundo Ramos (2008) iniciativas voltadas para o desenvolvimento sustentável representam


para as organizações uma forma de garantir que suas atividades sejam constantemente
renovadas, agregando maior valor a seus produtos e conferindo outra forma de aumentar sua
lucratividade.

No enfoque da concorrência, o conceito de vantagem competitiva sustentável vem ao encontro


do princípio de desenvolvimento sustentável proposto por Nicolas Stern, professor da London
School of Economics (citado por Zylbersztajn e Lins, 2010), onde aponta que os próximos anos
representam uma grande oportunidade para estabelecermos novas bases de crescimento capazes
de transformarem a economia e a sociedade.

De acordo com Barbosa (2008), a busca por inovações com maior eficiência energética tem
sido ressaltada como solução para o novo modelo de desenvolvimento sustentável (p.3). Para
os autores, a energia pode ser considerada como um bem básico para a interação do ser humano
ao desenvolvimento (p.19). Além disso, ressaltam que uma constante do desenvolvimento
comparável aos atuais níveis ainda será possível, sem um aumento semelhante na utilização da
energia (p.21).
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3. Conclusão
Diante a referida pesquisa que trata do desenvolvimento sustentável em uma visão
contemporânea, pôde concluir que o desenvolvimento sustentável são aspectos que vão além
da ideia ecológica e ambiental, faz parte também outras vertentes como o meio social e seus
aspectos econômicos, culturais, políticos e históricos.

Haja vista que o desenvolvimento sustentável na visão social corresponda à homogeneidade


social, distribuição de renda de modo justa, geração de empregos e melhor qualidade de vida.
No patamar ambiental, o desenvolvimento sustentável é relacionado aos processos que
caracterizam o bom uso de recursos naturais e de matéria-prima, bem como o destino final de
resíduos produzidos pela ação humana.

Portanto, A sociedade actual, caracterizada pela produção industrial e pelas transformações


estruturais decorrentes dela, é desvinculada de seu meio natural. A intensidade e a
complexidade dos impactos decorrentes da globalização, do crescimento econômico e da
aglomeração urbana demandam acções muito mais específicas em relação à conservação
ambiental.

As empresas são co-responsáveis na solução dessas questões e a incorporação da variável


socioambiental como estratégia de negócios é algo necessário para garantir tanto a
sobrevivência industrial num mercado competitivo, como o que se configura no momento,
quanto no futuro das nossas gerações.
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4. Referências Bibliográficas
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Brasil. (2000). Ciência & tecnologia para o desenvolvimento sustentável. Brasil: Instituto
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CMMD. (1991). Nosso Futuro Comum. Rio de Janeiro:: Editora da Fundação Getúlio Vargas.

Donaire, D. (1999). Gestão Ambiental na empresa (2 ed.). São Paulo: Atlas.

Feil, A. A., & Schreiber, D. (2017). Sustentabilidade e desenvolvimento sustentável:


desvendando as sobreposições e alcances de seus significados. Cad. EBAPE.

Fonseca, L. N., & Ribeiro, E. P. (2005). Preservação ambiental e crescimento econômico no


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Lozano, P., & Oliveira, S. N. (2006). A contabilidade como instrumento de auxílio à gestão
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Meneguzzo, I. S., Chaicouski, A., & Meneguzzo, P. M. (2009). Desenvolvimento sustentável:


desafios à sua implantação e a possibilidade de minimização dos problemas
socioambientais. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental.

Montibeller, G. F. (2001). O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos


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Mueller, C. C. (2012). Os economistas e as relações entre o sistema econômico e o meio


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Nascimento, E. P. (2012). Trajetória da sustentabilidade: do ambiental ao social, do social ao


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Ramos, M. d., & Ramos, R. d. (2008). Educação ambiental e a construção da sustentabilidade:


Pequenas escolas na construção da coresponsabilidade local. Revista Visões.

Romeiro, A. R. (2012). Desenvolvimento sustentável: uma perspectiva econômico-ecológico.


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Sachs, I. (1986). Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo: Vértice.

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