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Pós-Graduação em Engenharia Ambiental

Disciplina: Educação Socioambiental


Professor: M.Sc. Evandro Cyrillo Marques

Sumário
8:30 – Parte 1

Educação Ambiental: Conceito e Implicações Curriculares


• Breves acepções
• A natureza jurídico-institucional e curricular da educação ambiental
• O indivíduo no bojo das discussões socioambientais
• Saberes de uma educação socioambiental do futuro

10:00 h – Café

10:15 h – Parte 2

A Emergência Socioambiental e o Ambiente Interorganizacional


• A estratégia do desenvolvimento socioambiental
• A articulação entre técnica, cultura, natureza e sociedade
• Os impactos sociais e ambientais oriundos da ação humana
Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Disciplina: Educação Socioambiental
Professor: M.Sc. Evandro Cyrillo Marques

12:00 h – Almoço
Sumário
13:00 h – Parte 3

Desenvolvimento Socioambiental
• Formas de intervenção social e territorial
• Noção de cadeia de valor

15:00 h – Café

15:15 h – Parte 4

Projetos em Educação Socioambiental

Avaliação

17:30 h- Finalização
Mini-Currículo

Mestre em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ,


com área de concentração em Gestão e Estruturação do Espaço.

Possui MBA Executivo em Gestão e Negócios do Desenvolvimento Regional


Sustentável pela Universidade Federal da Bahia – UFBA.

Graduado em Geografia pela UERJ.

Detém extensão universitária em Desenvolvimento de Competências


Gerenciais pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Tem experiência em docência do ensino superior, há 16 anos, em nível de


graduação e pós-graduação, nas áreas de Geografia, Administração e
Responsabilidade Socioambiental (RSA).

Exerce cargo gerencial no Banco do Brasil e atua como educador corporativo


no eixo RSA.
“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constróem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

(Lei 9.795, de 27.04.1999, Art. 1º.)

“Consideramos que a Educação Ambiental para uma sustentabilidade equitativa é um


processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de
vida”.

(Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global)


“Entende-se a Educação Ambiental como processo que consiste em propiciar às
pessoas uma compreensão crítica e global do meio ambiente, para elucidar valores e
desenvolver atitudes que lhes permitem adotar uma posição crítica e participativa a
respeito das questões relacionadas com a conservação e adequada utilização dos
recursos naturais, para melhoria da qualidade de vida e a eliminação da pobreza
extrema e do consumismo desenfreado. Visando a construção de relações sociais,
econômicas e culturais capazes de respeitar e incorporar as diferenças, (minorias
étnicas, populações tradicionais), a perspectiva da mulher, e a liberdade para decidir
caminhos alternativos de desenvolvimento”.
(MEDINA, Nana Mininni. Educação ambiental para
o século XXI & a construção do conhecimento:
suas implicações na educação ambiental).
“Educação Ambiental é fundamentalmente uma educação para a resolução de
problemas, a partir das bases filosóficas do holismo, da sustentabilidade e do
aprimoramento. A sua meta é a resolução de problemas de modo global, permanente,
de forma a encontrar soluções melhores”.

(MEADOWS, Donella H. Harvesting one hundrefold – key concept


and case studies in environmental education. United Nations Environment Programme
– UNEP/UNESCO, 1989)
Portaria no 678/91, da Constituição Federal (1989 p.124):

[...] - a educação escolar deve contemplar os temas emergentes que inquietam,


interessam e preocupam a sociedade;

- as condições de vida que caracterizam a época atual, levando o homem a conviver ao


mesmo tempo com avanços no campo da tecnologia e graves problemas sociais, fazem
com que o sistema educacional e, em particular, os professores devem estar atentos
para incorporar ao processo ensino-aprendizagem novos conhecimentos, ao tempo em
que devam analisar, refletir e discutir a problemática que hoje aflige a humanidade;
- os currículos devem se adequar às exigências sociais de modo a preparar os
estudantes para agirem no meio em que vivem e, consequentemente, enfrentar com
melhores condições o futuro que os aguarda;
- O aprofundamento e a exploração desses temas/conteúdos não significam a inclusão
de matérias ou disciplinas específicas, mas permearão todo o currículo nos diferentes
níveis e modalidades de ensino, ajustando-se, por isso, à idade do estudante e ao nível
de aprendizado.
“Quanto sofrimentos e desorientações foram causados por erros e ilusões ao longo da
história humana, e de maneira aterradora, no século XX! Por isso, o problema cognitivo
é de importância antropológica, política, social e histórica. Para que haja um progresso
de base no século XXI os homens e as mulheres não podem mais ser brinquedos
inconscientes não só de suas ideias, mas das próprias mentiras. O dever principal da
educação é de armar cada um para o combate vital da lucidez”.

(MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2003)
1. O erro e a ilusão no bojo do conhecimento.

2. Os princípios do conhecimento pertinente.

3. Ensinar a condição humana.

4. Ensinar a identidade terrena.

5. Enfrentar as incertezas.

6. Ensinar a compreensão.

7. A ética do gênero humano.


A Estratégia do Desenvolvimento Socioambiental
Interdisciplinaridade  induz um novo diálogo entre as disciplinas – interação entre
duas ou mais disciplinas, ou áreas do saber, através da integração mútua de conceitos,
metodologias e procedimentos na solução de determinados problemas.

Multidisciplinaridade  contribuição de disciplinas de diferentes áreas de


conhecimento, porém de modo isolado – não conduzem a uma integração do
conhecimento.

Transdisciplinaridade  caracteriza-se pela construção do conhecimento através da


socialização e da internalização de metodologias, procedimentos e conceitos.

Pluridisciplinaridade  contribuição de várias áreas de um mesmo domínio de


conhecimento.
A Estratégia do Desenvolvimento Socioambiental
Em que resulta a aderência?

1. Valorização da Imagem e Geração de Vantagens Competitivas


- Valorização da postura da empresa pelos consumidores, levando-os a preferir os seus
produtos;

- Lealdade do consumidor;

- Valor agregado à imagem institucional da empresa;

- Valorização no mercado de ações.


A Estratégia do Desenvolvimento Socioambiental
Em que resulta a aderência?

2. Ampliação de Oportunidades de Negócios

- Novos negócios com populações mais pobres;

- Produtos e serviços que atendam a novas necessidades relacionadas à questão


social e ambiental;
- Aumento do contingente de consumidores, decorrente de elevação e de melhor
distribuição de renda na população;
- Acesso a novas fontes de capital, por meio de melhores práticas de governança
corporativa;
- Acesso a mercados que adotam critérios mais exigentes em relação à gestão
empresarial;
- Desenvolvimento da flexibilidade, da capacidade de inovação e de adaptação a
mudanças.
A Estratégia do Desenvolvimento Socioambiental
Em que resulta a aderência?

3. Redução de Custos
- Promoção da eficiência, economia de energia e de insumos, por meio da redução de
desperdícios;
- Desenvolvimento de tecnologias mais avançadas;

- Engajamento dos funcionários;

- Redução de gastos com segurança e de custos decorrentes de acidentes e multas;


- Oportunidade de captação de recursos a juros mais baixos, em função de avaliações
de riscos mais favoráveis por investidores;
- Compra de insumos com melhor qualidade e melhores preços, em função de boas
relações com fornecedores;
- Estímulo a inovações no processo produtivo;
-redução
Redução de
de custos
custosdecorrentes da rejeição
decorrente-s da a práticas de corrupção.
rejeição a práticas de corrupção.
A Estratégia do Desenvolvimento Socioambiental
Em que resulta a aderência?

4. Redução de Riscos
- Proteção contra possíveis desgastes de imagem, resultado de conduta malvista pela
sociedade, que venha a ser divulgada;
- Redução de riscos de acidentes, em função de abordagem proativa e preventiva;;

- Redução do risco de sofrer punição e multas;

- Criação de vínculos de aceitação e colaboração mútua com a comunidade, evitando


riscos de conflitos ou sabotagem
- Redução de riscos de assaltos, sequestros ou sabotagem, em função de maior
equilíbrio econômico e social;
- Criação de vínculos de aceitação e colaboração mútua com a - maior longevidade da
empresa, na medida em que boas relações com os diversos stakeholders e a postura
proativa em relação aos desafios sociais e ambientais tendem a contribuir para sua
sustentabilidade;
- Redução de riscos de sofrer efeitos de desastres ambientais, em função de maior
equilíbrio nas condições climáticas do planeta;
A Estratégia do Desenvolvimento Socioambiental
Em que resulta a aderência?

5. Facilidades Operacionais
- Maior facilidade para obter licenças legais para operar, por parte dos órgão
reguladores;
- Maior facilidade para obter licenças para operar em mercados específicos;

- Maior aceitação ou menor oposição das comunidades em que operam;


- Maior aceitação ou menor oposição de movimentos e organizações da sociedade civil;
- Aumento da produtividade;
- Habilidade para atrair e manter parceiros de negócios e colaboradores qualificados;

- Estímulo a um ambiente de inovação – novos produtos, redução de resíduos;


- Maior confiabilidade do processo produtivo, pela boa relação com fornecedores e
clientes;
A Estratégia do Desenvolvimento Socioambiental
Em que resulta a aderência?

6. Melhoria no Clima Organizacional


- Motivação dos funcionários;
- Oportunidade de desenvolvimento de lideranças entre os funcionários, pelo
engajamento em novos processos produtivos, relações com diversos stakeholders e
engajamento em projetos sociais;

- Atração, revelação e retenção de talentos para a empresa;

- Consolidação de valores de cooperação e solidariedade internamente;

- Redução de níveis hierárquicos e da necessidade de mecanismos de controle;


- Incentivo à cidadania entre os trabalhadores, seja no âmbito das empresas ou na sua
vida pessoal e comunitária.
Bibliografia

PEDRINI, Alexandre de Gusmão. Educação ambiental empresarial no Brasil. São


Carlos, SP: Rima, 2008.

TOZONI-REIS, Marilia Freitas de Campos. Educação ambiental: natureza, razão e


história. Campinas, SP: Autores Associados, 2008.

VEIGA, José Eli da. A emergência socioambiental. São Paulo: Senac, 2007.
Grato pela atenção!

Prof. Evandro Cyrillo Marques

evandrocyrillo@gmail.com

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