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RESUMO
A sustentabilidade é o ideário do desenvolvimento sustentável que carece profundamente
de soluções concretas e permanentes. A busca por práticas sustentáveis é urgente, porém o
paradoxo da sustentabilidade adjetiva em detrimento da sustentabilidade substantiva
segundo o que descreve Boff é uma realidade. Este artigo estuda a estratégia nacional da
educação financeira (ENEF) como uma perspectiva educacional para propagação de uma
nova ética ambiental e tem por objetivo apontar a importância do tema contemporâneo
transversal (TCTs), a saber: educação financeira, como gerador de respostas práticas na
obtenção de resultados que contemplem as premissas presentes nos ODS´s (objetivos para
desenvolvimento sustentável) preconizados na agenda 2030 proposto pela ONU, bem como
suas metas que são interconexas e indivisíveis. A ética ambiental ressalta que é preciso
promover sociedades mais conscientes da necessidade de pensar em um futuro inclusivo e
resiliente, capaz de priorizar pessoas e planeta, entendendo que as dimensões da
sustentáveis são abrangentes e englobam preocupações sociais, econômicas e ambientais.
Conclui-se que a dinâmica capitalista influencia fortemente na relação predatória do homem
com a natureza e que a educação por meio do ensino é um eficiente espaço para formação
de pessoas mais reflexivas e solidárias, mais preocupadas com as futuras gerações. Que a
partir do processo reflexivo se percebam não como meros consumidores individualistas, mas
que se transformem em sujeitos mais conscientes e perspicazes na utilização de recursos
para o bem comum, e para a manutenção do equilíbrio planetário buscando a proteção da
natureza, recuperação dos recursos danificados pela ação humana, bem como a uma
qualidade de vida pautada em um modo de vida ambientalmente ético.
Palavras-Chave: Educação, Economia, transversalidade, sustentabilidade.
1 Introdução
Este artigo estuda a estratégia nacional da educação financeira (ENEF) como uma
perspectiva educacional no fomento a resolução de questões pontuais e imprescindíveis ao
alcance dos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da agenda 2030,
principalmente em relação ao objetivo 4 (quatro) que visa garantir o acesso à educação
inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidade de aprendizagem ao longo da
vida para todos, entenda-se acesso no sentido mais amplo da palavra, desde oportunidade
até níveis de compreensão e aplicabilidade. A análise é baseada nos estudos sobre a
AGENDA 2030 e sua relação com a ENEF (Estratégia Nacional em Educação Financeira) e tem
como objetivo geral apontar a importância dos temas contemporâneos transversais (TCTs)
enquanto potencial tecnologia educacional no caminho da inovação social para promoção de
qualidade de vida a partir da propagação de uma nova ética ambiental via ENEF.
3 Resultados e Discussão
A ONU foi fundada após a segunda guerra mundial, tem hoje sua sede permanente
em Nova York e conta com 193 delegações. Desde sua fundação em 1945 por meio da carta
as nações muitas transformações ocorreram e com elas a responsabilidade de atender as
demandas da atualidade, seu objetivo inicial visava primordialmente, devido ao pós-guerra,
manter a paz e segurança internacionais. Desde então embora muitos avanços tenham
ocorrido ainda há desafios que não passam desapercebidos, dentre eles o poder limitado da
entidade, uma vez que a organização só pode atuar mediante o apoio dos países-membros e
com isso seu poder de ação fica limitado a declaração de compromisso dos chefes de estado.
A transversalidade segunda Gallo (2007) citado por Nogueira (2019) pode ser
compreendida como o atravessamento mútuo dos campos de saberes, que a partir de suas
peculiaridades se interpenetram, se misturam, se mestiçam, sem, no entanto, perder sua
característica própria, que só se amplia em meio a essa multiplicidade. Singularidade de
saberes e multiplicidade de campos. Assim depreende-se que a transversalidade consiste em
contextualizar os conteúdos, e pode figurar-se de forma análoga a sistematizar o
conhecimento teórico refletido na realidade, ou seja, aprender nela e a partir dela. Os
conteúdos transversais podem ser abordados no cerne disciplinar relacionando-os a
questões relevantes da sociedade que emergem de acordo com estudos reflexivos da
sociedade contemporânea como a ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual, trabalho,
consumo e diversidade cultural.
A perspectiva dos TCTs, denotam maior amplitude no ensino, assim como para Bastos
(2017) o êxito do sistema educacional finlandês teve no bojo de sua ascensão em 30 anos as
principais transformações como a promoção da equidade no sistema educacional e no
enriquecimento do currículo de formação docente. Assim faz se necessário expandir a
aplicabilidade dos TCTs no intuito de que a sociedade brasileira caminhe através da um
processo educacional que se destaque também pela abrangência e profundidade,
colaborando para conduzir ao equilíbrio entre aprendizagem teórica e prática
É nesta abordagem entre teoria e prática que se pensa a sustentabilidade, para além
de uma subjetividade conveniente, mas no interior de um arcabouço crítico do conceito
sustentável, no qual demanda um delineamento construtivo capaz de transformar a
realidade das sociedades modernas. Neto (2017) menciona a apreciação de Boff (2011)
quanto aos termos epistemológicos da sustentabilidade em circulação. Sendo uma
concepção adjetiva e outra substantiva onde cabe afirma que:
[...] como um adjetivo é adicionado a qualquer coisa sem mudar a natureza da coisa;
por exemplo, eu posso reduzir a poluição química de uma fábrica colocando filtros em
suas chaminés que liberam gases, mas a forma da empresa interagir com a natureza,
de onde ela retira a matéria-prima para a produção, não muda; continua a devastar.
Sua preocupação não é o ambiente, mas o lucro e a competitividade que têm que ser
garantidos. Assim, a sustentabilidade é acomodação e não mudança; é um adjetivo,
não substantivo.
4 Conclusão
5 Referencias
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