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Alice Irene Issa Mariano

Édiss de Fátima Mucandire Mucandire


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Florêncio Adriano Alfândega
Joana Oliveita
Moisés Adelino Jamissone
Natálio Filipe José Magonzana

Princípio do Poluidor-Pagador e sua Operacionalização

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Logística e Telecomunicação
2024

Alice Irene Issa Mariano


Ediss de Fatima Mucandire Mucandire
Florêncio Adriano Alfândega
Joana Oliveita
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Introdução...................................................................................................................................3

Princípio do Poluidor-Pagador e sua Operacionalização............................................................4

Princípio do Poluidor-Pagador................................................................................................4

Conceitos.............................................................................................................................4

Origem do Princípio do Poluidor-Pagador.............................................................................4

Operacionalização do Princípio do Poluidor-Pagador............................................................6

O Princípio da Prevenção....................................................................................................7

O Princípio da Precaução....................................................................................................7

Prevenção, Precaução e Reparação.....................................................................................7

O Princípio da Solidariedade..............................................................................................8

Princípio do Poluidor-Pagador: Objetivo, Efeitos e Amplitude.............................................9

Conclusão..................................................................................................................................10

Referências Bibliográficas……………………..…………………….……………………….
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Introdução
O princípio poluidor-pagador teve sua origem nas actividades da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico, com a proposta de inserção na cadeia produtiva
das externalidades negativas, isto é, prima pela inserção na cadeia produtiva dos custos da
degradação ambiental.
Por força desse princípio, devem estar a cargo do poluidor os custos das medidas de
prevenção, controle e remediação da poluição, como forma de induzir que tais custos dos bens
e serviços que causam poluição sejam internalizados nos preços, afastando-se qualquer
possibilidade de subsídios dessas actividades, através do financiamento público das despesas
que provocam.
Corroborando, a questão das mudanças climáticas exige uma nova definição do princípio
poluidor-pagador no sentido de buscar sua efectividade, especialmente para aumentar sua área
de actuação, se não uma incidência financeira mais forte.
Contudo, o presente trabalho tem como objectivo geral analisar o princípio poluidor-pagador,
enquanto fundamento dos instrumentos de intervenção econômica para fins de protecção
ambiental. Para dar subsídio ao objectivo geral destacam-se os objectivos específicos,
nomeadamente, procurar tratar do princípio do poluidor-pagador, sendo o mesmo analisado
sob três enfoques, Iniciar-se-á com uma sólida base teórica, apresentando o contexto histórico
necessário, a evolução de tal princípio e conceitos que passaram a ter uma relação mútua com
ele, prosseguir-se-á com uma análise da aplicação prática do referido princípio e por fim,
haverá de se fazer uma análise ponderativa a respeito do que existe em tese e o que é
realizado na prática, ou seja, a efectividade será posta em julgamento desencadeando algumas
críticas de nossa realidade.
Para tanto, utilizou-se de pesquisas de diferentes fontes como livros e periódicos, que
contribuíram para a construção dos conceitos. Esta pesquisa é voltada para uma pesquisa
bibliográfica, pois é elaborada com o propósito de fornecer importantes informações teóricas
sobre o referido tema, trazendo conceitos e conhecimentos que sustenta a ideia do trabalho.
Defronte a esse contexto, a pesquisa bibliográfica é uma metodologia muito relevante para o
trabalho acadêmico por necessitar de uma profunda fundamentação teórica para tratar o tema
da pesquisa que esta sendo abordado.
O trabalho foi estruturado segundo as normas aceitas pela instituição de ensino (Universidade
Rovuma), nomeadamente: introdução, desenvolvimento, conclusão e as referências
bibliográficas.
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1. Princípio do Poluidor-Pagador e sua Operacionalização

1.1. Princípio do Poluidor-Pagador


1.1.1. Conceitos
Para Ferraz, (2003), o Princípio do Poluidor-Pagador pode ser entendido, numa visão
simplista, como a incumbência que possui o poluidor de arcar com os custos necessários para
a reparação do dano ambiental. Em uma análise mais abrangente, pode-se afirmar que este, é
um dos mecanismos punitivos do direito ambiental que garante a preservação do meio
ambiente. O poluidor deve pagar pelos danos a que causou, retornando o meio ambiente ao
seu estado anterior e, em caso até mais severos de degradação a depender das consequências
nocivas à saúde e à qualidade de vida humana, ao seu estado natural.
Segundo Irigaray, (2004) o princípio poluidor-pagador, por ser uma norma abstrata, deve ser
observado desde a criação de novas normas pelo poder legislativo, na regulamentação delas
pelo poder executivo, além de considera-lo na incidência das normas no mundo fático. Ou
seja, ele tem incontáveis hipóteses de incidência. Por outro lado, se tratasse de uma norma
concreta, resumiria a regular um caso concreto qualquer, em sua fenomenologia de incidência.
O princípio poluidor-pagador por ser um princípio estrutural tem uma manifestação
orientadora nas políticas públicas ambientais, permitindo exigir do poluidor os custos das
políticas ambientais e não todo o dano, além de ser um factor necessário para assegurar o
direito ao meio ambiente equilibrado (Derani, 2008).
O principio poluidor-pagador equivale à fórmula “quem suja, limpa”, significando que o
poluidor deve assumir os custos das medidas necessárias a garantir que o meio ambiente
permaneça em estado aceitável. Em outras palavras, o princípio determina que os custos da
poluição não seja externalizado, fazendo com que os preços de mercado reproduzam a
totalidade dos custos dos danos ambientais causados pela poluição ou pelos custos da
prevenção desses prejuízos (Benjamin, 1993).

1.2. Origem do Princípio do Poluidor-Pagador


Sadeller, (1999) afirma que o Princípio do Poluidor-Pagador foi mudando de significado
através do tempo e que, actualmente, seria possível identificar quatro funções essenciais
inerentes a ele:
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i. Integrador da economia: primeiramente visto como instrumento econômico, o


Princípio do Poluidor-Pagador, serviu para evitar as distorções da concorrência e
garantir o bom funcionamento do mercado;
ii. Redistributiva: seria a principal função, responsável pela redistribuição da imputação
do dano que já ocorreu, uma vez que a prevenção não está mais em uso;
iii. Preventiva: como o próprio nome já deixa claro, procura contribuir para a redução da
poluição; inclusive, ele afirma ser o princípio do poluidor-pagador e o da prevenção
duas facetas de uma realidade;
iv. Curativa: função que procura acelerar o gerenciamento dos danos ambientais através
da responsabilidade civil, alegando que não caberia apenas ao Poder Público a
cobrança pelo dano.
Segundo autora Aragão, (1997) o princípio do poluidor-pagador nasce como palavra de ordem
relacionada com movimentos estudantis em maio de 1968. No entanto, a primeira referência
oficial veio com a Recomendação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), sobre Princípios Relacionados aos Aspectos Econômicos Internacionais
das Políticas Ambientais, em 26 de maio de 1972, e que trazia as seguintes definições:
i. Recursos ambientais são em geral limitados e seu uso em actividades de produção e
consumo pode levar á sua deterioração. Quando o custo dessa deterioração não é
adequadamente levado em conta no sistema de preços, o mercado falha em refletir a
escassez de tais recursos em ambos os níveis nacional e internacional.
ii. O princípio a ser usado para alocar custos das medidas de prevenção e controle da
poluição, para encorajar (estimular) o uso racional dos recursos ambientais escassos e
para evitar distorções do comércio internacional e investimentos é denominado de
princípio do poluidor pagador (Aragão, 1997).
Em outras palavras, segundo Aragão, (1997) é possível observar que a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) atribuiu ao princípio do poluidor-
pagador (PPP) importantes características, tais como:
i. Estimular o uso racional dos recursos ambientais;
ii. Diminuir as distorções do mercado; e
iii. Promover o melhor aproveitamento dos custos das medidas de prevenção e poluição
(Aragão, 1997).
Inicialmente, o princípio do poluidor-pagador (PPP) foi visto mais como instrumento
econômico do que seu verdadeiro caráter ambiental, pois ele procurava regular as falhas do
mercado. Isto é, buscava imputar de forma uniforme os custos ligados à degradação ambiental
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proveniente do processo produtivo, de forma a evitar que aqueles que já incluiam os custos
ambientais no produto final fossem prejudicados. Logo, as medidas citadas no princípio
procuram justamente fazer com que tais despesas sejam refletidas no preço dos bens e
serviços, equilibrando assim o mercado. Ao responsabilizar o poluidor por arcar com os
gastos oriundos da poluição que pode ser causada durante a produção, estão sendo
internalizados no custo final dos bens e serviços o custo que tais medidas corretivas acarretam
(D’isep, 2010).
Necessário dizer que tais medidas não podem ser subsidiadas pelo governo. Ainda, observa-se
que vai partir do Poder Público a definição dos padrões de qualidades em que serão baseados
os custos a serem internalizados. De acordo com autora, conclui-se que ao atrelar o princípio
do poluidor-pagador aos custos de prevenção e controle da poluição, podem-se derivar alguns
objectivos do princípio, tais como:
i. A valoração econômica dos recursos ambientais;
ii. Incorporação no preço dos produtos e serviços de valores que se utilizaram de recursos
naturais; e
iii. Promoção do uso racional de recursos ambientais.

1.3. Operacionalização do Princípio do Poluidor-Pagador


Tendo sido dado um breve panorama histórico do princípio do poluidor-pagador, será agora
posta em análise à segunda indagação: pelo que exatamente o poluidor deve pagar?.
Dois objectivos devem, para isso, ser vistos: a prevenção (abordando ainda a precaução) e a
reparação.
Há muito se descobriu que, diferentemente do que já se pensou, os bens ambientais são bens
finitos. Recursos retirados do ambiente, portanto, precisam ser repostos para que não sejam
extintos. Deste modo, se o homem pretende usar a natureza como fonte de riqueza ele até
pode, desde que faça isso de uma maneira sustentável, ou seja, de modo a não agredir tanto o
meio ambiente e não afectar a sobrevivência das futuras gerações (Silva Filho, 2008). Esse
pensamento é fundamental uma vez que danos ambientais são em grande parte muito difíceis
de serem calculados e revertidos. O grande problema é que tudo relativo a meio ambiente é
praticamente imensurável.
Na perspectiva do autor, se uma fábrica que libera gases tóxicos afecta o ar, atingindo formas
animais (incluindo o homem) e vegetais, mas como esse dano será quantificado para ser
reparado? Muitas vezes os bens afectados pelo dano ambiental não são palpáveis o que torna a
sua identificação e quantificação extremamente complicada, sem nem mencionar a sua
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reparação. Isso se dá porque, infelizmente, em matéria ambiental pode ocorrer de, após a
identificação da extensão do dano, já seja impossível a sua total reparação. O princípio do
poluidor-pagador é um princípio fundamental do Direito Ambiental, que acaba por englobar
ainda outros princípios (Silva Filho, 2008).
Os primeiros que merecem ser destacados, segundo Mirra, (1996) são:
i. O princípio da prevenção;
ii. O princípio da precaução; e
iii. O Princípio da Solidariedade.

1.3.1. O Princípio da Prevenção


Como bem expõe Mirra, (1996) o princípio da prevenção decorre da constatação de que as
agressões ao meio ambiente são, em regra, de difícil ou impossível reparação. Ou seja, uma
vez consumada uma degradação ao meio ambiente, a sua reparação é sempre incerta e,
quando possível, excessivamente custosa. Daí a necessidade de actuação preventiva para que
se consiga evitar os danos ambientais.
O princípio da prevenção alude, por exemplo, a necessidade da realização de estudos de
impactos ambientais antes do início de determinadas actividades sobre o espaço que possa ser
afectado pelas mesmas. Os estudos prévios de impactos ambientais têm pôr fim a detecção de
qualquer risco que a actividade pretendida possa desencadear no meio, podendo ter sua
autorização negada. Para isso um dos instrumentos mais comumente utilizados é o
licenciamento ambiental realizado por órgãos ambientais competentes (Mirra, 1996).

1.3.2. O Princípio da Precaução


O princípio da precaução é mais pró-ambiente ainda, pois prega que no caso de haver falta de
certeza científica quanto à probabilidade de ocorrer degradação ao meio ambiente pela
actividade a ser empregada, tal dúvida não servirá como escusa para que aquela possa ser
realizada. Em outras palavras, se houver incerteza científica, o beneficiado será o meio
ambiente e não a actividade econômica (Mirra, 1996).

1.3.3. Prevenção, Precaução e Reparação


Visto isso, de acordo com Moraes, (2006) pode-se deduzir que o objectivo do princípio da
prevenção e do princípio da precaução é o mesmo: evitar que haja danos ambientais
irreparáveis. Se actividades danosas ao meio ambiente fossem realizadas de forma
desenfreada e despreocupada, proporcionalmente à qualidade de vida de todos os habitantes
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do planeta também seria afectada, o que se dirá então das futuras gerações. Com isso já se
pode responder, em parte, a segunda indagação. O princípio do poluidor-pagador tem como
primeiro objectivo a prevenção do dano ambiental. Este, em verdade, para Moraes, (2006) é o
fim ideal, pois impede que uma catástrofe ambiental ocorra. Não há de facto agressão ao meio
ambiente uma vez que a actividade foi evitada.
Na prática, portanto, são os poluidores que devem arcar com os custos relativos aos estudos
de impactos ambientais, licenciamento e desenvolvimento de políticas ambientais, já que o
interesse econômico de usar aquele ambiente é exclusivamente deles. Os custos devem ser,
então, internalizados pelos poluidores e não pela sociedade, de modo a pôr fim no problema
das externalidades negativas. Já do lado oposto à prevenção e à precaução há um problema
maior ainda: a reparação (Moraes, 2006).
Se o dano ambiental já ocorreu de facto e medidas devem ser tomadas com o fim de reparar o
estrago causado. Se antes o poluidor pagava de maneira preventiva para que pudesse realizar
sua actividade da forma mais sustentável possível, agora ele deve pagar por ter realizado a
actividade de forma prejudicial ao meio ambiente. O instrumento de solução a ser empregado
é o da responsabilidade (Moraes, 2006).
Como dispõe Campos, (2011) os causadores do dano ambiental poderão sofrer
responsabilidades penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os
danos causados. Ou seja, podem-se cumular responsabilidades civil, penal e administrativa, o
que mostra um carácter, positivamente, repressor e amplo da legislação em matéria ambiental.

1.3.4. O Princípio da Solidariedade


A respeito de tudo que foi exposto sobre a responsabilidade do poluidor de reparar o dano,
necessário se faz observar que, ao ser responsabilizado, o mesmo não pode se enxergar em
uma situação tal que seja mais vantajoso para ele poluir e posteriormente reparar, do que de
facto não poluir desde o início. Para Moreira, (2011) a problemática é grande, pois ao pagar
para poluir ocorre uma verdadeira distorção do princípio do poluidor-pagador em prol de um
interesse individual econômico. Nesse caso há o dano do meio ambiente que, como já foi
visto, pode ser de uma extrema dificuldade de recuperação, mas essa preocupação ambiental é
abandonada já que o produtor entendeu ser mais lucrativo poluir. Deve-se, portanto, entender
que sempre para que o princípio do poluidor-pagador seja aplicado, em seu sentido amplo, o
custo da reparação deve estimular a prevenção. Caso contrário, economicamente, não valeria
à pena para as empresas prevenirem a poluição para além de suas cotas (Moreira, 2011).
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Pode-se dizer, portanto, que o núcleo do princípio da solidariedade consiste no respeito de uns
aos outros, sem o qual não seria possível uma convivência pacífica. A ideia puramente
individualista ficou para trás, afinal todos os indivíduos são interligados de alguma maneira,
consagrando o pensamento de Aristóteles de que o homem é um animal social (Moreira,
2011).
1.4. Princípio do Poluidor-Pagador: Objetivo, Efeitos e Amplitude

 Objectivo:
De acordo com Derani, (2008) o objectivo maior do Princípio do Poluidor-Pagador é fazer
não apenas com que os custos das externalidades ambientais negativas sejam suportados pelos
agentes que as originaram, mas também que haja a correcção e/ou eliminação das fontes
potencialmente poluidoras. Ou seja, o Princípio do Poluidor-Pagador procura fazer com que o
responsável pela poluição internalize esses custos, através tanto da reparação do dano como
da prevencão do mesmo.

 Efeitos:
O Direito Ambiental tem o princípio do poluidor-pagador como uma de suas principais bases,
pois este tem orientação redistributiva, ou seja, tem a função de solucionar as deficiências do
sistema de preços, além de ser utlizado como fundamento econômico e também ambiental de
forma a obrigar o poluidor a arcar com os custos de prevenção e reparação do dano por ele
causado ao meio ambiente. Ele está inserido em um contexto de preocupação cada vez maior
com o meio ambiente e a cada vez mais presente esgotabilidade de seus recursos (Milaré,
2013).

 Amplitude:
Fala-se em internalização dos custos ambientais, pois sua aplicação procura determinar o
causador do dano ambiental, para imputar-lhe a responsabilidade pelos seus actos e prevenir a
ocorrência de danos ambientais e não apenas repará-los. A determinação do conteúdo
normativo do Princípio do Poluidor-Pagador e também seu alcance é necessário para que a
aplicação deste princípio não se dê de forma distorcia nem limitada (Rodrigues, 2005).
A concretização do Princípio do Poluidor-Pagador depende da aplicação em conjunto com
outros princípios, principalmente os da precaução e o da prevenção, como forma de interferir
no resultado de uma equação em que o produto tem sido a socialização das perdas e a
privatização dos lucros (Rodrigues, 2005).
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Importante mencionar, portanto, que, o Princípio do Poluidor-Pagador não é um princípio que


visa legitimar o direito de poluir ou que permita a compra do direito de poluir, pelo contrário,
ele tem uma vocação preventiva e também repressiva, para evitar que o dano ao meio
ambiente fique sem reparação (Rodrigues, 2005).

Conclusão
Após o término da pesquisa chega-se a conclusão que a maior importância é demonstrar a
amplitude do princípio do poluidor-pagador. O meio ambiente já é visto como um bem finito,
e é por ser tão amplo e refletir tão bem a situação ambiental dos dias actuais, que o poluidor-
pagador busca prolongar essa finitude ambiental para as presentes e futuras gerações, tentando
também torná-la, na medida do possível, infinita.
A internalização de externalidades negativas pelos poluidores representa a grande solução
encontrada para que danos ambientais sejam evitados e, na pior das hipóteses, reparados. O
direito ao meio ambiente é um direito de todos e para todos, sendo assim não se pode deixar
de mencionar a solidariedade de uns com os outros como a ferramenta-base para que o
princípio funcione corretamente. Portanto, para a garantia de um futuro adequado às nossas e
às futuras gerações, portanto, a protecção ao meio ambiente e solidariedade devem coexistir.
Ainda, do princípio do poluidor-pagador podemos detectar dois aspectos importantes: a
imputação da responsabilidade pelo dano ambiental ao poluidor, de forma que o mesmo seja
obrigado a reparar o meio ambiente degradado e a inserção no custo final do processo
produtivo dos custos ambientais, normalmente externalizados, decorrentes do dano ambiental
por ele causado ou que possa ser por ele causado.
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Referências Bibliográficas
Aragão, A. (1997). Princípio do Poluidor Pagador: pedra angular do Direito Comunitário
do Ambiente. Coimbra: Coimbra Editora.
Benjamin, A. H. (1993). O princípio do poluidor-pagador e a reparação do dano ambiental.
São Paulo: Revista dos Tribunais.
Campos, H. A. (2011). Instrumentos econômicos da gestão ambiental brasileira. Revista de
Direito Ambiental.
D’isep, C. F. (2010). O Princípio do Poluidor-Pagador e sua Aplicação Jurídica:
Complexidades, Incertezas e Desafios. In C. L. Marques, & S. T. Silva, O Novo Direito
Administrativo, Ambiental e Urbanístico. Rio de Janeiro: Revista dos Tribunais.
Derani, C. (2008). Direito Ambiental Econômico. São Paulo: Saraiva.
Ferraz, R. (2003). Tributação e meio ambiente: O green tax no Brasil. Brasil: Revista de
Direito Ambiental.
Irigaray, C. T. (2004). O emprego de instrumentos econômicos na gestão ambiental. In J. R.
Leite, & N. d. Bello Filho, Direito ambiental contemporâneo (pp. 51-73). Baureri, São Paulo:
Manole.
Milaré, É. (2013). Direito do Ambiente. São Paulo: Revista dos Tribunais.
Mirra, Á. L. (1996). Princípios Fundamentais do Direito Ambiental. Revista de Direito
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Moraes, M. C. (2006). O Princípio da Solidariedade. In M. M. Peixinho, I. F. Guerra, & F.
Nascimento Filho, Os princípios da Constituição de 1988. Rio de Janeiro: Lumen Juris.
Moreira, D. d. (2011). Princípio do poluidor-pagador: origens, evolução e alcance. Rio de
Janeiro: Lumen Juris.
Rodrigues, M. A. (2005). Elementos de direito ambiental: parte geral. São Paulo: Revista dos
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Sadeleer, N. d. (1999). Les Principes du Polluer-Payeur, de Préventiont de Précaution: Essai
sur la genèse et la portée juridique de quelques príncipes du droit de l’environnemen.
Bruylan.
11

Silva Filho, C. d. (2008). O Princípio do Poluidor-Pagador: da Eficiência Econômica à


Realização da Justiça. In M. MOTA, Fundamentos Teóricos do Direito Ambiental. Rio de
Janeiro: Elsevier.

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