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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÓMICA

Curso: Engenharia Agronómica

Cadeira: Fitopatologia

3º Nível, VI Semestre

RELATÓRIO Nº 7

Tema:

Resumo de artigo

Discentes: Docente:

Ivan Bernardo Atumane Eng. Marchante Assura Ambrósio

Feliciano Jorge araújo Monitor:

Maria Fernandes bartolomeu Mário Aguaceiro

Roque Carlos Baia

Júlio Andrade

Mocuba, Dezembro de 2021


Nome do Autor e sua filiação: Serra da Rocha, Danilo; Soares Pereira, Rudiney;
Pereira Trindade, José Pedro; Bochi da Silva Volk, Leandro; Bidese de Pinho,
Leonardo. UFSM Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria, Brasil.

TEMA:

APLICAÇÃO DE UM SISTEMA WEBGIS NA AGRICULTURA DE PRECISÃO

PROBLEMATIZAÇÃO E OBJECTIVO DO ARTIGO

Para a agricultura de precisão, o banco de dados de um SIG deve ser constituído por
diferentes temas, onde cada tema represente dados espaciais georreferenciados de uma
determinada variável como, por exemplo, a hidrografia, o relevo, as classes de solos e
os mapas de produtividade (MITCHELL, 2005).

O trabalho tende a procura responder qual/quais são as camadas ou dados que podem
aplicados na interfase da WebGIS para exibição, integração e disponibilidade de
informações gê espácias, os quais se recomendaria para o uso na agricultura de precisão.

O uso do WebGIS vem sendo uma tendência que cresce a cada dia. Sua possibilidade de
interação e disponibilização de informações para o usuário é um elemento fundamental
que faz com que este tipo de sistema de informação geográfica conectado à internet seja
uma importante vertente para o futuro das geotecnologias.

Sendo assim, o objetivo deste trabalho é de aplicar uma interface WebGIS para a
integração, exibição e disponibilização de informações geoespaciais obtidas através da
sinergia entre diversas áreas do conhecimento como Computação, Sensoriamento
Remoto, Topografia, Cartografia e Agronomia de modo a otimizar a gestão dos campos
experimentais da Embrapa Pecuária Sul além de discutir as potencialidades atuais e
futuras do WebGIS.
DISCUSSÃO DOS CONTEÚDOS DO ARTIGO

Conceituação sobre SIG e Agricultura de Precisão

O sistema de posicionamento orientado por satélites (SPOS) do USA, o “Global


positioning satellite” (GPS), possui uma estreita relação com os Sistemas de Informação
Geográfica (SIG) e com a Agricultura de Precisão (AP), que foi incrementada na década
de 90 (BERRY, 2013).

Os SPOS usam receptores apoiados por satélites, que monitoram a Terra, de maneira
contínua, permitindo a localização espacial de um ponto na superfície terrestre de forma
precisa. Bonham- Carter (1994) define os sistemas de informação geográfica (SIG)
como “sistemas computacionais que gerenciam dados espaciais”, isto é, dados
georreferenciados, dados vinculados a um sistema de coordenadas geográficas
(BERRY, 2013).

Para INAMASu et Al. (2011), a AP define-se como a postura gerencial que considera a
variabilidade espacial da lavoura para maximizar o retorno econômico e minimizar os
prejuízos ambientais. Procedimentos, aplicativos e equipamentos relacionados a SIG,
SPOS, banco de dados e sistemas de sensoriamento remoto são geotecnologias.
Paralelamente, o SIG está relacionado ao gerenciamento de informações, à análise da
variabilidade espacial e a aplicações diversas (Agronomia, Engenharia, meio ambiente,
etc.), por isso vários autores o consideram como uma das fases principais do processo
de AP (BAIRAGI, 2012).

Na agricultura de precisão a informação geográfica é subsídio fundamental para o


conhecimento e gestão do espaço (MOLIN, 2003).

Atualmente, os ambientes cartográficos migraram para a web e são caracterizados por


duas palavras-chave: interação e dinâmica. Enquanto os aspectos visuais de
representação continuam a ser uma questão fundamental, o foco na concepção
cartográfica e pesquisa cartográfica agora se estendem a problemas na interação
humano-computador e na habilitação de mapas dinâmicos.

A partir desta perspectiva, mapas projetados para suportar a visualização vão bem além
de apresentação de informações para a exploração e construção do conhecimento. Com
a exploração, inicia-se um processo interativo no qual o usuário começa sem hipóteses
sobre os dados geoespaciais e as ferramentas de visualização o ajudam de maneira
interativa a pesquisar livremente as estruturas e potencialidades do WebGIS com o
objetivo de levâ-lo a contruir suas hipóteses. Mapas e gráficos neste contexto fazem
mais do que "tornar os dados visíveis", são instrumentos ativos no processo de
pensamento dos usuários (MacEACHREN; KRAAK, 2001).

Camadas de Informações

Os dados e a informação são a essência de qualquer projeto SIG. Se estes forem


insuficientes ou inapropriados, podem comprometer o sucesso do projeto. O WebGIS
incorpora dados dos tipos matricial e vetorial. No grupo dos matriciais incluem-se os
MDT e as camadas derivadas de imagens de satélite.

No segundo grupo, dos vetoriais, encontram-se os arquivos Shapefiles que foram


carregadas para a base de dados após serem transformados para o formato GeoJSON.
Segue a lista das camadas presentes no WebGIS:

 Declividade;
 Hipsometria;
 Classificação da Vegetação;
 Corpos D’Água;
 Produtividade da Soja em 2010;
 Limites da Embrapa Pecuária Sul;
 Limites do experimento no potreiro 30;
 Condutividade Elétrica.

Baseado em conceitos de Cartografia Temática, foram estabelecidas diferentes escalas


de visualização para as camadas, ou seja, para determinadas camadas a visualização só é
disponibilizada em nível de potreiro e não de município. Deste modo as escalas
mínimas e máximas para visualização das camadas foram configuradas de tal maneira a
apagá-las quando se afasta demais o mapa evitando a poluição visual no WebGIS.
Tecnologia Utilizada na Implementação do WebGIS

Inicialmente, fez-se uma pesquisa por aplicações semelhantes em funcionamento e


também uma avaliação das ferramentas e dos requisitos necessários. Assim, foi possível
definir as seguintes características e funcionalidades que o sistema deveria apresentar:

 Uso de softwares Free ou open source para que o sistema seja implementado
como uma solução de baixo custo ou de custo zero de manutenção.
 Compatibilidade com as especificações para serviços WebGIS criadas pelo OGC
(Open Geospatial Consortium).
 Facilidade de implementação ao nível técnico e a utilização de aplicações já
construídas que permitam focar nas funcionalidades do WebGIS.

Exemplos de Modelagem SIG em AP


Como mencionado no fim da revisão, existem muitos trabalhos de SIG em AP para
sistematização das informações, envolvendo as funções de banco de dados e
interpolação, porém há uma quantidade pouco expressiva de trabalhos sobre modelagem
SIG (fusão de dados).
Segundo o autor, essa modalidade poderá trazer resultados significativos,
principalmente quando considerados fluxos consistentes de informação.
Nesta seção serão discutidos exemplos específicos considerando métodos de fusão dos
dados envolvendo a lógica booleana e a lógica “fuzzy”.
A lógica booleana trabalha com mapas binários, isto é, onde somente duas condições
são espacializadas, por exemplo, a ocorrência de solo sem cobertura vegetal (valor 0) e
com cobertura vegetal (valor 1). Nesse sentido, destacam a complexidade de
estabelecer um limiar de separação entre ambas condições. (Melgani e Moser, 2002).
A integração das informações pode ser realizada por meio de operadores lógicos do
tipo OR (união/soma) ou AND (interseção/multiplicação), como exemplificado na
Tabela 1 para três variáveis.
Para o operador OR são geradas quatro classes no mapa final, já o operador AND
conserva a estrutura binária.

APLICABILIDADE DOS CONTEÚDOS NA ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO

Com o WebGIS desenvolvido no presente trabalho pôde se dizer que uma ferramenta
SIG com aplicação na Internet pode ser utilizada como uma potente e acessível
ferramenta de gestão agropecuária promovendo a visualização multiescalar e o uso
sustentável dos sistemas de produção na qual se almeja gerenciar.
WebGIS tem sido usado para planejamento na agricultura, inventário do uso da terra,
gerenciamento dos recursos naturais e suporte à decisão. Descartando o inventário do
uso da terra, os outros tópicos estão inseridos no contexto da agricultura de precisão
(AP).

Principais lições aprendidas do artigo

Com o artigo, aprendemos que a WebSIG é uma ferramenta que pode facilitar nos
permite cartografar uma determinada superfície da terra. Permitindo assim uma melhor
gestão, planejamento das nossas atividades agrícolas.

Por outro lado, aprendemos que as funções de extração/ integração e classificação das
camadas ou informações são pouco utilizadas, provavelmente, pela ausência de métodos
de integração padronizados em agricultura, com a exceção dos zoneamentos, que
trabalham em escala diferenciada quando comparada com aplicações em agricultura de
precisão

Análise crítica do artigo

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