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MEMORIAL DE CÁLCULO HIDROLÓGICO

DATA DA EMISSÃO: 04/05/2020

EXPEDIDO POR:

_________________________
Taís de Oliveira Depizzol
Arquiteta Urbanista CAU A140907-7

REFERÊNCIAL:

 NBR’s, Manuais Técnicos e literatura específica.

OBSERVAÇÃO:

 Nada consta.

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Sumário
1. INTRODUÇÃO. ............................................................................................ 4

2. LOCALIZAÇÃO. ........................................................................................... 4

3. REFERENCIAL ............................................................................................ 5

4. ESTUDOS HIDROLÓGICOS ....................................................................... 6

4.1. DIAGNÓSTICO E ANÁLISE TÉCNICA DA ÁREA DE ESTUDO .......... 6

4.2. SEPARAÇÃO DO ESCOAMENTO ..................................................... 10

4.3. CÁLCULO DE VAZÕES MÁXIMAS .................................................... 10

4.4. CARACTERISTICA FISIOGRÁFICA DA ÁREA CONTRIBUINTE ...... 12

4.5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA ÁREA COTRIBUINTE ................ 13

4.6. SIMULAÇÃO HIDROLÓGICA ............................................................. 13

5. CONCLUSÃO ............................................................................................ 15

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Lista de Figuras

Figura 1 software Pluvio 2.1 (carlópolis) ............................................................ 6


Figura 2 software Pluvio 2.1 (Interpolações) ...................................................... 7
Figura 3 Plotagem IDF ....................................................................................... 8
Figura 4 Descritivo IDF ....................................................................................... 9
Figura 5 coeficiente de runoff ........................................................................... 11

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1. INTRODUÇÃO.

O presente relatório tem por objetivo apresentar as metodologias e os


resultados dos estudos realizados. Para atingir este escopo utilizaram-se
softwares de análise e planilhas eletrônicas. Os resultados destas análises serão
apresentados nos próximos capítulos.

2. LOCALIZAÇÃO.

A área em questão possui como coordenadas métricas do sistema UTM,


631484.56 m E 7408506.75 m S; 631745.68 m E 7408467.45 m S; 631496.32 m
E 7408575.83 m S; 631756.48 m E 7408546.04 m S, zona 22 k, projeção DATUM
SIRGAS 2000.

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3. REFERENCIAL

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10844: Instalações


prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro, 1989.

Bichança, Maria De Fátima. BACIAS DE RETENÇÃO EM ZONAS URBANAS


COMO CONTRIBUTO PARA A RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES EXTREMAS:
CHEIAS E SECAS. Dissertação de Mestrado. Universidade do Porto, 2006;

INSTITUTO das Águas do Paraná. Unidades Hidrográficas do Paraná.


SUDERHSA, 2006. Disponível em
<http://www.aguasparana.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=8
2>.

FENDRICH, Roberto et al. Drenagem e Controle da Erosão Urbana. Curitiba,


Champagnat, 1997.

FENDRICH, Roberto. Chuvas Intensas para Obras de Drenagem (No Estado do


Paraná). Curitiba, Champagnat, 1998.

VILLELA, Swami Marcondes; MATTOS, Arthur. Hidrologia Aplicada. Editora


Mcgraw Hill. 1975.

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4. ESTUDOS HIDROLÓGICOS

4.1. Diagnóstico e análise técnica da área de estudo

Por meio do software PLUVIO 2.1 foi determinado à equação de chuva

intensiva para a Cidade de Carlópolis, a qual pode ser encontrada também

“Chuvas Intensas Para Obras de Drenagem no Estado do Paraná”, de Roberto

Fendrich. A fim de obter dados comparativos, realizaram-se interpolações

utilizando o Método do Inverso da Quinta Potência da Distância e considerando

as informações de todas as localidades em que a equação de intensidade-

duração-frequência da precipitação é conhecida nos Estados da Bahia, Espírito

Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins, no entanto,

optou-se pela equação inicial mencionada.

Figura 1 software Pluvio 2.1 (carlópolis)

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Figura 2software Pluvio 2.1 (Interpolações)

A definição de tempo de retorno, segundo a NBR 10.844, é o “ número

médio de anos em que, para a mesma duração de precipitação, uma determinada

intensidade pluviométrica é igual ou ultrapassada apenas uma vez”.

É possível relacionar as variáveis acima, sendo que a Figura 02 apresenta

a variação da intensidade em função do tempo de retorno e da duração da

precipitação.

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Figura 3Plotagem IDF

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Figura 4 Descritivo IDF

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4.2. SEPARAÇÃO DO ESCOAMENTO

No atingir a superfície dos continentes a precipitação tem 2(dois) caminhos

a seguir, infiltrar no solo ou escoar superficialmente. Há diversos métodos

atualmente para separação do escoamento de uma tormenta.

O método adotado deu-se pelo coeficiente runoff. O qual indica a

quantidade de água de uma determinada tormenta que infiltra no solo ao se

informar as características de ocupações do solo da bacia.

Este coeficiente expressa na realidade a percentagem de escoamento

superficial gerado por uma determinada precipitação qualquer, em detrimento da

altura total da precipitação. Por ser um método extremamente simples de

separação de escoamento, sua utilização apresenta restrições quanto às

dimensões da área onde o mesmo é aplicado, bem como a importância das obras

de drenagem dimensionadas por meio dele. Neste método, por exemplo, as

pedras por retenção em depressões do terreno e evapotranspiração apresentam

sempre valores fixos.

4.3. CÁLCULO DE VAZÕES MÁXIMAS

Um método de cálculo de picos de vazões originadas em eventos de

precipitações extremamente utilizado é o Método Racional. Neste método a

separação do escoamento é representa por meio de um coeficiente denominado

de coeficiente de runoff ou deflúvio.

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Figura 5 coeficiente de runoff

Em termos de confecção de hidrograma, o princípio básico do método

racional considera que a vazão máxima ocorre quando toda a bacia passa a

contribuir no ponto considerado, portanto neste método a duração da chuva (td)

deve ser igual ao tempo de concentração (tc). O Método Racional é representado

pela equação a seguir.

O Método Racional deve ser aplicado apenas para pequenas áreas de

drenagem segundo alguns autores menores que 300 ha, pois conforme área de

drenagem aumenta a precisão no cálculo de vazão diminui, uma vez que o

método considera apenas o valor pontual da intensidade média da chuva intensa,

constante temporal e espacialmente.

Sendo:

Q: Vazão máxima (m³/s);

I: Intensidade média de precipitações intensa;

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A: Área de projeto;

C: Coeficiente médio de escoamento superficial;

4.4. CARACTERISTICA FISIOGRÁFICA DA ÁREA CONTRIBUINTE

Analisando-se o levantamento topográfico planialtimétrico cadastral, conciliado a

dados de altimetria disponíveis no software INFRAWORKS /AUTODESK CIVIL

3D e, dos dados fornecidos pela Nasa denominado SRTM (Shuttle Radar

Topography Mission), delimitou-se as áreas de contribuições.

Da posse destes dados, calculou-se a declividade média da área

contribuinte, bem como o tempo de concentração, por meio da equação de kirch,

representada a seguir.

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Não foi considerado neste estudo o efeito de armazenamento para a área

em estudo, pelo fato da área em questão ser considerada como pequena

(PORTO, 2006), ou seja, possuir tempo de concentração menor que uma hora

e/ou área menor do que 3 km².

4.5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA ÁREA COTRIBUINTE

A área de contribuintes para as seções em estudo serão simuladas em

duas situações, sendo:

1. Atualmente: Ruas sem revestimento asfáltico, adotando um coeficiente de

runoff ou deflúvio de 0,6.

2. Posteriormente: Ruas com revestimento asfáltico, adotando um coeficiente

de runoff ou deflúvio de 0,8.

4.6. SIMULAÇÃO HIDROLÓGICA

De posse das informações levantadas nas fases anteriores, realizaram-se

as simulações com o intuito de estimar a vazão afluente à seção em análise.

Analisou-se a máxima vazão que a área de contribuição é capaz de

produzir, para tempo de retorno de 10 (dez) anos (tr=10), considerando tempo de

duração da tormenta igual tempo de concentração da bacia.

Onde:

L: Comprimento do talvegue;
∆h: Desnível no comprimento do talvegue;
Tc: Tempo de concentração da bacia;
I: Intensidade da precipitação;
Q: Vazão de pico;

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Drenagem superficial Dimensionamento hidráulico

A fim de verificar a capacidade de vazão dos meios-fios (sarjeta) utilizou-se


a formula a seguir:

Meios-fios (sarjeta)

Para este estudo utilizou-se o modelo genérico abaixo, cujas dimensões


são:
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Parâmetros de cálculo estabelecidos

Declividade mínima: 0,5%


Coeficiente de rugosidade (Manning): 0,012
Declividade longitudinal do meio-fio (sarjeta) 0,02 m/m
Altura da lâmina d’ água na sarjeta 13 cm

Resultado

5. CONCLUSÃO

Conforme explicitado ao longo do presente Laudo Técnico verifica-se que a


vazão acrescida em função da pavimentação é excessivamente pequena.

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Nota-se na imagem acima que à área a montante das ruas serem
pavimentadas dispõe de todos os elementos de drenagem necessários. Diante do
exposto, com todo o fundamento acima, o baixo volume a ser acrescido pela
pavimentação asfálticas das vias, não acarretará em nenhum malefício. Sendo
assim, a princípio será adotada apenas a drenagem superficial das ruas com
meio-fio com sarjeta. Concomitante, quanto houver demais acréscimos de áreas
pavimentadas, esse Setor de Obras intervirá e dimensionará a implantação de
todos os conjuntos de elementos de drenagem com suas respectivas bocas de
lobo.

Terrenos murados entornam as ruas a serem pavimentadas com grandes


áreas permeáveis.

Figura 01 Figura 02

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Figura 02 Figura 02

Figura 03 Figura 04

Figura 05 Figura 06

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