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PEA - 2420 : Produção de

Energia Elétrica – Edição 2012

Programa da Disciplina

Prof’s Dr’s Dorel Soares Ramos e José Aquiles Baesso Grimoni


Sala de Aulas : B2-10
Aulas : 3as feiras 14:00 às 15:50 h e 6as feiras 15:50 às 17:40h
Emails: dorelram@pea.usp.br e aquiles@pea.usp.br
PEA - 2420 : Produção de
Energia Elétrica – Edição 2012
Programa da Disciplina Mês/dia
31/07
Atividade
Apresentação da Disciplina e
Mês/dia
03/08
Atividade
Centrais Hidroelétricas
Centrais Hidroelétricas
07/08 Centrais Termoelétricas 10/08 Centrais Hidroelétricas
14/08 Centrais Termoelétricas 17/08 Centrais Hidroelétricas
21/08 Centrais Termoelétricas 24/08 Centrais Hidroelétricas
28/08 Centrais Termoelétricas 31/08 Exercícios Hidroelétricos
Setembro
04/09 Recesso escolar 07/09 Recesso Escolar
11/09 Centrais Termoelétricas 14/09 Centrais Eólicas
18/09 Exercícios Termoelétricos 21/09 Centrais Eólicas
25/09 Semana de prova 28/09 Semana de prova
Outubro
02/10 Centrais Fotovoltaicas 05/10 Centrais Eólicas
09/10 Centrais Fotovoltaicas 12/10 Feriado
16/10 Centrais Fotovoltaicas 19/10 Exercícios Eólicos
23/10 Exercícios Fotovoltaicos 26/10 Planejamento Geração
30/10 Outras Fontes
Novembro
02/11 Feriado
06/11 Geração Distribuída 09/11 Planejamento Geração
03/11 Exercicios 16/11 Não haverá aula
2011 Não haverá aula 23/11 Planejamento Geração
27/11 Seminário 30/11 Exercicios
Dezembro
04/12 Semana de Prova 07/12 Semana de Prova
11/12 Semana de sub 14/12 Semana de sub
PEA - 2420 : Produção de Energia Elétrica –
Edição 2012
Programa da Disciplina
Bibliografia Básica:

 Notas de aula

 REIS, L.B. Geração de Energia Elétrica. Tecnologia, Inserção Ambiental, Planejamento, Operação e
Análise de Viabilidade. Ed. Manole, São Paulo, 2003, 324p.

 SOUZA, Z.; FUCHS, R. D.; SANTOS, A . H. M. Centrais Hidro e Termelétricas.

 SIMONE, G; A Centrais e Aproveitamento Hidrelétricos, Ed Érica, 246p.

 LORA,E.E.S; NASCIMENTO,M.AR. Geração Termelétrica: Planejamento, Projeto e Operação.


Volumes 1 e 2, Editora Intersciência, Rio de Janeiro, 2004

 Apostilas do curso

 Eliane Fadigas. Energia Eólica, Ed Manole.

Critério de avaliação:

MF  [
 P1  P 2
] * 0,7  ME * 0,1  Sem * 0,2
2
Homepage da disciplina: http://disciplinas.stoa.usp.br
PEA - 2420 : Produção de
Energia Elétrica

Geração Hidrelétrica

Prof. Dr. Dorel Soares Ramos


Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo
Parte 1 São Paulo, 31 de Julho de 2012.
Classificação das fontes de energia elétrica

Convencionais e não-convencionais
(alternativas)

 Renováveis e não-renováveis
Potencial Hidrelétrico
Princípio de Funcionamento
 Potência = m.g.HQ
 m = massa que cai / seg
 g = aceleração da gravidade
 HQ = queda bruta
 Se a água que cai, vem de um
rio com velocidade v’
 P= m.g.H + 1/2 m.v’2
 Obs: 1/2 m.v’2 em geral pode
ser desprezada pois v’ é muita
pequena
Função de Produção
Troca-se m/seg por Q (vazão) m3/s
= m/Q
Q = volume de água que escoa por
segundo através do tubo (vazão)
P =  g.H.Q
g = aceleração da gravidade -
9,81m/s2
 = 1.000 kg/m3
Potência = 9,81 HQ (kW)
sendo H - metros e Q - m3/s

Pg  g..10 .t . g .H .Q.h [kW ]


3
Hidrelétrica - Características

 Rendimento ou eficiência: TOT  H .T .g onde


H - Rendimento do sistema hidráulico
T - Rendimento da turbina
 - Rendimento do gerador
H0,96
g
Valores típicos são: 0,76  TOT  0,87 com
0,94  T  0,88
0,97  g  0,90
P  TOT . g. QH
E  P  FC  8760horas onde
E - Energia produzida no ano
FC - Fator de capacidade da usina
Prioridades de Enchimento e Deplecionamento

P = g.( H .  T .  G) Q . H

U1

U2
Exemplo:
P=9,81x(0,94 x 0,98)x40x450/1000= 162,7 MW
U3

Q = m3/s= vazão turbinada


U4 g= aceleração da gravidade
H = altura de queda (m)
ASPECTOS BÁSICOS DE HIDROLOGIA
Postos de medição
existentes em diversos
locais das bacias
hidrográficas recebem o
nome de posto
fluviométrico
CONCEITO DE TRANSPOSIÇÃO
Fluviograma: representa o comportamento da vazão em uma seção
reta (local) do rio ao longo do tempo
Assegurada
REGULARIZAÇÃO DE VAZÕES
CAPACIDADE DOS RESERVATÓRIOS

Considerando-se o
comportamento
variável das vazões
no rio, pode-se
concluir que, se
nada for feito,
apenas uma vazão
muito pequena
poderia ser usada
na maior parte do
tempo.
A vazão média obtida após a instalação de
barragem no rio recebe o nome de vazão
regularizada.

O processo de armazenamento de água e


obtenção da vazão regularizada recebe o nome
de regularização do rio.
Curvas Cota x Área / Volume
Operação de Sistema Hidrelétrico
o
i
d
15000 ENERGIA SECUNDÁRIA
é
m

L
10000
A
ENERGIA FIRME HIDROELÉTRICA
R
U
T
A
N

A
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I
G
R
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N
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s
ê
m
15000
W
M

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D
10000
A
N
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Z
A
M
5000
PERÍODO CRÍTICO
R
A 0
jF MA M J J A S O N D jFM A M J J A S O N D jFMAM J J A S O N D J F M A M JJ A S O N D
A
I
G
1º ano 2º 3º 4º
R
E
N Fonte:
E SISTEMA HIDRÁULICO CANAMBRA 1964
Operação de Sistema Hidrotérmico

o
i 15000
d ENERGIA SECUNDÁRIA
é CAPACIDADE
m TERMICA
TERMICA
L
10000
A
R
ENERGIA FIRME HIDROTÉRMICA
U
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5000
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G ENERGIA FIRME HIDRELÉTRICA
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M PERÍODO CRÍTICO
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A
I 1º ano 2º 3º 4º
G
R
E
N
SISTEMA HIDROTÉRMICO Fonte:
E CANAMBRA 1964
PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

A produção de energia elétrica, dependerá, dentre outros


fatores, da vazão de água efetivamente usada para produzir
a energia mecânica que acionará o gerador elétrico

Esta vazão recebe o nome de vazão turbinável (ou turbinada),


pois deverá acionar a turbina que transmitirá energia ao
gerador

O valor dessa vazão turbinável e suas características ao longo


do tempo estarão relacionadas com o tipo de aproveitamento
(fio d’água ou com reservatório), com sua regularização e com
o tipo de uso que se fará da vazão regularizada
Sistema Elétrico Brasileiro - Estrutura Regional

 4 grandes Subsistemas Interligados


 110.000 MW de capacidade instalada, com cerca de
100 usinas com mais de 30 MW (além de quase toda
parcela paraguaia de Itaipú)
 ~ 82 % hidrelétrico
 43 grandes reservatórios em 12 Bacias
Hidrográficas
 Produção superior a 482.000 GWh ano (55.0 GWm)
 Demanda Máxima de quase 80.000 MW
 70.000 km de linhas de transmissão (230 kV e acima)
 Faturamento anual estimado em mais de 30 bilhões
de Reais
 55 % do mercado da América do Sul
Subsistemas Sul / Sudeste - Energia Armazenada
Quadrilátero dos Grandes Reservatórios
Características dos Subsistemas
Capac. Armaz.
10.693 MWmês
4,5%

Sistema Interligado Norte


• Exportador 9 meses do ano Capac. Armaz.
50.193 MWmês

2c
Tucuruí 2c Sistema Interligado Nordeste
21,2%
Imperatriz
2c • Crescentemente mercado de
demanda, com reversão do quadro
Interligação 2c 2c em função da intensificação do
Norte/Sul aproveitamento da energia eólica.
Interligação
Norte/Nordeste
Capac. Armaz. Sistema Interligado Sudeste/Centro-Oeste
160.844 MWmês • Grande mercado de demanda no país.
68,0% Sama
mbaia
• Importador de outras regiões e países
vizinhos, na maior parte do ano.
Interligação Rede basica
• Sistema de dimensão Sul/Sudeste do
Sudeste/Centro-Oeste
• Grande capacidade de armazenamento em
continental com múltiplos reservatórios.
predominância Ivaiporã
Ibiuna

hidrelétrica. Itaipu
Tijuco Preto Sistema Interligado SUL
3c Sistema de
• Quatro submercados, Interligação transmissão
Hoje : Sistema hidrotérmico com grande
sendo que o Norte Argentina
de Itaipu variabilidade de armazenamento: intercâmbios
- 3 circ 750kV CA
- Elo CC + 600kV com SE/CO variando de sentido.
cada vez mais será Garabi

exportador, seguido Futuro : Expansão da geração e intercâmbios


Capac. Armaz. internacionais o tornam exportador em
pelo Sul.
14.794 MWmês potencial.
6,3%
Hidrelétrica - Principais componentes

 Barragens
- Comporta
 Vertedouros -
-
Soleira Livre
Tulipa
Bacia de Dissipação

- Descarregador de Fundo
 Comportas
 Stop logs
 Condutos
 Chaminés de equilíbrio ou câmera de descarga
 Casas de força
Diagrama Geral de uma Hidrelétrica

Entrada de Água Erro de Freqüência


-Válvula- Reg. (ou Potência)
Veloc.

(Distribuidor)

Energia
Turbina Gerador
Elétrica

Rotor do
Pmec Gerador

Regulação
de Tensão
Principais Componentes
Barragem
NM Chaminé de equilíbrio

Comportas
Casa de
Tomada de água e grades máquinas

Conduto forçado NJ
Usina Hidrelétrica
Linhas de transmissão

Barragem
Conduto Forçado

Geradores

Turbinas

Seção Transversal de uma


Usina Hidrelétrica Típica
BARRAGEM DE TRÊS GARGANTAS - CHINA

Finalidade:
• Represar a água para
captação e desvio
• Elevar o nível da água
para aproveitamento
elétrico e navegação
• Represar a água para
regularização de vazões
e amortecimentos de
cheias
VERTEDOUROS OU EXTRAVASORES
Ilha Solteira São necessários
para descarregar as
cheias e evitar que a
barragem seja
danificada
Itaipú
COMPORTAS E TOMADA DÁ AGUA
Comportas: permitem isolar a água do sistema final de produção de energia elétrica,
tornando possível por exemplo, trabalhos de manutenção.

Tomada d´água: permitir a retirada de água do reservatório e proteger a


entrada do conduto de danos e obstruções.
CONDUTOS
Podem ser livres ou forçados
CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO PO CÂMARA
DE DESCARGA
Função principal : aliviar o excesso de pressões causado
pelo golpe de aríete

Barragem
NM Chaminé de equilíbrio

Casa de
Tomada de água máquinas

Conduto forçado NJ
Configuração de uma
Ponte Rolante Casa de Força

Arranjo de
eixo vertical

Canal de Fuga
TURBINA DE ITAIPÚ
TIPOS DE CENTRAIS HIDRELÉTRICAS

Classificação:

• Quanto ao uso das vazões naturais


• À potência
• À forma de captação de água
• Função no sistema
Tipos de Centrais Hidrelétricas
 Quanto ao uso das vazões naturais

Centrais a fio d’água


 Centrais de acumulação
 Centrais reversíveis
Central a Fio d’água
Tem uma capacidade de armazenamento muito pequena e,
em geral, dispõe somente da vazão natural do curso d´água
Central de Acumulação
Central Reversível
Tipos de Centrais Hidrelétricas

 Quanto à potência
 micro P < 100 kW
 mini 100 < P < 1.000 kW
 pequenas 1.000 < P < 30.000 kW
 médias 30.000 < P < 150.000 kW
 grandes P > 150.000 kW
Tipos de Centrais Hidrelétricas

 Quanto à altura de queda d’água:

 baixíssima H < 10 metros


 baixa 10 < H < 50 metros
 média 50 < H < 250 metros
 alta H < 250 metros
Tipos de Centrais Hidrelétricas
 Quanto à forma de captação da água

 leito
de rio ou de barramento
 desvio ou em derivação

Barragem
Tomada d'água
Conduto de adução
Sob pressão ou a céu aberto
Rio
Chaminé de equilíbrio
Casa de máquinas
Conduto forçado
Restituição da água
Central hidrelétrica em desvio
Barragem
Tomada d'água
Conduto de adução
Sob pressão ou a céu aberto
Rio
Chaminé de equilíbrio
Casa de máquinas
Conduto forçado
Restituição da água

Barragem Chaminé de equilíbrio


NJ

Casa de
Tomada de água máquinas
Conduto forçado NM
Pontos a serem analisados quando da instalação de uma
Central Hidrelétrica
 Potência mecânico –hidráulica disponível
 Potência utilizável
 Possibilidade de transporte dos componentes ao parque gerador
 Custo das obras civis
 Custos dos equipamentos de ação direta e dos equipamentos
auxiliares
 Custo de manutenção
 Rendimento dos equipamentos de ação direta (turbina e gerador)
 Custo das áreas inundáveis
 Valores da áreas no entorno do reservatório
 Aspectos ligados à geologia e à localização do reservatório e da
barragem

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