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SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DE TROCADORES DE CALOR CASCO E

TUBO UTILIZANDO NANOFLUIDO COMO FLUIDO DE TRABALHO

1,2 1 1
José Ângelo Peixoto da Costa , Jacek S. Michalewicz , Frederico Duarte de Menezes ,
1 1,2 1
Marcio Vilar França Lima , Álvaro Antônio Ochoa Villa , João Victor Cavalcanti Silva

1
DACI/IFPE Federal Institute of Technology of Pernambuco, Recife, Brazil
Av. Prof. Luís Freire, 500 - Cidade Universitária, Recife - PE, 50740-540
2
PPGEM/UFPE, Federal University of Pernambuco, Recife, Brazil
Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife - PE, 50670-901

RESUMO
Um dos fatores mais limitantes no desenvolvimento de trocadores de calor mais eficientes para
aplicações industriais é a baixa condutividade térmica dos fluidos. O uso de nanopartículas em
suspensão tem se mostrado um recurso promissor em estudos com grande potencial para
melhorar a transferência de calor. Elevados custos para a aquisição de trocadores de calor que
forneçam dados experimentais precisos nas análises, torna inviável a realização de projetos para
otimização desses equipamentos. Uma alternativa para a realização destas análises é a obtenção
de dados em análises numéricas através de dinâmica de fluido computacional (CFD), onde é
possível simular um estudo numérico tridimensional em trocadores de calor, levantando fatores
globais do projeto e/ou até mesmo obter dados antes impossíveis de serem obtidos
experimentalmente ou determinados analiticamente. Neste estudo, foi utilizado um modelo
numérico de trocador de calor do tipo casco e tubo, onde foi obtido um erro máximo de
aproximadamente 2,0% para o uso da água com fluido base, quando comparado com resultados
obtidos experimentalmente. Foi verificada a diferença de troca térmica entre o uso apenas da água
e as características de transferência de calor de nanofluidos de grafeno a base de água (H2O) em
um trocador de calor casco e tubo, com feixe de tubos, e considerando um fluxo de calor constante
através do método de dinâmica de fluidos computacional (CFD) para uma concentração
volumétrica (0,01%). A partir de parâmetros calculados, tais como; a taxa de transferência de calor
e o coeficiente global de transferência de calor, foi realizada uma análise do desempenho termo-
hidráulico com os nanofluidos para verificação da melhoria das propriedades termofísicas do
trocador de calor. Os resultados para a eficiência experimental foi de aproximadamente de 3,0% e
nas simulações CFD usando nanofluido a 0,25% foi de aproximadamente 15% de aumento.

Palavras Chaves: Trocador de calor, CFD, Grafeno, Nanofluido.


1. INTRODUÇÃO

Trocadores de calor são equipamentos que admitem que dois ou mais fluidos a diferentes
temperaturas troquem calor através de uma superfície metálica, podendo ou não ocorrer mudança
de fase dos fluidos. Essa permuta térmica tem o objetivo de atender às exigências de um
determinado processo [1]. A transferência de calor em trocadores de calor está relacionada à
convecção e condução nos fluidos [2]. Como parâmetros significativos nos trocadores de calor têm-
se: o coeficiente global de transferência de calor e a taxa de transferência de calor, os quais são
dependentes da magnitude da diferença de temperatura entre os fluidos no local, e essa
temperatura varia ao longo do trocador. Sendo assim, torna-se visível que o tipo de trocador de
calor tem influência direta na distribuição da temperatura no trocador. Dentre os diversos tipos de
trocadores de calor empregados em processos industriais, um dos mais usados é o tipo casco e
tubo, por ser confiável e por sua manutenção ser relativamente fácil de ser realizada [3]. Este
trocador consiste, resumidamente, de um casco cilíndrico que envolve um feixe de tubos em seu
interior. Um dos fluidos de trabalho escoa pelo casco e o outro fluido, pelos tubos do feixe. A troca
térmica ocorre através das paredes dos tubos. Os componentes principais deste equipamento são
o casco, o feixe de tubos e os cabeçotes de entrada e retorno [4]. Segundo Perussi [5] os
trocadores de calor do tipo casco e tubo ou multi-tubulares caracterizam-se por um feixe de tubos
confinados por um vaso (casco). O lado do casco, hermeticamente construído para receber altas
pressões, possui em seu interior chicanas transversais que obrigam o fluido a se movimentar entre
os tubos ao longo do casco, com o objetivo de aumentar o coeficiente global de transferência de
calor. Segundo Flores e Bandarra [6], os fluidos de transferência de calor convencionais como
água, etilenoglicol e óleo mineral desempenham um importante papel em vários setores da
indústria, como por exemplo, a geração de energia e o resfriamento de componentes
microeletrônicos. Porém, estes fluidos possuem reduzida condutividade térmica. Esforços vêm
sendo realizados pela busca de fluidos térmicos com melhor desempenho energético, levando a
um menor consumo de energia e que torne estes processos industriais mais eficientes [7]. Uma
das alternativas propostas é a suspensão de partículas sólidas de tamanho nanométrico
(1~100nm) em fluidos convencionais [8-9]. Estas suspensões, denominadas de nanofluido tem se
comportado como uma nova classe de fluidos térmicos que despertou o interesse de diversos
pesquisadores por apresentar uma condutividade térmica superior aos fluidos tradicionais [8-9]. Os
nanofluidos, considerados como uma nova classe de fluidos da Engenharia consiste na dispersão
de nanomateriais, como por exemplo, nanopartículas, nanotubos, nanofibras, nanofios, nanofolhas
(2D), nanocilindros (3D) ou partículas nanométricas em forma de gotas (nanodroplets), em fluidos
base, como por exemplo etilenoglicol, água, óleos ou até mesmo líquidos iônicos. Dito por outra
forma, nanofluidos são suspensões coloidais numa escala nano que contêm nanomateriais
(diâmetro da partícula menor que 100 nm). Estes fluidos representam sistemas inicialmente em
duas fases, a parte sólida (nanométrica) e o fluido base, que após dispersão uniforme formam uma
mistura estável e com propriedades diferentes das dos componentes isolados [9-10]. Estes
nanofluidos têm mostrado características promissoras, como aumento significativo da
condutividade térmica, o que pode representar uma alternativa aos fluidos de transferência de calor
convencionais em diversas aplicações. Diversos trabalhos têm sido desenvolvidos na área de
trocadores de calor, analisando parâmetros geométricos e buscando melhorias no desempenho
dos mesmos [11-14]. Yang et al. [14] apresentaram estudos numéricos tridimensionais com
trocadores de calor do tipo casco e tubo, através da modelagem de modelo numérico, que levou
em consideração diferentes modelos físicos (unitários, periódico, meios porosos) através do uso do
CFD, onde os resultados apontaram que as abordagens dos modelos considerados, obtiveram
grande precisão quando comparados com os resultados experimentais. Por outro lado, Han et al.
[15], apresentou em seus estudos uma possível solução para o problema das incrustações das
tubulações dos trocadores de calor, através de um modelo numérico para predizer a taxa de
deposição de partículas de gases de cinzas, considerando transporte de partículas e estimando o
comportamento utilizando o software CFX. Neste trabalho foi realizado um estudo numérico da
eficiência energética de trocadores de calor tipo casco e tubo por meio do método do CFD
(Computational Fluid Dynamics). Através da coleta das temperaturas e vazões da água e do
grafeno como fluido de operação foi determinando o desempenho energético dos trocadores em
função do grafeno como Nanofluido. Foi realizada uma comparação do desempenho energético do
trocador de calor utilizando água e também grafeno como fluidos de operação.

2. METODOLOGIA

2.1. Metodologia Experimental

Nesta seção será apresentada a fabricação do Grafeno e os testes experimentais na bancada de


trocador de calor utilizando o nanofluido de Grafeno como fluido de trabalho.

2.1.1 Síntese do Nanofluído de Grafeno

O grafeno (GF) é definido como um material ordenado, constituído exclusivamente de átomos de


carbono com hibridização sp2, cujas dimensões se estendem em duas dimensões, resultando em
uma camada estruturada com morfologia do tipo “favo de mel” (honeycomb), com espessura
limitada as dimensões do átomo de carbono, sendo por isso classificado como um material 2D
[2,3]. Devido a sua estrutura singular, o GF apresenta propriedades físicas e químicas que
justificam o número crescente de publicações relacionadas a aplicações diversas com este
material. Dentre as várias propriedades, podemos destacar:

 Condutividade elétrica: o GF é considerado como um semicondutor “zero-gap”, onde a


mobilidade eletrônica pode exceder 15.000 cm2*V-1*s-1, apresentando uma resistividade da
ordem de 10-6 ohm.cm, para uma folha única de GF;

 Transparência ótica: o GF possui uma excelente transmitância a uma faixa larga de espectro
de comprimentos de onda (especificamente na região de transições óticas), absorvendo,
aproximadamente, apenas 2,3% dos fótons que interagem com o material;

 Propriedades mecânicas: o GF possui uma força de ruptura de sua estrutura da ordem de 42


N*m-1. Para efeito comparativo, se produzíssemos um filme de aço de mesma espessura do
GF, este filme teria uma força de ruptura da ordem de 0,084-0,40 N*m-1, o que mostra que o
GF possui 100 vezes mais resistência a ruptura do que o aço;

 Condutividade térmica: o GF apresenta uma condutividade térmica da ordem de 5000 W*m-


1*K-1, valor 10 vezes superior ao cobre, um dos materiais mais utilizados em sistemas de
transferência de calor, cuja condutividade térmica é de 401 W*m-1*K-1.

 Reatividade química: devido a sua estrutura 2D, o GF apresenta reatividades diferentes entre
os carbonos na borda e os carbonos na região central das monocamadas. Os carbonos de
borda possuem uma maior reatividade a processos de oxidação e inserção de outros grupos
funcionais, permitindo sua funcionalização para uso em aplicações específicas. Além disso,
em relação às outras formas alotrópicas do carbono, o GF é quem possui a maior razão
carbonos de borda/carbono total, o que explica como modificações químicas nestes carbonos
alteram significativamente outras propriedades do GF.

O nanofluido foi obtido através da esfoliação eletroquímica do grafite. Na primeira etapa, dois
eletrodos de grafite foram introduzidos em um balão de vidro de três vias com capacidade de 125
mL. Ao balão, adicionou-se 100 mL de uma solução de sulfato de sódio (Na2SO4) na
concentração de 0,5M, sendo esta solução utilizada como eletrólito para o processo de esfoliação.
Na segunda etapa, os eletrodos de grafite foram ligados a uma fonte de alimentação ICEL Manaus
PS-1500, sendo aplicado entre os eletrodos um potencial DC constante de 10,0 V, durante 12
horas, a temperatura ambiente. Na terceira etapa, após o processo de esfoliação eletroquímica,
filtrou-se a dispersão obtida e lavaram-se o precipitado filtrado duas vezes com água deionizada
para a remoção de íons residuais do eletrólito. O precipitado foi então levado à estufa para
secagem, a uma temperatura de 60°C, durante 24 horas. Na quarta etapa, pesou-se 0,7 g do
grafite esfoliado e 11,4 g de Poliestireno Sulfonato de Sódio (PSS), utilizado como surfactante para
a obtenção de uma dispersão homogênea. O material pesado foi então adicionado á 500 mL de
água destilada e disperso por ultrassom (BANDELIN electronic UW 2070), aplicando-se uma
potência nominal de 40%, durante 1 hora. Finalmente, a dispersão homogênea obtida foi diluída
para um volume final de 7 litros de nanofluido, utilizando-se água destilada como fase dispersante.
Na figura 1 é apresentado o aspecto do Grafeno e do nanofluido diluído em água.

Figura 1: Nanofluido de Grafeno.

2.1.2 Experimento trocador de calor casco e tubo

Para os testes com o nanofluido foi utilizado o módulo de serviço experimental TD360 que é
composto basicamente por dois circuitos de água, fria e quente. O circuito do fluido frio (água fria)
consiste no recebimento da alimentação de água, que escoa por um sensor de vazão tipo turbina,
por meio de uma válvula manual de controle de vazão, e sai do sistema pelo dreno. O circuito de
água quente possui um tanque de água com um aquecedor elétrico integrado. A variação de
temperatura é realizada através de um controlador PID de temperatura. A circulação do fluido
quente se dá por uma bomba centrífuga a qual faz o mesmo retornar ao tanque e mater. o fluido na
temperatura de set point. O nano fluido de Grafeno foi armazenado no circuito de fluido quente do
módulo de serviço, pois o mesmo permanece recirculando e mantido à temperatura de 60°C. O
nanofluido de Grafeno circula dentro dos tubos do trocador de calor que são construídos de aço
inox 304, na outra corrente circula água industrial a temperatura ambiente de 25°C que deverá ser
aquecida pela corrente quente formada pelo nanofluido de Grafeno. A figura 2 apresenta o trocador
de calor e o aparato experimental com o logger para armazenamento dos dados coletados.
Figura 2: Módulo de serviço experimental trocador de calor casco e tubo.

A análise experimental aplicada ao trocador foi direcionada à variação da vazão dos circuitos de
água quente e fria, assim como as temperaturas de entrada e saída dos mesmos circuitos, visando
o comportamento do trocador em diferentes condições de operação. O experimento consistiu em
manter a temperatura do fluido quente a 60ºC e efetuar a montagem do trocador de calor com
vazão em escoamento contra fluxo e paralelo. Para cada procedimento foram realizados quatro
testes variando as vazões de água quente e fria:

• Teste 1 – Fluxo quente = 3 L.min-1 (0,051 kg.s-1) e Fluxo frio = 3 L.min-1 (0,051 kg.s-1);

• Teste 2 – Fluxo quente = 3 L.min-1 (0,051 kg.s-1) e Fluxo frio = 2 L.min-1 (0,034 kg.s-1);

• Teste 3 – Fluxo quente = 3 L.min-1 (0,051 kg.s-1) e Fluxo frio = 1 L.min-1 (0,017 kg.s-1);

• Teste 4 – Fluxo quente = 3 L.min-1 (0,051 kg.s-1) e Fluxo frio = 0.5 L.min-1 (0,0085 kg.s-1).

Para estabilização de cada experimento foram necessários 25 minutos para garantir o regime
permanente e atingir um erro relativo abaixo de 1%.

2.2. Metodologia de Simulação Computacional CFD (Computacional Fluid Dynamics)

Na modelagem computacional CFD do trocador de calor, foi utilizado o SolidWorks para a


modelagem física, separando os domínios sólidos e fluídicos, necessários para uma análise CHT
(Conjugate Heat Transfer). Na figura 3 é mostrado o desenho e os domínios computacionais do
trocador de calor casco e tubo.
Figura 3: Modelagem CAD trocador de calor casco e tubo.

Na geração de malha utilizou-se o ANSYS Meshing onde se construiu uma malha tetraédrica com
245822 elementos e foi verificado através da análise de malha, que o ganho em exatidão com o
aumento do número de nós era abaixo de 1%, critério usado baseado na exatidão dos termopares
tipo K utilizados no experimento, sendo este de 2% do valor lido. A figura 4a apresenta a forma da
malha do modelo e a figura 4b são apresentadas as condições de contorno do modelo as quais
foram variadas de acordo com o experimento.

Figura 4: a. Malha computacional. b. Condições de contorno.

Após a geração de malha procedeu-se a análise da física e das condições de contorno do modelo
CFD. Como boa prática foram determinados os pontos de monitoramentos correspondentes às
posições dos termopares do experimento para fins de validação do modelo CFD. O solver utilizado
foi o ANSYS CFX e inicialmente simulou-se o trocador de calor apenas com água nas duas
correntes e comparado com os resultados experimentais do banco de testes. Observa-se na figura
5 que os resultados CFD apresentaram um erro relativo ao experimento de 0,017% para a corrente
quente e 0,029% para corrente fria validando o modelo e também justificando o número de
elementos da malha. A simulação foi realizada utilizando uma máquina com configuração Core i7-
6500U 3.1GHz 6ª geração, 8 GB de RAM DDR4, placa de vídeo dedicada de 2GB.
Figura 5: Validação do modelo CFD do trocador de calor casco e tubo.

Após a validação do modelo foi simulado o nanofluido de Grafeno baseado no trabalho de [14]
para uma concentração de 0,25% em volume. A tabela 1 apresenta os dados termofísicos
utilizados nas simulações CFD para comparar o desempenho entre a água e o grafeno.

Tabela 1. Propriedades do Grafeno e da água


Parâmetro Grafeno (0,25%) Água
Cp [J/kg.K] 4172,333 4181,7
k [W/m.K] 0,63166 0,6069
ρ [kg/m³] 995,8333 997,00
µ [Pa.s] 0,000944 0,0008899

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados experimentais com o nanofluido de grafeno a 0,01% em volume se apresentaram


promissores ainda para uma baixa concentração. O resultado para o trocador de calor casco e
tubo considerando um escoamento contra fluxo apresentou melhores eficiências energéticas que
quando considerando o escoamento em fluxo paralelo, sendo o valor máximo atingido de
aproximadamente 3,0%. Como o resultado para o contra fluxo foi melhor aproveitou-se o modelo
CFD para simular uma condição onde o nanofluido tivesse uma concentração em volume de 0,25%
para fins de futuros experimentos com outras concentrações e validar as simulações. Na figura 6 é
apresentado o resultado do campo de temperaturas para o trocador de calor com água e com o
nanofluido, observa-se que o nanofluido mostra campo de temperatura ligeiramente diferente.
Tabela 2. Resultados experimentais do Grafeno e da água
Diferença da Eficiência Média de temperatura
Vazão [l/min] entre Nanofluido e Água [%]

PARALELO CONTRA FLUXO


Quente Frio
3 3 0,9778 0,7602
3 2 0,5783 0,1503
3 1 1,8114 1,0258
3 0,5 1,9530 2,7600

Na figura 7 é mostrada a diferença de temperatura entre as duas simulações, onde em algumas


regiões pode-se chegar a diferenças de até 10°C este resultado vem colaborar com o resultado
nas eficiências globais do trocador com e sem o nanofluido aplicado. No gráfico da figura 8 fácil de
verificar a diferença da eficiência do nanofluido chegando a um máximo de aproximadamente 15%.

Figura 6: Resultado do campo de temperatura.

Figura 7: Resultado da diferença de temperatura entre a água e o grafeno.


EFICIÊNCIA TROCADOR DE CALOR
20,00
17,54 17,53 17,52 17,52

15,00

10,00

5,00 3,68 3,42 2,90 2,68

0,00
0,5 1 2 3
Vazão [l/min]

NanoFluido Água

Figura 8: Resultado da diferença de eficiência entre a água e o grafeno.

4. CONCLUSÕES

Neste trabalho observou-se que o uso do nanofluido de Grafeno com uma concentração de 0,01%
houve um aumento na eficiência térmica do trocador casco e tubo em aproximadamente 3% no
experimento executado, mostrando-se uma aplicação muito promissora. Também se mostrou que
ferramentas de simulação CFD foram capazes de reproduzir experimentos o que permitiu simular
novos cenários de aplicação do nanofluido. Neste sentido utilizaram-se dados da literatura para o
grafeno numa concentração de 0,25% em volume, onde foi verificado que o aumento na eficiência
energética em relação ao circuito com água foi de aproximadamente 15%.

4. REFERÊNCIAS

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Agradecimentos
Os autores também agradecem à FACEPE/CNPq pelo apoio financeiro ao projeto de pesquisa
APQ-0151-3.05/14 e também ao CNPq pelo apoio financeiro ao projeto de pesquisa - Universal
402323/2016-5.

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