Trocador de Calor

Rosiele Ataide dos Santos – 16113096

1. INTRODUÇÃO

O trocador de calor promove a troca térmica, visando a Tabela 1. Dados experimentais.

máxima eficiência energética. São equipamentos largamente Local
empregados nas industrias em geral. Dentro da indústria o
trocador pode ser utilizado em plantas químicas, como usinas de T (1 - entrada tubo (quente)) (°C) 60
açúcar e em outras indústrias de alimento, no processamento de T (2 - saída tubo (quente)) (°C) 53
petróleo ou na geração de energia em usinas termoelétricas. [1] T (3 - entrada casco (frio)) (°C) 21
Dentre as muitas formas desse equipamento, pode-se
T (4 - saída casco (frio)) (°C) 36
classificar: quanto ao contato entre os fluidos, que pode ser direto
ou indireto; quanto a construção, que pode ser casco-tubo, duplo T (5 – passe) (°C) 53
tubo, de placa, entre outros. [2] e [4] Vazão tubo (mL/s) 48,61
Ao projetar um trocador de calor é necessário levar em
Vazão casco (mL/s) 68,49
conta características dos fluidos de processo como pH, viscosidade,
temperatura, se algum dos fluidos é perigoso, entre outros, para
Fonte: Autora (2022).
determinar qual vai passar nos tubos e qual vai passar no casco.
Além disso também é preciso levar em conta o material utilizado Com os valores de temperatura na entra e saída do casco
no trocador de calor, qual vai ter uma maior troca térmica, ser e dos tubos, calculou-se ∆Tml, considerando o caso de escoamento
compatível com o fluido, custo etc. Essas duas escolhas também em paralelo. Também foi calculado o calor trocado pelo casco
devem ser feitas levando em consideração a minimização da (Qfrio) e coeficiente de transferência de calor global (U), onde a área
formação de incrustações, que podem diminuir a eficiência do de troca térmica foi calculada usando os seguintes dados: número
processo e até danificar o trocador de calor, reduzindo a vida útil de tubos de 72 unidades, um diâmetro externo de 1 cm e
do equipamento. [3] comprimento de 88 cm, que foram previamente fornecidos, a área
foi de aproximadamente 1,99 m2. Os resultados obtidos estão na
2.METODOLOGIA tabela 2.
Tabela 2. Dados calculados
No experimento, foi utilizado um trocador de calor casco ∆Tml (°C) 29,72013
e tubo, com tubo de cobre e casco de aço-carbono e 5 chicanas, e, Qfrio (W) 1432,877
72 tubos de cobre com arranjo geométrico triangular de 30° com U (W/m²°C) 24,46571
diâmetro externo igual a 1 cm. Com a execução do experimento, Fonte: Autora (2022).
obteve-se as temperaturas das correntes em pontos distintos por Para o processo em questão, foi realizada uma simulação
meio de termopares e o tempo para passagem de um dado volume operacional por meio do software HYSYS, obtendo um erro de
foi observado. 3,78%, se mostrando satisfatório diante do problema proposto.

3.RESULTADOS E DISCUSSÕES 4. CONCLUSÃO

Os resultados obtidos no experimento estão dispostos na
tabela 1, e foi possível observar que a temperatura no passe não
estava dentro do intervalo das temperaturas de entrada e de saída,
como era esperado, o que pode indicar algum problema no
trocador, como o fluido não ser compatível com o material utilizado
no trocador, diminuindo a eficiência, ou a presença de incrustações
no sensor do termopar, distorcendo a leitura, há também a
possibilidade de um mal posicionamento do termopar de modo que
parte do sensor esteja em contato com o outro fluido ou a parede
em outra temperatura.
Com a realização da prática, foi possível aprofundar os
conhecimentos teóricos sobre trocadores de calor, bem como medir
a taxa de quantidade de calor (Q) e o coeficiente global de
transferência de calor (U) presentes no processo. Além disso, a
busca sobre informações como a distribuição dos reservatórios e o
by-pass utilizado nas bombas em questão foram bastante relevantes
para o conhecimento teórico, bem como a realização da simulação
no software HYSYS, na qual foi possível obter um erro de 3,78%,
bastante satisfatório diante do problema proposto.
5. REFERÊNCIAS

[1] BERGMAN, T. L. et al. Fundamentals of heat and mass

transfer. 7th ed. Hoboken, New Jersey: John Wiley &
Sons, 2011.
[2] BICCA, Gerson B. SECCHI, Argimiro R. WADA,
Keiko. Modelagem de trocadores de calor casco tubo.
Seminário do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Química. UFRGS, 2005.
[3] COULSON, J. M. et al. Chemical Engineering: Fluid
flow, heat transfer and mass transfer. 6th ed. Oxford:
Butterworth-Heinemann, 1999.
[4] GEANKOPLIS, C. J. Transport processes and unit
operations.3rd ed. Englewood Cliffs, New Jersey:
Prentice-Hall, 1993.
MACEIÓ-2022/CTEC/UFAL