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Resumo
Experimentalmente, a Barra C
apresentou os maiores coeficientes
convectivos, enquanto a Barra B apresentou
os menores valores. A Barra A apresentou
valores próximos aos da Barra B.
Fonte: os autores (2023)
Pela comparação entre as Figuras 4 e 5
e os resultados obtidos para o hexp na Tabela
Figura 5 – Gráfico linearizado do coeficiente
2, têm-se que quanto mais “inclinado” for o
de temperatura x posição, em banho de 80°C.
gráfico, ou seja, quanto maior for o
coeficiente angular da reta (m), maior será o
coeficiente convectivo. Enquanto as Barras A
e B apresentaram coeficientes angulares
menores, entre 4 e 5,7, a Barra C apresentou
valores acima de 20. Pela observação da
Equação (1) têm-se que as grandezas m e h
possuem correlação positiva, dessa forma,
quanto maior for o coeficiente angular m,
maior será o coeficiente convectivo h,
portanto, experimentalmente, a Barra C
Fonte: os autores (2023) apresentou o maior valor de h.
Para uma análise mais aprofundada do
Tabela 2 – Síntese dos coeficientes angulares comportamento das barras, calculou-se os
(m) para todas as barras em ambos os banhos. coeficientes convectivos teóricos (hteórico) para
as barras pela Equação (2). A Tabela 4, a
Banho de 50°C seguir, apresenta a síntese dos resultados
Barra A – Cobre 4,5577 obtidos.
Barra B – Alumínio 5,7003
Barra C – Inox 37,264
Banho de 80 °C Tabela 4 – Síntese dos coeficientes
Barra A – Cobre 4,1621 convectivos teóricos (hteórico) para todas as
Barra B – Alumínio 4,4557 barras em ambos os banhos.
Barra C – Inox 23,935
Fonte: os autores (2023) Banho de 50°C
Barra A – Cobre 6,657
Através dos coeficientes angulares foi Barra B – Alumínio 6,408
possível a determinação do coeficiente Barra C – Inox 4,479
convectivo experimental (hexp), pela Equação Banho de 80 °C
Barra A – Cobre 2,58
(1) conforme apresentado na Tabela 3.
Barra B – Alumínio 2,55
Barra C – Inox 2,07
Tabela 3 – Síntese dos coeficientes Fonte: os autores (2023)
convectivos experimentais (hexp) para todas as
barras em ambos os banhos. Teoricamente, de acordo com a Tabela
5, o coeficiente convectivo da Barra A
4
deveria ser superior aos das Barras B e C, Como já esperado, devido à grande
para ambos os banhos. Esse comportamento é diferença entre os h teórico e experimental
previsto tanto na Equação (1) quanto na verificados na Barra C, o erro para a mesma
Equação (2), onde os coeficientes h e k são foi o maior entre todos os calculados.
correlacionados positivamente. Como a Barra
A (cobre) possui o maior valor de k (401
W/mK), sendo mantida sob as mesmas 4. Conclusão
condições ambientes que as outras barras,
deveria apresentar o maior coeficiente Através do estudo realizado pode-se
convectivo entre elas. Da mesma forma, a concluir que em condições ambientes iguais,
Barra C (inox), que possui o menor valor de k regidas por convecção natural, a diferença de
(19,5 W/mK), deveria apresentar o menor calor entre a barras é regida pelo coeficiente
coeficiente convectivo. Tal comportamento condutivo de calor, ou k, que depende de cada
não foi verificado no experimento. material. Também, em relação ao cálculo dos
Experimentalmente, como já h experimentais, a Barra A (cobre) deveria
mencionado anteriormente, a Barra C apresentar o maior entre todos, a Barra B
apresentou o maior coeficiente convectivo. (alumínio) um valor intermediário, entretanto
Tal divergência de comportamento pode ser mais próximo da Barra A, o que foi
explicada pelo baixo número de pontos verificado, e a Barra C (inox) o menor entre
considerados em relação em às outras barras, os três. Entretanto, a Barra C apresentou o
neste caso foram considerados os 2 primeiros maior valor, o que pode ter ocorrido devido
termopares no banho de 50°C e os 3 primeiros ao baixo número de termopares considerados.
termopares no banho de 80°C. Para uma No geral, todos os coeficientes
melhor exatidão deveriam ser considerados convectivos experimentais (hexp) foram
mais termopares. Dessa forma, o hexp maiores do que os teóricos (hteórico), gerando
verificado para a Barra C não foi conclusivo. erros absolutos altos.
Em relação às Barras A e B, ambas
apresentam coeficientes teóricos (htéorico) bem 5. Referências
próximos, para ambos os banhos.
Experimentalmente, os coeficientes hexp ESBO, R. M. et. al. Analytical and Numerical
obtidos também foram bastante próximos, em investigation of natural convection in a heated
relação a isso foram condizentes com a cylinder using Homotopy Perturbation
literatura. Entretanto, no geral, pode-se dizer Method. Acta Scientiarum. Technology.
que todos os coeficientes experimentais foram Maringá, v. 36, n. 4, p. 669-677. DOI:
bastante superiores aos teóricos, gerando 10.4025/actascitechnol.v36i4.16602.
erros absolutos elevados. O resumo dos erros Disponível em:
está apresentado na Tabela 5. https://www.researchgate.net/publication/266
402470_Analytical_and_Numerical_investiga
Tabela 5 – Síntese dos erros absolutos. tion_of_natural_convection_in_a_heated_cyli
nder_using_Homotopy_Perturbation_Method.
Banho de 50°C Acesso em: 25 jul. 2023.
Barra A – Cobre 297,31
Barra B – Alumínio 281,57
MATOS, S. P. de. Operações unitárias:
Barra C – Inox 1809,49
Banho de 80 °C fundamentos, transformações e aplicações dos
Barra A – Cobre 753,63 fenômenos físicos. 1. ed. São Paulo: Érica,
Barra B – Alumínio 486,12 2015.
Barra C – Inox 1607,35
Fonte: os autores (2023) BERGMAN, T. L; LAVINE, A. S.
Incropera: fundamentos de transferência de
5
calor e de massa. 8. ed. - Rio de Janeiro: LTC,
2019. ITO, M. C. Avaliação Numérico-
Experimental da Convecção Natural em
GARCIA, R. L. et. al. Experimento didático uma Placa Plana Horizontal. 2020. 131 f.
de baixo custo para determinação do perfil de Dissertação (Mestrado em Engenharia
temperatura de uma aleta exposta ao ar Mecânica) – Faculdade de Engenharia de
ambiente. Revista Liberato, Novo Bauru, Universidade Estadual Paulista, 2020.
Hamburgo, v. 22, n. 38, p. 121-224. DOI: Disponível em:
10.31514/rliberato.v22n38.p189. Disponível https://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/
em: handle/2250/5374762. Acesso em: 25 jul.
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/ 2023.
247256/001137597.pdf?sequence=1. Acesso
em: 25 jul. 2023.
ANEXOS
8. Memória de Cálculo
O memorial de cálculo será apresentado com os cálculos relativos ao banho de 50 °C, para a
barra A (cobre).
Onde:
h = coeficiente convectivo experimental (hexp) (W/m².K)
P = perímetro da seção transversal do tubo (m)
K = coeficiente condutivo (W/m.K)
A = área transversal do tubo (m²)
m = coeficiente angular da reta formada pelo gráfico da Figura 2 (1/m)
Onde:
D = diâmetro do tubo = ½’’ = 0,0127 m
Onde:
6
D = diâmetro do tubo = ½’’ = 0,0127 m
K = 401 W/m².K
7
hexp = 26,447 W/m²K
Onde:
h = coeficiente convectivo teórico – hteo (W/m².K)
Nu = constante de Nusselt, adimensional
K = coeficiente condutivo do ar (W/m.K)
D = diâmetro do tubo (m)
Tmédia = 306,15 K
Onde:
Tfilme = Temperatura de fime (K)
Tmédia = Temperatura média da barra (K)
T∞ = Temperatura do ar (K)
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8.2.3 Definição dos valores de ν, Pr, e α
Onde:
β = Coeficiente de expansão volumétrica térmica (1/K)
Tfilme = Temperatura de fime (K)
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Onde:
Ra = Constante de Rayleigh
g = Aceleração da gravidade (m/s²)
β = Coeficiente de expansão volumétrica térmica (1/K)
Tmédia = Temperatura média da barra (K)
T∞ = Temperatura do ar (K)
D = diâmetro do tubo (m)
ν = viscosidade cinemática do ar (m²/s)
α = difusividade do ar (m²/s)
Onde:
NuD = Constante de Nusselt
RaD = Constante de Rayleigh
Pr = Constante de Prandtl
Pelo livro do Incropera, nos anexos, Tabela A.4 Propriedades termofísicas de gases à pressão
atmosférica, para a temperatura de filme (299,15 K):
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K = 0,026232 W/m²K
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