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Programa Interunidades de Pós-Graduação em

Programa de Pós-Graduação em Energia - PIPGE


Energia Instituto de Eletrotécnica e Energia - IEE
Instituto de Eletrotécnica e Energia - IEE
Universidade de São Paulo - USP
Universidade de São Paulo - USP
Prof. Célio Bermann

ENEENE
5714: Análise
5704 Políticae da
– Recursos Questão
Oferta Energética
de Energia
Prof. Célio Bermann
Profa. Virgínia
19/set/2005 Parente
- 2a. aula

7a. aula: Energias Eólica e Geotérmica


. processos de conversão; aspectos tecnológicos
. aspectos econômicos e ambientais
Fundamentos
A energia eólica é originada
pelo deslocamento do ar
(ventos) na atmosfera
próxima à superfície da
Terra, devido a diferenças de
pressão (centros de alta e de
baixa), provocadas pelo
aquecimento diferenciado do
ar pela energia solar e
também pelo movimento de
rotação da Terra.
Fundamentos

Sol

Rotação Radiação

Energia Solar

Energia Eó
Eólica

Energia Mecânica Energia Elétrica

Trabalho

Fonte: Adaptado de RODRIGUES et al. (1995)


Fundamentos

- Cálculo da Potência do Vento

Energia cinética (E) = ½ mV2

m = ρ.S.V = ρ. .R2.V
Área S = 100 m2


  

   

A potência teórica corresponde


à energia cinética E do vento:

P = ½.ρ. .R2.V3 = ½.ρ.A.V3


Pmax = 16. ρ.S.V3
27 2
A grandeza 16/27 = 0,5926 foi designada por Betz como coeficiente de potência Cp:
Cp = 2.Pmax
ρ.V3
A potência máxima aproveitável do aerogerador corresponde teoricamente a 59,26% da
potência total cedida pelo vento.
OBS: Na realidade a potência total cedida pelo vento é ainda menor devido às perdas
aerodinâmicas e mecânicas nos aerogeradores.
Fundamentos
- Cálculo da Potência de Aerogeradores

P = ½.ρ.S.v3 (em joules/s)


8
aplicando a fórmula de Betz: P máx = ρ S v 3

27
S = π r 2
8
P máx = ρ π r 2v 3

27
Esta expressão pode ser usada para o pré-dimensionamento de um gerador eólico. Na
prática os aerogeradores, em geral, não superam 0,7 do valor de Pmáx da fórmula de Betz.
Fundamentos

- Cálculo da Potência elétrica de Aerogeradores

Uma turbina eólica capta parte da energia cinética do vento que


passa através da área varrida pelo rotor e a transforma em energia
elétrica segundo a fórmula:

P = 1 . .S.v3.Cp. (em joules/s = Watts)


2
onde:
= densidade do ar em kg/m3
S = .D2/4, em que D é o diâmetro do rotor
v = velocidade do vento
Cp = coeficiente dinâmico de potência do rotor
= rendimento do conjunto mecânico/gerador

= A x M x G,
onde:
A: rendimento aerodinâmico (pás)

M: rendimento do multiplicador de velocidade (câmbio)

G: rendimento do gerador
Coeficientes de potência para vários tipos de aerogeradores
A eficiência da conversão atual da energia eólica em energia elétrica é
de aproximadamente 30%, sendo B = 0,4 r = 0,95, g = 0,80

Fonte: Reis, Lineu Bélico - Geração de energia elétrica Relação Vel. Pá / Vel. vento
Fundamentos

- Curva típica de potência de turbinas eólicas

Velocidade do vento na altura do rotor, em m/s

parâmetro considerado para identificação de bons sítios: vM > 6,0 m/s (a 20 m)


Fundamentos

- Fatores que influenciam no aproveitamento eólico:

Altura:
Fundamentos

- Fatores que influenciam no aproveitamento eólico:


Variações temporais da velocidade dos ventos:
- Variações Anuais
A análise de dados de vento de apenas um ano não é suficiente.
Uma maior quantidade de dados anuais coletada torna a avaliação
mais confiável.
- Variações Sazonais
As diferentes estações do ano não permitem que se utilize as médias
anuais que podem levar a resultados que se afastam da realidade.
- Variações Diárias
Nos locais em que os ventos no período do dia são mais fortes do que os
ventos no período da noite e a carga de pico ocorre durante o dia, a carga
base pode ser fornecida pelo sistema existente e a carga adicional pelo
sistema eólico. Entretanto, se a carga de pico ocorre durante a noite, a
a demanda será maior que o disponível e um sistema de estocagem pode
se fazer necessário.

- Variações de curta duração


Rajadas, caracterizadas por aumentos bruscos de curta duração da
velocidade do vento, geralmente acompanhadas por mudanças de direção
podem afetar a integridade estrutural do sistema eólico.
Fundamentos

- Fatores que influenciam no aproveitamento eólico:


Variações temporais da velocidade dos ventos:
- Variações Anuais
Comportamento do vento em um dia típico
Histograma de dados de vento:
A análise de dados de vento de apenas um ano não é suficiente.
Uma maior quantidade de dados anuais coletada torna a avaliação
mais confiável.
- Variações Sazonais
As diferentes estações do ano não permitem que se utilize as médias
anuais que podem levar a resultados que se afastam da realidade.
- Variações Diárias
Nos locais em que os ventos no período do dia são mais fortes do que os
ventos no período da noite e a carga de pico ocorre durante o dia, a carga
base pode ser fornecida pelo sistema existente e a carga adicional pelo
sistema eólico. Entretanto, se a carga de pico ocorre durante a noite, a
a demanda será maior que o disponível e um sistema de estocagem pode
se fazer necessário.
Fonte: CRESESB, 2003.
- Variações de curta duração
Rajadas, caracterizadas por aumentos bruscos de curta duração da
velocidade do vento, geralmente acompanhadas por mudanças de direção
podem afetar a integridade estrutural do sistema eólico.
Fundamentos

- Fatores que influenciam no aproveitamento eólico:


Variações temporais da velocidade dos ventos:
- Variações Anuais
Comportamento do vento em um dia típico
Histograma de dados de vento:
A análise de dados de vento de apenas um ano não é suficiente.
Uma maior quantidade de dados anuais coletada torna a avaliação
mais confiável.
- Variações Sazonais
As diferentes estações do ano não permitem que se utilize as médias
anuais que podem levar a resultados que se afastam da realidade.
- Variações Diárias
Nos locais em que os ventos no período do dia são mais fortes do que os
ventos no período da noite e a carga de pico ocorre durante o dia, a carga
base pode ser fornecida pelo sistema existente e a carga adicional pelo
sistema eólico. Entretanto, se a carga de pico ocorre durante a noite, a
a demanda será maior que o disponível e um sistema de estocagem pode
se fazer necessário.
Fonte: CRESESB, 2003.
- Variações de curta duração
Rajadas, caracterizadas por aumentos bruscos de curta duração da
velocidade do vento, geralmente acompanhadas por mudanças de direção
podem afetar a integridade estrutural do sistema eólico.
Aspectos tecnológicos

Conversão eólica – componentes:


- Rotor: Responsável por transformar a energia cinética do vento em
energia mecânica através da rotação do eixo.

- Transmissão e Caixa Multiplicadora: Responsável por transmitir a


energia mecânica entregue pelo eixo do rotor até a carga. Alguns
geradores não utilizam este componente; neste caso, o eixo do rotor é
acoplado diretamente à carga.

- Gerador Elétrico: Responsável pela conversão da energia mecânica


em energia elétrica.
- Mecanismo de Controle: Responsável pela orientação do rotor, controle
de velocidade, controle da carga, etc.
- Torre: Responsável por sustentar e posicionar o rotor na altura
conveniente.
- Transformador: Responsável pelo acoplamento elétrico entre o aero-
gerador e a rede elétrica.
- Acessórios: São os componentes periféricos.
Aspectos tecnológicos

Conversão eólica – componentes:


- Rotor: Responsável por transformar a energia cinética do vento em
energia mecânica através da rotação do eixo.

- Transmissão e Caixa Multiplicadora: Responsável por transmitir a


energia mecânica entregue pelo eixo do rotor até a carga. Alguns
geradores não utilizam este componente; neste caso, o eixo do rotor é
acoplado diretamente à carga.

A velocidade angular dos rotores geralmente varia na faixa de 20 a 150 RPM,


devido às restrições de velocidade na ponta da pá (tip speed). Entretanto,
geradores (sobretudo geradores síncronos) trabalham a rotações muito mais
elevadas (em geral, entre 1200 a 1800 RPM), tornando necessário a
instalação de um sistema de multiplicação entre os eixos.
Aspectos tecnológicos

Conversão eólica – componentes:


- Rotor: Responsável por transformar a energia cinética do vento em
energia mecânica através da rotação do eixo.

- Transmissão e Caixa Multiplicadora: Responsável por transmitir a


energia mecânica entregue pelo eixo do rotor até a carga. Alguns
geradores não utilizam este componente; neste caso, o eixo do rotor é
acoplado diretamente à carga.

- Gerador Elétrico: Responsável pela conversão da energia mecânica


em energia elétrica.
A- integração
Mecanismo de Controle:
de geradores Responsável
a sistemas pela orientação
de conversão eólica constitui-se emdoumrotor, controle
grande
problema, que envolve principalmente:
de velocidade, controle da carga, etc.
- variações na velocidade do vento (extensa faixa de rotações por minuto para a
geração);
- Torre: Responsável por sustentar e posicionar o rotor na altura
- variações do torque de entrada (uma vez que variações na velocidade do vento
conveniente.
induzem variações de potência disponível no eixo);
- exigência de freqüência e tensão constante na energia final produzida;
- Transformador:
- facilidade de Responsável peloeacoplamento
instalação, operação elétrico
manutenção devido entre ogeográfico
ao isolamento aero-
gerador
de tais sistemas, sobretudo e aderede
em caso elétrica.
pequena escala de produção (isto é, necessitam ter
alta confiabilidade).
Aspectos tecnológicos

Conversão eólica – componentes:

- Mecanismo de Controle: Responsável pela orientação do rotor, controle


de velocidade, controle da carga, etc.

Os aerogeradores utilizam dois diferentes princípios de controle aerodinâmico para limitar a


extração de potência à potência nominal do aerogerador. São chamados de controle estol
(stall) simples, utilizados em sistemas mais antigos, e controle de passo (pitch), utilizados
com o aumento do tamanho das máquinas.
O controle estol é um sistema passivo que reage à velocidade do vento. As pás do rotor são fixas em
seu ângulo de passo e não podem girar em torno de seu eixo longitudinal. O ângulo de passo é escolhido
de forma que, para velocidades de vento superiores a velocidade nominal, o escoamento em torno do
perfil da pá do rotor descola da superfície da pá (estol), reduzindo as forças de sustentação e aumentando
as forças de arrasto.
O controle de passo é um sistema ativo que normalmente necessita de uma informação vinda do
controlador do sistema. Sempre que a potência nominal do gerador é ultrapassada, devido à um aumento
da velocidade do vento, as pás do rotor giram em torno do seu eixo longitudinal; isto é, as pás mudam o
seu ângulo de passo para reduzir o ângulo de ataque. Esta redução do ângulo de ataque diminui as forças
aerodinâmicas atuantes e, consequentemente, a extração de potência.
Mais recentemente surgiu uma concepção que mistura os mecanismos de controle por estol e de passo
(denominada "estol ativo"). Neste caso, o passo da pá do rotor gira na direção do estol e não na direção
da posição de embandeiramento (menor sustentação), como é feito em sistemas de passo normais.
Aspectos tecnológicos

Conversão eólica – componentes:


- Rotor: Responsável por transformar a energia cinética do vento em
energia mecânica através da rotação do eixo.

- Transmissão e Caixa Multiplicadora: Responsável por transmitir a


energia mecânica entregue pelo eixo do rotor até a carga. Alguns
geradores não utilizam este componente; neste caso, o eixo do rotor é
acoplado diretamente à carga.

- Gerador Elétrico: Responsável pela conversão da energia mecânica


em energia elétrica.
- Mecanismo de Controle: Responsável pela orientação do rotor, controle
de velocidade, controle da carga, etc.
- Torre: Responsável por sustentar e posicionar o rotor na altura
conveniente.
-oAsTransformador:
torres são necessárias para sustentar e posicionar o rotor a uma altura conveniente para
Responsável pelo acoplamento elétrico entre o aero-
seu funcionamento. É um item estrutural de grande porte e de elevada contribuição no
custo inicial do sistema.gerador
Em geral,easa torres
rede são
elétrica.
fabricadas de metal (treliça ou tubular) ou
-deAcessórios:
concreto e podem seros
São ou componentes
não sustentadas por cabos tensores.
periféricos.
Aspectos tecnológicos

Conversão eólica – componentes:


- Rotor: Responsável por transformar a energia cinética do vento em
energia mecânica através da rotação do eixo.

- Transmissão e Caixa Multiplicadora: Responsável por transmitir a


energia mecânica entregue pelo eixo do rotor até a carga. Alguns
geradores não utilizam este componente; neste caso, o eixo do rotor é
acoplado diretamente à carga.

- Gerador Elétrico: Responsável pela conversão da energia mecânica


em energia elétrica.
- Mecanismo de Controle: Responsável pela orientação do rotor, controle
de velocidade, controle da carga, etc.
- Torre: Responsável por sustentar e posicionar o rotor na altura
conveniente.
- Transformador: Responsável pelo acoplamento elétrico entre o aero-
gerador e a rede elétrica.
- Acessórios: São os componentes periféricos.
Aspectos tecnológicos

Seção de uma turbina típica conectada à rede


Aspectos tecnológicos

Partes de um sistema eólico:


1- Cubo do rotor
2- Pás do rotor
3- Sistema hidráulico
4- Sistema de posicionamento da
nacele
5- Engrenagem de posicionamento
6- Caixa multiplicadora de rotação
7- Disco de freio
8- Acoplamento do gerador elétrico
9- Gerador elétrico
10- Sensor de vibração
11- Anemômetro
12- Sensor de direção
13- Nacele, parte inferior
14- Nacele, parte superior
15- Rolamento do posicionamento
16- Disco de freio do posicionamento
17- Pastilhas de freio
18- Suporte do cabo de força
19- Torre
Aspectos tecnológicos

Partes de um sistema eólico:


1- Cubo do rotor
2- Pás do rotor
3- Sistema hidráulico
4- Sistema de posicionamento da
nacele
5- Engrenagem de posicionamento
6- Caixa multiplicadora de rotação
7- Disco de freio
8- Acoplamento do gerador elétrico
9- Gerador elétrico
10- Sensor de vibração
11- Anemômetro
12- Sensor de direção
13- Nacele, parte inferior
14- Nacele, parte superior
15- Rolamento do posicionamento
16- Disco de freio do posicionamento
17- Pastilhas de freio
18- Suporte do cabo de força
19- Torre
Aspectos tecnológicos

Tipos de turbinas eólicas:

(a) (b)
(a) Turbina eólica de eixo horizontal
(b) Turbina eólica de eixo vertical.
Aspectos tecnológicos

Rotores de Eixo Horizontal


São os mais comuns. São movidos por forças aerodinâmicas chamadas de forças de
sustentação (lift) e forças de arrasto (drag).
Os rotores de eixo horizontal são predominantemente movidos por forças de
sustentação e devem possuir mecanismos capazes de permitir que o disco varrido
pelas pás esteja sempre em posição perpendicular ao vento. Tais rotores podem ser
constituídos de uma pá e contrapeso, duas pás, três pás ou múltiplas pás (multivane
fans). Em geral, utilizam-se pás rígidas de madeira, alumínio ou fibra de vidro
reforçada.

Posição do rotor em relação à torre: o disco varrido pelas pás pode estar a jusante do
vento (down wind) ou a montante do vento (up wind).
No 1º caso, necessita de mecanismos de orientação do rotor com o fluxo de vento; a
"sombra" da torre provoca vibrações nas pás.
No 2º caso, a "sombra" das pás provoca esforços na torre; a orientação com o fluxo
do vento realiza-se automaticamente.
Aspectos tecnológicos
Rotores de Eixo Horizontal
Aspectos tecnológicos

Rotor Darrieus
Rotores de Eixo Vertical
Em geral, os rotores de eixo vertical têm a vantagem de não necessitarem de
mecanismos de acompanhamento para variações da direção do vento, o que reduz a
complexidade do projeto e os esforços.Os rotores de eixo vertical também podem ser
movidos por forças de sustentação (lift) e por forças de arrasto (drag). Os principais
tipos de rotores de eixo vertical são Darrieus, Savonius e turbinas com torre de
vórtices.
Os rotores do tipo Darrieus são movidos por forças de sustentação e constituem-se
de lâminas curvas (duas ou três) de perfil aerodinâmico, atadas pelas duas pontas ao
eixo vertical.
Aspectos tecnológicos

Rotores de Eixo Vertical


Em geral, os rotores de eixo vertical têm a vantagem de não necessitarem de
mecanismos de acompanhamento para variações da direção do vento, o que reduz a
complexidade do projeto e os esforços.Os rotores de eixo vertical também podem ser
movidos por forças de sustentação (lift) e por forças de arrasto (drag). Os principais
tipos de rotores de eixo vertical são Darrieus, Savonius e turbinas com torre de
vórtices.
Os rotores do tipo Darrieus são movidos por forças de sustentação e constituem-se
de lâminas curvas (duas ou três) de perfil aerodinâmico, atadas pelas duas pontas ao
eixo vertical.

Rotor Darrieus
Rotores de Eixo Vertical
Em geral, os rotores de eixo vertical têm a vantagem de não necessitarem de
mecanismos de acompanhamento para variações da direção do vento, o que reduz a
complexidade do projeto e os esforços.Os rotores de eixo vertical também podem ser
movidos por forças de sustentação (lift) e por forças de arrasto (drag). Os principais
tipos de rotores de eixo vertical são Darrieus, Savonius e turbinas com torre de
vórtices.
Os rotores do tipo Darrieus são movidos por forças de sustentação e constituem-se
de lâminas curvas (duas ou três) de perfil aerodinâmico, atadas pelas duas pontas ao
eixo vertical.
Aspectos tecnológicos
Aplicações da Energia Eólica:

Pequeno porte: ( 10 kW)


Catavento – Bombeamento d’água:
• Residências
• Fazendas
• Aplicações Remotas
Aspectos tecnológicos
Aplicações da Energia Eólica:

Intermediário: (10-500 kW)


• Sistemas híbridos
• Geração distribuída
Aspectos tecnológicos
Aplicações da Energia Eólica:

Grande porte: (550 kW-2+ MW)


• Fazendas eólicas (wind farms)
• Geração distribuída
Aspectos tecnológicos

Parque Eólico “off-shore” – Mar do Norte


Aspectos tecnológicos

Parque Eólico “off-shore” – Mar do Norte


Aspectos tecnológicos

Parque Eólico “off-shore” – Mar do Norte


Aspectos tecnológicos

Fabricantes de Turbinas de Pequeno Porte Fabricantes de Turbinas de Grande Porte


Aspectos tecnológicos

Fabricantes de Turbinas de Pequeno Porte Fabricantes de Turbinas de Grande Porte

GE-3.6
Pot = 3,6 MW
E-33
D = 106m E-44
E-48 300 kW – 2.000 kW
E-53
E-70
E-112 E-82

Pot = 6 MW
D = 114m

modelo Pot. D(m) H (m) A(m2) rpm


E-48 800 kW 48 50-76 1.820 16-32
E-70 2-2,4 MW 71 64-113 3.959 6-9,5

E-48
E-70
Aspectos tecnológicos
Desenvolvimento tecnológico:

A velocidade angular do rotor é inversamente proporcional ao diâmetro (D). Uma fórmula


prática para a avaliação da rotação nominal de operação de uma turbina eólica é:
rpm = 1150/D
Aspectos tecnológicos
Aspectos tecnológicos

Custos:

- Custo de investimento (Ci):


potência (kW) US$/kWins
1 - 10 2.400 – 3.000
10 - 100 1.500 – 2.500
. >100 1.000 – 1.400

- Custo de geração (Cg):


CixFRC + CO&M
Cg =
Eg
onde:
FRC = i + (1+i)n
[(1+i)n-1]
para: i = taxa de desconto
n = vida útil (20 anos) Cg = 40 – 120 US$/MWh
CO&M = custo de op. & man. (4 a 12 US$/MWh)
Eg = energia gerada no ano = P x FC x 8760 horas

35% < FC < 45%


Aspectos tecnológicos

Evolução recente da expansão da capacidade instalada mundial:

Fonte: GWEC, 2007.


Aspectos tecnológicos

Evolução recente da expansão da capacidade instalada mundial:

Fonte: GWEC, 2007.


Aspectos tecnológicos
Aspectos tecnológicos

Mapa de ventos do Brasil


Aspectos tecnológicos
Aspectos tecnológicos

Potencial Eólico no Brasil: 143.500 MW – 272,2 TWh/ano


Aspectos tecnológicos

Nordeste: 75.000 MW – 144,3 TWh/ano


Aspectos tecnológicos
Aspectos tecnológicos
Potência Potência
Destino da Data
Usina Outorgada Fiscalizada Município
Energia instalação
(kW) (kW)

Eólica de Prainha 10.000 10.000 PIE Jan/1999 Aquiraz - CE

Eólica de Taíba 6.200 5.000 PIE Dez/1998 São Gonçalo do Amarante - CE


Eólica-Elétrica Experimental
1.000 1.000 SP Mai/1994 Gouveia - MG
do Morro do Camelinho
Eólio - Elétrica de Palmas 2.500 2.500 PIE Jan/1999 Palmas - PR

Eólica de Fernando de Noronha 225 225 PIE Mai/2001 Fernando de Noronha - PE

Mucuripe 2.400 2.400 PIE Jan/2002 Fortaleza - CE

RN 15 - Rio do Fogo 49.300 49.300 PIE Jul/2006 Rio do Fogo - RN

Eólica de Bom Jardim 600 600 PIE Mai/2002 Bom Jardim da Serra - SC

Eólica Olinda 225 225 PIE Set/1995 Olinda - PE


Parque Eólico do Horizonte 4.800 4.800 APE-COM Dez/2003 Água Doce - SC
Macau 3.000 1.800 APE Dez/2003 Macau - RN
Eólica Água Doce 9.000 9.000 PIE Out/2005 Água Doce - SC

Parque Eólico de Osório 50.000 50.000 PIE Dez/2006 Osório - RS

Parque Eólico Sangradouro 50.000 50.000 PIE Dez/2006 Osório - RS

Parque Eólico dos Índios 50.000 50.000 PIE Dez/2006 Osório - RS

TOTAL (2007): 15 usinas 236.850

Nota: PIE-Produtor Independente / SP-Seviço Público / APE-Autoprodutor


Fonte: ANEEL-BIG (Banco Informativo de Geração), 2007.
Aspectos tecnológicos
Potência Potência
Destino da
Usina Outorgada Fiscalizada Município
Energia
(kW) (kW)
Millennium 10.200 10.200 PIE Mataraca - PB
Presidente 4.800 4.500 PIE Mataraca - PB
Camurim 4.800 4.500 PIE Mataraca - PB
Albatroz 4.800 4.500 PIE Mataraca - PB
Coelhos I 4.800 4.500 PIE Mataraca - PB
Coelhos III 4.800 4.500 PIE Mataraca - PB
Atlântica 4.800 4.500 PIE Mataraca - PB
Caravela 4.800 4.500 PIE Mataraca - PB
Coelhos II 4.800 4.500 PIE Mataraca - PB
Coelhos IV 4.800 4.500 PIE Mataraca - PB
Mataraca 4.800 4.500 PIE Mataraca - PB
Pque. Eólico de Beberibe 25.600 25.600 PIE Beberibe - CE
Foz do Rio Choró 25.200 25.200 PIE Bom Jardim da Serra - SC
Eólica Canoa Quebrada 10.500 10.500 PIE Aracati - CE
Lagoa do Mato 3.230 3.230 PIE Aracati - CE
Eólica Paracuru 23.400 23.400 PIE Paracuru - CE
Pedra do Sal 18.000 18.000 PIE Parnaíba - PI
Taíba Albatroz 16.500 16.500 PIE São Gonçalo do Amarante - CE
TOTAL: 33 usinas 414.480
Nota: PIE-Produtor Independente / SP-Seviço Público / APE-Autoprodutor
Fonte: ANEEL-BIG (Banco Informativo de Geração), 2009.
Aspectos sócio-ambientais

Energia Eólica: Aspectos Sócio-ambientais:

Ruído da turbina eólica

Interferências eletromagnéticas

Impacto Visual

Uso do solo
Fauna
Aspectos sócio-ambientais

Ruído da turbina eólica:

Duas fontes de ruído:


- mecânica
- aerodinâmica

• O efeito biológico nos seres humanos é sentido a partir de 65dB


• Valores superiores a 30dB podem causar efeitos psíquicos sobre o homem
• É recomendável manter o nível sempre inferior a 40dB
• Esta intensidade de ruído corresponde a uma distância de 200m de um aerogerador
Aspectos sócio-ambientais

Interferências eletromagnéticas:

Pode ocorrer quando a


turbina esta localizada entre
a transmissora, de rádio,
TV ou micro-ondas, e o
receptor. As ondas
eletromagnéticas podem
ser refletidas pelas pás de
forma que a onda refletida
interfira o sinal original que
chega no receptor. Isto
pode causar significante
distorção no sinal recebido.
Aspectos sócio-ambientais

Impacto Visual:

- Conflito com o turismo, notadamente nas regiões litorâneas


- Efeito da sombra das pás em movimento, notadamente em áreas urbanas
Aspectos sócio-ambientais

Impacto Visual:

- Conflito com o turismo, notadamente nas regiões litorâneas


- Efeito da sombra das pás em movimento, notadamente em áreas urbanas
Aspectos tecnológicos
Uso do solo:
De modo geral, uma distância considerada segura para a
instalação de aerogeradores é da ordem de 10 vezes o diâmetro
D, se instalada a jusante, e 5 vezes D, se instalada ao lado, em
relação ao vento predominante.

Esteira aerodinâmica e afastamento entre turbinas eólicas


Aspectos sócio-ambientais

Uso do solo:
Aspectos sócio-ambientais

Usina Eólica de Taíba (Ceará) – 5 MW


(Obs: metade do potencial eólico no Nordeste localizado em APPs)
Aspectos sócio-ambientais
Fauna:

Rota de migração de aves


Energia geotérmica
A energia geotérmica é, em senso
lato, o calor contido no interior da
Terra. A sua origem é associada à
dissipação do calor primitivo
originado no processo de formação
do planeta e à desintegração de
elementos radioativos contidos nas
rochas, que continuamente se
dissipa para o exterior através de
três processos: condução,
convecção e radiação.
O fluxo de calor libertado à superfície, em termos médios, é de 82 mW/m2.
Considerando a área da superfície da Terra, o fluxo de calor dissipado para
o espaço é de cerca de 42 milhões de MWh. A temperatura estimada para o
núcleo é de cerca de 4.000ºC.

O gradiente geotérmico observado na crosta terrestre em áreas afastadas


das zonas de vulcanismo ativo, estima-se geralmente da ordem de 33ºC/km,
enquanto que nas zonas geotermicamente anómalas este gradiente é muitas
vezes superior a 100ºC/km.
Energia Geotérmica

O núcleo da terra tem um nível


térmico superior ao que apresenta
na superfície
Entre o manto e a crosta
- pode alcançar até 4000 oC podemos encontrar
temperaturas desde
400 a 1000 oC

- a região externa, denominada


crosta terrestre possui uma
Gradiente térmico: espessura média de 32 km
denomina-se a
variação da
temperatura
com a profundidade

3 oC a cada 100 m Esta diferença da lugar a


ocorrência de um fluxo de calor
contínuo, desde o interior ao
exterior da Terra
Algumas substâncias que constituem a crosta terrestre são substâncias radioativas, portanto a
energia liberada no processo de desintegração é um dos fenômenos que contribui no mencionado
fluxo de calor.

- o valor médio em profundidades passíveis de utilização é 60 mW/m2.

As temperaturas que se alcançam no interior da Terra justificam o interesse por utilizar sua energia
térmica, entretanto, o baixo fluxo de calor, devido essencialmente a baixa condutividade dos
materiais que a constituem, torna muito difícil seu aproveitamento.
Geotermia para geração de eletricidade
Energía geotérmica de alta temperatura:
Existe nas zonas ativas da crosta terrestre (zonas vulcânicas, límites
de placas litosféricas, dorsais oceânicas). A partir de aquíferos cuja
temperatura está compreendida entre 150 e 400 ºC, se produz vapor
na superficie que enviando às turbinas, gera eletricidade. Parâmetros
requeridos: uma camada composta de uma cobertura de rochas
impermeáveis; um depósito, ou aquífero, de permeabilidade elevada,
entre 300 e 2000 m de profundidade; rochas fraturadas que permitam
uma circulação convectiva de fluidos, e a transferência de calor da
fonte à superficie, a partir de uma fonte de calor magmático (entre 3 e
10 km de profundidade a 500-600 ºC).
Energía geotérmica de temperaturas médias:
É aquela em que os fluidos dos aquíferos estão a temperaturas menos
elevadas (70-150 ºC). Por consiguinte, a conversão vapor-eletricidade se
realiza com um menor rendimento, e deve utilizar-se como intermediário
un fluido volátil (isopentano ou isobutano, que possuem um ponto de
ebulição mais baixo que a água). Pequenas centrais elétricas podem
explorar estes recursos.
Tecnologias de geração

A produção de energia elétrica através do aproveitamento da energia


geotérmica pode ser efetuada por vários processos de conversão de calor
em electricidade. A tecnologia a adotar, ciclo convencional ou ciclo binário,
depende essencialmente da entalpia e da composição do fluido geotérmico.

Nas tecnologias de ciclo convencional, a fase líquida é separada da fase


gasosa e apenas é utilizado o vapor geotérmico que é expandido
diretamente na turbina e posteriormente libertado para a atmosfera ou
condensado em torres de refrigeração, obtendo-se maior rendimento do
sistema no segundo caso.

No ciclo binário é utilizado um fluido de trabalho, orgânico ou não, para o


qual é transferida a energia do fluido geotérmico. Nesta tecnologia é utilizado
um fluido que se encontra num circuito fechado. Ao ser aquecido nos
trocadores de calor, vaporiza e expande-se nas turbinas, posteriormente é
arrefecido e condensado e por intermédio de uma bomba reinicia o ciclo.

Neste processo não existe contacto entre os fluidos geotérmico e de trabalho


e as emissões para a atmosfera são muito reduzidas, visto que a quase
totalidade do vapor é condensada e reinjetada com a água.
Dimensionamento de uma usina geotérmica:

A energia útil de um reservatório depende da taxa do fluxo, temperatura,


e calor latente específico do flúido.
A eficiência termodinâmica ideal para um ciclo recebendo calor a uma
temperatura T2, rejeitando calor a uma temperatura T1 e operando a
uma temperatura de condensação T0 é dada por:

Na prática, no entanto, para temperaturas na casa de 150-200 oC,


eficiência de 60% de i são obtidas. Esse valor não leva em conta a
energia requerida para fazer funcionar aparelhos auxiliares.
O tamanho da fábrica é então limitado pela saída termal e pela eficiência.
Anel de fogo. Fonte: Geothermal Education Office, disponível em
http://geothermal.marin.org/GEOpresentation/sld006.htm , acessado em 27/07/06
Regiões mais propícias para aproveitamento da energia geotérmica. Fonte: Geothermal
Education Office, disponível em
http://geothermal.marin.org/GEOpresentation/sld015.htm, acessado em 27/07/06
El Salvador – Cap. Inst. Geotérmica: 125 MW
20% da oferta
Usina Geotérmica de Lardarello (Itália)
Usinas Geotérmicas

Custo de investimento:
O capital requerido para o desenvolvimento de um campo geotérmico varia de
campo em campo, entre US$1.150 a 1750 por kW instalado, incluindo o
desenvolvimento completo do campo, tanto dos poços, separadores,
vapordutos, turbina, gerador, trasformadores, terreno, entre otros.
A vida útil de uma planta é de 30 a 45 anos

Custos de Operação e Manutenção:


Os custos de operação e manutenção de uma planta geotérmica variam entre
US$ 0.015 a US$ 0.03 o kWh, dependendo do tipo de planta. As usinas
geotérmicas operam entre 97 a 95% do tempo.

Avaliação econômica:
Com um preço de geração em torno de 30 mills/kWh, se calcula uma taxa de
retorno de 17% para un projeto sem financiamento. Considera-se um
investimento da ordem de US$ 220.000.000 para uma usina geradora de
100MW. O desenvolvimento dos poços exige um custo médio de US$ 2.7
milhões cada.
Impactos e Problemas ambientais

A energia geotérmica é restrita, não sendo encontrada em todos os lugares, o


que dificulta a implantação de projetos em determinadas localidades.

Por causa dos altos índices de desperdícios que ocorrem quando o fluído
geotérmico é transmitido a longas distâncias através de dutos, a energia deve
ser posta em uso no campo geotérmico ou próximo deste . Dessa maneira o
impacto ambiental é sentido somente nos arredores da fonte de energia.

Geralmente os fluxos geotérmicos contém gases dissolvidos, e esses gases


são liberados para a atmosfera, junto com o vapor de água. Na maioria são
gases sulfurosos (H2S), com odor desagradável, corrosivos e com propriedades
nocivas à saúde humana.

Há a possibilidade de contaminação da água nas proximidades de uma usina


geotérmica, devido a natureza mineralizada dos fluidos geotérmicos e à
exigência de disposição de fluidos gastos. A descarga livre dos resíduos
líquidos para a superfiície pode resultar na contaminação de rios, lagos.
Impactos e Problemas ambientais

Quando uma grande quantidade de fluido é retirada da terra, sempre há a


chance de ocorrer um abalo, e nesses lugares deve ser injetado água para não
ocorrer o aluimento da terra.

Os testes de perfuração das fontes são operações barulhentas, geralmente


as áreas geotérmicas são distante das áreas urbanas. O calor perdido das
usinas geotérmicas é maior que de outras usinas, o que leva a um aumento da
temperatura do ambiente próximo à usina.

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