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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


ENGENHARIA CIVIL

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

DOCENTE: SHEILA CRISTINA MARTINS PEREIRA

GUSTAVO DIAS FROES


HANDRESSA MARIA DE SOUZA
ISABELLE RODRIGUES DOS SANTOS
LUCAS EUGÊNIO DE MELO GUSMÃO

MEMORIAL DESCRITIVO

Montes Claros
Junho de 2021
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO…………………………………………………………………... 3
2- PARÂMETROS DE PROJETO …..…………………………………………….... 3
2.1- CARACTERIZAÇÃO .……………………………………………….... 3
2.2- POPULAÇÃO ……......……………………………………………….... 4
2.3- ÍNDICE DE ATENDIMENTO ……………………………………….... 5
2.4- CONSUMO PER CAPITA …..……………………………………….... 5
2.5- COEFICIENTES ……………..……………………………………….... 5
3- VAZÕES DE PROJETO ……………..…...………………..…..........……….…... 5
3.1- DEMANDA INDUSTRIAL ………………………………………….... 6
4- RESERVATÓRIO …………………………....…………………………………... 6
5- CONCEPÇÃO …………………...……....……………………..……………....... 7
6- REDE DE DISTRIBUIÇÃO …...……………………………………………….... 8
6.1- DIMENSIONAMENTO DE REDE EM MALHA PELO MÉTODO
DE TRECHO A TRECHO ..……………………………………………….... 11
6.1.1- SIMULAÇÃO PARA HORÁRIOS DE CONSUMO
MÍNIMO DO SISTEMA ……………………………………………. 13
6.1.2- SIMULAÇÃO PARA HORÁRIOS DE CONSUMO
MÁXIMO DO SISTEMA ………………..…………………………. 14
7- ÓRGÃOS E EQUIPAMENTOS ACESSÓRIOS ....…………………………….... 14
8- DETERMINAÇÕES CONSTRUTIVAS ………....…………………………….... 14
9- ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS ……….......…………………………….... 15
9.1- DEMOLIÇÕES …........……………………………………………….... 15
9.2- ESCAVAÇÃO ………………..……………………………………….... 15
9.3- ESCORAMENTOS ……....…..……………………………………….... 18
9.4- ASSENTAMENTO E TUBULAÇÃO .……………………………….... 18
9.5- REATERRO DE VALAS .………………....………………………….... 18
9.6- ENCHIMENTO DE VALAS ………...……………………………….... 19
9.7- ADENSAMENTO …………………...……………………………….... 20
9.8- COMPACTAÇÃO …………………....……………………………….... 20
9.9- RECOMPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS …..………………………….... 21
9.9.1- OUTROS PAVIMENTOS ……………………………………. 22

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9.10- TRANSPORTE DE MATERIAL …….…..………………………….... 22
9.11- ESPALHAMENTO DE SOLO E/OU ROCHA EM BOTA-FORA ...... 22
9.12- CONTROLE TECNOLÓGICO ……...…..………………………….... 23
10- COMPROMISSO DA EMPREENDEDORA COM A COPASA …………….... 23
11- REFERÊNCIAS …………………….……….......…………………………….... 24
12- ANEXO 1 - PROJETO PADRÃO COPASA - Nº 10.04.015-0 ……………….... 25

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1- INTRODUÇÃO

Este memorial apresenta todos os dados, justificativas e cálculos efetuados na


elaboração e dimensionamento da rede distribuição de água proposta através do Trabalho
Final da disciplina de Sistemas de Abastecimento de Água do curso de Engenharia Civil da
Unimontes.
O presente trabalho foi elaborado considerando a topografia e o loteamento
disponibilizado, sendo produzidos a locação do reservatório e o cálculo do volume do
reservatório, além do dimensionamento da rede de distribuição. epanet
Os softwares utilizados foram o autocad para demonstrar o detalhamento, o epanet
para verificação das pressões e perdas de carga no traçado da rede de abastecimento de água,
e o excel para a planilha com os dados.

2- PARÂMETROS DE PROJETOS
Os elementos e parâmetros básicos adotados para o desenvolvimento deste projeto
foram definidos a partir de:
Norma técnica da COPASA:
● Norma Técnica T.104/4 da COPASA - Projeto de Sistema de Distribuição de Água
para Loteamentos e Conjuntos Habitacionais.
Diretrizes definidas pela COPASA-MG;
Normas técnicas ABNT;
● NBR 12217 - Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento
público;
● NBR 12218 - Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público;
● NBR 5647 - Tubos para adução e distribuição de água potável.
Bibliografia de autores e instituições consagradas.

2.1- CARACTERIZAÇÃO
O loteamento proposto para o presente trabalho possui 6 quadras, que totalizam 91
lotes, com 2 ruas principais, cortadas por 6 ruas secundárias. O relevo do referido loteamento
é caracterizado por um desnível com cota máxima de 685m e cota mínima de 655m. A figura
abaixo representa o loteamento junto à sua topografia.

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2.2- POPULAÇÃO
Foi considerada a projeção de 3,5 habitantes por residência, como a relação habitante
por unidade habitacional.
O projeto prevê o atendimento dos 90 lotes (são 91 lotes, onde um será utilizado para
a locação do reservatório), sendo assim a população futura será igual a 315 habitantes
aproximadamente. (90x3,5 = 315).

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2.3- ÍNDICE DE ATENDIMENTO
O índice de atendimento será considerado igual a 100%.

2.4- CONSUMO PER CAPITA


O consumo per capita utilizado foi de 110 L/hab.dia.

2.5- COEFICIENTES
Os valores adotados para estes coeficientes foram os definidos nas Normas Técnicas
da ABNT - NBR 12.218 (Projeto de Rede de Distribuição de Água para Abastecimento
Público). Estes são valores usuais adotados em projetos de sistemas semelhantes e que
encontram suporte na bibliografia especializada.
Os coeficientes adotados são os seguintes:
● K1 = 1,2 coeficiente do dia de maior consumo;
● K2 = 1,5 coeficiente da hora de maior consumo;

3- VAZÕES DE PROJETO
As vazões de projeto foram calculadas com o auxílio da seguinte expressão:

Demanda máxima horária:

𝑃×𝑄𝑝𝑐×𝑘1×𝑘2
𝑄𝑚𝑎𝑥𝐻 =
86.400

Onde:
QmáxH = vazão máxima horária (l/s);
𝑃 → população atendida (hab);

𝑄𝑝𝑐 → coeficiente per capita (l/hab x dia);

𝑘1 → coeficiente do dia de maior consumo;

𝑘2 →coeficiente da hora de maior consumo.

Fazendo os cálculos, encontram as seguintes vazões de cálculo:


QmáxH = 0,72 l/s;
Estimando 15% de perda:

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QmáxH = 0,83 l/s;
3.1- DEMANDA INDUSTRIAL
O Loteamento não prevê nenhuma atividade industrial.

4- RESERVATÓRIO
As especificações do reservatório utilizado estão descritas no “Anexo 1: PROJETO
PADRÃO – Nº 10.04.015/0”
Para escolha do reservatório, foi analisada a seguinte fórmula:

𝑃×𝑄𝑝𝑐×𝑘1 315×110×1,2
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 =
3*
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 =
3
= 10.860 litros
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 =10,86m³
Onde:
𝑃 → população atendida (hab);

𝑄𝑝𝑐 → coeficiente per capita (l/hab x dia);

𝑘1 → coeficiente do dia de maior consumo;

𝑘2 →coeficiente da hora de maior consumo;

* →Conforme norma T104/4 da COPASA, o reservatório elevado pode ser


dimensionado considerando ⅙ do consumo máximo diário das suas áreas de influência, sendo
devida nesse caso a complementação da reserva de até ⅓ do consumo máximo diário em
unidade apoiada. Para minimizar custos com a construção de um segundo reservatório, foi
considerado ⅓ do consumo máximo diário para o reservatório elevado.

Para atender a quantidade de 10,86m³, foi escolhido o seguinte reservatório:

PROJETO PADRÃO COPASA – Nº 10.04.015/0


RESERVATÓRIO ELEVADO METÁLICO
Capacidade nominal: 15 m³

O Reservatório Padrão considerado consiste de uma unidade metálica de forma

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cilíndrica, elevada, possuindo volume para armazenamento de 15 m³ de água e altura
da coluna de 10,0 m.

Fonte: Projeto Padrão COPASA nº 10.04.015/0 Reservatório Elevado Metálico (Capacidade Nominal: 15m³)

O local do reservatório foi escolhido visando selecionar um lote com cota elevada para
auxiliar na demanda mínima de pressão de 10 mca. Outro fator levado em consideração foi o
posicionamento do lote na quadra, não sendo escolhido um lote de esquina por serem
geralmente mais valorizados, evitando perda de lucros pelo empreendedor particular.

5- CONCEPÇÃO
Foi projetada uma Rede Alimentadora na qual interliga o reservatório a Rede de
Distribuição de Água. O projeto prevê o atendimento de 90 lotes, com rede de distribuição
implantada predominantemente no passeio, com índice de perdas de 15%.

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Segue abaixo tabelas com quantitativos da Rede Alimentadora e Rede de Distribuição
de Água.

REDE DE DISTRIBUIÇÃO

MATERIAL COMPRIMENTO(m) DN(mm) CLASSE

PVC PBA 1551,45 50 CL 20

6- REDE DE DISTRIBUIÇÃO
A rede de distribuição foi dimensionada para atender aos seguintes critérios:
● Pressão estática máxima em qualquer ponto: 50 mca;
● Pressão dinâmica mínima em qualquer ponto: 10 mca;
● Perda de carga máxima nas tubulações: 8 m/km;
● Limite máximo de vazão nas tubulações: aquelas que, em função do diâmetro e do
material do tubo, determinem a perda de carga de a 8 m/km;
● O diâmetro nominal mínimo para a rede de distribuição será DN 50
O cálculo da rede foi efetuado através de planilha de dimensionamento, adotando o
Método trecho a trecho (seccionamento fictício) como critério de dimensionamento e a
fórmula de Hazen-Williams para cálculo das perdas de carga, considerando o coeficiente de
rugosidade C=140 para todos os tubos.
Cada nó da rede representa uma área de consumo cuja vazão de ponta é determinada
proporcionalmente à soma dos semi comprimentos das canalizações incidentes em cada nó.
Foram utilizadas as seguintes equações para obtenção das demandas nodais da rede:

Cálculo da vazão por metro linear de rede:

𝑄𝑚𝑎𝑥𝐻 0,83
𝑞= = = 0,000535 l/s.m
𝐿 1551,45

Onde:
𝑞 → vazão por metro linear de rede (l/s x m);
𝐿 → comprimento total da rede (m);

𝑄𝑚𝑎𝑥𝐻 → vazão máxima horária (l/s).

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Cálculo da vazão de demanda em um nó:

𝑄1 = 𝑞 × ∑ 𝐿𝑗

Onde:
𝑄1 → vazão de ponta (l/s);

𝐿𝑗 → semi comprimento dos trechos j incidentes no nó i (m);


𝑞 → vazão por metro linear de rede (l/s x m).

Foi utilizada a fórmula de Hazen-Willians, conforme equação abaixo, para calcular a perda de
carga contínua nas tubulações. Não serão consideradas as perdas localizadas no cálculo da
rede de distribuição.
1,85

ℎ𝑓𝑐 = 10, 643 × 𝐿 × 𝐷


−4,87
× ( )
𝑄
𝐶

Onde:
𝑄 → Vazão (m³/s);

𝐷 → Diâmetro da Tubulação (m);


𝐶 → Coeficiente de Perda de Carga (depende da rugosidade da parede interna da
tubulação);
𝐿 → Comprimento da Tubulação (m).

Foram adotados os diâmetros padronizados comercialmente (DN 50) e os seguintes materiais:


● DN 50: (PVC PBA, classe 20), adotados na Rede de Distribuição;

As redes de abastecimento foram projetadas passando predominantemente pelo


passeio.
O estudo preliminar da rede de distribuição foi feito através de simulação no software
EPANET com a definição dos diâmetros e traçado da mesma. Posteriormente foi realizada a
verificação da rede através de planilha de dimensionamento, realizando os devidos ajustes,
quando necessários.

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A simulação foi realizada para duas situações de funcionamento do sistema, tendo em
vista o consumo de água no loteamento e a pressão disponível no reservatório.
Abaixo segue a planilha com o dimensionamento da rede de distribuição em malha
pelo método trecho a trecho (seccionamento fictício) para pressão no reservatório. E
posteriormente são apresentadas imagens das simulações desenvolvidas no programa
EPANET.

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6.1 DIMENSIONAMENTO DE REDE EM MALHA PELO MÉTODO TRECHO A TRECHO

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12
6.1.1 SIMULAÇÃO PARA HORÁRIOS DE CONSUMO MÍNIMO DO SISTEMA

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6.1.2 SIMULAÇÃO PARA HORÁRIOS DE CONSUMO MÁXIMO DO SISTEMA
Simulação com EPANET – Esquema geral da rede, nós e trechos para pressão mínima.

7- ÓRGÃOS E EQUIPAMENTOS ACESSÓRIOS


Todos os órgãos acessórios (caixas de descarga, ventosa, de manobra, estação macromedidor
e poço seco), previstos no projeto deverão ter estrutura conforme padrões da COPASA MG.

8- DETERMINAÇÕES CONSTRUTIVAS
A Empresa responsável pela execução das redes de distribuição de água deverá seguir
as seguintes determinações:
A rede de distribuição, sempre que possível, será assentada sob o passeio do lado
oposto da rede coletora de esgoto.
O diâmetro mínimo para rede secundária será de DN 50 mm;

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O recobrimento mínimo deve ser adotado conforme indicado abaixo:
● Recobrimento mínimo da rede alimentadora → 1,00 m;
● Recobrimento mínimo da rede secundária no passeio → 0,50 m;
● Recobrimento máximo admissível → 2,50 m.

9- ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS


9.1- DEMOLIÇÕES
Antes de qualquer obra, em ruas ou passeios pavimentados, o responsável pelo
serviço deverá tomar conhecimento prévio da natureza das obras a executar, de modo a
providenciar o necessário para a recomposição dos mesmos;
A demolição do pavimento será efetuada por processos mecânicos (martelete
pneumático ou serra circular), quando asfalto ou concreto, e manual para os demais casos.
O material proveniente da demolição será imediatamente removido para local
aprovado pela fiscalização e pela Prefeitura, se não puder ser reaproveitado, ou, devidamente
armazenado, se ainda útil na recomposição do pavimento.
A largura mínima de demolição do pavimento será a maior dimensão obtida nas
relações abaixo:
● Asfalto = 60 cm ou (L +10) cm
● Poliédrico/Paralelepípedo = 75 cm ou (L + 15)cm
● Passeio cimentado = 50 cm ou (L) cm
● Pré-moldado = 80 cm ou (L + 30) cm, sendo L a largura da vala.

9.2- ESCAVAÇÃO
As valas serão escavadas alinhadas, paralelas ao alinhamento da rua. O fundo da vala
será nivelado e acertado de modo a receber as tubulações sem esforços pontuais, ou apoios
localizados.
A largura da vala deverá ser mantida constante, em toda sua extensão, de modo a
obter-se uma superfície uniforme em projeção horizontal, e deve ser compatível com a
largura do compactador a ser utilizado.
A largura máxima da vala será conforme tabela seguinte:

Tabela 1 - Largura máxima da vala

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Diâmetro(mm) Profundidade(m) Largura – L (cm)

Sem Pontaleteamento Descontínuo


escoramento Escoramento Contínuo

50 – 75 – 100 – < 1,25 65 (**)


150
1,25 – 2,0 -------- 80 (*)

Observações: A largura mínima para a escavação da vala será do diâmetro + 30 cm.

(*) Valores divergentes da NBR 12.266 da ABNT, mas definidos pela COPASA e/ou
baseados na NBR 9061/85, da ABNT.
(**) Quando as características do terreno se apresentarem instáveis em profundidades
inferiores a 1,25 m, a critério do Engenheiro Fiscal da obra, será necessário realizar o
escoramento da vala.

A escavação poderá ser feita manualmente ou com equipamento mecânico


apropriado. Neste caso, a escavação mecânica deve se aproximar do greide da geratriz
inferior da tubulação, sendo o nivelamento e acerto do fundo da vala feito manualmente.
O material resultante da escavação, que não puder ser reaproveitado, será
imediatamente removido para local aprovado pela fiscalização e pela Prefeitura. O material
passível de reaproveitamento será depositado, provisoriamente, de um só lado da vala, a uma
distância, no mínimo, igual à profundidade, de modo a não perturbar os serviços, não
comprometer a estabilidade dos taludes e não permitir a invasão da vala pelas águas das
chuvas. No período chuvoso o material armazenado deverá ser coberto com lonas plásticas,
de modo a conservar a sua umidade natural.

Materiais oriundos das escavações das valas serão removidos nos seguintes casos:
● Quando se tratar de entulhos provenientes de vegetais e de animais;
● Quando os elementos grosseiros (minerais ou não), tenham dimensões superiores a 3
cm;

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● Quando se tratar de solos turfosos (grande porcentagem de partículas fibrosas);
● Quando os solos forem excessivamente orgânicos;
● Quando forem argilas muito gordas (untosas ao tato);
● Quando forem siltes muito expansivos.

Para evitar o acúmulo de material e facilitar o tráfego de veículos e pedestres, as


atividades de escavação, assentamento da tubulação e reaterro, deverão ser subsequentes.
Em casos especiais, o material escavado deverá ser totalmente confinado em
caçambas, caixotes ou sacos plásticos, independentemente de seu reaproveitamento ou não. O
escoramento, caso necessário, será executado logo após a abertura da vala, conforme a norma
NBR 9061 – Segurança de escavação a céu aberto.
A execução das escavações implicará na responsabilidade integral do construtor, pela
resistência e estabilidade das mesmas.
O material proveniente das escavações, segundo sua natureza, será classificado nas
seguintes categorias:

● Material de primeira categoria


Terra em geral, piçarra ou argila, rocha em adiantado estado de decomposição, seixos rolados
ou não, com diâmetro máximo inferior a 15 cm, qualquer que seja o teor de umidade que
possuam, suscetíveis de serem escavados com equipamentos de terraplanagem dotados de
lâmina.

● Material de segunda categoria


Material com resistência à penetração mecânica inferior ao granito, blocos de rocha de
volume inferior a 0,50 m³, matacões e pedras de diâmetro médio superior a 15 cm, rochas
compactas em decomposição, suscetíveis de serem extraídas com o emprego de
equipamentos de terraplanagem apropriados, com uso combinado de rompedores
pneumáticos.
● Rocha
Materiais com resistência à penetração mecânica igual ou superior ao granito, contínua ou em
blocos de volume superior a 0,50 m3, suscetíveis de serem extraídos somente com emprego

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contínuo de explosivos ou outros processos especiais de desmonte. A utilização de explosivos
necessita de prévia autorização das autoridades competentes.

9.3- ESCORAMENTOS
Toda vala, cuja profundidade ultrapassar o limite de 1,25 m, deverá, obrigatoriamente,
ser escorada.
O escoramento será executado com pranchões de madeira de 4 cm por 30 cm e
estronca de diâmetro de 12 cm, no mínimo. Poderá ser contínuo, descontínuo ou
pontaleteamento e será executado conforme NBR 9061 – Segurança de escavação a céu
aberto.

9.4- ASSENTAMENTO E TUBULAÇÃO


Os materiais a serem utilizados na montagem das tubulações deverão ser em PVC. As
montagens em linha das tubulações deverão ser executadas com junta elástica.
Os tubos serão assentados de forma que o eixo da tubulação fique retilíneo, tanto no
plano horizontal quanto no vertical, evitando-se as sinuosidades e criação de pontos altos e
baixos, salvo onde seja necessário para interligação às redes existentes.
O assentamento das diversas tubulações seguirá as recomendações dos respectivos
fabricantes e em conformidade com o projeto.

9.5- REATERRO DE VALAS


Na execução do reaterro, deverá ser considerada a proteção inicial da tubulação.
Materiais para reaterro de valas:
Os materiais para o reaterro devem apresentar as seguintes características:
● Ausência de pedras, de vegetação e de corpos com diâmetro superior a 3 cm;
● Baixa compressibilidade (pequena diminuição de volume dos solos sob a ação de
cargas);
● Baixa sensibilidade à ação da água;
● Boa capacidade de suporte.

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Na execução do reaterro, será utilizado, preferencialmente, o próprio material da escavação.
Excepcionalmente, serão aceitos materiais granulares (não coesivos), a critério da COPASA
MG e após a proteção inicial da tubulação, tais como:
● Pedregulho natural arenoso;
● Areia, cascalho rolado;
● Brita de boa qualidade;
● Escórias siderúrgicas de alto forno de granulação adequada;
● Finos de minério de ferro, etc.

9.6- ENCHIMENTO DE VALAS


Devem ser observados os seguintes procedimentos de enchimento de valas, para tubos
em geral:
● Iniciar o aterro logo que possível, com o cuidado necessário para não haver
deslocamento lateral da tubulação e esforços adicionais na tubulação.
● Homogeneização do material com separação e retirada de pedras, torrões e outros
materiais estranhos, determinação expedita da umidade do solo para verificação da
necessidade de aerá-Io ou umedecê-Io, afim de obter-se a umidade ótima de
compactação.
● Colocar o material, alternadamente, nos lados da tubulação, em camadas que podem
variar de 5 cm até o máximo de 10 cm.
● Até 20 cm acima da geratriz superior da tubulação, deve ser usado equipamento
manual, em camadas sucessivas de até 10 cm de altura.
● Usar um pequeno soquete para a compactação do aterro, de modo a não atingir a
tubulação. Não permitir o tráfego de pessoas sobre a tubulação antes de completar-se
uma altura de 20 cm de aterro acima da geratriz superior do tubo.
● Tomar todas as precauções para não danificar as juntas e as tubulações.
● O reaterro será executado em camadas sucessivas, de altura máxima igual àquela que
o equipamento utilizado possa compactar, não podendo exceder a 20 cm.
● A reconstituição do corpo do reaterro atingirá a cota da base do pavimento a
reconstruir.

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9.7- ADENSAMENTO
Permite-se o uso da água para a consolidação de reaterros somente no caso de
material granular (areia e cascalho rolado).
A quantidade de água será a suficiente para preencher os vazios do solo, evitando-se
que a água em excesso venha a escorrer, a fim de impedir a alteração das condições de
suporte do solo subjacente aos tubos.
Opcionalmente, poderão ser utilizados equipamentos vibratórios, complementarmente
ao procedimento de reaterro.

9.8- COMPACTAÇÃO
A compactação do aterro pode ser feita por:
● Equipamentos manuais;
● Equipamentos mecânicos.

A compactação manual é realizada com o soquete manual somente para a primeira


camada.
No aterro, a partir da segunda camada, é obrigatória a compactação mecânica, que
pode ser feita por pressão ou por impacto.
A compactação mecânica deve ser iniciada no centro da vala e em direção às laterais,
a fim de que o material seja comprimido contra o talude da vala (local de mais difícil
compactação).
A aparelhagem para a compactação mecânica do aterro será constituída por
equipamentos vibratórios ou por equipamentos de ação dinâmica.
Os equipamentos vibratórios são recomendados para solos granulares pouco coesivos,
tais como: areia, pedra britada, escória, minério pouco plástico, cascalho arenoso, saibro
áspero, etc.
Os equipamentos de ação dinâmica são recomendados para solos finos mais coesivos
(silte), ou para solos granulares com matriz coesiva (cascalhos siltoargilosos, minérios
plásticos, etc).
O grau de compactação será, no mínimo, de 97% do Proctor Normal para pistas e
95% do Proctor Normal para os demais casos.

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9.9- RECOMPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS
Os materiais destinados aos pavimentos deverão ser idênticos aos existentes sempre
que possível, aproveitando os materiais resultantes das demolições.
A recomposição da base será, sempre que possível, idêntica à base original.
Para se evitar o acréscimo incremental na largura das recomposições, o tráfego de
veículos não poderá ser liberado antes da execução das mesmas, a não ser que sejam
utilizadas chapas metálicas para proteção das valas.

Após a execução da base do pavimento, será feita a recomposição do revestimento,


em um dos seguintes tipos:
Concreto asfáltico;
● Passeios diversos (cimentado, ladrilho hidráulico, pedras, cerâmicas, etc).
● Pavimento Asfáltico

Considera-se como imprimação, a película betuminosa destinada a preparar e proteger


a base do revestimento, além de garantir a solidariedade do concreto asfáltico.
A imprimação será executada com os seguintes cuidados:
● Verificar se a superfície de aplicação está bem acabada;
● Verificar se existem as condições necessárias para a execução de uma junta bem feita
entre o novo e o antigo pavimento;
● Varrer, previamente, a superfície de aplicação;
● Espalhar o líquido betuminoso com regadores de crivos largos e furos limpos;
● Somente executar a imprimação quando a temperatura ambiente for igual ou superior
a 10°C, não estiver chovendo (ou não houver ameaça de chuva iminente) e quando o
terreno não estiver molhado.
O concreto betuminoso pré-misturado a frio (PMF) ou a quente (CBUQ) será lançado sobre a
imprimação e atenderá aos seguintes requisitos:
● Ter espessura conforme aquela do pavimento original, porém, nunca inferior a 3,5 cm
ou superior a 10 cm;
● Quando a espessura do concreto asfáltico for superior a 6 cm, o pavimento deve ser
executado em duas camadas idênticas;

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● Para o caso de utilização do CBUQ, a temperatura mínima da massa será de 70°C. Se
houver queda excessiva de temperatura, durante o transporte, a massa será reaquecida,
de modo que a temperatura, de reaquecimento não ultrapasse 140°C.
● Após a aplicação, a massa receberá uma compactação inicial, por meio de placas
vibratórias ou rolos lisos.
● Para a completa cura do concreto betuminoso, a abertura da via pública ao tráfego
somente se verificará 2 (duas) horas, no mínimo, após a conclusão da compressão do
revestimento de cimento asfáltico.

9.9.1- OUTROS PAVIMENTOS


O revestimento em pré-moldado de concreto deverá ser constituído de lajotas
articuladas, em concreto vibrado, idêntico ao material existente. A recomposição obedecerá
às instruções técnicas dos fabricantes.
A calçada portuguesa (mosaico de pedra) é o tipo de revestimento de passeio
executado com fragmentos de pedra, de formato irregular, porém com uma face lisa. Sobre
uma base de concreto, será colocada uma camada de argamassa seca de cimento, areia grossa
e saibro (traço 1:2:4), com espessura de 3 a 5 cm.
Após esta argamassa, serão assentadas as pedras, obedecendo ao desenho existente.
Após a colocação das pedras, o revestimento será comprimido, manual ou mecanicamente, de
tal forma que a superfície final se apresente desempenada e livre de saliências entre as pedras.
Para aumentar a aderência, é recomendável uma aspersão de água sobre o revestimento.

9.10- TRANSPORTE DE MATERIAL


Transporte de material em geral, a granel:
Compreende o transporte em caminhões de materiais em geral, a granel.

9.11- ESPALHAMENTO DE SOLO E/OU ROCHA EM BOTA-FORA


Compreende o espalhamento de material de escavação em bota-fora com trator de
lâmina, incluindo adensamento e rampas de acesso à medida que se tornarem necessários.

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9.12- CONTROLE TECNOLÓGICO
A recomposição das valas deverá obter índice de compactação igual ou superior a
97% do Proctor Normal, mediante o uso de equipamentos adequados para a obtenção do grau
de compactação esperado, sem causar danos à tubulação. A confirmação da obtenção do grau
de compactação especificado será feita mediante apresentação de relatório de ensaio.
Também deverão ser levadas em conta as orientações dos fabricantes dos materiais
especificados pelo projeto para as diferentes tubulações, quanto ao tipo de solo recomendado
para a camada da envoltória da mesma. Em qualquer situação, o material a ser utilizado na
recomposição das valas deverá ser sempre isento de pedras e outros materiais que possam
comprometer a obtenção do grau de compactação especificado e/ou causar danos a estrutura
da tubulação;
A recomposição do asfalto deverá ser feita em PMF, espessura 3,5 cm, exclusive base,
tão logo se conclua o reaterro das valas. A base deverá ser de bica corrida compactada, com
espessura de camada compatível com a existente no local.

10- COMPROMISSOS DA EMPREENDEDORA COM A COPASA


Quando do início dos serviços, a Empreendedora assume os seguintes compromissos
com a COPASA:
● Comunicar, com pelo menos 01 (um) mês de antecedência, a data do início das obras
para fins de acompanhamento e fiscalização;
● Solicitar inspeção dos materiais e equipamentos que serão utilizados na obra para
aprovação prévia da área de controle de qualidade da COPASA.
● Apresentação das notas de serviços das redes coletoras, interceptores, linhas de
recalque e demais canalizações para análise e aprovação da Fiscalização;
● Fazer consultas e realizar os trâmites necessários junto aos órgãos públicos
(DER-MG, DNIT, Prefeituras Municipais e outros) e concessionários
públicos/privados (CEMIG, FCA, OI e outros) para aprovar a utilização de áreas de
domínio dessas instituições;
● Entrega do cadastro das redes conforme norma T.0012/1, após a execução da obra;
● Legalizar em cartório faixas de servidão e de pleno domínio de lançamento,
extravasores, travessias e unidades do sistema (captações, reservatórios e elevatórias)

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que estiverem em áreas de terceiros. E em caso estejam em área de APA providenciar
o respectivo licenciamento ambiental (Fazer consulta a SUPRAM-NM);

Apresentar os projetos executivos complementares e adequações de projetos padrão


COPASA (terraplenagem, drenagem, fundações, estruturas, instalações elétricas e
automatização) e as respectivas ART(s). E submeter esses projetos à avaliação prévia da
fiscalização e/ou setor eletromecânico do distrito operacional da COPASA.

11- REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12217: Projeto de


Reservatório de Distribuição de Água para Abastecimento público. Rio de Janeiro. 1994

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12218: Projeto de


Reservatório de Distribuição de Água para Abastecimento público. Rio de Janeiro. 1994

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5647: Tubos para


Adução e Distribuição de Água Potável. Rio de Janeiro. 1994.

SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO TÉCNICA DA COPASA. T 104/4: Projeto de


sistema de Distribuição de Água para Loteamentos e Conjuntos Habitacionais. Montes
Claros, 2021.

HELLER, Leo e PÁDUA, Valter. Abastecimento de Água para Consumo Humano.


Editora UFMG, 2016.

TSUTYIA, Milton Tomoyuki. Abastecimento de Água. Editora ABES, 2006.

24
ANEXO 1

25
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

PROJETO PADRÃO – Nº 10.04.015/0


RESERVATÓRIO ELEVADO METÁLICO
Capacidade nominal: 15 m³
VOLUME I: Projeto Básico

Agosto/2010
COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS

PADRÃO 10.04.015/0

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


RESERVATÓRIO ELEVADO METÁLICO

V = 15 m³

CONTRATO: 4600025986
RESUMO:

Projeto Básico do Reservatório Elevado Metálico, capacidade nominal de 15 m³.

VER DATA TIPO DESCRIÇÃO POR VERIFICADO AUTORIZADO APROVADO


EMISSÕES
A - PARA APROVAÇÃO C - ORIGINAL
TIPOS
B - REVISÃO D - CÓPIA
PROJETISTA:

OLIVEIRA E MARQUES ENGENHARIA


AV. PRUDENTE DE MORAIS 621, SL. 501/502 – TEL/FAX (31) 3309-8367
SANTO ANTÔNIO – CEP 30.380-000 – BELO HORIZONTE–MG
e-mail: contato@oemengenharia.com.br

EQUIPE TÉCNICA:
Engª Gizelda de Melo Machado
Engº José Alfredo Carneiro dos Santos

VOLUME:

VOLUME I – PROJETO BÁSICO

REFERÊNCIA:
Agosto/2010
Arquivo: 10040150-AA-BS-REL-M0015-MD-001-0.doc
Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

SUMÁRIO

O Projeto Padrão do Reservatório Elevado Metálico, capacidade nominal de 15 m³


é composto dos seguintes volumes:

VOLUME I – Projeto Básico

Memorial Descritivo e de Cálculos


Desenhos 01/04 a 04/04

VOLUME II – Projeto Elétrico

Sistema Monofásico
Memorial Descritivo
Desenho 01/01 a 01/01

VOLUME III – Projeto Executivo

Memória de Cálculo
Desenhos 01/04 a 04/04

VOLUME IV – Especificações Técnicas

Especificações de Obra

VOLUME V – Orçamento

Orçamento de Obras
Lista de Composições
Mapa de Coleta de Preços de Insumos
Memória de Cálculo de Quantitativos

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Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

ÍNDICE
1. APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 3
2. DIRETRIZES PARA UTILIZAÇÃO DESTE PROJETO PADRÃO .................................. 4
2.1 Elementos Técnicos .........................................................................................................................4
2.2 Elementos Construtivos....................................................................................................................5
2.2.1 Considerações para Composição de Custo da Unidade ........................................................5
2.2.2 Área do Terreno.......................................................................................................................6
2.2.3 Serviços de Terraplanagem.....................................................................................................6
2.2.4 Obras de Fundação .................................................................................................................6
2.2.5 Esgotamento externo da Unidade ...........................................................................................6
3. PARÂMETROS DE PROJETO ...................................................................................... 6
3.1 Vazão de Projeto ..............................................................................................................................6
3.2 Coeficientes de Rugosidade (k) .......................................................................................................8
4. DIMENSIONAMENTO .................................................................................................... 8
4.1 Barrilete de Entrada de Água ...........................................................................................................9
4.2 Barrilete de Saída de Água ..............................................................................................................9
4.3 Extravasor ........................................................................................................................................9
4.4 Descarga ..........................................................................................................................................9
4.5 Ventilação/Suspiro..........................................................................................................................10
5. DESENHOS ................................................................................................................. 11

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Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

1. APRESENTAÇÃO

O presente documento compreende o Projeto Básico do Reservatório Elevado


Metálico, capacidade nominal de 15 m³, Padrão COPASA 10.04.015/0, elaborado
pela Oliveira e Marques Engenharia Ltda. para a COPASA, dentro do contrato de
prestação de serviços número 4600025986.

Todo o trabalho teve, em linhas gerais, as diretrizes preconizadas nas normas técnicas
brasileiras e nas normas da COPASA.

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Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

2. DIRETRIZES PARA UTILIZAÇÃO DESTE PROJETO PADRÃO

2.1 Elementos Técnicos

O Reservatório Padrão ora apresentado consiste de uma unidade metálica de forma


cilíndrica, elevada, possuindo volume para armazenamento de 15 m³ de água e altura
da coluna de 10,0 m.

Para sua aplicação em um sistema de abastecimento de água deverão ser analisados


os seguintes parâmetros: a população a ser atendida, a cota de consumo per-capita e a
curva de caracterização do consumo horário em sua área de influência.

Apresenta-se, a seguir, uma tabela relacionando a população atendida pelo


reservatório, em função da cota per-capita característica da população.

Metodologia Alimentação Distribuição


Per-Capita População
determinação do Vazão Velocid. Vazão Velocid.
(L/hab.dia) (hab)
Consumo (L/s) (m/s) (L/s) (m/s)
100 375
125 300
1
C = × Q × 86,4 150 250
3 0,52 0,27 0,78 0,40
175 214
(COPASA)
200 188
250 150
100 654
125 524
K2 −1
C= ×V × f 150 436
π 0,91 0,46 1,36 0,69
175 374
(Toledo - Senóide)
200 327
250 262

A altura de 10,0 m, adotada para a coluna do reservatório, prevê o abastecimento das


ligações no entorno da unidade com a pressão mínima recomendada por norma de 10
mca.

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Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

2.2 Elementos Construtivos

2.2.1 Considerações para Composição de Custo da Unidade

O custo de um reservatório metálico padrão, tipo elevado, capacidade nominal de 15


m³ está dividido em três partes, a saber:

- Reservatório Metálico, elevado, cap. 15 m³ - Estrutura;


- Reservatório Metálico, elevado, cap. 15 m³ - Barrilete /Tubulações;
- Reservatório Metálico, elevado, cap. 15 m³ - Urbanização/ Instalação Elétrica.

Tal partição do custo da unidade permitirá a utilização apenas de sua estrutura, com
adaptações do barrilete e da urbanização à situação específica da área onde o mesmo
será implantado.

No item “Estrutura”, cabe ressaltar, que, além do fornecimento do reservatório


propriamente dito, estão inclusos os serviços de escavação/reaterro de cavas de
fundação, poços secos e a caixa de alvenaria para abrigo dos barriletes. A grade de
proteção da caixa de válvulas completa o conjunto.

No custo do reservatório metálico não estão inclusos os valores referentes ao


transporte da unidade até a obra e à sua montagem no local definido em projeto.

No item “Barrilete/Tubulações”, estão inclusos os seguintes serviços: todo o


fornecimento e montagem de materiais hidráulicos (tubos, conexões, aparelhos e
acessórios) a serem instalados.

No item “Urbanização” estão inclusos os seguintes itens:

- Limpeza do terreno, área de (10 x 8) m² = 80 m²;


- Pavimentação em brita, conforme projeto, área de 55,86 m²;
- Passeio cimentado liso, conforme projeto, área de 20,86 m²;
- Cerca de mourões de concreto e alambrado, extensão de 36,00 m;
- Portão para pedestre padrão COPASA; e

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Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

- Padrão de entrada de energia e iluminação geral da área, conforme projeto


elétrico.

2.2.2 Área do Terreno

Foi considerada uma área de assentamento da unidade com dimensões básicas de (10
x 8) m², com platô plano.

2.2.3 Serviços de Terraplanagem

Os serviços de terraplanagem para obtenção de um platô plano para assentamento do


reservatório, não foram considerados no orçamento, sendo este item específico da
localidade onde o mesmo será inserido. A projetista, quando em uso deste Projeto
Padrão, deverá incluir este serviço em seu orçamento, de forma completa.

2.2.4 Obras de Fundação

O projeto da estrutura de apoio do reservatório deverá ser concebido pela projetista,


em função das condições do solo onde o mesmo será assentado, sendo projetadas
fundações específicas. Deverão ser realizadas sondagens à percussão na área onde
será implantada a unidade, para subsidiar a execução do projeto estrutural.

Para efeito de composição de custo da base de fundação do reservatório considerou-


se uma estrutura de concreto armado com espessura de 1 metro de profundidade, nas
dimensões em planta, indicadas no projeto básico.

2.2.5 Esgotamento externo da Unidade

A tubulação externa de esgotamento do reservatório não foi considerada no orçamento,


ficando a cargo da projetista a inclusão deste item em seu projeto específico.

3. PARÂMETROS DE PROJETO

3.1 Vazão de Projeto


O reservatório de distribuição é uma unidade do sistema de abastecimento de água
destinada a regularizar as variações entre as vazões de adução e de distribuição,
condicionando as pressões na rede de distribuição. A Norma da ABNT NBR 12217/94
preconiza que o volume necessário para o atendimento dessas variações deve ser
avaliado a partir dos dados de consumo diário e do regime previsto de alimentação do

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Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

reservatório, aplicando-se o fator 1,2 ao volume calculado para garantir uma segurança
operacional.

A determinação do volume do reservatório para o regime de alimentação contínuo, de


acordo com o método do Engº Malta Toledo, no qual a curva de consumo se assimila a
uma senóide, pode ser feita conforme a equação que se segue.

K2 −1
C= × V × f , onde:
π

C Capacidade do reservatório (m³);


K2 Coeficiente de variação do consumo para a hora de maior consumo;
V Volume de água consumido no dia de máximo consumo – 24 × Qmáx (m³/h);
f Fator 1,2 recomendado por Norma.

Com o volume do reservatório definido em C = 15 m³ e o k 2 =1,5, a vazão de


alimentação do reservatório seria: Q = 0,91 L/s.

A COPASA preconiza, para a determinação do volume de reservação, a adoção de um


volume de armazenamento correspondente a um terço do consumo diário, no dia de
maior consumo.

1
C= × Q × 86,4 , sendo:
3

C Capacidade do reservatório (m³);


Q Vazão máxima de entrada (L/s);

Sabendo-se que C = 15 m³, a vazão máxima de alimentação dessa unidade seria


Q = 0,52 L/s.

Analisando-se as metodologias acima descritas para a determinação do volume de


reservação, observa-se a vazão máxima de alimentação do reservatório igual a
0,91 L/s.

Para o dimensionamento das tubulações desta unidade, no entanto, optou-se pela


utilização de uma vazão mínima de 1,0 L/s, prevendo-se que a alimentação do
reservatório se dê por meio de uma elevatória com vazão suficiente para o enchimento
do reservatório em aproximadamente 4,0 horas.

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Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

3.2 Coeficientes de Rugosidade (k)


Ferro Galvanizado ...................................................................................... 0,5 mm

Ferro Fundido ............................................................................................. 0,1 mm

4. DIMENSIONAMENTO

Para a análise das velocidades e perdas de carga nas tubulações foi utilizada a
formulação proposta por Darcy-Weisbach (fórmula universal), conforme equação
seguinte:

1 U2
J= f× × , onde:
D 2⋅ g

f Coeficiente de atrito;
D Diâmetro da tubulação (m);
U Velocidade do escoamento (m/s); e,
g Aceleração da gravidade (9,8 m/s²).

O coeficiente f de atrito foi calculado conforme proposto por Colebrook-White.

1  k 2,51 
= −2 ⋅ log  +  , onde:
f  3,7 ⋅ D Re ⋅ f 

f = Coeficiente de atrito;
k = Rugosidade do material da tubulação (m);
D = Diâmetro da tubulação (m); e,
Re = Número de Reynolds.

U ⋅D
O número de Reynolds é calculado por Re = , onde υ é a viscosidade cinemática
υ
do fluído (nesse estudo, considerou-se a água na temperatura de 20°C),
υ = 1x10-6 m²/s.

Considerando-se a vazão de 1,0 L/s tem-se as seguintes condições de cálculos para os


diâmetros Ø1.1/2”, Ø2”, Ø3” e DN 100 mm.

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Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

Relação de Diâmetros e Velocidade para Q = 1,0 L/s

Perda de Carga
Diâmetro Velocidade (m/s) Material
Unitária (m/Km)
Ø1.1/2” 0,80 FG 34,28
Ø2” 0,51 FG 10,61
Ø3” 0,23 FG 1,30
DN 100 mm 0,13 FoFo 0,25

4.1 Barrilete de Entrada de Água


O barrilete de entrada de água no reservatório será dimensionado para atender à
vazão de projeto, ou seja, Q = 1,0 L/s.

Adotou-se o Ø2” (50 mm) que conduz a uma velocidade V = 0,51 m/s.

4.2 Barrilete de Saída de Água


O barrilete de saída de água do reservatório foi dimensionado para a vazão de Q = 1,0
L/s.

Adotou-se o Ø2” (50mm) que conduz a uma velocidade V = 0,51 m/s.

4.3 Extravasor
Mantendo-se a consideração de que a vazão máxima de entrada no reservatório será
Q = 1,0 L/s, o diâmetro do barrilete de extravasamento deverá ser suficiente para o
esgotamento dessa vazão trabalhando como orifício.

A tubulação de extravasamento foi dimensionada para funcionar como orifício. Para o


seu dimensionamento utilizou-se a fórmula Q = C d xSx 2 gH que, para Cd = 0,61, Q =

1,0 L/s e Ø2” (50 mm), obtém-se H = 3,56 cm .

4.4 Descarga
A tubulação de descarga do reservatório, projetada em ferro galvanizado, Ø2” (50mm),
foi dimensionada de forma que o esvaziamento completo do reservatório se desse em
aproximadamente 50 minutos.
A
Utilizando-se da fórmula1 t = 0,74 × × h , obteve-se, para A = 3,87 m2 (área do
S
espelho d’água), S = 0,00196 m2 (área do orifício) e h = 4,35 m (carga hidráulica do

1
Manual de Hidráulica do prof. José M. de Azevedo Netto

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Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

reservatório), t = 3,048 s , ou seja, 50,8 minutos. Nestas condições, a vazão máxima


com o registro totalmente aberto se dará no início de seu esvaziamento e pode ser
calculada através da fórmula Qmáx = C d × S × 2 gh . Para Cd = 0,61 e h = 4,35 m (carga

hidráulica do reservatório), esta vazão será de Qmáx = 11,04 L/S.

4.5 Ventilação/Suspiro
A ventilação do reservatório, que funcionará também como suspiro, consistirá de 1
dispositivo projetado especificamente para este fim, com DN 200 mm, e tela de
proteção em aço inox, malha #12 para proteção contra insetos e pequenos animais, a
ser instalado no topo da unidade.

Esse sistema de ventilação foi dimensionado de forma que a vazão de ar considerada


fosse a mesma que a vazão máxima de descarga, evitando-se a ocorrência de sub-
pressão dentro da câmara do reservatório e a possibilidade de um eventual colapso de
sua estrutura.

Assim, para:

Vazão (Q) ......................................................................................................... 11,04 L/s


Velocidade máxima admissível do ar dentro do dispositivo (V) ............................ 10 m/s
Percentual de área livre na tela ................................................................................ 30%

Obtém-se:

Q
An = = 0,001104 m², sendo An a área necessária para a ventilação;
V
Au = 0,03142 × 0,3 = 0,009426 m², sendo Au é a área útil do dispositivo DN 200 mm;

0,001104
N= = 0,11 - adotado 1 dispositivo.
0,009426

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Reservatório Elevado Metálico – V = 15 m³

5. DESENHOS

O Projeto Básico do Reservatório Elevado Metálico, capacidade nominal de 15 m³,


Padrão 10.04.015/0 da COPASA é composto dos seguintes desenhos:

Desenho 01 Reservatório Elevado Metálico – 15 m³


Projeto Básico
Locação / Urbanização
Planta Cobertura, Planta Base, Elevações Frontal, Lateral

Desenho 02 Reservatório Elevado Metálico – 15 m³


Projeto Básico
Corte A-A, Vista B
Detalhes 1, 2, 3, 4, e Relação de Materiais

Desenho 03 Reservatório Elevado Metálico – 15 m³


Projeto Básico
Cerca com Mourões de Concreto
Para Áreas Urbanas

Desenho 04 Reservatório Elevado Metálico – 15 m³


Projeto Básico
Portão para Pedestre

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