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HIDRÁULICA

REDE DE DRENAGEM

MOTAENGIL
BASE DE VIDA DEQ - MOTAENGIL

LUANDA - ANGOLA

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA


MEMÓRIA DESCRITIVA
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Versão: Data: Descrição: Elaborou: Verificou:


00 2023/03/17 Versão inicial do documento Isaldino Jair
João Carlos
ÍNDICE

1 DISPOSIÇÕES GERAIS.......................................................................................................................... 1

1.1 Âmbito............................................................................................................................................... 1

2 ENQUADRAMENTO E IMPLANTAÇÃO................................................................................................. 2

2.1 Generalidades................................................................................................................................... 2
2.2 Critérios Gerais de Dimensionamento da Rede de Drenagem.........................................................3
2.2.1 Profundidade de Implantação................................................................................................... 3
2.2.2 Inclinações e Velocidades......................................................................................................... 4
2.2.3 Tensão de Arrastamento........................................................................................................... 4
2.2.4 Diâmetro Mínimo....................................................................................................................... 4

3 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS....................................................................................................... 5

3.1 Hidrologia.......................................................................................................................................... 5
3.1.1 Período de Retorno................................................................................................................... 5
3.1.2 Áreas de Contribuição............................................................................................................... 5
3.1.3 Tempo de Concentração........................................................................................................... 6
3.1.4 Intensidade de Precipitação...................................................................................................... 6
3.2 Hidráulica.......................................................................................................................................... 7
3.2.1 Caudais de Cálculo................................................................................................................... 7
3.2.2 Estudo da Capacidade dos Órgãos de Condução....................................................................8
3.2.3 Órgãos de Drenagem Longitudinal...........................................................................................8
3.2.3.1 Câmaras de Visita................................................................................................................. 9
3.2.3.2 Colectores............................................................................................................................. 9

4 DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS..........................................................................10

4.1.1 Órgãos de Drenagem Longitudinal......................................................................................... 10


4.1.1.1 Câmaras de Visita............................................................................................................... 10
4.1.1.2 Colectores........................................................................................................................... 10
4.2 Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).....................................................................10

5 MATERIAIS............................................................................................................................................ 11

5.1 Rede de Drenagem de Águas Pluviais...........................................................................................11


5.2 Rede de Drenagem de Águas Residuais Domésticas....................................................................11

6 ENSAIOS................................................................................................................................................ 11
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REDES DE DRENAGEM

LICENCIAMENTO

MEMÓRIA DESCRITIVA

1 DISPOSIÇÕES GERAIS

1.1 ÂMBITO

O presente documento refere-se ao projecto de drenagem de águas residuais do PROJECTO


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O projecto de drenagem é composto por rede de drenagem de águas residuais pluviais e


domésticas coletadas dos edifícios e dos arruamentos, estação de tratamento das águas residuais
domésticas, ETAR;

Este projecto foi elaborado em articulação com os projectos das restantes especialidades e sobre
topografia à escala 1/500, especialmente levantada para o efeito.

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2 ENQUADRAMENTO E IMPLANTAÇÃO

2.1 GENERALIDADES

O sistema de drenagem a instalar nos arranjos exteriores do complexo de produção áudio visual,
terá com função garantir a recolha e o encaminhamento das águas residuais.

Este sistema será composto por:

Drenagem de Águas Residuais Domésticas

 Rede de Drenagem de Águas Residuais Domésticas;


 Estação de Tratamento de Águas Residuais Domésticas (ETAR);

Drenagem de Águas Residuais Pluviais

 Rede de Drenagem de Águas Pluviais;

A rede do complexo de drenagem de águas residuais domésticas e de águas pluviais será


instalada nos passeios contíguos aos edifícios e ao longo dos arruamentos. Procurou-se
posicionar as tubagens, sempre que possível ao longo do eixo das estradas.

As águas residuais domésticas, dos blocos de edifícios, indicados na planta de implantação geral
acima, recolhidas por meio de câmaras de ramal de ligação, serão encaminhadas para tratamento
na ETAR, localizada a sudoeste do complexo, após a qual são descarregadas na rede pluvial ou
reaproveitadas para a rede de rega do complexo – solução esta, a apresentar em fase posterior à
construção da ETAR.

As águas pluviais, recolhidas nos lotes por meio de câmaras de ramal de ligação e nos
arruamentos, por meio de sarjetas e caixas, serão encaminhadas uma parte para a rede pública
existente à sudoeste, e outra parte para nordeste para bacia de infiltração no terreno baldio
pertença do Projecto BASE DE VIDA DEQ - MOTAENGIL.

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Na concepção do traçado das redes teve-se em conta todas as características locais, assim como
as zonas de expansão, no sentido de obter uma rede adequada e económica. O traçado da rede
pode ser consultado nas peças desenhadas.

2.2 CRITÉRIOS GERAIS DE DIMENSIONAMENTO DA REDE DE DRENAGEM

2.2.1 Profundidade de Implantação

De acordo com o artigo 137º do Dec. Reg. 23/95 a profundidade mínima a adoptar para os
colectores não deverá será inferior a 1.00 m, de modo a facilitar a ligação dos ramais, assim como
evitar a interferência com outras infraestruturas. Este valor poderá ser aumentado em função das
exigências do trânsito ou diminuído em situações excepcionais desde que se garanta a protecção
do colector para as sobrecargas. Os colectores de águas residuais domésticas estão implantados
a uma profundidade 0.20m abaixo do extradorso inferior da conduta de águas pluviais. Este
critério é adotado de forma a evitar uma possível contaminação das aguais pluviais por parte das
águas residuais, bem como facilitar a construção dos ramais de ligação das águas residuais.

Na concepção do traçado dos perfis longitudinais procurou-se utilizar a menor profundidade


possível para a implantação dos colectores, com o objectivo de tornar a concepção do sistema de
drenagem o mais económico, mas respeitando sempre as condicionantes acima citadas, bem
como uma profundidade máxima de 6m, profundidade para a qual dependendo do tipo de terreno
em causa é ainda viável a implantação da rede.

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2.2.2 Inclinações e Velocidades

Para a inclinação das condutas procurou-se acompanhar a inclinação natural do terreno, bem
como a utilização de uma profundidade constante de maneira a facilitar a Licenciamento da rede,
mas tendo sempre como limite os critérios de: inclinação mínima, inclinação máxima e
consequentemente velocidades mínima e máxima de acordo com o regulamento.

Mínimo Máximo
Inclinação colectores 0.3% 15%
Velocidade –Águas Residuais
0.6m/s 3.0m/s
Domésticas
Velocidade - Águas Pluviais 0.9m/s 5.0m/s.

2.2.3 Tensão de Arrastamento

A verificação das tensões de arrastamento não dispensa uma eventual limpeza da rede antes do
início da época chuvosa.

Tomou-se como valor mínimo de tensão de arrastamento 2 kN/m2 para a rede residual.

Nos troços onde não é cumprido este critério foi adotado a instalação de câmaras de corrente de
varrer.

2.2.4 Diâmetro Mínimo

De acordo com o Regulamento diâmetro interior mínimo para os colectores de drenagem é de 200
mm.

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3 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

3.1 HIDROLOGIA

Visto que os caudais de cálculo, neste caso, estarão dependentes da definição da Intensidade de
Precipitação (I), recorreu-se aos registos pluviométricos existentes para a obtenção da
Intensidade de Precipitação, como função do tempo de concentração.

Tabela XI – Parâmetros a e b das Curvas IDF para o Aeroporto de Luanda


(l em mm/h e t em min)
Direcção Nacional de Águas – Ministério da Energia e Águas

A intensidade de precipitação de cálculo I =345 , 1× 5−0,568

I =138,334 mm /h :2 ,31 l/min

3.1.1 Período de Retorno

Em acordo com o tipo de infraestruturas a serem construídas foi adoptado um Período de Retorno
único de 5 anos.

3.1.2 Áreas de Contribuição

Para a determinação da bacia de drenagem partiu-se do princípio de que o escoamento das


águas superficiais se efectua perpendicularmente às curvas de nível do terreno, pelo que se pôde,

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partindo deste princípio, determinar a parcela da bacia hidrográfica para cada ponto de recolha.

Na determinação das percentagens de área permeável e impermeável considerou-se como sendo


terreno natural toda a área da bacia hidrográfica exterior à zona edificada e pavimentada sendo
que nesta foi necessário quantificar as parcelas impermeável e permeável, dado existirem zonas
verdes e considerarmos estas como terreno natural.

3.1.3 Tempo de Concentração

O tempo de concentração (tc) foi determinado para a secção a montante de cada troço e
admitindo que toda a área da bacia contribui para o caudal de ponta (situação mais desfavorável).
Este foi calculado pela seguinte fórmula:

tc = ti + tp

Sendo:

ti – tempo inicial, corresponde ao tempo de percurso superficial da água pluvial até ao primeiro
dispositivo de entrada nos troços de cabeceira;

tp – tempo de percurso no interior até a secção de montante do troço.

Considerando o tipo de terreno, inclinação e vegetação, foi adoptado um tempo inicial de 5 min.

3.1.4 Intensidade de Precipitação

Com base no indicado na tabela XI acima, adoptou-se a intensidade de precipitação de cálculo


−0,568
I =345 , 1× 5

I =138,334 mm /h :2 ,31 l/min

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3.2 HIDRÁULICA

3.2.1 Caudais de Cálculo

Os caudais de cheia, considerados no dimensionamento dos órgãos de drenagem longitudinal,


foram obtidos através do método racional simplificado a partir das intensidades máximas de
precipitação:

Qcalc.=C .I . A

Qcalc. – Caudal de cálculo (l/mín)


C - Coeficiente de escoamento (aprox. = 1)
I - Intensidade de precipitação (IDF-Luanda)
A – Área de Influência (m2)

Tabela XI – Parâmetros a e b das Curvas IDF para o Aeroporto de Luanda


(l em mm/h e t em min)
Direcção Nacional de Águas – Ministério da Energia e Águas

A intensidade de precipitação de cálculo I =345 , 1× 5−0,568

I =138,334 mm /h :2 ,31 l/min

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Na utilização da fórmula racional foram adoptados os seguintes valores para os coeficientes de
escoamento:

- Superfícies pavimentadas com camadas betuminosas C=1


- Superfícies ajardinadas C = 0,7

Para a duração da chuvada de cálculo considerou-se, no estudo de drenagem longitudinal, os


seguintes tempos de concentração inicial para as câmaras de cabeceira:

- Áreas de solo natural – 7.5 min;


-Áreas impermeáveis – 5 min.

Os cálculos são apresentados na memória de cálculo.

Selecção dos Diâmetros:


- Os colectores prediais serão dimensionados para secção cheia.

3.2.2 Estudo da Capacidade dos Órgãos de Condução

Na área interior do complexo não existem linhas de água, pelo que o estudo de capacidade
hidráulica incidirá apenas sobre a drenagem longitudinal da rede viária.

3.2.3 Órgãos de Drenagem Longitudinal

A drenagem longitudinal da centralidade será constituída pelos seguintes órgãos:

 Recolha - Sumidouros e Câmaras de Ramal de Ligação;


 Condução – Colectores e Câmaras de Visita.

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3.2.3.1 Câmaras de Visita

Estas câmaras serão construídas segundo os preceitos estabelecidos nas Condições Técnicas,
devendo ser utilizadas para inspecção e/ou limpeza dos tubos colectores.

Serão constituídas por anéis pré-fabricados de betão com diâmetro interior mínimo de 1,25 m
assentes numa base betonada no local com betão C 30/37 com a espessura de 0,20 m. A tampa
sumidouro será em ferro fundido.

3.2.3.2 Colectores

Os colectores previstos neste projecto destinam-se à condução das descargas dos sumidouros e
câmaras de ramal. Serão em PVC Corrugado SN8 e deverão satisfazer os requisitos das
Condições Técnicas. O diâmetro mínimo não poderá ser inferior a 0,200 m.

Os colectores serão articulados por câmaras de visita, tendo em vista recolher e conduzir para
pontos convenientes de descarga as águas provenientes das plataformas das vias. No
assentamento dos tubos deverá ter-se em conta os preceitos indicados nas Condições Técnicas.
As cotas indicadas nos desenhos referem-se sempre às cotas de soleira.

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4 DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS

Para efeitos de cálculo da rede de drenagem de águas residuais domésticas adoptou-se a


população equivalente como o número de pessoas que estarão instalados na base.

4.1.1 Órgãos de Drenagem Longitudinal

Conforme referido anteriormente a as águas residuais domésticas serão recolhidas nas Câmaras
de Ramal de Ligação dos blocos de edifícios e conduzidas a uma ETAR por meio de uma rede de
drenagem constituída por tubos colectores e câmaras de visitas.

4.1.1.1 Câmaras de Visita

Estas câmaras serão construídas segundo os preceitos estabelecidos nas Condições Técnicas,
devendo ser utilizadas para inspecção e/ou limpeza dos tubos colectores.

4.1.1.2 Colectores

Os colectores previstos neste projecto destinam-se à condução das descargas das câmaras de
ramal. Serão em PVC Corrugado SN8 e deverão satisfazer os requisitos das Condições Técnicas.
O diâmetro mínimo não poderá ser inferior a 0,200 m.

Os colectores serão articulados por câmaras de visita, tendo em vista recolher e conduzir para
pontos convenientes de descarga as águas domésticas provenientes dos edifícios. No
assentamento dos tubos deverá ter-se em conta os preceitos indicados nas Condições Técnicas.
As cotas indicadas nos desenhos referem-se sempre às cotas de soleira.

4.2 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS (ETAR)

A estação de tratamento de águas residuias será compacta pré-fabricada e deverá prever as


seguintes etapas de tratamento:

- Tratamento primário: Retenção de areias;


- Tratamentos secundário: Arejamento e decantação.

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5 MATERIAIS

5.1 REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Todas as canalizações e acessórios da rede e ramais de ligação serão em PVC corrugado SN8,
assentes em fundação comum com a rede doméstica sempre que os eixos sejam paralelos e com
uma profundidade mínima tal o recobrimento sobre o tubo não seja inferior a 1,00m.

As câmaras de visita e câmara de ramal de ligação serão em anéis de betão pré-fabricadas com
tampas e aros em ferro fundido dúctil NP EN 124 – D400 com a inscrição – Águas Pluviais.

5.2 REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS

Todas as canalizações e acessórios da rede e ramais de ligação serão em PVC corrugado SN8,
assentes em fundação comum com a rede pluvial sempre que os eixos sejam paralelos e com
uma profundidade mínima tal o recobrimento sobre o tubo não seja inferior a 1,00m.

As câmaras de visita e câmara de ramal de ligação serão em anéis de betão pré-fabricadas com
tampas e aros em ferro fundido dúctil NP EN 124 – D400 com a inscrição – Águas Domésticas.

6 ENSAIOS

A verificação da conformidade com o projecto e as disposições em vigor, deve ser feita com as
canalizações e todos os acessórios à vista, conforme o definido no Dec. Reg. 23/95 e na presença
de um técnico da fiscalização.

NOTA FINAL - Em todas as omissões da presente memória e peças desenhadas, deverão seguir-
se as normas em vigor.

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