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GINGA.

COM
EXECUÇÃO

ARRUAMENTOS

CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS - TERRAPLENAGENS

2020/MARÇO
CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS - TERRAPLENAGENS
289-020-E-09-CTE-01-00

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00 2020/03/20 Versão inicial do documento Isaldino Dario
João Vieira
GINGA.COM

PROJETO DE EXECUÇÃO

ARRUAMENTOS

CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

TERRAPLENAGENS

ÍNDICE

14.01 – TERRAPLENAGEM - CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS ............................................................................ 1

14.01.1 - ATERROS ......................................................................................................................................................................... 1


1 - ESTRUTURA DOS ATERROS ......................................................................................................................................... 1
2 - CRITÉRIOS GERAIS ............................................................................................................................................................ 2
3 - TIPOS DE MATERIAIS DE ATERRO ............................................................................................................................. 3
3.1 - SOLOS ................................................................................................................................................................................... 3
3.2 - SOLOS TRATADOS COM CAL E/OU CIMENTO ................................................................................................... 6
3.2.1 - CARACTERISTICAS DOS SOLOS A TRATAR E DA MISTURA ................................................................... 6
3.2.2 - A CAL ................................................................................................................................................................................. 6
3.2.3 - O CIMENTO ..................................................................................................................................................................... 7
3.3 - MATERIAIS ROCHOSOS (ENROCAMENTOS) ...................................................................................................... 7
3.4 - MATERIAIS DO TIPO SOLO-ENROCAMENTO ..................................................................................................... 9
3.5 - MATERIAIS NÃO REUTILIZÁVEIS .............................................................................................................................. 9
4 - ATERROS COM SOLOS .................................................................................................................................................... 9
5 - UTILIZAÇÃO DE SOLOS TRATADOS COM CAL E/OU COM LIGANTES HIDRAÚLICOS EM
ATERROS COM SOLOS COERENTES ............................................................................................................................ 10
6 - ATERROS EM MATERIAL ROCHOSO (ENROCAMENTO) ................................................................................. 11
7 - ATERROS COM MATERIAIS DO TIPO SOLO-ENROCAMENTO ..................................................................... 12
8 - ATERROS ZONADOS ....................................................................................................................................................... 12
9 - PARTICULARIEDADES DOS ATERROS COM MATERIAIS EVOLUTIVOS .................................................. 13
10 - ATERROS TÉCNICOS .................................................................................................................................................... 13
14.01.2 - MATERIAIS PARA O LEITO DO PAVIMENTO.................................................................................................... 14
1 - SOLOS .................................................................................................................................................................................... 14

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2 - MATERIAIS GRANULARES NÃO BRITADOS ......................................................................................................... 15
3 - MATERIAIS GRANULARES BRITADOS .................................................................................................................... 16
4 - EM SOLOS TRATADOS COM CAL E OU CIMENTO ............................................................................................ 17
4.1 - CAL ....................................................................................................................................................................................... 17
4.2 - CIMENTO ........................................................................................................................................................................... 18
4.3 - SOLO A TRATAR COM CAL ....................................................................................................................................... 18
4.4 - SOLO TRATADO COM CAL ........................................................................................................................................ 18
4.5 - SOLO A TRATAR COM CIMENTO OU CAL E CIMENTO ................................................................................ 19
4.6 - SOLO TRATADO COM CIMENTO OU CAL E CIMENTO ................................................................................. 19
14.01.3 - GEOTÊXTEIS EM TERRAPLENAGEM ................................................................................................................ 20
1 - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................................... 20
2 - GEOTÊXTEIS COM FUNÇÕES DE SEPARAÇÃO E/OU FILTRO .................................................................... 21
3 - MATERIAIS A APLICAR SOBRE OS GEOTÊXTEIS .............................................................................................. 22
4 - MATERIAIS A APLICAR NA CAMADA DRENANTE SOBREJACENTE AO GEOTÊXTIL ........................ 22
4.1 - AREIA .................................................................................................................................................................................. 22
4.2 - MATERIAL ROCHOSO ................................................................................................................................................. 22
14.01.4 - MATERIAIS PARA DRENOS VERTICAIS............................................................................................................ 23
1 - AREIA ...................................................................................................................................................................................... 23
2 - GEODRENOS ...................................................................................................................................................................... 23
14.01.5 - MATERIAIS PARA ESTACAS DE BRITA ............................................................................................................. 23
14.01.6 - MATERIAIS PARA MÁSCARAS E ESPORÕES DRENANTES .................................................................... 24

15.01 – TERRAPLENAGEM - MÉTODOS CONSTRUTIVOS .................................................................................................................. 25

15.01.1 - TRABALHOS PREPARATÓRIOS ........................................................................................................................... 25


1 - LIMPEZA E DESMATAÇÃO ............................................................................................................................................ 25
2 - DECAPAGEM ....................................................................................................................................................................... 25
3 - SANEAMENTOS NA FUNDAÇÃO DOS ATERROS OU NO LEITO DO PAVIMENTO EM
ESCAVAÇÃO .............................................................................................................................................................................. 26
4 - PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE .......................................................................................................... 26
15.01.2 - ATERROS ....................................................................................................................................................................... 28
1 - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................................... 28
2 - PREPARAÇÃO DA FUNDAÇÃO DE ATERROS EM SITUAÇÕES PARTICULARES ................................ 29
3 - ATERROS EM ENROCAMENTO OU MISTURA SOLO-ENROCAMENTO .................................................... 31
3.1 - ATERRO EXPERIMENTAL E ENSAIOS DE LABORATÓRIO ......................................................................... 33
4 - ATERROS ZONADOS ....................................................................................................................................................... 33
5 - ATERROS COM MATERIAIS EVOLUTIVOS ............................................................................................................ 33
6 - UTILIZAÇÃO DE SOLOS TRATADOS NA CONSTRUÇÃO DE ATERROS COM SOLOS ....................... 34
6.1 - ESTUDO LABORATORIAL .......................................................................................................................................... 34
6.2 - ARMAZENAMENTO DO LIGANTE ........................................................................................................................... 35
6.3 - TRECHO EXPERIMENTAL .......................................................................................................................................... 35
6.4 - PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE .............................................................................................................................. 35
6.5 - HUMIDIFICAÇÃO ............................................................................................................................................................ 36
6.6 - ESPALHAMENTO ........................................................................................................................................................... 36

II GINGA.COM
Arruamentos - Terraplenagens
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6.7 - MISTURA E HOMOGENEIZAÇÃO ............................................................................................................................ 37
6.8 - COMPACTAÇÃO ............................................................................................................................................................. 37
6.9 - ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE .............................................................................................................................. 38
6.10 - REGA DE CURA ............................................................................................................................................................ 39
6.11 - EXECUÇÃO DE CAMADA SOBREJACENTES .................................................................................................. 39
6.12 - LIMITAÇÕES À EXECUÇÃO ..................................................................................................................................... 39
15.01.3 - ESCAVAÇÕES .............................................................................................................................................................. 39
1 - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................................... 40
2 - ESCAVAÇÃO COM MEIOS MECÂNICOS (LÂMINA, BALDE OU RIPPER) ................................................... 42
3 - ESCAVAÇÃO COM RECURSO A EXPLOSIVOS .................................................................................................... 42
15.01.4 - EMPRÉSTIMOS E DEPÓSITOS .............................................................................................................................. 44
15.01.5 - EXECUÇÃO DO LEITO DO PAVIMENTO ............................................................................................................ 45
1 - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................................... 45
2 - DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA CAMADAS DO LEITO DO PAVIMENTO TRATADAS COM CAL
E/OU CIMENTO .......................................................................................................................................................................... 47
2.1 - ESTUDO LABORATORIAL ........................................................................................................................................... 47
2.2 - ARMAZENAMENTO DO LIGANTE ............................................................................................................................ 48
2.3 - TRECHO EXPERIMENTAL .......................................................................................................................................... 48
2.4 - PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE .............................................................................................................................. 49
2.5 - HUMIDIFICAÇÃO ............................................................................................................................................................. 50
2.6 - ESPALHAMENTO DO LIGANTE ................................................................................................................................ 50
2.7 - MISTURA E HOMOGENEIZAÇÃO ............................................................................................................................ 51
2.8 - COMPACTAÇÃO ............................................................................................................................................................. 52
2.9 - ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE .............................................................................................................................. 53
2.10 - REGA DE CURA ............................................................................................................................................................ 53
2.11 - EXECUÇÃO DE UMA SEGUNDA CAMADA........................................................................................................ 54
2.12 - LIMITAÇÕES À EXECUÇÃO ..................................................................................................................................... 54
15.01.6 - DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS PARTICULARES ........................................................................................ 54
1 - GEOMETRIA DOS “ATERROS TÉCNICOS“ ............................................................................................................. 55
1.1 - ESTRUTURAS ENTERRADAS DE PEQUENA DIMENSÃO (DIÂMETRO OU LADO “d” 2,50M) ....... 55
1.2 - ESTRUTURAS ENTERRADAS DE MÉDIA E GRANDE DIMENSÃO (ALTURA “H”  2,50 M) ............. 55
1.3 - ENCONTROS, MONTANTES DE OBRAS DE ARTE E MUROS DE SUPORTE ...................................... 55
2 - EXECUÇÃO DOS “ATERROS TÉCNICOS“ ............................................................................................................... 55
15.01.7 - CONTROLO DE QUALIDADE .................................................................................................................................. 57

16.01 – TERRAPLENAGEM - DICIONÁRIO DE RÚBRICAS E CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ................................................................... 58

16.01.1 - TRABALHOS PREPARATÓRIOS: ...................................................................................................................................... 59


16.01.1.1 - Desmatação, incluindo derrube de árvores, desenraizamento, limpeza do terreno, carga,
transporte e colocação dos produtos em vazadouro e eventual indemnização por depósito - (m2) .............. 59
16.01.1.2 - Demolição de construções (excluindo muros), incluindo carga, transporte e colocação dos
produtos em vazadouro, e eventual indemnização por depósito - (m3)................................................................... 60
16.01.1.3 - Demolição de muros, incluindo carga, transporte e colocação dos produtos em vazadouro, e
eventual indemnização por depósito - (m2) ....................................................................................................................... 60
16.01.1.4 - Desactivação de poços, nascentes ou outras captações existentes: ................................................. 61

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16.01.1.4.1- Enchimento de poços com enrocamento, ou outro material com características drenantes
equivalentes - (m3) .................................................................................................................................................................... 61
16.01.1.4.2 - Captação e condução de águas - (m) ....................................................................................................... 61
16.01.1.5 - Decapagem na linha de terra vegetal com a(s) espessura(s) média(s) definida(s) no projecto e
sua colocação em vazadouro, ou depósito provisório para posterior utilização, incluindo escavação,
carga, transporte, protecção e eventual indemnização por depósito ....................................................................... 62
16.01.1.5.1 - Com colocação em vazadouro - (m3) ....................................................................................................... 63
16.01.1.5.2 - Com colocação em depósito provisório - (m3) ....................................................................................... 63
16.01.1.6 - Preparação da fundação de aterros em condições especiais: ............................................................. 63
16.01.1.6.1 - Limpeza, regularização e compactação da fundação de aterros:.................................................... 63
16.01.1.6.1.1 - Em zonas de solos para execução de aterros de pequena altura - (m2) .................................. 63
16.01.1.6.1.2 - Em zonas de afloramentos rochosos - (m2) ........................................................................................ 64
16.01.1.6.2 - Saneamento em fundação de aterros, incluindo carga, transporte e espalhamento em
vazadouro ou depósito provisório, e eventual indemnização por depósito - (m3) ............................................... 64
16.01.1.6.3 - Preenchimento dos volumes saneados com materiais adequados, incluindo o seu
fornecimento, transporte, espalhamento e compactação - (m3) ................................................................................ 65
16.01.1.6.4 - Fornecimento e colocação de geossintéticos em fundação de aterros: ........................................ 65
16.01.1.6.4.1 - Sobre baixas aluvionares compressíveis ou outros solos moles, com o objectivo essencial
de desempenhar as funções de separação e/ou filtro - (m2) ...................................................................................... 66
16.01.1.6.4.2 - Em zonas de deficiente traficabilidade, designadamente com espessuras elevadas de
terras vegetais, de modo a permitir a circulação dos equipamentos de construção - (m2) .............................. 67
16.01.1.6.4.3 - Com a função de reforço, incluindo todos os dispositivos e acessórios necessários à sua
aplicação - (m2) .......................................................................................................................................................................... 67
16.01.1.6.5 - Técnicas de consolidação, incluíndo o fornecimento de todos os materiais necessários e a
sua colocação ou execução ................................................................................................................................................... 67
16.01.1.6.5.1 - Drenos verticais do tipo Geodreno - (m) ............................................................................................... 68
16.01.1.6.5.2 - Estacas de areia - D = 0,40 m - (m) .................................................................................................. 68
16.01.1.6.5.3 - Estacas de areia - D = 0,50 m - (m) .................................................................................................. 68
16.01.1.6.5.4 - Estacas de brita com diâmetro inferior ou igual a 0,70 m - (m)..................................................... 68
16.01.1.6.5.5 - Estacas de brita com diâmetro superior a 0,70 m - (m) ................................................................... 68
16.01.1.6.5.6 - Pré-carga, incluindo o fornecimento e posterior remoção do material aplicado - (m3) ......... 68
16.01.1.6.5.7 - Valas drenantes, incluindo colocação de geotêxteis e preenchimento da vala com material
drenante - (m3) ........................................................................................................................................................................... 68
16.01.1.7 - Camada drenante sobrejacente ao geotêxtil: ............................................................................................. 68
16.01.1.7.1 - Em areia natural - (m3) .................................................................................................................................. 69
16.01.1.7.2 - Em solos permeáveis - (m3)......................................................................................................................... 69
16.01.1.7.3 - Em material aluvionar ou de terraço - (m3) ............................................................................................. 69
16.01.1.7.4 - Em materiais britados ou obtidos por crivagem, mistura ou composição de materiais naturais
- (m3).............................................................................................................................................................................................. 69
16.01.2 - ESCAVAÇÃO NA LINHA E COLOCAÇÃO EM ATERRO OU VAZADOURO: ..................................................................... 70
16.01.2.1 - Escavação com meios mecânicos (lâmina, balde ou ripper) - (m3) ................................................... 71
16.01.2.2 - Escavação com recurso a explosivos - (m3) .............................................................................................. 71
16.01.2.3 - Carga, transporte e colocação em aterro dos materiais provenientes da escavação: ................. 75

IV GINGA.COM
Arruamentos - Terraplenagens
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16.03.2.3.1 - Incluindo espalhamento e compactação - (m3) ...................................................................................... 75
16.03.2.3.2 - Incluindo tratamento “in situ” com cal e/ou cimento em camadas com espessura entre 0,20 e
0,35 m, icluisivé - (m3) .............................................................................................................................................................. 75
16.01.2.4 - Carga, transporte e colocação em vazadouro dos materiais provenientes da escavação,
incluindo espalhamento e eventual indemnização por depósito - (m3) .................................................................... 76
16.01.2.5 - Escavação de solos a rejeitar por falta de características para aplicação em aterros, incluindo
carga, transporte, espalhamento em vazadouro e eventual indemnização por depósito - (m3)...................... 76
16.01.2.6 - Regularização de taludes de escavação: ..................................................................................................... 77
16.01.2.6.1 - Em zonas onde a escavação foi feita mecanicamente - (m2) ........................................................... 77
16.01.2.6.2 - Em zonas onde a escavação foi feita com recurso a explosivos - (m2) ......................................... 77
16.01.2.7 - Regularização de taludes de aterro - (m2) .................................................................................................. 78
16.01.2.8 - Regularização e modelação das áreas interiores aos ramos dos nós - (m2) .................................. 79
16.01.2.9 - Regularização e modelação de outras áreas confinantes com a estrada, conforme definido no
projecto - (m2) ............................................................................................................................................................................. 79
16.01.3 - ESCAVAÇÃO EM EMPRÉSTIMO: ...................................................................................................................................... 79
16.01.3.1 - Escavação em empréstimo em terreno de qualquer natureza e colocação em aterro e
indemnização por matagem e arranjo para enquadramento paisagístico da zona de empréstimo:............... 80
16.01.3.1.1 - Carga, transporte, espalhamento e compactação - (m3) .................................................................... 80
16.01.3.1.2 - Carga, transporte, espalhamento e compactação, incluindo tratamento “in situ” com cal e/ou
cimento em camadas com espessura entre 0,20 e 0,35 m, icluisivé- (m3) ............................................................ 80
16.01.3.2 - Tratamento paisagístico de zonas de empréstimo, de acordo com projecto específico, em
casos excepcionais - (m2) ....................................................................................................................................................... 80
16.01.4 - LEITO DO PAVIMENTO, INCLUINDO TRATAMENTO OU FORNECIMENTO, E COLOCAÇÃO DOS MATERIAIS:
(ESPESSURAS DAS CAMADAS, APÓS COMPACTAÇÃO) ................................................................................................................. 81
16.01.4.1.1.2 - Com 0,20 m de espessura - (m2) 1 000 m2.................................................................................... 82
16.01.4.1.1.3 - Com 0,30 m de espessura - (m2) 1 000 m2 ..................................................................................... 82
16.01.4.1.1.2 - Com 0,20 m de espessura - (m2) 2 000 m2.................................................................................... 82
16.01.4.1 - Em aterros de solos: .......................................................................................................................................... 82
16.01.4.1.1 - Em solos “seleccionados”: ............................................................................................................................. 83
16.01.4.1.1.1 - Com 0,15 m de espessura - (m2) ............................................................................................................ 83
16.01.4.1.1.2 - Com 0,20 m de espessura - (m2) ............................................................................................................ 83
16.01.4.1.1.3 - Com 0,30 m de espessura - (m2) ............................................................................................................ 83
16.01.4.1.2 - Tratamento "in situ" com ligantes hidráulicos e/ou pozolânicos: ...................................................... 83
16.01.4.1.2.1 - Na espessura de 0,20 m - (m2)................................................................................................................ 83
16.01.4.1.2.2 - Na espessura de 0,25 m - (m2)................................................................................................................ 83
16.01.4.1.2.3 - Na espessura de 0,30 m - (m2)................................................................................................................ 83
16.01.4.1.3 - Em material granular: ...................................................................................................................................... 83
16.01.4.1.3.1 - Não britado (seixo) com 0,15 m de espessura - (m2)....................................................................... 83
16.01.4.1.3.2 - Não britado (seixo) com 0,20 m de espessura - (m2)....................................................................... 83
16.01.4.1.3.3 - Britado com 0,15 m de espessura - (m2) .............................................................................................. 83
16.01.4.1.3.4 - Britado com 0,20 m de espessura - (m2) .............................................................................................. 83
16.01.4.2 - Em pedraplenos ou em aterros com materiais do tipo solo-enrocamento: ....................................... 83
16.01.4.2.1 - Em material granular: ...................................................................................................................................... 84
16.01.4.2.1.1 - Não britado (seixo) com 0,15 m de espessura - (m2)....................................................................... 84
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16.01.4.2.1.2 - Não britado (seixo) com 0,20 m de espessura - (m2) ...................................................................... 84
16.01.4.2.1.3 - Britado com 0,15 m de espessura - (m2) ............................................................................................. 84
16.01.4.2.1.4 - Britado com 0,20 m de espessura - (m2) ............................................................................................. 84
16.01.4.3 - Em escavações ou perfis mistos em solo: .................................................................................................. 84
16.01.4.3.1 - Escarificação, homogeneização e compactação, na espessura de 0,30 m - (m2) .................... 86
16.01.4.3.2 - Saneamento, incluindo carga, transporte e espalhamento em vazadouro, e eventual
indemnização por depósito:.................................................................................................................................................... 86
16.01.4.3.2.1 - Na espessura de 0,40 m - (m2) ............................................................................................................... 86
16.01.4.3.2.2 - Na espessura de 0,60 m - (m2) ............................................................................................................... 86
16.01.4.3.3 - Em solos “seleccionados”: ............................................................................................................................ 86
16.01.4.3.3.1 - Com 0,15 m de espessura - (m2) ........................................................................................................... 86
16.01.4.3.3.2 - Com 0,20 m de espessura - (m2) ........................................................................................................... 86
16.01.4.3.3.3 - Com 0,30 m de espessura - (m2) ........................................................................................................... 86
16.01.4.3.4 - Tratamento "in situ" com ligantes hidráulicos e/ou pozolânicos:..................................................... 86
16.01.4.3.4.1 - Na espessura de 0,20 m - (m2) ............................................................................................................... 86
16.01.4.3.4.2 - Na espessura de 0,25 m - (m2) ............................................................................................................... 86
16.01.4.3.4.3 - Na espessura de 0,30 m - (m2) ............................................................................................................... 86
16.01.4.3.5 - Em material granular: ..................................................................................................................................... 86
16.01.4.3.5.1 - Não britado (seixo) com 0,15 m de espessura - m2 ......................................................................... 86
16.01.4.3.5.2 - Não britado (seixo) com 0,20 m de espessura - m2 ......................................................................... 86
16.01.4.3.5.3 - Britado com 0,15 m de espessura - m2 ............................................................................................... 86
16.01.4.3.5.4 - Britado com 0,20 m de espessura - m2 ............................................................................................... 86
16.01.4.4 - Em escavações ou perfis mistos em rocha: ............................................................................................... 87
16.01.4.4.1 - Limpeza e/ou saneamento para posterior regularização da plataforma com material pétreo:87
16.01.4.4.1.1 - Na espessura média de 0,15 m - (m2) .................................................................................................. 88
16.01.4.4.1.2 - Na espessura média de 0,25 m - (m2) .................................................................................................. 88
16.01.4.4.2 - Regularização da plataforma com material pétreo: .............................................................................. 88
16.01.4.4.2.1 - Na espessura média de 0,15 m - (m2) .................................................................................................. 88
16.01.4.4.2.2 - Na espessura média de 0,25 m - (m2) .................................................................................................. 88
16.01.4.5 - Geossintéticos em leitos do pavimento, incluindo fornecimento e colocação: ................................ 88
16.01.4.5.1 - Geotêxteis - (m2) ............................................................................................................................................. 89
16.01.4.5.2 - Geogrelhas - (m2) ............................................................................................................................................ 89
16.01.5 - TRABALHOS EM CONDIÇÕES PARTICULARES:............................................................................................................. 89
16.01.5.1 - Escavação nas bermas e/ou separador para alargamento do pavimento (abertura de caixa),
incluindo transporte dos produtos escavados e sua colocação em vazadouro, e eventual indemnização
por depósito, na espessura definida no projecto - (m2) ................................................................................................ 89
16.01.5.2 - Preparação de taludes de aterro para posterior alargamento, de acordo com desenho de
pormenor, incluindo carga, transporte e colocação em vazadouro dos produtos da limpeza, e eventual
indemnização por depósito - (m3) ........................................................................................................................................ 90
16.01.5.3 - Limpeza, regularização e reperfilamento de valetas, incluindo carga, transporte e colocação
em vazadouro dos produtos sobrantes, e eventual indemnização por depósito - (m)........................................ 91

VI GINGA.COM
Arruamentos - Terraplenagens
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16.01.5.4 - Limpeza, regularização e reperfilamento de bermas existentes, incluindo eventuais
enchimentos e compactação, carga, transporte e colocação em vazadouro dos produtos sobrantes, e
eventual indemnização por depósito - (m2) ....................................................................................................................... 91
16.01.5.5 - Limpeza e regularização de taludes existentes, incluindo desmatação, carga, transporte e
colocação dos produtos em vazadouro, e eventual indemnização por depósito - (m2) ..................................... 92
16.01.5.6 - Execução de valas para intersecção de raízes de árvores, incluindo enchimento de acordo
com o definido no projecto - (m) ............................................................................................................................................ 92
16.01.5.7 - Corte de árvores em zonas de alargamentos, incluindo desenraizamento, enchimento de
acordo com o definido no projecto, transporte, colocação em vazadouro dos produtos sobrantes e
eventual indemnização por depósito (un) ........................................................................................................................... 92
16.01.6 - TRABALHOS COMPLEMENTARES: .................................................................................................................................. 93
16.01.6.1 - Máscara drenante - (m3) ................................................................................................................................... 93
16.01.6.2 - Esporão drenante - (m3) .................................................................................................................................... 93
16.01.6.3 - Drenos sub-horizontais em taludes - (m) ..................................................................................................... 94
16.01.7 - OUTROS TRABALHOS: ..................................................................................................................................................... 94

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PROJETO DE EXECUÇÃO

ARRUAMENTOS

CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

TERRAPLENAGENS

14.01 – TERRAPLENAGEM - CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS

14.01.1 - ATERROS

Para efeitos deste Caderno de Encargos considera-se como Fundação do Aterro o terreno sobre o qual este
será construido.

1 - ESTRUTURA DOS ATERROS

Nos aterros distinguem-se as seguintes zonas, cuja geometria será definida no projecto:

Parte Inferior do Aterro (PIA) - É a zona do aterro que assenta sobre a fundação (geralmente considera-
se que é constituída pelas duas primeiras camadas do aterro). No caso de se ter procedido préviamente aos
trabalhos de decapagem, consideram-se também incluídas para além destas, as camadas que se situam abaixo
do nível do terreno natural.

Corpo - É a parte do aterro compreendida entre a Parte Inferior e a Parte Superior do Aterro.

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Parte Superior do Aterro (PSA) - É a zona do aterro (da ordem dos 40-85 cm) sobre a qual apoia a
Camada de Leito do Pavimento, a qual integra a fundação do pavimento e influencia o seu comportamento.

Leito do Pavimento - É a última “camada” constituinte do aterro, que se destina essencialmente a conferir
boas condições de fundação ao pavimento, não só do ponto de vista das condições de serviço, mas também
das condições de colocação em obra, permitindo uma fácil e adequada compactação da primeira camada do
pavimento, e garantindo as condições de traficabilidade adequadas ao tráfego de obra. Por razões construtivas
o Leito do Pavimento pode ser construído por uma ou várias camadas.

Espaldar - É a zona lateral do corpo do aterro que inclui os taludes, e que pode ocasionalmente ter função
de maciço estabilizador.

A Parte Superior do Aterro e o Leito do Pavimento constituem a fundação do pavimento.

2 - CRITÉRIOS GERAIS

Os materiais a utilizar nos aterros serão os definidos no projecto, provenientes das escavações realizadas na
obra ou de empréstimos. Os empréstimos escolhidos pelo adjudicatário deverão ser submetidos à prévia
aprovação da Fiscalização.

Os materiais a utilizar na construção da Parte Inferior dos Aterros devem ser preferencialmente insensíveis à
água, especialmente quando houver possibilidade de inundação e/ou de encharcamento dos terrenos
adjacentes.

Na construção do Corpo dos aterros poderão ser utilizados todos os materiais que permitam a sua colocação
em obra em condições adequadas, que garantam e assegurem por um lado a estabilidade da obra, e
simultaneamente, que as deformações pós-construtivas que se venham a verificar sejam toleráveis a curto e
longo prazo para as condições de serviço.

Para satisfazer às exigências de estabilidade quase imediatas dos aterros, os materiais utilizáveis devem ter
características geotécnicas que permitam atingir, logo após a sua colocação em obra, as resistências, em
particular mecânicas, que garantam esta exigência. Isto pressupõe, que eles possam ser correctamente
espalhados e compactados, o que significa que:
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- É necessário que a dimensão máxima (Dmáx) dos seus elementos permita o nivelamento das camadas e
que a sua espessura seja compatível com a potência dos cilindros utilizados;

- O respectivo teor em água natural (Wnat) seja adequado às condições de colocação em obra.

Os materiais que poderão ser utilizados na construção do Corpo dos aterros devem ainda obedecer ao seguinte:

- Os solos ou materiais a utilizar deverão estar isentos de ramos, folhas, troncos, raízes, ervas, lixo ou
quaisquer detritos orgânicos.

- A dimensão máxima dos elementos dos materiais a aplicar será, em regra, não superior a 2/3 da espessura
da camada, uma vez compactada.

Na Parte Superior dos Aterros devem ser utilizados os materiais de melhor qualidade, de entre os provenientes
das escavações e/ou dos empréstimos utilizados.

Na zona dos Espaldares devem ser utilizados materiais compatíveis com a geometria de taludes projectada, de
modo a evitar riscos de instabilidade e/ou de erosão.

Quando fôr imprescindível, por razões económicas e/ou ambientais, reutilizar na construção de aterros solos
coerentes (finos e sensíveis à água) com elevados teores em água no seu estado natural, poder-se-á recorrer
a técnicas de tratamento (“in situ” ou em central) com cal ou com ligantes hidraúlicos, por forma a garantir
condições de traficabilidade aos equipamentos e a atingir as condições exigíveis para a sua colocação em obra.

3 - TIPOS DE MATERIAIS DE ATERRO

Os materiais a utilizar na construção dos aterros são do ponto de vista granulométrico, os seguintes: solos,
materiais rochosos (enrocamento), e materiais do tipo solo-enrocamentos.

3.1 - SOLOS

Segundo o presente Caderno de Encargos, denominam-se solos os materiais que cumpram as seguintes
condições granulométricas:

- Material retido no peneiro 19 mm ( 3/4” ) ASTM .........................................................  30%

A sua utilização na construção de aterros, no seu estado natural, exige que sejam observadas as seguintes
condições relativas ao teor em água:
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Solos incoerentes: 0,8 Wopm  Wnat  1,2 Wopm

Solos coerentes: 0,7 Wopn  Wnat  1,4 Wopn

Wopm - teor em água óptimo referido ao ensaio de Proctor Modificado

Wopn - teor em água óptimo referido ao ensaio de Proctor Normal

Quando não se verifique este requesito para o caso de solos coerentes, poder-se-á recorrer a técnicas de
tratamento com cal ou desta combinada com cimento.

A possível utilização dos diversos tipos de solos em função da zona do aterro em que irão ser aplicados deverá
obedecer às seguintes regras gerais (Quadro 1), baseadas na classificação unificada de solos, contida na
especificação ASTM D 2487.

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Quadro 1

Tipo Reutilização
Classe CBR (%) de Descrição PIA Corpo PSA
solo
OL siltes orgânicos e siltes argilosos orgânicos de N N N
baixa plasticidade (1)
OH argilas orgânicas de plasticidade média a N P N
elevada;
siltes orgânicos. (2)
S0 3 CH argilas inorgânicas de plasticidade elevada; N P N
argilas gordas. (3)
siltes inorgânicos;
MH areias finas micáceas; N P N
siltes micáceos. (4)
OL idem (1) N S N
S1 3a5 OH idem (2) N S N
CH idem (3) N S N
MH idem (4) N S N
CH idem (3) N S N
MH idem (4) N S N
argilas inorgânicas de plasticidade baixa a
 5 a  10 CL média S S P
S2 argilas com seixo, argilas arenosas,
argilas siltosas e argilas magras.
siltes inorgânicos e areias muito finas;
ML areias finas, siltosas ou argilosas; S S P
siltes argilosos de baixa plasticidade.
SC areia argilosa; S S P
areia argilosa com cascalho. (5)
SC idem (5) S S S
SM d areia siltosa; S S S
S3  10 a  20 SM u areia siltosa. P S N
SP areias mal graduadas; S S S
areias mal graduadas com cascalho.
SW areias bem graduadas; S S S
areias bem graduadas com cascalho.
GC cascalho argiloso; S S S
S4 = 20 a< 40 cascalho argiloso com areia.
GM-u cascalho siltoso; P S P
cascalho siltoso com areia. (6)
GP cascalho mal graduado; S S S
cascalho mal graduado com areia. (7)
GM-d idem (6) S S S
S5  40 GP idem (7) S S S
GW cascalho bem graduado; S S S
cascalho bem graduado com areia.

S - admissível; N - não admissível ; P-possível.


PIA - parte inferior do aterro
PSA - parte superior do aterro

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3.2 - SOLOS TRATADOS COM CAL E/OU CIMENTO

3.2.1 - CARACTERISTICAS DOS SOLOS A TRATAR E DA MISTURA

A utilização de solos coerentes tratados com cal e/ou com ligantes hidraúlicos na construção de aterros
pressupõe a satisfação das seguintes características do solos naturais (iniciais) e das misturas (finais), com o
objectivo de proporcionar adequadas condições de traficabilidade e de colocação em obra da mistura obtida:

Quadro 2

Classe de solo CBRim (inicial) CBRim (final)

S0 <3 5

S1 3a5 5 a 15

S2 5a8 7 a 20

CBR imediato - 95% Proctor Normal e para o Wnatural

3.2.2 - A CAL

A cal a utilizar no tratamento de solos será a cal viva (em situações particulares cal apagada), podendo ser
utilizada em pó ou sob a forma de leitada, no caso de teores em água naturais dos solos abaixo do óptimo,
determinado pelo ensaio de compactação pesada.

O teor mínimo em óxidos de cálcio e magnésio será de 80% em peso quando determinado de acordo com as
especificações LNEC E 340-81 e E341-81.

O teor em anidrido carbónico será inferior a 5%.

A análise granulométrica, por via húmida, deverá fornecer as seguintes percentagens acumuladas mínimas,
relativamente ao peso seco:

- Passada no peneiro ASTM nº 20 (0,840 mm) ................................................................. 100

- Passada no peneiro ASTM nº 100 (0,150 mm) ................................................................. 95

- Passada no peneiro ASTM nº 200 (0,074 mm) ................................................................. 85

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A superfície específica deverá ser determinada de acordo com a especificação LNEC E 65-80.

3.2.3 - O CIMENTO

O cimento a utilizar no tratamento de solos será o tipo II classe 32,5, satisfazendo às Definições, Classes de
Resistência e Características da NP 2064 e às prescrições do Caderno de Encargos para o Fornecimento e
Recepção dos Cimentos (NP 2065) ou às prescrições em vigor.

3.3 - MATERIAIS ROCHOSOS (ENROCAMENTOS)

Do ponto de vista da sua reutilização na construção de aterros e da definição das condições de aplicação, os
materiais rochosos podem ser caracterizados com vista à determinação das suas características de resistência,
fragmentabilidade e alterabilidade podendo-se considerar em princípio, divididos nos seguintes grupos:

A - ROCHAS SEDIMENTARES

A.1 - Rochas Carbonatadas (Calcários)

a) LA < 45 ....................................... Calcários duros

b) LA > 45 e  > 18 kN / m3 ........... Calcários de densidade média

c)  < 18 kN / m3 ............................ Calcário fragmentável

A.2 - Rochas Argilosas (Margas, Xistos Sedimentares, Argilitos)

a) FR < 7 e ALT < 20 ..................... Rochas argilosas pouco fragmentáveis e de


degradibilidade média

b) FR > 7 ........................................ Rochas argilosas fragmentáveis

c) FR < 7 e ALT > 20 ...................... Rochas argilosas pouco fragmentáveis e muito


degradáveis

A.3 - Rochas Siliciosas (Grés, "Pudins" e Brechas)

a) LA < 45 ....................................... Rochas Siliciosas Duras

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b) LA > 45 e FR < 7 ........................ Rochas Siliciosas de Dureza Média

c) FR > 7......................................... Rochas Siliciosas Fragmentáveis

B - ROCHAS MAGMÁTICAS E METAMÓRFICAS

a) LA < 45 ....................................... Rochas Duras

b) LA > 45 e FR <7 ......................... Rochas de Dureza Média

c) FR > 7......................................... Rochas Fragmentáveis ou alteráveis

NOTA:  - peso volúmico;

LA - percentagem de desgaste na máquina de Los Angeles (Gran. E);

FR - índice de fragmentabilidade (NF P 94-066);

ALT - índice de alterabilidade (NF P 94-067).

O material para utilizar em pedraplenos será proveniente das escavações, e deverá ser homogéneo, de boa
qualidade, isento de detritos, matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas, obedecendo às
seguintes características:

- Granulometria:

O material terá uma granulometria contínua, e cumprirá as seguintes condições granulométricas:

- Percentagem passada no peneiro de 25 mm (1”) ASTM, máxima ................................ 30%

- Percentagem passada no peneiro de 0,074 mm (nº 200) ASTM ,máxima .................... 12%

- A dimensão máxima dos blocos (Dmáx) não deverá ser superior a 2/3 da espessura da camada depois
de compactada, nem a 0,80 m.

- Forma das partículas:

A percentagem, em peso, das partículas lamelares ou alongadas será inferior a 30%.

Para este efeito consideram-se partículas lamelares ou alongadas as que apresentem uma máxima dimensão
superior a 3 vezes a mínima.

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3.4 - MATERIAIS DO TIPO SOLO-ENROCAMENTO

Do ponto de vista granulométrico serão considerados materiais com características de solo-enrocamento os


materiais de granulometria contínua e que ainda obedeçam às seguintes condições granulométricas:

- Material retido no peneiro de 19 mm (3/4") ASTM compreendido entre 30% e 70%

- Material passado no peneiro 0,075 mm (nº 200) ASTM compreendido entre 12% e 40%

- A dimensão máxima dos blocos (Dmáx) não deverá ser superior a 2/3 da espessura da camada depois
de compactada, nem a 0,40 m.

Estes materiais, constituídos por mistura de solos com rocha e normalmente resultantes do desmonte, de rochas
brandas deverão obedecer na perspectiva da sua reutilização às especificações exigidas para cada fracção,
rocha ou solo, referidas nos pontos anteriores.

3.5 - MATERIAIS NÃO REUTILIZÁVEIS

Os materiais resultantes de escavações na linha ou de empréstimo e não reutilizáveis, são os indicados no


projecto de terraplenagem, ou os que obedecem às seguintes condições:

- lixo ou detritos orgânicos;

- argilas com IP > 50%;

- materiais com propriedades físicas ou químicas indesejáveis, que requeiram medidas especiais para
escavação, manuseamento, armazenamento, transporte e colocação;

- turfa e materiais orgânicos provenientes de locais pantanosos.

4 - ATERROS COM SOLOS

Para efeitos deste Caderno de Encargos, terrapleno é todo o aterro construído com solos.

A utilização dos diversos tipos de solos no seu estado natural, em função da zona do aterro em que irão ser
aplicados, deverá obedecer às seguintes regras gerais:

- Na Parte Inferior dos Aterros (PIA), devem, de preferência ser utilizados solos pouco sensíveis à água,
pertencentes às classes S2, S3, S4 e S5 previstas no Quadro 1. Sempre que os aterros se localizem em
zonas muito húmidas ou inundáveis, ou integrem camadas drenantes, estas e/ou a PIA, devem ser
construídas com materiais com menos de 5% passados no peneiro 0,074 mm (nº 200) ASTM;

- No Corpo dos aterros podem ser utilizados os solos de pior qualidade.

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- Não é permitida a utilização de materiais rochosos (enrocamento) para conclusão da construção de
terraplenos, e é proibido o recurso a técnicas do tipo “sandwich” (utilização de materiais diferentes
alternadamente e de forma contínua) de modo a poder garantir-se um comportamento uniforme e contínuo
do aterro;

- Na Parte Superior dos Aterros, numa espessura entre 40 a 85 cm, devem utilizar-se os solos com melhores
características geotécnicas. De preferência, aqueles materiais devem satisfazer simultaneamente as
classes S2, S3, S4 e S5, do Quadro 1 anteriormente apresentado e aos grupos A-1, A-2 e A-3 da
Classificação Rodoviária.

5 - UTILIZAÇÃO DE SOLOS TRATADOS COM CAL E/OU COM LIGANTES HIDRAÚLICOS EM ATERROS
COM SOLOS COERENTES

Em alternativa às regras gerais acima referidas, e quando as condições económicas e/ou ambientais do projecto
o exijam ou aconselhem, poder-se-ão reutilizar solos coerentes húmidos, recorrendo para o efeito a técnicas de
tratamento “in situ” ou em central, satisfazendo às condições previstas no Quadro 2.

A utilização desta técnica pode ser aplicada a parte do aterro ou à sua totalidade, função das características
geotécnicas dos materiais disponíveis e das condições gerais e particulares da obra, desde que os materiais
satisfaçam à condição de Dmáx  250 mm.

Quando a sua utilização fôr restricta a zonas ou fases da obra a aplicação desta técnica poderá decorrer da
observação da ocorrência de rodeiras com 10 a 20 cm de profundidade à passagem do tráfego de obra. É o
caso em que os materiais para aterro se apresentem em condições impossíveis de prever no projecto, por
exemplo com teores em água particularmente desfavoráveis.

Esta técnica é particularmente adequada, quando em presença destes solos, para melhoramento das
características geotécnicas da parte superior dos aterros (PSA), na construção aterros de acesso difícil - aqueles
cuja geometria não permite que os equipamentos de espalhamento e compactação operem em condições
normais, e normalmente designados por “aterros técnicos” -, na construção da parte inferior de aterros (PIA) em
zonas potencialmente inundáveis, nos espaldares de aterros zonados construídos com solos coerentes e com
taludes de forte inclinação.

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6 - ATERROS EM MATERIAL ROCHOSO (ENROCAMENTO)

Para efeitos deste Caderno de Encargos, pedrapleno é todo o aterro com materiais rochosos (enrocamento) de
boa qualidade, o que exclui os materiais das classes A.1 c); A.2; A.3 c); e B c) definidos em 14.01.1 - 3.2, que
normalmente apresentam valores de resistência à compressão simples inferior a 30 MPa.

No caso dos aterros de grande porte (H  20 m, sendo H a maior das alturas do aterro sob a plataforma) terão
que ser verificada em obra, as características admitidas em projecto para as propriedades - índice -
nomeadamente: compressão simples; compressão por carga pontual (“Point Load Test”); porosidade; massa
volúmica e expansibilidade. Deve ainda ser dada particular importância à resistência ao esmagamento, ao
desgaste em meio húmido (“Slake Durability Test“), ao desgaste de Los Angeles e à deformação unidimensional
dos materiais a utilizar de modo a serem confirmados os pressupostos de projecto. Esta verificação será feita
após a execução do aterro experimental e antes do início da construção.

No caso dos pressupostos de projecto não se verificarem, devem ser introduzidos os ajustamentos e/ou
correcções necessários.

Na Parte Inferior dos Aterros (PIA) de enrocamento e nos respectivos Espaldares devem ser utilizados materiais
pouco sensíveis à água (não colapsáveis - A.1 a) e b); A.3 a) e b) e B a) e b) do sub-capítulo 14.01.1-3.2, de
dureza alta ou média e não fragmentáveis, compatíveis com as condições de utilização.

Nestas zonas dos pedraplenos não é permitida, em princípio, a utilização de materiais de enrocamento
provenientes de rochas argilosas fragmentavéis e alteráveis (evolutivas - A.2 do sub-capítulo 14.01.1-3.2.
Quando tal não for possível de evitar, os blocos devem ser demolidos até à menor dimensão possível e a Parte
Inferior do Aterro deve ser defendida dos efeitos da molhagem por obras de drenagens adequadas e os
Espaldares revestidos com terra vegetal à medida que a construção vai avançando de modo a minimizar o tempo
de exposição dos materiais à acção dos agentes atmosféricos.

No caso de aterros de enrocamento zonados devem ser utilizados, nos espaldares, os materiais de enrocamento
de melhor qualidade.

Na Parte Superior dos Aterros (PSA) de enrocamento, devem ser utilizados materiais que permitam fazer a
transição entre os materiais utilizados no Corpo do aterro e os materiais do leito do pavimento. Este objectivo

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pode ser conseguido à custa da utilização dos materiais de menor granulometria provenientes do próprio
desmonte dos materiais rochosos.

A não ser que a altura do aterro a construir sobre o pedrapleno seja superior a 1,50 m, não é permitida a
utilização de solos na Parte Superior do Aterro (PSA).

7 - ATERROS COM MATERIAIS DO TIPO SOLO-ENROCAMENTO

Para efeitos deste Caderno de Encargos considera-se aterro com materiais do tipo solo-enrocamento todo o
aterro construído com os materiais definidos em 14.01.1-3.3.

No caso dos aterros de grande porte (H  15 m, sendo H a maior das alturas do aterro sob a plataforma) terão
que ser verificada em obra, as características admitidas em projecto para as propriedades - índice -
nomeadamente: compressão simples; compressão por carga pontual (“Point Load Test”); porosidade; massa
volúmica e expansibilidade. Deve ainda ser dada particular importância à resistência ao esmagamento, ao
desgaste em meio húmido (“Slake Durability Test“), ao desgaste de Los Angeles e à deformação unidimensional
dos materiais a utilizar de modo a serem confirmados os pressupostos de projecto. Esta verificação será feita
após a execução do aterro experimental e antes do início da construção.

No caso dos pressupostos de projecto não se verificarem, devem ser introduzidos os ajustamentos e/ou
correcções necessários.

8 - ATERROS ZONADOS

Designam-se por aterros zonados os aterros que utilizam na sua construção vários materiais com as
características e a localização definidas no respectivo projecto. Como exemplos podem refrir-se os aterros em
que o corpo é constituído por materiais do tipo solo-enrocamento e os espaldares por materiais de enrocamento,
ou os aterros em que o corpo é constituído por solos e os espaldares por solos tratados.

Na concepção e construção destes aterros cumprir-se-ão as especificações estipuladas em 14.01.1, consoante


o tipo de material adoptado.

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No caso dos aterros de grande porte (H  15 m, sendo H a maior das alturas do aterro sob a plataforma) terão
que ser verificada em obra, as características admitidas em projecto para as propriedades - índice -
nomeadamente: compressão simples; compressão por carga pontual (“Point Load Test”); porosidade; massa
volúmica e expansibilidade. Deve ainda ser dada particular importância à resistência ao esmagamento, ao
desgaste em meio húmido (“Slake Durability Test“), ao desgaste de Los Angeles e à deformação unidimensional
dos materiais a utilizar de modo a serem confirmados os pressupostos de projecto. Esta verificação será feita
após a execução do aterro experimental e antes do início da construção.

No caso dos pressupostos de projecto não se verificarem, devem ser introduzidos os ajustamentos e/ou
correcções necessários.

9 - PARTICULARIEDADES DOS ATERROS COM MATERIAIS EVOLUTIVOS

Para além dos materiais acima referidos existem outros resultantes do desmonte de rochas evolutivas,
nomeadamente de rochas argilosas como as margas e alguns xistos (classe A-2 - 10.01.01-3.2), os quais têm
a particularidade de sofrerem alterações das suas características físico-químicas e mecânicas durante a
colocação em obra e posteriormente durante o período de serviço.

Um dos aspectos mais relevantes é a alteração da sua granulometria e das suas características mecânicas
quando sujeitos às acções dos agentes climáticos em condições de serviço, que após a construção poderá
originar assentamentos significativos nos aterros e a consequente deformação dos pavimentos.

No Cap. 15 deste Caderno de Encargos serão descritos os processos construtivos especificos para estes
materiais.

10 - ATERROS TÉCNICOS

Designam-se por “aterros técnicos” os aterros a realizar em zonas de difícil acesso, e onde não é possível que
o equipamento correntemente utilizado no espalhamento e compactação dos materiais de aterro opere
normalmente. Entre outros consideram-se “aterros técnicos” os aterros junto a encontros de obras de arte ou a
outro tipo de estruturas enterradas, e os aterros junto a muros de suporte, passagens hidraúlicas de pequeno
ou grande diâmetro, passagens agrícolas, etc..

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Os materiais a utilizar na sua construção deverão satisfazer ao especificado em 14.01.2 - Materiais para o Leito
do Pavimento e em 14.01.1-3.2 - Solos tratados com cal e/ou cimento. Exceptuam-se os casos de estruturas
enterradas de pequeno diâmetro, desde que a altura do aterro sobre a estrutura não seja inferior a três vezes
“d” (diâmetro ou lado), em que poderão ser utilizados em alternativa os materiais das classes S2, S3, S4 e S5
referidos no Quadro 1 do ponto 14.01.1.-3.1.

14.01.2 - MATERIAIS PARA O LEITO DO PAVIMENTO

Os materiais naturais a utilizar na construção do Leito do Pavimento são os referidos no Quadro 1 do sub-
capítulo 14.01.1-3.1, e obedecem ainda às características discriminadas nos pontos 1 a 3 do presente sub-
capítulo.

Na regularização de escavações em rocha e em pedraplenos e aterros em solo-enrocamento o Leito do


Pavimento será construído obrigatoriamente por materiais com as características referidas nos pontos 2 e 3
(Materiais Granulares).

Quando as condições técnico-económicas e ambientais o justifiquem, podem ainda ser utilizados solos tratados
com cimento ou com cal e/ou cimento.

O reperfilamento da superfície do leito do pavimento no extradorso das curvas com sobreelevação será
construído com materiais granulares com características de sub-base.

1 - SOLOS

Os materiais para camadas de leito do pavimento em solos, deverão ser constituídos por solos de boa qualidade,
isentos de detritos, matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas, devendo obedecer às seguintes
características:

- Dimensão máxima ...................................................................................................... 75 mm

- Percentagem de material que passa no peneiro nº 200 ASTM, máxima ....................... 20%

- Limite de liquidez, máximo ............................................................................................. 25%

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- Índice de plasticidade, máximo ....................................................................................... 6%

- Equivalente de areia, mínimo ........................................................................................ 15%

- Valor de azul de metileno (material de dimensão inferior a 75 m), máximo .................. 2,0

- CBR a 95% de compact. relativa, e teor óptimo em água (Proctor Modificado),mínimo.30%

- Expansibilidade (ensaio CBR), máxima ........................................................................ 1,5%

- Percentagem de matéria orgânica ................................................................................... 0%

2 - MATERIAIS GRANULARES NÃO BRITADOS

No caso de ser utilizado material granular não britado, aluvionar ou outros resultantes das escavações em rocha,
o material, deverá obedecer às seguintes características:

- A granulometria deve integrar-se no seguinte fuso:

PENEIRO PERCENTAGEM ACUMULADA DO


MATERIAL QUE PASSA
ASTM
75,0 mm (3”) 100
63,0 mm (2 1/2”) 90 - 100
4,75 mm (nº 4) 35 - 70
0,075 mm (nº 200) 0 - 12

- Limite de liquidez, máximo ............................................................................................. 25%

- Indice de plasticidade, máximo ........................................................................................ 6%

- Equivalente de areia, mínimo ......................................................................................... 30%

- Valor de azul de metileno (material de dimensão inferior a 75 m), máximo .................. 2,0

- Perda por desgaste na máquina de Los Angeles (Gran. A), máxima ............................ 45%

a) Se o equivalente de areia for inferior a 30%, o valor de azul de metileno corrigido (VAc), deverá ser inferior
a 35, sendo calculado pela seguinte expressão:

%P #200
VAc = VA   100
%P #10

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VA - Valor de azul de metileno obtido pelo método da mancha no material de dimensão inferior a
75 m (NF P 18-592)

Nota: Se a percentagem de material passado no peneiro de 0,075 mm (nº200 ASTM) for inferior ou igual a 5, a
aceitação do material passa únicamente pelo respeito do especificado para o valor de L.A., desde que
FR<7 e ALT>20.

3 - MATERIAIS GRANULARES BRITADOS

Estes materiais devem ser constituidos pelo produto de britagem de material explorado em formações
homogéneas e ser isento de argilas, de matéria orgânica ou de quaisquer outras substâncias nocivas. Deverão
obedecer ainda às seguintes prescrições:

- A granulometria, de tipo contínuo, deve integrar-se, em princípio, no seguinte fuso:

PENEIRO PERCENTAGEM ACUMULADA DO


ASTM MATERIAL QUE PASSA
37,5 mm (1 1/2”) 100
31,5 mm (1 1/4”) 75 - 100
19,0 mm (3/4”) 55 - 85
9,51 mm (3/8”) 40 - 70
6,3 mm (1/4”) 33 - 60
4,75 mm (nº 4) 27 - 53
2,00 mm (nº 10) 22 - 45
0,425 mm (nº 40) 11 - 28
0,180 mm (nº 80) 7 - 19
0,075 mm (nº 200) 2 - 10

- Percentagem de material retido no peneiro ASTM de 19 mm (3/4”), máximo. ............. 30%

- Percentagem de desgaste na máquina de Los Angeles (Gran.A) .........................  45% a)

- Limite de liquidez, máximo ............................................................................................. 25%

- Indice de plasticidade, máximo ......................................................................................... 6%

- Equivalente de areia, mínimo ......................................................................................... 30%

- Valor de azul de metileno (material de dimensão inferior a 75 m), máximo .................. 2,0

a) 50% em granitos

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a) Se o equivalente de areia for inferior a 30%, o valor de azul de metileno corrigido (VAc), deverá ser inferior
a 35, sendo calculado pela seguinte expressão:

%P #200
VAc = VA   100
%P #10

VA - Valor de azul de metileno obtido pelo método da mancha no material de dimensão inferior a
75 m (NF P 18-592)

Nota: Se a percentagem de material passado no peneiro de 0,075 mm (nº200 ASTM) for inferior ou igual a 5, a
aceitação do material passa únicamente pelo respeito do especificado para o valor de L.A., desde que
FR<7 e ALT>20.

4 - EM SOLOS TRATADOS COM CAL E OU CIMENTO

4.1 - CAL

A cal a utilizar no tratamento de solos será a cal viva (em situações particulares poder-se-á utilizar cal apagada),
podendo ser utilizada em pó ou sob a forma de leitada, no caso de teores em água naturais dos solos abaixo do
óptimo, determinado pelo ensaio de compactação pesada.

O teor mínimo em óxidos de cálcio e magnésio será de 80% em peso quando determinado de acordo com as
especificações LNEC E 340-81 e E341-81.

O teor em anidrido carbónico será inferior a 5%.

A análise granulométrica, por via húmida, deverá fornecer as seguintes percentagens acumuladas mínimas,
relativamente ao peso seco:

- Passada no peneiro ASTM nº 20 (0,840 mm) .............................................100

- Passada no peneiro ASTM nº 100 (0,150 mm) .............................................95

- Passada no peneiro ASTM nº 200 (0,074 mm) .............................................85

A superfície específica deverá ser determinada de acordo com a especificação LNEC E 65-80.

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4.2 - CIMENTO

O cimento a utilizar no tratamento de solos será do tipo I ou II, classe 32,5, satisfazendo às Definições, Classes
de Resistência e Características da NP 2064 e às prescrições do Caderno de Encargos para o Fornecimento e
Recepção dos Cimentos (NP 2065) ou às prescrições em vigor.

4.3 - SOLO A TRATAR COM CAL

O solo a ser tratado com cal, deverá estar isento de ramos, folhas, troncos, raízes, ervas, lixo ou quaisquer
detritos orgânicos.

A dimensão máxima dos elementos não será superior a 70 mm.

Os solos a utilizar no tratamento com cal deverão ainda obedecer às seguintes características mínimas:

- Percentagem de material passada no peneiro nº 200 ASTM, máximo .......................... 85%

- Índice de plasticidade, mínimo ....................................................................................... 20%

- Percentagem de sulfatos expressa em SO3 (NP2106), máximo................................... 0,2%

- Percentagem em matéria orgânica, máximo .................................................................... 2%

- CBR imediato ( 95% Proctor Normal e Wnat), mínimo .................................................... 5%

4.4 - SOLO TRATADO COM CAL

O solo-cal resultará de um estudo laboratorial específico, devendo ser obtidas as seguintes características
mínimas da mistura:

- Percentagem de cal, mínima ............................................................................................ 4%

- Limite de liquidez, máximo ............................................................................................. 25%

- Índice de plasticidade, máximo ......................................................................................... 6%

- Expansão relativa, máxima ............................................................................................ 0,3%

- CBR................................................................................................................................. > 20

- CBR/CBRi .........................................................................................................................  1

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Os ensaios CBR e CBRi serão realizados em provetes de solo tratado (4 a 6 horas depois da mistura com cal)
com a energia do ensaio Proctor Normal, para um teor em água correspondente a 0,9Wopn da mistura.

4.5 - SOLO A TRATAR COM CIMENTO OU CAL E CIMENTO

O solo a ser tratado com cimento, deverá estar isento de ramos, folhas, troncos, raízes, ervas, lixo ou quaisquer
detritos orgânicos.

Os solos a utilizar no tratamento com cimento deverão satisfazer às seguintes características:

• Quando misturado em central:

- Dmáx........................................................................................................................... 50 mm

- Percentagem de material passada no peneiro nº 200 ASTM, máxima.......................... 35%

- Índice de plasticidade, máximo ...................................................................................... 12%

• Quando misturado “in situ”:

- Dmáx......................................................................................................................... 100 mm

- Índice de plasticidade, máximo ...................................................................................... 12%

Poder-se-ão utilizar solos com características diferentes das indicadas desde que o Adjudicatário demonstre
que o equipamento tem uma capacidade de desagregação suficiente de modo a conseguir uma mistura íntima
e homógenea do solo com o cimento, e sempre após aprovação da fiscalização.

Eventualmente, poderá ser necessária a adição prévia de cal, caso os teores em água naturais sejam iguais ou
superiores ao teor óptimo de referência mais 2%.

4.6 - SOLO TRATADO COM CIMENTO OU CAL E CIMENTO

O solo-cimento e o solo-cal e cimento a utilizar em camadas de Leito do Pavimento, resultará de um estudo


laboratorial específico. A composição final da mistura será determinada da forma seguinte:

• Características de curto prazo:

- Condições de autorização de traficabilidade:

Rc > 1,0 MPa;

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- Resistência à imersão em idades jovens:

se VA  0,5 Rci/Rc60  0,80

se VA > 0,5 Rci/Rc60  0,60

Rci - Resistência à compressão aos 60 dias (28 dias de cura normal mais 32 dias de imersão em
água)

Rc60 - Resistência à compressão aos 60 dias (cura normal)

• Características de longo prazo (aos 28 ou 90 dias respectivamente para os cimentos do tipo I


ou II):

- Resistência à compressão diâmetral, mínima ........................................................0,25 MPa

- Resistência à compressão simples, mínima ............................................................2,0 MPa

14.01.3 - GEOTÊXTEIS EM TERRAPLENAGEM

1 - DISPOSIÇÕES GERAIS

Os geotêxteis a aplicar na obra, em terraplenagem ou com outras funções, deverão ser submetidos à aprovação
da Fiscalização, acompanhados de certificados de origem e ficha técnica, bem como dos resultados do controlo
de fabrico e referência de obras em que tenha sido aplicado com idênticas funções.

Nenhum tipo de geotêxtil poderá ser aplicado em obra sem a prévia aprovação da Fiscalização, pelo que o seu
estudo deverá ser apresentado com, pelo menos, um mês de antecedência. Deverá ser imputrescível, insensível
à acção de ácidos ou bases e inatacável por micro-orga-nismos ou insectos e possuír as características mínimas
estipuladas para as funções a que se destinam, definidas no projecto.

O material deverá apresentar textura e espessura homogéneas, sem defeitos, devendo ser protegido, aquando
do armazenamento, dos raios solares, de sais minerais e de poeiras, chuva ou gelo.

No caso de ter havido deficiência no transporte, armazenamento ou manuseamento, ter-se-ão de eliminar as


primeiras espiras do rolo com defeito.

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Todas as características do geotêxtil deverão ser fixadas no projecto em função das condições de obra.

No caso dos geotêxteis a usar em terraplenagens as suas características não devem todavia ser inferiores às
características mínimas a seguir indicadas, a não ser que o seu dimensionamento, demonstre claramente ser
aconselhável, para aquelas condições específicas, adoptar outros valores.

2 - GEOTÊXTEIS COM FUNÇÕES DE SEPARAÇÃO E/OU FILTRO

Independentemente do dimensionamento que tem de ser realizado para cada caso particular, preconiza-se que
as características mínimas e máximas dos geotêxteis a utilizar na base de aterros, sejam as seguintes:

a) Solos de fundação com coesão não drenada (Cu > 25 kPa)

- Resistência à tracção (EN ISO 10319), mínima ....................................................... 10 kN/m

- Extensão na rotura (EN ISO 10319), mínima ................................................................. 35%

- Resistência ao punçoamento (EN ISO 12236) ........................................................... 1,5 kN

- Permissividade (prEN 12040), mínima ....................................................................... 0,1 s-1

- Porometria (O90) (Via húmida/Téc. LNEC), máxima ................................................ 200 m

b) Solos de fundação muito compressíveis (Cu < 25 kPa)

- Resistência à tracção (EN ISO 10319), mínima ....................................................... 15 kN/m

- Extensão na rotura (EN ISO 10319), mínima ................................................................. 40%

- Resistência ao punçoamento (EN ISO 12236) .......................................................... 1,5 kN

- Permissividade (prEN 12040), mínima ....................................................................... 0,2 s-1

- Porometria (O90) (Via húmida/Téc. LNEC), máxima ................................................ 150 m

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3 - MATERIAIS A APLICAR SOBRE OS GEOTÊXTEIS

Os materiais a aplicar sobre geotêxtil com função de separação, na parte inferior do aterro, serão isentos de
detritos, matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas, obedecendo ainda às seguintes
características mínimas:

- Dimensão máxima .................................................................................................... 200 mm

- Percentagem de material passada no peneiro nº 200 ASTM .....................................  15%

- Limite de liquidez .........................................................................................................  25%

- Índice de plasticidade ....................................................................................................  6%

- Equivalente de areia ....................................................................................................  20%

4 - MATERIAIS A APLICAR NA CAMADA DRENANTE SOBREJACENTE AO GEOTÊXTIL

O material a aplicar sobre geotêxteis com a finalidade de constituir uma camada drenante sob aterros, para
escoamento das águas resultantes do processo de consolidação de formações aluvionares muito compressíveis,
deverá ser de qualidade uniforme, isento de matéria orgânica ou de outras substâncias prejudiciais e obedecer
às seguintes características mínimas:

4.1 - AREIA

- Granulometria de dimensões nominais .............................................................. 0,06 / 6 mm

- Percentagem de material passada no peneiro nº 200 ASTM .......................................  6%

- Equivalente de areia ....................................................................................................  70%

4.2 - MATERIAL ROCHOSO

- Dimensão máxima .................................................................................................... 200 mm

- Percentagem de material passada no peneiro nº 200 ASTM .......................................  5%

- Equivalente de areia ....................................................................................................  60%

- Desgaste de Los Angeles (Granul.F) .........................................................................  50%

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14.01.4 - MATERIAIS PARA DRENOS VERTICAIS

1 - AREIA

A areia a utlizar nos drenos verticais de areia, deverá obedecer às seguintes características:

- Granulometria de dimensões nominais ............................................................... 0,06/ 6 mm

- Percentagem de material passada no peneiro nº 200 ASTM .......................................  6%

- Equivalente de areia ....................................................................................................  70%

2 - GEODRENOS

As especificações dos geodrenos (com núcleo de plástico) a utilizar para aceleração do processo de
consolidação dos solos, deverão encontrar-se definidas no projecto, obedecendo às seguintes características
mínimas:

- Largura...................................................................................................................... 100 mm

- Capacidade de descarga .............................................................................. 1,0 x 10-5 m3/s

- Permeabilidade do filtro ........................................................................................... 10-4 m/s

14.01.5 - MATERIAIS PARA ESTACAS DE BRITA

A brita a utilizar em estacas de brita, deverá obedecer às seguintes características:

- Granulometria de dimensões nominais ............................................................... 40 / 60 mm

- Desgaste de Los Angeles (Granul. F) ........................................................................  40%

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14.01.6 - MATERIAIS PARA MÁSCARAS E ESPORÕES DRENANTES

O material a utilizar na construção de máscaras e esporões drenantes deve ser material rochoso e obedecer às
seguintes características:

Máscaras - granulometria .................................................................................... 100/500 mm

Esporões - granulometria ..................................................................................... 100/200 mm

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15.01 – TERRAPLENAGEM - MÉTODOS CONSTRUTIVOS

15.01.1 - TRABALHOS PREPARATÓRIOS

1 - LIMPEZA E DESMATAÇÃO

As superfícies de terrenos a escavar ou a aterrar devem ser previamente limpas de construções, pedra grossa,
detritos e vegetação lenhosa (arbustos e árvores) conservando todavia a vegetação sub-arbustiva e herbácea,
a remover com a decapagem.

A limpeza ou desmatação deve ser feita em toda a área abrangida pelo projecto, e inclui a remoção das raízes
e do remanescente do corte de árvores.

Quando a fundação do aterro é caracterizada como compressível, a desmatação não deverá incluir, em princípio,
as espécies arbustivas.

Nas situações em que esteja prevista a utilização de geotêxteis, a desmatação abrangerá todas as espécies
cujo porte possa causar danos ao geotêxtil. Nestes casos não se procederá ao seu desenraizamento.

2 - DECAPAGEM

As áreas dos terrenos a escavar devem ser previamente decapadas da terra arável e da terra vegetal ou com
elevado teor em matéria orgânica qualquer que seja a sua espessura. Esta operação deve ser sempre estendida
às áreas a ocupar pelos caminhos paralelos ou outros equipamentos (restabelecimentos, áreas de serviço, etc),
e ser executada de uma forma bastante cuidada para evitar posteriores contaminações dos materiais a utilizar
nos aterros.

A terra vegetal proveniente da decapagem será aplicada imediatamente ou armazenada em locais aprovados
pela Fiscalização para aplicação posterior, ou conduzidas a depósito definitivo, ficando a cargo do Adjudicatário
quaisquer indemnizações que porventura tenham lugar. Não é permitida a colocação provisória em cordão ao
longo do traçado.

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Desde que, por razões ambientais, não haja a conveniência de salvaguardar todas as terras vegetais
disponíveis, e no caso do solo de fundação não ser compressível, a decapagem só deve ser realizada quando
os aterros tiverem uma altura não superior a 3 m.

Acresce precisar que a operação de decapagem, definida em projecto, nada tem a ver com saneamentos.

3 - SANEAMENTOS NA FUNDAÇÃO DOS ATERROS OU NO LEITO DO PAVIMENTO EM ESCAVAÇÃO

Entende-se por saneamento a remoção de solos de má qualidade. Não inclui a reposição, que será com solos
do tipo 14.01.1.3 no caso dos aterros, e com materiais para leito do pavimento em escavações 14.01.2.

Estes trabalhos, normalmente realizados na preparação das fundações dos aterros ou à cota onde assenta o
do leito do pavimento em escavação, incluem ainda, o seu transporte a vazadouro, o espalhamento de acordo
com as boas normas de execução de modo a evitar futuros escorregamentos e alterações no sistema de
drenagem natural, e as indemnizações a pagar por depósito.

Para efeitos de medição só será considerado como saneamento quando esta remoção for realizada em zonas
pontuais e quando haja necessidade de se recorrer a equipamento específico para este fim como seja o caso
junto às linhas de água de difícil acesso. Caso contrário, estes trabalhos serão incluídos na rúbrica “1.2.5 -
escavação de solos a rejeitar por falta de características para aplicação em aterros, incluíndo carga, transporte,
espalhamento em vazadouro e eventual indemnização por depósito”, e considerada como uma sobrescavação
em relação ao perfil teórico.

Qualquer saneamento exige a confirmação pela Fiscalização, e a aprovação prévia da espessura e da extensão
a sanear, sem o que não serão considerados para efeitos de medição.

Todos os trabalhos de substituição de solos que o Adjudicatário possa executar sem a respectiva aprovação
prévia, não serão considerados.

4 - PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE

Toda a vegetação arbustiva e arbórea da zona da estrada, nas áreas não atingidas por movimentos de terras,
será protegida, de modo a não ser afectada com a localização de estaleiros, depósitos de materiais, instalações

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de pessoal e outras ou com o movimento de máquinas e viaturas. Compete ao Adjudicatário tomar as
disposições adequadas para o efeito, designadamente instalando vedações e resguardos onde for conveniente
ou necessário.

Da vegetação existente nas áreas a escavar ou a aterrar, e que, de acordo com o previsto no projecto, for
recuperável, será transplantada, em oportunidade e para locais indicados no projecto ou pela Fiscalização.

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15.01.2 - ATERROS

1 - DISPOSIÇÕES GERAIS

Não é permitido o início da construção dos aterros sem que previamente a Fiscalização tenha inspeccionado os
trabalhos preparatórios e aprovado a área respectiva, e verificado se o equipamento de compactação proposto
é o mais adequado e se estão instalados em obra os meios de controlo laboratorial necessários.

Na preparação da base onde assentam os aterros (fundação), deverá ter-se em atenção que, sempre que
existam declives, deverá dispôr-se a superfície em degraus de forma a assegurar a ligação adequada entre o
material de aterro e o terreno natural. A altura dos degraus não deve em geral ser inferior à espessura de duas
camadas. Esta operação é particularmente importante em traçados de meia encosta, onde só devem ser
executados após terem sido removidos todos os materiais de cobertura, em particular depósitos de vertente ou
solos com aptidão agrícola.

Não é aconselhável a colocação, em camadas de aterros, de materiais com várias proveniências ou com
características geotécnicas diferentes, tendo em vista garantir por um lado a representatividade do controlo de
qualidade, e por outro garantir que o aterro tenha um comportamento homogéneo. Tal facto obrigará o
Adjudicatário a efectuar uma adequada gestão dos materiais. Quando tal não for possível ao longo de toda a
camada, há que garantir a utilização do mesmo material em toda a largura da plataforma, dando portanto
primasia ao sentido transversal em detrimento do sentido longitudinal.

O teor em água natural dos solos antes de se iniciarem as operações de compactação deve ser tão próximo
quanto possível do teor óptimo do ensaio de compactação utilizado como referência, não podendo diferir dele
mais de 20% do seu valor. Quando tal se verificar devem ser alvo de humidificação ou arejamento após o
espalhamento e antes da compactação. A utilização de outros procedimentos, nomeadamento o tratamento com
cal no caso de solos coerentes, exigirá a aprovação prévia da Fiscalização.

No caso de solos coerentes (equivalente de areia inferior a 30 %), a compactação relativa de solos nos aterros,
referida ao ensaio de compactação pesada (Proctor Modificado), deve ser, neste caso de pelo menos 90% no
corpo do aterro e 95% na PSA.

Quando os solos coerentes se apresentarem muito húmidos (wnat.  1,4 wopn), reagindo à passagem do tráfego
da obra com o designado “efeito de colchão”, os valores da compactação relativa acima referidos devem ser
reportados ao ensaio Proctor Normal, quer se tratem de solos no seu estado natural ou tratados com cal,
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exigindo-se para a sua obtenção uma redução da energia de compactação. Neste tipo de materiais devem ser
utilizados de preferência cilindros pés-de-carneiro.

No caso de solos incoerentes, (equivalente de areia superior a 30%), os valores de referência reportados ao
ensaio Proctor Modificado devem ser aumentados para 95% no corpo do aterro, garantindo-se 100% na PSA.

Quando os materiais utilizados forem do tipo enrocamento ou solo-enrocamento, os parâmetros de referência


para avaliar as condições de execução, devem ser obtidos a partir das conclusões dos aterros experimentais e
dos correspondentes ensaios de laboratório.

Os aterros com solos ou com materiais do tipo solo-enrocamento têm sempre que ser construídos por forma a
darem perfeito escoamento às águas. O declive transversal a adoptar não deve ser inferior a 6%.

No fim de cada dia de trabalho não devem ficar materiais por compactar, mesmo no caso em que uma camada
tenha sido escarificada para perda de humidade e não se tenha alcançado o objectivo pretendido. Nestes casos
a camada deve ser compactada e reescarificada no dia seguinte, se as condições climatéricas o permitirem.

Na transição longitudinal de aterro para escavação, a última camada do aterro antes do Leito do Pavimento,
deve ser prolongada 10 m dentro de escavação de forma a ser garantida uniformidade na capacidade de suporte
à fundação do pavimento (é nesta zona que deve ser executado o dreno transversal).

Deverá ser cumprida, rigorosamente, a geometria dos aterros prevista nos perfis transversais do projecto. Não
será permitido que os aterros construídos tenham uma largura superior à prevista. Quando por razões
construtivas forem executadas sobrelarguras, estas devem ser removidas na operação de regularização de
taludes. Se a Fiscalização concordar com a adopção deste procedimento para absorver parte dos materiais
sobrantes, aplicar-se-ão à execução destas sobrelarguras todas as exigências definidas neste Caderno de
Encargos. Este procedimento só será admitido desde que as referidas sobrelarguras sejam construídas
simultaneamente com a construção de cada camada. Não será permitida a sua construção após a construção
do aterro, nem a utilização dos taludes como zona de depósito de materiais sobrantes.

2 - PREPARAÇÃO DA FUNDAÇÃO DE ATERROS EM SITUAÇÕES PARTICULARES

Na construção de aterros de pequeno porte (altura = 2 m) e após execução da decapagem, executar-se-á uma
sobreescavação, até uma cota que permita a execução de pelo menos duas camadas de aterro subjacentes ao
Leito do Pavimento. Esta sobreescavação será considerada para efeitos de medição nas rúbricas 01.2.
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Em zonas com afloramentos rochosos, designadamente quando ocorrem à superfície blocos de dimensões
consideráveis - disjunções esféricas - que condicionam o espalhamento e a compactação das camadas, há que
promover a sua remoção ou a sua demolição se se pretender reutilizar o respectivo material na construção do
aterro.

Nestas zonas ou quando os afloramentos rochosos ocorrentes sejam do “tipo laje” estes devem ser demolidos
ou fracturados, de preferência criando degraus, de modo a garantir adequadas condições de fundação às
primeiras camadas do aterro.

Na construção de aterros sobre terrenos que não suportem o peso do equipamento, a camada inferior, com a
espessura mínima de 0,50 m, será construída, de preferência, com materiais granulares não plásticos, e assente
sobre geotêxteis, com as características definidas no cap. 14.01.3-2 e 4. O geotêxtil será aplicado, em princípio,
segundo a direcção longitudinal, com uma sobreposição mínima de 0,30 m ou 0,50 m em zonas com baixa
capacidade de suporte ou preferenciais de tráfego de obra.

Em zonas localizadas, devido a uma muito baixa capacidade de suporte do solo de fundação, e caso o projecto
não defina nada em contrário, poderá haver a necessidade de aumentar a sobreposição do geotêxtil para 1,0 m
e/ou aplicá-lo transversalmente ao avanço dos trabalhos.

Sempre que as condições locais o aconselhem, designadamente quando o geotêxtil tiver de ser aplicado debaixo
de água, poderá recorrer-se a outros processos de ligação, nomeadamente a cosedura ou soldadura, desde
que autorizado previamente pela Fiscalização.

Quando a área onde irão ser utilizados geotêxteis, independentemente da função que se pretende que
desempenhem - reforço, filtro e/ou separação - seja superior a 10.000 m2, o Adjudicatário fornecerá à
Fiscalização um plano de execução dos trabalhos envolvidos, contendo as seguintes informações mínimas:

- Comprimento, largura, diâmetro e peso dos rolos;

- Condições de armazenamento;

- Tipo de ligação dos geotêxteis que se propõe executar;

- Tipo e características dos equipamentos.

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Uma vez estendido o geotêxtil, é interdita a circulação de equipamento pesado da obra (como por exemplo
bulldozers, pás mecânicas, dumpers ou compactadores) enquanto não for espalhada a camada especificada
para o seu recobrimento.

O transporte do material de recobrimento será efectuado por camiões basculantes, que se aproximarão sempre
em "marcha-atrás", por forma a não pisar o geotêxtil, e que devem evitar fazer manobras direccionais que
possam originar eventuais deslocamentos do geotêxtil.

Nestes casos e durante a execução do aterro, e até que este atinja a altura de 1,0 m, o tráfego de obra deverá
efectuar-se a uma distância mínima de 2,0 m do limite da plataforma e/ou do bordo do geotêxtil.

A construção do aterro a partir da primeira camada aplicada sobre o geotêxtil, far-se-á por camadas devidamente
compactadas, conforme o especificado.

A circulação directa do equipamento será limitada em função da sua natureza e características, bem como do
tipo e peso do equipamento.

Quando não se trate do caso de baixas aluvionares muito compressíveis e em alternativa ao recurso a geotêxteis
com a finalidade de proprocionar condições de traficabilidade ao equipamento, poder-se-ão utilizar, materiais
rochosos do tipo enrocamento, devendo, contudo, para o efeito, obter-se a concordância da Fiscalização.

Na construção de aterros sobre baixas aluvionares compressíveis pouco importantes e não previstas no
projecto, adoptar-se-ão as recomendações estipuladas para o caso dos terrenos que não suportem o peso do
equipamento.

3 - ATERROS EM ENROCAMENTO OU MISTURA SOLO-ENROCAMENTO

Nos aterros com enrocamento ou mistura solo-enrocamento deverá seguir-se, para a colocação do material, o
processo conhecido por execução de camadas com deposição "em cordão", em que o material é descarregado
5 m antes da frente de aplicação e depois empurrado para a frente de trabalhos por meio de bulldozer com
potência suficiente para espalhar o material em camada. Esta distância deve ser aumentada para 10 m quando
os meios de transporte utilizados forem de grandes dimensões (superior a 20 m3) ou as granulometrias se
mostrem provisoriamente descontínuas.

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Na compactação destes aterros é obrigatória a aplicação de cilindros vibradores com carga estática por unidade
de geratriz vibrante superior a 4,5 kN/m (45 kgf/cm).

A espessura das camadas, o número de passagens do cilindro (normalmente 6 a 10), a energia de compactação,
a quantidade de água e a velocidade de circulação, serão determinadas e definidas após a realização de ensaios
de laboratório e de um Aterro Experimental. Contudo, na construção de aterros com estes materiais devem
respeitar-se as seguintes recomendações gerais:

- materiais provenientes do desmonte de rochas de dureza alta e média (pedraplenos -14.01.1.3.2)

. altura da camada não superior a 1,0 m;

. execução da camada com rega exceptuando-se os materiais comprovadamente não sensíveis à


água.

Em presença do resultado dos ensaios de propriedades-índice poderá a Fiscalização decidir sobre a eventual
não colocação de água durante a execução das camadas.

- materiais provenientes do desmonte de rochas brandas ou do tipo solo-enrocamento (14.01.1-3.2 - A.1 c); A.2;
A.3 c) e B c))

. altura da camada não superior a 0,60 m;

. execução da camada com rega.

No controlo de qualidade da execução das camadas de aterros com materiais deste tipo deverão realizar-se
macro-ensaios com vista à determinação da granulometria e do índice de vazios. A granulometria deverá
satisfazer ao especificado em 14.01.1-3.3 e o índice de vazios não deverá ser superior ao definido no trecho
experimental desde que não haja alterações significativas em relação à granulometria dos materiais usados no
trecho experimental. Caso esta situação se verifique compete à Fiscalização definir quais as condições de
recepção.

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3.1 - ATERRO EXPERIMENTAL E ENSAIOS DE LABORATÓRIO

Para determinar a espessura das camadas, o número de passagens dos cilindros, a energia de compactação,
a quantidade de água a utilizar no processo de compactação e o índice de vazios de referência, deverá ser
realizado um aterro experimental, de acordo com a seguinte metodologia:

- selecciona-se uma área no local com 30 m de comprimento por 15 m de largura, removendo- -se o solo
orgânico superficial;

- espalha-se o material a usar no aterro em três faixas com 5 m de largura e com três espessuras diferentes;

- em cada faixa do aterro experimental colocam-se 16 “placas” de nivelamento;

- com apoio topográfico medem-se os assentamentos por cada duas passagens do cilindro até que os
assentamentos estabilizem;

- realizam-se macro-ensaios para determinação do índice de vazios de referência e confirmação da


granulometria do material utilizado.

A selecção da espessura da camada deverá ser feita com base nas conclusões do aterro experimental e dos
ensaios de laboratório subsequentes de modo a que se garanta a sua eficaz compactação com o número de
passagens do cilindro adequado ao rendimento da obra.

Sobre os materiais utilizados no trecho experimental realizar-se-ão os ensaios definidos em 14.01.1-5 e 6.

4 - ATERROS ZONADOS

Nas construções de aterros zonados, conforme definido em 14.01.1-7, respeitar-se-ão as especificações


estipuladas neste Caderno de Encargos para cada um dos materiais utilizados, tendo em conta as suas
localizações e função que desempenham.

5 - ATERROS COM MATERIAIS EVOLUTIVOS

No caso dos materiais a utilizar serem provenientes do desmonte de rochas fortemente evolutivas, (grupo A.2-
14.01.1-3.2) e deverá seguir-se, para a colocação do material, o processo conhecido por execução de camadas
com deposição "em cordão", em que o material é descarregado 5 m antes da frente de aplicação e deverá
proceder-se a uma fragmentação complementar. O seu espalhamento deverá ser feito por camadas de

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espessura não superior a 0,40 m, com compactação intensa, de preferência com cilindros vibradores “pés-de-
carneiro“ ou “pés-de-cunha” e com rega.

No caso particular das condições hidrológicas locais fazerem prever que os aterros se situam em áreas
potencialmente inundáveis, os materiais a utilizar na construção da sua parte inferior (PIA) deverão ser tratados
com cal ou com outro ligante hidraúlico, por forma a que a sua resistência mecânica satisfaça à seguinte
condição:

Rc (28dias) > 0,5 a 1,0 MPa após 14 dias de cura e 14 dias de embebição.

No que se refere às condições de colocação em obra deve ainda ser respeitado o especificado em 15.01.2-1e
6 para os aterros com solos e para a utilização de solos tratados.

6 - UTILIZAÇÃO DE SOLOS TRATADOS NA CONSTRUÇÃO DE ATERROS COM SOLOS

Caso as condicionantes técnicas e económicas da obra o exijam ou justifiquem, poder-se-á recorrer na


construção dos aterros à técnica de tratamento de solos “in situ” com cal e/ou com ligantes hidraúlicos, com
vista a permitir reutilizar os materiais ocorrentes, em particular no caso de solos que não satisfaçam ao
especificado em 14.01.1-3.1 e no caso de solos coerentes húmidos.

6.1 - ESTUDO LABORATORIAL

O solo a estabilizar com cal e/ou cimento, a utilizar na construção de aterros ou de partes de aterros, deverá
satisfazer ao especificado em 14.01.1-3.2 e a mistura final resultar de um estudo laboratorial específico, por
forma a obterem-se as características mínimas indicadas em 14.01.1-3.2.1.

O tratamento só poderá iniciar-se quando a Fiscalização aprovar o respectivo estudo, o qual deverá ser
apresentado com uma antecedência mínima de 30 dias, e do qual deverão constar nomeadamente:

- certificado do fornecedor que comprove as características exigidas em 14.01-3.2.2 e 3;

- a variação das diferentes características da mistura especificadas em 14.01.1-3.2.1 (opn; Wopn; CBRi)
com o teor em ligante (cal e/ou cimento), para variações máximas de 1%, de 0% a 3% quando se destine
a resolver problemas de traficabilidade e de colocação em obra, ou de 0% a 5% quando se exija melhoria
das características mecânicas, inclusivé, e para os teores em água Wnat; Wnat+2 e Wnat+4.

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A mistura a adoptar deverá ser a resultante do estudo laboratorial e deverá satisfazer ao especificado em
14.01.1-3.2.1.

6.2 - ARMAZENAMENTO DO LIGANTE

O ligante deve ser armazenado em silos com capacidade para uma produção de pelo menos 2 a 3 dias,
consoante a importância da obra e as dificuldades de aprovisionamento do estaleiro, de modo a precaver roturas
de fornecimento e a permitir um repouso e arrefecimento mínimos.

Se se utilizarem mais que um tipo de ligante o número de silos será o necessário para garantir aquela produção.

6.3 - TRECHO EXPERIMENTAL

Antes do trabalho se iniciar deverá realizar-se um trecho experimental, nele serão comprovados particularmente
os seguintes aspectos:

- Profundidade e eficácia da desagregação do solo e homogeneidade da sua mistura com cal e/ou cimento;

- Composição dos meios de compactação;

- O teor em água de compactação mais adequado ;

- O grau de compactação e teor em cal e/ou cimento efectivo em toda a espessura da camada;

- Os métodos de verificação do teor em água, do grau de compactação e do teor em ligante;

- A espessura da camada e a sua regularidade superficial estão dentro dos limites especificados;

- O processo de cura de protecção superficial.

6.4 - PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE

Quando o tratamento vise o melhoramento das características mecânicas da parte superior dos aterros (PSA),
a respectiva superfície deverá apresentar-se desempenada.

Após aprovação da superfície pela Fiscalização, o solo será escarificado até à profundidade mínima necessária,
de modo a obter-se uma camada de solo estabilizado com a rasante e as espessuras definidas. Deve evitar-se
que a escarificação ultrapasse a espessura a tratar.

A regularização final deverá ser feita com motoniveladoras.

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6.5 - HUMIDIFICAÇÃO

No caso acima referido ou na construção, de pés de aterros altos ou da parte inferior de aterros (PIA) no caso
de serem utilizados materiais evolutivos, teor em água do solo desagregado no momento da sua mistura com o
cimento, será tal que permita a subsequente mistura uniforme e íntima de ambos, com o equipamento disponível,
não podendo ser inferior ao fixado na fórmula de trabalho. Caso seja necessário poderá regar-se previamente o
solo para facilitar aquela mistura, não podendo, no entanto, realizar-se a distribuição de cimento enquanto
existirem concentrações de água à superfície.

Caso seja necessário, a rega será efectuada simultaneamente com a operação de mistura no caso de serem
utilizados “Pulvi-mixers” ou anteriormente ao espalhamento do ligante nos restantes casos, de modo a obter-se
o teor em água fixado na fórmula de trabalho, tendo em atenção eventual evaporação durante a execução dos
trabalhos.

A humidificação será feita com recurso a equipamento apropriado de modo a ser uniforme sem escorrência nas
rodeiras deixadas pelo equipamento.

Assim, no que se refere aos solos coerentes secos, estes serão regados no dia anterior ao da mistura com a cal
e/ou cimento, de modo a que os torrões estejam humedecidos no seu interior.

6.6 - ESPALHAMENTO

A cal e/ou cimento deverão ser distribuídos uniformemente com a dosagem pré-estabelecida e pode ser feito
manualmente ou por meios mecânicos. Neste último caso devem estar munidos de doseadores volumétricos
controlados pela velocidade de espalhamento e de dispositivos adequados ao controlo e à redução da emissão
de poeiras.

Quando a distribuição do ligante for feita manualmente, os sacos de cal e/ou cimento serão colocados sobre o
solo a tratar, formando uma quadrícula de lados aproximadamente iguais, correspondentes à dosificação
aprovada; uma vez abertos os sacos, o seu conteúdo será distribuído rápida e uniformemente por meio de
arrastadeiras manuais ou vassouras rebocadas.

A operação de distribuição será suspensa em caso de vento forte ou chuva.

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A cal e/ou cimento só serão espalhados nas superfícies que possam vir a ser tratadas nesse dia de trabalho.

6.7 - MISTURA E HOMOGENEIZAÇÃO

A mistura da cal e/ou cimento com o solo a tratar será realizada logo após o espalhamento, num intervalo de
tempo não superior a 1 hora, de modo a obter-se uma mistura homógenea sem formação de grumos de cal e/ou
cimento. O equipamento de mistura deverá realizar o número de passagens suficientes de modo a garantir que
90% das partículas e torrões argilosos tenha uma dimensão inferior a 25 mm.

A mistura será realizada por meios mecânicos, com grades de discos ou charruas rebocados por tractores de
rastos, ou por equipamentos do tipo misturador rotativo de eixo horizontal (“Pulvi-mixers”) com uma potência
mínima de 300 CV.

Desde que o material satisfaça à condição 70 mm  Dmáx  250 mm a mistura poderá ser efectuada com grades
de discos em camadas com 0,20 m de espessura com discos com 1,0 m de diâmetro e 5 ton. de peso, rebocados
por tractores de rastos com potência superior a 250 CV.

O equipamento deverá ser previamente sujeito à aprovação da Fiscalização.

A velocidade do equipamento deverá ser regulada convenientemente e as operações de mistura e nivelamento


deverão ser coordenadas de modo a obter-se um material homogéneo.

Quando não se disponha de um meio rápido que assegure a uniformidade da mistura, esta continuará até
apresentar uma cor uniforme.

A mistura não pode permanecer mais de meia hora sem que se proceda à sua compactação e acabamento ou
em alternativa nova desagregação e mistura.

6.8 - COMPACTAÇÃO

No momento do início da compactação, a mistura deverá apresentar-se solta na espessura especificada, e o


teor em água não deverá diferir em mais de 1% do valor fixado na fórmula de trabalho.

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A compactação será longitudinal a partir do bordo mais baixo das diferentes faixas, com sobreposição mínima
de 0,5 metros das sucessivas passagens do equipamento, as quais igualmente deverão ter comprimentos
diferentes.

A compactação será realizada com equipamento normalmente utilizado em trabalhos de terraplenagem e,


inicialmente, por cilindros de rolo vibradores, com carga estática mínima de 25 kg/cm de geratriz, e seguidamente
por meio de cilindros de pneus, com carga por roda mínima de 3 toneladas, devendo o grau de compactação
final ser superior a 98%, relativamente ao ensaio de compactação leve.

Os meios de compactação serão os necessários para que todas as operações estejam terminadas dentro das
4 horas seguintes à incorporação da cal e/ou cimento, prazo este que será de 3 horas no caso de temperaturas
do ar superiores a 30ºC.

6.9 - ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE

A superfície do solo estabilizado “in situ” com cal e/ou cimento, quando se trate de um melhoramento da parte
superior dos aterros (PSA), deverá respeitar os perfis transversais e longitudinais do projecto, não podendo
diferir deles em mais de 5,0 cm e a superfície acabada não deverá apresentar uma irregularidade superior a 2
cm quando comprovada com a régua de 3 metros, aplicada tanto longitudinal como transversalmente.

As zonas em que não se cumpram as tolerâncias anteriores ou que retenham água à superfície, serão corrigidas
de acordo com as instruções da Fiscalização. No caso em que seja necessário remover a camada superficial do
solo estabilizado, esta será escarificada em metade da espessura, à qual deverá juntar-se um teor mínimo de
0,5% de ligante, e água na quantidade necessária, antes da recompactação.

As juntas de trabalho serão dispostas de forma a que o seu bordo se apresente vertical, sendo retirada cerca
de 0,20 metros de material já executado.

Dispôr-se-ão de juntas transversais de construção quando o processo construtivo se interromper por mais de 3
horas.

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6.10 - REGA DE CURA

À superfície da camada deve ser aplicado um tratamento betuminoso de cura. A superfície deve ser mantida
húmida até ao momento da aplicação do tratamento, que deve ser feito tão cedo quanto possível, logo após a
compactação e num prazo não superior a 4 horas.

Para o tratamento betuminoso de cura será aplicada uma emulsão catiónica rápida do tipo da especificada em
14.03.0-5.4.1.6 a uma taxa de betume residual de cerca de 500 g/m2. Caso se preveja a circulação de tráfego
de obra directamente sobre a camada, deve ainda ser espalhada uma gravilha 4/6 à taxa de 6 litros/m2.

O tratamento de cura deve ser mantido e, se necessário, aplicado novamente até à execução da camada
seguinte.

A circulação de veículos de obra sobre a camada será interdita durante 3 dias após construção.

Caso, posteriormente, a camada seja frequentemente circulada pelo tráfego da obra, a Fiscalização poderá
mandar executar um revestimento superficial de protecção.

6.11 - EXECUÇÃO DE CAMADA SOBREJACENTES

Quando por razões de espessura total for necessário executar mais que uma camada de solo tratado, usar-se-
ão os procedimentos acima referidos.

6.12 - LIMITAÇÕES À EXECUÇÃO

A estabilização de solos “in situ” com cal e/ou cimento, só poderá realizar-se quando a temperatura ambiente, à
sombra, for superior a 5º C.

15.01.3 - ESCAVAÇÕES

Para efeitos deste Caderno de Encargos apenas se considera a distinção dos materiais escavados em materiais
que exigem a utilização de meios mecânicos ou explosivos na quantificação das rúbricas 01.2, 02.1.1, 06.1.1 e
07.2.1.1 relativas às escavações na linha, em valas de grande secção ou para aberturas de fundações de obras
de arte. Em todos os restantes trabalhos de escavação se considera o princípio do “terreno de qualquer

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natureza”, a que correspondem as características de ripabilidade média decorrente do estudo geológico-
geotécnico.

1 - DISPOSIÇÕES GERAIS

Antes de iniciadas as escavações e logo após a conclusão da decapagem, devem ser executadas as valas de
crista.

As técnicas e os meios de equipamentos a utilizar na escavação dos materiais a reutilizar na construção dos
aterros, deverão ser os mais adequados para o tipo dos materiais em presença e para as condições atmosféricas
previsíveis.

As escavações não deverão ser levadas abaixo das cotas previstas. Nos casos em que tal suceda, o material
removido abaixo da cota de projecto deve ser substituído por materiais com as características especificadas
neste Caderno de Encargos para Leitos do Pavimento (14.01.2) não sendo contudo, permitida a utilização de
solos (14.01.2.1) quando a escavação ocorrer em materiais rochosos, quer o desmonte tenha ou não sido
efectuado com explosivos.

A escavação deverá desenvolver-se por forma a que seja assegurado um perfeito escoamento superficial das
águas por gravidade.

Se, no decorrer das escavações, for encontrada água nascente, tal facto deve ser imediatamente considerado,
procedendo-se à respectiva captação e drenagem. O fundo da escavação deve ser, entretanto, mantida livre de
água por intermédio de bombagem ou outro meio.

Na execução da escavação dever-se-á ter em atenção a regularidade final dos taludes por forma a que obedeça
à geometria prevista nos perfis transversais do projecto.

A regularização dos taludes deve, além de não afectar a estabilidade da rocha alterada, proporcionar condições
de arborização e ainda harmonizar a estrada com a paisagem.

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A variação da inclinação dos taludes deve fazer-se ao longo de 50 m, no caso das vias com dupla faixa de
rodagem, e em 25 m no caso de vias com faixa única.

A transição entre taludes de escavação e de aterro deve ser modelada gradualmente.

As intersecções das superfícies dos taludes com o terreno natural têm de ser arredondadas, conforme se indica
nos desenhos. Este trabalho deve ser executado cuidadosamente para se evitar danos na vegetação exterior à
área escavada e logo que a escavação chegue à cota da primeira banqueta.

As banquetas em talude de escavação devem ter 3 m de largura e uma inclinação transversal (para o interior)
de 10%.

As valetas de plataforma têm de ser abertas de acordo com a inclinação e forma dos perfis transversais, de
modo a evitar enchimentos.

As valetas de banqueta e crista, quando revestidas, devem ser betonadas contra o terreno.

A qualidade dos materiais resultantes de escavações na obra e a aplicar em aterro, deve ser verificada de
maneira contínua durante o trabalho, de modo a permitir um controlo de execução eficaz. Assim, far-se-á pelo
menos uma caracterização de materiais em cada escavação.

A compactação relativa dos solos subjacentes ao do leito do pavimento, quando referida ao ensaio Proctor
Modificado, deve ser, pelo menos, de 95%. Quando, após conclusão da escavação, se verificar que, àquela
cota, as condições “in situ” não satisfazem o acima estipulado, dever-se-á proceder à escarificação da plataforma
até uma profundidade de 0,30 m, procedendo-se depois à sua humidificação, se necessário, e compactação,
conforme especificado anteriormente. Quando houver que promover a sua substituição, serão substituídos por
materiais com características especificadas neste Caderno de Encargos para Leitos do Pavimento (14.01.2).

Quando houver necessidade de se proceder a "desmonte a fogo" em áreas urbanisticamente ocupadas, deverá
o Adjudicatário tomar as precauções necessárias, que deverão incluir avisos sonoros para não colocar em risco
pessoas e bens, assumindo inteira responsabilidade pelos prejuízos que, eventualmente, venham a ser
causados a terceiros. Não será permitida a realização de rebentamentos depois do pôr do sol.

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2 - ESCAVAÇÃO COM MEIOS MECÂNICOS (LÂMINA, BALDE OU RIPPER)

Este trabalho refere-se à execução das escavações dos materiais na linha ou em valas de grande secção, que
apenas exigem meios mecânicos de desmonte.

Para efeitos de medição, considerar-se-ão como desmontados com meios mecânicos todos os materiais que
não exijam o recurso à utilização de explosivos.

A quantificação dos respectivos volumes será efectuada de acordo com o procedimento referido nas escavações
com recurso a explosivos.

No que se refere ao processo construtivo em escavação de grande a médio porte (com duas banquetas), o
desmonte deverá ser iniciado a cerca de 5 metros da crista do talude, até se atingir a cota da banqueta, de modo
a permitir a observação directa dos materiais ocorrentes e a permitir introduzir eventuais correcções na
geometria do talude ou nas obras de construção projectadas. Nestes casos o processo construtivo será pois,
faseado.

Este procedimento só não será seguido quando for incompatível com as soluções de contenção projectadas, ou
quando o conhecimento do maciço o dispense, exigindo-se contudo a aprovação prévia da Fiscalização.

3 - ESCAVAÇÃO COM RECURSO A EXPLOSIVOS

Este trabalho refere-se à execução das escavações dos materiais na linha ou em valas de grande secção, que
exigem o recurso a explosivos no seu desmonte.

No desmonte dos maciços rochosos recorrendo a explosivos, terá de ser utilizada a técnica do pré-corte,
indispensável para garantir o corte do talude de forma correcta e de acordo com a geometria indicada. Este
procedimento permite minimizar a propagação de vibrações ao maciço, e assim reduzir os efeitos da
descompressão e os consequentes fenómenos de instabilidade. Para este fim deverá proceder-se à execução
da furação segundo o plano teórico dos taludes, devendo neste caso o afastamento dos furos não ultrapassar
1,0 m.

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Os métodos de desmonte, que devem ser submetidos à aprovação prévia da Fiscalização, e os planos de fogo
devem ser concebidos em função das características geológicas do maciço, devendo ter em conta os seguintes
aspectos:

- a escavação será preferencialmente feita mediante furos verticais e/ou paralelos ao talude a formar;

- os furos paralelos ao talude para realização do pré-corte não devem apresentar desvios em relação à
inclinação e direcção teóricas;

- a detonação será feita utilizando detonadores de microretardamento;

- o equipamento a adoptar terá que garantir um desvio inferior a 15 cm no pé do talude;

- o plano de fogo deve também ser ajustado de modo a obter-se um material de granulometria contínua e
extensa com vista à sua reutilização em aterros.

A quantificação dos volumes escavados e desmontados com recurso a explosivos será efectuada ao metro
cúbico (m3) a partir dos perfis transversais do projecto, de acordo com a metodologia definida no capítulo
16.01.2.2, sob pena de todos os materiais serem considerados como tendo sido desmontados com meios
mecânicos.

Sempre que do processo de desmonte e remoção com meios mecânicos resultem, numa parte muito significativa
dos volumes escavados, blocos com diâmetro superior a 0,80 m ou com volume superior a 0,50 m3, de modo a
que a reutilização destes materiais na construção dos aterros exija um trabalho complementar de demolição por
taqueamento ou por recurso a martelos pesados, considerar-se-á que 30% deste material escavado (delimitado
previamente com o acordo da Fiscalização e recorrendo à implantação de marcas no terreno que permitam a
sua fácil aferição) foi desmontado com recurso a explosivos e os restantes 70% mecanicamente.

Estas situações ocorrem frequentemente no País, designadamente, entre outras, nas zonas graníticas com
níveis de meteorização significativos, em zonas calcárias com intercalações importantes de margas ou terra
rossa e em zonas de transição xisto-grauváquicas e estes materiais costumam produzir, depois do desmonte,
granulometrias muito extensas e descontínuas - correntemente designadas por materiais do tipo solo-
enrocamento - que exigem, normalmente durante o processo de desmonte e simultaneamente com os meios
mecânicos de escavação, a utilização de outro tipo de equipamentos, nomeadamente martelos hidraúlicos
pesados, e eventualmente de explosivos. A sua utilização na construção de aterros obriga ainda a um trabalho
complementar de preparação por demolição de blocos, correntemente designado por taqueamento.

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Pretende-se assim ter em conta este trabalho suplementar de taqueamento, que em alguns materiais tem um
peso considerável no processo posterior ao desmonte, mas que é indispensável à sua preparação para sua
posterior reutilização na construção de aterros.

Este conceito aplica-se apenas aos materiais escavados com estas características que serão reutilizados na
construção de aterros, pelo que a respectiva medição deverá ser alvo de uma análise final global, que se
subordinará aos princípios definidos no ponto 16.01.2.2-7, de modo a evitar que este "trabalho adicional" incida
sobre materiais que eventualmente possam vir a ser conduzidos a vazadouro e que portanto dispensam estes
trabalhos complementares.

15.01.4 - EMPRÉSTIMOS E DEPÓSITOS

As zonas de empréstimo e depósito serão submetidas à apreciação e aprovação prévia da Fiscalização.

A escavação nos empréstimos será feita de modo a garantir a drenagem natural das águas.

As zonas de empréstimo e depósito deverão ser modeladas no fim da sua utilização.

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15.01.5 - EXECUÇÃO DO LEITO DO PAVIMENTO

1 - DISPOSIÇÕES GERAIS

Entende-se por Leito do Pavimento a última “camada(s)” da terraplenagem que se destina essencialmente a
conferir e uniformizar, as condições de suporte do pavimento e que faz parte integrante da sua fundação.

Por razões construtivas o Leito do Pavimento pode ser constituído por uma ou várias camadas, ou ainda resultar,
no caso de escavações, apenas de trabalhos ao nível da plataforma onde assenta o pavimento.

A execução desta camada, que é obrigatória, visa ainda atingir objectivos de curto e longo prazo que se referem
em seguida:

Objectivos a curto prazo:

- nivelar a plataforma de modo a permitir a execução do pavimento;

- garantir uma capacidade de suporte suficiente, para, independentemente das condições meteorológicas,
permitir uma correcta execução do pavimento, designadamente no que se refere à compactação e à
regularidade das camadas;

- proteger os solos da plataforma face às intempéries;

- garantir boas condições de traficabilidade aos veículos de aprovisionamento dos materiais utilizados na
construção da primeira camada do pavimento.

Objectivos a longo prazo:

- homogeneização e manutenção da capacidade de suporte da fundação, independentemente das flutuações


do estado hídrico dos solos ocorrentes ao nível da plataforma.

Os materiais a utilizar no Leito do Pavimento devem obedecer às especificações definidas no capítulo 14.01.2.

A superfície da camada onde assenta o Leito do Pavimento deve ser lisa, uniforme, isenta de fendas, ondulações
ou material solto, não podendo em qualquer ponto apresentar diferenças superiores a 2,5 cm em relação aos
perfis transversais e longitudinal.

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É na camada subjacente ao Leito do Pavimento (nos aterros PSA) que se efectua a transição da inclinação
transversal da plataforma da terraplenagem (6%) para a inclinação transversal de 2,5% do pavimento em recta,
por forma a que a camada de leito do pavimento tenha espessura constante e igual à definida no projecto.

A compactação relativa, referida ao ensaio Proctor Modificado, não deve ser inferior a 95% em toda a área e
espessura da camada, e o teor em água não poderá diferir mais de 15% do teor óptimo obtido no ensaio de
referência.

Em zonas de escavação, quando os materiais ocorrentes satisfizerem às especificações definidas em 14.01.2


há que proceder da seguinte forma:

- se, após conclusão da escavação, se verificar que, àquela cota as condições “in situ” não satisfazem às
exigências de compactação e teor em água, dever-se-á proceder à escarificação da plataforma até uma
profundidade de 0,30 m, procedendo-se depois à sua humidificação ou arejamento, se necessário, e
compactação, de modo a obter 95% em relação ao Proctor Modificado. Outros procedimentos para redução
do teor em água deverão ser previamente aprovados pela Fiscalização. Esta plataforma deverá também
ser regularizada de forma a obter-se uma inclinação transversal de 2,5%;

Sempre que antes de ser executado o Leito do Pavimento se observe, nas escavações, que a plataforma onde
irá ser construído não se apresenta convenientemente estabilizada devido à existência de manchas de maus
solos susceptíveis de comprometer a prestação do pavimento, deverão os mesmos ser saneados (15.01.1-3)
na extensão e profundidade necessárias, (não superior a 0,60 m) e substituídos por materiais satisfazendo o
especificado em 14.01.2. Os materiais de enchimento deverão ser compactados por camadas de espessura não
superior a 0,20 m, com recurso a meios adequados às dimensões da zona saneada e por forma a obter-se uma
compactação relativa superior a 95%, quando referida ao ensaio Proctor Modificado.

Se os materiais ocorrentes àquelas cotas forem materiais rochosos, há que promover a limpeza adequada da
plataforma e a execução de uma camada com espessura média de 0,15 m com materiais satisfazendo ao
especificado em 14.01.2.-2 ou 3, para regularização da plataforma.

Quando a camada do Leito do Pavimento for constituída por materiais granulares britados, a sua execução
deverá obedecer às especificações do capítulo 14.01.2-3.

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O reperfilamento da superfície do leito do pavimento no extradorso das curvas com sobreelevação será
construído com materiais granulares com características de sub-base de forma faseada de modo a que a
espessura a compactar não exceda os 0,20 m, e deve ser efectuado previamente à construção da primeira
camada do pavimento.

Não será ainda permitida a colocação de materiais para a camada de base ou sub-base, nem poderá ser iniciada
a sua construção, sem que estejam efectuados todos os trabalhos relativos ao Leito do Pavimento e ainda aos
trabalhos de drenagem transversal e subterrânea previstos no projecto e que interessem ao troço em causa.

2 - DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA CAMADAS DO LEITO DO PAVIMENTO TRATADAS COM CAL E/OU
CIMENTO

2.1 - ESTUDO LABORATORIAL

O solo a estabilizar com cal e/ou cimento, a utilizar na construção do Leito do Pavimento, deverá obedecer a um
estudo laboratorial específico, por forma a obterem-se as características mínimas indicadas em 14.01.2-4.4 e
4.6.

O tratamento só poderá iniciar-se quando a Fiscalização aprovar o respectivo estudo, o qual deverá ser
apresentado com uma antecedência mínima de 30 dias, e do qual deverão constar nomeadamente:

- o certificado do fornecedor que comprove as características exigidas em 14.01.2.4.1 e 4.2;

- a variação das diferentes características da mistura especificadas em 14.01.2-4.4 ou 4.6 com o teor em cal
e/ou cimento, para variações máximas de 1%, de 0 a 5%, inclusivé, e para 5 teores em água (Wi = Wopn-
2; Wopn; Wopn+2; Wopn+4 e Wopn+6), de modo a incluir os teores em água que o solo poderá apresentar
durante os trabalhos; os resultados serão obtidos a partir do traçado conjunto das curvas Proctor Normal
(PN) do solo natural e da mistura e as correspondentes curvas CBR imediato (CBRi); as curvas PN e CBRi
para a mistura serão traçadas para os valores de teor em água final (Wf), ou seja, os teores em água que
a mistura apresenta depois do solo ser misturado, para cada um dos valores do teor em água (Wi) acima
referidos com as percentagens de ligantes estabelecidas;

Sendo Wi o teor em água do solo a utilizar numa mistura e Wf o teor em água da mistura depois de ser adicionada
uma percentagem de cal e/ou cimento e após um período de cura de 4 a 6 horas.

- Determinação da curva de resistência da mistura.

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A composição final será determinada de forma a cumprir as características especificadas em 14.01.2.4.4 e 4.6.

A mistura a adoptar inicialmente deverá ser a resultante do estudo laboratorial com uma dosagem de ligante 1%
superior.

Esta sobredosagem visa atender à dispersão das condições de fabrico e colocação em obra. A sua eliminação
pode e deve ser autorizada pela Fiscalização logo que se verifique, pelo controlo de qualidade em obra, a
estabilização das condições de produção e de colocação.

2.2 - ARMAZENAMENTO DO LIGANTE

O ligante deve ser armazenado em silos com capacidade para uma produção de pelo menos 2 a 3 dias de modo
a precaver roturas de fornecimento e a permitir um repouso e arrefecimento mínimos.

Se se utilizarem mais que um tipo de ligante o número de silos será o necessário para garantir aquela produção.

2.3 - TRECHO EXPERIMENTAL

Uma semana antes de qualquer trabalho na linha, deverá realizar-se um trecho experimental, o qual poderá ser
realizado em restabelecimentos ou na plena via a uma cota inferior à cota do leito do pavimento, com uma
extensão mínima de 100 metros.

Nele serão comprovados particularmente os seguintes aspectos:

- Profundidade e eficácia da desagregação do solo e homogeneidade da sua mistura com cal e/ou cimento;

- Composição dos meios de compactação;

- O teor em água de compactação mais adequado ;

- O grau de compactação e teor em cal e/ou cimento efectivo em toda a espessura da camada;

- Os métodos de verificação do teor em água, do grau de compactação e do teor em ligante;

- A espessura da camada e a sua regularidade superficial estão dentro dos limites especificados;

- O processo de cura de protecção superficial.

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2.4 - PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE

A superfície do solo a estabilizar “in situ” com cal e/ou cimento deverá apresentar-se perfeitamente
desempenada, sem defeitos ou irregularidades e respeitar uma cota tal que permita, após a regularização final
e a conclusão da compactação, evitar a ocorrência de sub espessuras e respeitar as cotas finais de acordo com
as tolerâncias admitidas. Recomenda-se que estas cotas sejam 2 a 3 cm superiores às cotas de projecto,
podendo o material extraído durante a regularização final ser utilizado nas partes superiores dos aterros ou em
aterros técnicos. Quando se trata de uma camada a construir com materiais de empréstimo recomenda-se
também que as cotas sejam 2 a 3 cm superiores às de projecto.

Quando em zonas de escavação, o tratamento se efectuar “in situ” sobre os materiais locais ocorrentes e estes
se apresentarem com elevada compacidade, deve promover-se a sua escarificação antes do espalhamento do
ligante, de modo a facilitar e aumentar o rendimento das misturadoras. A escarificação será efectuada até à
profundidade mínima necessária, de modo a obter-se uma camada de solo estabilizado com a espessura e a
cota da rasante definidas no projecto. Deve evitar-se que a escarificação ultrapasse a espessura a tratar.

Se for caso disso, promover-se-á a eliminação da fracção grosseira de modo a respeitar a especificação imposta
para Dmáx. Esta operação poderá ser feita manual ou mecanicamente após remeximento do material, ou por
crivagem para o caso dos materiais provenientes de empréstimo.

A escarificação do material pode também ser recomendada quando houver que promover a humidificação do
material para melhor penetração da água, antes do espalhamento do ligante, ou para fazer subir à superfície os
elementos de maior dimensão para posterior eliminação.

A pulverização do solo será realizada com equipamento do tipo misturadores-pulverizadores rotativos (“Pulvi-
mixers”), cuja marcha deve ser ajustada de forma a reduzir ao mínimo o arraste longitudinal do material.

Sempre que a camada seja constituída com materiais de empréstimo, após o seu espalhamento e regularização,
deverá proceder-se a uma compactação ligeira (cerca de 20% do número de passagens necessárias à
compactação) do material (antes do espalhamento do ligante) de modo a fechar a camada, densificando-a
uniformemente, limitando as variações do teor em água, facilitando a sua homogeneização durante as
operações de mistura.

A regularização final deverá ser feita com motoniveladoras.

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2.5 - HUMIDIFICAÇÃO

O teor em água do solo desagregado no momento da sua mistura com cal e/ou cimento será tal que permita a
subsequente mistura uniforme e íntima de ambos, com o equipamento disponível, não podendo ser inferior ao
fixado na fórmula de trabalho. Caso seja necessário poderá regar-se previamente o solo para facilitar aquela
mistura, não podendo a adição total de água ser superior a 5%, nem o incremento em cada uma das passagens
ser superior a 2%. A distribuição do ligante não poderá ser efectuada enquanto existirem concentrações de água
à superfície.

No que se refere aos solos coesivos secos, estes serão regados no dia anterior ao da mistura com a cal e/ou
cimento, de modo a que os torrões estejam humedecidos no seu interior.

2.6 - ESPALHAMENTO DO LIGANTE

Antes do espalhamento do ligante e após o fecho da camada, esta deve ser pré-regularizada, de modo a dotá-
la de cotas com erro inferior a 25% das tolerâncias admitidas.

A cal e/ou cimento deverão, posteriormente, ser distribuídos uniformemente com a dosagem pré-estabelecida
por meios mecânicos, munidos de doseadores volumétricos controlados pela velocidade de espalhamento, e de
dispositivos adequados ao controlo e à redução da emissão de poeiras.

O espalhamento deverá ser feito sobre toda a superfície a tratar, por faixas paralelas adjacentes sem
recobrimento e com um afastamento de 5 a 10 cm.

Os doseadores deverão dispôr de capacidade suficiente que permita o espalhamento do ligante necessário,
numa só passagem.

Em zonas de reduzida extensão, não acessíveis ao equipamento, poderá a Fiscalização autorizar a distribuição
manual. Neste caso os sacos de cal e/ou cimento serão colocados sobre o solo a tratar, formando uma
quadrícula de lados aproximadamente iguais, correspondentes à dosificação aprovada; uma vez abertos os
sacos, o seu conteúdo será distribuído rápida e uniformemente por meio de arrastadeiras manuais ou vassouras
rebocadas.

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A operação de distribuição será suspensa em caso de vento forte ou chuva.

A cal e/ou cimento só serão espalhados nas superfícies que possam vir a ser tratadas nesse dia de trabalho.

2.7 - MISTURA E HOMOGENEIZAÇÃO

A mistura da cal e/ou cimento com o solo a tratar será realizada logo após o espalhamento, num intervalo de
tempo não superior a 1 hora, de modo a obter-se uma mistura homógenea sem formação de grumos de cal e/ou
cimento. O equipamento de mistura deverá realizar o número de passagens suficientes de modo a garantir que
90% das partículas e torrões argilosos tenha uma dimensão inferior a 25 mm.

A mistura, quando efectuada “in situ”, será realizada por meios mecânicos e por faixas paralelas, com
equipamento do tipo misturador rotativo de eixo horizontal com uma potência mínima de 300 CV, adjacentes,
com uma sobreposição de pelo menos 5 a 10 cm. O equipamento deverá ser sujeito à aprovação da
Fiscalização.

Simultaneamente à operação de mistura, realiza-se-à a rega de modo a obter-se o teor em água fixado na
fórmula de trabalho, tendo em atenção eventual evaporação durante a execução dos trabalhos.

A humidificação será feita com recurso a equipamento apropriado de modo a ser uniforme sem escorrência nas
rodeiras deixadas pelo equipamento.

A velocidade do equipamento deverá ser regulada convenientemente e as operações de mistura e nivelamento


deverão ser coordenadas de modo a obter-se um material homogéneo.

Quando não se disponha de um meio rápido que assegure a uniformidade da mistura, esta continuará até
apresentar uma cor uniforme.

Desde que os solos satisfaçam às características especificadas em 14.01.2.5 a mistura pode, em alternativa,
ser efectuada em central. Neste caso podem ser utilizadas centrais de betão ou centrais de misturas de solos
ou agregados, especificadas em 15.03.4, de utilização corrente na produção de materiais britados tratados com
ligantes hidraúlicos utilizados em pavimentos semi-rígidos.

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Após conclusão da operação da mistura “in situ” ou do seu espalhamento, quando produzida em central, a
superfície deve ser novamente regularizada antes de se dar início à compactação.

A mistura não pode permanecer mais de meia hora sem que se proceda ao início da sua compactação, e
acabamento ou em alternativa nova desagregação e mistura.

2.8 - COMPACTAÇÃO

No momento do início da compactação, a mistura deverá apresentar-se solta na espessura especificada, e o


teor em água não deverá diferir em mais de 1% do valor fixado na fórmula de trabalho.

A compactação será longitudinal a partir do bordo mais baixo das diferentes faixas, com sobreposição mínima
de 0,5 metros das sucessivas passagens do equipamento.

A compactação será sempre efectuada em duas fases, uma compactação parcial e uma compactação final. A
primeira, a efectuar logo após a conclusão da regularização da superfície, visa conferir à camada uma
compacidade da ordem dos 93% em relação ao Proctor Normal em toda a espessura e a facilitar a regularização
final, que deverá ser efectuada imediatamente à conclusão desta operação, e que tem por objectivo o acerto
final das cotas e da geometria, que pode ser feita por fresagem ou por corte utilizando motoniveladoras.

Logo após a conclusão desta última operação, proceder-se-á à compactação final, com o objectivo de atingir
um grau de compactação superior a 98% em relação ao ensaio Proctor Normal e a redensificar a parte superior
da camada, danificada durante as operações de regularização final.

A compactação será realizada com equipamento tradicionalmente utilizado em trabalhos de terraplenagem. Na


primeira fase deverão utilizar-se cilindros de rasto liso vibradores, com carga estática mínima de 45 kg/cm de
geratriz do rolo (V3) e na compactação final deverão também ser usados cilindros de pneus, com carga por roda
mínima de 3 toneladas.

A utilização de cilindro de pneus na última fase da compactação é obrigatória sempre que os solos a tratar
apresentem uma percentagem de material passado no peneiro ASTM 0,075 mm (nº 200) superior a 50%, de
modo a evitar o fenómeno da “foliação” (estratificação superficial e fissuração aleatória sem ligação).

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Só serão admitidos equipamentos mais leves se as espessuras das camadas não ultrapassarem os 0,20 m.

Os meios de compactação serão os necessários para que todas as operações estejam terminadas dentro das
4 horas seguintes à incorporação da cal e/ou cimento, prazo este que será de 3 horas no caso de temperaturas
do ar superiores a 30ºC.

2.9 - ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE

A superfície do solo estabilizado com cal e/ou cimento deverá respeitar os perfis transversais e longitudinais do
projecto, não podendo diferir deles em mais de 2,5 cm e a superfície acabada não deverá apresentar uma
irregularidade superior a 1 cm quando comprovada com a régua de 3 metros, aplicada tanto longitudinal como
transversalmente.

Não são, em caso algum, admitidas regularizações com enchimentos. Nestes casos as zonas em que não se
cumpram por defeito, as tolerâncias anteriores, ou que retenham água à superfície, a camada será escarificada
e recompactada após regularização em metade da espessura, à qual deverá juntar-se um teor mínimo de 0,5%
de ligante, e água na quantidade necessária, antes da recompactação.

As juntas de trabalho serão dispostas de forma a que o seu bordo se apresente vertical, sendo retirada cerca
de 0,20 metros de material já executado.

Dispôr-se-ão de juntas transversais de construção quando o processo construtivo se interromper por mais de 3
horas.

2.10 - REGA DE CURA

À superfície da camada deve ser aplicado um tratamento betuminoso de cura. A superfície deve ser mantida
húmida até ao momento da aplicação do tratamento, que deve ser feito tão cedo quanto possível, logo após a
compactação e num prazo não superior a 4 horas.

Para o tratamento betuminoso de cura será aplicada uma emulsão catiónica rápida do tipo da especificada em
14.03.0-5.4.1.6, a uma taxa de betume residual de cerca de 500 g/m2. Caso se preveja a circulação de tráfego
de obra directamente sobre a camada, deve ainda ser espalhada uma gravilha 4/6 à taxa de 6 litros/m2.

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O tratamento de cura deve ser mantido e, se necessário, aplicado novamente até à execução da camada
seguinte.

A circulação de veículos de obra sobre a camada será interdita até Rc  1,0 MPa ou durante 7 dias após
construção. Caso posteriormente a camada seja frequentemente circulada pelo tráfego da obra, a Fiscalização
poderá mandar executar um revestimento superficial de protecção.

2.11 - EXECUÇÃO DE UMA SEGUNDA CAMADA

Quando por razões de espessura total for necessário executar uma segunda camada de solo, cal e/ou cimento
sobre a primeira já construída, usar-se-ão os procedimentos acima referidos.

O solo a utilizar na construção desta camada, que satisfará ao especificado em 14.01.2-4.2 ou 5.2, e será
proveniente de empréstimos previamente aprovados pela Fiscalização ou resultará de escavação na linha.
Neste caso deverá ser previamente colocado em depósito provisório.

2.12 - LIMITAÇÕES À EXECUÇÃO

A estabilização de solos “in situ” com cal e/ou cimento, só poderá realizar-se quando a temperatura ambiente, à
sombra, for superior a 5º C.

15.01.6 - DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS PARTICULARES

Este capítulo refere-se à execução dos designados “aterros técnicos”. Entre outros consideram-se “aterros
técnicos” os aterros junto a encontros de obras de arte ou a outro tipo de estruturas enterradas, e os aterros
junto a muros de suporte, passagens hidraúlicas de pequeno ou grande diâmetro, passagens agrícolas, etc..

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1 - GEOMETRIA DOS “ATERROS TÉCNICOS“

1.1 - ESTRUTURAS ENTERRADAS DE PEQUENA DIMENSÃO (DIÂMETRO OU LADO “d”2,50M)

O aterro técnico será constituído por um prisma de secção trapezoidal que envolverá a estrutura e cuja secção
terá a seguinte geometria:

- base maior 5d

- base menor 2d

- altura 1,5 d

1.2 - ESTRUTURAS ENTERRADAS DE MÉDIA E GRANDE DIMENSÃO (ALTURA “H”  2,50 M)

No caso em que estas estruturas tiverem curvaturas junto à fundação proceder-se-á ao seu enchimento prévio.

Seguidamente será construída uma cunha de cada lado da estrutura que terá a seguinte geometria:

- base 3m

- altura h+1 m

- lado superior 2xh+3 m

1.3 - ENCONTROS, MONTANTES DE OBRAS DE ARTE E MUROS DE SUPORTE

Será construído um prisma de secção trapezoidal com a seguinte geometria:

- base maior h + 10 m

- base menor 10 m

- altura (h) igual à altura da estrutura

2 - EXECUÇÃO DOS “ATERROS TÉCNICOS“

Os trabalhos só serão iniciados depois da aprovação prévia da Fiscalização. Serão estudados em especial os
problemas de drenagem que possam surgir e só depois destes estarem convenientemente resolvidos se
executará o enchimento do aterro.
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Estes aterros devem ser cuidadosamente construídos. As camadas devem ser executadas simetricamente em
relação à estrutura, e a sua espessura deve ser ajustada às características do aterro, da estrutura a envolver,
das condições de execução e do material do aterro utilizado.

Os aterros técnicos deverão ser construídos com materiais que obedeçam ao especificado em 14.01.1-10
ATERROS TÉCNICOS.

Nos trabalhos de execução dos “Aterros Técnicos”, que são aterros com singularidades do ponto de vista
geotécnico, não estão especificados as características mínimas a utilizar. Com a alteração proposta são assim
indicadas as características especificadas no item dos “Aterros Técnicos”.

A espessura das camadas não deve ser superior a 0,20 m, valor que deverá descer para 0,15 m quando se trata
de aterros entre gigantes de encontros ou muros.

Exceptuam-se os casos em que os materiais utilizados sejam solos tratados, ou os previstos em 15.01.6.1..3
em que a espessura poderá ser de 0,30 m, sempre que o material de aterro utilizado sejam solos.

Cada camada deve ser compactada de tal forma que a compactação relativa, referida ao ensaio Proctor
Modificado, seja de 100% e o teor em água não deve variar mais que 10% em relação ao valor óptimo. Quando
construídos com solos tratados a compactação relativa não deverá ser inferior a 95%.

Se o material de aterro tiver excesso de humidade, não deve ser compactado até que tenha o teor em água
adequado para que se possa obter a compactação requerida. Em alternativa e no caso do material de construção
serem solos tratados poder-se-á recorrer à utilização prévia de cal viva para reduzir o teor em água natural.

No caso das estruturas de pequena dimensão (15.01.6.1.1) os aterros técnicos devem ser construídos antes
dos aterros confinantes. Nos restantes casos deve ser usada a sequência inversa.

A ligação entre os aterros técnicos e os aterros confinantes deve ser feita através de endentamento das camadas
que constituem o segundo aterro, no primeiro através de degraus recortados no primeiro aterro com espessura
igual à espessura das camadas.
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15.01.7 - CONTROLO DE QUALIDADE

Para além das prescrições constantes deste Capítulo, o controlo de qualidade deverá ser realizado de acordo
com o tipo e frequência dos ensaios definidos no TOMO 4 – CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS –
CONTROLO DE QUALIDADE.

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16.01 – TERRAPLENAGEM - DICIONÁRIO DE RÚBRICAS E CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Este capítulo refere-se à listagem e definição das rúbricas dos trabalhos de terraplenagem e aos respectivos
critérios de medição.

Definem-se quais as tarefas incluídas em cada uma das rúbricas, fixam-se os respectivos critérios de medição
e estabelecem-se os códigos de referenciação associados.

Entende-se por terraplenagem o conjunto das operações de escavação, transporte, espalhamento ou depósito,
e compactação do terreno, necessárias para a realização de uma obra.

Neste capítulo incluem-se todos os trabalhos de movimentação de terras necessários para a construção do
traçado, das ligações, dos restabelecimentos da rede viária intersectada, dos equipamentos de apoio e de todos
os trabalhos complementares que se considerem indispensáveis para garantir as necessárias condições de
funcionamento e de estabilidade, designadamente as obras de drenagem (provisória) indispensáveis à
estabilidade da construção e dos terrenos adjacentes.

Inclui portanto, não só os trabalhos a executar na zona da estrada, mas também todos os trabalhos exteriores
necessários para a sua concretização, como seja a obtenção de materiais em empréstimos.

Cada rúbrica inclui ainda todos os ensaios para a caracterização de materiais e para avaliação das condições
de colocação em obra, conforme previsto no C.E., designadamente trechos experimentais, assim como todos
os trabalhos de topografia necessários à sua implantação e ao controlo de execução. Consideram-se portanto
incluídos nestes trabalhos a colocação e manutenção do sistema de referência, normalmente constituído por
estacas colocadas nos perfis/pontos quilométricos ou submúltiplos destes. Por serem imprescindíveis para o
controlo da execução dos trabalhos só podem ser removidas após a Fiscalização os considerar terminados.

Também se incluem todos os trabalhos preparatórios não previstos em 16.01.1 e imprescindíveis para a
execução da obra, como sejam, entre outros, os caminhos de acesso.

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16.01.1 - TRABALHOS PREPARATÓRIOS:

Descrição:

Neste grupo incluem-se todos os trabalhos preliminares necessários à preparação da zona que será ocupada
pela obra e discriminados nas rúbricas 16.01.1.1 a 16.01.1.6, e que serão executados antes de se iniciar a
"terraplenagem" propriamente dita.

16.01.1.1 - Desmatação, incluindo derrube de árvores, desenraizamento, limpeza do terreno, carga, transporte
e colocação dos produtos em vazadouro e eventual indemnização por depósito - (m2)

Descrição:

Refere-se aos trabalhos de limpeza do revestimento vegetal - dos tipos arbóreo, arbustivo e sub-arbustivo -
existente na área interessada pela terraplenagem, designadamente, na linha, nos restabelecimentos, nos
caminhos paralelos, nas áreas de serviço e de repouso, nos parques e ainda nos terrenos que serão ocupados
pelas obras de drenagem longitudinal e transversal, fora da faixa ocupada pela estrada e pelos taludes. Estes
trabalhos serão ainda executados nas faixas laterais suplementares de expropriação, nos locais onde se preveja
a instalação de vedações ou outros equipamentos de apoio, designadamente condutas para qualquer tipo de
serviço, nomeadamente águas, esgotos, energia, gás, telecomunicações, etc.

Compreende o corte de árvores e arbustos, o desenraizamento dos terrenos, o transporte dos materiais retirados
e sua colocação em vazadouro. Inclui as eventuais indemnizações por depósito e/ou todas as operações de
destruição daqueles materiais.

Critério de Medição:

A determinação da área (m2) a desmatar é feita a partir dos perfis transversais com a sobrelargura definida no
projecto, que, excepcionalmente, incluirá toda a zona expropriada, mas, normalmente, só a zona ocupada pelos
trabalhos (zona ocupada pela plataforma da via, pelos restabelecimentos, pelos caminhos paralelos e pelos
orgãos de drenagem longitudinal exteriores aos taludes e pelas vedações, ou qualquer dos serviços acima
referidos,etc.).

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16.01.1.2 - Demolição de construções (excluindo muros), incluindo carga, transporte e colocação dos produtos
em vazadouro, e eventual indemnização por depósito - (m3)

Descrição:

Esta rúbrica refere-se a todo o tipo de construções que utilizam materiais correntes de construção civil e obras
públicas. Inclui todas as tarefas necessárias à demolição de construções.

Os trabalhos de demolição de construções existentes serão executados nas devidas condições de segurança,
englobando a operação de demolição da construção e dos eventuais bens adjacentes. Poderá incluir a
realização de escoramentos ou obras de suporte e outros trabalhos considerados necessários. Quando se
utilizarem técnicas não tradicionais, estas terão que ser previamente submetidas à apreciação da Fiscalização.

Inclui ainda a carga, o transporte e a colocação em depósito dos produtos da demolição, e eventuais
indemnizações a pagar por depósito.

Quando definido no projecto, inclui ainda a remoção e colocação em local de depósito a indicar pela Fiscalização,
de materiais considerados de interesse arquitectónico ou arqueológico.

Critério de Medição:

A avaliação deste trabalho é feita ao m3 e o respectivo volume é determinado a partir de um volume teórico de
construção, definido pela área de implantação e pela altura (excluindo os telhados).

16.01.1.3 - Demolição de muros, incluindo carga, transporte e colocação dos produtos em vazadouro, e eventual
indemnização por depósito - (m2)

Descrição:

Inclui todas as operações necessárias para a execução da demolição de muros (suporte, espera, revestimento
ou vedação), recorrendo para o efeito às técnicas consideradas mais apropriadas, por forma a satisfazer as
normas de segurança correntes, englobando a operação de demolição dos muros e dos eventuais bens

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adjacentes. Quando se utilizarem técnicas não tradicionais, estas terão que ser previamente submetidas à
apreciação da Fiscalização.

Inclui ainda a carga, o transporte e a colocação em depósito dos produtos da demolição, e eventuais
indemnizações a pagar por depósito.
Critério de Medição:

Face à geometria essencialmente plana destas estruturas e à dificuldade que muitas vezes existe na
determinação exacta da espessura das peças, a medição deste trabalho é feita ao m2, correspondendo a uma
área teórica igual à área da face visível.

16.01.1.4 - Desactivação de poços, nascentes ou outras captações existentes:

Descrição:

Este trabalho visa desactivar poços, nascentes ou outras captações existentes ao longo do traçado, de modo a
garantir que as possíveis variações do nível freático não afectem as obras a construir. Engloba normalmente a
realização de dois tipos de tarefas, individualizadas nas rúbricas 16.01.1.4.1 e 16.01.1.4.2. Não inclui a
demolição das alvenarias ou muros existentes acima do terreno natural, trabalho que será medido em 16.01.1.2.
e/ou 16.01.1.3.

16.01.1.4.1- Enchimento de poços com enrocamento, ou outro material com características drenantes
equivalentes - (m3)

Descrição:

Refere-se ao enchimento, com enrocamento ou com outro material com características drenantes equivalentes,
dos poços ou outras construções similares existentes. Inclui o fornecimento e a correcta colocação do material
de enchimento.

Critério de Medição:

A medição é feita ao m3 e corresponde ao volume interior do poço, ou construção similar a encher.

16.01.1.4.2 - Captação e condução de águas - (m)

Descrição:
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Refere-se à drenagem da captação e/ou nascente conforme preconizado no projecto de execução. Este trabalho
inclui a abertura de valas, recorrendo às técnicas e aos equipamentos maisadequados e a execução do sistema
de drenagem prevista (drenos, valas revestidas, condutas, etc.).

Critério de Medição:

A medição é feita ao metro linear (m) e o respectivo comprimento corresponde ao comprimento efectivamente
executado.

16.01.1.5 - Decapagem na linha de terra vegetal com a(s) espessura(s) média(s) definida(s) no projecto e sua
colocação em vazadouro, ou depósito provisório para posterior utilização, incluindo escavação, carga,
transporte, protecção e eventual indemnização por depósito

Descrição:

Este trabalho refere-se à remoção da terra vegetal de toda a área definida no projecto, que corresponde à área
interessada na terraplenagem e nas sobrelarguras de protecção consideradas convenientes, ou em
empréstimos quando os volumes disponíveis na linha se mostrarem insuficientes.

O trabalho é executado com o duplo objectivo de garantir a necessária preparação das fundações dos aterros e
de salvaguardar, sempre que possível - quando não se mostre economicamente inviável - toda a terra vegetal
para posterior reutilização no revestimento de taludes, ou em outras aplicações, conforme estudo paisagístico.
Prevê-se pois a colocação em depósito definitivo dos volumes não utilizáveis e o tratamento paisagístico da
zona de depósito.

Inclui os trabalhos de escavação, carga, transporte, colocação em depósito provisório ou definitivo, e eventuais
tratamentos e indemnizações, conforme previsto no projecto e no C.E..

Critério de Medição:
A avaliação do volume a decapar é feita por um critério geométrico, a partir das áreas definidas nos perfis
transversais, resultantes do produto da espessura da decapagem definida no projecto, pela soma de duas
parcelas: i) extensão da linha do terreno natural abrangida pelo perfil transversal; ii) eventuais sobrelarguras
definidas no projecto a serem abrangidas pela decapagem.

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16.01.1.5.1 - Com colocação em vazadouro - (m3)

16.01.1.5.2 - Com colocação em depósito provisório - (m3)

16.01.1.6 - Preparação da fundação de aterros em condições especiais:

Descrição:

Refere-se aos trabalhos preparatórios definidos no projecto de terraplenagem, a executar em zonas


compressíveis - aluvionares, coluvionares, etc. - depósitos de vertente e outros que ponham em causa a
estabilidade da fundação/estrutura, de modo a garantirem uma adequada capacidade de suporte e/ou acelerar
a consolidação ou ainda garantirem uma adequada ligação entre o aterro e o terreno natural.

16.01.1.6.1 - Limpeza, regularização e compactação da fundação de aterros:

Descrição:

Esta rúbrica refere-se aos trabalhos de preparação da plataforma a executar previamente à execução dos
aterros, tendo em vista garantir uma fundação regular e estável, assegurar condições de suporte adequadas
para a compactação da primeira camada do corpo do aterro, e garantir a adequada ligação desta primeira
camada ao terreno natural.

Este trabalho assume particular importância no caso dos aterros pequenos (alturas até 3 m) e no caso dos
aterros cujas fundações assentam sobre zonas com afloramentos rochosos.

Critério de medição:
Este trabalho mede-se ao m2 e a respectiva área é uma área teórica determinada a partir dos perfis transversais,
incluindo as sobrelarguras definidas em 16.01.1.5.

16.01.1.6.1.1 - Em zonas de solos para execução de aterros de pequena altura - (m2)

Descrição:

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Em zonas de solos, este trabalho inclui a regularização e compactação da zona a ocupar pela fundação do
aterro, que deve ser particularmente cuidada de modo a permitir uma execução adequada das camadas
inferiores.

16.01.1.6.1.2 - Em zonas de afloramentos rochosos - (m2)

Descrição:

Em zonas de afloramentos rochosos e particularmente quando ocorrem à superfície blocos de dimensões


consideráveis, que condicionem o espalhamento e a compactação, inclui também a remoção de blocos, e em
caso de eventual reutilização na execução de aterros, a sua demolição, de modo a respeitar os limites impostos
à granulometria do material. Nas zonas onde predominem afloramentos do "tipo laje", inclui a demolição ou a
fracturação de lajes, de modo a garantir adequadas condições de fundação às primeiras camadas dos aterros
e assim evitar eventuais zonas de instabilidade.

A necessidade de execução deste trabalho é independente da altura do aterro a construir, embora as razões
que o justificam sejam diferentes, quando se trate de aterros de pequena ou grande altura. Assume particular
importância, no caso de aterros altos, quando os planos de fundação apresentam inclinações significativas,
designadamente superiores a 1/5.

16.01.1.6.2 - Saneamento em fundação de aterros, incluindo carga, transporte e espalhamento em vazadouro


ou depósito provisório, e eventual indemnização por depósito - (m3)

Descrição:

Por saneamento entende-se a remoção de solos de má qualidade existentes em zonas localizadas e


identificadas no projecto.

Este trabalho não inclui o fornecimento e a colocação de materiais para preenchimento dos volumes saneados,
trabalho previsto na rúbrica 16.01.1.6.3, e exige a utilização de equipamentos específicos, face às condições
particulares de execução.

Quando a ocorrência de materiais de má qualidade se verifique de forma generalizada em toda a fundação do


aterro e as condições de acessibilidade não forem muito difíceis, a remoção destes materiais corresponderá a
uma escavação e condução a vazadouro, e deverá ser prevista na rúbrica 16.01.2.5. Como exemplo de
saneamento refere-se o caso da remoção de depósitos de vertente ou outros materiais soltos ou de má
qualidade, junto a linhas de água cavadas, ou em encostas ingremes (condições de fundação difíceis).

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Para além de todos os trabalhos de remoção dos referidos materiais, inclui o seu transporte a vazadouro
provisório ou definitivo, o espalhamento de acordo com as boas normas de execução de modo a evitar futuros
escorregamentos e alterações do sistema de drenagem natural, e as eventuais indemnizações a pagar por
depósito.

Incluiem-se também nesta rúbrica todos os trabalhos de saneamentos em fundações de aterros não previstos
no projecto, mas que durante a execução da obra se venham a mostrar necessários.
A localização e o eventual tratamento das zonas de depósito, quando visíveis da estrada, têm sempre que ser
submetidos à aprovação da Fiscalização.

Critério de Medição:
Este trabalho é medido ao m3, sendo este volume determinado geometricamente a partir dos perfis transversais
e da profundidade do saneamento prevista no projecto, e eventualmente rectificada por medição "in situ" sempre
que aquela se mostre incorrecta, e correspondendo, neste caso, à profundidade média do saneamento
efectivamente executado.

16.01.1.6.3 - Preenchimento dos volumes saneados com materiais adequados, incluindo o seu fornecimento,
transporte, espalhamento e compactação - (m3)

Descrição:

Este trabalho refere-se à colocação, nas zonas saneadas, de materiais satisfazendo às exigências do projecto,
incluindo o seu fornecimento, transporte, espalhamento e compactação.

Critério de Medição:
Este trabalho é medido ao m3, sendo este volume determinado geometricamente a partir dos perfis transversais
e da profundidade do saneamento, sendo esta medida "in situ" e correspondendo à profundidade média do
saneamento efectivamente executado. Este volume coincide com o volume determinado em 16.01.1.6.2.

16.01.1.6.4 - Fornecimento e colocação de geossintéticos em fundação de aterros:

Descrição:

A colocação de geossintéticos na fundação dos aterros visa possibilitar a sua construção quando as
características geotécnicas dos solos de fundação não oferecem condições de traficabilidade para os
equipamentos de construção, e/ou de capacidade de suporte para o corpo do aterro.
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São geralmente aplicados com as funções de separação, de filtro ou de reforço, e por vezes utilizados
conjuntamente com outros dispositivos de drenagem, designadamente, geodrenos, estacas de areia ou de brita.

Inclui o transporte e o fornecimento dos geossintéticos satisfazendo às especificações definidas no projecto e/ou
C.E., e a sua colocação em obra. Inclui ainda o eventual armazenamento em estaleiro e todos os ensaios de
caracterização dos geotêxteis utilizados, conforme especificado no C.E..

A colocação em obra deve respeitar todas as normas definidas pelo fabricante, designadamente no que se refere
à ligação ou sobreposição das mantas ou rolos, à espessura da camada sobrejacente e às características do
material a utilizar, a não ser em situações previamente autorizadas pela Fiscalização ou expressamente
referidas no projecto.

A execução da camada sobrejacente, assim como as eventuais indemnizações por empréstimo, serão
consideradas na rúbrica 16.01.1.7.

As rúbricas 16.01.1.6.4.1 a 16.01.1.6.4.3, individualizam os tipos de situações que normalmente ocorrem.

Critério de Medição:

Em todos os casos, a área considerada é avaliada a partir da largura dos perfis transversais e da sobrelargura
definida no projecto ou aprovada pela Fiscalização. As ligações (sobreposições, cozeduras, grampagens,
encastramentos, ou outros) não são pagas por medição, mas incluídas no preço por m2 do material aplicado.

16.01.1.6.4.1 - Sobre baixas aluvionares compressíveis ou outros solos moles, com o objectivo essencial de
desempenhar as funções de separação e/ou filtro - (m2)

Descrição:

Refere-se à aplicação de geossintéticos em fundação de aterros sobre baixas aluvionares ou outros solos
compressíveis. Neste caso a sua utilização destina-se fundamentalmente a desempenhar as funções de
separação e filtro, normalmente associada à execução conjunta de elementos verticais de drenagem interna
(geodrenos, estacas de areia ou brita, etc.), quando o objectivo essencial seja obter uma maior e mais rápida
consolidação dos terrenos de fundação e consequentemente uma maior capacidade de suporte dos terrenos.

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16.01.1.6.4.2 - Em zonas de deficiente traficabilidade, designadamente com espessuras elevadas de terras
vegetais, de modo a permitir a circulação dos equipamentos de construção - (m2)

Descrição:

Refere-se à aplicação de geossintéticos na fundação de aterros em zonas onde os materiais de fundação, ou


pelas suas características ou pelas condições de estado que apresentam "in situ", não permitem - em tempo útil
- condições de circulação aos equipamentos de construção. Estes problemas surgem normalmente em zonas
com elevadas espessuras de solos com baixa compacidade, nomeadamente terras vegetais, lixeiras e outros
depósitos, por via de regra associados a condições hidrogeológicas desfavoráveis.
Também nestes casos a sua utilização se destina fundamentalmente a desempenhar as funções de separação
e filtro, embora, face ao carácter da sua utilização se possam exigir materiais de qualidade inferior aos materiais
exigidos na rúbrica anterior.

16.01.1.6.4.3 - Com a função de reforço, incluindo todos os dispositivos e acessórios necessários à sua
aplicação - (m2)

Descrição:

Refere-se à aplicação de geossintéticos com a função de reforço, o que exige materiais especialmente
vocacionados para esta função.

Inclui por isso todos os trabalhos inerentes à sua correcta colocação, nomeadamente pormenores construtivos,
e dispositivos/acessórios que se considerem necessários para o adequado desempenho do material, definidos
no projecto ou recomendados pelo fabricante.

16.01.1.6.5 - Técnicas de consolidação, incluíndo o fornecimento de todos os materiais necessários e a sua


colocação ou execução

Descrição:

Refere-se à utilização de técnicas não incluídas nas rúbricas anteriores e destinadas a acelerar a consolidação
dos terrenos ou outros solos moles, por forma a garantir adequadas condições de fundação para os aterros.

Nestes trabalhos inclui-se o fornecimento e a colocação dos materiais necessários, ou a sua execução,
recorrendo para o efeito às técnicas mais adequadas. No caso dos aterros de pré-carga inclui a sua posterior
remoção e a colocação em depósito dos materiais utilizados e eventuais indemnizações a pagar por vazadouro.
Em relação às valas drenantes, normalmente com secção rectangular, inclui a execução da escavação de

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acordo com as técnicas mais adequadas às características do terreno, a condução a vazadouro ou depósito dos
materiais escavados e a eventual indemnização por depósito. Inclui ainda o fornecimento e a colocação do
geotêxtil de acordo com as técnicas adequadas, referidas em 16.01.1.6.4. e o preenchimento com material
drenante conforme especificado no projecto.

Nas rúbricas 16.01.1.6.5.1 a 16.01.1.6.5.7 individualizam-se os processos normalmente utilizados neste


processo de consolidação, nomeadamente:

16.01.1.6.5.1 - Drenos verticais do tipo Geodreno - (m)

16.01.1.6.5.2 - Estacas de areia - D = 0,40 m - (m)

16.01.1.6.5.3 - Estacas de areia - D = 0,50 m - (m)

16.01.1.6.5.4 - Estacas de brita com diâmetro inferior ou igual a 0,70 m - (m)

16.01.1.6.5.5 - Estacas de brita com diâmetro superior a 0,70 m - (m)

16.01.1.6.5.6 - Pré-carga, incluindo o fornecimento e posterior remoção do material aplicado - (m3)

16.01.1.6.5.7 - Valas drenantes, incluindo colocação de geotêxteis e preenchimento da vala com material
drenante - (m3)

Critério de medição:

Estes trabalhos medem-se ao metro linear, correspondendo a respectiva medição ao comprimento


efectivamente executado, excepção feita à pré-carga e às valas drenantes que são medidas ao m3.

No caso dos aterros de pré-carga o respectivo volume corresponde ao volume determinado a partir dos perfis
transversais do projecto, ou de perfis levantados no terreno que respeitem a filosofia daqueles, para a altura
prevista da pré-carga.

As valas drenantes são medidas ao m3 e o respectivo volume corresponde ao volume teórico determinado a
partir dos desenhos de pormenor e da extensão efectivamente executada.

16.01.1.7 - Camada drenante sobrejacente ao geotêxtil:

Descrição:

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Refere-se à construção de camadas permeáveis sobrejacentes aos geotêxteis com funções drenantes. São
normalmente utilizadas no melhoramento das condições de fundação oferecidas por solos compressíveis,
designadamente na travessia de baixas aluvionares ou de solos com elevados teores em água.

Inclui o fornecimento e a colocação dos materiais utilizados satisfazendo às prescrições do C.E. ou previamente
aprovados como adequados.

As rúbricas 16.01.1.7.1 a 16.01.1.7.4 referem-se aos materiais normalmente utilizados, nomeadamente:

16.01.1.7.1 - Em areia natural - (m3)

16.01.1.7.2 - Em solos permeáveis - (m3)

16.01.1.7.3 - Em material aluvionar ou de terraço - (m3)

16.01.1.7.4 - Em materiais britados ou obtidos por crivagem, mistura ou composição de materiais naturais - (m3)

As camadas drenantes com areia, são utilizadas quando se prevê a utilização de geodrenos, por forma a permitir
a sua cravação. Nestes casos podem ainda ser utilizados outros solos granulares que se mostrem adequados
para o efeito.

A utilização de materiais não naturais, do tipo dos referidos na rúbrica 16.01.1.7.4, só será feita quando não
existam materiais naturais disponíveis.

Critério de medição:

Estes trabalhos medem-se ao m3 e o respectivo volume corresponde a um volume teórico determinado a partir
dos perfis transversais e admitindo a espessura da camada prevista no projecto. A definição da referida
espessura em projecto, será feita tendo em atenção os assentamentos previstos.

Caso o valor dos assentamentos medidos em obra seja diferente dos previstos no projecto, o volume de material
da camada drenante deve ser corrigido considerando-se para o efeito o valor médio do assentamento realmente
verificado, obtido a partir do valor dos assentamentos medidos em cada perfil transversal.

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16.01.2 - ESCAVAÇÃO NA LINHA E COLOCAÇÃO EM ATERRO OU VAZADOURO:

Nota Prévia:
A qualquer trabalho de terraplenagem corresponde sempre uma escavação, por exemplo, escavação para
aterro, escavação para depósito ou escavação em empréstimos, etc.

Com o objectivo de evitar terem de ser considerados os empolamentos que ocorrem durante os desmontes -
função do tipo de materiais e das baridades "in situ", estas variáveis com inúmeros factores, entre eles as suas
condições de estado -, ou os recalques/adensamentos que ocorrem durante os processos de compactação -
também estes função do tipo de material, de todos os parâmetros já referidos e ainda dos equipamentos
utilizados -, portanto de difícil avaliação, as medições da terraplenagem resultam sempre da medição
geométrica das áreas dos perfis transversais do projecto, ou dos obtidos para as condições ocorrentes
"in situ" quando são efectuados os levantamentos topográficos.

A avaliação da situação “in situ” é sempre feita a partir da implantação dos perfis transversais do projecto, das
cotas do terreno natural e da superfície de separação entre os materiais desmontados com recurso a meios
mecânicos ou explosivos.

Descrição:
Neste grupo incluem-se todos os trabalhos de terraplenagem executados na linha, independentemente de se
tratar de plena via, de restabelecimentos, de caminhos paralelos, de nós ou de intersecções de nível, recorrendo
às técnicas e meios mais adequados, não inviabilizando os procedimentos necessários destinados a garantir
uma adequada regularização dos taludes, particularmente dos taludes de escavação conforme exigido em
16.01.2.6.

Neles se incluem: i) a escavação e o desmonte ii) a colocação em aterro ou vazadouro; iii) a regularização dos
taludes de escavação e aterro iiii) e a modelação das zonas envolventes, designadamente nos nós e nas
intersecções, e em outras zonas confinantes com a estrada e definidas no projecto.

Para todos os efeitos decorrentes deste documento, os materiais provenientes das escavações serão divididos
em dois grupos distintos que se distinguem pelo tipo de desmonte que exigem: mecânico (lâmina, balde ou
ripper) ou com recurso a explosivos.

Para efeitos de medição, e como se refere em 16.01.2.1, admite-se ainda a existência de um material que, pela
granulometria que normalmente apresenta, é correntemente designado por solo-enrocamento e de ocorrência
muito frequente no País, e que exige na sua preparação, para posterior colocação em aterro, a utilização

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combinada das duas técnicas de desmonte, ou em alternativa ao recurso aos explosivos a utilização de meios
de taqueamento, que se pode considerar uma técnica de dificuldade equivalente.

Critério de medição:
A quantificação dos volumes de escavação na linha e a colocar em aterro ou vazadouro é feita ao m3, e o
respectivo volume é determinado a partir dos perfis transversais do projecto tendo em conta o referido em
16.01.2.1 e 16.01.2.2.

16.01.2.1 - Escavação com meios mecânicos (lâmina, balde ou ripper) - (m3)

Descrição:
Este trabalho refere-se à execução das escavações dos materiais na linha ou em valas de grande secção, que
apenas exigem meios mecânicos de desmonte.

Para este efeito, entende-se como desmonte com meios mecânicos o que é possível de efectuar com recurso a
lâmina ou ripper instalados em tractores de rastos com potências de 355 CV ou 260 kW, o que equivale a uma
máquina do tipo Cat D8L. Eventualmente em valas de dimensão que não permitam a utilização destes tractores
poderão ser utilizadas como equipamentos aferidores, máquinas giratórias com potências de 150 CV ou 108 kW
equipadas com baldes com capacidade mínima de 2 m3, o que equivale a uma máquina do tipo Cat 225C.

A utilização de máquinas de potência inferior ou superior às especificadas não poderá servir de aferição, o que
equivalerá, nestas situações, a considerar sempre o material como desmontado com meios mecânicos.

Critério de medição:

Para efeitos de medição, considerar-se-ão como desmontados com meios mecânicos todos os materiais que
não exijam o recurso à utilização de explosivos.

A quantificação dos respectivos volumes será efectuada de acordo com o procedimento referido em 16.01.2.2.

16.01.2.2 - Escavação com recurso a explosivos - (m3)

Descrição:

Este trabalho refere-se à execução das escavações dos materiais na linha ou em valas de grande secção, que
exigem o recurso a explosivos no seu desmonte.
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Critério de medição:
A quantificação dos volumes escavados e desmontados com recurso a explosivos será efectuada de acordo
com a seguinte metodologia, sob pena de todos os materiais serem considerados como tendo sido desmontados
com meios mecânicos:

1- O Adjudicatário promoverá o desmonte de todos os materiais que não exijam o recurso a explosivos,
utilizando para o efeito o equipamento que considerar mais conveniente;

2- Posteriormente solicitará à Fiscalização a confirmação da superfície de transição, obtida e definida com


recurso aos equipamentos padrão definidos em 16.01.2.1, após o que procederá ao levantamento
planimétrico e altimétrico do maciço rochoso posto em evidência, deixando pontos de referência no terreno
que permitam, posteriormente, a sua fácil confirmação;

3- Com base naquele levantamento serão levantados perfis transversais que não poderão pôr em causa os
pressupostos geométricos do projecto, (designadamente inclinações de taludes, larguras de plataforma e
banquetas, etc) com afastamentos convenientes para a correcta avaliação dos volumes em causa (em
princípio não inferior a 5 m) e, necessariamente, dependentes da dimensão do maciço a avaliar. Os perfis
poderão ser obtidos a clássico no terreno ou graficamente a partir do levantamento atrás referido, conforme
previamente acordado com a Fiscalização e sempre função do rigor reconhecido ao trabalho anterior. Os
volumes envolvidos de material desmontado com recurso a explosivos, e por exclusão de partes, o material
desmontado mecânicamente, serão assim determinados, como nos restantes casos de medições de
terraplenagem, geometricamente e a partir dos perfis transversais do projecto, onde as superfícies de
transição referidas no ponto 2 foram desenhadas;

4- Sem a apresentação e aprovação pela Fiscalização dos levantamentos acima referidos não poderão ser
considerados quaisquer volumes desmontados com explosivos, e portanto, todos os materiais escavados
serão considerados como tendo sido desmontados mecânicamente;

5- Sempre que do processo de desmonte e remoção com meios mecânicos resultem, numa parte muito
significativa dos volumes escavados, blocos que exijam antes da sua reutilização em aterro, um trabalho
complementar de demolição por taqueamento ou por recurso a martelos pesados, de modo a torná-los
compatíveis com os métodos construtivos mais adequados e com as espessuras das camadas a executar,
considerar-se-á que 30% deste material foi escavado com recurso a explosivos, (delimitado previamente
com o acordo da Fiscalização e recorrendo à implantação de marcas no terreno que permitam a sua fácil
aferição) e que os restantes 70% foram escavados mecanicamente.

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Para efeitos do referido anteriormente, considerar-se-á que se torna necessário o trabalho complementar
de demolição, sempre que os blocos resultantes do processo de desmonte tenham dimensões da ordem
dos 0,60 a 0,80 m em pelo menos duas das suas dimensões, ou quando os referidos blocos apresentem
uma forma fortemente lamelar que dificulte a sua colocação e arrumação durante o espalhamento.

Estes materiais costumam produzir, depois do desmonte, granulometrias muito extensas e descontínuas -
correntemente designadas por solo-enrocamento - que exigem, normalmente, e simultaneamente com os
meios mecânicos, a utilização de outro tipo de equipamentos e eventualmente de explosivos, durante os
processos de desmonte. A sua utilização na construção de aterros obriga a um trabalho complementar de
preparação por demolição de blocos. Pretende-se assim ter em conta o trabalho suplementar de
taqueamento que, em alguns materiais, tem um peso considerável na fase posterior ao desmonte, e que é
indispensável à sua preparação para posterior reutilização.

Neste grupo procura-se incluir materiais que ocorrem com muita frequência no País, designadamente, entre
outras, nas zonas graníticas com níveis de meteorização significativos, nas zonas calcárias com
intercalações importantes de margas ou terra rossa e nas zonas de transição xisto-grauváquicas.

Este conceito aplica-se apenas aos materiais escavados que serão reutilizados na construção de aterros,
pelo que a respectiva medição deverá ser alvo de uma análise final global, que se subordinará aos princípios
definidos no ponto 7, de modo a evitar que este "trabalho adicional" incida sobre materiais que
eventualmente possam vir a ser conduzidos a vazadouro e que portanto dispensam estes trabalhos
complementares.

6- Os volumes dos materiais desmontados mecanicamente serão assim determinados a partir da diferença
entre os volumes totais envolvidos (volumes do projecto) e os volumes obtidos anteriormente e relativos ao
desmonte com recurso a explosivos;

7- Para efeito da quantificação final dos volumes globais desmontados com explosivos, não serão
consideradas variações em relação aos valores previstos no projecto, inferiores ou iguais a 30%. Os
volumes restantes ficam medidos no desmonte mecânico.

Este princípio é expresso pelo seguinte algoritmo:

 Vp − Vo  Vp − Vo
Vm = Vp +  − 0,30  Vp........................Vo  Vp...... e......  0,30
 Vp  Vp
 Vp − Vo  Vp − Vo
Vm = Vp −  − 0,30  Vp........................Vo  Vp...... e......  0,30
 Vp  Vp

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Vm - Volume de medição final de desmonte com explosivos.
Vp - Volume de desmonte com explosivos, previsto no projecto.
Vo - Volume de desmonte com explosivos obtido em obra.

Sempre que sejam nulos ou muito reduzidos os volumes previstos no projecto para desmonte com recurso
a explosivos - assim considerados quando forem iguais ou inferiores a 5% do volume total das escavações
previsto em projecto -, para efeito de quantificação final dos volumes globais desmontados com
explosivos, são consideradas duas situações:

- Quando se verificar que os volumes desmontados com explosivos são iguais ou inferiores a 5% do
volume total da escavação prevista - material que entra na contabilização dos volumes a colocar em
aterro ou depósito, deduzidos os volumes de decapagem (16.01.1.5) ou outros de materiais impróprios
(16.01.2.5) - serão considerados para efeitos de medição os volumes do projecto, não se considerando
assim qualquer correcção da medição.
- Quando se verificar que os volumes desmontados com explosivos são superiores a 5% e inferiores a
15% do volume total da escavação considerado no projecto, para efeitos de medição será considerado,
para além do eventualmente previsto, o excesso a 5% daquele volume total, pago ao preço contratual,
se existente e desde que não superior a 3,5 x o preço contratual para o desmonte com meios mecânicos.
O limite de 3,5 x o preço do desmonte com meios mecânicos, será considerado para o caso da não
existência de preço contratual para o desmonte com explosivos, ou para o caso de existir um preço
superior no contrato.

Estas avaliações devem ser ajustadas aos volumes correspondentes às rúbricas 16.01.1.5 e 16.01.2.5
efectivamente verificados em obra.

A adopção dos limites agora fixados destina-se a ter em consideração, por um lado os erros decorrentes da
menor experiência dos operadores e/ou do estado de afinação dos equipamentos, e por outro os eventuais erros
de projecto.

Se em obra se efectuarem alterações ao projecto, os volumes de referência mantêm-se os do projecto inicial,


que serviram de base ao contrato.

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16.01.2.3 - Carga, transporte e colocação em aterro dos materiais provenientes da escavação:

Descrição:
Neste trabalho, incluem-se todas as operações para colocação em aterro dos materiais provenientes das
escavações, independentemente do tipo de desmonte que tenham exigido, designadamente a carga, o
transporte, o espalhamento e a compactação, recorrendo aos equipamentos mais adequados face às
características dos materiais escavados. Para além destas operações serão ainda considerados todos os
eventuais trabalhos de "preparação dos materiais" antes da sua colocação em aterro, tais como mistura ou
separação dos solos, eliminação de blocos, secagem ao ar ou humidificação de solos, etc. (o eventual
taqueamento é considerado incluído em 16.01.2.1 e 16.01.2.2).

Nesta rúbrica incluem-se ainda todos os procedimentos necessários a uma adequada gestão dos materiais
disponíveis, - em princípio definida no estudo de terraplenagem - e identificados nos estudos geológico-
geotécnicos, de modo a garantir a sua adequada reutilização na construção dos aterros de acordo com as
melhores técnicas.

Inclui-se ainda neste trabalho a execução dos endentamentos necessários para permitir uma boa ligação das
várias camadas do aterro ao terreno natural, que não estejam explicitamente definidos nos perfis transversais e
portanto quantificados nos volumes desmontados.

Esta rúbrica inclui ainda todos os ensaios previstos no C.E., para caracterização dos materiais a reutilizar nos
aterros e para avaliação e controlo das condições de colocação em obra. Sempre que o C.E. ou as
características granulométricas dos materiais o exijam, inclui ainda a execução de aterros experimentais, com o
objectivo múltiplo de definir as condições de colocação em aterro, designadamente, espessura de camadas,
quantidade de água, tipo, velocidade e número de passagens de cilindro.

16.03.2.3.1 - Incluindo espalhamento e compactação - (m3)

16.03.2.3.2 - Incluindo tratamento “in situ” com cal e/ou cimento em camadas com espessura entre 0,20 e 0,35
m, icluisivé - (m3)

Critério de Medição:
A quantificação do volume de materiais a colocar em aterro resulta da medição dos volumes dos aterros
previstos no projecto e é feita geometricamente a partir das áreas dos perfis transversais correspondentes. No
caso de aterros sobre fundações deformáveis, (previstos ou não no projecto) em que se verifique que os
assentamentos medidos (topograficamente) excedem os valores inicialmente previstos, a medição anterior será
acrescida dos volumes necessários à garantia da rasante de projecto. Estes volumes serão determinados a
partir dos perfis transversais e dos assentamentos médios determinados para cada perfil.
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16.01.2.4 - Carga, transporte e colocação em vazadouro dos materiais provenientes da escavação, incluindo
espalhamento e eventual indemnização por depósito - (m3)

Descrição:
Este trabalho é um tudo similar ao anterior. As diferenças resultam do facto dos materiais provenientes da
escavação se destinarem a vazadouro, o que poderá permitir menores cuidados e operações de colocação
executadas com técnicas menos onerosas, desde que sejam garantidas as necessárias condições de
estabilidade.

A colocação em vazadouro em local previamente aprovado pela Fiscalização, especialmente se for visível da
estrada, deve obedecer às boas normas de execução, de modo a não implicar um impacte ambiental negativo,
designadamente no que se refere a alterações dos sistemas de drenagem naturais.
Critério de Medição:

A quantificação do volume dos materiais provenientes das escavações a colocar em vazadouro resulta da
diferença entre a medição dos volumes globais de todos os materiais provenientes das escavações (soma das
quantidades 16.01.2.1 e 16.01.2.2), e a medição dos volumes daqueles materiais a colocar em aterro
(determinado como referido em 16.01.2.3), e não do volume do vazadouro construído. A avaliação daqueles é
feita geometricamente a partir das áreas dos perfis transversais.

16.01.2.5 - Escavação de solos a rejeitar por falta de características para aplicação em aterros, incluindo carga,
transporte, espalhamento em vazadouro e eventual indemnização por depósito - (m3)

Descrição:
Este trabalho consiste na escavação e remoção de solos de má qualidade provenientes das escavações que,
pelas suas características geotécnicas ou pelo estado hídrico "in situ", não podem ser reutilizados na construção
dos aterros.

Inclui, para além da escavação em terreno de qualquer natureza, a carga e o transporte dos solos a rejeitar, e o
posterior espalhamento em vazadouro em conformidade com o estipulado em 16.01.2.4.

Inclui ainda os ensaios de caracterização dos solos a rejeitar os quais deverão ser sempre realizados para
confirmação dos pressupostos de projecto.

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Critério de Medição:
A quantificação dos volumes é feita geometricamente a partir dos perfis transversais e das cotas definidas nos
estudos geológico-geotécnico e/ou da terraplenagem, que delimitam os materiais não reutilizáveis.

16.01.2.6 - Regularização de taludes de escavação:

Descrição:
Neste trabalho incluem-se todas as operações conducentes à eficaz regularização dos taludes de escavação,
incluindo banquetas, com a geometria definida no projecto. Estas operações variam consoante os materiais
ocorrentes na escavação.
Neste trabalho inclui-se ainda o arredondamento das cristas, na concordância dos taludes com o terreno natural
ou com as banquetas.

Critério de Medição:
A área de taludes a regularizar resulta do comprimento dos taludes definidos nos perfis transversais do projecto.

A quantificação deste trabalho resulta pois de uma avaliação geométrica, independentemente das
características dos terrenos atravessados.

16.01.2.6.1 - Em zonas onde a escavação foi feita mecanicamente - (m2)

Descrição:
No caso de solos ou de outros materiais em que os desmonte foi efectuado com meios mecânicos como definido
em 16.01.2.1, a regularização dos taludes fica practicamente concluída com a escavação.

Critério de Medição:
A área de taludes a regularizar resulta do comprimento dos taludes definidos nos perfis transversais do projecto
correspondentes às zonas em que a escavação foi executada com meios mecânicos, como definido em
16.01.2.1.

16.01.2.6.2 - Em zonas onde a escavação foi feita com recurso a explosivos - (m2)

Descrição:
Sempre que o desmonte dos materiais escavados tenha que recorrer à utilização de explosivos de forma
generalizada, a simplificação do método de desmonte e da regularização dos taludes, exige a execução de um

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pré-corte, ou técnica equivalente, segundo os planos do talude. Este deverá ser executado de uma vez, em toda
a altura do talude ou entre banquetas. O trabalho de pré-corte considera-se incluído nesta rúbrica.

No caso de materiais mistos, (solos-enrocamento definidos no ponto 5 do critério de medição de 16.01.2.2)


haverá que proceder à escavação até cerca de 2 a 3 m da frente do talude, devendo a regularização ser
concretizada posteriormente. Para tal deverão utilizar-se equipamentos de desmonte frontal (escavadoras), que
não deverão remover os blocos que intersectem o plano do talude. Estes blocos deverão ser cortados por
taqueamento com explosivos ou com martelos hidraúlicos, de modo a evitar a criação de superficies côncavas.
Não é pois aconselhável utilizar nesta operação equipamentos de grande potência.

Tanto no caso dos materiais mistos, como na escavação efectuada em rocha com recurso a explosivos, há que
complementar estas operações com limpeza dos elementos (blocos) soltos.

Critério de Medição:
A área de taludes a regularizar resulta do comprimento dos taludes definidos nos perfis transversais do projecto
correspondentes às zonas em que a escavação foi executada com recurso a explosivos, como definido em
16.01.2.2., são portanto aplicáveis os conceitos ali referidos no ponto 7.

16.01.2.7 - Regularização de taludes de aterro - (m2)

Descrição:
Inclui todas as tarefas necessárias à regularização dos taludes de aterro. Como no caso precedente, inclui as
acções necessárias para garantir um adequado acabamento e limpeza dos materiais soltos, especialmente
quando se trate de aterros que incluam blocos rochosos.

Neste trabalho inclui-se ainda a reposição da geometria dos aterros sempre que tenham sido executados com
larguras superiores às previstas nos desenhos de construção, o que é corrente verificar-se na construção de
aterros altos. Estas sobrelarguras potenciam escorregamentos, uma vez que se trata de áreas eventualmente
com deficiências de compactação. Nalguns casos implicam inclusivé sobrecargas que agravam as condições
de estabilidade, razão pela qual é sempre aconselhável e desejável a remoção destes materiais.

Este trabalho inclui ainda a execução do arredondamento entre o limite da berma e o talude de aterro.

Critério de Medição:
A área de taludes a regularizar resulta do comprimento dos taludes de aterro previstos no projecto e definidos
nos perfis transversais.

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16.01.2.8 - Regularização e modelação das áreas interiores aos ramos dos nós - (m2)

Descrição:
Esta rúbrica compreende os trabalhos de terraplenagem a realizar para que a área de terreno interior aos ramos
dos nós tenha a geometria definida no projecto.

Critério de Medição:
Este trabalho mede-se ao m2 e a respectiva área corresponde à area delimitada pelas plataformas da plena via
e dos ramos dos nós, determinada em planta a partir dos desenhos do projecto.

16.01.2.9 - Regularização e modelação de outras áreas confinantes com a estrada, conforme definido no
projecto - (m2)

Descrição:
Esta rúbrica compreende os trabalhos de terraplenagem a realizar em áreas confinantes com a estrada e
definidas no projecto, onde se torna necessário promover, por razões paisagísticas ou de outra natureza, uma
modelação diferente da que resulta dos perfis transversais.

Critério de Medição:
Este trabalho mede-se ao m2 e a respectiva área corresponde à área em planta das zonas definidas no projecto.

16.01.3 - ESCAVAÇÃO EM EMPRÉSTIMO:

Nota Prévia:
Pelas razões já anteriormente referidas, na nota prévia do item 16.01.2, a medição da terraplenagem realizada
em empréstimo resulta, da diferença aritmética entre os volumes escavados e os volumes necessários para a
construção dos aterros, em consequência daqueles serem inferiores a estes, tendo ainda em conta os restantes
pressupostos do projecto, designadamente, condições geotécnicas que impossibilitem a utilização de alguns
materiais, volumes exigidos pela construção das camadas de leito do pavimento, etc.

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16.01.3.1 - Escavação em empréstimo em terreno de qualquer natureza e colocação em aterro e indemnização
por matagem e arranjo para enquadramento paisagístico da zona de empréstimo:

16.01.3.1.1 - Carga, transporte, espalhamento e compactação - (m3)

16.01.3.1.2 - Carga, transporte, espalhamento e compactação, incluindo tratamento “in situ” com cal e/ou
cimento em camadas com espessura entre 0,20 e 0,35 m, icluisivé- (m3)

Descrição:
Neste grupo incluem-se todas as escavações, em terreno de qualquer natureza, executadas fora da zona que
será ocupada pela obra para obtenção de materiais para a construção de aterros, ou seja, em empréstimos,
identificados ou não no projecto. Por isso poderão corresponder-lhe distâncias de transporte bastante superiores
às correntemente praticadas quando se trata de escavações na linha. Inclui ainda o arranjo paisagístico da área
explorada, e todos os trabalhos preparatórios necessários à exploração dos empréstimos e à desmatação e à
decapagem da zona.

Inclui, para além da escavação efectuada no empréstimo, a carga, o transporte e a compactação para colocação
em aterro. Inclui também a indemnização por matagem resultante da utilização do empréstimo e o tratamento
de modelação ou outro considerado necessário pela Fiscalização.

Inclui ainda todos os ensaios previstos no C.E. para caracterização dos materiais a utilizar nos aterros e para
avaliação e controlo da qualidade das condições de colocação em obra.

Critério de Medição:
A determinação do volume dos materiais a obter em empréstimos resulta da diferença entre o volume dos aterros
a construir, determinado geometricamente a partir das áreas de aterro dos perfis transversais do projecto (rubrica
16.01.2.3), e a escavação a executar na linha (rúbricas 16.01.2.1 e 16.01.2.2), e não do volume de escavação
medido no empréstimo.

Este volume é pois determinado geometricamente a partir dos dados do projecto e não a partir de qualquer
levantamento da zona de empréstimo.

16.01.3.2 - Tratamento paisagístico de zonas de empréstimo, de acordo com projecto específico, em casos
excepcionais - (m2)

Descrição:

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Na presente rúbrica é considerado o tratamento paisagístico específico de zonas de empréstimo previamente
definidas no projecto. Trata-se de locais particularmente sensíveis em termos de enquadramento paisagístico,
onde se torna necessário proceder à realização de empréstimos, sendo o estudo da sua localização, do processo
de realização do empréstimo e do tratamento paisagísto final, definidos desde logo em projecto.

Critério de Medição:
A medição do volume de empréstimo é feita na rúbrica anterior de acordo com os critérios aí definidos,
considerando-se na presente rúbrica apenas a medição em planta da área a tratar paisagisticamente, de acordo
com o estudo específico constante do projecto.

16.01.4 - LEITO DO PAVIMENTO, INCLUINDO TRATAMENTO OU FORNECIMENTO, E


COLOCAÇÃO DOS MATERIAIS: (ESPESSURAS DAS CAMADAS, APÓS COMPACTAÇÃO)

Entende-se por leito do pavimento a(s) última(s) camada(s) da terraplenagem que se destina(m) essencialmente
a conferir e uniformizar as condições de suporte do pavimento e que faz parte integrante da sua fundação.

Por razões construtivas, o leito do pavimento pode ser constituído por uma ou várias camadas, ou ainda resultar,
no caso das escavações, em trabalhos ao nível da plataforma onde assenta o pavimento.

Nos sub-capítulos deste item, 16.01.4, descriminam-se, para todas as situações e materiais, as espessuras
admitidas para as camadas e/ou para os procedimentos previstos.

Sempre que a espessura total prevista para o leito do pavimento seja superior aos valores definidos em 16.01.4,
aquela deve ser obtida a partir da construção de várias camadas que não ultrapassem os valores unitários aqui
previstos.

Nestes casos, a área total a incluir na respectiva medição, resultará do somatório da área de cada uma das
camadas que efectivamente serão construídas.

Exemplo 1:
Leito do pavimento com 0,50 m de espessura, em solos, a colocar sobre 1 000 m2.
Valores a considerar nos itens das rúbricas, para este exemplo.

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16.01.4.1.1.2 - Com 0,20 m de espessura - (m2)
1 000 m2

16.01.4.1.1.3 - Com 0,30 m de espessura - (m2) 1 000 m2

Exemplo 2:
Leito do pavimento com 0,40 m de espessura, em solos, a colocar sobre 1 000 m2, na parte superior do
aterro.

Valores a considerar nos itens das rúbricas, para este exemplo.

16.01.4.1.1.2 - Com 0,20 m de espessura - (m2)


2 000 m2

Estes trabalhos incluem ainda, para além do fornecimento e/ou da colocação dos materiais especificados todos
os ensaios previstos no C.E., para a sua caracterização, os eventuais estudos laboratoriais de formulação de
misturas a utilizar, e trechos experimentais que se mostrem necessários para a definição e para a avaliação,
das condições de colocação em obra e da metodologia de controlo de qualidade a utilizar durante a construção.

Pela especificidade dos trabalhos a executar e do tipo de materiais a utilizar, - conforme a camada de leito do
pavimento seja executada sobre aterros de solos, pedraplenos ou perfis mistos em solos ou rocha - as rúbricas
consideradas fazem a distinção das diversas situações.

16.01.4.1 - Em aterros de solos:

Descrição:
Este trabalho refere-se à execução de camada(s) de leito do pavimento nos aterros construídos com solos.
Neste caso a(s) camada(s) poderá(ão) ser construída(s) com solos “seleccionados”, solos tratados “in situ” com
ligantes hidráulicos ou pozolânicos, ou materiais granulares, nas espessuras mínimas que se indicam:

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16.01.4.1.1 - Em solos “seleccionados”:

16.01.4.1.1.1 - Com 0,15 m de espessura - (m2)

16.01.4.1.1.2 - Com 0,20 m de espessura - (m2)

16.01.4.1.1.3 - Com 0,30 m de espessura - (m2)

16.01.4.1.2 - Tratamento "in situ" com ligantes hidráulicos e/ou pozolânicos:

16.01.4.1.2.1 - Na espessura de 0,20 m - (m2)

16.01.4.1.2.2 - Na espessura de 0,25 m - (m2)

16.01.4.1.2.3 - Na espessura de 0,30 m - (m2)

16.01.4.1.3 - Em material granular:

16.01.4.1.3.1 - Não britado (seixo) com 0,15 m de espessura - (m2)

16.01.4.1.3.2 - Não britado (seixo) com 0,20 m de espessura - (m2)

16.01.4.1.3.3 - Britado com 0,15 m de espessura - (m2)

16.01.4.1.3.4 - Britado com 0,20 m de espessura - (m2)

Critério de Medição:

A medição é feita ao m2 e a respectiva área é determinada a partir das larguras definidas no(s) perfil(is)
transversal(ais) tipo(s) e das extensões previstas no projecto, considerando-se a espessura indicada como o
valor mínimo a garantir na camada.

16.01.4.2 - Em pedraplenos ou em aterros com materiais do tipo solo-enrocamento:

Descrição:
Este trabalho refere-se à execução da camada de leito do pavimento sobre pedraplenos ou em aterros
construídos com materiais do tipo solo-enrocamento. Neste caso o leito do pavimento deverá ser construído
com materiais granulares de acordo com o indicado nas rúbricas:

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16.01.4.2.1 - Em material granular:

16.01.4.2.1.1 - Não britado (seixo) com 0,15 m de espessura - (m2)

16.01.4.2.1.2 - Não britado (seixo) com 0,20 m de espessura - (m2)

16.01.4.2.1.3 - Britado com 0,15 m de espessura - (m2)

16.01.4.2.1.4 - Britado com 0,20 m de espessura - (m2)

Critério de Medição:
A medição é feita ao m2 e a respectiva área é determinada a partir das larguras definidas no(s) perfil(is)
transversal(ais) tipo(s) e das extensões previstas no projecto, considerando-se a espessura indicada como o
valor mínimo a garantir na camada. Nos preços propostos, para além dos aspectos já anteriormente referidos,
deve ter-se em linha de conta os sobrecustos resultantes da irregularidade da terraplenagem, ambos
consequência de dificuldades inerentes à sua execução.

16.01.4.3 - Em escavações ou perfis mistos em solo:

Descrição:
Este trabalho refere-se à execução do leito do pavimento nas zonas de escavação ou perfil misto em solo
(materiais desmontados mecanicamente à cota da camada). Neste caso a camada poderá ser construída:

- com os solos existentes no local, através da sua escarificação, homogeneização e compactação na


espessura determinada. Se, após conclusão da escavação, se verificar que àquela cota as condições “in situ”
não satisfazem as exigências de compactação e teor em água dever-se-á proceder à escarificação da
plataforma até uma profundidade de 0,30 m, procedendo-se depois à sua humidificação ou arejamento se
necessário, e compactação, de modo a obter 95% em relação ao Proctor Modificado. Outros procedimentos
para redução do teor em água deverão ser previamente aprovados pela Fiscalização. Esta plataforma deverá
também ser regularizada de forma a obter-se uma inclinação transversal de 2,5%;

- através da substituição dos materiais ocorrentes - por sobreescavação na espessura desejada quando
interesse a toda a escavação ou por saneamento quando se tratem de zonas delimitadas. Neste caso,
quando se tenham executado saneamentos, o preenchimento das zonas saneadas apenas poderá ser
efectuado com solos “seleccionados” ou com materiais granulares considerados nas rúbricas 16.01.4.3.3 e
16.01.4.3.5, devendo ter-se em particular atenção as condições de drenagem desses volumes caso se admita
a possibilidade de afluência de águas;

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- com solos “seleccionados” ou material granular - corresponde à execução de leitos do pavimento com
estes materiais ou, como referido anteriormente, ao preenchimento de volumes saneados;

- por tratamento com ligantes hidráulicos e/ou pozolânicos dos solos existentes no local.
Nas rúbricas a seguir indicadas são previstas as diversas situações e espessuras mínimas a considerar:

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16.01.4.3.1 - Escarificação, homogeneização e compactação, na espessura de 0,30 m - (m2)

16.01.4.3.2 - Saneamento, incluindo carga, transporte e espalhamento em vazadouro, e eventual indemnização


por depósito:

16.01.4.3.2.1 - Na espessura de 0,40 m - (m2)

16.01.4.3.2.2 - Na espessura de 0,60 m - (m2)

16.01.4.3.3 - Em solos “seleccionados”:

16.01.4.3.3.1 - Com 0,15 m de espessura - (m2)

16.01.4.3.3.2 - Com 0,20 m de espessura - (m2)

16.01.4.3.3.3 - Com 0,30 m de espessura - (m2)

16.01.4.3.4 - Tratamento "in situ" com ligantes hidráulicos e/ou pozolânicos:

16.01.4.3.4.1 - Na espessura de 0,20 m - (m2)

16.01.4.3.4.2 - Na espessura de 0,25 m - (m2)

16.01.4.3.4.3 - Na espessura de 0,30 m - (m2)

16.01.4.3.5 - Em material granular:

16.01.4.3.5.1 - Não britado (seixo) com 0,15 m de espessura - m2

16.01.4.3.5.2 - Não britado (seixo) com 0,20 m de espessura - m2

16.01.4.3.5.3 - Britado com 0,15 m de espessura - m2

16.01.4.3.5.4 - Britado com 0,20 m de espessura - m2

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Critério de Medição:
A medição é feita ao m2 e a respectiva área é determinada a partir das larguras definidas no(s) perfil(is)
transversal(ais) tipo(s) e das extensões previstas no projecto, considerando-se a espessura indicada como o
valor mínimo a garantir na camada. Nos preços propostos, para além dos aspectos já anteriormente referidos,
deve ter-se em linha de conta os sobrecustos resultantes de eventuais sobreescavações ou da irregularidade
da terraplenagem, ambos consequência de dificuldades inerentes à sua execução.

16.01.4.4 - Em escavações ou perfis mistos em rocha:

Descrição:
Este trabalho refere-se à execução da camada de leito do pavimento em escavações ou perfis mistos em zonas
predominantemente rochosas (materiais desmontados com recurso a explosivos à cota da camada). Neste caso
a camada de leito do pavimento deverá ser construída com material granular com características de sub-
base. A sua execução poderá exigir a limpeza e/ou saneamento de materiais impróprios ocorrentes à cota
inferior da camada.

Critério de Medição:
A medição é feita ao m2 e a respectiva área é determinada a partir das larguras definidas no(s) perfil(is)
transversal(ais) tipo(s) e das extensões previstas no projecto. Nos preços propostos deve ter-se em linha de
conta, para além dos aspectos já anteriormente referidos, os sobrecustos resultantes de eventuais
sobreescavações ou da irregularidade da terraplenagem, consequência de dificuldades inerentes à sua
execução.

Nas rúbricas a seguir indicadas são previstas as diversas situações e espessuras mínimas a considerar:

16.01.4.4.1 - Limpeza e/ou saneamento para posterior regularização da plataforma com material pétreo:

Descrição:
Este trabalho refere-se à limpeza dos materiais inadequados ocorrentes na plataforma onde assentará a primeira
camada do pavimento, designadamente blocos soltos, bolsadas de materiais argilosos ou com excesso de
materia orgânica. Inclui ainda o saneamento desses materiais quando as áreas interessadas forem significativas.

Estes trabalhos serão executados sempre, e previamente, à execução da regularização da plataforma prevista
em 16.01.4.4.2.

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16.01.4.4.1.1 - Na espessura média de 0,15 m - (m2)

16.01.4.4.1.2 - Na espessura média de 0,25 m - (m2)

16.01.4.4.2 - Regularização da plataforma com material pétreo:

Descrição:
Este trabalho refere-se à execução da regularização da plataforma onde assentará a primeira camada do
pavimento, posteriormente à execução do trabalho anterior, de modo a conferir-lhe uma inclinação transversal
de 2,5%.

16.01.4.4.2.1 - Na espessura média de 0,15 m - (m2)

16.01.4.4.2.2 - Na espessura média de 0,25 m - (m2)

16.01.4.5 - Geossintéticos em leitos do pavimento, incluindo fornecimento e colocação:

Descrição:
A utilização de geossintéticos em leitos do pavimento, associados a camadas de materiais granulares, visa o
aumento, a curto prazo, da capacidade de carga da fundação. Este objectivo é atingido recorrendo às
características mecânicas destes materiais, evitando, por separação, a contaminação da primeira camada do
pavimento, drenando eventuais águas afluentes, garantindo aos equipamentos níveis suficientes de
traficabilidade e simultaneamente, protegendo a terraplenagem da acção erosiva da chuva ou do tráfego de
obra.

Inclui-se neste trabalho não só o fornecimento e a colocação em obra, do material necessário à cobertura da
área prevista, mas também as ligações das diferentes "mantas", quer se trate de sobreposições ou de outro tipo
de ligação, designadamente, costuras ou grampagens.

Inclui ainda todos os ensaios de caracterização e de controlo das condições de colocação em obra.

Nas rúbricas a seguir indicadas, é prevista a utilização de dois tipos de materiais:

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16.01.4.5.1 - Geotêxteis - (m2)

16.01.4.5.2 - Geogrelhas - (m2)

Critério de Medição:
A medição do material aplicado corresponderá à área da plataforma revestida, sem ter em conta o material
necessário às sobreposições transversais ou longitudinais ou a qualquer outro tipo de ligação. Resulta assim da
largura da plataforma a revestir, determinada geometricamente a partir dos perfis transversais, e da extensão
considerada.

16.01.5 - TRABALHOS EM CONDIÇÕES PARTICULARES:

Inclui-se neste conjunto de rúbricas alguns trabalhos que, embora pudessem ser considerados como trabalhos
preparatórios dadas as condições de execução, apresentam uma especificidade que justifica a sua
individualização. Trata-se de trabalhos cuja execução é indispensável à prossecução e garantia da qualidade
dos trabalhos que lhe são subsequentes.

Neste grupo não se inclui a execução de aterros junto a Obras de Arte, trabalho que embora seja, para todos os
efeitos, um trabalho de terraplenagem com características muito específicas, se incluiu nos capítulos 06. e 07.,
por ser um trabalho sempre associado à execução daquelas estruturas.

16.01.5.1 - Escavação nas bermas e/ou separador para alargamento do pavimento (abertura de caixa), incluindo
transporte dos produtos escavados e sua colocação em vazadouro, e eventual indemnização por
depósito, na espessura definida no projecto - (m2)

Descrição:
Este trabalho corresponde à execução de alargamentos à custa das bermas existentes, logo, a escavações em
material de qualquer natureza existentes nas bermas, em condições particulares de execução, designadamente
de manobrabilidade bastante limitada para os equipamentos, e na maioria dos casos, com a presença de tráfego.
São trabalhos normalmente executados em beneficiações de trechos em serviço, exigindo deste modo
equipamentos adaptados às condições de execução. Quando estes trabalhos apresentam condições de
execução que podem permitir a utilização de equipamentos pesados tradicionais em obras de terraplenagem,
os respectivos trabalhos deverão ser incluídos nas rúbricas 16.01.2.

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Inclui não só a escavação, mas também a carga, executada com o apoio de sinalização que garanta a segurança
da operação, o transporte para vazadouro dos produtos da escavação e/ou a sua colocação em depósito, que
terá de obedecer, não só no que se refere à sua localização, mas também à sua execução, aos princípios já
referidos em 16.01.2.4. Inclui ainda a compactação da nova fundação, os encargos com a sinalização de
trabalhos para garantir a segurança da circulação e todas as indemnizações a pagar pela utilização do
vazadouro.

Critério de Medição:
A quantificação deste trabalho é feita ao m2 e a área respectiva é medida geometricamente nos perfis
transversais, a partir da largura da berma e da extensão onde este trabalho está previsto. A espessura da
escavação é definida no projecto.

16.01.5.2 - Preparação de taludes de aterro para posterior alargamento, de acordo com desenho de pormenor,
incluindo carga, transporte e colocação em vazadouro dos produtos da limpeza, e eventual indemnização
por depósito - (m3)

Descrição:

O alargamento de aterros exige a execução de trabalhos preliminares de modo a garantir uma ligação eficaz ao
aterro antigo. Inclui-se nesta rúbrica a limpeza do talude, não só de vegetação mas também de materiais soltos,
a execução de endentamentos para encastramento das camadas, que deverão ter a forma definida no projecto
e altura nunca inferior a vez e meia a espessura de camada, e a eliminação da junta de ligação, minimizando a
ocorrência de assentamentos diferenciais.

No caso dos materiais a utilizar no alargamento serem materiais de enrocamento, a plataforma da fundação
deverá ter inclinação contrária à inclinação do talude, e ser drenada longitudinal e transversalmente, de modo a
evitar acumulação de águas e lubrificação dos contactos entre o enrocamento e a fundação, e
consequentemente os eventuais assentamentos.

Inclui ainda a carga e transporte a vazadouro dos produtos da limpeza e da escavação, a sua colocação em
depósito, e a eventual indemnização correspondente.

Critério de Medição:
A avaliação deste trabalho é feita ao m3, volume que corresponde ao material escavado para execução dos
endentamentos no talude antigo. É assim obtido a partir das áreas dos endentamentos definidas e medidas
geometricamente nos perfis transversais.

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16.01.5.3 - Limpeza, regularização e reperfilamento de valetas, incluindo carga, transporte e colocação em
vazadouro dos produtos sobrantes, e eventual indemnização por depósito - (m)

Descrição:
A manutenção do sistema de drenagem das águas superficiais exige a limpeza das valetas de plataforma e
outras, a sua regularização e o reperfilamento transversal e longitudinal. Incluem-se todos os trabalhos
necessários para garantir o funcionamento das valetas, designadamente a limpeza, a regularização e o
reperfilamento da secção o do perfil, assim como a colocação em vazadouro dos produtos sobrantes e a
indemnização a pagar pelo depósito.

Critério de Medição:
A quantificação do trabalho a realizar é feita a partir dos elementos do projecto, ou em alternativa por medição
"in situ" da extensão que sofreu beneficiação.

16.01.5.4 - Limpeza, regularização e reperfilamento de bermas existentes, incluindo eventuais enchimentos e


compactação, carga, transporte e colocação em vazadouro dos produtos sobrantes, e eventual
indemnização por depósito - (m2)

Descrição:
Considera-se nesta rúbrica o trabalho referente à limpeza de vegetação e reperfilamento de bermas, de modo
a repor a geometria do perfil transversal. Na generalidade dos casos o reperfilamento exige a execução de
enchimentos. Para a realização destes enchimentos, serão utilizados materiais do mesmo tipo dos existentes
ou os indicados no projecto, devidamente compactados. Esta rúbrica inclui todas as operações necessárias,
nomeadamente, o transporte a vazadouro dos produtos da limpeza e do reperfilamento, a sua colocação em
depósito e eventuais indemnizações, e ainda todas as operações necessárias aos eventuais enchimentos,
designadamente, escavação em empréstimo e correspondente indemnização, carga, transporte, espalhamento
e compactação. Incluiem-se ainda todos os ensaios de caracterização dos materiais a utilizar e de controlo de
qualidade das condições de colocação em obra.

Critério de Medição:
A medição é feita ao m2, e a área determinada é obtida a partir da largura das bermas e da extensão beneficiada,
determinadas a partir dos perfis transversais e/ou de outros elementos do projecto. Quando estes não existam,
será feita a medição "in situ".

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16.01.5.5 - Limpeza e regularização de taludes existentes, incluindo desmatação, carga, transporte e colocação
dos produtos em vazadouro, e eventual indemnização por depósito - (m2)

Descrição:
Considera-se nesta rúbrica o trabalho referente à limpeza de vegetação e à regularização de taludes existentes,
de escavção ou aterro. Inclui-se a desmatação, carga, transporte e colocação dos produtos resultantes da
limpeza em vazadouo, bem como as eventuais indemnizações por depósito.

Critério de Medição:
A medição é feita ao m2, e a área determinada é obtida a partir da largura definida em projecto e da extensão
em que é realizado o trabalho, rectificada “in situ”.

16.01.5.6 - Execução de valas para intersecção de raízes de árvores, incluindo enchimento de acordo com o
definido no projecto - (m)

Descrição:
Inclui-se nesta rúbrica a construção de valas destinadas à intersecção de raízes de árvores, com a secção
definida no projecto, englobando a escavação, transporte, espalhamento em depósito e eventual indemnização
correspondente, e o enchimento com o material definido no projecto e/ou C.E.

Critério de Medição:
A medição é feita por metro linear de vala executada, de acordo com as extensões previstas no projecto.

16.01.5.7 - Corte de árvores em zonas de alargamentos, incluindo desenraizamento, enchimento de acordo com
o definido no projecto, transporte, colocação em vazadouro dos produtos sobrantes e eventual
indemnização por depósito (un)

Descrição:
Na presente rúbrica é considerado o corte de árvores existentes em zonas de alargamento da plataforma,
incluindo todos os trabalhos complementares necessários, nomeadamente os especificados no próprio corpo do
artigo. O corte prévio de ramos e a garantia de condições de segurança para o tráfego existente, considera-se
incluído na realização do trabalho.

Critério de Medição:
A medição é feita por unidade de árvores cortadas, de acordo com o previsto no projecto.

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16.01.6 - TRABALHOS COMPLEMENTARES:

Descrição:
A execução de alguns trabalhos de terraplenagem exige a realização de trabalhos complementares, que embora
de natureza próxima das obras de drenagem ou dos trabalhos preparatórios, devem ser previstos no projecto
de terraplenagem, individualizando-se portanto neste conjunto de rúbricas.

16.01.6.1 - Máscara drenante - (m3)

Descrição:
Nesta rúbrica consideram-se os trabalhos relativos à regularização de taludes e seu revestimento com
enrocamento arrumado à mão, constituindo a máscara drenante.

Incluem-se nesta rúbrica para além das operações necessárias à regularização do talude, à escavação,
transporte, espalhamento em depósito e eventual indemnização dos materiais sobrantes, o fornecimento e a
colocação de todos os materiais necessários, designadamente, geossintéticos, enrocamentos, betões, etc, de
acordo com as técnicas de boa execução e/ou as recomendações dos fornecedores.

Critério de Medição:
A quantificação deste trabalho é feita ao m3 e o respectivo volume é determinado geometricamente a partir dos
desenhos de pormenor e do comprimento do talude a tratar.

16.01.6.2 - Esporão drenante - (m3)

Descrição:
Para todos os efeitos este trabalho corresponde a uma máscara drenante de desenvolvimento essencialmente
linear, sendo-lhe portanto aplicável o referido em 16.01.6.1.

Incluem-se nesta rúbrica para além das operações necessárias à regularização do talude, à escavação,
transporte, espalhamento em depósito e eventual indemnização dos materiais sobrantes, o fornecimento e a
colocação de todos os materiais necessários, designadamente, geossintéticos, material drenante, betões, etc,
de acordo com as técnicas de boa execução e/ou as recomendações dos fornecedores.

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Critério de Medição:
A medição é feita ao m3 e o respectivo volume é determinado geometricamente a partir dos desenhos de
pormenor e da profundidade do esporão executado.

16.01.6.3 - Drenos sub-horizontais em taludes - (m)

Descrição:
Inclui-se nesta rúbrica a realização de drenos sub-horizontais em taludes, englobando a furação com o
comprimento necessário e a eventual colocação de tubo plástico furado envolvido em geotêxtil, de acordo com
o previsto no projecto.

Critério de Medição:
A medição é feita por metro linear de furo executado, de acordo com o previsto no projecto.

16.01.7 - OUTROS TRABALHOS:

Neste capítulo poderão ser incluídos trabalhos específicos previstos no projecto, não constantes da listagem
geral. A sua inclusão deverá ser feita sempre a título excepcional, e será precedida de um pedido de autorização.
Do referido pedido constará a justificação da inclusão de uma nova rúbrica, a sua descrição, o critério de medição
e as especificações técnicas relativas à execução do trabalho, elementos que, depois de aprovados, serão
incluídos no projecto.

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