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Manual do Usuário

DOLT 14416

DOLT 14408

Janeiro, 2021 - 200.0526.03-3 - Rev030


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Conteúdo
Conteúdo ........................................................................................................................................................ 2

1. Conhecendo a OLT Digistar ....................................................................................................................... 4

1.1. Modelos de OLT Digistar....................................................................................................................................6


1.2. Características Físicas ........................................................................................................................................7
1.3. Descrição Painel Frontal ....................................................................................................................................8
1.4. Descrição dos LEDs ............................................................................................................................................9
2. Acesso ao equipamento.......................................................................................................................... 10

3. Modo de programação ........................................................................................................................... 10

4. Configurando um IP para a interface ....................................................................................................... 11

4.1. Configuração de IP em interface out-of-band .................................................................................................11


4.2. Configuração de IP em interface in-band ........................................................................................................12
5. Bridges ................................................................................................................................................... 13

5.1. Criando bridge em interface in-band ..............................................................................................................13


5.2. Comportamento das bridges ...........................................................................................................................14
6. Configurando uma rota........................................................................................................................... 16

7. Configurando os endereços de servidor DNS ........................................................................................... 17

8. Configurando uma porta/interface ......................................................................................................... 18

9. Spanning Tree Protocols (STP, RSTP e MSTP) ........................................................................................... 20

9.1. Configurando STP/RSTP ...................................................................................................................................20


9.2. Configurando MSTP .........................................................................................................................................21
10. Internet Group Management Protocol (IGMP)......................................................................................... 24

11. Multicast Listener Discovery (MLD) ......................................................................................................... 25

12. SFP ......................................................................................................................................................... 26

13. Autenticação .......................................................................................................................................... 26

13.1. Alterando a senha..........................................................................................................................................26


13.2. Timeout da sessão .........................................................................................................................................27
14. Visualizando o estado da OLT e informações do sistema .......................................................................... 27

15. Configurando o tamanho do terminal ..................................................................................................... 28


2
16. Alterando o hostname ............................................................................................................................ 29

17. Adicionando banner ............................................................................................................................... 30

18. Erros, depuração e logs ........................................................................................................................... 31

19. Navegando pelo sistema de arquivos ...................................................................................................... 32

20. Instalando e atualização o firmware/software da OLT ............................................................................. 33

21. Realizando backups das configurações .................................................................................................... 34

22. Restaurando uma configuração a partir de um backup ............................................................................ 35

23. Restaurando para as configurações de fábrica / Apagando todas as configurações do usuário .................. 36

24. Configurando a data e hora .................................................................................................................... 37

25. SNMP (Simple Network Management Protocol) ...................................................................................... 38

26. RMON (Remote Network Monitoring)..................................................................................................... 40

27. Alarmes ................................................................................................................................................. 42

28. GPON ..................................................................................................................................................... 43

28.1. Link GPON ......................................................................................................................................................43


28.1.1. Detecção de rogue ONU .........................................................................................................................43
28.1.2. TCA (Threshold Crossing Alarm) .............................................................................................................44
28.1.3. Estatísticas do Link GPON .......................................................................................................................45
28.2. Ativando uma ONU ........................................................................................................................................46
28.3. Gerenciando uma ONU..................................................................................................................................47
29. Configurando as ONUs (ONTs) ................................................................................................................ 50

29.1. GPON Traffic Profile (GTP) .............................................................................................................................50


29.2. Configuração das ONUs configuráveis através da OLT (GRG-34210/GRG-21000R/GRG-21110/GRG-24200)
................................................................................................................................................................................51
29.2.1. Perfil (profile) ..........................................................................................................................................51
29.2.1.1. Configurando WAN profile ..............................................................................................................52
29.2.1.2. Configurando Voice Profile ..............................................................................................................54
29.2.1.3. Configurando WI-FI..........................................................................................................................55
29.3. Configurando bridge para as ONUs ...............................................................................................................56
29.3.1. Configurando bridges para ONUs GRG-21000R, GRG-21110 e GRG-24200...........................................57
30. Largura de banda.................................................................................................................................... 58

3
31. Link Aggregation .................................................................................................................................... 58

32. Quality of Service (QoS) .......................................................................................................................... 60

33. POL (Passive Optical Lan) ........................................................................................................................ 61

33.1. GPON Básico ..................................................................................................................................................62


33.2. Modo Fiberlan ...............................................................................................................................................63
33.3. Modo Hairpin .................................................................................................................................................64

1. Conhecendo a OLT Digistar


A DOLT é uma família de concentradores de acesso multisserviço para soluções fim a fim de fibras óticas,
utilizando os modos Active Ethernet e GPON.

As redes de acesso à fibra óptica têm sido um sonho há pelo menos 30 anos como uma alternativa ao uso das
redes de cobre. O raciocínio de usar uma infraestrutura ótica passiva (PON) para fornecer serviços de banda larga
ficou claro em meados dos anos 80, quando as soluções PON foram introduzidas pela primeira vez. Como os
preços dos cabos de fibra óptica e dos transceptores ópticos eram exorbitantes, a partilha desses recursos era a
única maneira prática de implantar os serviços ópticos de forma econômica. Hoje, o custo do cabo de fibra óptica
e transceptores ópticos é uma fração do que eram, e grandes avanços foram feitos para reduzir o custo de
instalação, splicing e fibra de terminação. Essas reduções de custo combinadas com o alcance, escalabilidade e
potencial de geração de receita de uma solução óptica ponto-a-ponto comutada fazem da Ethernet baseada em
padrões uma opção muito atraente para o PON.

A premissa básica de todas as arquiteturas PON é compartilhar o alimentador óptico e uma porta na unidade
de distribuição central conhecida como terminal de linha ótica (OLT) entre tantos terminais de assinante, ou
unidades de rede óptica (ONUs) quanto possível. Os divisores ópticos passivos terminam o alimentador óptico e
fornecem ligações ópticas à ONU. Esta porção de uma implantação é referida como a rede de distribuição óptica
(ODN). O PON foi criado para permitir que o custo da implementação seja compartilhado entre todos os
assinantes que o OLT pode suportar.

A topologia inicial utilizada em comunicações óticas foi em anel foi rapidamente abandonada por razões de
reflexão. Então as novas topologias se basearam em árvores. Inicialmente, várias empresas desenvolveram
produtos em torno dos padrões integrados de rede digital de serviços (ISDN), o que se tinha de melhor na época.
Os sistemas entregavam o antigo serviço telefônico antigo (POTS), mas ofereciam poucas vantagens sobre os
POTS alimentados com cobre.

Na década de 1990, as comunicações ópticas estavam começando a amadurecer na rede de longo alcance, as
velocidades estavam aumentando e a indústria estava começando a reduzir a curva de custos no lado da
tecnologia. Ao mesmo tempo, estava se desenvolvendo um mercado de acesso à Internet, e os assinantes
estavam cada vez mais frustrados com os modems funcionando em 9,6 ou até mesmo à velocidade
impressionante de 56 kbps.

Existem várias variações de PON disponíveis hoje, incluindo versões padrão e proprietárias, nenhuma das
quais interoperam completamente entre si ou suportam a migração fácil de uma para a outra sem demandar
investimentos de capital significativos. A primeira e mais amplamente implantada arquitetura PON é ATM PON
4
(APON), também conhecido como banda larga PON (BPON). Criado em meados da década de 1980 e padronizado
em meados da década de 1990 como ITU-T G.983, utiliza ATM como protocolo de transporte e opera a
velocidades de 155 Mbps ou 622 Mbps. Aumentar a velocidade de um terminal de assinante de 155 Mbps para
622 Mbps requer a implantação de um OLT inteiramente novo, divisores passivos e ONUs. Até 32 ONUs
compartilham uma única porta OLT e resulta em largura de banda por assinante de 4,8 Mbps para sistemas de
155 Mbps E 19,4 Mbps para sistemas de 622 Mbps. Não é coincidência de essas taxas serem as mesmas utilizadas
em tecnologias como SDH (Synchronous Digital Hierarchy), pois a idéia era reutilizar os mesmos componentes e
facilitar a interconexão das duas tecnologias.

Reconhecendo as limitações de largura de banda por usuário de APON/BPON, surgiu uma nova arquitetura
PON baseada em Ethernet. Recentemente padronizado como parte do IEEE 802.3ah, Ethernet PON (EPON) foi
criado adicionando extensões ao IEEE 802.3 que permitem a operação ponto-multiponto sobre conexões físicas
ponto-a-ponto. EPON compartilha 1 Gbps de largura de banda na porta OLT com até 32 ONUs resultando em
31.25 Mbps de largura de banda por assinante.

As limitações de largura de banda de APON/BPON e EPON estimularam o desenvolvimento de mais uma


variação de PON chamado Gigabit PON (GPON). O GPON alcançou a padronização em 2003 como ITU-T G.984.1,
G.984.2 e G.984.3. GPON define um protocolo completamente novo projetado para suportar vários serviços em
seus formatos nativos. Assim como o B-PON, o padrão G-PON reconhece diversas taxas, mas na prática apenas
uma taxa ficou como definitiva: 2.488 Gbps downstream, e 1.244 Gbps para upstream, capacidade compartilhas
entre todas as ONUs.

Atualmente as normas do ITU-T para o GPON são G.984.1, G.984.2 e G.984.3, G.984.4, G.984.5, G.984.6 e
G.988. Para chegar na casa dos clientes na tecnologia GPON utilizam divisores óticos chamado de splitters. Para
cada divisão o sinal ótico é dividido pela metade. Desta forma em um splitter 1:4 temos um quarto da potência.
Eu um sistema perfeito para laser de classe B+ que possuem transmissão de 1,5 a 5 dBm podemos usar splitter de
1:64 e distâncias de até 20km. Para aumentar a distância atualmente está sendo utilizado laser de classe C+ que
possuem transmissão de 3 a 7 dBm para poder usar splitter de 1:128 e distâncias de 32 km.

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1.1. Modelos de OLT Digistar

 DOLT 14416  16xGPON OIM, 4xGE e 4x10GE SFP+


o Opções de fonte DC e/ou 2 x AC Redundantes

 DOLT 14408  8xGPON OIM, 4xGE e 4x10GE SFP+


o Opções de fonte DC e/ou 2 x AC Redundante

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1.2. Características Físicas

Uplink:
· Até 4 interfaces SFP - GBIC
· Até 4 interfaces SFP+ 10Gbps
Portas GPON:
· Até 16 interfaces GPON OIM (8 interfaces para o modelo 14408)
· Suporta: OIM Class B+, atenuação de até 28 dB por link
OIM Class C+ ou C++, atenuação de até 32 dB por link

· Interface Serial RS-232 para Console


· Interface Ethernet RJ-45 - 10/100/1000 para gerência

· Fonte DC redundante 48Vdc/ 2A


· Rack 19'' com 1 RU

· Alimentação AC: Até 2 fontes AC Opcionais (HOT SWAP) → 90-240Vac / 50-60Hz


· Consumo Máximo: 120 W
· Temperatura de Operação: 10°C a 45°C
· Umidade do Ar: 20% a 90%
· Instalação: Rack 19'' com 1U
· Gabinete: Metálico
· Dimensões (mm): A: 1U / L: 482 / P: 232
· Peso: 3,2 Kg

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1.3. Descrição Painel Frontal

Descrição do Painel Frontal

Item Descrição dos Conectores

Power 48Vdc/ 2A Alimentação

Fiber 10 GbE 1 a 4 Conector SFP para inserção de interface óptica para interface 10 GbE

Fiber 1 GbE 1 a 4 Conector SFP para inserção de interface óptica para interface 1 GbE

Fiber 1 GbE 5 a 8 Conector SFP para inserção de interface óptica para interface 1 GbE

Fiber GPON 1 a 4 Conector SFP para inserção de interface óptica GPON

Fiber GPON 5 a 8 Conector SFP para inserção de interface óptica GPON

Fiber GPON 9 a 12 Conector SFP para inserção de interface óptica GPON – somente no 14416

Fiber GPON 13 a 16 Conector SFP para inserção de interface óptica GPON – somente no 14416

Serial RS 232 para Console

OOB 10/100/1000 RJ45 10/100/1000 para Gerência

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1.4. Descrição dos LEDs

LED Status Função

DIAG/FLT Ligado Indica que houve algum problema no equipamento e pode não
estar operando corretamente. Recomenda-se reiniciar o
equipamento.

OPER Ligado Indica que o equipamento está operacional.

PWR Ligado Indica que o equipamento está ligado.

1º LED: Ligado Referente à interface abaixo do LED. Indica link ativo.

Fiber 10GbE 2º LED: Ligado Referente à interface acima do LED. Indica link ativo.
▽△▽△
3º LED: Piscando Referente à interface abaixo do LED. Indica atividade no link.

4º LED: Piscando Referente à interface acima do LED. Indica atividade no link.

F1 Verde: Ligada Indica que a fonte F1, a mais a esquerda e mais afastada dos LEDs
está funcionando adequadamente
F1/F2
F2 Verde: Ligada Indica que a fonte F2, a mais a direita e mais próxima dos LEDs está
funcionando adequadamente

1º LED: Ligado Referente à interface abaixo do LED. Indica link ativo.

Fiber 1GbE 2º LED: Ligado Referente à interface acima do LED. Indica link ativo.
▽△▽△
3º LED: Piscando Referente à interface abaixo do LED. Indica atividade no link.

4º LED: Piscando Referente à interface acima do LED. Indica atividade no link.

Fiber GPON 1º LED: Ligado Referente à interface abaixo do LED. Indica link ativo.
▽△▽△
2º LED: Ligado Referente à interface acima do LED. Indica link ativo.

Ligado Referente à interface de gerência (out-of-band). Indica link ativo.


LINK/ACT
Piscando Referente à interface de gerência (out-of-band). Indica atividade no
link.

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2. Acesso ao equipamento
O acesso ao equipamento e sua configuração pode ser feito através das seguintes maneiras:

 Telnet
 SSH

Além de ser possível monitorar a OLT via web e protocolo SNMP.

O aceso deve ser feito pela “OOB” que sai de fábrica configurado com o IP 192.168.10.1

3. Modo de programação
A OLT possui dois níveis de acesso: modo básico e modo de programação. No modo básico é possível visualizar as
configurações, estado atual do sistema e estatísticas. Já no modo de programação, além destas opções, é possível
efetuar toda a configuração do equipamento. Para acessar o modo de programação, basta digitar “enable” na
linha de comando seguida da senha de programação, como é exemplificado abaixo:

digistar>enable
Enter the programming password: ********
You are using default programming password, THIS IS VERY DANGEROUS please
consider change it.

Nota:
digistar#
A senha de programação padrão de fábrica é “digistar”. No modo básico, após e hostname haverá o caractere “>”
(e.g., “digistar>”), enquanto no modo de programação haverá o caractere “#” (e.g., “digistar#”).

10
4. Configurando um IP para a interface
Os modelos DOLT trabalham com dois tipos de interface: in-band e out-of-band. A interface out-of-band também
é conhecida como interface de gerência, logo é recomendado seu uso para configuração e gerenciamento do
equipamento. As interfaces in-band são as interfaces de entrada que formarão bridges com as interfaces GPON.
É possível configurar endereço IP para ambos os tipos de interface.

4.1. Configuração de IP em interface out-of-band


O endereço IP da interface out-of-band padrão de fábrica é 192.168.10.1. Acessando a linha de comando (CLI) do
equipamento, podemos alterar ou adicionar o endereço IP através do comando “interface add out-of-
band” conforme o exemplo:

digistar#interface add out-of-band 192.168.1.2/24

Neste exemplo foi configurado o IP 192.168.1.2 com subrede /24 (255.255.255.0) na interface out-of-band.

Atualmente, só é possível adicionar um IP na interface out-of-band. Caso já exista um IP na interface out-of-band,


ao tentar adicionar outro endereço IP, este novo irá sobre-escrever a configuração antiga.

Para visualizar todas as interfaces criadas, utiliza-se o comando “interface show”. No exemplo abaixo,
verificamos se a interface foi criada corretamente:

digistar>interface show
Address VLAN MAC Type
192.168.1.2/24 40:bf:17:19:09:34 out-of-band

E também é possível testar ao fazer ping para algum dispositivo na rede.

digistar>ping
192.168.1.3
PING 192.168.1.3 (192.168.1.3) 56(84) bytes of data.
64 bytes from 192.168.1.3: icmp_req=1 ttl=255 time=0.192 ms
64 bytes from 192.168.1.3: icmp_req=2 ttl=255 time=0.176 ms
64 bytes from 192.168.1.3: icmp_req=3 ttl=255 time=0.168 ms
64 bytes from 192.168.1.3: icmp_req=4 ttl=255 time=0.180 ms
64 bytes from 192.168.1.3: icmp_req=5 ttl=255 time=0.176 ms

--- 192.168.1.3 ping statistics ---


5 packets transmitted, 5 received, 0% packet loss, time 3999ms
rtt min/avg/max/mdev = 0.168/0.178/0.192/0.014 ms

Neste exemplo, foi feito um ping para o IP 192.168.1.3, que está na mesma rede. Caso queira fazer um ping para
um dispositivo fora da rede, é necessário fazer a configuração de uma rota, que será explicada nos próximos
tópicos.

Para apagar a configuração, utiliza-se o comando “interface del”. Exemplo:


11
digistar#interface del out-of-band 192.168.1.2

4.2. Configuração de IP em interface in-band


Acessando a linha de comando (CLI) do equipamento, a configuração é feita através do comando “interface
add in-band” conforme o exemplo:

digistar#interface add in-band vlan 10 192.168.1.2/24

Neste exemplo foi configurado o 192.168.1.2 com subrede /24 (255.255.255.0) VLAN 10 na interface in-band.

Para verificar se a interface foi criada corretamente:

digistar>interface show
Address VLAN MAC Type
192.168.1.2/24 10 40:bf:17:19:09:33 in-band

Caso queira fazer um ping para um dispositivo na rede, é necessário criar uma bridge entre a interface lógica
recém-criada (in-band) e a interface física (eth) usando a mesma VLAN. E, caso queria fazer um ping para um
dispositivo fora da rede, além da bridge, é necessário adicionar configurar uma rota default.

Para apagar a configuração, utiliza-se o comando “interface del”. Exemplo:

digistar#interface del in-band vlan 10 192.168.1.2

Nota:

Não é necessário haver interfaces adicionadas para o funcionamento da OLT. Como o equipamento se comporta
como um switch (L2), adicionando uma interface apenas permite o seu acesso através de um endereço IP (L3)
para configuração e monitoramento, não afetando a sua funcionalidade.

12
5. Bridges
Bridges (do inglês, pontes) são formas de unir/conectar interfaces. Através delas podemos definir quais interfaces
se comunicam, sendo possível diversas redes isoladas. Estas redes virtuais são chamadas de VLAN. Através de um
identificador de VLAN estas redes são construídas e nomeadas. Na figura abaixo temos um exemplo. As interfaces
eth1, eth2 e gpon1 fazem parte da mesma rede, VLAN 10, podendo se comunicar entre si.

VLAN 10

VLAN 30

VLAN 20

eth1 eth2 eth3 eth4 gpon1 gpon2 gpon3 gpon4

5.1. Criando bridge em interface in-band


Para criar uma bridge, utiliza-se o comando “bridge add”, como exemplificado abaixo:

Digistar#bridge add eth-1 vlan 10 uplink untagged

Neste exemplo, foi criada uma bridge untagged do tipo uplink com VLAN 10 para a interface eth-1. Desta
maneira, todos os pacotes que entrarem na interface serão tagged com VLAN 10 e todos os pacotes que saírem,
serão untagged.

Para visualizar as bridges criadas e verificar se a bridge do exemplo acima foi criada corretamente, utilize o
comando “bridge show”. Exemplo:

digistar>bridge show
VLAN SLAN XLATE-TO Type BRIDGE Physical GTP TD FLAGS State
10 - Ut - Uplink eth-1-10 eth/1 - - - UP

A coluna “GTP” e “TD” são exclusivas para bridges GPON e serão explicadas posteriormente.

Durante a criação de bridge com duas tags VLAN (SLAN e VLAN), é possível configurar para que apenas seja
analisado a primeira tag (SLAN), deixando a segunda tag (VLAN) transparente. Para isto, basta colocar a vlan
como “transparent” como exemplificado abaixo:

digistar#bridge add eth-1 vlan transparent slan 20 uplink stagged

Também está disponível a opção de traduzir/converter uma VLAN. Sempre que um pacote com uma
determinada VLAN, ela será transformada em outra e, quando o pacote sair, voltará para a VLAN original. No
exemplo abaixo todo o pacote que entrar com VLAN 20 será convertido para VLAN 10 e, todo o pacote que sair
com VLAN 10 será convertido novamente para VLAN 20.

13
digistar#bridge add eth-1 vlan 20 uplink tagged xlate-to 10

Durante a criação de bridge com duas tags VLAN (SLAN e VLAN), é possível configurar para que apenas seja
analisado a primeira tag (SLAN), deixando a segunda tag (VLAN) transparente.

No tópico seguinte é exemplificado com uma tabela os comportamentos esperados das bridges.

5.2. Comportamento das bridges


Abaixo é mostrada duas tabelas com exemplificam o funcionamento das bridges. Os itens com um X vermelho ( x)
demonstram que o pacote será descartado. Os itens com “Não permitido” são configurações que não são
possíveis de ser realizadas.

Comportamento das bridges sem a opção “xlate-to”:

SLAN VLAN Modo Pacote na Pacote Pacote na


entrada internamente saída
untagged 100 untagged
100 untagged 100x
200x
untaggedx
100 tagged 100 100 100
200x
100 stagged Não
permitido
untagged 200 100 untagged
100x
200 100 untagged
200x
200 100x
untaggedx
200 100 tagged 100 200 100 100
200x
untaggedx

200 100 stagged 100x


200x
200 100 200 100 200 100
untaggedx
200
0
stagged 100x
(transparent) 200 200 200
200 100 200 100 200 100

14
Comportamento das bridges com opção “xlate-to” para alterar a VLAN:

SLAN VLAN Modo Traduzir Pacote na Pacote Pacote na


Para entrada internamente saída
Não
100 untagged 200
permitido

untaggedx
100 tagged 200 100 200 100
200x
untagged x

200 100 stagged 100x


500 500x
200 100 500 100 200 100

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6. Configurando uma rota
Para acessar dispositivos fora da rede, é necessário adicionar uma rota através do comando “route add”.
Exemplo:

digistar#route add 192.168.30.0/24 192.168.1.1

Ou para adicionar uma rota padrão (default):

digistar#route add default 192.168.10.1

Com o comando “route show” verificamos as rotas instaladas e seu estado.

digistar>route show
C>* 192.168.1.0/24 is directly connected, VLAN 100
C>* 192.168.10.0/24 is directly connected, out-of-band
S>* 192.168.30.0/24 via 192.168.1.1, VLAN 100

Testando através de ping para um IP não pertencente à rede.


digistar>ping 8.8.8.8
PING 8.8.8.8 (8.8.8.8) 56(84) bytes of data.
64 bytes from 8.8.8.8: icmp_req=1 ttl=50 time=19.4 ms
64 bytes from 8.8.8.8: icmp_req=2 ttl=50 time=19.1 ms
64 bytes from 8.8.8.8: icmp_req=3 ttl=50 time=19.1 ms
64 bytes from 8.8.8.8: icmp_req=4 ttl=50 time=19.0 ms
64 bytes from 8.8.8.8: icmp_req=5 ttl=50 time=19.0 ms

--- 8.8.8.8 ping statistics ---


5 packets transmitted, 5 received, 0% packet loss, time 4015ms
rtt min/avg/max/mdev = 19.062/19.167/19.478/0.199 ms

16
7. Configurando os endereços de servidor DNS
Para configurar utilize o comando “new resolver”. Exemplo:

digistar#new resolver
first-nameserver: > {0.0.0.0}: 8.8.8.8
second-nameserver: > {0.0.0.0}: 8.8.4.4
third-nameserver: > {0.0.0.0}:

Para visualizar a configuração atual no sistema:

digistar>list resolver
List of DNS resolvers:
First-nameserver: 8.8.8.8
Second-nameserver: 8.8.4.4

Testando ao fazer ping para um endereço com nome:

digistar#ping gooogle.com
PING gooogle.com (177.135.103.153) 56(84) bytes of data.
64 bytes from 177.135.103.153: icmp_req=1 ttl=59 time=2.85 ms
64 bytes from 177.135.103.153: icmp_req=2 ttl=59 time=2.37 ms
64 bytes from 177.135.103.153: icmp_req=3 ttl=59 time=2.43 ms
64 bytes from 177.135.103.153: icmp_req=4 ttl=59 time=2.36 ms
64 bytes from 177.135.103.153: icmp_req=5 ttl=59 time=2.41 ms

--- gooogle.com ping statistics ---


5 packets transmitted, 5 received, 0% packet loss, time 4018ms
rtt min/avg/max/mdev = 2.363/2.488/2.854/0.192 ms

Para apagar os endereços de servidor DNS:

digistar#delete resolver
List of DNS resolvers:
Delete nameserver 8.8.8.8 > {n}: y
Delete nameserver 8.8.4.4 > {n}: y

17
8. Configurando uma porta/interface
Com o comando “port”, é possível configurar uma porta, ver suas estatísticas e seu estado atual.

Exemplos:

digistar>port status
admin-stats oper-stats speed duplex packet size Flags
eth-1 up up 1000 FULL 9000 AN
eth-2 up up 1000 FULL 9000 AN
eth-3 up down 1000 HALF 9000 AN
eth-4 up down 1000 HALF 9000 AN
eth-5 up down 1000 HALF 9000 AN
eth-6 up down 1000 HALF 9000 AN
eth-7 up down 1000 HALF 9000 AN
eth-8 up down 1000 HALF 9000 AN
xeth-1 up down 10000 FULL 9000 -
xeth-2 up down 10000 FULL 9000 -
gpon-1 up down 2500 FULL 9000 -
gpon-2 up down 2500 FULL 9000 -
gpon-3 up down 2500 FULL 9000 -
gpon-4 up up 2500 FULL 9000 -
gpon-5 up down 2500 FULL 9000 -
gpon-6 up down 2500 FULL 9000 -
gpon-7 up down 2500 FULL 9000 -
gpon-8 up down 2500 FULL 9000 -

O exemplo acima mostra o estado atual das portas ao utilizar o comando “port status”.

digistar>port stats
/ RX Frames \ / TX Frames \
Total Unicast Multicast Broadcast bad CRC Discarted Too Long Errors Total Unicast Multicast Broadcast Discarted
gpon-1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
gpon-2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
gpon-3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
gpon-4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
gpon-5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
gpon-6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
gpon-7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
gpon-8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
eth-1 1895 1895 0 0 0 0 0 0 1623 1550 73 0 0
eth-2 1550 1550 0 0 0 0 0 0 3954 3921 33 0 0
eth-3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
eth-4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
eth-5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
eth-6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
eth-7 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 45 0 0
eth-8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
xeth-1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
xeth-2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Também é possível visualizar algumas estatísticas de cada porta com o comando “port stats” com mostrado
acima. Para zerar as estatísticas, utilize o comando “clear”. Exemplo:

Zerar estatísticas da porta “eth-1”:

digistar#clear eth-1

Zerar estatísticas de todas as portas:

digistar#clear all

Cada porta pode possuir as seguintes opções de configuração:

 Aging: Configura o tempo de expiração dos MACs da porta.


 Auto-negotiate: Configura a autonegociação.
 Speed: Configura a velocidade da porta em Mbits/s.
18
 Down: Configura o administrative state da porta para down.
 MTU: Configura o tamanho máximo de pacote aceito pela porta.
 Up: Configura o administrative state da porta para up.

Para fazer uma configuração, use o comando “port config”.

Abaixo é exemplificado como configurar a MTU da porta eth-1:

digistar#port config eth-1 mtu 1500

Também é possível configurar a velocidade das portas. Por padrão as portas “eth” vem com autonegociação
ativada. Ao configurar a velocidade da porta manual, como mostrado no exemplo abaixo, a autonegociação é
desativada. A velocidade deve ser configurado com o número de megabits desejados.

digistar#port config eth-1 speed 100

Neste exemplo, a velocidade da porta eth-1 é configura 100Mbits/s.

As portas “eth” podem ser configurados com velocidade igual a 10, 100 e 1000 Mbits/s. Já nas portas “xeth”, as
velocidades aceitas são 1000 e 10000 Mbits/s.

19
9. Spanning Tree Protocols (STP, RSTP e MSTP)
Spanning Tree Protocol (STP) é um protocolo em camada 2 (L2) que viabiliza a configuração em anel. Com o
STP, é possível resolver problemas decorrentes de loops em redes comutadas em configurações deste tipo.
Através do STP é determinado o caminho mais eficiente entre cada segmento da rede. O STP também permite
que o caminho seja recalculado caso ocorra algum problema no caminho.

O RSTP ou Rapid Spanning Tree Protocol, foi criado para tornar a convergência no cálculo de novas rotas
mais eficiente diminuindo o tempo. Enquanto o STP levava em torno de 30 à 50 segundos o RSTP leva de menos
de 1 segundo até 2 segundos. O RSTP mantém compatibilidade com o STP.

Já o MSTP ou Multiple Spanning Tree Protocol permite a criação de instâncias independentes do RSTP. Por
padrão o STP/RSTP todas as VLANs participam de uma mesma instância, deixando todas as VLANs com o mesmo
ponto de bloqueio no anel. Com o MSTP é possível o mapeamento de VLANs em instâncias independentes na
mesma topologia, permitindo o balanceamento do tráfego pelos links redundantes.

9.1. Configurando STP/RSTP


Como o RSTP mantém compatibilidade com o STP o protocolo utilizado na OLT é o RSTP. O RSTP já vem habilitado
nas portas “eth” e “xeth” por padrão.

A configuração dos parâmetros do STP e RSTP é feita com o comando “update stp-params”, como
mostrado no exemplo abaixo.

digistar#update stp-params
Updating STP parameters 0

name ---------------> {RS-sul}:


revision -----------> {0}:
bridgePriority -----> {4096}:
forceVersion -------> {2}:
fwdDelay -----------> {10}: 30
helloTime ----------> {2}:
txHoldCount --------> {3}:
maxAge -------------> {20}:
Confirm [Y/n]:y

Os parâmetros de tempo são os mais importantes:


forceVersion – força utilizar o protocolo definido. “0” para STP, “2” para RSTP e “3” para MSTP.
helloTime – tempo em entre cada envio de BPDU
fwdDelay – tempo gasto entre os estados de “listening” e “forwarding”
maxAge - tempo de validade depois que a porta salva suas configurações após o recebimento de um BPDU

É possível visualizar a configuração com o comando “get stp-params”. Exemplo:

20
digistar>get stp-params
STP-Params 0
name: RS-sul
revision: 0
bridgePriority: 4096
forceVersion: 2
fwdDelay: 30
helloTime: 2
txHoldCount: 3
maxAge: 20

9.2. Configurando MSTP


Para configurar o MSTP é necessária a criação de uma bridge habilitando o serviço:

digistar#bridge add eth-2 vlan 200 uplink untagged stp msti 2

No exemplo acima foi configurado para a porta eth-2 vlan 200 a instância número 2.

Para visualizar o status do MSTP temos:

21
digistar>stp-bridge showmst

MSTI 0 info
bridge id 8.000.40:BF:17:12:88:01

VLANs: 1-99,101-199,201-4094

Interface Role State Cost


----------------------------------
eth-1 Disa disc 200000
eth-2 Disa disc 200000
eth-3 Desg forw 200000
eth-4 Desg forw 200000

MSTI 1 info
bridge id 8.001.40:BF:17:12:88:01

VLANs: 100

Interface Role State Cost


----------------------------------
eth-1 Disa disc 200000
eth-2 Disa disc 200000
eth-3 Desg forw 200000
eth-4 Desg forw 200000

MSTI 2 info
bridge id 8.002.40:BF:17:12:88:01

VLANs: 200

Interface Role State Cost


----------------------------------
eth-1 Disa disc 200000
eth-2 Disa disc 200000
eth-3 Desg forw 200000
eth-4 Desg forw 200000

Onde o “MSTP 0 info” se refere ao RSTP padrão e os demais são os configurados nas bridges. O comando
“stp-bridge showmst” mostra o estado de cada porta do equipamento para cada instância do MSTP.

22
digistar>stp-bridge showbridge
br0 CIST info
enabled yes
bridge id 8.000.40:BF:17:12:88:01
designated root 8.000.40:BF:17:12:88:01
regional root 8.000.40:BF:17:12:88:01
root port none
path cost 0 internal path cost 0
max age 20 bridge max age 20
forward delay 30 bridge forward delay 30
tx hold count 3 max hops 20
hello time 2 ageing time 300
force protocol version mstp
time since topology change 1137
topology change count 17
topology change no
topology change port eth3-stp
last topology change port eth3-stp

Já o comando “stp-bridge showbridge” mostra o status atual das configurações gerais do


STP/RSTP/MSTP.

23
10. Internet Group Management Protocol (IGMP)
O IGMP é um protocolo IPv4 utilizado para controlar os membros de um grupo multicast, gerenciando os
grupos controlando a entrada e saída de hosts dos mesmos. Desta forma permite a implementação de serviços
multicast como o de IPTV.

O IGMP é configurado por VLAN:

digistar#snoop vlan 100 igmp enable

O IGMP pode funcionar com um Proxy:

digistar#snoop vlan 200 igmp 192.168.30.1 enable

Para visualizar as configurações:

digistar>snoop show
VLAN Type Status
100 IGMP Enabled
200 IGMP Enabled

Como ferramenta de depuração é possível visualizar/limpar as estatísticas de pacotes IGMP:

digistar#snoop statistics eth-1 igmp show


/ RX Frames \ / TX Frames \
Port Query Report leave Errors Query Report leave Errors
eth-1 0 0 0 0 0 0 0 0

24
11. Multicast Listener Discovery (MLD)
O MLD é usado por roteadores IPv6 para descobrir multicast listeners conectados a um determinado link tal
como o IGMP usado no IPv4.

Para configurar o MLD:

digistar#snoop vlan 100 mld enable

Para visualizar a configuração do MLD é o mesmo comando do IGMP:

digistar#snoop show
VLAN Type Status
100 MLD Enabled

Também é possível verificar as estatísticas:

digistar#snoop statistics eth-1 mld show


/ RX Frames \ / TX Frames \
Port Query Report (v1) Report (v2) Done Errors Query Report Done Errors
eth-1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

25
12. SFP
Nota: As SFPs devem ser manuseadas com cuidado. A Digistar não irá se responsabilizar por qualquer problema
no equipamento que não utilizar as SFPs recomendadas pela empresa.

Ao conectar uma SFP, o equipamento automaticamente irá detectá-la. Para ver se uma SFP foi detectada com
sucesso e exibir algumas informações dela, utiliza-se o comando “olt show”. Exemplo:

digistar>olt show all


Port Temp Volt Tx Bias Tx Power Detected
gpon-1 SFP NOT PRESENT
gpon-2 SFP NOT PRESENT

gpon-3 SFP NOT PRESENT


gpon-4 35c 3.114V 30mA 3.92 dBm SOURCEPHOTONICS SPS4348HHPTDE
gpon-5 SFP NOT PRESENT
gpon-6 SFP NOT PRESENT
gpon-7 SFP NOT PRESENT

gpon-8 SFP NOT PRESENT


eth-1 SFP NOT PRESENT
eth-2 SFP NOT PRESENT
eth-3 SFP NOT PRESENT
eth-4 SFP NOT PRESENT
eth-5 SFP NOT PRESENT
eth-6 28c 3.296V 37mA 0.12 dBm Fiber PSFPB9TX27D-020
eth-7 SFP NOT PRESENT
eth-8 SFP NOT PRESENT
xeth-1 SFP NOT PRESENT
xeth-2 SFP NOT PRESENT

Neste exemplo, foi usado o comando “olt show all” para exibir informação de todas as SFPs.

13. Autenticação

13.1. Alterando a senha


Alterar a senha padrão do equipamento é sempre uma boa prática. A senha padrão de fábrica do equipamento é
“admin”. A senha pode ser sempre alterada através do comando “authentication change-password”.
Exemplo:

digistar#authentication change-password
New password: ------------------------------------> digistar
Retype password: ---------------------------------> digistar

Nota:

Esta é uma senha padrão para acesso via web, telnet ou SSH. Alterando a senha, será alterada para todos os
meios de acesso do equipamento.

26
13.2. Timeout da sessão
Após efetuar o login, caso o usuário fique sem interagir com o sistema, ele será desconectado por inatividade. O
tempo padrão é de 5 minutos, podendo sendo configurado como exemplificado abaixo:

digistar>session-timeout 60
Inactivity disconnection time programed to 60 minutes

No exemplo acima foi configurado para a sessão expirar após 60 minutos. O comando aceita qualquer valor entre
0 e 60 minutos.

Podemos visualizar o tempo configurado com o comando “session-timeout show”. Exemplo:

digistar>session-timeout show
Session timeout set for 60 minutes

Para desativar o timeout da sessão, isto é, para que o login nunca expire, configure o tempo como zero. Exemplo:

digistar>session-timeout 0
Inactivity disconnection off!

14. Visualizando o estado da OLT e informações do sistema


Através do comando “show”, podemos visualizar as seguintes informações:

 Alarms: Exibe os alarmes ativos do conector “Alarms In”. Nota: este conector não está presente em todos
os modelos.
 Arl: exibe a tabela de endereços MACs descobertos por VLAN e porta.
 Arp: exibe tabela ARP das interfaces in-band e out-of-band.
 Datetime: Exibe a data e hora configurada no sistema. (Ver tópico “Configurando Hora e Data”)
 Debug : Exibe os debugs ativos. (Ver tópico “Erros, depuração e logs”)
 Fan-speed: Exibe a velocidade dos ventiladores.
 History: Exibe o histórico dos últimos comandos.
 Licenses: Exibe as licenças instaladas no equipamento.
 Macs: exibe a tabela de endereços MACs descobertos por link gpon e posição da ONU.
 Memory: Exibe informação do uso de memória.
 Terminal: Exibe as configurações do terminal (quantidade máxima de linhas exibidas por vez).
 Uptime: Exibe quanto tempo a OLT está ligada.
 Version: Exibe informações de versão do firmware.

27
15. Configurando o tamanho do terminal
Algumas informações exibidas na CLI podem ser extensas, por isso alguns comandos limitam a quantidade de
informações na tela exibida por vez, necessitando que o usuário pressione enter para ir aparecendo o resto da
exibição. A quantidade de linhas exibida pode ser configurada através do comando “terminal length”.

Exemplo:

digistar>terminal length 20

O exemplo acima mostra uma configuração de 20 linhas.

digistar>show terminal
Terminal Length: 20

Para visualizar o número de linhas que está configurado, utilize o comando “show terminal”.

Nota: O número de linhas vai de 0 à 255 linhas. Ao configurar como “0” não haverá limitação no número de linhas
a serem exibidas.

28
16. Alterando o hostname
Para alterar o hostname utilize o comando “hostname”. Exemplo:

digistar#hostname OLT1

OLT1#

No exemplo acima o hostname padrão “digistar” foi alterado para “OLT1”.

29
17. Adicionando banner
É possível adicionar um banner, uma mensagem de boas vindas que irá aparecer ao usuário se conectar a OLT
antes de ser solicitada a senha. Exemplo:

OLT1#banner +
Enter TEXT message. End with the character '+'
you can use the following shortcuts:
\h : display the machine host name
\d : display the current date
\t : display the current time
=======================
Welcome to \h

\d \t

======================
+

Neste exemplo é adicionado uma mensagem antes de efetuar o login. O caractere “+” foi definido com caractere
de terminação. O caractere de terminação é apenas uma forma de identificar que o texto foi finalizado. Ainda é
possível utilizar alguns recursos adicionais como ao digitar “\h” o texto será substituído pelo hostname, “\d” será
substituído pela data e “\t” será pela hora.

Para visualizar o banner utilize o comando “banner show”. Exemplo:

OLT1#banner show
=======================
Welcome to OLT1

Friday, 17 March 2017 19:33:36

======================

Para adicionar um banner após o login, utilize o comando “banner motd” de forma semelhante a feita com o
banner pré-login.

30
18. Erros, depuração e logs
Com o objetivo de descobrir o que está acontecendo no sistema, como algum tipo de erro, o equipamento
registra logs. Estes logs podem ser armazenados no equipamento e/ou enviados para um servidor. Para adicionar
um sistema de logs, utiliza-se o comando “syslog add”. Exemplo:

digistar#syslog add local

Neste exemplo, foi configurado para que os logs sejam registrados localmente. Seria possível adicionar para que
os logs também fossem enviados a um servidor remoto com o comando “syslog add server”.

Para verificar as configurações de logs adicionas utiliza-se o comando “syslog show”. Exemplo:

digistar>syslog show
Service Syslog
Syslog Local : Enabled

É possível visualizar os logs pela CLI utilizando o comando “logging show”. Exemplo:

digistar>logging show
Jan 2 04:08:11 eswd: (Port eth1) Link down
Jan 2 04:08:11 kernel: br0: port 1(eth1-stp) entering forwarding state
Jan 2 04:08:20 eswd: (Port eth1) Link up (speed 1000 duplex 1)
Jan 2 04:08:20 kernel: br0: port 1(eth1-stp) entering learning state

E para apagar os logs, utiliza-se o comando “logging clear”.

Nem todas as mensagens de log são habilitadas por padrão. Para habilitar elas, utiliza-se o comando “debug” e
pra removê-las se utiliza o comando “undebug”. Exemplo:

digistar#debug gpon all

Para visualizar quais estão habilitadas, utiliza-se o comando “show debug”. Exemplo:

31
digistar>show debug
GPON debugs:
gpon init
gpon config
gpon events
gpon omci
gpon omci_state
gpon omci_dump
gpon omci_packets
gpon threads
gpon discovery

19. Navegando pelo sistema de arquivos


Alguns comandos possibilitam a navegação pelo sistema de arquivos. Abaixo são listados os comandos
disponíveis:

 cd: Troca de diretório.


 del: Apaga um arquivo.
 dir: Lista o conteúdo do diretório.
 file download: Faz o download de um arquivo de um servidor TFTP para o diretório atual.
 mkdir: Cria pasta.
 rmdir: Apaga pasta.
 image: Verifica o arquivo que contém o firmware, grava e reinicia o equipamento efetivando a sua
instalação.

32
20. Instalando e atualização o firmware/software da OLT
Para atualizar o firmware da OLT, utilizaremos os comandos descritos acima. Primeiramente, devemos fazer o
download do arquivo. Exemplo:

digistar#file download tftp 192.168.1.3 firm.img


File firm.img downloaded

Desta maneira foi feito o download do arquivo firm.img do servidor TFTP 192.168.1.3 via TFTP.

Podemos verificar o tamanho e se o arquivo se encontra na pasta utilizando o comando “dir”, que lista todos os
arquivos da pasta. Exemplo:

digistar>dir
17447336 03.10.2015 03:14:22 firm.img

E finalmente usamos o comando “image flash” para gravar a imagem na memória flash. Exemplo:

digistar#image flash firm.img


Checking file header: OK
Checking file size: OK
Checking CRC: OK
Checking file contents: SYSTEM
Erasing blocks: 134/134 (100%)
Writing data: 17038k/17038k (100%)
Verifying data: 17038k/17038k (100%)
Transfer file to flash: OK
% Successfully upgraded firmware image. Rebooting system ...

O arquivo é verificado antes da gravação e após a gravação. Posteriormente, a OLT é reiniciada para efetivar a
atualização.

33
21. Realizando backups das configurações
É possível fazer backup de todas as configurações do equipamento para realizar cópias de segurança e estas
serem utilizadas posteriormente para reconfigurar a OLT e ONUs com esta configuração.

Nota: As configurações da OLT e das ONUs são armazenadas na OLT. Sempre que for realizado backup das
configurações, será realizado backup das configurações da OLT e das ONUs.

O exemplo abaixo ilustra a realização de um backup das configurações, usando o comando “dump network”. O
arquivo backup.tar será enviado para o servidor TFTP 192.168.1.3.

digistar#dump network 192.168.1.3 backup.tar

Nota: Espera-se que o servidor TFTP esteja configurado corretamente para aceitar upload de arquivos.

34
22. Restaurando uma configuração a partir de um backup
Foi visto no tópico anterior como realizar backup das configurações. Neste tópico, será mostrado como restaurar
uma configuração a partir de um backup. A restauração é feita utilizando o comando “restore”. De maneira
semelhante à realização do backup, informamos o IP do servidor TFTP e o arquivo de backup para ser baixado e
aplicado no sistema.

Exemplo:

digistar#restore 192.168.1.3 backup.tar


New configuration will be applied and device will reboot
Do you confirm? [y/N]

Neste exemplo, o arquivo de backup backup.tar do servidor TFTP 192.168.1.3 será usando para efetuar a
restauração. Uma mensagem de confirmação aparecerá, caso o arquivo seja encontrado corretamente e a OLT
será reinicializada.

35
23. Restaurando para as configurações de fábrica / Apagando
todas as configurações do usuário
Assim como é possível salvar todas as configurações feitas pelo usuário e restaurá-las, também é possível apaga-
las. Apagando as configurações do usuário, o equipamento volta para as configurações padrão de fábrica.

Exemplo:

digistar#set2default
All configuration will be erased and device will reboot
Do you confirm? [y/N]

36
24. Configurando a data e hora
A data e hora podem ser configuradas a partir de um servidor NTP (Network Time Protocol). Através do comando
“ntp”, a configuração pode ser feita. Exemplo:

digistar#ntp server add 200.160.0.8

Adicionando um servidor NTP através do comando “ntp server add”.

digistar#ntp enable

Depois de adicionado, habilitamos o NTP através do comando “ntp enable” para poder sincronizar com o
servidor.

digistar>ntp show
Time/Date: 08:10:19 ST Fri Mar 17 2017

State: Enabled

Server (configured)
Server 1: 200.160.0.8

Verificando se as configurações estão corretas.

digistar>show datetime
Fri Mar 17 08:12:11 ST 2017

Verificando data e hora.

Para configurar o fuso horário utilize o comando “ntp timezone”.

Nota:

É necessário estar com as rotas configuradas.

37
25. SNMP (Simple Network Management Protocol)
O SNMP é protocolo padronizado de gerenciamento que permite ver o estado do equipamento, configuração,
estatísticas e muito mais. Por exemplo, podemos ver quais interfaces estão ativas, quais ONUs estão
provisionadas, estatísticas do link e da ONU para mensurar a performance, visualizar alarmes, além de receber
notificações quando ocorre algum alarme.

O protocolo SNMP possui 3 versões e todas elas são compatíveis com o equipamento. A versão 3 é baseada em
usuários, onde é possível adicionar autenticação e criptografia, enquanto as versões anteriores são baseadas em
comunidades.

Exemplos:

digistar#snmp community add public ro

digistar#snmp community add private rw

Neste exemplo, foi criada a comunidade public com permissão acesso apenas de leitura (read-only) e a
comunidade private com permissão de escrita e leitura (read-write). Estas comunidades são usadas para acessar o
equipamento através do protocolo SNMP versão 1 e versão 2c.

digistar#snmp user add commonUser ro

digistar#snmp user add authUser rw auth md5 12345678

digistar#snmp user add authPrivUser rw auth sha 12345678 priv aes 87654321

Neste exemplo, foi criada o usuário commonUser, com permissão apenas de leitura; o usuário authUser com
permissão de escrita e leitura usando MD5 na autenticação com senha 12345678; e o usuário authPrivUser com
permissão de escrita e leitura usando SHA na autenticação com senha 12345678 e AES na criptografia com senha
87654321.

Nota: As senhas de autenticação e criptografia devem ter no mínimo 8 caracteres.

digistar#snmp notification add host 192.168.1.10 traps public version 2c

digistar#snmp notification add host 192.168.1.11 informs public

Neste exemplo, foram configurados os destinos para onde os alarmes/notificações serão enviados.
Primeiramente, foi configurada para enviar notificações do tipo trap para 192.168.1.10 usando SNMP versão 2c.
Posteriormente, foi configurada para enviar notificações do tipo inform para 192.168.1.11, que usará SNMP
versão 2.

38
digistar#snmp enable

Habilitando o servidor SNMP através do comando “snmp enable”. Se, depois de habilitado, for feita alguma
modificação na configuração, o servidor é automaticamente reiniciado para recarregar as novas configurações.

digistar>snmp show
Simple Network Management Protocol:
State: Enabled
Location: Brasil
Contact: engenharia@digistar.com.br
SysName: DOLT
Communities:
public: Read-Only (RO)
private: Read-Write (RW)
Users:
commonUser: Read-Only - No Authentication
authUser: Read-Write - Authentication
authPrivUser: Read-Write - Authentication and Encryption
SNMP Notifications:
192.168.1.10: SNMPv2c TRAP - Community public
192.168.1.11: SNMPv2c INFORM - Community public

Podemos conferir as configurações através do comando “snmp show”.

39
26. RMON (Remote Network Monitoring)
Através do RMON, podemos fazer um monitoramento remoto. Diferente do SNMP, onde é necessário ficar
requisitando informações continuamente para um constante monitoramento, com o RMON é possível deixar o
gerenciamento com o dispositivo, diminuindo o processamento necessário nos clientes e diminuição do uso da
rede para o gerenciamento.

Podemos configurar alarmes e eventos, onde alguma informação monitorável do SNMP será constantemente
analisada e, caso chegue a um determinado valor, ou, caso o valor tenha subido em certo valor, os alarmes/traps
são disparados.

Exemplos:

digistar#rmon event add 123 log owner "administrator" description


"HighRxPktsError"

digistar#rmon event add 124 log owner "administrator" description


"NormalRxPktsError"

Neste exemplo, foi criado o evento número 123, cujo dono será administrator e a descrição será HighRxPktsError
e o evento será log quando disparado. Este evento criado será usado para representar quando a interface atingir
um valor muito elevado de pacotes recebidos com erro. Também foi o criado o evento número 124, de maneira
semelhante ao evento anterior, mas este será usado para representar quando estiver normalizado o número de
pacotes recebidos com erros.

digistar#rmon alarm add 300 .1.3.6.1.2.1.2.2.1.14.1 10 delta rising-threshold 8


123 falling-threshold 0 124 owner "admin"

Neste exemplo, foi criado o alarme número 300 que irá monitorar o OID .1.3.6.1.2.1.2.2.1.14.1 durante cada 10
segundos e caso o valor aumente em 8 unidades em relação a leitura anterior, é disparado o evento 123, e, caso o
valor diminuir em 0 unidades, será disparado o evento 124.

Podemos ver os alarmes criados através do comando “rmon show alarms”. Exemplo:

digistar>rmon show alarms


Alarm 300 is not active, owned by "admin"
Monitors .1.3.6.1.2.1.2.2.1.14.1 every 10 seconds
Taking delta samples
Rising threshold is 8, assigned to event 123
Falling threshold is 0, assigned to event 124
On startup enable rising or falling alarm

E podemos ver os eventos criados e se estão ativos ou não através do comando “rmon show events”.
Exemplo:

40
digistar>rmon show events
Event 123 is disabled, owned by "administrator"
Description is "HighRxPktsError"
Event firing causes trap and log

Event 124 is disabled, owned by "administrator"


Description is "NormalRxPktsError"
Event firing causes trap and log

41
27. Alarmes
Os equipamentos possuem uma central de alarmes, onde é possível visualizar alarmes ativos no sistema. Através
do comando “alarm show” é possível ver os alarmes gerais do equipamento.

Exemplo:

digistar>alarm show
Central Alarm Manager
ActiveAlarmCurrentCount: 10
AlarmTotalCount: 20

ResourceId AlarmType AlarmSeverity


eth-2 LinkDown Critical
eth-3 LinkDown Critical
eth-4 LinkDown Critical
gpon-1 LinkDown Critical
gpon-3 LinkDown Critical
gpon-4 LinkDown Critical
gpon-5 LinkDown Critical
gpon-6 LinkDown Critical
gpon-7 LinkDown Critical
gpon-8 LinkDown Critical

No exemplo acima é ilustrado a exibição dos alarmes. ActiveAlarmCurrentCount representa o contador do


número total de alarmes ativos no momento e AlarmTotalCount representa o contador do número total de
alarmes já ativados. É possível zerar o contador AlarmTotalCount utilizando o comando “alarm clear”.

42
28. GPON
28.1. Link GPON
Neste tópico, serão mostradas algumas configurações para realizar nos links GPON do equipamento. Algumas
informações (como Rx Power) foram mostradas anteriormente no tópico SFPs e algumas delas serão exibidas
juntamente com as informações das ONUs, que serão descritas nos próximos tópicos.

28.1.1. Detecção de rogue ONU


Uma rogue ONU é uma ONU que transmite fora dos timeslots (fatias de tempo) reservada para sua transmissão e
pode gerar situações como:

 As transmissões da ONU não forem recebidas nos timeslots que eram esperados e a OLT trata os dados
como inválidos.
 Sua transmissão pode colidir com uma ou mais ONUs que estão funcionando corretamente, corrompendo
estas transmissões.

Rogue ONU é um fenômeno causado geralmente pelo mau funcionamento do laser que emite (continuamente ou
intermitentemente) sinal de luz na fibra, ou por problemas na ONU (por exemplo, CPU em halt, configuração
errada no tempo de transmissão e sinais de controle no circuito do GPON, etc).

O equipamento permite fazer a detecção de uma rogue ONU. Existem dois métodos disponíveis:

 Background: é um processo periódico em que a OLT reserva um timeslot especial e monitora uma
potencial transmissão rogue. Esse timeslot especial não é reservado para ninguém, portanto nenhuma
resposta é esperada.
 RSSI: é um utilitário para testar transmissões rogue quando não é esperado burst no upstream. O objetivo
é identificar quando uma rogue ONU injeta uma energia constante (nível DC) no link, e não responde às
alocações da OLT.

Exemplo de configuração por background:

digistar#rogue-onu-detection interval 2 10

Configurando o intervalo do link 2 que será feito o teste para verificar rogue para 10 segundos.

digistar#rogue-onu-detection mode 2 background

Configurando o modo de detecção do link 2 para background.

43
digistar#rogue-onu-detection show 2
Rogue ONU detection settings
Mode: Background Process
Interval: 10 seconds
Rx Power threshold: -30 dBm
Rogue ONU detected: NO

Através do parâmetro “rogue-onu-detection show” é possível visualizar qual a configuração de detecção


e se foi detectado alguma rogue ONU.

Nota: O parâmetro “rx-power-threshold” só é utilizado caso o método utilizado seja RSSI. Este parâmetro, em
unidades de dbm, representa o valor limite que uma leitura de Rx Power de uma ONU não usada (que deveria ser
medido zero) pode ter para não ser considerada rogue. Caso a leitura do Rx Power exceda este valor, o alarme é
ativo e é tentado isolar a ONU.

28.1.2. TCA (Threshold Crossing Alarm)


É possível configurar o número de erros de BIP de um link para ativar um alarme e, caso configurado, desabilitar a
ONU se este alarme for ativado. BIP (Bit Interleaved Parity) é usada para estimar a taxa de erros . Os parâmetros
configuráveis são:

 bip-err-threshold: se este número de erros de BIP por amostra exceder este valor threshold, a amostra é
considerada com erro. Valor padrão: 100.
 errored-samples-threshold: número de amostras com erro para disparar o alarme. Valor padrão: 10.
 max-sample-gap: se duas amostras adjacentes com erros forem mais distantes que este valor de
threshold (em segundos), não conta a amostra anterior como uma amostra com erro. Valor padrão: 10
 monitoring-mode: Habilita e escolhe o modo de monitoramento ou desabita o monitoramento de erros
de BIP. Por padrão, o monitoramento está desabilitado. As opções são:
o monitor: Habilita o monitoramento. Quando atingir o threshold, apenas ativa o alarme.
o none: Desabilita o monitoramento.

Exemplo:

digistar#tca monitoring-mode 2 monitor

Habilita e escolhe o modo de monitoramento “monitor” no link 2.

digistar#tca bip-err-threshold 2 85

Configurando o link 2 para considerar uma amostra com erro se haver 85 erros de BIP ou mais.

digistar#tca errored-samples-threshold 2 12

44
Configurando o link 2 para ativar o alarme se houver 12 ou mais amostras com erro.

digistar#tca max-sample-gap 2 8

Configurando o link 2 para considerar amostras se o intervalo entre a última amostra com erro for menor que 8
segundos.

digistar>tca show 2
TCA configuration for Link 2:
TCA mode: block
BIP error threshold: 85
BIP error errored samples: 12
BIP max sample gap: 8

Através do comando “tca show”, é possível ver a configuração dos links.

28.1.3. Estatísticas do Link GPON


Uma série de estatísticas está disponível para o usuário, divididas em duas categorias: downstream e upstream.
Abaixo é exemplificado a tela de exibição das estatísticas, neste exemplo, do link 2. O comando para visualiza-las
é “olt statistics”.

digistar>olt statistics 2
Downstream
Total number of transmitted packets 38
Total number of transmitted CPU packets 87
Total number of transmitted PLOAM messages 7037
Number of bytes transmitted over the PON link 390443
TM RX valid packets counter 1685
TM RX CRC error packets counter 0
TM CPU valid counter 0
TM CPU dropped packet 0
TM MAC lookup miss counter 0
TM HM forward counter 1685
TM HM drooped counter 0
TM Egress queue forward counter 1685
TM Egress queue congestion dropped counter 0

Upstream
Received CPU packets 4827
PON received packets 1688
Valid PLOAM include idle PLOAMs 11688713
Valid PLOAM excluding idle PLOAMs 5449
Error PLOAMs 0
Dropped PLOAMs due to FIFO full 0
Dropped packets due to not configure GEM port 0
TM egress queue forward packets 1688
TM egress queue congestion dropped packets 0
TM dropped packets due to CRC error 0
TM dropped packets due to security rule 0
MAC learning failures due to FIFO full 0

45
28.2. Ativando uma ONU
Após as ONUs estarem conectadas no link, devemos ativá-las a partir de seu número de série e devemos atribuir
um valor numérico entre 1 e 128 para esta ONU. Depois de ativa, a ONU será sempre identifica pelo link GPON
que se encontra e o número atribuído a ela.

digistar>onu show 2

=== Free ONU IDs for link 2 ===

1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30 31 32
33 34 35 36 37 38 39 40
41 42 43 44 45 46 47 48
49 50 51 52 53 54 55 56
57 58 59 60 61 62 63 64
65 66 67 68 69 70 71 72
73 74 75 76 77 78 79 80
81 82 83 84 85 86 87 88
89 90 91 92 93 94 95 96
97 98 99 100 101 102 103 104
105 106 107 108 109 110 111 112
113 114 115 116 117 118 119 120
121 122 123 124 125 126 127 128

Link 2:
Serial Number
1 DGST21400004
2 DGST3410d66a

No exemplo acima, foi executado o comando “onu show” para exibir informação das ONUs relativas ao link 2.
Primeiramente, é exibida uma lista com todos os valores disponíveis que ainda não foram utilizados.
Posteriormente, é exibida uma lista dos números de série de todas as ONUs que foram detectadas no link e não
foram ativadas.

Também é possível utilizar o comando “onu show discovered” que irá exibir exclusivamente os números
de série das ONUs detectadas e não ativadas de cada link GPON, como mostrado no exemplo abaixo:

digistar>onu show discovered


Link 2:
Serial Number
1 DGST21400004
2 DGST3410d66a

Podemos então ativar uma ONU com o comando “onu set”. Com o número de série, escolhemos um número
não usado na hora da ativação, além de opcionalmente habilitar o uso de upstream FEC. No exemplo abaixo, foi
configurado o identificador 128 para a ONU com número de série DGST3410d66a.

digistar#onu set 2/128 DGST3410d66a

46
Adicionalmente, também é possível habilitar o upstream FEC (Forward Error Correction) ao colocar a
opção “us-fec” quando ativar a ONU. O FEC melhora a qualidade de transmissão ao adicionar bits a mais de
redundancia. Apesar de ser um recurso bem util em casos onde o sinal possui muita perda, os bits de
redundancia acrescentados acabam gerando uma pequena perda na capacidade máximo do link para o usuário.
Exemplo:

digistar#onu set 2/127 DGST21400004 us-fec

Com o comando “onu showall”, visualizamos o estado de todas as ONUs ativas no link. A ONU estará
completamente ativa quando o “Link active” e “OMCI config” estiverem em “OK”.

digistar>onu showall 2
Name Link active Serial Number OMCI config FW Version
1 2/127 UP DGST21400004 OK SFU_D_7.5.12
2 2/128 UP DGST3410d66a In progress V1.2

2/128 UP DGST3410d66a OK
28.3. Gerenciando uma ONU
A maioria dos comandos relativos à ONUs requer o identificador da ONU. A seguir, uma série de exemplos de
opções de gerenciamento está disponível para as ONUs.

digistar#onu status 2/128


ONU Link FEC OLT Rx Power ONU Rx Power Firmware upgrade Progress
2/128 UP Disabled -17.64 dBm -13.81 dBm Inactive

No exemplo acima, podemos visualizar o estado do link, se o FEC está ativo, a potência recebida na OLT e a
potência recebida na ONU, além de informar se está ocorrendo uma atualização de firmware e seu progresso.

digistar>onu alarms 2/128


Alarms ONU
Alarm Type Priority

Alarms Link
Alarm Type Priority

No exemplo acima, visualizamos quais alarmes estão ativos no momento, tanto da ONU específica, quanto do link
em que se encontra. Ou podemos ainda ver quantas vezes o alarmes foi ativo e quando foi sua última ocorrência.

47
digistar>onu alarms 2/128 details
Alarms ONU informations
Alarm Type Counter Last Occurrence
Loss of Frame (LOF) 2 4 mins ago
Loss of Signal (LOS) 0 -
Drift of Window (DOW) 0 -
Signal Failure (SF) 0 -
Signal Degrade (SD) 0 -
Loss of GEM Channel Delineation (LCDG) 1 13 mins ago
Remote Defect (RD) 0 -
Start-up Failure (SUF) 0 -
Loss of Acknowledge (LOA) 0 -
Dying-Gasp (DG) 1 2 mins ago
PLOAM Loss (LOAM) 4 2 mins ago
Physical Equipment Error (PEE) 0 -
Message Error Message (MEM) 0 -
Deactivate ONU/Disable SN Failed (DF) 0 -
Transmission Interference (TiW) 0 -
Loss of Key sync (LOK) 0 -
ROGUE Detected 0 -
RX Power High Threshold crossed 0 -
RX Power Low Threshold crossed 0 -

Também é possível consultar estatísticas sobre a ONU. As estatísticas são atualizadas aproximadamente a cada 10
segundos.

Nota: Algumas estatísticas só estão disponíveis para determinados modelos de ONU.

48
digistar>onu statistics 2/1
Ethernet Performance Monitoring History Data - Port 1
Interval Time: 0
Drop events: 0
Octets: 846149
Packets: 6040
Broadcast Packets: 22
Multicast Packets: 6
Undersize Packets: 0
Fragments: 0
Jabbers: 0
Packets 64 octets: 272
Packets 65 to 127 octets: 4973
Packets 128 to 255 octets: 253
Packets 256 to 511 octets: 230
Packets 512 to 1023 octets: 162
Packets 1024 to 1518 octets: 150

GEM Port Protocol Monitoring History Data - Port 501


Interval Time: 0
Threshold Data Pointer: 0
Transmitted GEM frames: 6039
Received GEM frames: 12864
Received payload bytes: 14790683
Transmitted payload bytes: 870309
Encryption key errors: 0

GEM Port Protocol Monitoring History Data - Port 4095


Interval Time: 0
Threshold Data Pointer: 0
Transmitted GEM frames: 0
Received GEM frames: 0
Received payload bytes: 0
Transmitted payload bytes: 0
Encryption key errors: 0

49
29. Configurando as ONUs (ONTs)

29.1. GPON Traffic Profile (GTP)


O GTP é utilizado para determinar a forma da banda de upstream para cada ONU. Por exemplo, podemos
criar um perfil de tráfego GPON para atender todos os mesmos clientes de um determinado plano.
Exemplificando, podemos criar um perfil que restringe o tráfego em 1Mbps e aplicamos esse perfil para todos os
cliente que tiverem esse plano de 1Mbps. A banda pode ser definida em 5 tipos:

digistar#new gpon-traffic-profile 1 type ?


1 Only Fixed BW
2 Only assured BW
3 Assured and non-assured BW
4 Only non-assured BW
5 Fixed, assured and non-assured BW

Tipo 1 – Only fixed – Neste tipo quando aplicado este profile na ONU a banda é reservada exclusivamente para a
ONU e não poderá ser utilizada para outras ONUs.

Tipo 2 – Only assured – Neste tipo a banda é garantida para a ONU no momento em que ela desejar utilizar. Não
é fixada permanentemente mas é garantida.

Tipo 3 – Assured and non-assured – Uma parte da banda é garantida e uma parte é variável. A parte variável
depende de quantos usuários estão comparilhando a banda.

Tipo 4 – Only non-assured – Toda a banda definida no profile é compartilhada entre as ONUs sem nenhum tipo de
garantia.

Tipo 5 – Fixed, assured and non-assured – São definidas partes da banda fixa, garantida e não garantida.

Configurando os 5 tipos:

digistar#new gpon-traffic-profile 1 type 1 fixed cbr 10000000 fixed ubr 10000000

digistar#new gpon-traffic-profile 2 type 2 assured 100000000

digistar#new gpon-traffic-profile 3 type 3 assured 10000000 non-assured 100000000

digistar#new gpon-traffic-profile 4 type 4 non-assured 100000000

digistar#new gpon-traffic-profile 5 type 5 fixed cbr 10000000 fixed ubr 10000000


assured 100000000 non-assured 100000000

Ao aplicar o perfil a uma bridge na ONU ocorre o cálculo de ocupação de banda no link. Caso exceda o máximo o
usuário é avisado ao aplicar o comando:

digistar#bridge add gpon-1 onu 4 gem 504 gtp 6 vlan 100

% Not enough CBR bandwidth for upstream

Visualizando os profiles configurados:

50
digistar#get gpon-traffic-profile
GPON Traffic Profile 1(Type 1): Use count 0
Fixed upstream bandwidth CBR (kbps): 9.56 Mbps
Fixed upstream bandwidth UBR (kbps): 9.56 Mbps
Assured upstream bandwidth (kbps): 0.00 bps
Maximum upstream bandwidth (kbps): 19.12 Mbps

GPON Traffic Profile 2(Type 2): Use count 0


Fixed upstream bandwidth CBR (kbps): 0.00 bps
Fixed upstream bandwidth UBR (kbps): 0.00 bps
Assured upstream bandwidth (kbps): 95.38 Mbps
Maximum upstream bandwidth (kbps): 95.38 Mbps

GPON Traffic Profile 3(Type 3): Use count 0


Fixed upstream bandwidth CBR (kbps): 0.00 bps
Fixed upstream bandwidth UBR (kbps): 0.00 bps
Assured upstream bandwidth (kbps): 9.56 Mbps
Maximum upstream bandwidth (kbps): 104.94 Mbps

GPON Traffic Profile 4(Type 4): Use count 0


Fixed upstream bandwidth CBR (kbps): 0.00 bps
Fixed upstream bandwidth UBR (kbps): 0.00 bps
Assured upstream bandwidth (kbps): 0.00 bps
Maximum upstream bandwidth (kbps): 95.38 Mbps

GPON Traffic Profile 5(Type 5): Use count 0


Fixed upstream bandwidth CBR (kbps): 9.56 Mbps
Fixed upstream bandwidth UBR (kbps): 9.56 Mbps
Assured upstream bandwidth (kbps): 95.38 Mbps
Maximum upstream bandwidth (kbps): 209.88 Mbps

29.2. Configuração das ONUs configuráveis através da OLT (GRG-


34210/GRG-21000R/GRG-21110/GRG-24200)
As ONUs configuráveis através da OLT são os modelos Digistar bridge/router com wi-fi, portas FXS, PPPoE
entre outras facilidades. A grande vantagem destas ONUs está no fato de que a configuração se dá totalmente
através da OLT a partir de perfis de WAN, VOICE e WLAN. Isto permite que toda a configuração da ONU, inclusive
configuração de router, se de remotamente sem interferência na ONU localmente ou prévio acesso a ONU.

29.2.1. Perfil (profile)


Perfis são configurações definidas que podem ser utilizadas durante outras configurações com o objetivo de
facilitar e evitar a repetição de configurações padrão.

Os perfis (profiles) disponíveis são (disponível de acordo com o modelo de ONU):

 Voice-profile
 Voice-profile-line
 Lan profile
 Wan-profile
 Wlan-profile

51
Os comandos disponíveis para gerir estes perfis são:

 New: Cria um novo perfil.


 List gpon-traffic-profile: Lista de forma resumida os gpon-traffic-profile.
 Get: Exibe perfil.
 Update: Altera um perfil criado.
 Delete: Apaga um perfil.

Depois de criado, estes perfis podem ser aplicados para uma ONU, caso esta ONU já esteja provisionada. Mais
será explicado o processo de provisionamento e configuração da ONU (Ver tópico “Configurando as ONUs”). Os
comandos relativos à configuração da ONU pelos perfis citados acima são:

 Assign: Adiciona um perfil para uma determinada ONU.


 Unassign: Remove perfil de uma determinada ONU.
 Upload: Força atualização dos perfis da ONU.

Nota: Utilizar apenas os comandos “assign” e “unassign” não efetivará a configuração na ONU até o equipamento
ser reiniciado ou ser utilizado o comando “upload”. Para que os profiles sejam aplicados corretamente, é
necessário que a página web de configuração da ONU esteja fechada e com login encerrado.

29.2.1.1. Configurando WAN profile


No wan profile é configurado as interfaces wan que serão aplicadas as ONUs. Nos exemplos abaixo estão
configurados uma WAN em modo bridge na VLAN 100 e outra em modo router com PPPoE na VLAN 200.

digistar#new wan-profile 1
Profile already exists, update it? [y/N]y
Description --------------------------------------> {clientes corporativos}:
Vlan ID ------------------------------------------> {100}:
Maximun MTU size ---------------------------------> {1500}:
Connection mode (0:IPv4, 1:IPv6, 2:IPv4/IPv6) ----> {0}:
Connection type (0:Bridge, 1:Router) -------------> {0}:
Bind Port 1 (y/n) --------------------------------> {n}: y
Bind Port 2 (y/n) --------------------------------> {n}: y
Bind Port 3 (y/n) --------------------------------> {n}: y
Bind Port 4 (y/n) --------------------------------> {n}:
Bind Wireless SSID1 (y/n) ------------------------> {n}:
Bind Wireless SSID2 (y/n) ------------------------> {n}:
Bind Wireless SSID3 (y/n) ------------------------> {n}:
Bind Wireless SSID4 (y/n) ------------------------> {n}:

52
digistar#new wan-profile 2
Description --------------------------------------> clientes residenciais
Vlan ID ------------------------------------------> {100}: 200
Maximun MTU size ---------------------------------> {1500}:
Connection mode (0:IPv4, 1:IPv6, 2:IPv4/IPv6) ----> {0}:
Connection type (0:Bridge, 1:Router) -------------> {0}: 1
IP Address Type (0:DHCP, 1:static, 2:PPPoE) ------> {0}: 2
PPPoE type (0:Disable Agent or Hybrid, 1:Proxy, 2:Hybrid router/bridge) > {0}:
PPPoE Username -----------------------------------> luissilva
PPPoE Password -----------------------------------> luissilva
PPPoE Dial Mode (0:Automatic 1:Connection by need > {0}:
Service Type (0:DATA, 1:VOIP, 2:DATA+VOIP) -------> {0}:
Bind Port 1 (y/n) --------------------------------> {n}: y
Bind Port 2 (y/n) --------------------------------> {n}: y
Bind Port 3 (y/n) --------------------------------> {n}: y
Bind Port 4 (y/n) --------------------------------> {n}: y
Bind Wireless SSID1 (y/n) ------------------------> {n}: y
Bind Wireless SSID2 (y/n) ------------------------> {n}:
Bind Wireless SSID3 (y/n) ------------------------> {n}:
Bind Wireless SSID4 (y/n) ------------------------> {n}:

No wan profile é configurado a vlan, o modo de operação (bridge/router) e quais portas LAN/WLAN
fazem parte deste perfil. É permitido que uma ONU tenha mais de uma WAN profile desde que as portas
LAN/WLAN não estejam em mais de um perfil.

No caso da configuração em router ainda é possível configurar se a interface será DHCP, IP estático ou
PPPoE.

Caso a ONU que está sendo configurada não possuir as interfaces apresentadas no WAN profile, basta
configurar a opção “n”.

Nota: As ONUs da linha GRG-2XXXX não necessitam de wan profile para a configuração em modo bridge.
Este modo foi suportado pelo comando “bridge add ” que será explicado posteriormente.

Depois de criados os perfis são necessários aplicá-los a ONU:

digistar#assign onu 1/2 wan-profile 1

Para que as configurações fiquem ativas na ONU:

digistar#upload onu 1/2

Para visualizar os perfis existentes:

53
digistar#get wan-profile 1
Profile: 1
Description: clientes corporativos
VlanID: 100
Maximun MTU size: 1500
Connection mode: ipv4
Connection type: Bridge
Bind:
Port 1: yes
Port 2: yes
Port 3: yes
Port 4: no
Wireless SSID1: no
Wireless SSID2: no
Wireless SSID3: no
Wireless SSID4: no

Também é possível visualizar os perfis associados a uma determinada ONU com o comando:

digistar#get wan-profile onu 1/5

Para verificar a aplicação do wan profile na ONU é possível ler o status das wans diretamente na ONU:

digistar#get wan-profile remote onu 1/5


Interface Name Mode Description Type VlanMuxID IGMP NAT Firewall State DNS IPv4 Address
veip0.1 ipv4 1_OTHER_B_VID_100 Bridge 100 Disabled Disabled Enabled Connected

OBS: Este comando não tem aplicação imediata e pode levar alguns minutos para estar habilitado.

29.2.1.2. Configurando Voice Profile


Para configurar as portas FXS do GRG-34210 podemos utilizar o voice-profile e o voice-profile-line. O voice-
profile configura o acesso ao servidor SIP. O voice-profile-line configura o registro SIP de cada uma das duas
portas FXS:

digistar#new voice-profile 2
Description -----------------------> servidor 1
Local Port ------------------------> {5060}:
Registrar Server ------------------> 189.157.233.2
Proxy Server ----------------------> 189.157.233.2
Outbound Proxy Server ------------->
Alternate Registrar Server -------->
Alternate Proxy Server ------------>
Alternate Outbound Proxy Server --->

digistar#new voice-profile-line 1
Description -----> luis silva
Number ----------> 33616361
Auth User Name --> luiss
Password --------> luissilva

Da mesma forma que o wan profile, o perfil deve ser habilitado em cada GRG-34210:

54
digistar#assign onu 1/5 voice-profile 1 line-1 1

No comando acima foi aplicado a onu 1/5 o voice-profile 1 e na linha 1 o voice-profile-line 1.

Para visualizar quais perfis estão aplicados a cada ONU:

digistar#get voice-profile onu 1/5


ONU 1/5 voice-profile:
Profile: 1
Description: luis silva
Local Port: 5060
Registrar: 189.157.233.1
Proxy: 189.157.233.1
Outbound Proxy:
Alternate Registrar:
Alternate Proxy:
Alternate Outbound Proxy:
Line 1: 1
Description: luis silva
Number: luiss
Auth User: luiss
Password: luissilva
Line 2:

Para efetivar e enviar a nova configuração para a ONU:

digistar#upload onu 1/5

Para visualizar a efetivação da configuração na ONU bem como o status dos registros:

digistar#get voice-profile remote onu 1/5


SIP Account Call Time User Status Registration Status User Number

1 0:00:00 Idle Registering 33616361

OBS: Este comando não tem aplicação imediata e pode levar alguns minutos para estar habilitado.

29.2.1.3. Configurando WI-FI


Através do wlan-profile é possível que a OLT configure a WLAN da GRG-34210:

digistar#new wlan-profile 1
Description --------------------------------------> WIFI
Enable WLAN --------------------------------------> {y}:
SSID ---------------------------------------------> luissilva
Channel (0=auto, 1-11) ---------------------------> {0}:
Hidden -------------------------------------------> {n}:
Auth. Mode (0:Open, 1:Shared, 2:WPA, 3:WPA2, 4:WPA/WPA2) > {0}: 2
WPA Encryption (1:TKIP, 2:AES, 3:TKIP+AES) -------> {0}: 1
WPA Key ------------------------------------------>
Enter 8-63 ASCII characters or 64 hexadecimal digits.
WPA Key ------------------------------------------> lsilva2304

55
Neste perfil fica configurado o WI-FI de onde estiver localizado a ONU. Para habilitar este perfil na ONU como nos
demais perfis:

digistar#assign onu 1/5 wlan-profile 1

digistar#upload onu 1/5

Para visualizar informações sobre a WLAN da ONU:

digistar#get wlan-profile remote onu 1/5


Connection Status: Enabled
Current Channel: 4
SSID: luissilva
Authentication Method: WPA-PSK

Bytes Packets Errors Drops


Receive 0 0 0 0
Transmit 0 0 0 0

OBS: Este comando não tem aplicação imediata e pode levar alguns minutos para estar habilitado.

29.3. Configurando bridge para as ONUs


Anteriormente, foi visto como criar uma bridge para as interfaces ethernet. A seguir será apresentado como é
feita a configuração para as ONUs. Durante a criação de uma bridge ONU, devemos escolher qual perfil de tráfego
GPON será usada (ver tópico “Perfil (Profile)” para como criar um perfil de tráfego GPON), qual porta GEM (GPON
Encapsulation Method) será usada, e sua VLAN.

Uma porta GEM é uma porta virtual usada para a transmissão entre OLT e ONU. O identificador da porta GEM é
um número que não pode exceder 4095. Ela só pode ser usada por uma ONU por link GPON. Cada perfil de
tráfego GPON pode ter uma ou mais portas GEM.

No exemplo abaixo, criamos uma bridge VLAN 10 para a ONU 128 que está no link GPON 2 com gtp (gpon-traffic-
profile/perfil de tráfego GPON) 15 e atribuímos a porta GEM 728 através do comando “bridge add”.

digistar#bridge add gpon-2 onu 128 gem 728 gtp 15 vlan 10

Por padrão, todos os pacotes que saem dos links GPON serão untagged.

Podemos conferir as bridges criadas com o comando “bridge show”. Exemplo:

digistar#bridge show
VLAN SLAN XLATE-TO Type BRIDGE Physical GTP TD FLAGS State
10 - Tg - Downlink gpon-2-128-728-10 gpononu/2/128 1 - - UP
10 - Ut - Uplink eth-1-100 eth/1 - - - UP

Como visto no exemplo acima, existe na porta eth-1 a VLAN 10 e na ONU 2/128 a VLAN 10 com porta GEM 728.
Então conseguimos acessar a rede que está na porta eth-1 a partir da ONU, por fazerem parte da mesma VLAN.
Quando a ONU transmitir dados pelo link GPON até a OLT, o pacote será tagged com a VLAN 10 e irá ser

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transmitido a todas as portas que tiverem esta VLAN (neste caso, a porta eth-1). Quando o pacote sair da porta
eth-1, ele será untagged.

Também podemos fazer o pacote sair tagged. Para isto, utilizamos o parâmetro “uni-vlan” com a C-TAG desejada.
No exemplo abaixo, são criadas duas bridges para a ONU.

digistar#bridge add gpon-2 onu 128 gem 728 gtp 5 vlan 10 uni-vlan 100

digistar#bridge add gpon-2 onu 128 gem 528 gtp 22 vlan 20 uni-vlan 200

Importante:

Para a ONU GRG34210 é necessário sempre adicionar uma uni-vlan, pois é a ONU irá sempre remover uma tag
vlan.

Como já visto anteriormente, as portas GEM devem ser sempre diferentes em um mesmo link GPON. Na primeira
bridge, foi usada a porta GEM 728 e, na segunda, a porta 528. Também foram criadas em VLANs diferentes, com
diferentes perfis de tráfegos GPON, com o objetivo de colocar serviços diferentes em VLANs diferentes. Quando
um pacote com VLAN 10 for transmitido para a ONU, o pacote será taggeado com a VLAN 100 na ONU e quando
um pacote com VLAN 20 for transmitido para a ONU, o pacote será traggeado com a VLAN 200 na ONU.

29.3.1. Configurando bridges para ONUs GRG-21000R, GRG-21110 e GRG-24200

Para estes modelos de ONUs a configuração de bridges na OLT difere das demais. Estes modelos de ONU são
bridge/router. Porém a configuração em modo bridge é totalmente suportada através do protocolo OMCI do
GPON, isto é, não é necessário configuração alguma por da ONU (profiles) neste modo. Já para o modo router
torna-se necessária a configuração por profiles na OLT.

Para diferenciar se a ONU está em modo bridge ou em modo router, para estes modelos apenas, podemos
configurar as opções “rg_mode” para modo router e “br_mode” para modo bridge. Esta configuração será
aplicada a cada uma das portas eth da ONU. Por exemplo, a ONU GRG-21000R possui apenas 1 porta ETH.
Portanto, a configuração se aplica apenas par eth 1. Já o modelo GRG-24200 possui 4 interfaces ETH. Podemos
configurar, de forma independente, as portas eth 1 até eth 4.

As demais opções do comando bridge add permanecem iguais para o modelo.

digistar#bridge add gpon-1 onu 4 gem 504 gtp 1 vlan 100 rg_mode eth 1

digistar#bridge add gpon-1 onu 5 gem 505 gtp 1 vlan 100 br_mode eth 1 2

digistar#bridge add gpon-1 onu 5 gem 505 gtp 1 vlan 200 br_mode eth 3

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30. Largura de banda
A tecnologia GPON atinge velocidades de aproximadamente 2.488 Gbits/s de downstream e 1.244 Gbits/s de
upstream por link. Anteriormente foi visto que é necessário especificar um perfil de tráfego GPON (definir a
velocidade de upload) durante a criação da bridge. Então, antes da criação da bridge, é verificado se o link ainda
possui banda disponível e, caso negativo, aparecerá uma mensagem de erro informando que não foi possível criar
a bridge por indisponibilidade de banda.

É possível visualizar e controlar a disponibilidade de banda em link através do comando “bandwidth


show”. Exemplo:

digistar#bandwidth show gpon-2


Port Used Available Use%
gpon-2 953.67 1.07 G 86%

31. Link Aggregation


Conhecido como Link Aggregation, ou agregação de links, é um método de redundância em que se faz uma
combinação (ou agregação) de dois ou mais links ou conexões para que haja uma maior disponibilidade (que
resulta em uma redundância) e eventualmente um aumento da banda. O nome dado ao conjunto de links é
chamado de grupo. A forma em que os pacotes são transmitidos e recebidos pelos diversos links do grupo se dá
por meio do algoritmo de escalonamento.

A maneira que estes grupos de links “conversam” com outros equipamentos podem nem sempre ser as
mesmas. Outros fabricantes chamam de bounding, bundling, trunking, mas em essência fazem as mesmas coisas,
agregar links, o problema é que nem sempre os protocolos de fabricantes diferentes conversam entre si. Existe
uma forma normatizada pela IEEE, protocolada pela 802.1AX ou a anterior 802.3ad, conhecida também por LACP
ou Link Aggregation Connection Protocol. Estes protocolos, se adequadamente seguidos, garantem que
equipamentos de fornecedores distintos falem entre si. E o problema de interoperabilidade pode gerar loop entre
equipamentos que geram uma interrupção no tráfego. Quando os equipamentos possuem problemas de
interoperabilidade é utilizado o modo estático onde quase todos os modelos no mercado têm este método de
agregação.

O método suportado pela OLTs da Digistar do tipo dinâmico é o IEEE 802.3ad e no modo estático podemos
diversas maneiras de como dividir o tráfego transmitido (algoritmo de escalonamento). Como o tráfego é dividido
por mais de um link acabamos por ter mais banda. Talvez o erro mais comum falando em Link Aggregation é
achar que ao usar dois links agregados temos o dobro da banda. Alguns clientes acham que ao combinar 2 links
de 1Gbps eles terão uma banda de 2Gbps, o que é um erro.

Para o correto funcionamento, os links devem estar em full-duplex e a velocidades dos links devem ser
iguais.

Exemplo:

linkagg add 1 static eth-1 dstip

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onde 1 é grupo a ser criado

static ou dinamic é o método que será feita a agregação. O modo estático é independente do
processo utilizado do outro lado (switch ou router) e o dinâmico utiliza o IEEE 802.3ad.

eth-1 é a interface que será colocada nesse grupo

dstip ou outra forma é forma que será distribuído o tráfego.

Faz com que o tráfego seja dividido entre duas ou mais (como a cor vermelha acima)
interfaces através de um método que pode ser selecionado pelo usuário (como a cor azul acima).

Se houver uma configuração semelhante no switch acima o sistema pode entrará em loop! Então
antes de colocar os cabos faça:

linkagg add 1 static eth-1 dstip


linkagg add 1 static eth-2 dstip

Ou seja, criar um grupo 1 com as duas ethernets para que elas não gerem loop. Além disso, parte do
tráfego sairá pela interface eth-1 e parte pela eth-2. O critério de decisão será algo relacionado ao IP de
destino, algo bem comum. Isso faz com que além de "aumentar" a banda entre dois dispositivos,
provêm redundância pois com apenas 1 link ativo, o sistema continuará funcionando.

O outro lado, ou seja, o switch em que a OLT esteja ligada também deve estar em link aggregation,
independente do critério de decisão. A única coisa interessante é colocar os dois lados ou em modo
estático ou em LACP (dinâmico).

Importante lembrar que depois que a interface esteja em um grupo de agregação não é possível
colocá-lo em outro grupo. A interface deve ser removida primeiro do grupo anterior para
posteriormente colocar em um novo grupo.

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32. Quality of Service (QoS)
É possível definir uma política que prioriza pacotes e limita determinados tipos de pacotes.

Para priorizar um pacote com CoS (802.1p), devemos definir para qual fila o pacote irá. Por padrão em todas
as portas o mapeamento é definido como:

CoS-to-Queue Mappings:
CoS (802.1p) Queue
0 0
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7

Isto significa que um pacote com CoS 0 será mapeado para a fila 0 e um pacote com CoS 7 será mapeado
para a fila 7. Definir as filas que os pacotes com cada CoS serão encaminhados é útil, já que é possível definir um
peso para cada fila, como no algoritmo de escalonamento Deficit Round Robin e Weighted Round Robin.

Exemplo alterando o mapeando das filas na porta “eth-1”:

digistar#qos eth-1 map 0 0


digistar#qos eth-1 map 0 1
digistar#qos eth-1 map 1 2
digistar#qos eth-1 map 1 3
digistar#qos eth-1 map 2 4
digistar#qos eth-1 map 2 5
digistar#qos eth-1 map 3 6
digistar#qos eth-1 map 3 7

Neste exemplo pacotes com CoS 0 e 1 será encaminhados para a fila 0, pacote com CoS 2 e 3 serão
encaminhados para a fila 1, pacotes com CoS 4 e 5 serão encaminhados para a fila 2 e pacote com CoS 6 e 7 serão
encaminhados para a fila 3.

Para alterar o algoritmo de escalonamento do pacote na porta “eth-1”:

OLT1#qos eth-1 sched wrr

Neste exemplo foi escolhido o algoritmo Weighted Round Robin.

Alterando o peso de cada fila:

OLT1#qos eth-1 weight 0 1


OLT1#qos eth-1 weight 1 2
OLT1#qos eth-1 weight 2 3
OLT1#qos eth-1 weight 3 4

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Neste exemplo a foi colocado peso 1 para a fila 0, peso 2 para a fila 1, peso 3 para a fila 2 e peso 4 para a
fila 3. Quanto maior o peso, maior a prioridade do pacote.

Para visualizar a configuração da porta “eth-1”:

OLT1#qos eth-1 show


Schedule mode: Weighted-Round-Robin

CoS-to-Queue Mappings:
CoS (802.1p) Queue
0 0
1 0
2 1
3 1
4 2
5 2
6 3
7 3

Queue-weight Mappings:
Queue Weight
0 1
1 2
2 3
3 4
4 1
5 1
6 1
7 1

A fila 3 possui peso 4 vezes maior que a fila 0. Espera-se que na saída porta “eth-1” saia 4 vezes mais
pacotes referentes a fila 3 do que da fila 0.

Os algoritmos de escalonamento disponíveis são:

 Strict Priority (SP): Prioriza sempre o pacote com maior CoS.


 Deficit Round Robin (DRR): Prioriza baseado no peso das filas. Número de bytes na saída será
proporcional aos pesos das filas.
 Weighted Round Robin (WRR): Prioriza baseado no peso das filas. Número de pacotes na saída será
proporcional aos pesos das filas.

33. POL (Passive Optical Lan)


A solução de rede POL é uma excelente alternativa para substituir qualquer solução LAN baseada em cobre,
pois utiliza a fibra óptica que possui inúmeras vantagens como a economia, a segurança e o alto desempenho no
tráfego de voz, vídeo e dados.

A rede POL que tem como base o uso da fibra óptica, é uma solução que atende as demandas das cidades
digitais, dos condomínios, das universidades, do exército, das indústrias e de tantos outros que necessitam de
uma rede em uma grande extensão territorial, com custos reduzidos e com a garantia que o investimento
realizado será de longo prazo.

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Uma grande vantagem na tecnologia GPON é o bloqueio no tráfego entre as ONUs. Isso gera maior
segurança, pois em um uso de internet residencial não queremos que os vizinhos tenham acesso de conteúdo
entre si. O segredo do uso do POL é a possibilidade de intercomunicação entre dois computadores na mesma
rede no mesmo link GPON e para trabalhar em uma rede interna, coorporativa isso é fundamental. Em alguns
casos esta funcionalidade é chamada de TLS ou Transparent LAN Service, ou serviço de LAN transparente.

Atenção: Esta funcionalidade é habilitada por licença, favor entrar em contato com a Digistar para
informações de como habilitá-la.

A seguir, os modos de configurar a OLT para realizar esta operação:

33.1. GPON Básico

Na tecnologia GPON, ONUs em um mesmo link não se falam entre si. A ONU vermelha pode falar com a
verde porque está em outro link GPON, mas não pode falar com a ONU amarela porque está no mesmo link.

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33.2. Modo Fiberlan

No modo Fiberlan todos que saem no link voltam para o mesmo. No exemplo acima é possível ver que a ONU
vermelha tenta acessar as ONUs amarela e verde. A verde irá receber sua requisição normalmente. A ONU
amarela que está no mesmo link irá receber pacotes que não são para ela (no nosso exemplo irá receber pacote
também da ONU verde). Isso não causa nenhum problema relacionado com segurança, mas irá introduzir um
tráfego adicional desnecessário no link.

Podemos configurar que todo o tráfego que sai no sentido uplink do GPON volte para o mesmo, sem
distinção de vlan. É o modo mais simples de configurar, mas traz a desvantagem de perder muita banda do link. O
processo deve ser habilitado por link, como no comando abaixo:

digistar#fiberlan add gpon-4

digistar#fiberlan show

Link Fiberlan

1 Off

2 Off

3 Off

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4 On

5 Off

6 Off

7 Off

8 Off

Lembrando que todas as ONUs do links vão poder operar entre si, então não devemos mesclar ONUs no
modo GPON e POL, mesmo que em VLANs diferentes. E também, este modo irá gerar os problemas de perda de
banda devido ao retorno dos pacotes (ver gráfico comparativo).

33.3. Modo Hairpin

Neste caso temos a solução supostamente mais otimizada. A ONU vermelha irá acessar a amarela e a verde.
A verde irá receber apenas pacotes destinados a ela, assim como a amarela também receberá apenas pacotes
referentes a amarela.

O modo Hairpin é bastante semelhante ao Fiberlan, mas será habilitado por vlan, o que já traz a vantagem de
poder usar GPON e POL no mesmo link. O modo Hairpin também otimiza melhor o tráfego evitando que o retorno

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desnecessário do pacote para link, mesmo que seja para uma ONU de outro link. O modo Hairpin também deve
habilitado por link. Durante o processo as bridge que já estavam criadas mudam para o modo Hairpin.

digistar#hairpin add gpon-11 vlan 100

Changing the behaviour of the following bridges:

gpon-11-1-501-100

gpon-11-2-502-100

gpon-11-3-503-100

gpon-11-4-504-100

gpon-11-6-506-100

gpon-11-7-507-100

OK

É possível ver todas as bridges no modo harpin que foram criadas com a flag ‘H’. Ou seja, na VLAN criada (no
nosso exemplo a 100), as ONUs podem se intercomunicar entre si.

digistar#bridge show

VLAN SLAN XLATE-TO Type BRIDGE Physical GTP TD FLAGS State

100 - Tg - Downlink gpon-11-1-501-100 gpononu/11/1 1 - H DOWN

100 - Tg - Downlink gpon-11-2-502-100 gpononu/11/2 1 - H UP

100 - Tg - Downlink gpon-11-3-503-100 gpononu/11/3 1 - H DOWN

100 - Tg - Downlink gpon-11-4-504-100 gpononu/11/4 1 - H UP

200 - Tg - Downlink gpon-11-5-505-200 gpononu/11/5 1 - UNI DOWN

100 - Tg - Downlink gpon-11-6-506-100 gpononu/11/6 1 - H DOWN

100 - Tg - Downlink gpon-11-7-507-100 gpononu/11/7 1 - H+UNI DOWN

98 - Tg - Downlink gpon-11-8-708-98 gpononu/11/8 1 - UNI DOWN

digistar#hairpin show

GPON Link VLANs enabled

11 100

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