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N° DISCRIMINAÇÃO DAS REVISÕES DATA CONFERIDO DATA APROVAÇÃO

DES
APROVAÇÃO DEPARTAMENTO DE ELETROSUL CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
ENGENHARIA DO SISTEMA

DATA: DATA SISTEMA ELETROSUL


PROJETADO:
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE ESTRUTURAS METÁLICAS
CONFERIDO:
TRELIÇADAS PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO
APROVADO:
ESC.: DES Nº: L000-0375-A4 R-0 Fl. 1/33
ELETROBRAS ELETROSUL Centrais Elétricas S. A. DES/DEEC

ÍNDICE

1 DEFINIÇÕES GERAIS ................................................................................... 4


2 REQUISITOS GERAIS .................................................................................. 5
2.1. Objetivos Gerais ..................................................................................... 5
2.2. Condições Específicas.............................................................................. 5
3 LISTA DAS INFORMAÇÕES A SEREM FORNECIDAS PELA PROPONENTE ................ 6
4 NORMAS .................................................................................................... 8
5 REQUISITOS PARA O PROJETO .................................................................... 10
5.1. Projeto Estrutural ................................................................................. 10
5.2. Materiais ............................................................................................. 10
5.2.1. Perfis e chapas ............................................................................. 10
5.2.2. Ferragens para estruturas estaiadas ................................................ 10
5.3. Detalhamento ...................................................................................... 10
5.3.1. Silhuetas das torres....................................................................... 10
5.3.2. Extensões e pernas ....................................................................... 11
5.3.3. Barras chatas, tubos e hastes ......................................................... 11
5.3.4. Montantes duplos .......................................................................... 11
5.3.5. Barras sujeitas a cargas de manutenção ........................................... 11
5.3.6. Drenagem das peças ..................................................................... 11
5.3.7. Ferragens de interligação ............................................................... 11
5.3.8. Detalhes para a fixação dos cabos auxiliares para encabeçamento e
grampeamento dos cabos condutores. ............................................. 12
5.3.9. Fixação dos cabos pára-raios .......................................................... 12
5.4. Fundações ........................................................................................... 12
5.4.1. Requisitos gerais........................................................................... 12
5.4.2. Dimensionamento das grelhas......................................................... 13
5.4.3. Stubs .......................................................................................... 13
5.4.4. Gabarito para montagem de fundações ............................................ 13
5.5. Dimensionamento................................................................................. 14
5.5.1. Critérios gerais ............................................................................. 14
6 APRESENTAÇÃO DO PROJETO ..................................................................... 15
6.1. Requisitos Gerais.................................................................................. 15
6.2. Memória de Cálculo............................................................................... 15
6.3. Desenho da Silhueta ............................................................................. 17
6.4. Desenhos de Montagem ........................................................................ 17
6.5. Lista de material e parafusos.................................................................. 18
7 REQUISITOS PARA FABRICAÇÃO ................................................................. 19
7.1. Geral .................................................................................................. 19
7.2. Furos .................................................................................................. 19
7.3. Soldas ................................................................................................ 20
7.4. Marcação............................................................................................. 20
7.5. Galvanização ....................................................................................... 20
7.6. Ferragens de Interligação ...................................................................... 20
8 INSPEÇÕES E ENSAIOS ............ ................................................................. 22
8.1. Geral .................................................................................................. 22
8.2. Definições e Instruções ......................................................................... 22
8.3. Ensaios de Tipo .................................................................................... 23
8.3.1. Pré-montagem.............................................................................. 23
8.3.2. Ensaio de carregamento do protótipo ............................................... 25
8.4. Ensaios de Rotina ................................................................................. 26
8.4.1. Componentes da estrutura ............................................................. 26
8.4.2. Ferragens para as torres ................................................................ 26

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8.5. Ensaios de Recebimento ........................................................................ 28


8.5.1. Galvanização ................................................................................ 28
8.5.2. Ensaios mecânicos para parafusos e porcas ...................................... 28
8.5.3. Ensaios mecânicos para as ferragens ............................................... 29
8.5.4. Verificação dimensional e de acabamento. ........................................ 30
9 EMBALAGEM ............................................................................................. 31
10 TRANSPORTE ............................................................................................ 32

ANEXO - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .................................................................. 33

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1 DEFINIÇÕES GERAIS

CONTRATANTE: Empresa do SISTEMA ELETROBRAS ou consórcio de empresas


responsável pela contratação dos serviços da empresa CONTRATADA;

PROPONENTE: Qualquer das firmas ou grupo de firmas que submeta uma proposta
para o suprimento dos materiais, equipamentos e/ou serviços cobertos por estas
Especificações;

CONTRATADA: É o PROPONENTE vencedor, selecionado pela CONTRATANTE, ao qual


competirá o suprimento dos materiais e execução de serviços, inclusive projetos
detalhados, conforme estabelecidos no Instrumento Contratual e em contrato
específico, incluindo-se sob esta designação seus representantes legais, sucessores e
agentes;

FABRICANTE: Empresa responsável pela fabricação de algum dos materiais cobertos


por estas Especificações;

INSPETOR: Pessoal e/ou organização indicada pela CONTRATANTE para inspecionar o


fornecimento, conferir a matéria-prima, o produto acabado, o processo de fabricação,
acompanhar o curso da fabricação, montagem e verificar a conformidade com as
especificações, normas estabelecidas e ensaios das estruturas.

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2 REQUISITOS GERAIS

2.1. Objetivos Gerais

2.1.1. Estas Especificações têm como objetivo especificar os dados técnicos


requeridos da PROPONENTE e os principais requisitos para projeto,
detalhamento, fabricação, ensaios, embalagem e embarque de estruturas
metálicas e inclusive suas partes complementares, tais como: ferragens de
fixação das cadeias, estais e ferragens correlatas etc., onde aplicável.

2.1.2. No caso de aquisição de estruturas com projeto já existente, o item 5


(Requisitos para o Projeto) não é aplicável e somente deverão ser fornecidos
ou revisados os desenhos constantes do anexo “Condições Específicas”.

2.2. Condições Específicas

2.2.1. As características das estruturas a serem projetadas e/ou fornecidas e os


demais requisitos específicos, estão relacionados no anexo intitulado
“Condições Específicas”.

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3 LISTA DAS INFORMAÇÕES A SEREM FORNECIDAS PELA


PROPONENTE

3.1. As informações aqui especificadas deverão se referir explicitamente ao material


oferecido e deverão ser apresentadas da mesma forma, seqüência e itemização,
mostradas aqui. Caso algum item não seja aplicável ao espaçador proposto, o
mesmo deverá ser incluído com a observação “Não aplicável”.

3.2. A PROPONENTE poderá adicionar quaisquer outros dados que julgue necessários
para demonstrar que o material proposto está de acordo com estas
Especificações.

3.3. A PROPONENTE deverá fornecer os dados relacionados a seguir para o material


ofertado. Os dados aqui especificados deverão ser apresentadas da mesma
forma, seqüência e itemização abaixo.

3.3.1. Relação completa dos ensaios de rotina para controle de qualidade, incluindo
os ensaios a serem realizados, os critérios de amostragem e os níveis de
aceitação e rejeição adotados. Esse programa deve incluir, como um mínimo,
todos os ensaios, verificações, análises, critérios de amostragem e os níveis de
aceitação e rejeição especificados no item 8.4 destas Especificações.

3.3.2. Detalhes sobre a marcação a ser utilizada nas peças.

3.3.3. Relação dos últimos fornecimentos de estruturas metálicas treliçadas para


linhas de transmissão com tensão nominal igual ou superior a 230 kV,
informando, no mínimo os seguintes dados:

a) Descrição do material e quantidade fornecida;


b) Datas de entrega e energização;
c) Nome do usuário

3.3.4. Certificado que possui um Sistema da Qualidade implementado para fabricação


de estruturas metálicas treliçadas para linhas de transmissão, de acordo com
os requisitos da Norma NBR ISO 9001 ou sua equivalente ISO 9001, referente
às instalações fabris onde as estruturas, a serem fornecidas, serão fabricadas.

3.3.4.1. Este certificado poderá ser de 2ª parte ou 3ª parte, conforme descrito


abaixo:

a) Certificação de 2ª parte: Somente serão aceitos certificados emitidos


por empresas participantes do Projeto NBR 19000.
b) Certificação de 3ª parte: Somente serão aceitos certificados emitidos
por organismos nacionais e internacionais, reconhecidos pelo INMETRO.

3.3.4.2. Os certificados de 3a parte deverão apresentar indicação de:

a) Validade;
b) Localização das instalações do fornecedor, onde serão fabricados os
materiais;

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c) Descrição dos produtos abrangidos pela Auditoria da Qualidade realizada


pela Entidade Certificadora, contendo todos os materiais propostos pela
CONTRATADA. No caso desta descrição ser fornecida em anexo ao
certificado ela deverá ser ratificada pela Entidade Certificadora;
d) Organismos credenciadores da entidade certificadora que aprovou o
Sistema da Qualidade.

3.3.4.3. A comprovação da certificação também poderá ser feita pela apresentação


de cópia de Parecer, com aprovação atualizada, emitido por uma das
empresas participantes do Projeto NBR 19000.

3.3.4.4. Os documentos deverão ser apresentados em português ou em outro idioma,


desde que acompanhados das respectivas traduções juramentadas.

3.3.4.5. A apresentação da documentação acima solicitada não isenta o FABRICANTE


de ter as suas instalações avaliadas pela CONTRATANTE quanto a sua
capacitação fabril, tecnológica e Sistema da Qualidade.

3.3.5. Deverão ser informados os possíveis laboratórios onde os ensaios de tipo


especificados serão realizados.

3.3.6. Demais documentos solicitados nas condições específicas.

3.4. Todos os custos referentes à presença dos INSPETORES da CONTRATANTE na


avaliação das instalações do FABRICANTE serão de responsabilidade do
PROPONENTE.

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4 NORMAS

4.1. Todos os projetos, dimensionamentos, materiais, fabricação, ensaios e inspeções


deverão estar de acordo com os requisitos das Normas Técnicas, a seguir
relacionadas, em suas últimas revisões, quando aplicáveis. Estas Especificações
prevalecerão em caso de conflito com as normas.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos.


NBR 5427 - Guia para utilização da NBR 5426 - Planos de amostragem e
procedimentos na inspeção por atributos.
NBR 5429 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por variáveis.
NBR 5430 - Guia de utilização da NBR 5429 - Planos de amostragem e procedimentos
na inspeção por variáveis.
NBR 5909 - Cordoalha de fios de aço, zincados, para estai, tirantes, cabos
mensageiros e usos similares.
NBR 6535 - Sinalização de linhas de transmissão com vista a segurança da inspeção
aérea - Procedimento.
NBR 7095 - Ferragens eletrotécnicas para linhas de transmissão e subestações de alta
tensão e extra-alta tensão
NBR 7276 - Sinalização de advertência em linhas de transmissão de energia elétrica -
Procedimento.
NBR 8664 - Sinalização para identificação de linha aérea de transmissão de energia
elétrica – Procedimento
NBR 9971 - Elementos de fixação dos componentes das estruturas metálicas -
Especificação.
NBR ISO-9001:2000 - Sistema de gestão da qualidade - Requisitos.
NBR 10647 - Desenho técnico
NBR 5422 - Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica
NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos
NBR 7400 - Produto de aço ou de ferro fundido – Revestimento de zinco por imersão
a quente – Verificação da uniformidade de revestimento – Método de ensaio
NBR 8850 - Execução de suportes metálicos treliçados para linhas de transmissão
NBR 9893 - Cupilha para pinos ou parafusos de articulação

ASME – American Society of Mechanical Engineers

ASME B18.2.1 - Square and hex bolts and screws – inch series
ASME B18.2.2 - Square and hex nuts

ASCE – American Society of Civil Engineers

ASCE 10-97 - Design of Latticed Steel Transmission Structures

ASTM – American Society for Testing and Materials

ASTM A36/A36M01 - Standard specification for carbon structural steel.


ASTM A570 - Standard specification for steel, sheet and strip, carbon, hot-rolled,
structural quality.

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ASTM A123 - Standard specification for zinc (hot-dip galvanized) coating on iron and
steel products
ASTM A143 - Standard practice for safeguarding against embrittlement of hot-dip
galvanized structural steel products and procedure for detecting embrittlement
ASTM A153 - Standard specification for zinc coating (hot-dip) on iron and steel
hardware
ASTM A239 - Standard practice for locating the thinnest spot in a zinc (galvanized)
coating on iron and steel articles
ASTM A242 - Standard specification for high strength low-alloy structural steel
ASTM A283 - Specification for low and intermediate tensile strenght carbon steel
plates of structural
ASTM A325 - High strenght bolts structural steel joints
ASTM A394 - Standard specification for steel transmission tower bolts zinc-coated and
bare
ASTM A475 - Zinc-coated steel wire strand
ASTM A563 - Standard specification for carbon and alloy steel nuts
ASTM A572 - Standard specification for high strength low-alloy Columbium-Vanadium
structural steel
ASTM A588 - Standard specification for high-strength low-alloy structural steel with
50 ksi [345 Mpa] minimum yield point to 4 in [100 mm] thick
ASTM A6/A6M - Standard specification for general requirements for rolled structural
steel plates, shapes and sheet piling
ASTM B6 - Standard specification for zinc

ISO – International Organization for Standardization

ISO 4016 - Hexagon Head Bolts – Product grade C


ISO 4034 - Hexagon Nuts – Product grade C
ISO 4759-1 - Tolerances for fasteners - Part 1: Bolts, screws and nuts with treads >
1,6 mm and ≤ 150 mm and products grades A, B and C.
ISO 898-1 - Mechanical Properties of Fasteners - Part 1 : Bolts, screws and studs
ISO 898-2 - Mechanical Properties of Fasteners - Part 2 : Nuts with specified Proof
Load Values – Coarse thread

SAE Society of Automotive Engineers

SAE J403 – Chemical compositions of SAE carbon steels


SAE J1397 - Estimated mechanical properties and machinability of steel bars

IEC International Electrotechnical Commission

IEC 60826 - Design criteria of overhead transmission lines.


IEC 652 - Loading test on overhead line towers.

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5 REQUISITOS PARA O PROJETO

5.1. Projeto Estrutural

5.1.1. As estruturas deverão ser projetadas de acordo com a norma NBR 8850.

5.2. Materiais

5.2.1. Perfis e chapas

5.2.1.1. Tipos

Deverão ser utilizadas cantoneiras laminadas e, eventualmente, perfis "U".


Não será permitidas a aplicação de perfis soldados e a utilização de perfis a
partir de chapas dobradas, somente será permitida para o caso em que não
haja disponibilidade comercial, com prévia autorização da CONTRATANTE e
com os controles dimensionais e visuais para identificação de fissuras,
rachaduras ou outras imperfeições. Os perfis de uma mesma torre deverão
ser todos de um ou, no máximo, dois tipos de aço. Neste último caso os
dois tipos poderão ser de alta resistência ou um comum e um de alta
resistência. Caso sejam usados dois tipos de aço, o FABRICANTE deverá
contar com um rigoroso controle de qualidade que assegure para cada peça
o emprego do aço correto. As chapas deverão ser todas de um único tipo de
aço, comum ou de alta resistência.

5.2.2. Ferragens para estruturas estaiadas

5.2.2.1. O conjunto de fixação de estais deverá permitir o ajuste da tensão no estai,


tanto nas operações de tensionamento como também nas eventuais
operações de retensionamento.

5.2.2.2. O sentido de encordoamento das hélices das varetas preformadas deverá ser
o mesmo do cabo de aço para estai.

5.2.2.3. A carga mínima de ruptura ou escorregamento dos conjuntos deverá ser


igual ou superior à carga de ruptura do cabo utilizado como estai.

5.2.2.4. No caso do fornecimento conjunto de estruturas autoportantes e estaiadas


em V (com viga) e monomastro, as ferragens de interligação da estrutura
com as cadeias de isoladores (cavalotes, manilhas, mancais, grampos U,
etc.) deverão ter as mesmas características.

5.3. Detalhamento

5.3.1. Silhuetas das torres

5.3.1.1. As silhuetas das torres constam dos desenhos relacionados no anexo


“Condições Específicas”.

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5.3.2. Extensões e pernas

5.3.2.1. As extensões e as pernas para cada tipo de torre deverão ser projetadas de
acordo com as seguintes exigências:

a) Atender os requisitos indicados nos desenhos incluídos no anexo


Condições Específicas.
b) As pernas deverão ser intercambiáveis de modo que a sua montagem
seja possível em qualquer combinação, tanto na torre básica como em
qualquer extensão.

5.3.3. Barras chatas, tubos e hastes

5.3.3.1. Não serão aceitas como peças estruturais de torres: barras chatas, tubos ou
hastes.

5.3.4. Montantes duplos

5.3.4.1. O emprego de cantoneiras duplas em "+" nos montantes deverá ser evitado,
sendo admitido somente quando não for possível a utilização de cantoneiras
simples de aço de alta resistência ou bitola superior.

5.3.5. Barras sujeitas a cargas de manutenção

5.3.5.1. As barras horizontais ou que façam ângulo menor que 45º com a horizontal
devem resistir a uma carga vertical de 100daN, aplicada em seu ponto
médio, independentemente de qualquer outra carga, sem deformação
permanente.

5.3.5.2. As barras horizontais das vigas ou mísulas próximas à fixação das cadeias de
isoladores devem suportar uma carga vertical de 400daN, aplicada em seu
ponto médio, independentemente de qualquer outra carga, sem deformação
permanente.

5.3.6. Drenagem das peças

5.3.6.1. A posição das cantoneiras deverá ser prevista de modo que, sempre que
possível, seja evitado o acúmulo de água e impurezas. Nas peças em que
isto não for possível, deverão ser previstos furos ou dobras na aba da
cantoneira para a devida drenagem.

5.3.7. Ferragens de interligação

5.3.7.1. As ferragens de interligação da torre com as cadeias de isoladores e


conjuntos dos cabos pára-raios e condutores deverão ser fornecidos
juntamente com as torres e seus tipos estão definidos no anexo “Condições
Específicas”.

5.3.7.2. As manilhas e cavalotes utilizados para fixação das cadeias de isoladores e


conjuntos para os cabos pára-raios deverão atender as seguintes exigências:

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a) O comprimento roscado dos pinos de engate e a posição do contrapino


deverão ser determinados de tal forma que, com o pino submetido às
cargas normais de trabalho e a cabeça do mesmo em contato com a
manilha ou cavalote, sejam verificadas as seguintes condições:
- a porca não deverá tocar a manilha, quando atarraxada até o final
da parte rosqueada do pino;
- com a porca em contato com o contrapino, à distância entre esta e
a manilha ou cavalote deverá ser inferior a 6,3 mm (1/4") e 9,5
mm (3/8") para pinos de diâmetro até 25 mm e maiores
respectivamente;
- a instalação e retirada do contrapino possam ser efetuadas
facilmente.
b) Todos os contrapinos deverão ser de aço inoxidável, estirados a frio, do
tipo autotravante, não necessitando ter as pontas dobradas após a
instalação e atenderem aos requisitos da norma NBR 9893 .
c) Todos os pinos de engate que possam sofrer esforços longitudinais ou
desgaste excessivo do contrapino devem ser fornecidos com porca e
contrapino.
d)Todos os pinos deverão ser providos de arruelas lisas.

5.3.7.3. O mancal de interligação da cadeia a torre deverá ser projetado de forma


que na instalação ou retirada não seja necessária a desmontagem de
qualquer componente da mísula, com porcas e arruelas nos contatos porcas-
peça, e com contrapinos nas extremidades.

5.3.8. Detalhes para a fixação dos cabos auxiliares para encabeçamento e


grampeamento dos cabos condutores.

5.3.8.1. Deverão ser previstos, próximos aos pontos de fixação das cadeias de
suspensão e de ancoragem, pontos auxiliares para instalação de manilhas,
cavalotes ou mancais, que serão utilizados para fixação dos cabos de aço e
estropos utilizados para sustentação provisória dos cabos condutores
durante a instalação das cadeias de ancoragem ou grampeamento nas
cadeias de suspensão.

5.3.8.2. Estes pontos deverão ser dimensionados para suportar as cargas pertinentes
das hipóteses de construção.

5.3.9. Fixação dos cabos pára-raios

5.3.9.1. O projeto da fixação dos cabos pára-raios nas estruturas de suspensão


deverá prever que os mesmos possam ser fixados em suspensão ou em
ancoragem. A fixação em ancoragem deverá prever a utilização das mesmas
ferragens utilizadas nas estruturas de ancoragem.

5.4. Fundações

5.4.1. Requisitos gerais

5.4.1.1. Os tipos de fundações a serem projetados, e quando for o caso, as


características do solo, serão definidos no anexo “Condições Específicas”.

5.4.1.2. No caso de fundações em concreto, será utilizada uma fundação para cada
perna.

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5.4.1.3. O detalhe da conexão à perna da torre deverá ser o mesmo para as grelhas
e stubs.

5.4.1.4. Os tipos de aços e elementos de conexão (parafusos, porcas, arruelas)


utilizados nas fundações deverão ser os mesmos utilizados no restante da
torre.

5.4.1.5. As fundações deverão ser projetadas para atender as mesmas hipóteses de


carregamento que o restante da estrutura. As cargas de projeto atuantes no
topo da fundação deverão ser obtidas a partir das reações calculadas
(tração, compressão e cortantes), multiplicadas pelos fatores definidos no
anexo “Condições Específicas”.

5.4.2. Dimensionamento das grelhas

5.4.2.1. No cálculo do peso do solo a ser considerado na resistência da fundação à


tração, deverá ser considerado o tronco de pirâmide que se estende da base
da grelha até um plano horizontal 30 cm abaixo da superfície do solo.

5.4.2.2. No cálculo da resistência da fundação à compressão, deverá ser considerada


a área liquida da grelha. A área liquida da grelha deverá ser, no mínimo,
igual a 50% da área bruta.

5.4.3. Stubs

5.4.3.1. A bitola dos stubs não pode ser menor que a bitola dos montantes.

5.4.3.2. O comprimento do stub deverá ser definido de acordo com a norma NBR
8850.

5.4.3.3. A resistência do concreto (Fck) deverá ser igual a 20 MPa.

5.4.3.4. O stub deverá ser projetado e dimensionado de modo que, quando da


ocorrência de um acidente com a estrutura, não ocorra dano a este nem a
fundação, para permitir a montagem da nova torre reutilizando à fundação
existente. Os critérios utilizados para este projeto e dimensionamento
deverão ser claramente detalhados na memória de cálculo.

5.4.4. Gabarito para montagem de fundações

5.4.4.1. A CONTRATADA deverá, projetar, para cada tipo de torre, um gabarito para
permitir a montagem das fundações, em grelha ou stub, sem necessidade de
montar as pernas e o quadro da base.

5.4.4.2. O fornecimento dos gabaritos ficará a critério da CONTRATANTE e serão


pagos pelo mesmo preço unitário dos demais componentes das estruturas.

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5.5. Dimensionamento

5.5.1. Critérios gerais

5.5.1.1. Para o cálculo das solicitações atuantes em cada elemento da estrutura,


assim como dos deslocamentos no topo ou em outros pontos de interesse, a
CONTRATADA deverá realizar uma análise estática, que considere a rigidez
das barras. Esta análise poderá ser linear-elástica, desde que não haja
necessidade de uma análise não-linear, o que deverá ser verificado pela
CONTRATADA e justificado à CONTRATANTE.

5.5.1.2. As solicitações de cada elemento da estrutura devem ser calculadas para


todos os carregamentos previstos.

5.5.1.3. O cálculo da resistência limite de cada elemento da estrutura deverá ser


realizado de acordo com as recomendações da NBR 8850.

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6 APRESENTAÇÃO DO PROJETO

6.1. Requisitos Gerais

6.1.1. Faz parte do fornecimento a apresentação de desenhos de silhueta, desenhos


completos de montagem, desenhos das ferragens utilizadas, listas de
materiais, listas de parafusos e acessórios, memórias de cálculo, programas e
relatórios de ensaios e quaisquer desenhos e informações que se tornem
necessários para os serviços de fabricação e montagem das torres (papel e
meio magnético em extensão dwg).

6.1.1.1. Nos desenhos de conjunto e componente, deverão constar as seguintes


informações: dimensões e tolerâncias necessárias à inspeção, peso total de
cada componente (quando for conjunto), material, carga de ruptura e
acabamento. Todas as revisões dos desenhos deverão ter uma tabela de
revisões assinalando as datas das revisões e ser claramente identificadas
pelo fornecedor.

6.1.1.2. Para os elementos pré-formados os desenhos detalhados deverão incluir:


dimensões e tolerâncias, faixa de aplicação, sentido da hélice, código de cor,
massa do conjunto e material.

6.1.1.3. Todos os desenhos deverão ser claros e precisos e incluir todas as


informações adicionais julgadas necessárias, pela CONTRATANTE, para
demonstrar sua concordância com os requisitos destas Especificações.

6.1.1.4. Todos os títulos dos desenhos e tabelas deverão indicar com clareza a
identificação do tipo de torre, número da encomenda e número do edital.

6.1.2. A CONTRATADA deverá apresentar seu projeto em conformidade com os


documentos de licitação segundo o procedimento estabelecido nestas
Especificações.

6.1.3. A CONTRATADA deverá seguir orientações da CONTRATANTE referentes à


denominação das estruturas metálicas (torres e suas partes).

6.1.4. Desenhos liberados pela CONTRATANTE não poderão ser modificados sem o
consentimento escrito da CONTRATANTE.

6.1.5. A CONTRATANTE definirá, na ocasião oportuna, os órgãos e/ou funcionários


para os quais deverão ser encaminhados os desenhos e correspondências e
com os quais deverão ser feitos os contatos verbais.

6.2. Memória de Cálculo

6.2.1. Para cada tipo de estrutura projetada, deverá ser apresentada uma memória
de cálculo de forma clara e ordenada, de modo a permitir a verificação de todo
o seu desenvolvimento e conter, no mínimo, as seguintes informações:

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6.2.1.1. Árvore de carregamento

6.2.1.2. Esquema da estrutura à qual se aplica, com suas dimensões principais,


mostrando vistas transversais e longitudinais da torre básica, extensões e
pernas, vistas dos diafragmas e identificação das barras.

6.2.1.3. Cálculo das cargas devidas ao vento na estrutura e respectivos pontos de


aplicação.

6.2.1.4. Cargas máximas de projeto de todas as barras, com a respectiva hipótese de


cálculo.

6.2.1.5. Dimensionamento das barras e ligações, com a identificação da barra, carga


calculada, hipótese de cálculo correspondente, perfil utilizado, tipo do aço,
área bruta e/ou líquida, comprimento livre, raios de giração, esbeltez, tensão
efetiva, tensão ou carga admissível, quantidade e diâmetro dos parafusos,
tensão de cisalhamento e tensão do esmagamento.

6.2.1.6. Verificação da resistência dos detalhes de fixação dos cabos auxiliares para
encabeçamento, exigidos no item 5.3.8 destas Especificações.

6.2.1.7. Cálculos dos esforços transmitidos às fundações, nas seguintes condições:

a) Para cada hipótese de cálculo devem ser calculados e indicados,


separadamente os esforços verticais de arrancamento e de compressão,
horizontais transversais e longitudinais, para cada fundação de cada tipo
de torre e para todas as combinações de extensões e de pernas
niveladas e desniveladas.
b) Os esforços nas fundações serão calculados para os seguintes casos:
- Para os vãos de vento e de peso máximos indicados nas hipóteses
de carregamento;
- Para a relação mínima admitida entre o vão de vento e o vão de
peso, ou seja, para cargas verticais reduzidas, conforme exigido
nos esquemas de cargas;
- No caso de circuito duplo com um só circuito montado inicialmente,
os esforços nas fundações devem ser também calculados para essa
condição;
- No caso de circuito duplo com 2 circuitos diferentes, montados
simultaneamente ou não, os esforços nas fundações devem ser
calculados para estas condições.
c) Os valores dos esforços deverão ser indicados segundo o eixo principal
na direção do montante (sistema local) e com o eixo principal na direção
vertical (sistema global).
d) Deverá ser fornecido um esquema indicando as orientações dos dois
sistemas de eixos em cada fundação.

6.2.1.8. Projeto e dimensionamento das fundações em grelhas.

6.2.1.9. Critérios utilizados para o projeto e dimensionamento dos stubs, de modo a


atender os requisitos do item 5.4.3 destas Especificações.

6.2.1.10. A CONTRATADA deverá fornecer, em meio magnético, as seguintes


informações:

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a) Resultados dos cálculos efetuados para todas as hipóteses e todas as


configurações de estrutura analisadas.
b) Definição da geometria da estrutura, com as coordenadas de todos os
nós e a tabela de incidência para todas as barras.
c) Eventuais instruções necessárias para acessar/interpretar os dados
encaminhados deverão ser fornecidos a parte.

6.2.1.11. Eventuais instruções necessárias para montagem das torres ou de alguns


dos seus componentes.

6.3. Desenho da Silhueta

6.3.1. Para cada tipo de torre projetada deverá ser fornecido um desenho de silhueta,
na escala 1:100, que deverá conter, além das informações solicitadas no item
6.2.1.2:

a) Indicação da cadeia de isoladores com os ângulos de balanço e as


respectivas distâncias especificadas entre partes energizadas e a torre.
b) Posição dos parafusos degrau.
c) Identificação do cabo condutor, cabo pára-raios, ângulo de utilização,
vão médio e vão gravante do cabo condutor e pára-raios, tensão, nº
circuitos, diâmetros dos estais, carga de pré-tensionamento dos estais.

6.4. Desenhos de Montagem

6.4.1. Cada desenho de montagem deverá mostrar um conjunto completo ou parte do


mesmo e conter as vistas, cortes e seções que se fizerem necessários para
permitir a montagem do conjunto no campo, de forma inequívoca. O desenho
deverá indicar o tipo de material, dimensões, furação, conexões, dobras,
emendas, recortes, etc. de todas as peças e seu número de identificação.

6.4.2. Os números de identificação das peças deverão ir aumentando, do topo para a


base da estrutura.

6.4.3. As peças que utilizarem um tipo de aço de alta resistência deverão receber a
letra "H" junto ao número de identificação. Caso se utilize de um segundo tipo
de aço de alta resistência, utilizar a letra "G".

6.4.4. Todas as conexões deverão indicar o número de parafusos, seu diâmetro e


comprimento, calços e arruelas utilizadas. O posicionamento dos parafusos-
degrau deverá ser claramente indicado.

6.4.5. Deverão ser fornecidos detalhes das fixações, às estruturas, das cadeias de
isoladores das fases mostrando os detalhes para fixação dos cabos auxiliares,
conforme solicitado no item 5.3.8 destas Especificações e dos conjuntos de
fixação dos pára-raios.

6.4.6. Os desenhos das fundações em grelha deverão indicar a posição de montagem


da grelha em cada cava de fundação.

6.4.7. Deverá ser fornecida uma tabulação completa de todas as dimensões da base
das estruturas para cada altura, resultante das possíveis combinações de torre
básica, extensão e pernas. Para definir e marcar com clareza os pontos e eixos
de trabalho, esta tabulação deverá incluir as seguintes dimensões considerando
o solo como um plano horizontal:

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6.4.7.1. Distância transversal da linha de centro longitudinal até a perna;

6.4.7.2. Distância longitudinal da linha de centro transversal até a perna;

6.4.7.3. Distância diagonal do centro da torre até a perna.

6.4.8. Deverá ser indicado nos desenhos o torque a ser aplicado para cada diâmetro
de parafuso.

6.5. Lista de material e parafusos

6.5.1. Deverão ser preparadas listas de material, de parafusos e de acessórios para


cada tipo de estrutura, indicando todo o material utilizado, suas dimensões,
marcação, quantidade por conjunto, peso unitário e peso total, incluindo
galvanização. As quantidades fornecidas em excesso, conforme solicitado no
anexo “Condições Específicas”, deverão ser indicadas e fornecidas
separadamente das quantidades necessárias.

6.5.2. Para todos os tipos de estruturas previstos, por ocasião da aprovação final dos
desenhos, deverá ser fornecida tabela indicando o peso final por componentes
da estrutura (torre básica, extensões, pernas, etc.) e por composição,
indicando peso das cantoneiras, peso dos parafusos, porcas, arruelas e
acessórios e o peso total.

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7 REQUISITOS PARA FABRICAÇÃO

7.1. Geral

7.1.1. A fabricação deverá estar em estrita concordância com os desenhos liberados


pela CONTRATANTE.

7.1.2. A fabricação e o acabamento das torres e ferragens deverão obedecer às mais


modernas práticas para estrutura de torres de transmissão, não obstante
quaisquer omissões eventuais destas Especificações.

7.1.3. Todas as partes e peças das estruturas deverão ter acabamento bom,
adequado e preciso, livre de arestas, rebarbas ou dobras indevidas. Todos os
furos, cortes e ligaduras deverão ter acabamento sem rebarbas falhas, bordas
ásperas ou dilaceradas.

7.1.4. Todo o material deverá ser limpo e devidamente alinhado para fabricação. Se
qualquer retificação ou aplainamento for necessário, deverá ser feito através de
processo e maneira que não danifique o acabamento do material ou sua
resistência. Qualquer lote de material que não se enquadre nestas exigências
e/ou se apresente com curvaturas acentuadas e de difícil correção, será
rejeitado.

7.1.5. Os cortes dos perfis e chapas deverão ser executados cuidadosamente e todas
as partes do trabalho deverão ter muito bom e adequado acabamento. Para as
conexões de cantoneiras por superposição, a aresta da cantoneira interna
deverá ser desbastada suficientemente para uma perfeita justaposição. Não
deverão ser empregados maçaricos de corte guiados manualmente.

7.1.6. Quaisquer modelagens ou dobras das peças durante a fabricação deverão ser
feitas por métodos que evitem a fragilização ("embrittlement") ou perda de
resistência do material, ou danos à galvanização.

7.2. Furos

7.2.1. Os furos deverão ser feitos com precisão. Os furos deverão ser marcados com
precisão para assegurar que os eixos dos parafusos estarão corretamente a
90º com os planos de conexão. Se for necessário o uso na obra de alargadores
para corrigir o indevido alinhamento dos furos, todos os ônus adicionais
decorrentes deste trabalho serão cobrados da CONTRATADA.

7.2.2. Todos os furos deverão ser cilíndricos, normais ao plano da peça e feitos com
ferramentas afiadas e de modo a evitar bordas ásperas ou rasgos. Rebarbas
resultantes de furos a máquina deverão ser removidas com ferramenta, com
acabamento adequado.

7.2.3. Onde necessário, para evitar distorção, os furos próximos de linhas de dobra
deverão ser feitos depois da execução da dobra.

7.2.4. Todos os furos deverão ser espaçados com precisão, marcados corretamente
sobre os eixos de furação nas peças e em obediência às indicações dos
desenhos. A variação máxima permitida nos espaçamentos de furos com
relação às indicadas nos desenhos, para todos os furos dos parafusos, deverá
ser 0,8 mm (1/32”).

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7.3. Soldas

7.3.1. Todas as soldas deverão ser executadas de acordo com a última edição da
norma AWS, D1. 1. Todas as soldas deverão ser indicadas nos desenhos e
deverão ser feitas de acordo com as recomendações da CONTRATADA do aço
no que se refere a eletrodos, procedimentos e temperaturas. Os processos de
soldagem e soldadores empregados para execução do trabalho coberto por
estas Especificações deverão ser qualificados de acordo com as recomendações
afins da norma AWS D1. 1.

7.3.2. Durante a montagem, no campo, não poderão ser feitas soldagens.

7.4. Marcação

7.4.1. Todas as peças deverão receber, por estampagem a punção, antes da


galvanização, marcações de letras e números em conformidade com as
indicações apresentadas nos desenhos de detalhe e montagem.

7.4.2. Tais marcas deverão ter altura mínima de 12,7 mm (1/2 "), deverão manter
aproximadamente a mesma posição relativa em todas as peças, ou grupo de
peças, e não ficar cobertas pelas superposições nas conexões. Deverão,
outrossim, ficar claramente visíveis após a galvanização.

7.4.3. Os perfis de aço de alta resistência deverão receber também as letras “H” ou
“G” junto ao número de identificação, conforme sejam utilizados um ou dois
tipos de aço de alta resistência (ver item 6.4.3).

7.5. Galvanização

7.5.1. Todo material ferroso deve ser galvanizado. A galvanização deverá ser feita por
imersão à quente e deve estar de acordo com a ASTM A123 e A153. Porcas de
aço rosqueadas deverão ser galvanizadas após o rosqueamento e o excesso de
zinco deverá ser removido das roscas, de modo a permitir o rosqueamento
manual nos parafusos, sem o auxílio de chaves.

7.5.2. Todo material rejeitado devido a manchas ou falhas, espessura inadequada de


revestimento ou de outros defeitos de galvanização, deverá ser decapado e
novamente galvanizado ou então, será aplicado novo revestimento nas áreas
com defeito, utilizando-se método aprovado pelo INSPETOR.

7.6. Ferragens de Interligação

7.6.1. Todas as ferragens deverão ser bem acabadas, sem rebarbas, cantos vivos,
escórias ou protuberâncias de tal forma que as peças a serem interligadas se
ajustem perfeitamente e possam ser montadas e desmontadas com facilidade.

7.6.2. As peças forjadas deverão ser de qualidade uniforme, sem arestas ou quinas
vivas e não deverão ter soldas e deverão ser isentas de defeitos, tais como
descontinuidades, rachaduras, vitrificações, crostas, escamas, fissuras,
porosidades, cavidades, esponjosidade, inclusões não metálicas, segregação,
etc., que possam afetar sua resistência mecânica.

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7.6.3. Todas as partes rosqueadas deverão ser galvanizadas após a abertura das
roscas e o excesso de zinco removido das mesmas. Todas as porcas e contra-
porcas deverão ser repassadas após a galvanização e deverá ser possível girar
as porcas ao longo de toda a rosca do parafuso sem o auxílio de ferramentas.

7.6.4. Todos os furos em peças de aço com espessura igual ou inferior a 17,5 mm
(11/16 “) deverão ser puncionados”. Os furos em peças de aço com espessura
superior a 17,5 mm deverão ser furados ou subpuncionados e escareados até o
diâmetro final.

7.6.5. Todos os furos deverão ser cilíndricos e perpendiculares à peça e feitos com
ferramentas afiadas de modo a evitar bordas ásperas. Asperezas resultantes da
escareação ou perfuração deverão ser removidas para assegurar um
acabamento adequado.

7.6.6. Cada peça deverá ser marcada de forma legível e indelével com as seguintes
informações:

a) Nome ou marca do FABRICANTE.


b) Carga de ruptura, em kN, onde for o caso.
c) Número de catálogo.

7.6.7. Peças de pequenas dimensões e aquelas que não puderem ser marcadas como
indicado acima, deverão ser marcadas apenas com o número de catálogo.

7.6.8. Furos para aterramento

7.6.8.1. Deverão ser previstos dois furos para aterramento com diâmetro de 14,5
mm, nos stubs, nas grelhas e nas pernas, sendo um desses furos acima e
outro abaixo da linha do terreno ou, no caso das fundações em concreto, um
acima e outro abaixo da superfície do concreto, ambos a, aproximadamente,
500 mm do ponto de união das pernas com as fundações.

7.6.8.2. Deverá ser previsto furo com diâmetro de 14,5 mm nas duas pontinas do
pára-raios a uma distância aproximada de 400 mm das ferragens de fixação
dos cabos pára raios, para aterramento destes cabos.

7.6.9. Em todos os projetos de torres deverão estar previstos placas ou pontos


suportes de sinalização de advertência, inspeção aérea e perigo, e de
identificação (linha, circuito, fase e torre). Estas placas ou pontos deverão
seguir procedimentos estabelecidos indicados no anexo “Condições
Específicas”, e estar em consonância com os preceitos estabelecidos nas
Normas NBR 7276 e 8664.

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8 INSPEÇÕES E ENSAIOS

8.1. Geral

8.1.1. Será de responsabilidade da CONTRATADA realizar todos os ensaios estipulados


nestas Especificações e submeter à aprovação da CONTRATANTE o Plano de
Inspeção e Testes/Ensaios, os respectivos relatórios e certificados de ensaio. O
ônus da realização dos ensaios será de responsabilidade da CONTRATADA.

8.1.2. Os procedimentos a serem utilizados nos ensaios e as instalações onde serão


realizados deverão ser aprovados pela CONTRATANTE, em data anterior aos
ensaios.

8.1.3. Caso a CONTRATADA opte por realizar ensaios de tipo e/ou de recebimento no
exterior, os custos decorrentes da presença dos INSPETORES da
CONTRATANTE (transporte, seguro, traslados, hospedagem e diárias),
previstos em Instrução Normativa da Eletrobrás, serão de sua
responsabilidade.

8.1.4. A CONTRATADA deverá apresentar ao INSPETOR todas as especificações


técnicas utilizadas para compra das matérias-primas e componentes adquiridos
de sub-fornecedores, bem como os relatórios certificados de ensaios de
recebimento e de análise química da matéria prima.

8.1.5. A CONTRATADA é totalmente responsável pelo desempenho satisfatório de


todo o material fornecido por ela ou por qualquer de seus sub-fornecedores.
Qualquer despesa que for necessária para reposição de material defeituoso ou
para alteração do projeto, será encargo da CONTRATADA.

8.2. Definições e Instruções

8.2.1. A não ser que esteja especificado de outra forma, a CONTRATADA deverá
notificar o INSPETOR, no mínimo 15 (quinze) dias antes do dia em que:

a) A fabricação se iniciar.
b) O produto estiver pronto para os ensaios de tipo.
c) O produto acabado estiver pronto para os ensaios de recebimento.

8.2.2. Nestas Especificações são indicadas três categorias de ensaios pelas quais a
CONTRATADA é responsável: ensaios de tipo, ensaios de rotina e ensaios de
recebimento.

8.2.3. Os ensaios de tipo são aqueles normalmente executados pela CONTRATADA


para comprovar a adequação do projeto aos requisitos físicos e mecânicos,
antes de se iniciar a fabricação. Os ensaios de tipo deverão ser testemunhados
pelo INSPETOR.

8.2.3.1. A fabricação de qualquer material só será autorizada pela CONTRATANTE


após a sua aprovação nos ensaios de tipo. Os ensaios de tipo são indicados
no item 8.3 destas Especificações.

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8.2.4. Os ensaios de rotina são definidos como todas as verificações, ensaios, análises
e exames feitos durante os vários estágios do processo de fabricação, para
assegurar que a fabricação está se processando normalmente e que nenhum
defeito está sendo causado por mão-de-obra deficiente, material inadequado
ou manuseio impróprio. O item 8.4 destas Especificações indica os ensaios de
rotina exigidos da CONTRATADA para assegurar que a fabricação está de
acordo com os requisitos destas Especificações. Estes ensaios deverão ser
realizados de acordo com o Sistema da Qualidade, conforme estas
Especificações e previamente aprovado pela CONTRATANTE.

8.2.4.1. A CONTRATADA deverá apresentar periodicamente ao INSPETOR os


relatórios dos ensaios que forem sendo executados durante a fabricação,
com os resultados e quantidades ensaiadas.

8.2.5. Os ensaios de recebimento são aqueles executados sobre o produto acabado, e


são indicados no item 8.5 destas Especificações, juntamente com os níveis de
amostragem e rejeição exigidos. A seleção das amostras para os ensaios
deverá ser feita pelo INSPETOR, a menos que indicado de outra forma, por
escrito. Os ensaios deverão ser testemunhados pelo INSPETOR.

8.2.5.1. Após cada série de ensaios a CONTRATADA deverá entregar ao INSPETOR,


relatórios de ensaios completos para aprovação da CONTRATANTE. Nenhum
material será liberado para embarque antes do fornecimento destes
relatórios, a menos que a CONTRATANTE dispense, por escrito, esta
exigência para cada caso específico.

8.2.5.2. As amostras serão selecionadas aleatoriamente pelo INSPETOR a partir de


cada lote. O INSPETOR, a seu critério, poderá selecionar um número maior
de amostras de qualquer lote e submetê-las a ensaios.

8.2.5.3. Um lote será considerado como um conjunto de unidades do produto do qual


serão retiradas amostras, para verificar sua conformidade com as exigências
destas Especificações. Cada lote deverá ser constituído por itens do mesmo
tipo, grau, classe, forma e composição, fabricada essencialmente sob as
mesmas condições e no mesmo período. No caso de ensaios de
galvanizações, se mais de um tipo de item for galvanizado ao mesmo tempo,
o lote poderá ser considerado como todos os materiais galvanizados sob as
mesmas condições, na mesma cuba e pelo mesmo operador, durante um
período contínuo de produção. No caso de parafusos e porcas, um lote
consistirá de um conjunto de mesmo diâmetro e corrida.

8.2.5.4. Cada lote rejeitado deverá ser disposto de forma a evitar que seja misturado
com material já aprovado, ou ainda não ensaiado.

8.3. Ensaios de Tipo

8.3.1. Pré-montagem

8.3.1.1. A CONTRATADA deverá notificar o INSPETOR, no mínimo 15 (quinze) dias


antes do início da pré-montagem de todos os componentes da estrutura.

8.3.1.2. A CONTRATADA deverá apresentar para o INSPETOR todo o material de cada


componente, devidamente separado por componentes.

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8.3.1.3. A CONTRATADA deverá fornecer a lista de material, lista de parafusos e


desenho de montagem de cada componente da estrutura, de tal modo que
antes do início da pré-montagem se faça a verificação visual e dimensional
das peças, bem como a contagem das mesmas, confrontando as listas de
materiais e de parafusos com os desenhos.

8.3.1.4. Caso ocorra uma divergência entre a lista de material ou lista de acessórios
e de parafusos e o material apresentado, a CONTRATADA deverá
imediatamente repor o item faltante para que não haja atraso na atividade.

8.3.1.5. A CONTRATADA somente poderá iniciar a pré-montagem de cada


componente após a conferência pelo INSPETOR, das referidas listas de
materiais, parafusos e desenhos, devendo haver uma equipe para
acompanhar o INSPETOR nessa etapa de conferência e outra equipe que
iniciará a pré-montagem.

8.3.1.6. A CONTRATADA iniciará a pré-montagem dos componentes com as peças e


parafusos liberados pelo INSPETOR, não sendo permitida a utilização de
parafusos, porcas, arruelas e calços com dimensões diferentes das previstas
no projeto.

8.3.1.7. Durante a pré-montagem, deverá ser observada uma perfeita montagem de


todas as partes. O alargamento de furos não será permitido. O uso de
chaves de espinas será tolerado até um limite razoável. Em particular,
deverá ser verificado se os diâmetros dos furos são adequados aos parafusos
especificados. Se a pré-montagem demonstrar qualquer peça defeituosa,
esta deverá ser corrigida e novamente pré-montada. Qualquer irregularidade
apresentada na pré-montagem em desacordo com o projeto deverá ser
registrada pelo INSPETOR e encaminhada formalmente para revisão.

8.3.1.8. Não será necessária a aplicação de palnuts durante a pré-montagem. Neste


caso deverão sobrar, no mínimo, três fios de rosca do parafuso.

8.3.1.9. O INSPETOR deverá verificar se não há dificuldade no posicionamento das


peças, como também na coincidência dos furos.

8.3.1.10. O INSPETOR deverá ter atenção especial na conferência dos elementos de


fixação das cadeias de isoladores, pára-raios e na instalação dos parafusos-
degrau, pois estes devem ser instalados com certa facilidade, pois terão um
grau de dificuldade para a sua instalação no campo.

8.3.1.11. O INSPETOR deverá verificar todas as imperfeições, folgas, necessidades de


recortes, necessidades de dobras, inclusão ou retirada de calços e ou
arruelas, necessidades de alteração de dimensões de parafusos, de modo
que no campo não haja problemas na montagem dos referidos componentes.

8.3.1.12. Caso a estrutura tenha sido pré-montada galvanizada, o INSPETOR deverá


verificar se durante a montagem de alguma peça ou acessório houve algum
dano na galvanização das peças. Caso haja, a CONTRATADA deverá ser
notificado para possível verificação nas dimensões dos furos ou das peças.

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8.3.1.13. Caso ocorra uma divergência durante a pré-montagem, esta deverá ser
indicada no desenho utilizado na pré-montagem e na lista de material, para
posterior revisão da engenharia. Esse processo se repetirá até a conclusão
da pré-montagem de toda a estrutura.

8.3.1.14. A CONTRATADA após a realização da pré-montagem providenciará a emissão


do relatório de pré-montagem e apresentará a lista de material e a lista de
parafusos e acessórios devidamente revisada de tal modo que o INSPETOR
certifique-se que as revisões foram realizadas.

8.3.1.15. A CONTRATADA emitirá o relatório de pré-montagem logo após a conclusão


dos serviços.

8.3.1.16. O INSPETOR deverá conferir o relatório de pré-montagem devendo verificar


se todas as listas foram devidamente revisadas como também se todas as
solicitações foram encaminhadas para a engenharia.

8.3.1.17. A CONTRATADA deverá emitir um boletim de ocorrência de modo a garantir


que, na engenharia, se efetue todas as modificações nos desenhos de
montagem.

8.3.1.18. A CONTRATADA apresentará ao INSPETOR após a pré-montagem os


procedimentos a serem tomados para a atualização dos desenhos e das
listas de materiais, parafusos e acessórios.

8.3.1.19. A CONTRATADA deverá enviar para a CONTRATANTE um relatório final


indicando todas as modificações realizadas tanto nos desenhos de montagem
como também nas listas de matérias, parafusos e acessórios.

8.3.1.20. Todas as peças aprovadas na pré-montagem serão utilizadas como padrão


para a fabricação das peças similares.

8.3.2. Ensaio de carregamento do protótipo

8.3.2.1. Será necessária a execução de ensaios de carga em protótipos dos tipos de


torres indicados no anexo “Condições Específicas”. As torres a serem
ensaiadas deverão ser fabricadas de acordo com os requisitos nestas
Especificações.

8.3.2.2. As torres a serem ensaiadas deverão ser fabricadas com os mesmos


materiais com que foram projetadas, e devidamente galvanizadas.

8.3.2.3. A CONTRATANTE poderá, a seu critério, exigir a medição dos deslocamentos


ocorridos após cada aplicação das cargas específicas (transversal do
condutor, transversal do pára-raios, etc.). Deverão ser medidos os
deslocamentos absolutos e os relativos à seção mais baixa da torre básica.

8.3.2.4. Após a conclusão dos ensaios, a CONTRATADA deverá fornecer à


CONTRATANTE relatório dos ensaios. Tais relatórios deverão conter, no
mínimo, as seguintes informações:

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a) Arranjo geral dos ensaios.


b) Cargas aplicadas nos ensaios.
c) Deslocamentos medidos em cada etapa de aplicação das cargas devendo
atender aos requisitos da CONTRATANTE de acordo com o item 8.3.2.3,
quando for o caso.
d) Relatórios certificados de ensaios de laboratório de todos os corpos de
prova obtidos após a seqüência de ensaio.
e) Relatórios certificados de calibração de todos os tipos de medidas de
carga.
f) Indicação clara de todas as alterações que foram feitas no projeto da
estrutura, em decorrência dos resultados dos ensaios.
g) Registro fotográfico.

8.3.2.5. A fabricação de qualquer tipo de torre ou componente que não tenha sido
aprovada no ensaio, somente será autorizada após a realização de novo
projeto aprovado pela CONTRATANTE e novo ensaio no qual a torre tenha
apresentado bom desempenho. A fabricação de qualquer parte da torre fora
destas condições será de total responsabilidade da CONTRATADA. A
CONTRATANTE não se responsabilizará por quaisquer perdas de material que
porventura ocorram em decorrência da não observância pela CONTRATADA
do que ficou estabelecido.

8.4. Ensaios de Rotina

8.4.1. Componentes da estrutura

8.4.1.1. Cada tipo de aço deverá ser submetido a ensaio de qualidade pelo sub-
fornecedor com a apresentação dos certificados da qualidade, que serão
apresentados ao INSPETOR. Corpos de prova de perfis, chapas e barras
deverão ser retirados por corrida e ficarão a disposição do INSPETOR para
serem submetidos aos ensaios de tração, em caso de necessidade de
comprovação das características mecânicas do aço recebido.

8.4.1.2. Durante a fabricação, cada lote de cada peça da torre deverá ser
visualmente inspecionado e comparado com a peça padrão, após
puncionamento e dobramento (quanto aplicável) e após galvanização.

8.4.1.3. O zinco utilizado para a galvanização deverá ser submetido à análise química
pelo sub-fornecedor, de forma a verificar sua conformidade com a Norma
ASTM B6 e o certificado da qualidade ficará a disposição para análise do
INSPETOR.

8.4.2. Ferragens para as torres

8.4.2.1. Peças forjadas

As peças forjadas deverão ser submetidas aos seguintes controles, nas


várias etapas de fabricação:

a) Matéria-prima: exame visual e ensaios mecânicos realizados pelo sub-


fornecedor.
b) Depois de forjada: exames visuais de aspecto externo, verificação das
dimensões e ensaios metalográficos.

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c) Após o tratamento térmico: ensaios mecânicos, metalográficos e de


dureza.
d) Após acabamento e antes da galvanização: exames visuais e
dimensionais.
e) Após a galvanização: uniformidade, medição da espessura e aderência
da camada de zinco.
f) As peças prontas deverão ser examinadas visualmente, verificadas
quanto às dimensões, submetidas a ensaios mecânicos e verificadas
quanto à compatibilidade com outras peças.

8.4.2.2. Peças trabalhadas

As peças fabricadas a partir de chapas laminadas deverão ser submetidas


aos seguintes controles, nas várias etapas de fabricação:

a) Matéria-prima: exame visual e dimensional e análise química realizada


pelo subfornecedor e comprovação através do certificado de qualidade.
b) Após as operações de cortes, furação e dobramento (quando aplicável):
exames visuais e dimensionais.
c) Após tratamento térmico e soldagem (quando aplicável): exames
visuais, dimensionais e de impacto, exames radiográficos das soldas.
d) Após a galvanização: peso, medição da espessura, uniformidade e
aderência da camada de zinco.
e) As peças prontas deverão ser examinadas visualmente, verificadas
quanto às dimensões, submetidas a ensaios mecânicos e verificadas
quanto à compatibilidade com outras peças.

8.4.2.3. Ensaio de carga a tração

Antes da galvanização e da inspeção por partículas magnéticas, todas as


ferragens utilizadas para fixação às estruturas das cadeias de condutores e
pára-raios deverão ser ensaiadas com a aplicação, durante um minuto, de
uma carga igual a 50% da carga de ruptura garantida pela CONTRATADA.
Todas as peças deverão ser solicitadas de modo a simular as condições de
serviço. Após a aplicação da carga, cada peça será inspecionada, não
devendo apresentar trincas, fissuras ou outros defeitos que possam ser
detectados por inspeção visual, sem o auxílio de instrumentos de medição.
Com a finalidade de verificar a estrutura interna de cada peça, as mesmas
deverão ser submetidas a seguir à inspeção por partículas magnéticas.
Esta cláusula não exclui as exigências para outros ensaios mecânicos
indicados nestas Especificações, mas é complementar a eles. Esta cláusula
aplica-se aos ensaios executados pela CONTRATADA durante a produção e
é aplicável a todas as peças, enquanto que os demais ensaios mecânicos se
aplicam a amostras dos produtos já acabados.

8.4.2.4. Inspeção por partículas magnéticas

a) Antes da galvanização e depois dos ensaios de tração, todas as peças


forjadas, deverão ser submetidas à inspeção por partículas magnéticas,
de acordo com a norma ASTM E709, utilizando a magnetização circular e
longitudinal, pelo método contínuo. Todas as seções de uma peça
deverão ser inspecionadas, inclusive parafusos e pinos. Deverão ser
utilizadas preferencialmente partículas magnéticas fluorescentes como
meio de inspeção.

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b) A intensidade e direção dos campos magnéticos deverão ser adequadas


para permitir detectar trincas, defeitos superficiais ou outras
imperfeições no acabamento que possam afetar a capacidade das peças,
tais como, vazios, esfoliações, emendas, rachaduras, escórias, aparas,
etc..
c) Caso a CONTRATANTE autorize, por escrito, a realização da inspeção
magnética sem a presença de seu INSPETOR, a CONTRATADA, deverá
apresentar, em 3 (três) vias, certificado comprovando que todas as
peças foram submetidas à referida inspeção.

8.4.2.5. As peças que apresentarem defeitos irreparáveis serão definitivamente


rejeitadas.

8.4.2.6. Entende-se por "defeito reparável" uma irregularidade superficial que possa
ser removida por esmerilhamento ou polimento, sem reduzir as dimensões e
resistência mecânica da peça em relação aos valores de projeto.

8.4.2.7. Caso as peças fundidas e/ou forjadas apresentem defeitos irreparáveis, a


CONTRATADA deverá proceder a ensaios e inspeções adicionais em sua linha
de produção, de forma a determinar a causa de tais defeitos.

8.5. Ensaios de Recebimento

8.5.1. Galvanização

8.5.1.1. Deverão ser retiradas amostras de todos os componentes das estruturas de


forma a verificar a conformidade da galvanização com os requisitos das
normas ASTM A 123 ou A 153, onde aplicável, no que se refere a:

a) Medição do peso e da espessura da camada ou verificação da camada de


zinco por método não destrutivo.
b) Acabamento e aderência da camada.

8.5.1.2. Além dos ensaios citados acima, os corpos de prova deverão ser submetidas
a uma verificação da uniformidade da camada pelo ensaio de Preece, de
acordo com a ASTM A239. As amostras deverão resistir, sem apresentar
depósito de cobre metálico, ao número de imersões de um minuto
discriminado abaixo:

a) Cantoneiras, chapas e outros perfis, arruelas e calços, parte não roscada


de parafusos e porcas: seis imersões.
b) Parte roscada dos parafusos e porcas: quatro imersões.

8.5.1.3. Para cada ensaio de galvanização, serão selecionadas três amostras de cada
lote. Se uma ou mais amostra der resultado insatisfatório, serão
selecionadas e ensaiadas mais seis amostras. Em caso de falha de qualquer
uma das amostras suplementares, o lote será rejeitado.

8.5.2. Ensaios mecânicos para parafusos e porcas

8.5.2.1. Deverão ser retiradas amostras de todos os parafusos e porcas, as quais


serão submetidas aos seguintes ensaios:

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a) Tração das porcas.


b) Tração, cisalhamento no corpo e na rosca dos parafusos.

8.5.2.2. O numero de peças no lote deverá contemplar todos os parafusos com o


mesmo diâmetro, independentemente do seu comprimento.

8.5.2.3. Caso os parafuso sejam originados de sub-fornecedores, deverão ser feitas


amostragens distintas para cada sub-fornecedor.

8.5.2.4. Para cada um dos ensaios acima, será utilizada a inspeção por atributos,
conforme especificado na Norma NBR 5426. Deverá ser adotado plano de
amostragem simples, regime de inspeção normal, nível de inspeção S2 e
Nível de Qualidade Aceitável (NQA) de 1,0. O nível e o regime de inspeção
poderão ser alterados pelo INSPETOR, de modo a tornar a inspeção mais
severa, nos casos previstos na NBR 5426.

8.5.3. Ensaios mecânicos para as ferragens

8.5.3.1. As ferragens, de responsabilidade da CONTRATADA, para ligação das cadeias


de isoladores e dos cabos pára-raios às estruturas, deverão ser submetidas a
ensaios de ruptura para verificar sua conformidade com a carga garantida
pela CONTRATADA.

8.5.3.2. Os ensaios deverão ser executados após a zincagem, com as cargas


aplicadas na peça na mesma situação que ocorrerá na operação da linha.

8.5.3.3. Todas as amostras deverão ser inicialmente submetidas a uma carga igual a
60% da carga nominal de ruptura, por um minuto.

8.5.3.4. Após a aplicação da carga indicada no item acima, todas as amostras


deverão ser inspecionadas, não devendo mostrar deformação evidente, dano
a zincagem ou falha incipiente.

8.5.3.5. Após as amostras haverem sido aprovadas no ensaio acima, a carga aplicada
será aumentada até a ocorrência de falha. O valor no qual ocorre a falha
deverá ser registrado. Para fins destes ensaios, a resistência da peça é
definida como a carga na qual a ruptura ou deformação inutilizaria a peça.

8.5.3.6. Após o carregamento acima, as amostras serão inspecionadas visualmente,


para detectar defeitos não visíveis antes do ensaio.

8.5.3.7. Para os ensaios descritos acima, será utilizada a inspeção por atributos,
conforme especificado na Norma NBR 5426. Deverá ser adotado plano de
amostragem simples, regime de inspeção normal, nível de inspeção S3 e
Nível de Qualidade Aceitável (NQA) de 1,5. O nível e o regime de inspeção
poderão ser alterados pelo INSPETOR, de modo a tornar a inspeção mais
severa, nos casos previstos na NBR 5426.

8.5.3.8. A amostra "n" terá falhado no ensaio e o lote representado pela mesma será
rejeitado, quando:

a) Qualquer peça deixar de atender aos requisitos do item 8.5.4.

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b) Qualquer peça apresentar defeito de fabricação após a ruptura.


c) Qualquer peça falhar a um valor inferior à sua carga de ruptura nominal.

8.5.4. Verificação dimensional e de acabamento.

8.5.4.1. O INSPETOR selecionará de cada lote uma amostra correspondente a 1%


(um por cento) das posições, diâmetro, corrida, etc.. Ou um mínimo de 3
(três) peças, o que resultar na maior quantidade, para verificação
dimensional e de acabamento. Se qualquer corpo de prova for reprovado, o
lote inteiro será recusado.

8.5.4.2. O lote recusado nos termos do item 8.5.4.1 poderá ser novamente
apresentado para inspeção, após ter sido examinado e corrigidas pela
CONTRATADA as falhas que ocasionaram a rejeição. O critério de
amostragem será o mesmo e, se novamente, pelo menos um corpo de prova
for reprovado, o lote inteiro será definitivamente recusado.

8.5.4.3. Todos os tipos de parafusos, porcas e pinos serão inspecionados da mesma


forma acima, com relação ao livre movimento da porca e a excessivos
depósitos de zinco na rosca. Caso haja algum corpo de prova rejeitado, o
lote inteiro será recusado, nos mesmos moldes descritos acima.

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9 EMBALAGEM

9.1. Todas as peças das estruturas deverão ser transportadas desmontadas e


agrupadas em amarrados ou caixas, a menos que indicado em contrário nos
desenhos.

9.2. O fornecimento de peças estruturais deverá ser feito com o uso de sistema de
código de barras que associará todos os dados do fornecimento (torre, posição,
quantidade, peso, nota fiscal, romaneio e data) a um banco de dados que será
utilizado para todo o controle e acompanhamento do fornecimento tanto em
quantidade como em peso.

9.3. Os amarrados de peças estruturais (cantoneiras/ chapas) deverão pesar no


máximo 3 toneladas, conter somente um tipo de peça (posição) e ser etiquetado
com código de barras, para facilitar a conferência no recebimento. As etiquetas
deverão resistir ao manuseio, transporte e intempéries durante o período de
armazenamento.

9.4. A CONTRATADA deverá fornecer à CONTRATANTE o banco de dados associado


ao código de barras utilizado nas etiquetas dos amarrados, a fim de proporcionar
maior confiabilidade e rapidez no recebimento de estruturas no canteiro de
obras.

9.5. Os elementos de união (parafusos, porcas, arruelas e calços) e de interligação


(parafusos U, manilhas, cavalotes, mancais etc.) deverão atender às seguintes
exigências:

a) Os parafusos deverão ser fornecidos sem porcas e separados por bitola


e comprimento.
b) Os elementos de união e interligação deverão ser separados por tipo e
embalados em sacos resistentes ao manuseio, transporte e
armazenamento, com capacidade de até 40kg.
c) Os sacos deverão ser etiquetados, com identificação do tipo, quantidade
e peso, e acondicionados em caixa de madeira com capacidade de até
1,5 tonelada. Deverá ser fixado na caixa um romaneio identificando seu
número bem como seu conteúdo.
d) Os elementos de união e interligação deverão ser embalados
considerando sempre a quantidade total da encomenda/lote e não o tipo
de estrutura (torre).

9.6. Os elementos de união (parafusos, porcas, arruelas e calços) serão fornecidos


com 3% de acréscimo em relação ao total necessário para montagem das
estruturas (torres).

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10 TRANSPORTE

10.1. O planejamento, programação e cronograma dos envios das cargas deverão ser
feitos pelo fornecedor e apresentados à CONTRATANTE para aprovação, antes do
início do envio de materiais ao local de entrega especificado, visando sempre o
fornecimento de conjuntos completos de estruturas para não prejudicar o bom
andamento da montagem.

10.2. A CONTRATADA deverá certificar-se, antes de carregar os amarrados nos


veículos onde serão transportados, de que estes estão suficientemente limpos,
suas carrocerias estejam em perfeitas condições (sem buracos ou saliências) e
livres de qualquer material que possa causar dano de qualquer forma às peças e
conjuntos. Deverá ser mantido um espaçamento mínimo de 10 (dez)
centímetros, entre os amarrados e a base da carroceria do veículo transportador
e entre amarrados sobrepostos. Qualquer dano ao material causado por
insuficiência de proteção será de responsabilidade da CONTRATADA.

10.3. As fundações deverão ser embarcadas em conjuntos completos (cantoneiras,


chapas, parafusos etc.) antes do restante do material das torres.

10.4. Os elementos de união (parafusos, porcas, arruelas e calços) e de interligação


(parafuso U, manilha, cavalote, mancal etc.) deverão ser embarcados
juntamente com as estruturas de maneira distribuída ao longo do fornecimento,
evitando cargas concentradas para minimizarem-se os problemas com o seguro
de transporte e com o andamento da obra, em caso de acidente.

10.5. Junto a cada embarque, a CONTRATADA deverá enviar duas vias do romaneio da
carga, anexas à nota fiscal, devidamente protegidas contra o tempo e manuseio,
de forma que não se perca ou se inutilize durante as operações de embarque,
transporte e desembarque.

10.6. Para o fornecimento em peso real, as notas fiscais deverão mencionar o peso
bruto e o peso líquido, descontando os calços de madeira e embalagens.

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ANEXO

CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

As características das estruturas a serem projetadas e/ou fornecidas e os demais


requisitos específicos, estão relacionados nas Especificações Técnicas de Projeto, de
Suprimento e de Construção do empreendimento.

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