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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA

MEMORIAL DESCRITIVO
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3

2. PARÂMETROS DE PROJETOS 3

3. CÁLCULO DA POPULAÇÃO 4

4. DEFINIÇÃO DAS ZONAS DE PRESSÃO 4

5. CÁLCULO DE PERDA 5

6. RESERVATÓRIO 5

7. DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO 6

8. MATERIAL UTILIZADO 7

9. ASSENTAMENTO DA TUBULAÇÃO 7

10. REDE DE DISTRIBUIÇÃO 7

10.1 VAZÃO MÉDIA 8

10.2 VAZÃO DO DIA DE MAIOR CONSUMO 8

10.3 VAZÃO DA HORA DE MAIOR CONSUMO (VAZÃO DE DISTRIBUIÇÃO) 8

10.4 VAZÃO EM MARCHA 9

11. PLANILHA DE DIMENSIONAMENTO 9

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16

ANEXO A 17

ANEXO B 18
1. INTRODUÇÃO

Este memorial descritivo apresenta todos os dados, justificativas e cálculos pertinentes a


elaboração e dimensionamento da rede de distribuição de água proposto pela docente Sheila
Cristina Pereira Martins como forma de obtenção de nota da disciplina curricular de Sistema
de Abastecimento de Água do curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Montes
Claros - UNIMONTES.

O trabalho foi desenvolvido considerando a topografia e o loteamento disponibilizado, sendo


realizado a locação do reservatório, cálculo do volume do reservatório e dimensionamento da
rede de distribuição. Para realização dos cálculos foi disponibilizado ao grupo um arquivo em
DWG contendo a região a ser dimensionada e suas respectivas cotas topográficas, além do
documento com os seguintes dados preliminares:

- Coeficiente do dia de maior consumo – k1 = 1,2

- Coeficiente da hora de maior consumo – k2 = 1,5

- Considerar 1 lote igual a 1 economia.

- 3,5 pessoas / economia

- Consumo per capita – q = 180 L/hab.dia;

- Perdas – 10%

2. PARÂMETROS DE PROJETOS

Salientamos que todo o projeto foi embasado nas normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT, sendo especificamente as normas abaixo arroladas:
- ABNT NBR 12211: 1992 – Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento
de água.
- ABNT NBR 12217: 1994 – Projeto de reservatório de distribuição de água para
abastecimento público.

3
- ABNT NBR 12218:1994 Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento
público - Procedimento.

3. CÁLCULO DA POPULAÇÃO

O material analisado foi dividido em seis áreas principais, conforme planta no anexo B
deste memorial. O cálculo da população será realizado através da contagem de lotes em cada
uma dessas áreas divididas.
- A1 = 21 lotes
- A2 = 13 lotes
- A3 = 41 lotes
- A4 = 41lotes
- A5 = 34 lotes
- A6 = 14 lotes
Totalizando 238 lotes, ou seja 238 economias.
População = 3,5 habitantes/economias * 238 economias = 833
habitantes. Portanto, a população considerada corresponde a 833
habitantes.

4. DEFINIÇÃO DAS ZONAS DE PRESSÃO

Conforme a NBR- 12218/94 da ABNT, um tubulação suporta o máximo de pressão de 40


MPa, sendo assim, quando a diferença entre a maior e a menor cota altimétrica da área de
projeto for inferior a aproximadamente 40 metros – utiliza-se apenas uma zona de pressão.
Como a topografia deste projeto se enquadra na referida situação, está dentro de uma
diferença de cota menor que 40 metros, consideramos apenas uma zona de pressão e somente
um reservatório.

4
5. CÁLCULO DE PERDA

Considerando que o valor de consumo inicialmente é o micromedido, utilizaremos o índice de


perda de carga com o intuito de obter o consumo per capita macromedido, através da fórmula
abaixo:
𝐼𝑝 = 𝑞𝑝𝑐−𝑞𝑚
* 100%
10%
𝑞𝑝𝑐
𝑞𝑝𝑐−180𝐿/ℎ𝑎𝑏.𝑑𝑖𝑎
= * 100%
𝑞𝑝𝑐

0, 1 * 𝑞𝑝𝑐 − 𝑞𝑝𝑐 =− 180𝐿/ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎


0, 9 * 𝑞𝑝𝑐 = 180𝐿/ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎
Em que: 𝑞𝑝𝑐 = 200 𝐿/ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎

𝐼𝑝: Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 (%);


𝑞𝑝𝑐: 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑚𝑎𝑐𝑟𝑜𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎;
𝑞𝑚: 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑚𝑖𝑐𝑟𝑜𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎.

6. RESERVATÓRIO

A norma NBR 12.217/94 recomenda que o reservatório possua 1/3 do volume necessário
para o dia de maior consumo, sendo o seu cálculo realizado pelo método simplificado,
considerando o consumo per capita macromedido.

𝑃*𝑄*𝑘1 1 (833ℎ𝑎𝑏*200 𝐿/ℎ𝑎𝑏.𝑑𝑖𝑎*1,2) 1


𝑉𝑜𝑙 = 1000 * 3 = 1000 * 3 = 66,64 𝑚³

Em que:
Vol : Volume do reservatório
(m³); P: População (hab);
Q: Consumo per capita (L/hab*dia);
k1: Coeficiente do dia de maior consumo.

O reservatório foi locado, aproximadamente na cota de 685 metros, conforme detalhado no


Anexo A. O reservatório escolhido é o elevado com 20 m³, sendo este, o modelo de caixa
5
d’água tipo taça, conforme exemplificação da Imagem 01, com altura de 10 metros de modo a
atender os lotes com as cotas mais altas, com o nível mínimo da lâmina de água elevado a 12
metros da cota de apoio, totalizando 697 metros, atendendo as pressões máximas de 40 mca e
mínimas de 10 mca durante todo loteamento.

Imagem 01: Caixa d’água

Fonte: FAZFORTE

A caixa d’água tipo taça é utilizada no modelo com água na coluna ou coluna seca, armazena
grandes volumes de água na cabeça (topo), proporcionando assim uma maior pressão da água,
ou seja, é possível elevar a altura da água até obter o nível desejado sob gravidade,
adequando-se a necessidade de projeto.

7. DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO

As dimensões adotadas para o reservatório supracitado foi da caixa d’água tipo taça - coluna
seca disponibilizado pela linha da FAZFORTE, modelo TCS 2008 com capacidade para
20.0 litros, contendo as seguintes especificações:

- Coluna: Aproximadamente 12 metros e diâmetro de 1,27 metros;


- Taça: Altura de 3,40 metros e diâmetro de 2,54 metros;
- Cone: Altura de 1,00 metro;
6
- Altura total: 13,40 metros.

8. MATERIAL UTILIZADO

Todos os materiais serão de primeira qualidade e/ou atendendo ao descrito neste memorial. A
rede de distribuição de água será executada com tubos de ferro fundido, obedecendo à
necessidade de vazão para melhor atender aos consumidores, e deverá seguir, rigorosamente,
os cálculos que constam neste memorial. A ligação das moradias será feita com tubos de ferro
fundido, calculando-se aproximadamente 20 m para cada entrada de moradia. Foram
escolhidos os tubos de ferro fundido, pois eles são mais resistentes à corrosão e à ferrugem do
que outros tipos de tubulação.

9. ASSENTAMENTO DA TUBULAÇÃO

Antes do assentamento, os tubos e peças devem ser limpos e inspecionados com cuidado.
Deve ser verificada também a existência de falhas de fabricação, como danos e avarias
decorrentes de transportes e manuseio. No assentamento, os tubos devem ser rigorosamente
alinhados com o fundo regularizado. O ajuste das juntas da tubulação com seu respectivo
material de vedação deve ser feito com o cuidado necessário para que as juntas sejam
estanques. Nos períodos em que se paralisa o assentamento, a extremidade da tubulação deve
ser vedada com tampões. Para os tubos de ferro fundido, retirar todo o brilho e limpar a ponta
e a bolsa com uma estopa embebida de solução limpadora ou lixa, removendo todas as
sujeiras e gorduras.

10. REDE DE DISTRIBUIÇÃO

A rede de distribuição foi realizada por gravidade, a partir do reservatório elevado tipo taça,
com 10 metros de altura, garantindo as pressões mínimas exigida por norma.

7
A rede foi projetada através do método trecho a trecho, conforme planilha no Anexo B, sendo
realizada a contagem dos lotes de jusante a montante e calculada as vazões que discorrem do
item 10.1 até o 10.4.

10.1 VAZÃO MÉDIA

𝑃*𝑄 (883ℎ𝑎𝑏*200𝐿/ℎ𝑎𝑏.𝑑𝑖𝑎)
𝑄𝑚𝑒𝑑 =86400 = 86400 = 1,93𝐿/𝑠

Em que:

𝑄𝑚𝑒𝑑 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 (𝐿/𝑠);


q = Consumo per capita (L/hab*dia).

10.2 VAZÃO DO DIA DE MAIOR CONSUMO

𝑄𝐷𝑀𝐶 = 𝑘1 * 𝑄𝑚𝑒𝑑 = 1, 2 * 1,93𝐿/𝑠 = 2,312 L/𝑠


Em que:

𝑄𝐷𝑀𝐶 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 (𝐿/𝑠);

k1 = Coeficiente do dia de maior consumo;

𝑄𝑚𝑒𝑑 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 (𝐿/𝑠).

10.3 VAZÃO DA HORA DE MAIOR CONSUMO (VAZÃO DE DISTRIBUIÇÃO)

𝑄𝐻𝑀𝐶 = 𝑘1 * 𝑘2 * 𝑄𝑚𝑒𝑑 = 1, 2 * 1, 5 * (833ℎ𝑎𝑏*200 𝐿/ℎ𝑎𝑏.𝑑𝑖𝑎)


86400
= 3,474 𝐿/𝑠

Em que:

𝑄𝐷𝑀𝐶 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 (𝐿/𝑠);


k1 = Coeficiente do dia de maior consumo;
k2 = Coeficiente da hora de maior consumo.

8
𝑄𝑚𝑒𝑑 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 (𝐿/𝑠)

10.4 VAZÃO EM MARCHA

𝑞𝑚 = 𝑄𝐻𝑀𝐶
= 3,474 𝐿/𝑠
= 0, 00051 𝐿/𝑠. 𝑚
𝐿 1498𝑚

Em que:

qm = Vazão de distribuição por marcha (L/(s.m));


𝑄𝐷𝑀𝐶 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 (𝐿/𝑠);
𝐿 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎 (𝑚);

11. PLANILHA DE DIMENSIONAMENTO

O dimensionamento da rede de distribuição de água foi realizado através do software Excel,


no qual foram utilizadas ferramentas de cálculo com o intuito de otimizar o processo. Em
forma de Planilha, o Anexo B, consta o dimensionamento completo do sistema de
distribuição de água do loteamento estudado, com as informações abaixo arroladas, de acordo
com as colunas. Ainda, será apresentado o cálculo do trecho 17-R, como forma de
exemplificar o modelo de cálculo aplicado à rede:

COLUNA A: Consiste na nomeação dos trechos de jusante para montante.

Exemplo trecho 17-R: 17-R.

COLUNA B: Determina-se o comprimento (m) levando em conta a jusante do trecho.

Exemplo trecho 17-R: 1487 metros (soma de todos os trechos anteriores).

COLUNA C: Determina o comprimento (m) de cada trecho, medido em planta. Para facilitar
os cálculos, os valores foram arredondados para números inteiros.

Exemplo trecho 17-R: 11 metros

COLUNA D: O comprimento do trecho à montante se dá pelo somatório do comprimento da


jusante e do trecho.

9
Exemplo trecho 17-R: 1487 m + 11 m= 1498 metros

COLUNA E: O cálculo da vazão do trecho à jusante (𝑄 ) é obtido através da multiplicação


𝑗

entre o comprimento do trecho à jusante (𝐿 )


𝑗 e a vazão em marcha (qm), calculada
anteriormente. A fórmula utilizada é apresentada abaixo:

𝑄=𝐿 𝑃.𝑞.𝐾 .𝐾
𝑗 𝑗 . 𝑞𝑚 = 𝐿 . 1 2
𝑗 86400 . 𝐿

Exemplo trecho 17-R:

𝑄 = 𝐿 . 𝑞𝑚
𝑗 𝑗

𝑄 = 1487 𝑚 * 0, 00051 𝐿/𝑠. 𝑚


𝑗

𝑄 = 0, 75 𝐿/𝑠
𝑗

COLUNA F: O cálculo da vazão do trecho (𝑄 ) é obtido através da multiplicação entre o


𝑡

comprimento do trecho (𝐿 ) e a vazão em marcha (qm), calculada anteriormente.


𝑡

𝑄=𝐿 𝑃.𝑞.𝐾 .𝐾
𝑡 𝑡 . 𝑞𝑚 = 𝐿 . 1 2
𝑡 86400 . 𝐿

Exemplo trecho 17-R:

𝑄 = 𝐿 . 𝑞𝑚
𝑡 𝑡

𝑄 = 11 𝑚 * 0, 00051 𝐿/𝑠. 𝑚
𝑡

𝑄 = 0, 01 𝐿/𝑠
𝑡

COLUNA G: O cálculo da vazão média (𝑄 ) é obtido através da soma da vazão do trecho


𝑚𝑒𝑑

à jusante com metade da vazão do trecho.

𝑄 𝑄
𝑚𝑒𝑑 = 𝑄 + 𝑡
𝑗 2

10
Exemplo trecho 17-R:

11
𝑄
𝑄 = 𝑄 + 𝑡
𝑚𝑒𝑑 𝑗 2

𝑄
𝑚𝑒𝑑 = 0, 75 𝐿/𝑠 + 0,01 𝐿/𝑠
2

𝑄 = 0, 76 𝐿/𝑠
𝑚𝑒𝑑

COLUNA H: O diâmetro da tubulação é determinado a partir da Imagem 2, levando em


consideração os valores obtidos da vazão média (𝑄 ).
𝑚𝑒𝑑

Imagem 02: Limites práticos de velocidade e vazão para tubulações de rede de distribuição.

Fonte: Adaptado. AZEVEDO NETO et al (1988)

Exemplo trecho 17-R: Como a vazão média encontrada para o trecho é de 0,76 L/s, o
diâmetro a ser considerado para a sua tubulação é de 50 mm.

COLUNA I: É apresentado o cálculo da velocidade que água percorrerá cada trecho da


tubulação. A fórmula utilizada é dada por:

4* 𝑄

1000
𝑉= 𝑑
π*( 1000

Em que:

𝑉: 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑚/𝑠);
𝑄: 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 𝐺 (𝐿/𝑠);
𝐷: 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 𝐻 (𝑚𝑚).

12
Exemplo trecho 17-R:

13
4* 𝑄

1000 0,76 𝐿/𝑠


1000
𝑉= = 4* = 0, 38 𝑚/𝑠
𝑑
π*( )²
1000
π* ( 50 𝑚𝑚
1000

COLUNA J: É apresentada a cota piezométrica do ponto à montante do trecho analisado. A
análise é feita de montante para jusante, ou seja, é iniciada a partir da cota mínima da lâmina
de água do reservatório e finaliza nas cotas mais baixas. A cota piezométrica a montante de
um trecho é igual a cota piezométrica à jusante do trecho imediatamente anterior.

Exemplo trecho 17-R: Para este trecho a cota piezométrica do ponto à montante é referente
ao ponto R (reservatório), sendo assim, será referente à da cota mínima da lâmina de água,
definida anteriormente como 697 metros.

COLUNA K: É apresentado o cálculo da perda de carga ao longo do trecho da tubulação. A


fórmula utilizada é dada por:
1,85
𝑄
10,64*( 1000 ) *𝐿
ℎ𝑓 = 1,85 4,87
( )
𝐷
𝐶 * 1000

Em que:

𝑄: 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 𝐺 (𝐿/𝑠);


𝐿: 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 𝑎𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 𝐶 (𝑚);
𝐶: 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝐻𝑎𝑧𝑒𝑛 − 𝑊𝑖𝑙𝑙𝑖𝑎𝑚𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑜 = 130;
𝐷: 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑢𝑏𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 𝐻 (𝑚𝑚).

Exemplo trecho 17-R:


1,85
10,64*( 𝑄 0,76 𝐿/𝑠
) 1,85 10,64*( )
*𝐿 *11𝑚
ℎ𝑓 = 1,85
1000
4,87
= 1000
1,85 50 𝑚𝑚 4,87
= 0, 05 𝑚
𝐷
𝐶 ( )
* 1000 130 * ( 1000 )

COLUNA L: É apresentada a cota piezométrica do ponto à jusante do trecho analisado. A


análise é feita de montante para jusante, ou seja, é iniciada a partir da cota mínima da lâmina
de água do reservatório e finaliza nas cotas mais baixas. Para o cálculo é utilizada a seguinte
equação:

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧. 𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧. 𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎

14
Em que:

15
Cota piez. Jusante (m);
Cota piez. Montante: Apresentada na coluna J (m);
Perda de carga: Calculada na coluna K (m).

Exemplo trecho 17-R:

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧. 𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧. 𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧. 𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 = 697𝑚 − 0, 05𝑚

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧. 𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 = 696, 95 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠

COLUNA M: É apresentada a cota do terreno do ponto à jusante do trecho analisado, retirada


da planta topográfica. Para a definição desta cota foi feita uma relação entre a distância entre
duas linhas de cotas com a distância do ponto analisado a uma dessas linhas.

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 2 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎 − 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 2 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎 − 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜
𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎
Exemplo trecho 17-R: Neste trecho a cota do terreno do ponto à jusante é referente ao ponto
17. Os dados para o cálculo realizado é apresentado na Imagem 03:

Imagem 03: Recorte da planta topográfica em que apresenta os dados para o cálculo da cota do ponto 17.

Fonte: Autores, 2021

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 2 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎 − 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 2 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎 − 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒

16
𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎

39, 16 − 1 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜

20, 29 − 𝑋

𝑋 = 0, 52 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 17 = 685 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 − 0, 52 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 17 = 684, 48 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠

COLUNA N: É apresentada a cota do terreno do ponto à montante do trecho analisado. Para


a definição desta cota foi feita uma relação entre a distância entre duas linhas de cotas com a
distância do ponto analisado a uma dessas linhas.

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 2 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎 − 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 2 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎 − 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒

𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎

Exemplo trecho 17-R: Neste trecho a cota do terreno do ponto à montante é referente ao
ponto R (reservatório). Para este caso, a cota a ser considerada é a cota mínima da lâmina de
água do reservatório. Sendo assim, será dada por 697 metros, como apresentado
anteriormente.

COLUNA O: É apresentado o cálculo da pressão disponível no ponto à jusante do trecho


analisado. Para o cálculo é utilizada a seguinte equação:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑗𝑢𝑠. = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧. 𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑗𝑢𝑠.

Em que:

Pressão disponível jus. (mca);


Cota piez. jusante: Apresentada na coluna L (m);
Cota do terreno jus.: Apresentada na coluna M
(m).

Exemplo trecho 17-R:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑗𝑢𝑠. = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧. 𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑗𝑢𝑠.

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑗𝑢𝑠. = 696, 75 − 662


17
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑗𝑢𝑠. = 34, 75 𝑚𝑐𝑎

COLUNA P: É apresentado o cálculo da pressão disponível no ponto à montante do trecho


analisado. Para o cálculo é utilizada a seguinte equação:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑚𝑜𝑛𝑡. = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧. 𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑚𝑜𝑛𝑡.

Em que:

Pressão disponível mont. (mca);


Cota piez. montante: Apresentada na coluna J (m);
Cota do terreno mont.: Apresentada na coluna N
(m).

Exemplo trecho 17-R:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑚𝑜𝑛𝑡. = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧. 𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 𝑚𝑜𝑛𝑡.

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑚𝑜𝑛𝑡. = 697 − 697

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑚𝑜𝑛𝑡. = 0 𝑚𝑐𝑎

18
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12211: Estudos de


concepção de sistemas públicos de abastecimento de água. Rio de Janeiro, 1992.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12217: Projeto de


reservatório de distribuição de água para abastecimento público. Rio de Janeiro, 1994.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12218: Projeto de


rede de distribuição de água para abastecimento público. Rio de Janeiro, 2017.

CAIXAS, S. Caixa d’água tipo taça. Bilac, São Paulo: [s.n.], 2016. Disponível em:
<http://www.stockcaixasdagua.com.br/caixa-dagua-taca.php>. Acesso em 26 jun. 2021.

HELLER, L.; PÁDUA, V. L. Abastecimento de água para consumo humano. Belo horizonte:
UFMG, 2006.

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ANEXO B

DIMENSIONAMENTO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO TRECHO A TRECHO


A B C D E F G H I J K L M N O P
Trecho Comprimento (m) Vazão (L/s) C. Piez. Perda de C. Piez. Cota Terreno (m) Pressão disp.
D (mm) V (m/s)
J- M Jus. Trecho Mont. Jus. Trecho Média Mont. carga Jus. Jus. Mont. Jus. Mont.
1-2 0 118 118 0,00 0,06 0,03 50 0,02 696,75 0,00 696,75 662,00 659,74 34,75 37,01
2-4 118 230 348 0,06 0,12 0,12 50 0,06 696,79 0,04 696,75 659,74 671,38 37,01 25,41
3-4 348 80 428 0,18 0,04 0,20 50 0,10 696,79 0,03 696,76 675,33 671,38 21,43 25,41
4-6 428 75 503 0,22 0,04 0,24 50 0,12 696,83 0,04 696,79 671,38 679,00 25,41 17,83
5-6 503 73 576 0,25 0,04 0,27 50 0,14 696,83 0,05 696,78 679,85 679,00 16,93 17,83
6-17 576 119 695 0,29 0,06 0,32 50 0,16 696,95 0,12 696,83 679,00 684,48 17,83 12,47
7-9 0 79 79 0,00 0,04 0,02 50 0,01 696,64 0,00 696,64 662,42 668,72 34,22 27,92
8-9 79 106 185 0,04 0,05 0,07 50 0,03 696,64 0,01 696,63 668,72 664,44 27,91 32,20
9-11 185 72 257 0,09 0,04 0,11 50 0,06 696,65 0,01 696,64 668,72 671,70 27,92 24,95
10-11 257 95 352 0,13 0,05 0,15 50 0,08 696,65 0,02 696,63 667,60 671,70 29,03 24,95
11-13 352 72 424 0,18 0,04 0,20 50 0,10 696,68 0,03 696,65 671,70 675,36 24,95 21,32
12-13 424 47 471 0,21 0,02 0,23 50 0,12 696,68 0,02 696,65 675,09 675,36 21,56 21,32
13-15 471 205 676 0,24 0,10 0,29 50 0,15 696,84 0,17 696,68 675,36 681,64 21,32 15,20
14-15 676 39 715 0,34 0,02 0,35 50 0,18 696,84 0,05 696,80 680,80 681,64 16,00 15,20
15-16 715 56 771 0,36 0,03 0,38 50 0,19 696,92 0,07 696,84 681,64 684,29 15,20 12,63
16-17 771 21 792 0,39 0,01 0,40 50 0,20 696,95 0,03 696,92 684,29 684,48 12,63 12,47
17-R 1487 11 1498 0,75 0,01 0,76 50 0,38 697,00 0,05 696,95 684,48 697,00 12,47 0,00
SOMA 1498 0,76 0,74

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