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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

GAM122 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Dimensionamento do Sistema de Abastecimento de Água para o loteamento


Mont Serrat no município de Lavras - MG

Discentes: Alan Eugênio de Oliveira - 201820060

Amanda Landim de Sá - 201820940

Ana Luiza Moreira Botan - 201820441

Breno de Souza Andrade - 201810112

Gustavo Rodrigues Silva Perrucini - 201910012

Vitor da Silva Neto - 201810631

Turma: 19 A

Docente: Paula Peixoto Assemany

Lavras
Abril 2022
Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
1.1. Caracterização da área .................................................................................................... 1
2. OBJETIVO ......................................................................................................................... 2
3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 2
3.1. Cálculo da população atendida pelo abastecimento........................................................ 2
3.2. Vazão do dia de maior consumo (QDMC) ..................................................................... 2
3.3. Vazão da hora de maior consumo (QHMC) ................................................................... 3
4. MEMORIAL DESCRITIVO .............................................................................................. 3
5. MEMORIAL DE CÁLCULO ............................................................................................ 5
5.1. Reservatório .................................................................................................................... 5
5.1.1. Definição das zonas de pressão ................................................................................... 5
5.1.2. Capacidade do reservatório ......................................................................................... 5
5.1.3. Tubulações .................................................................................................................. 6
5.1.4. Tipo e o local de instalação do reservatório ................................................................ 7
5.1.5. Nível Mínimo de água no reservatório ........................................................................ 8
5.2. Rede de distribuição ........................................................................................................ 8
5.2.1. Cálculo da Vazão de distribuição em marcha ............................................................. 9
5.2.2. Cálculo da pressão ..................................................................................................... 10
5.3. Diagrama Unifilar da Rede ........................................................................................... 13
5.3.1. Setor de manobra ......................................................................................................... 13
5.3.2. Hidrômetro ................................................................................................................ 14
5.3.3. Válvula de descarga .................................................................................................. 15
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 15
7. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 16
1. INTRODUÇÃO

1.1. Caracterização da área


Neste trabalho foi escolhida uma parte da área do condomínio Mont Serrat, localizada
na Estrada da Serrinha, 250 - Ouro Preto no município de Lavras - MG. O empreendimento
escolhido possui uma área estimada de 30.908,17 m², com 99 casas e considerando 4 pessoas
por casa, obtendo uma população total de 396 residentes. Para a adoção de uma cota de
consumo per capita foi realizada uma revisão bibliográfica e, segundo Von Sperling (2014), o
valor a ser adotado para uma população de classe média alta deve ser entre 150 e 200 L/hab.dia.
Porém, no presente trabalho foi utilizado o valor de 300 L/hab.dia visando atingir maiores
parâmetros finais como a velocidade, por exemplo, atendendo ao perfil da população.

Figura 1 - Planta baixa da área do loteamento.

1
2. OBJETIVO
O objetivo do presente estudo é fazer um projeto de dimensionamento do sistema de
abastecimento de água do condomínio Mont Serrat, seguindo os padrões estabelecidos pela
ABNT NBR 12217- Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público
e pela NBR 12218 - Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público.

3. METODOLOGIA

3.1. Cálculo da população atendida pelo abastecimento


No cálculo da população do condomínio que será atendida pelo sistema de
abastecimento, foi levado em consideração o número de lotes, quantidade de habitação por lote
e de habitantes por lote. Além disso, foi considerada a ocupação máxima do condomínio, ou
seja, todos os lotes ocupados.
Total de Lotes: 99 lotes
Habitações por lote: 1 habitação
Média de habitantes por habitação: 4 pessoas

𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 = 𝑁° 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑥 𝐻𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎çõ𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 𝑥 𝐻𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎çã𝑜


𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 = 99𝑥1𝑥4
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 = 396 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

Para o cálculo das vazões considerou-se as seguintes fórmulas, sendo estas de acordo
com a literatura. Ressalta-se que serão considerados os dias de maior consumo (QDMC) e
considerando vazão da hora de maior consumo (QHMC).

3.2. Vazão do dia de maior consumo (QDMC)

(𝑝𝑜𝑝 × 𝑄𝐶𝑃 × 𝑘1 )
𝑄𝑐𝑎𝑝 =
86400

2
Em que:
Qcap: vazão da captação (L/s)
Pop: população de projeto (habitantes)
QCP: quota de consumo per capita de água (L/hab.dia)
k1: coeficiente diário de consumo de água

(396 × 300 × 1,5)


𝑄𝑐𝑎𝑝 = = 2,06 𝐿/𝑠
86400

3.3. Vazão da hora de maior consumo (QHMC)

𝑝𝑜𝑝 × 𝑄𝐶𝑃 × 𝑘1 × 𝑘2
𝑄𝑑𝑖𝑠𝑡 =
86400

(396×300×1,5×2,0)
𝑄𝑑𝑖𝑠𝑡 = = 4,13 L/s
86400

Em que:
Qdist: vazão de distribuição (L/s)
Pop: população de projeto (habitantes)
QCP: quota de consumo per capita de água (L/hab.dia)
k1: coeficiente diário de consumo de água
k2: coeficiente horário de consumo de água

4. MEMORIAL DESCRITIVO
A água que será distribuída na área escolhida do condomínio Mont Serrat será
encaminhada por gravidade do reservatório, seguindo os padrões estabelecidos pela ABNT
NBR 12217- Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público e pela
NBR 12218 - Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público. A água a ser
distribuída será encaminhada através de um tubo de ferro fundido, com coeficiente de

3
rugosidade de 130, de 50 mm de diâmetro. Sua vazão diária de maior consumo (QDMC) é de
2,06 L/s e sua respectiva vazão da hora de maior consumo (QHMC) é de 4,13 L/s.
O reservatório é do tipo elevado com volume equivalente a 60 m³, modelo TCS 6003
do fabricante FAZFORTE e estará localizado na cota altimétrica de 866 m (parte mais alta do
loteamento) e o mesmo será suficiente para atender toda a demanda do empreendimento Mont
Serrat.
Pela NBR 12218, o local de instalação do reservatório de montante deve permitir os
limites de pressão máxima de 500 kPa e dinâmica mínima de 100 kPa. Tendo em vista que a
diferença entre a maior cota (866 m) e a menor cota (835 m) do loteamento é menor do que 40
metros, neste projeto haverá apenas uma zona de pressão. O tipo da rede adotado é a ramificada
com 17 trechos, sendo necessário medir o comprimento de cada trecho e encontrar as vazões
de distribuição, como apresentado na Planilha Excel. O valor mínimo de água no reservatório
é de 886,57 metros, onde foi obtido a partir da soma do ponto crítico da tubulação, a pressão
mínima de 10 mca e a perda de carga acumulada de 8,57 metros.
A pressão disponível para cada nó da rede ramificada foi calculada a partir da subtração
da cota piezométrica (CP) pela cota do loteamento (CT), levando em conta a pressão mínima
de 10 mca para o ponto mais crítico do sistema. Foram verificadas as velocidades na rede,
destacando-se que a maioria dos valores calculados foram inferiores ao valor mínimo
estabelecido pela norma (0,6 m/s), exceto nos trechos A-D, D-F, F-H e H-K. Entretanto,
existem maneiras de aumentar essas velocidades para que possam atingir o valor mínimo
requerido pela norma que, no caso, pode ser feito com a redução dos diâmetros das tubulações.
No caso, neste trabalho foi visto que o diâmetro adotado já é o mínimo requerido pela norma,
então não há como reduzir mais, porém foram adotadas válvulas de descarga nas pontas secas
da rede para que ocorra esse aumento necessário da velocidade.
Por fim, para a construção desse trabalho, foram utilizados como metodologia a revisão
de literatura dos conceitos do sistema de abastecimento de água, junto ao dimensionamento de
redes ramificadas, tendo como objetivo garantir as pressões suficientes para um bom
funcionamento da rede apresentada, assegurando um sistema capaz de transportar água em
quantidade suficiente para todo o sistema sem que ocorra interrupções.

4
5. MEMORIAL DE CÁLCULO

5.1. Reservatório

5.1.1. Definição das zonas de pressão


O local da instalação do reservatório de montante deve permitir os limites de pressão
máxima de 500 kPa e dinâmica mínima de 100 kPa (NBR 12218). Neste projeto haverá apenas
uma zona de pressão, visto que a diferença entre a maior cota altimétrica (866 m) e a menor
cota (835 m) do loteamento é menor que 40 metros.

5.1.2. Capacidade do reservatório


Volume de Consumo Diário:

𝑃𝑜𝑝 × 𝑘1 × 𝑄𝐶𝑃
𝑉𝐶𝐷 (𝑚3 ) =
1000
396 × 1,5 𝑥 300
𝑉𝐶𝐷 (𝑚3 ) =
1000
𝑽𝑪𝑫 (𝒎𝟑 ) = 𝟏𝟕𝟖, 𝟐𝒎𝟑

Em que:
VCD= Volume de Consumo Diário (𝒎𝟑 )
Pop = População de Projeto (hab)
QPC = cota de consumo per capita de água (L/hab. dia)
k1= coeficiente diário de consumo de água.

Volume de reservação:

1 × 𝑉𝑐𝑑
𝑉𝑅 (𝑚3 ) =
3
1 × 178,2
𝑉𝑅 (𝑚3 ) =
3
𝑉𝑅 (𝑚3 ) = 59,4𝒎𝟑

5
Em que:
VCD= Volume de Consumo Diário (𝒎𝟑 )
VR= Volume de Reservação (𝒎𝟑 )
Tabela 1 -
Dados
População (hab) 396
k1 1,5
k2 2,0
QPC (L/hab.dia) 300
Tabela 2 -
Vazões
QDMC (L/s) 2,06
QHMC (L/s) 4,12
Tabela 3 -
Volume
Vol. Cons. Diário (𝒎𝟑 ) 178,2
Vol. Reservatório (𝒎𝟑 ) 59,4
Vol. Comercial (𝒎𝟑 ) 60

5.1.3. Tubulações
Para o dimensionamento das tubulações, é necessário calcular os diâmetros das mesmas.
Seguindo a NBR 12.217, foi adotado o valor 1,2 m/s da velocidade da adutora e utilizada a
equação da continuidade com a vazão do dia de maior consumo (QDMC) para achar o
diâmetro, considerando a tubulação circular.

𝑸 = 𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒙 Á𝒓𝒆𝒂

𝟒𝒙𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟎𝟔
𝑫 = √
𝟏, 𝟐 𝒙 𝟑, 𝟏𝟒

𝑫 = 𝟎, 𝟎𝟒𝟔𝟖 𝒎

6
O diâmetro comercial mais próximo e que será adotado é o de 50mm.

No dimensionamento da tubulação de entrada, adotou-se a velocidade na tubulação de


entrada igual a 2 vezes a velocidade da adutora, de acordo com a NBR 12.217, e utilizou-se a
equação da continuidade para achar o diâmetro, considerando tubulação circular. A vazão
utilizada é do dia de maior consumo (QDMC), pois é a tubulação antes da rede de distribuição.
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 2 𝑥 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑎
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 2 𝑥 1,2 = 2,4 𝑚/𝑠
𝟒𝒙𝟎,𝟎𝟎𝟐𝟎𝟔
𝑫 = √ 𝟐,𝟒 𝒙 𝟑,𝟏𝟒 = 0,0331 𝑚

O diâmetro comercial mais próximo e que será adotado é o de 50mm.

Para dimensionar a tubulação de saída adotou-se velocidade igual a 1,5 vezes a


velocidade da rede, de acordo com a NBR 12217, e utilizou-se a equação da continuidade
para achar o diâmetro. Neste caso, utilizou-se a vazão da hora de maior consumo (QHMC),
pois essa tubulação está na saída do reservatório, conectando o reservatório à rede de
distribuição.
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 1,5 𝑥 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑒
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 1,5 𝑥 0,060 = 0,09 𝑚/𝑠
𝟒𝒙𝟎,𝟎𝟎𝟒𝟏𝟑
𝑫 = √𝟎,𝟎𝟕𝟑𝟓 𝒙 𝟑,𝟏𝟒 = 0,242 𝑚

O diâmetro comercial mais próximo e que será adotado é o de 300mm.

5.1.4. Tipo e o local de instalação do reservatório


Considerando os cálculos acima, será adotado o reservatório do tipo elevado, uma vez
que o volume de reservação não é muito alto e não haverá custo alto para implementar. Sendo
o volume comercial de 60 m3, modelo de taça TCS 6003 do fabricante FAZFORTE. O
reservatório deve ser instalado, aproveitando-se ao máximo a topografia do terreno, de maneira
que possa cumprir as exigências mínimas de pressão e vazão na rede. Por isso, o reservatório
deve ser instalado na cota de 866m.

7
5.1.5. Nível Mínimo de água no reservatório
O valor do nível mínimo de água no reservatório é de 886,57 metros, foi calculado
somando o ponto F o mais crítico da tubulação, 867,97 metros, a pressão mínima de 10 mca e
a perda de carga acumulada de 8,57 metros.

5.2. Rede de distribuição


Tendo em vista que o loteamento adotado é de pequeno porte, ou seja, não possui uma
área extensa com muitas casas a serem atendidas, optou-se por adotar uma rede ramificada. A
figura 2 mostra o traçado da rede de distribuição da água tratada para toda a população com a
marcação dos trechos.

Figura 2 - Rede de distribuição ramificada para o condomínio Mont Serrat.

8
5.2.1. Cálculo da Vazão de distribuição em marcha
Cálculo da vazão de distribuição em marcha a partir da equação abaixo:

𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑄𝑐𝑝 𝑋 𝑘1 𝑥 𝑘2
𝑞𝑚 =
𝐿𝑥86400

𝑞𝑚 = 0,00385 L/s.m

Onde:
K1: coeficiente do dia de maior consumo;
K2: coeficiente de hora de maior consumo;
Pop: população a ser abastecida (habitantes);
qcp: vazão média de consumo por habitante por dia;
qm: vazão de distribuição em marcha (m³/s).

Todos os trechos dessa rede terão vazões em marcha, pois todos os trechos tem
distribuição. Sendo assim, foi calculado para cada trecho a partir da equação:

𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 = 𝑞𝑚 𝑥 𝐿

Onde:
qm: vazão em marcha (L/s.m);
L: comprimento de cada trecho (m).

Posteriormente foi calculado as vazões de montante, de jusante e fictícia pelas equações


dispostas abaixo. Nas pontas secas da rede a vazão de jusante foi considerada igual a 0.

𝑄𝑗 = 𝑞𝑚 𝑥 ∑𝐿 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒

Onde:
Qj: vazão de jusante (L/s);
qm: vazão em marcha (L/s.m);
L: comprimento do trecho jusante.

9
𝑄𝑚 = 𝑄𝑗 + 𝑞𝑚 𝑥 𝐿

Onde:
Qm: vazão de montante (L/s);
Qj: vazão de jusante (L/s);
qm: vazão em marcha (L/s.m);
L: comprimento do cada trecho.

𝑄𝑓 = 𝑄𝑚 + 𝑄𝑗

Onde:
Qf: vazão fictícia (m³/s);
Qm: vazão de montante (L/s);
Qj: vazão de jusante (L/s).

5.2.2. Cálculo da pressão


A perda de carga unitária é dimensionada através da equação Hazen-Williams para
perda de carga.
𝑄
𝐻𝑓 = 10,65 × (𝐶 )1,85 × 𝐷−4,87

A perda de carga total foi calculada pelo produto da perda de carga unitária e o
comprimento do trecho.
A determinação das pressões na rede foram calculadas a montante e jusante de cada
trecho, utilizando as equações abaixo:

𝑃𝑚 = 𝐶𝑃𝑚 − 𝑍𝑚

𝑃𝑗 = 𝐶𝑃𝑗 − 𝑍𝑗

Onde:
𝑃𝑚 : pressão disponível a montante;
𝐶𝑃𝑚 : cota piezométrica de montante;
𝑍𝑚 : cota geométrica a montante;
𝑃𝑗 : pressão disponível a jusante;

10
𝐶𝑃𝑗 : cota piezométrica de jusante;
𝑍𝑗 : cota geométrica a jusante.

Para o cálculo das cotas piezométricas de montante e de jusante foram utilizadas as


seguintes equações:
𝐶𝑃𝑗 = 𝐶𝑃𝑚 − 𝛥𝐻
𝐶𝑃𝑚 = 𝐶𝑃𝑗 + 𝛥𝐻

Sendo 𝛥𝐻 a perda de carga acumulada até o trecho em que está calculando a cota
piezométrica.

Para facilitar os cálculos que envolvem todo o dimensionamento de uma rede


ramificada, foi montada uma planilha no Excel a fim de encontrar todos os dados necessários
da rede, objetivando principalmente encontrar os valores de pressão disponível e de velocidade
para cada trecho, buscando analisar se os mesmos se encontram dentro do proposta pela NBR
12.218.

Tabela 4 - Tabela do dimensionamento da rede de distribuição ramificada.

11
Tabela 5 - Continuação do dimensionamento da rede de distribuição ramificada.

Analisando a tabela, nota-se que as pressões em todos os trechos estão dentro do


intervalo esperado de 10 e 40 m.c.a. Porém o mesmo cenário não ocorre com o parâmetro de
velocidade, onde apenas 4 trechos obtiveram valor acima do mínimo exigido de 0,6 m/s. Esses
baixos valores (células em vermelho) já eram esperados, visto que a população atendida é
pequena. Para a resolução desse problema, buscou-se primeiramente reduzir o diâmetro das
tubulações a fim de aumentar a velocidade para uma mesma vazão, porém o problema não seria
sanado para a maioria dos trechos, então a estratégia adotada foi de implementar válvulas de
descarga nos trechos em questão para a limpeza dos mesmos.

12
5.3. Diagrama Unifilar da Rede
Figura 3- Diagrama Unifilar da rede.

5.3.1. Setor de manobra


O setor de manobra é a menor subdivisão da rede de distribuição. Seu abastecimento
pode ser isolado, sem afetar o abastecimento do restante da rede, para obras e serviços de
reparos e manutenção. Sua operação deve garantir o abastecimento do restante da rede com as
vazões previstas e dentro dos limites de pressão especificados na norma.
Deve abranger uma área que apresente uma ou mais das seguintes características:
● Extensão de rede variando de 7 a 35 quilômetros;
● Número de economias variando de 600 a 3000;
● área variando de 40000 à 200000 𝑚2 .
Ademais, segundo a NBR 12.218 (ABNT, 1994), o isolamento do setor de manobra deve
ser feito pelo menor número de válvulas possível.

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5.3.2. Hidrômetro
O hidrômetro pode ser definido como sendo um aparelho de precisão que mede e registra
o consumo de água. É utilizado para que haja uma cobrança justa, levando em conta aquilo que
foi consumido. Ademais, evita desperdícios e colabora com a preservação do meio ambiente.
Entretanto, assim como muitos outros equipamentos, os hidrômetros possuem
engrenagens e outras partes que são desgastadas com o passar do tempo, podendo ocasionar
uma medição incorreta. Sua instalação pode ser solicitada de forma gratuita pelo usuário.
A leitura do hidrômetro pode ser feita observando a sequência de números que aparecem.
A sequência obtida contém os metros cúbicos, centenas de litros e dezenas de litros.
Diminuindo a leitura do dia anterior à leitura do dia atual é possível verificar o consumo diário
e com o valor encontrado é possível notar caso esteja ocorrendo consumo exagerado ou a
presença de algum vazamento.

Figura 4 - Esquema de um hidrômetro.

Existem diferentes tipos de medidores e em condições normais todos operam remetendo


à vazão nominal, que é expressa em metros cúbicos por hora. Entretanto, podem ocorrer casos
em que a medição se apresenta abaixo do esperado, ou seja, ineficaz, chamada de submedição.
Então, para se evitar erros de medição o ideal é que seja feita uma previsão considerando o tipo
de hidrômetro, o consumo e sua respectiva vazão nominal.

14
5.3.3. Válvula de descarga
A válvula de descarga é uma peça utilizada para permitir a descarga de água na vazão
ideal. Devem ser previstas nos pontos baixos da rede e devem ser dispostas de forma a esvaziar
totalmente a tubulação e impedir a entrada de água. Para tubulações com D ≥ 100 mm, a
válvula deve possuir diâmetro mínimo de 100 mm, enquanto para tubulações com D ≤ 100 mm
o diâmetro mínimo da válvula deve ser de 50 mm.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após todo o dimensionamento, percebe-se que a escolha de implementação da rede
ramificada foi assertiva, visto que atendeu a todo o condomínio com um sistema relativamente
simples. O mesmo garante o fornecimento de água de qualidade para os residentes 24h por dia.
Além disso, proporciona um significativo impacto na prevenção de doenças associadas ao uso
inadequado da água. Porém, como já era esperado houveram baixas velocidades na maioria dos
pontos da rede, por conta da baixa vazão e demanda exigidas. Contudo, estratégias para
solucionar tal problema foram empregadas, como a redução dos diâmetros possíveis e a adoção
de válvulas de descarga.

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7. REFERÊNCIAS
EOS Consultores. Você sabe como funciona o hidrômetro de água?. Disponível em:
<https://www.eosconsultores.com.br/funcionamento-do-hidrometro-de-agua/>. Acesso em:
21 de abril de 2022

FAZ FORTE. Caixas D'água. Disponível em: <http://www.fazforte.com.br>. Acesso em: 10


de abril de 2022

VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 4. ed.


Belo Horizonte: UFMG, 2014.

ANEXOS
16
4 3 2 1

D D

1
ENTRADA 1 2"
1
EXTRAVASSOR 1 2"

1
ENTRADA 1 2"
1
EXTRAVASSOR 1 2"

C C

1
SAIDA 1 2"
1
DRENO 1 2"

1
EXTRAVASSOR 1 2"
B B
1
ENTRADA 1 2"
1
DRENO 1 2"
1
SAIDA 1 2"

PROJETISTA
A Jander Dantas 29/02/2016 FAZ FORTE RESERVATORIOS METALICOS A

NOME EMPRESA:

TCS 6003
SIZE DWG NO REV

C TCS 6003
SCALE
SHEET 1 OF 4
4 3 2 1
4 3 2 1

D D

3820.00

4700.00

1000.00
C C

15000.00

B B

A A

1910.00

4 3 2 1
4 3 2 1
LISTA DE PE AS
ITEM QTD N M. DE PE A DESCRI O MASSA
1 1 TCS 6003 CASCA
2 3 escada guarda corpo 2 19,592 kg
metros
3 1 patamar longo + grade 84,746 kg
4 1 ESCADA 2 METROS 7,671 kg
5 2 escada 1 metros 4,433 kg
6 2 ESCADA PADRAO 3 METROS 39,512 kg
D 7 1 PATAMAR 1910 DIAMETRO 79,664 kg D
11
8 1 escada padrao 1 metro 11,040 kg
9 1 escada 1.5 metros 5,917 kg
10 8 pes 500 mm altura 12,651 kg
12 11 1 GRADE SEGURAN A 3820 62,073 kg
12 1 tampa inspe o 8,869 kg
13 13 4 ISO 4144 - Bolsa S2 1 1/2 0,322 kg
13
14 14 24 suporte tubola o 0,279 kg

C C
13

13

14

7 9

B B

5
A A

14

10

4 3 2 1
E = 402750

E = 402900

E = 403050

E = 403200

E = 403350
sarjeta
meio-fio fck = 15,0 MPa

mín. 0,12
calçada

0,04 0,15
i=7 i=3 asfalto CALÇADA i= 3 % PISTA DE ROLAMENTO
i= 3 % CALÇADA

0,50
planta
escala 1:5 CORTE TRANSVERSAL DAS RUAS
DETALHE SARJETA ESCALA 1 : 10
N = 7629000 N = 7629000

Áre1a In1titu5cion²al 0 2
.8 8, 3m

ISODECLIVIDADE
DECLIVIDADE ESPAÇAMENTO
mm

0
85
10 10.00
Áre a V erd e 0 4

8,0
5
15 6.67 0
15. 343,32 m²

2
5,0 5

85

0
20 5.00 48 9,9

3
9,3

1
85

,5
1

0
30 3.33 48
0 RU

4
4
A

0
9,6

86
85 LE

0,4
45 2.22 O

9
N
S
RO
0
46

6
0

0
8
,7

UT

6
9
85

1
03

,7
0 a 20 acima de 45

0
20 a 40 O 44
0 6
&

80
6 1,9 5

8
36 4,2
A

6
0,4 05

3
02

UL
86 86

,1

9
4

5
2,9 09

,5
42

4
PA 10

1
0
42

0
0
Obs.: Todo o terreno tem declividade entre 0 e 20

0
01 6
3 8
A 0

8
08 4,2
1,3

6
RU
AN

4
86 86

,6
A

1
04

20
TO

1
86

2
0
A 40 07 0

0
LE

86
4

3,1
7 9

OR
3

6,2
,2
DO ,3

2
2 03 4
86 6

1
U T 06
8
15

14
0
86
0

0
8
38
TR

4,5
16

6
7
8 06 74,33 0

,5
02

5
3,2 2 9

NS
3

4
86

1
8 866,84 5,8

5
474,09
0,8

6
86 17

,7
CO
36 07

0
868,74

4
8
6
N = 7628850 14 N = 7628850

09

5
6

,9
01 ,7

6
6
0 11 0 18

4
36 ,12 0
A

,1
3
IZ 0

1
4

0
6
86 0 4 1
IB 04 3
0
7 13
9,1
A RU ,8
86

2
10 6
RU
0

0
6
34

8
A 8 19

6
7 05

5
4,6 O

,4
12
86 VI

6
03
ED 09 8
0
9 0

0
2
O ,8 20 44 9

4
7 ,9

0
0 6 9

86
32 8 11 8
6

6,4
0
4,5 02 08
Áre6 a V, erdme 0 3

5
86 07 21

63 24 ²
0 10 0

30

6
8 26 3 2

0
00 08 9

8
4

,5
3 3,5 298,82 ,1

6
84,63 8 ,8

7
86

7
0
86 22

,3
01 9 8
7

2
863,49 867,97

0
09 ,6

12
09 1

4
08 41

8
8
04

8
6
0 9

0
4

7
3
13 2 ,9

,9
23

,5
7 0

2
6

0
8 0 5
RU 6 08 4
0

05 ,5 ,7

Áre a In stitu cion al 01


28

0
9
9
A 7
1,9

60
12 2 8

IA
EM 24
3.216, 38m ²

86
86

03

NC
3,4
06
ER 07

D
0
0

RI


SO 11 2
2
9
38
0

AD
25 1
6,9

VA
N

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,2
0

EN 86 0

86
26

M
06 7
6

02 07 8
0,2

A
3
G

A
,4

RU
86

EL 10

RU
26
08 AY 0 05

1
0 7 0

0
2 36
ER 6

0
6

86
,2
8,1

5 9,3
6

3
01 27
0

09 8 86

,3
85
7 24

5
01
04

07

1
0 7,8

2
7,3

86
Á5. V e4rd e ²0 2

0
8

0
5

3
28
23

13

8
,2
0

1
05 9 02 4

4
5
5, 1m 3
7

125,49 6 ,3
3 ,2
,3 86 7
2

RU 863,23 6
0

8
0

85

7 8
S

22

A 12 1 03
7,8

06
5,9

1
ZA
RO

4
0
2

8
85

6
RA

3
04 0

,0
GO 16 7 0

0
2
4
O UT

11 ,3 04 3 4
0
8

1 4,8
5

ZA 6
86
7

1
,8

6
0

12
7

0
8
20

03

6
2,1

2
10

,5
85

1
6
&

0
0

4 0
8

4 11
1 30
5

1
,3
7

02
LA

8
9 ,5
,4

07 5

0
2
7

,4
6
2

13 8
0,6

4
290,49
80
PA U

18
08
18

85

10
85

861,15
S

6,6
06
0

7,1

01
0

9
RO
4

12 2 2 14 80
8

1
5,9

90,09 5
5

N = 7628700 ,1 2
0

7 09 ,6
17

,0

856,80 6
A

5 9
8 5

UT
7

,1 8
7
AN

05 11 1
20

1
0

15
RU
16

Equip. Urbanos 01
0

D
4
7,8

&O
08
9

A
RI
,9

06 0
300 ,00 m²
84

0 0
3

SE 1 5
26
RA

AD

,4 6
10 4 16
03 G 6,9

11
5
M

Ó 8 85
4

IRA
07
0

VI
TO

84

A
9,5

RU
0
14

09
6

17
5,1

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TR U

80 0
A

84

02 6 06 4
06
IZ

,4 2 4
6

1
4,0
0

PE
5
IB

84

8
18 85
8,9
A
NS

07
3

05
RU

IO
0

8
12

05
7

01 60 8,6
2,3

0
CO

19
0

4 2
0

8
84

11 8 2 1
4
0

,9
8
4,5

5
,3

04
8

01 4
4

,7
11

8
1

REVISÃO DATA ITENS REVISTOS APROVADO


,4

VIR
3
RU 20
5

6 50,60 ,0
10 7
0

,3 0
05 5
0

A 02
0

848,13 2
20

IA

4
10

VA
8

RU
9,0

0
NC
4
84

0
6

6
40 0 2

DIO
83

L
,7

A
1,4

,9
ÊN 7
0

09 CÁ 03
6,0 4
4

8
CI 84
2

VA

02 DI
0

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8
4

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4
80

0
4

84

04
A
,8

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L
1,0

08
RU
35

5
0

4 0
2

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5 8

3
,6
a e e 1 1
3

01 3
Ár5
e46V,58rdm² 0
5,4
,7

4
6

40
5,6

84

8 84
0
78

61,20
0,4

4
83

03
3
,9
5

4 841,77
Equ
4
8

,4 2
3

04 0 ,1
9

,2

0
0

80 100
8

4 2
,9

120 6

3ip
4

60 9

8 140 1 4
1
8

8
60

26. U
,7r3bm
840,30 81,
,8
2,6

10 841,09 841,64 841,72 ano


83

05 156,95

² s0
04 RUA VALÊNCIA 841,77
2
de05

06

LOTEAMENTO RESIDENCIAL MONTSERRAT


0
40

9,0

07 08 09 10
²
6 ,41 rm

0
82

82
3e1 V e

5 ,58 20
82
6,7
0
Ár a

N = 7628550

JULIO JO É ER EIR A DE S OU SA & O UT RO S PROJETO GEOMÉTRICO


S P
Nº DE LOTES

LOTEAMENTO ÁREA LOTEADA


LOTEAMENTO RESIDENCIAL MONTSERRAT
CIDADE FOLHA
E = 402750

E = 402900

E = 403050

E = 403200
DESENHO DATA

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