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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS


CURSO AGRONOMIA

MALU BRASILEIRO, NATHAN P. BLUMER, VICTOR LISBOA

RELATÓRIO PERDA DE CARGA


CONTÍNUA E LOCALIZADA

Ilhéus – BA
2023
MALU BRASILEIRO, NATHAN P. BLUMER, VICTOR LISBOA

RELATÓRIO PERDA DE CARGA


CONTÍNUA E LOCALIZADA

Relatório requisitado pela professora Adriana


Ramos Mendes como critério para a
aprovação na matéria de Irrigação e
drenagem (CAA 349).

Ilhéus – BA
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………...4
2 OBJETIVOS....................................................................................................4
3 METODOLOGIA........
3.1 ....................................
3.2 ....................................
4 ..............4
5 MÉTODOS PARA O
6 CÁLCULO DE PERDA
7 DE CARGA
8 DISTRIBUÍDA......5
9 ESQUEMA DA
INSTALAÇÃO E
PROCEDIMENTOS..
..................................
6
RESULTADOS E
DISCUSSÃO.................
......................................
................6
PERDA DE CARGA
LOCALIZADA...............
......................................
.....7
OBJETIVOS……………
…………………………
………………………..
………..7
FUNDAMENTOS
TEÓRICOS…………
………………………
………………….7
RESULTADOS……
………………………
………………………
……...…………8
CONCLUSÃO………
………………………
………………………
……………..10

1. INTRODUÇÃO

No dia 25/04/2023, ocorreu uma prática da disciplina CAA-349 Irrigação e


Drenagem na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). A atividade foi
conduzida pela professora Adriana Ramos Mendes no laboratório de irrigação. O
objetivo da prática foi determinar experimentalmente a perda de carga distribuída em
uma tubulação, bem como a perda de carga localizada em um registro de esfera e
outro de gaveta.
A perda de carga é um fenômeno que ocorre em sistemas hidráulicos, como
sistemas de irrigação, e refere-se à perda de energia (pressão) que ocorre devido à
resistência encontrada pela água ao se movimentar pelos canos, conexões, válvulas
e outros componentes do sistema. Essa perda de carga pode ser dividida em
contínua e localizada. A perda de carga contínua ocorre ao longo de todo o
comprimento do tubo devido ao atrito da água com as paredes. Já a perda de carga
localizada acontece em pontos específicos do sistema, como válvulas, conexões,
registros, entre outros.

2. OBJETIVOS
Determinar experimentalmente a perda de carga distribuída em uma
tubulação de PVC roscável rígido (DN 1/2") D interno = 16 mm e outra com DN 3/4"
Dinterno = 21 mm. Verificar experimentalmente a utilização da fórmula de Blasius,
Hazen-Williams e a equação de Darcy-Weisbach. Classificar os escoamentos.

3. METODOLOGIA
No escoamento forçado em tubos a perda de carga distribuída depende de
variáveis como o diâmetro, vazão (velocidade) e a rugosidade das paredes da
tubulação. O fator de atrito nos escoamentos pode depender do número de
Reynolds e da rugosidade relativa, simultaneamente ou não. A queda da linha de
energia em uma tubulação acompanha o sentido vazão. O número de Reynolds para
escoamento forçado de água em dutos circulares pode ser determinado através da
equação (1)
4Q
Rey= −6
(1)
π 10 D
Onde: Q – vazão (m3/s)
D – diâmetro da tubulação (m)

Tabela 1 – Classificação do Regime de Escoamento de Acordo com o Número de


Reynolds.
Número de Reynolds Tipo de escoamento

2000 Laminar
2000< x >2400 Transição

2400 Turbulento

3.1. MÉTODOS PARA O CÁLCULO DE PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA


Equação de Darcy-Weisbach ou Equação Universal (2)

(2)
2
L V
∆ H =f
D 2g

Onde: ⊗H:perda de carga expressa em metros de coluna d' água (m)


V: velocidade média do fluxo (velocidade de referência) (m/s)
g: aceleração da gravidade (m/s2)
L: comprimento da tubulação (m)
D: diâmetro interno da tubulação (m)
f: fator de atrito da tubulação

O fator de atrito da tubulação pode ser calculado através da equação de Blasius (3):

0,316 (3)
f= 0 , 25
Rey

Deve-se observar, também, pelo exposto, que, ⊗H = J L, onde J é a perda unitária


para uma determinada vazão. Para tubulações de PVC, de diâmetros menores que
4", transportando água fria, a ABNT recomenda a estimativa da perda de carga
unitária através da equação de Hazen-Williams (4):

1,852
Q L (4)
∆ H =( ) 4,871
C D

Onde: ⊗H:perda de carga expressa em metros de coluna d' água (m)


Q = vazão (m3 /s)
C= rugosidade da tubulação
L = comprimento do conduto (m)
D= diâmetro interno da tubulação (m)

Para o cálculo da velocidade, rearranjamos a fórmula de vazão (5):

Q (5)
V=
A
Onde: V = Velocidade (m/s)
Q = Vazão (m3/s)
A = área do círculo da tubulação (m)

3.2. ESQUEMA DA INSTALAÇÃO E PROCEDIMENTOS


A instalação consiste em uma bomba centrífuga, tubulações, acessórios de
P.V.C., registros de esfera, manômetros e um rotâmetro. Esses componentes
formam um circuito hidráulico, conforme ilustrado na Figura 1. O procedimento
prático inicial será realizado com a bomba operando a uma frequência de 60Hz e,
em seguida, reduzindo-a gradualmente com o uso de um inversor de frequência
para controlar a vazão de retorno. Para cada frequência da bomba, serão feitas
leituras de pressão nos manômetros 1 e 2. A vazão será medida no rotâmetro e
também será determinada por meio da relação entre volume e tempo em um
recipiente de volume conhecido, para fins de comparação.

PERDA DE CARGA CONTÍNUA

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com o experimento obtivemos um Regime de escoamento de 140060,00 na rotação de 60Hz e de 1

Tabela 2: Regime de Escoamento


Rotação Re Escoamento
60Hz 140060,00 Turbulento (Re 2400 )
45Hz 106106,00 Turbulento (Re 2400 )

Foram feitos os cálculos utilizando a equação de Darcy-Weisbach e uma estimativa


da perda de carga unitária através da equação de Hazen-Williams. Os resultados da
rotação de 60Hz, foi de 2,04 mca a perda de carga de Darcy-Weisbach, e no método
de Hazen-Williams obtivemos um valor de 2,59 mca. Já na bomba de 45Hz na
equação de Darcy-Weisbach obtivemos 1,26 mca, e na equação de Hazen-Williams
de 1,52 mca. Quando comparados ao valor experimental, 1,50 e 1,00 mca, pode-se
observar que as duas equações apresentaram um valor superior, nos dois casos, ao
valor experimental.

Tabela 3: Perda de Carga


Perda de carga contínua 60Hz Perda de carga contínua 45Hz

Valor Valor
Darcy-Weisbach Hazen-Williams
experimental experimental Darcy-Weisbach Hazen-Williams

1,50 mca 2,04 mca 2,59 mca 1,00 mca 1,26 mca 1,52 mca

Na Tabela 4 pode-se observar que os valores dos caracteres foram maiores na


rotação de 60Hz, apenas o fator de atrito da tubulação da rotação de 45Hz foi
superior ao da rotação de 60Hz.

Tabela 4: Outros Resultados Obtidos


Rotação Velocidade Vazão p1 (N/m2) p2 (N/m2) Re f
(m/s) (m3/s)

60Hz 7,00 0,0022 88259,85 73549,88 140060,4 0,0163


8

45Hz 5,31 0,0017 44129,93 34323,28 106106,4 0,0175


2

5. PERDA DE CARGA LOCALIZADA

6. OBJETIVOS

Realizar uma determinação experimental da perda de carga variável


localizada em um registro de esfera e outro de gaveta, ambos feitos de metal.
Além disso, avaliar o coeficiente de perda de carga singular (k) e o
comprimento equivalente de cada peça (Leq).

7. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

A perda de carga foi obtida experimentalmente, dividindo a variação de


pressão do registro pelo peso específico da água.

ΔH =ΔP /γ

O coeficiente de perda de carga (k), foi encontrado por meio da seguinte


equação:
2
K=2 ΔHg /v
E o comprimento equivalente (Leq), pela equação:
Leq=KD /f

8. RESULTADOS

Os valores de K no registro de esfera aberto foi de 0,157 e o valor K tabelado


é de 0,1. Para o registro em gaveta aberto o valor K foi de 0,247 e o K tabelado é de
0,2. Com isso percebemos que os valores de K no registro de esfera aberto e no
registro em gaveta aberta são superiores quando comparados aos valores de K
tabelado.
De acordo com A SCHNEIDER Motobombas o comprimento equivalente para
ambos os registros em posição aberta é de 0,1 m, já os valores de comprimento
equivalente do registro de esfera foi de 0,193m e no registro de gaveta de 0,3, sendo
assim os dois apresentaram um comprimento equivalente maior.

Registro de Esfera

Observação Vazão Velocidade (m/s) Re f Δh (m) k Leq


(m3/s) (m)

Registro 0,00222 7,07 141475,2 0,01629 0,4 0,157 0,193


Aberto

Registro 1/3 0,00208 6,63 132633,0 0,01656 2,5 1,115 1,347

Registro 2/3 0,00186 5,92 118485,5 0,01703 8,6 4,808 5,646

Registro de esfera (k x Reynolds)

118485.5 Registro 2/3

132633.0 Registro 1/3


Re

141475.2 Registro aberto

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5


k
Registro de Gaveta

Observação Vazão Velocidade (m/s) Re f Δh (m) k Leq (m)


(m3/s)

Registro 0,002167 6,897 137938,35 0,016397 0,6 0,24 0,3019


Aberto 7

Registro 2V 0,002167 6,897 137938,35 0,016397 0,8 0,33 0,4025


0

Registro 4V 0,002083 6,632 132633,03 0,016559 2,9 1,29 1,5627


4

Registro de gaveta
(k x Reynolds) Registro de gaveta (Vazão x
k Posição de abertura)
Registro de Gaveta Vazão (m3/s)
132633.03 4 voltas
Posição de abertura

Registro 4V
137938.35 2 voltas
Re

Registro 2V
137938.35 Registro aberto Registro Aberto
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 0.002000 0.002050 0.002100 0.002150 0.002200
k Vazão (m3/s)

9. CONCLUSÃO

Com os resultados obtidos podemos chegar a conclusão que no experimento


que quanto maior a frequência da motobomba maiores serão as perdas de carga
contínuas. Quanto maior a rotação da motobomba maior será a velocidade e vazão
do sistema.
Foi observado também que com o fechamento gradual do registro haverá
uma redução na velocidade e na vazão. Quanto a perda de carga na localizada
houve um aumento na perda nos registros.

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