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APUCARANA
2021
ALINE FERNANDA OLIVEIRA DA COSTA
AMANDA FERNANDA DE OLIVEIRA
CAROL BARROS DOS REIS
DONIZETI LEONARDO MANCINI TOLARI
LUIZ FERNANDO MACHADO FREGATTO
MURILO HENRIQUE TROMBINI
APUCARANA
2021
RESUMO
1 INTRODUÇÃO 1
2 MATERIAIS E MÉTODOS 4
2.1 MATERIAIS 4
2.2 MÉTODOS 5
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 7
4 CONCLUSÃO 28
REFERÊNCIAS 29
1 INTRODUÇÃO
𝜌𝜈𝐷
𝑅𝑒 = (1)
𝜇
Se você abrir uma torneira (que não tem dispositivo de aeração ou outra
derivação) com uma vazão muito pequena, a água escoará para fora suavemente,
quase “vitrificada”. Se você aumentar a vazão, a água sairá de forma agitada, caótica.
Como mostra a Figura1, esses são exemplos de como um escoamento viscoso pode
ser laminar ou turbulento, respectivamente. Um escoamento laminar é aquele em que
as partículas fluidas se movem em camadas lisas, ou lâminas; um escoamento
turbulento é aquele em que as partículas fluidas rapidamente se misturam enquanto
2
Figura 1 – Água escoando de uma torneira: regimes (a) laminar e (b) turbulento.
2 2
𝑃1 𝑉̅1 𝑃2 𝑉̅2
+ + 𝑧1 = + + 𝑧2 + ℎ𝑝𝑑 (2)
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔
3
𝑃1 − 𝑃2
= 𝑔(𝑧2 − 𝑧1 ) + ℎ𝑝𝑑 (3)
𝛾
𝑃1 − 𝑃2 𝛥𝑃
= = ℎ𝑝𝑑 (4)
𝛾 𝛾
Dessa forma, a perda de carga maior pode ser expressa como a perda de
pressão para escoamento completamente desenvolvido através de um tubo horizontal
de área constante (FOX, 2018).
Sendo a perda de carga tão relevante no processo, é de extrema importância
buscar maneiras de analisa-la. Avaliou-se a partir de experimentos que a queda de
pressão em escoamentos turbulentos (𝑅𝑒 > 2300), depende do diâmetro,
comprimento e rugosidade do tubo, além da velocidade média de escoamento, massa
especifica e viscosidade do fluido (FOX, 2018).
Por meio destes parâmetros e realizando-se uma análise dimensional, pode-
se determinar uma correlação para avaliar a perda de carga escrita na forma da
Equação 5. Esta equação é conhecida como a equação de Darcy – Weisbach, em que
(𝑓) é o fator de atrito para o escoamento e (𝑔) a aceleração gravitacional (ÇENGEL,
2015).
𝑓 𝐿 𝑉̅ 2
ℎ𝑝𝑑 = (5)
𝐷 2𝑔
64
𝑓= (6)
𝑅𝑒
1 𝑒/𝐷 2,51
= −2,0 log ( + ) (7)
√𝑓 3,7 𝑅𝑒√𝑓
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 MATERIAIS
2.2 MÉTODOS
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
FATOR DE ATRITO
𝛥𝑝 = 𝛥𝑝(𝐷, 𝐿, 𝑒, 𝑉, 𝜌, 𝜇) (8)
𝑄 𝑄
𝑉= =𝜋 (9)
𝐴 2
4 ∗ 𝐷𝑖
𝐿 1 𝑚3 1 𝑚𝑖𝑛
5 𝑚𝑖𝑛 ∗ 1000𝐿 ∗ 60 𝑠
𝑉= 𝜋
(0,0165𝑚)2
4∗
𝑚
𝑉 = 0,3897
𝑠
𝑘𝑔 𝑚
995,20 ∗ 0,3897 𝑠 ∗ 0,00165𝑚
𝑅𝑒 = 𝑚3
𝑁. 𝑠
0,0007684 2
𝑚
𝑅𝑒 = 8328,5220
20ida 463
46,20 1,5589 33314,0882
20volta 461
25ida 704
69,35 1,9486 41642,6102
25volta 683
Fonte: Autoria Própria (2021).
𝑁
𝛥𝑃 = 0,0515 𝑚 ∗ (14607,09 − 9762,912)
𝑚3
𝛥𝑃 = 249,48 𝑃𝑎
𝑃1 𝑃2
= + ℎ𝑝𝑑
𝜌𝑔 𝜌𝑔
𝑃1 𝑃2
ℎ𝑝𝑑 = −
𝜌𝑔 𝜌𝑔
𝛥𝑃
ℎ𝑝𝑑 =
𝜌𝑔
11
249,47
ℎ𝑝𝑑 =
995,2 ∗ 9,81
ℎ𝑝𝑑 = 0,0255 𝑚
𝐷 2𝑔
𝑓 = ℎ𝑝𝑑
𝐿 𝑣2
𝑓 = 0,0545
forma, existe uma relação de proporcionalidade entre Reynolds e o fator de atrito, uma
vez que ambos dependem da velocidade.
Os dados nos permitem observar que o tubo de menor diâmetro apresenta
maior fator de atrito e, assim, uma maior perda de carga, o que comprova a relação
do fator de atrito estar diretamente relacionado à perda de carga como demonstra a
Equação de Darcy. Dessa forma, há uma maior influência do atrito no tubo de 20 mm,
o que favorece a dissipação da energia mecânica em energia térmica de forma
irreversível. Nota-se que os fatores de atrito para regimes de escoamento turbulento
decrescem gradativamente, alcançando valores aproximadamente constantes para
maiores valores de Reynolds (FOX et al., 2018).
As curvas obtidas anteriormente nas Figuras 5 e 6, podem ser comparadas
com curvas apresentadas na literatura para tubos hidraulicamente lisos e levemente
rugosos, como o Diagrama de Moody, representadas pelas Figuras 7 e 8, para os
tubos de 20 e 32 𝑚𝑚, respectivamente. Os pontos foram obtidos considerando os
valores de Reynolds e do fator de atrito para cada tubo e, assim, pode-se estimar os
valores da rugosidade relativa.
Figura 7 – Pontos obtidos por meio do Diagrama de Moody para o tubo de 20 mm.
Figura 8 – Pontos obtidos por meio do Diagrama de Moody para o tubo de 32 mm.
0,316
𝑓= (11)
𝑅𝑒 0,25
Além dessas, utilizou-se ainda para o cálculo dos fatores de atrito teóricos a
equação de Swamee- Jain, dada pela Equação 12:
−16 0,125
64 8 2500 6
𝑓 = {(
𝑅𝑒
) + 9,5 [𝑙𝑛 (
𝜀
+
5,74
3,7𝐷 𝑅𝑒 0,9
)−(
𝑅𝑒
) ] } (12)
Tabela 5 – Comparação dos fatores de atrito experimentais e teóricos para o tubo de 20 mm.
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 (𝐿/𝑚𝑖𝑛) 𝑓exp 𝑓colebrook 𝑓blasius 𝑓swamee-jain
5 0,0545 0,0538 0,0330 0,0546
10 0,0379 0,0366 0,0278 0,0371
15 0,0327 0,0322 0,0251 0,0325
20 0,0305 0,0311 0,0234 0,0313
25 0,0293 0,0302 0,0221 0,0304
Fonte: Autoria própria (2021).
Tabela 6 – Comparação dos fatores de atrito experimentais e teóricos para o tubo de 32 mm.
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 (𝐿/𝑚𝑖𝑛) 𝑓exp 𝑓colebrook 𝑓blasius 𝑓swamee-jain
20 0,0306 0,0301 0,0266 0,0304
25 0,0299 0,0289 0,0251 0,0292
30 0,0281 0,0281 0,0240 0,0283
35 0,02706 0,0276 0,0231 0,0277
40 0,0260 0,0260 0,0223 0,0262
45 0,0266 0,0254 0,0217 0,0255
18
Para uma melhor análise dos dados, plotou-se os valores dos fatores de atrito
obtidos experimentalmente e pelas equações de Blasius, Colebrook e Swamee-Jain
em função do número de Reynolds para cada tubo. As Figuras 9 e 10 representam as
curvas obtidas para os tubos de 20 e 32 𝑚𝑚, respectivamente.
Figura 9 – Variação do fator de atrito obtido por equações diferentes em função do número Reynolds
para o tubo de 20 mm.
Figura 10 – Variação do fator de atrito obtido por equações diferentes em função do número Reynolds
para o tubo de 32 mm.
Tabela 7 - Iterações de Colebrook para determinação do fator de atrito para o tubo de 20 mm.
𝑅𝑒 𝑓0 𝑓1 𝑓2 𝑓3 𝑓4 𝑓5 𝑓exp (𝑓5 - 𝑓exp)2
8328,5220 0,01 0,0461 0,0397 0,0402 0,0401 0,0401 0,0545 0,0002
16657,0441 0,01 0,0401 0,0366 0,0368 0,0368 0,0368 0,0379 1,33. 10−6
24985,5661 0,01 0,0378 0,0354 0,0355 0,0355 0,0355 0,0327 7,69. 10−6
33314,0882 0,01 0,0366 0,0348 0,0348 0,0348 0,0348 0,0305 1,83. 10−5
41642,6102 0,01 0,0359 0,0343 0,0344 0,0344 0,0344 0,0293 2,55. 10−5
𝑆𝑜𝑚𝑎 0,0003
Fonte: Autoria própria (2021).
Por meio dos dados da tabela acima obteve-se uma rugosidade, 𝜀, para a
tubulação de 20 𝑚𝑚 de:
𝜀 = 0,0001 𝑚
Tabela 8 - Iterações de Colebrook para determinação do fator de atrito para o tubo de 32 mm.
𝑅𝑒 𝑓0 𝑓1 𝑓2 𝑓3 𝑓4 𝑓5 𝑓exp (𝑓5 - 𝑓exp)2
19988,4529 0,01 0,0329 0,0292 0,0295 0,0295 0,0295 0,0306 1,21. 10−6
24985,56613 0,01 0,0314 0,0283 0,0285 0,0285 0,0285 0,0299 2,04. 10−6
29982,67936 0,01 0,0302 0,0276 0,0278 0,0278 0,0278 0,0281 1,44. 10−7
34979,79258 0,01 0,0294 0,0271 0,0272 0,0272 0,0272 0,0270 2,25. 10−8
21
39976,90581 0,01 0,0287 0,0267 0,0268 0,0268 0,0268 0,026 5,53. 10−7
44974,01903 0,01 0,0282 0,0263 0,0264 0,0264 0,026421205 0,0266 3,67. 10−7
49971,13226 0,01 0,0278 0,0260 0,0261 0,0261 0,0261 0,0264 6,57. 10−8
54968,24549 0,01 0,0274 0,0258 0,0259 0,0259 0,0259 0,0254 2,29. 10−7
59965,35871 0,01 0,0271 0,0256 0,0257 0,0257 0,0257 0,0243 1,95. 10−6
Soma 6,25. 10−6
Fonte: Autoria Própria (2021).
Para a tubulação de 32 𝑚𝑚, por meio dos dados da tabela acima obteve-se
uma rugosidade de:
𝜀 = 0,00005 𝑚
𝜀20𝑚𝑚 = 0,0009 𝑚
𝜀32𝑚𝑚 = 0,00005 𝑚
Tabela 12 – Comparação dos fatores de atrito experimentais e teóricos para o tubo de 20 mm.
ℎ𝑝𝑑exp ℎ𝑝𝑑teo
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 (𝐿/𝑚𝑖𝑛) 𝑅𝑒 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 (%)
(𝑚) (𝑚)
5 8328,52 0,025553356 0,015519728 64,65
10 16657,04 0,07120207 0,052201936 36,40
15 24985,57 0,138186596 0,106131992 30,20
20 33314,09 0,229235932 0,175585684 30,56
25 41642,61 0,34410199 0,259466699 32,62
Fonte: Autoria própria (2021).
Tabela 13 – Comparação dos fatores de atrito experimentais e teóricos para o tubo de 32 mm.
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 ℎ𝑝𝑑exp ℎ𝑝𝑑teo
𝑅𝑒 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 (%)
(𝐿/𝑚𝑖𝑛) (𝑚) (𝑚)
20 19988,4529 0,01786254 0,01551342 15,14
25 24985,56613 0,027289992 0,02292451 19,04
30 29982,67936 0,036965535 0,031540404 17,20
35 34979,79258 0,048377713 0,041307045 17,12
40 39976,90581 0,060782255 0,052180716 16,48
45 44974,01903 0,078644795 0,064124937 22,64
50 49971,13226 0,096259244 0,077108554 24,84
55 54968,24549 0,112137058 0,091104485 23,09
60 59965,35871 0,12751869 0,106088849 20,20
Fonte: Autoria própria (2021).
FLAMANT
4 ∗ 0,000135 ∗ 1 ∗ 0,38971,75
ℎ𝑝𝑑𝑓𝑙𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡 =
0,01651,25
ℎ𝑝𝑑𝑓𝑙𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡 = 0,01755 𝑚
Tabela 14 – Comparação dos fatores de atrito experimentais e teóricos para o tubo de 20 mm.
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 ℎ𝑝𝑑exp ℎ𝑝𝑑flamant
𝑅𝑒 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 (%)
(𝐿/𝑚𝑖𝑛) (𝑚) (𝑚)
5 8328,52 0,025553356 0,017553776 45,57
10 16657,04 0,07120207 0,059043629 20,59
15 24985,57 0,138186596 0,120041869 15,12
20 33314,09 0,229235932 0,198598305 15,43
25 41642,61 0,34410199 0,293472938 17,25
Fonte: Autoria própria (2021).
Tabela 15 – Comparação dos fatores de atrito experimentais e teóricos para o tubo de 32 mm.
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 ℎ𝑝𝑑exp ℎ𝑝𝑑flamante
𝑅𝑒 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 (%)
(𝐿/𝑚𝑖𝑛) (𝑚) (𝑚)
20 19988,4529 0,01786254 0,01754664 1,80
25 24985,56613 0,027289992 0,025929044 5,25
30 29982,67936 0,036965535 0,035674154 3,62
35 34979,79258 0,048377713 0,046720831 3,55
40 39976,90581 0,060782255 0,059019628 2,99
45 44974,01903 0,078644795 0,072529283 8,43
50 49971,13226 0,096259244 0,087214559 10,37
55 54968,24549 0,112137058 0,103044826 8,82
60 59965,35871 0,12751869 0,119993072 6,27
Fonte: Autoria própria (2021).
1⁄ (15)
𝐿ℎ = 1,359 𝑅𝑒 4 ∗𝐷
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, John M. Mecânica dos Fluidos. 3. ed. Porto Alegre:
Editora Amgh, 2015.
FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T.; PRITCHARD, Philip J, MICHITELL, John W.
Introdução à mecânica dos fluidos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.