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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Departamento de Engenharia Química


PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

LISTA DE EXERCÍCIOS,
QUESTIONÁRIOS E ANEXOS.

INFORMAÇÕES DESTE MATERIAL SÃO DA APOSTILA DE FENÔMENOS


DE TRANSPORTE I DO PROFESSOR TAH WUN SONG.

1
Lista de Exercícos No 1 .........................................................................4

Lista de Exercícos No 2 .......................................................................12

Lista de Exercícos No 3 .......................................................................19

Lista de Exercícos No 4 .......................................................................28

Lista de Exercícos No 5 .......................................................................35

Lista de Exercícos No 6 .......................................................................37

Questionário No 1 .......................................................................40

Questionário No 2 .......................................................................44

Questionário No 3 .......................................................................46

Questionário No 4 .......................................................................48

Balanço Global de Massa .......................................................................50

Balanço Global de Energia .......................................................................52

Balanço Global de Energia Mecânica .......................................................................56

Casos Particulares da equação de Bernoulli .......................................................................57

Balanço Global de Quantidade de Movimento .......................................................................58

Equações de Fator de Atrito em Tubulação .......................................................................59

Balanços Diferenciais e Camada Limite .......................................................................60

Balanços Diferenciais de Quantidade de .......................................................................62


Movimento
Solução de Casos Particulares da Equação de .......................................................................65
Navier-Stokes
Camada Limite Laminar em Placa Plana .......................................................................69

Balanço Global em Camada Limite .......................................................................73

Balanço Global de Massa na Camada Limite .......................................................................73

Balanço Global de Quantidade de Movimento na .......................................................................73


Camada Limite
Aplicações para a Camada Limite Turbulenta .......................................................................76

TABELAS E GRÁFICOS DE .......................................................................79


PROPRIEDADES
VÁLVULAS E TUBULAÇÕES .......................................................................87

Velocidades e Perdas de Pressão Recomendadas .......................................................................100


para Escoamento em Tubulações
BOMBAS .......................................................................103

Fluidos Não-Newtonianos .......................................................................112

2
Fator de Atrito de Fanning .......................................................................120

Perda por Atrito em Singularidades .......................................................................121

3
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia Química
PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

Lista de Exercícios No 1

Problemas a serem discutidos em classe:

(1) Um fluído newtoniano incompressível, de densidade ρ e viscosidade µ, escoa em estado


estacionário, regime laminar, escoamento desenvolvido unidimensional, à temperatura
constante, no interior de um tubo circular horizontal, de raio interno constante R e comprimento L.
As pressões na entrada e na saída do tubo são iguais a P 1 e P2respectivamente.
Determinar (a) o perfil da tensão de cisalhamento; (b) a tensão de cisalhamento no centro
do tubo; (c) o perfil de velocidade; (d) a velocidade no centro do tubo; (e) a velocidade média
de escoamento; (f) a vazão volumétrica de escoamento; (g) a vazão mássica de escoamento; (h)
As expressões obtidas valem para o escoamento num tubo vertical? Justificar todas as passagens
da solução.
Resposta: (a) τ = (P1 - P2)r/2L; (b) τ c = 0; (c) v = [(P1 - P2) R²/4µL] [1- (r/R)2]; (d) vmax = [(P1
- P2) R²/4µL; (e) vb = [(P1 - P2) R²]/8µL; (f) ϕ = [(P1 - P2) πR4/8µL; (g) w = [ρ (P1 - P2) πR4]/8µL

(2) Ensaios são feitos para o levantamento da curva característica de uma bomba centrifuga,
usando-se água à temperatura ambiente. Medem-se a vazão de escoamento, ajustada por meio de
uma válvula globo, e o correspondente aumento de pressão pela bomba. A curva obtida é a
mostrada na figura 13-5 do livro-texto, onde a vazão é em gpm (galões por minuto) e o aumento
de pressão em psi.
Estimar a potência suprida à bomba quando a vazão de escoamento é de10m³/min.
Resposta: Potência = 34300 W.

(3) Água é bombeada de um reservatório, à temperatura de 23°C, até um nebulizador,


localizado no topo de uma torre de absorção. A tubulação é em aço carbono, de 3" Schedule N°
40. Pode-se admitir que o perfil de velocidades na tubulação é achatado e que a troca de calor
com o ambiente é desprezível. A diferença de cotas entre a superfície livre de água no reservatório
e a saída do nebulizador é de 30 m. A pressão relativa na entrada do nebulizador é de 0,21 kgf/cm².
A vazão de escoamento é de 0,75 m³/min. A potência fornecida à bomba é de 14 CV.
Determinar a temperatura da água ao entrar no nebulizador.
Resposta: T2 = 23,12°C

(4) Água é descarregada na base de um tanque grande, onde a pressão relativa é de


3,5 kgf/cm², e é bombeada para um bocal aberto a atmosfera. O bocal está localizado a 15m acima
da base do tanque. A vazão de escoamento é de 45 kg/s. A velocidade média no bocal é de 20
m/s. A potência suprida ao eixo da bomba é de 10 CV. O rendimento da bomba é de 75%.
Determinar a perda de energia devida ao atrito, por unidade de massa, na bomba e no
restante do sistema.
Resposta: lwf = 119J/kg; lwp = 41 J/kg.

(5)Deseja-se retirar água de um recipiente aberto a atmosfera ( pressão atmosférica =


101325 Pa), conforme o esquema abaixo. A temperatura do sistema é de 20°C. O diâmetro interno
do tubo usado no sifão é de 0,5 cm. Pode-se desprezar o atrito no escoamento.

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(a) Determine a vazão de escoamento. (b) Determinar a pressão no ponto A (ver esquema
a seguir). (c) Há restrição para o valor do desnível entre o ponto A (o ponto mais alto do sifão) e
o nível de água no recipiente? Por quê?

Resposta: (a) w = 0,087 kg/s. (b) PA = 86625 Pa (abs); (c) Sim

(6) Um fluido newtoniano de densidade relativa igual a 0,998 e viscosidade de 0,8 cP,
escoa em regime permanente, laminar, num tubo circular horizontal de diâmetro interno igual a
0,003 m. A velocidade no centro do tubo é de 0,01 m/s.
(a) Determinar a tensão de cisalhamento na parede interna desse tubo. (b) Haveria alteração na
solução do problema se o escoamento fosse turbulento ? Justificar.
Resposta: (a) τs = 0,0107 Pa; (b) sim.

(7) Uma bomba centrífuga cuja curva característica está mostrada a seguir é usada para
transportar água a 20°C, de um reservat6rio a outro, com vazão de 10 m³/h. Tanto o reservatório
de alimentação como o de recebimento são abertos a atmosfera, com níveis de liquido mantidos
constantes. A altura de água no tanque de alimentação é desprezível. A tubulação é em aço
carbono, de 11/2" Schedule N° 40. A perda de energia por atrito no sistema (em J/kg), excluindo-
se a bomba, é dada por 1,54 L, onde L é o comprimento total da tubulação (em metros). Como o
trecho na sucção (entrada) da bomba é muito curto e não há praticamente trechos horizontais no
recalque (saída) da bomba, pode-se admitir que L é o próprio desnível entre a saída da bomba até
a descarga da tubulação.

Determinar o valor desse desnível. Justificar sucintamente as passagens da solução.

5
Resposta: H = 30,4m

(8) Água a 20°C é bombeada à vazão de 11,4 m³/h, de acordo com o esquema mostrado
a seguir. O tanque de alimentação é aberto a atmosfera e o tanque de recebimento é pressurizado.
A tubulação é em aço carbono, sendo a parte antes da bomba de 21/2" Sch N°40 e a parte depois
da bomba de 2" Sch N°40. A diferença de cotas entre a entrada da bomba e a superfície livre de
água no tanque de recebimento é de 10 m. As leituras dos indicadores de pressão (PI) instalados
no sistema são as seguintes:

Indicador de Pressão Leitura (kPa relativa)

PI-01 (base do tanque de alimentação) 10,0


PI-02 (imediatamente antes da bomba) 8,5
PI-03 (imediatamente depois da bomba) 175,0

A densidade relativa do fluído manométrico usado no manômetro em U, para medir a


pressão no tanque de recebimento, é de 13,6 e o seu desnível é de 0,5 m.
Determinar a perda de potência por atrito na tubulação.

Resposta: Perda de potência = 36W

6
(9) Um fluído newtoniano de densidade igual a 1,32 g/cm3 e viscosidade igual a 18,3 cP
está escoando num tubo reto horizontal, de raio interno de 0,21 in.
Para que diferença de pressão por comprimento de tubo, o escoamento deixa de ser
laminar? Admitir que o número de Reynolds de transição seja igual a 2100.
Resposta: -ΔP/L = 1430 (dina/cm²)/cm

(10) Um líquido escoa de uma seção A para B, num tubo horizontal, de acordo com o
esquema mostrado a seguir. A vazão de escoamento é de 0,02 m³/s. A dissipação de energia
devido ao atrito entre as duas seções consideradas é de 5 J/kg.
Qual o valor da altura hA? Justificar sucintamente as passagens da solução.

Resposta: hA = 3,14 m

(11) Os escoamentos a partir de dois reservatórios, abertos a atmosfera, juntam-se e o


escoamento resultante é descarregado através de um tubo comum, cuja saída também é
atmosférica. Os diâmetros internos dos tubos e as cotas estão indicados no esquema a seguir.
Desprezando-se o atrito no sistema e sabendo-se que os dois reservatórios contêm o
mesmo líquido, determinar a vazão volumétrica na descarga do tubo comum.

Resposta: ɸ = π (2g) 0,5 [r1² (hl +h3)0,5 + r22 (h2 +h3)0,5].

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(12) Um fluído newtoniano incompressível, com perfil de velocidades constante, entra
num tubo de raio interno R, A vazão mássica w. Numa secção distante da entrada, o escoamento
está totalmente desenvolvido, em regime laminar. A velocidade média de escoamento é vb.
Determinar a variação de energia cinética total entre a entrada e essa secção,
considerando-se os perfis de velocidade específicos em cada secção. Justificar sucintamente as
etapas da solução.
Resposta: ΔEC = [wvb2]/2

(13) Um fluído newtoniano, incompressível, de densidade ρ e viscosidade dinâmica µ,


escoa em regime permanente, laminar, sobre uma placa plana, inclinada de ângulo β com a
vertical. O comprimento da placa é L e a sua largura W. A espessura do filme de fluído sobre a
placa é δ. A temperatura do escoamento é constante.
(a) A partir de um balanço de forças, deduzir a expressão do perfil de velocidades. (b)
Obter a expressão da velocidade média. (c) Obter a expressão da força do fluído sobre a superfície
da placa. Justificar todas as passagens das deduções.
Resposta: (a) v = [ρ g δ y cosβ/µ] [1-(y/2 δ)]; (b) vb =ρ g δ² cosβ/3µ (c) F = ρ g δ LW cosβ

(14) Um dispositivo muito usado, em escoamento por gravidade, para se ter uma vazão
mais ou menos constante, quando esta não é muito elevada, é o frasco de Mariotti, cujo esquema
esta mostrado a seguir. O frasco é fechado e contém um líquido de densidade constante, até a
altura inicial hO. Pelo tubo 1, entra ar atmosférico. O ar borbulha no líquido, na base desse tubo
e, portanto, o tubo 1 é todo preenchido de ar. Pelo tubo 2, o líquido escoa por meio do sifão
formado. A diferença de cotas entre a entrada do tubo 2 e a sua saída (que é atmosférica) é mantida
fixas e igual a H. A diferença de cotas entre a entrada do tubo 2 e o ponto mais alto do sifão
também é mantida fixa. Por simplificação do problema, como a vazão não é elevada, todo o atrito
no sistema pode ser desprezado.
Demonstrar que a vazão de escoamento pelo sifão é constante, mesmo que a altura da
superfície livre de liquido abaixe com o tempo. Qual a situação limite para a vazão permanecer
constante?

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(15) Carregam-se, numa unidade de destilação descontinua, 150 moles de uma mistura
líquida que contém 60% em moles de benzeno e 40% de tolueno. A equação que relaciona as
frações molares de benzeno no vapor removido do sistema (yA) e no líquido remanescente no
recipiente (xA) é dada por yA = α xA /[1 + (α-1) xA], onde α é a volatilidade relativa entre benzeno
e tolueno, admitida constante e igual a 2,57.
Qual a composição do destilado coletado, se a destilação é conduzida até que sobrem 30 moles
de líquido no recipiente de carga? (Problema 3-2 do livro-texto).
Resposta: xD = 0, 69.

(16) Num escoamento desenvolvido, em regime turbulento, no interior de um tubo


circular liso, o número de Reynolds é igual a 110000 e o perfil de velocidades numa secção
transversal é dado por v = vmax [(ri - r)/ri]1/7, onde ri é o raio interno do tubo, r é a distância do
centro do tubo ao ponto considerado e vmax é a velocidade máxima desse perfil.
Obter a relação vb/vmax, sendo vb a velocidade média de escoamento. Sugestão: Substituir
(ri - r) pela variável y, para simplificar a integração. (Problema 3-3 do livro-texto).
Resposta: vb/vmax = 0, 817.

(17) Vapor d'água entra num tubo reto, longo, em aço carbono de 3 polegadas de diâmetro
nominal e N° de Schedule 40, com uma pressão absoluta de 14 kgf/cm2, temperatura de 315,5°C
e velocidade média de escoamento igual a 3,0 m/s. Num dado ponto distante da entrada, a pressão
absoluta passa pare 10 kgf/cm² e a temperatura é igual a 315,0°C.
Qual a velocidade média de escoamento nesse ponto? Calcular também o número de
Reynolds nesse ponto e na entrada do tubo. Admitir regime permanente. (Problema 3-5 do livro-
texto)
Resposta: vb2 = 4,13 m/s; Re2 = 56600; Re1 = 56500.

(18) O perfil de velocidade no escoamento de água, entre duas placas planas paralelas
(ver figura 10-1 do livro-texto, apresentada na apostila da discipline) é dado pela relação v = vmax
= [1 - (y/yo)2]. Não há escoamento nem variação de propriedades na direção z.
Usando-se a equação do perfil de velocidades, deduzir a relação vb/vmax para esse sistema,
onde vb é a velocidade média de escoamento. (Problema 3-7 do livro-texto).
Resposta: vb = 0, 667 vmax.

(19) Uma bomba à vácuo opera de modo que a vazão volumétrica de sucção do gás,
baseada nas condições de entrada, seja constante.
Para uma vazão de 0,01 m³/min, quanto tempo levará para esvaziar um tanque de 0,1m³
que contém ar, abaixando a sua pressão absoluta de 1 atm até 0,01 atm? O processo é
suficientemente lento de modo que se pode considerar a temperatura do gás no tanque como
constante. (Problema 3-8 do livro-texto).
Resposta: θ = 46 min.

(20) Formaldeído é produzido a partir da oxidação parcial de metanol, segundo a reação


química CH3OH +1/2O2 → CH2O + H2O. A mistura de gás alimentado no reator (corrente 4 no
esquema mostrado a seguir) contém 8% em moles de metanol e 10% de oxigênio. O metanol
alimentado é completamente convertido a formaldeído no reator, o qual contém um leito de
partículas do catalisador Fe2O3 MoO3.

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Calcular as composições e as vazões molares das correntes 1, 2, 3, 4 e 5, necessárias à
fabricação de 30 kg/s de uma solução de formaldeído, de concentração igual a 37 % em massa.
(Problema 3-10 do livro-texto).

Resposta:
Corrente Vazão (kmol/s) Fração molar
1 1,22 O2 = 0,21; N2 = 0,79
2 0,37 CH3OH = 1,0
3 3,04 O2 = 0,068; N2 = 0,932
4 4,62 O2 = 0,1; CH3OH = 0,08; N2 = 0,82
5 0,68 H2O = 1,0

(21) Vapor d'água expande através de um bocal convergente adiabático, entrando com a
velocidade média de 60 m/s, pressão absoluta de 25 kgf/cm² e temperatura de 315°C.
Calcular a velocidade média de escoamento do vapor d'água no local onde o bocal afunila,
sabendo-se que, neste ponto, a pressão absoluta do vapor é de 15 kgf/cm2 e a temperatura é de
240°C. Pode-se admitir que o perfil de velocidades é achatado em todas as secções ao longo do
bocal. (Problema 4-4 do livro-texto).
Resposta: vb2 = 538 m/s.

(22) Um gás escoa no interior de uma tubulação horizontal de 3" Schedule N° 40, com
uma vazão constante de 0,3 kg/s. O gás encontra se à temperatura de 20,0°C e pressão absoluta
de 1,15 atm e tem peso molecular igual a 29. A tubulação é envolta por uma serpentina de
aquecimento elétrico, com potência de 80 kW, a qual por sua vez é coberta com uma espessa
camada de isolante térmico. No ponto de descarga, a pressão absoluta do gás é de 1,05 atm.
Determinar a temperatura do gás nesse ponto. Considerar que o gás tem comportamento
ideal e que seu calor específico é de 0,24 kcal/(kg.°C). (Problema 4-5 do livro-texto).
Resposta: T = 283°C.

(23) Água sai da base de um tanque grande onde a pressão relativa é de 7 kgf/cm2, e escoa
através de um tubo conectado à sua base. Em seguida, passa por uma turbina que produz 5,82 CV.
A tubulação de saída da turbina está a 18 m abaixo da base do tanque. Nessa tubulação, a pressão
relativa é de 3,5 kgf/cm2, a velocidade média de escoamento de 20 m/s e vazão igual a 45 kg/s.

10
Sabendo-se que a perda de energia por atrito no sistema, excetuando-se a na turbina, é
igual a 13 kgf.m/kg, calcular o rendimento da turbina. (Problema4-11 do livro-texto).
Resposta: ƞt = 50 %.

(24) Um tanque cilíndrico isolado termicamente, com diâmetro interno de 60 cm, está
cheio de água a 25°C, até uma altura de 60 cm. Adiciona-se ao tanque água a 80°C,à vazão de 45
kg/min, até que a altura de líquido seja de 1,8 m. O conteúdo no tanque está, em qualquer instante,
bem homogeneizado.
(a) Quanto tempo se levará para que o tanque atinja a altura final e qual a temperatura da
água no tanque nesse instante?
(b) Para acelerar o aquecimento da água, uma serpentina é colocada no interior do tanque,
por onde circula vapor d'água saturado. A taxa de calor fornecida pode ser calculada de acordo
com a expressão:

Q=UA(TVAPOR -T)

Onde Q é a carga térmica suprida ao tanque (kcal/h), U é o coeficiente global de troca térmica
igual a 245 kcal/(h.m².°C), A é a área de troca térmica igual a 2,8 m², T VAPOR é a temperatura do
vapor d'água de aquecimento igual a 110°C e T é a temperatura da água no tanque, variável ao
longo do processo.
Qual será a nova temperatura final, quando a altura de água é de 1,8 m? (Problema 4-16 do livro-
texto).
Resposta: (a) θ = 7,54 min, T1 = 61,7°C; (b) T2 = 70,7°C.

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PQI-3203 – Fenômenos de Transporte I

Lista de Exercícios No 2

Problemas a serem discutidos em classe:

(1) Um medidor de vazão de placa de orifício, com tomadas de pressão do tipo flange, é
instalado numa tubulação em aço carbono de 4” Schedule No 40, para medir a vazão de uma fração
de petróleo a 40°C (densidade relativa = 0,88; viscosidade = 5,45 cP). Um trecho adequado de
tubo reto horizontal antecede o medidor. A vazão máxima esperada é de 12000 barris/dia (1 barril
= 42 USgal; 1 USgal = 3,785 litros). A queda de pressão pelo medidor de orifício é lida através
de um manômetro em U. Usa-se mercúrio (densidade relativa = 13,6) como fluído manométrico
e glicol (densidade relativa = 1,11) como fluído de selo. A máxima leitura desse manômetro é de
75 cm.
Determinar o diâmetro do orifício e a perda de potência no medidor.

Resposta: DO = 5,5cm; perda de potência = 2 CV.

(2) A escala de um rotâmetro tem 25 divisões. O flutuador é de um material de construção


desconhecido e o seu volume também é desconhecido. Num teste de calibração, faz-se passar ar.
A vazão medida pelo método direto foi de 85 L em 122 s. Foram obtidos os seguintes dados no
teste: temperatura do ar = 33 °C; pressão estática relativa = 5,21 cm de água; pressão barométrica
absoluta = 74,90 cmHg; leitura no rotâmetro = 13; peso do flutuador no ar = 4,62 gf; peso do
flutuador na água = 2,96 gf; diâmetro do flutuador = 1,27 cm; diâmetro do topo do rotâmetro =
1,6464 cm; diâmetro do fundo do rotâmetro = 1,3025 cm.
Determinar o coeficiente do rotâmetro.
Resposta: Cr = 0, 61.

(3) Água a 40°C é bombeada, em regime permanente, através do esquema mostrado a


seguir. A densidade da água a 40°C pode ser adotada igual a 1000 kg/m3. O tanque de alimentação
é aberto à atmosfera e o nível da superfície livre é mantido constante. O nível de água nesse tanque
e a saída da tubulação no tanque de recebimento estão na mesma cota (7,8 m) em relação ao solo.
A relação entre o aumento de pressão pela bomba (ΔP) e a vazão de líquido (Φ) é dada por ΔP =
6 x 105 - 3,96 x 106 Φ, onde ΔP é expresso em Pa e Φ em m3/s. A cota da bomba em relação ao
solo é praticamente nula. Toda a tubulação é em aço carbono, de 2" Schedule No 40. Ao longo da
tubulação, estão colocados vários medidores de pressão (PI -"pressure indicator"). No sistema,
está instalado um medidor de vazão com placa de orifício, com tomadas de pressão do tipo canto.
Os instrumentos PI-03 e PI-04 estão instalados imediatamente antes e depois da placa de orifício
respectivamente. O diâmetro do furo da placa é de 0,021 m. A perda de energia por atrito, excluída
a parte perdida no medidor de vazão, no trecho da tubulação entre a saída da bomba e o ponto
onde está localizado o manômetro PI-05, é de 40 J/kg. A cota desse ponto é de 10,5 m em relação
ao solo. As leituras dadas pelos manômetros, em pressão relativa, estão mostradas na tabela a
seguir.

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Medidor de pressão Leitura (kP) Observação

PI-01 71,5 Instrumento aferido e confiável

PI-02 - Instrumento avariado

PI-03 582,0 Instrumento aferido e confiável

PI-04 244,7 Instrumento aferido e confiável

PI-05 108,0 Instrumento duvidoso

PI-06 120,0 Instrumento aferido e confiável

Não são dadas a cota onde está instalado o medidor de vazão nem a perda de energia por
atrito no trecho de tubulação entre PI-05 e a entrada no tanque de recebimento.
(a) Determinar a leitura correta do PI-02. (b) Calcular a perda de potência por atrito pelo
medidor de vazão. (c) Verificar se o manômetro duvidoso (PI-05) fornece leitura coerente com
certeza, seguramente incoerente ou "depende" (não conclusivo, isto é, a leitura pode ser coerente
ou incoerente). Se o valor é julgado incoerente, dizer se o valor correto deveria ser maior ou menor
em relação à leitura original. Se o valor é julgado não conclusivo, dizer de quê depende para o
valor poder ser coerente. Justificar as respostas por meio de equacionamento.

Resposta: (a) P = 650kPa (relativa); (b) perda de potência = 1537 W; (c) leitura errada.

(4) Numa experiência de laboratório para calibração de um medidor de vazão do tipo


placa de orifício, usando-se água a 20oC (densidade = 1000 kg/m3), o coeficiente do medidor
encontrado foi de 0,715. Mas, presumivelmente, esse valor deveria ser de 0,63. A discrepância
foi explicada porque havia um bolsão de ar numa das linhas do manômetro em U, acoplado ao
medidor de vazão.

13
Supondo que o valor correto do coeficiente do medidor seja de fato 0,63, qual a coluna
vertical de ar para causar o erro observado e em qual dos ramos do manômetro (de pressão alta
ou pressão baixa), esse bolsão de ar está localizado? São dados: velocidade real de escoamento
no orifício = 2 m/s; diâmetro interno do orifício = 1,4 cm; diâmetro interno da tubulação = 2 cm;
desnível observado no manômetro em U = 41 cm; massa específica do fluído manométrico = 1,75
g/cm3.
Resposta: h = 8,8 cm.

(5) Deseja-se instalar um medidor de orifício com tomadas de pressão do tipo canto, numa
tubulação em aço carbono de 3” Sch 40, para medir a vazão do escoamento de um líquido
(densidade = 800 kg/m3, viscosidade = 2cP), bombeado por uma bomba de potência no eixo igual
a 5kW e rendimento de 60 %. A diferença das pressões antes e depois do medidor será lida através
de um manômetro em U, usando-se mercúrio como fluído manométrico (densidade = 13600
kg/m3). A máxima altura de desnível que pode ser lido nesse manômetro é de 60 cm. Sabe-se que
a vazão de escoamento pode variar entre 20 m3/h até 100 m3/h. Uma engenheira responsável pelo
projeto dimensionou o diâmetro do orifício igual a 6,23 cm.
Verificar se o valor calculado atende a todas as condições de processo especificadas.
Justificar o seu laudo por meio de cálculos e comentários.

(6) Ar usado num secador é pré-aquecido a 90oC e escoa através de um duto de diâmetro
interno igual a 90 cm. Um tubo de Pitot é instalado a uma distância conveniente, isenta de
perturbações, para assegurar um perfil de velocidades desenvolvido. Ele é posicionado no centro
do duto. A leitura do tubo de Pitot fornece um desnível de 1,37 cm de água. A pressão estática
relativa no ponto de medição é de 39 cm de água. O coeficiente do medidor é igual a 0,98. Pode-
se adotar a viscosidade do ar igual a 0,022 cP. É dado o gráfico anexo entre vb/vmax e Remax = ρ
vmax D/µ, onde vb é a velocidade média de escoamento, vmax é a velocidade máxima, D é o diâmetro
interno do duto, ρ e µ são respectivamente a densidade e a viscosidade do ar. Deseja-se acoplar
ao tubo de Pitot uma escala graduada para facilidade da leitura da vazão volumétrica de processo.
O valor da vazão ensaiada, por se tratar de uma condição nominal da planta, deve constar mais
ou menos no meio da escala. Para torná-la mais genérica, a escala deve corresponder às condições
padronizadas do ar ambiente, a saber, 60oF e 1 atm.
Determinar a vazão de escoamento nessas condições e sugerir a faixa de escala do
medidor. Justificar sucintamente as etapas da solução.

14
Resposta: Φ = 6,63 m3/s; Escala de 0 a 14 m3/s.

(7) Ar a 60oF (densidade = 0,0864 lb/ft3, viscosidade = 1,17 x 10-5lb/(ft.s)) é soprado por
um ventilador e escoa à vazão de 300 ft3/min, através de um duto de diâmetro interno igual a 12
in, até a entrada de um secador do tipo nebulizador ("spray drier"). A vazão de escoamento é
medida por meio de uma placa de orifício, acoplada a um manômetro em U, usando-se água
(densidade = 62,4 lb/ft3) como fluido manométrico. A pressão estática na saída do ventilador é de
2psig. Para vencer a perda de carga pelo secador e periféricos subsequentes, a pressão do ar, na
entrada do secador, deve ser de no mínimo 1,8 psig. A linha entre o ventilador e a entrada do
secador é relativamente curta, de modo que toda a perda de energia por atrito pode ser atribuída
ao medidor de orifício.
Determinar a máxima diferença de pressão no manômetro em U, compatível às condições
descritas.
Resposta: -ΔP = 0,22 psi.

(8) Um medidor de orifício, com diâmetro de furo igual a 1 cm e tomadas de pressão do


tipo flange, é instalado num tubo em aço carbono de 2" Sch 40, para medir a vazão de ar que será
usado num desumidificador. As condições do ar antes do medidor são: temperatura = 21°C,
pressão relativa = 1,034 x 105Pa, viscosidade = 0,02 cP. A leitura dada pelo manômetro em U,
acoplado ao medidor de orifício, é de 35 cm, sendo a massa específica do fluido manométrico
igual a 790 kg/m3.
Determinar: (a) a vazão mássica de escoamento; (b) a perda de pressão permanente pelo
medidor; (c) a perda de potência pelo medidor.
Resposta: (a) w = 0,0055 kg/s; (b) ΔP = 2574 Pa; (c) perda de potência = 5,84 W.

(9) Um hidrocarboneto líquido (densidade = 50 lb/ft3, viscosidade = 0,003 lb/(ft.s)) escoa


num tubo em aço carbono de 4" Sch 40, no qual está instalada uma placa de orifício, com diâmetro
de furo igual a 1,5 in. As tomadas de pressão, do tipo canto, são ligadas a um manômetro em U,
que contém mercúrio (densidade relativa = 13,6) como fluido manométrico. Acidentalmente, um
pouco de água entrou nesse manômetro. Então, além de um desnível de 12 in de mercúrio, há uma
coluna de 3 in de água no topo do mercúrio, no ramo de pressão alta do manômetro.

15
Qual a vazão mássica de escoamento? Se o operador responsável pelas leituras não tivesse
notado a presença de água no manômetro, qual a vazão que ele teria obtido nos seus cálculos?
Resposta: w = 5, 484 kg/s; w' = 5,498 kg/s.

(10) Um rotâmetro é usado para medir a vazão de escoamento de água a 20oC numa
tubulação. A escala do rotâmetro tem 25 divisões. Os diâmetros no topo e no fundo do corpo do
rotâmetro são respectivamente de 1,65 cm e 1,30 cm. O flutuador é do tipo"a", com massa
específica de 8,8 g/cm3. O volume do flutuador é de 10 cm3 e o diâmetro na sua seção maior é de
1 cm.
Determinar a vazão mássica de escoamento quando a leitura no rotâmetro indica 13 na
escala graduada.
Resposta: w = 406 g/s

(11) Um medidor de orifício, com diâmetro de furo igual a 5,66 cm, é usado para medir
a vazão de escoamento de um óleo (densidade relativa = 0,878, viscosidade = 4,1 cP). O diâmetro
interno da tubulação é de 15,41 cm. A diferença de pressões lida entre os pontos imediatamente
antes e depois do medidor é de 93,2 kPa As tomadas de pressão são do tipo flange.
Calcular a vazão volumétrica de escoamento.
Resposta: Φ = 0, 0226 m3/s.

(12) Um tubo de Pitot é colocado a uma distância suficientemente longa, livre das
perturbações do escoamento, no centro de um duto, em aço carbono de 2" Sch 40, por onde escoa
um óleo (densidade relativa = 0,8, viscosidade = 1,5 cP). A leitura dada pelo tubo de Pitot é de
0,4 cm, sendo usada água (densidade = 1 g/cm3) como fluido manométrico. Ao mesmo tempo em
que é feita essa medição, foi obtida a vazão de escoamento pelo método direto, coletando-se 26
kg de óleo em 4 minutos.
Determinar o valor do coeficiente do tubo de Pitot.
Resposta: C = 0, 89.

(13) Um manômetro de tubos em U, contendo mercúrio e com um de seus ramos fechado,


está ligado à face inferior de uma tubulação que transporta água, conforme mostrado na figura a
seguir. No ponto situado imediatamente acima, encontra-se ligada a tomada de pressão a jusante
de um manômetro invertido (ver esquema). A densidade relativa do fluido manométrico deste
manômetro é igual a 0,5.
Determinar as pressões P1 e P2 (em psia), indicadas no esquema.
Resposta: P1 = 17,56 psia; P2 =17,10 psia.

16
(14) Durante uma experiência de laboratório, faz-se passar ar, através de um orifício. A
pressão absoluta na entrada é de 749,5 mmHg e a temperatura, de 29°C. O volume de ar coletado
em 131 s é6 de 128 L. 0 diâmetro do orifício é de 0,64 cm e é pequeno, comparado com o do tubo.
A queda de pressão através do orifício é de 14,2 cm de água.
Calcular o coeficiente do orifício.
Resposta: Co = 0, 618

(15) Um rotâmetro está equipado com um flutuador do tipo "c" (ver figura 6-8 do livro-
texto, apresentada na apostila da disciplina), com densidade de 1,5 g/cm3. Para a leitura 100 no
rotâmetro, a vazão correspondente é de 100 cm3/min, quando passa água a 20oC.
Calcular a nova vazão, para a mesma leitura 100, se o fluido é: (a) acetona a 10°C;
(b) uma solução aquosa de K2CO3 de 20 % em massa, a 60°C; (c) H2SO4 a 40 % em massa, a
10oC.
Resposta:Φ =133, 5 cm3/min; Φ’ = 75,1 cm3/min;Φ’’ = 53,7 cm3/min.

17
(16) A tabela a seguir apresenta os dados obtidos para um tubo de Pitot, ao longo de uma seção
transversal de uma tubulação de 3" Sch 40, pela qual escoa água a 15oC.

Leitura no manômetro
Distância à parede (cm)
(cm de CCl4 a 15oC)
0,71 5,59
1,35 6,10
1,98 6,60
2,62 7,11
3,25 7,62
3,89 7,87
4,52 7,24
5,16 6,86
5,79 6,10
6,43 5,08
7,06 4,19

Ao mesmo tempo em que eram feitas essas leituras, foram realizadas diversas medidas
de vazão, coletando-se a quantidade de água num tanque durante o intervalo de tempo
correspondente e o resultado obtido foi de 635 kg em 194,4 s.
Calcular o coeficiente do tubo de Pitot.
Resposta:C = 0,99.

18
PQI-3203 - Fenômenos de Transporte I

Lista de Exercícios N°3

Problemas a serem discutidos em classe:

(1) Água a 15°C é bombeada, à vazão de 380L/min, conforme o esquema mostrado a


seguir. Os dois tanques estão abertos a atmosfera. Os níveis de líquido nos dois tanques são
mantidos constantes. A diferença de cotas entre as superfícies livres é de 5,2m. Toda a tubulação
é em aço carbono. O trecho de tubo antes da bomba é de 3" Schedule N° 40 e o trecho após a
bomba é de 2" Schedule N° 40. Os comprimentos dos trechos retos são: L1= 6,10m, L2 = 9,14m,
L3 = 30,48 m e L4 = 4,57m. A válvula FV1 e do tipo gaveta e está totalmente aberta; FV2 é uma
válvula globo e está fechada. O tê é do tipo padrão. A ligação entre a base do tanque de
alimentação e o tubo é uma "entrada de Borda" O rendimento da bomba é de 70 %.
Calcular a potência da bomba.

Resposta: Potência = - 1,48 HP

(2) Água a 43°C é descarregada da base de um tanque aberto a atmosfera cujo nível é
mantido constante. Em seguida, a água escoa através de um tubo em aço carbono, de 2" Sch 40.
A saída do tubo é atmosférica e está a 12,2 m abaixo do nível de líquido no tanque. O comprimento
total da tubulação, incluindo-se o do trecho reto e os comprimentos equivalentes das
singularidades, é de 45,11 m.
Determinar a vazão de escoamento.
Resposta: ϕ = 7,9x10-3m3/s

(3) Água a 20°C é retirada a partir de um ramo de uma linha principal. A pressão relativa
no ponto de ramificação é de 2,5 atm. A tubulação é em aço carbono, de Schedule N° 40, tem
comprimento total de 53 m e descarrega à atmosfera. A saída está a 6,7 m acima do ponto de
bifurcação.
Qual o mínimo diâmetro nominal desse ramo para que se tenha uma vazão de escoamento
de 1050 L/min? Comentar sobre o resultado.
Resposta: D = 3" Schedule N° 40.

19
(4) Água a 20°C escoa da base de um tanque grande, através de um tubo em aço carbono
de 2" Sch 40 e comprimento total de 15,20 m, até um ponto situado a 4,5m abaixo da superfície
livre de água no tanque. Nesse ponto, as correntes se bifurcam. Parte da água escoa através de em
tubo, também em aço carbono, de 11/2” Sch 40 e comprimento total de 9 m; o ponto de descarga
desse ramo está a 9 m abaixo do nível de água no tanque de alimentação. O restante do fluxo de
água escoa através de um tubo em aço carbono, de 1" Sch 40 e comprimento total de 12 m, com
ponto de descarga a 6 m abaixo do nível no tanque. As duas descargas são abertas à atmosfera.
Calcular as velocidades médias de escoamento nas três linhas.
Resposta: vb1 = 3,29 m/s; vb2 = 4, 57 m/s; vb3 = 2 m/s

Problemas a serem resolvidos fora de classe:

(5) Um filtro é constituído de um leito de partículas granulares, sendo 50 % em volume


com superfície específica de 8 cm-1 e o restante com superfície específica de 12 cm-1. A porosidade
média do leito é de 0,43. O diâmetro do leito é de 90 cm e sua altura, de 150 cm. Água a 24°C
escoa por gravidade através desse filtro. A pressão relativa na entrada do leito é de 25 cm de água
e a pressão na saída é atmosférica.
Determinar a vazão de escoamento.
Resposta: ϕ = 0, 04 m3/s

(6) Um líquido é bombeado conforme o fluxograma mostrado a seguir. São instalados


diversos medidores de pressão (PI - pressure indicator) e medidores de vazão(FI - flow indicator)
ao longo do sistema.

Os níveis dos tanques podem ser considerados constantes.


As cotas estão indicadas no esquema, sendo H1 > H2 > H3.
As características das tubulações estão relacionadas na Tabela I
O comprimento equivalente indicado é o "total", incluindo-se o do trecho reto e o das
singularidades.

Tabela I - Características das tubulações

20
Comprimento
Linha Diâmetro interno Rugosidade
equivalente

Da saída da bomba até a


D1 L1 e1
bifurcação

Da bifurcação até o tanque 02 D2 L2 e2

Da bifurcação até o tanque 03 D3 L3 e3

Sabe-se que D1 > D3 > D2, Ll > L2 > L3, el = e2 = e3.


Os valores das leituras dos instrumentos estão mostrados nas Tabelas II e III. Conforme
mostrado nessas tabelas, alguns instrumentos podem não estar corretamente aferidos e apresentam
portanto, indicações duvidosas.
Tabela II - Leituras dos medidores de vazão
Medidor Leitura (m³/h) Laudo da aferição

FI-01 100 Leitura correta

FI-02 70 Leitura duvidosa

FI-03 30 Leitura duvidosa

Tabela III - Leituras dos medidores de pressão


Medidor Leitura (kPa) Laudo da aferição

PI-01 150 Leitura duvidosa

PI-02 200 Leitura correta

PI-03 200 Leitura correta

Para cada instrumento considerado duvidoso (FI-02, FI-03 e PI-01), dizer se o valor da
leitura com certeza está coerente, seguramente é incoerente ou "depende" (não conclusivo, isto é,
pode ser coerente ou incoerente). Justificar por meio de equacionamento.
Para os valores julgados incoerentes, dizer se o valor correto deveria ser maior ou menor
em relação à leitura original. Justificar por meio de equacionamento e comentários.
Para os valores julgados não conclusivos, dizer de quê depende para o valor poder ser
coerente. Justificar por meio do equacionamento e comentários.

(7) Gasolina a 50°C (densidade = 680 kg/m3, viscosidade = 0,22 cP) entra, à vazão de 50
L/s, numa rede de dois tubos paralelos horizontais, que se juntam ao final. Um dos ramos é em
aço carbono, tem comprimento equivalente total de 50 m e diâmetro interno igual a 5 cm. O outro

21
ramo é em ferro fundido, tem comprimento equivalente total de 100 m e diâmetro interno igual a
10 cm.
Determinar a vazão de escoamento em cada um dos ramos.
Resposta: ϕ1 =11 L/s, ϕ2 = 39 L/s

(8) Um derivado de petróleo é bombeado, à vazão de 200 m³/h, através de um oleoduto


de 180 km de extensão. O diâmetro da tubulação é constante. A diferença de cotas ao longo do
trajeto é desprezível. A pressão relativa na saída da bomba é de 5 x 106 Pa. A descarga dá-se num
tanque aberto a atmosfera. Num dado dia, constatou-se que a vazão de descarga passou para 150
m³/h. Por outro lado, o operador da bomba disse que a pressão relativa na saída da bomba
continuava a mesma, mas a vazão nesse ponto passou para 280 m³/h. Portanto, há um enorme
vazamento de produto em algum ponto do trajeto.
Supondo que o regime de escoamento seja laminar em todos os casos, determinar a
posição do vazamento.
Resposta: L = 68 km.

(9) Através de um tubo liso horizontal, escoa um liquido com 104< Re < 105
(a) Se a vazão de escoamento é triplicada, por que fator será multiplicado a queda de
pressão ao longo do tubo? (b) Qual deverá ser o diâmetro interno do novo tubo para manter a
queda de pressão original, mas à vazão de escoamento triplicada? Justificar sucintamente as
passagens da solução.
Resposta: (a) ΔP2 = 6,84 ou 7,22 ΔP1; (b) D2 =1, 49 ou 1, 51 D1.

(10) Água a 60°F é bombeada à vazão de 240 gpm (galões por minuto) num duto formado
pelo espaço anular de dois tubos concêntricos. O comprimento do duto é de 20,3 ft e os diâmetros
interno e externo do espaço anular são iguais a 3 in e 7 in respectivamente. O duto pode ser
considerado como hidraulicamente liso. A entrada do duto está a 5 ft abaixo da saída. Tanto a
entrada como a saída estão à pressão atmosférica.
Determinar a potência necessária para esse bombeamento, sabendo-se que o rendimento
da bomba usada é de 70 %.
Resposta: Potência = 0, 44 HP.

(11) Água a 20°C escoa longitudinalmente na parte externa de um feixe, formado por 9
tubos, circunscrito por um casco de diâmetro interno igual a 5 in. Os tubos são horizontais, têm
comprimento de 1,5 m cada, diâmetro externo e diâmetro interno iguais a 1 in e 3/4 in
respectivamente e podem ser considerados como hidraulicamente lisos. A variação de pressão ao
longo do escoamento é de 7000 Pa.
Determinar a vazão de escoamento.
Resposta: ϕ = 0, 0322 m³/s

(12) Esferas de quartzo (densidade = 2,65 g/cm³) são colocadas em água a 20°C. Qual o
maior diâmetro das esferas para que a decantação por gravidade ainda ocorra em regime viscoso,
que segue a chamada lei de Stokes?
Resposta: D = 4,81x10-5m

(13) Foi realizada uma experiência para determinar o comprimento equivalente deum
cotovelo padrão em aço galvanizado, de diâmetro interno igual a 2 in. A queda de pressão entre

22
as duas tomadas, distantes de 10 ft de cada ramo do cotovelo colocadas num plano horizontal, foi
de 11 psi, quando a vazão de escoamento era de 26 lb/s de água a 20°C.
Qual o comprimento equivalente desse cotovelo?
Resposta: Leq = 8, 3 ft

(14) Uma bomba envia água a 20°C através de uma tubulação horizontal em aço carbono
de 2" Sch 40. A vazão de escoamento é de 7 L/s. Tanto a pressão na entrada da bomba como a da
saída da tubulação são atmosféricas. Uma segunda bomba, idêntica à primeira, é colocada na
linha, em série com a bomba anterior. Pode-se admitir que a variação de pressão na primeira
bomba não se altera pela presença da segunda. O regime de escoamento, em todos os casos, é
completamente turbulento ou completamente rugoso.
Qual a nova vazão de escoamento nesse sistema de associação de bombas?
Resposta: ϕ = 9,87 L/s

(15) Um líquido viscoso armazenado num tanque aberto a atmosfera é drenado, em


regime laminar, através de dois tubos verticais distintos, ligados ao fundo do tanque. Os tubos são
idênticos, exceto que um deles é duas vezes mais comprido que o outro. Ambos descarregam à
atmosfera. Especula-se que o tubo mais curto deveria oferecer menor resistência ao escoamento
e, portanto, propiciar uma vazão de escoamento maior. Mas, por outro lado, o tubo mais longo
deveria prover uma carga potencial maior e então permitiria um fluxo mais favorável. Com isso,
fica-se com a seguinte dúvida: em qual dos tubos, a vazão é maior, ou ainda, a situação é
indiferente.
Admitindo-se desprezível a perda de carga devida aos efeitos de entrada e de eventuais
válvulas, e desprezando-se também a variação de energia cinética, determinar uma expressão para
a velocidade média de escoamento em cada tubo e concluir, em qual dos casos, a vazãoé maior.
Resposta: vb maior no tubo mais curto.

(16) Determinar a força de atrito numa antena de rádio de altura igual a 3 ft e diâmetro
médio de 0,2 in, submetida a um vento de 96 km/h. As condições do ar ambiente são: pressão
absoluta = 1 atm, temperatura = 20°C, viscosidade do ar = 0,02 cP.
Resposta: F = 2,38 N.

(17) Um destilado de 35°API (API = American Petroleum Institute) é transferido de um


tanque de armazenagem, a 1 atm absoluta e 27°C, pare um tanque pressurizado, com pressão
relativa de 3,5 atm, através do sistema de tubulação mostrado a seguir. O liquido escoa à vazão
de 10500 kg/h, num tubo de 3” Sch 40, de 140 m de comprimento. As propriedades desse destilado
a 27°C são: viscosidade = 3,4 cP e densidade = 0,83 g/cm³.
Calcular o valor mínimo de potência que deve ser fornecida a uma bomba que trabalha
com rendimento de 60 %.

23
Resposta: Potência = 1,55 HP

(18) Água a 20°C sai de um reservatório de alimentação e é bombeada através de um tubo


circular horizontal de concreto, de comprimento igual a 3218 m e diâmetro interno de 25cm, com
rugosidade de 0,30 cm. No fim dente tubo, o escoamento divide-se em dois tubos em aço carbono
de 4" Sch 40 e 3" Sch 40 respectivamente. A tubulação de 4" tem comprimento total de 60 m e
sobe até um ponto situado a 5 m acima do nível de água no reservatório de alimentação, com
descarga atmosférica; a vazão de escoamento nesse trecho é de 4000 L/min. A tubulação de 3"
também descarrega à atmosfera, num ponto situado a 210 m da bifurcação e na mesma cota do
nível de água no reservatório de alimentação. Pode-se desprezar a altura de líquido no reservatório
de alimentação.
Calcular a potência que deve ser fornecida à bomba, se a sua eficiência é de 70% (Problema 14-
4 do livro-texto).
Resposta: Potência = 187,9 HP

(19) Avalie a velocidade terminal de uma esfera de vidro (ρvidro = 2250 kg/m3) de
diâmetro 7,5 mm em queda livre nos diferentes meios (adaptado de White – 8th ed.):
A) Ar (300K)
B) Água (300K)
C) Glicerina (300K)
Resposta: 𝑣𝑡,𝑎𝑟 ~ 21,6 m/s, 𝑣𝑡,á𝑔𝑢𝑎 = 0,744 m/s, 𝑣𝑡,𝑔𝑙𝑖𝑐𝑒𝑟𝑖𝑛𝑎 = 0,0773 m/s

(20) Plote a curva de arrasto por velocidade de uma esfera de diâmetro de 1,65 in. imersa
em ar, para velocidades entre 50 fps e 400 fps. (fps – feets per second). (adaptado de White – 8th
ed.):
(Dica: Utilize correlações de coeficiente de arrasto, como por exemplo, a de Morrison
(2013))

(21) Um trocador de calor horizontal, do tipo casco-feixe tubular, é constituído de 70


tubos de diâmetro nominal1" e BWG 16(diâmetro interno = 0,0228 m). O comprimento de
cada tubo é de 4,20 m. Os tubos estão montados dentro de um casco de diâmetro interno igual a
40 cm. Água entra e sai nas extremidades do lado dos tubos, através de bocais de 3" Sch 40,

24
ligados ao trocador de calor na direção do eixo do trocador de calor. A vazão total da água de
1200 L/min, com temperatura média de 38°C.
Calcular a queda de pressão total no lado dos tubos do trocador de calor. (Problema 14-5
do livro-texto).
Resposta: -ΔP = 8950 Pa.

(22) Água escoa em regime permanente, sob ação da gravidade, através de um leito de
enchimento contido num cilindro vertical, constituído de partículas esféricas de diâmetro igual a
2,0 cm e porosidade de 0,4. As pressões na entrada e na saída são atmosféricas.
Calcular a velocidade superficial de escoamento. (Problema 14-13 do livro-texto).
Resposta: vbs = 10,8 cm/s.

(23) A figura a seguir mostra esquematicamente o arranjo de um sistema pneumático


constituído de tubos capilares. A tabela que acompanha a figura apresenta os comprimentos e os
diâmetros internos das linhas, com exceção do diâmetro da linha 4.
Calcular o diâmetro interno dessa linha que provocaria velocidade nula na linha 5,
admitindo-se que o escoamento seja laminar em todas as secções do sistema a desprezando-se a
variação de energia cinética e potencial.

Comprimento ID

Linha 1 3m 1,5 x 10-3 m

Linha 2 3,6 m 2,4 x 10-3 m

Linha 3 2,5 m 3,0 x 10-3 m

Linha 4 6m ?

Linha 5 4,5 m 1,5 x 10-3 m

Resposta: D = 0, 571 cm.

(24) Gotas de óleo de 20 µm de diâmetro necessitam ser separadas de uma corrente de ar


por sedimentação. Nessas condições, a corrente de ar se encontra na pressão ambiente e possui
uma temperatura de 311 K. Calcule a velocidade terminal de sedimentação dessas gotas,
adotando-se uma densidade de 900 kg/m3 para o óleo. (adaptado de Geankopolis – 3rd ed.)
Resposta: 𝑣𝑡 = 0,013 m/s

25
(25) Água a 24 °C escoa com velocidade de 1 m/s ao redor de um cilindro longo, com
diâmetro de 9 cm, posicionado dentro de um canal suficientemente grande de forma a não se ter
efeitos de borda. O eixo axial do cilindro se encontra perpendicular ao escoamento. Obtenha a
força por comprimento do cilindro aplicada pelo escoamento. (adaptado de Geankopolis – 3rd
ed.)
Resposta: 62,82 N/m

(26) Determinar a velocidade terminal para uma pessoa de 90 kg descendo com


paraquedas de um avião. Admitir que o paraquedas tenha massa de 10 kg, um diâmetro de 9 m
quando totalmente aberto e as características de um disco em termos de resistência por atrito.
Adotar para densidade do ar o valor de 1,28 kg/m³ e para a viscosidade do ar, 1,734 x 10-5 kg/(m.s).
Resposta: v = 4,68 m/s

(27) Adotando-se o critério de velocidade recomendada, estimar o diâmetro comercial de


uma tubulação em aço carbono por onde escoa vapor d'água saturado, à pressão absoluta de
120,82 kPa a vazão de 121 kg/h.

(28) Água (densidade=1000 kg/m3, viscosidade= 0,001 kg/(m.s)) é bombeada conforme


o esquema mostrado abaixo. O tanque de alimentação e as duas descargas são abertos a atmosfera.
A cota do nível de líquido no tanque é de 3 m em relação ao solo. O ponto A (em que ocorre a
bifurcação dos fluxos) está a 5 m do solo. A saída B está a 6 m do solo e a saída C está a 5 m do
solo. A bomba está instalada no nível do solo. Por simplificação, pode-se considerar que o valor
do fator de atrito de Fanning em todas as linhas é o mesmo.
No trecho AB, está instalado um medidor de vazão do tipo orifício. A vazão de
escoamento indicada é de 0,0003 m³/s. Essa linha AB é de 1" Schedule N° 40 (diâmetro interno
= 0,02664 m) e apresenta comprimento total de 74 m (já inclusos os dos trechos retos e os
comprimentos equivalentes das singularidades e do medidor de orifício).
O trecho AC tem comprimento total de 60 m e é de 11/2" Schedule N° 40 (diâmetro interno
= 0,04089 m). Nesse ramo, há um rotâmetro que indica uma leitura de 0,0002 m³/s.
Mas, ha indícios de que, eventualmente, os medidores podem estar descalibrados. Foi
então solicitada uma verificação no Serviço de Instrumentação que enviou o seguinte "e-mail".
“Foi feita a aferição dos dois medidores de vazão. O medidor de orifício estava CORRETO e o
rotâmetro...” A mensagem foi interrompida pela "queda" de energia elétrica que só deve ser
restabelecida à tarde.
Com as informações disponíveis, é possível saber se o rotâmetro estava marcando leitura
correta ou não? Em caso afirmativo, dizer se estava aferido ou não, e justificar a resposta por meio
de cálculos e/ou equacionamento devido. Não é preciso determinar o valor correto da vazão pelo
rotâmetro, se o diagnóstico for de rotâmetro descalibrado. Em caso negativo, isto é, se achar que
não é possível saber se o rotâmetro estava calibrado ou não, relacionar todas as informações
complementares que devem ser fornecidas para um laudo conclusivo e justificar a resposta por
meio de cálculos e/ou equacionamento devido.

26
Resposta: A leitura do rotâmetro está errada.

27
PQI-3203 - Fenômenos de Transporte I

Lista de Exercícios No4

Problemas a serem discutidos em classe:

(1) Estimar a espessura da camada limite para o escoamento sobre uma placa plana
horizontal, com velocidade de aproximação constante de 3 m/s, na posição distantede0,15 m da
borda de ataque, admitida com incidência nula, considerando-se os seguintes casos:

Difusividade de
Densidade Viscosidade quant. de mov.
Caso Fluido
(kg/m3) (cP) (m2/s)

a Água 1000 1 1 x 10-6

b Ar 1 0,02 2 x 10-5

c Glicerina 1260 1500 1,19 x 10-3

Resposta: (a) δa= 0,0011 m; (b) δb = 0,005 m; (c) δc = 0,0386 m.

(2) Repetir o problema anterior pare a posição distante de 4 m da borda do ataque.


Comentar sobre os resultados.
Resposta: (a)δ’a = 0,058 m; (b) δ’b = 0,105 m; (c) δ’c = 0,199 m.

Problemas a serem resolvidos fora de classe:

(3) Ar a 60°F e pressão absoluta de1atm (viscosidade cinemática = 0,160 x 10 -3 ft2/s)


escoa sobre uma placa plana horizontal de incidência nula, a uma velocidade de aproximação
uniforme igual a 30 ft/s.
(a) Qual a espessura da camada limite no ponto distante de 1ft da borda de ataque?
(b) Determinar o módulo e a direção da velocidade no ponto de abscissa de 1 ft e ordenada
igual à metade da espessura da camada limite.
(c) Determinar a força de atrito na placa de comprimento igual a 1 ft (medido na direção
de escoamento, a partir da borda de ataque) e largura também de 1 ft.
Resposta: (a) δ = 0,354 cm; (b) ν = 22,5 ft/s, ângulo com a horizontal = 0,08o; (c) F = 0,0033
lbf.

(4) Água escoa a 20°C num tubo de diâmetro interno de 0,05 m. O comportamento da
camada limite formada na entrada do tubo pode ser considerado como igual ao daquela sobre uma
placa plana.
Estimar a distância necessária, medida na direção de escoamento, a partir da entrada, para
que o escoamento seja totalmente desenvolvido, isto é, para a borda da camada limite atinja o
eixo do tubo, nos seguintes casos de velocidade de aproximação: (a) 15 m/s; (b) 1,5 m/s; (c) 0,015
m/s.
Resposta: (a) L = 2,1 m; (b) L’ = 1,18 m; (c) L” = 0,375 m.

28
(5) O perfil de velocidades na camada limite laminar sobre uma placa plana pode ser
aproximado por um polinômio do tipo: vx/vo = ao + al (y/δ) + a2 (y/δ)2, onde vx é a velocidade na
direção de escoamento x, vo é a velocidade de aproximação, suposta constante, y é a direção
normal à placa plana e δ é a espessura da camada limite.
Determinar os valores das constantes da expressão polinomial.
Resposta: ao = 0, a1 = 2, a2 = -1.

(6) Um fluido newtoniano incompressível de densidade ρ e viscosidade dinâmica µ está


confinado entre duas placas planas verticais, espaçadas de distância L. A placa à esquerda é fixa
e a da direita é movida no sentido ascendente, com velocidade constante V.
Considerando que o escoamento do fluido seja em regime permanente, laminar,
determinar, a partir dos balanços diferencias, o perfil de velocidades resultante.
Resposta: vy = [1/2µ] [-ρg – dP/dy] [Lx – x2] + V x/L.

(7) Água a 200C escoa sobre uma placa plana horizontal, com velocidade de aproximação
uniforme de 3ft/s.
Determinar a velocidade no ponto distante de [xcr/2] a partir da borda de ataque, medido
na direção de escoamento e de [δ/4], medido na direção normal à placa, sendo xcr e δ medidos em
ft.
Resposta: ν = 1,29 ft/s.

(8) Ar a 50oC e 20 psig (viscosidade = 0,02 cP) escoa sobre uma placa horizontal de
incidência nula, com uma velocidade de aproximação uniforme de 10 m/s.
(a) Determinar, usando a solução exata de Blasius, as componentes de velocidade vx e vy
no ponto dado por x = 0,05 m e y = δ/2, onde x é a direção de escoamento, y é a direção normal
à placa e δ é a espessura da camada limite nessa posição. (b) Determinar a força de atrito numa
placa de comprimento igual a 10 m (medido na direção de escoamento a partir da borda de ataque)
e largura também de 10 m.
Resposta: (a) vx = 7,2 m/s, vy = 0,017 m/s; (b) F = 35,1 N.

(9) Água a 20oC escoa sobre uma placa plana horizontal com incidência nula. A
velocidade de aproximação é constante e igual a 10 cm/s.
Fazer, a partir da solução de Blasius, os gráficos de vx e vy em função de y, na posição x=
5 cm, medida na direção de escoamento a partir da borda de ataque.

(10) Considere uma corrente de ar escoando com uma velocidade de 30 m/s sob uma
placa plana. Para esse caso, estime a distância da borda de entrada em que a transição ocorrerá.
(adaptado de White – 8th ed.)
Resposta: xcr ~ 0,262 m

(11) Um fluido incompressível, de densidade ρ, escoa sobre um lado de uma placa plana
de largura unitária, conforme mostrado na figura a seguir. O escoamento principal é paralelo à
placa. O fluido próximo à placa sofre efeito viscoso. Forma-se então uma camada limite a partir
da origem da placa, cuja espessura cresce ao longo do escoamento. Essa camada limite é definida
como a região em que a velocidade varia desde o valor nulo para o fluido aderido à placa, até vo
para a região afastada da placa, no escoamento principal. O perfil de velocidades vx, em função
da distância normal à placa y, pode ser aproximado por:

29
𝑉𝑥 3 𝑌 1 𝑌 3 𝑌
= ( )− ( ) para 0 ≤ ≤1
𝑉𝑜 2 𝛿 2 𝛿 𝛿

𝑉𝑥 𝑌
=1 para ≥1
𝑉𝑜 𝛿
onde δ é a espessura da camada limite numa dada posição x.

A partir de um balanço global de quantidade de movimento, determinar a força de atrito


sobre a placa, em função de v0, δ e ρ. Considera-se que no há variação de pressão. Pode-se escolher
a superfície de controle mostrada na figura a seguir, tal que haja escoamento na direção x apenas
na entrada e na saída, isto é, não escoa fluído através da linha (superfície) de corrente; portanto,
a vazão mássica de fluído que entra em "a" é igual a que sai em "δ".

Resposta: F (x) = - 0,139 ρ v02δ(x).

(12) O escoamento de um fluído é dado por 𝑣⃗ = 𝑥 3 𝑦𝑖⃗ + 2𝑥 2 𝑦𝑧𝑗⃗. O fluído é


incompressível? Justificar a resposta.
Resposta: Não

(13) Obter a equação do balanço diferencial de quantidade de movimento na direção z,


em coordenadas retangulares, Para o escoamento unidirecional de um fluido newtoniano
incompressível, de viscosidade constante.
Resposta: ─

(14) A velocidade de um escoamento unidirecional de um fluído incompressível varia em


relação à direção de escoamento? Justificar a resposta.
Resposta: Não

(15) Os componentes de velocidade num escoamento de um fluído incompressível são


dados por vx = x3 y; vy = 2 x2 y z. Determinar a equação do componente de velocidade vZ.
Justificar a resposta.
𝑣𝑧 = [(−𝑥 2 𝑧)(3𝑦 + 𝑧) + 𝐶(𝑥, 𝑦)]𝑘⃗⃗
Resposta: ⃗⃗⃗⃗

(16) Um fluído newtoniano incompressível é colocado no espaço entre duas placas planas
horizontais, de largura infinita, separadas da distância L. Os eixos de coordenadas, assim como a
sua origem, são adotados conforme mostrados no esquema a seguir.

30
A placa superior é puxada com uma força constante e com isso, a placa superior move-se
com uma velocidade V0constante, no sentido de x positivo. A placa inferior é fixa. O gradiente
de pressão ao longo de x é desprezível. A temperatura do fluído é mantida constante. Considera-
se o escoamento em regime permanente, laminar e unidirecional.
(a) Simplificar a equação do balanço diferencial de massa. Justificar sucintamente todas
as passagens da solução.
(b) Simplificar a equação do balanço diferencial de quantidade de movimento na direção
x. Justificar sucintamente todas as passagens da solução.
(c) Deduzir e obter a expressão para o perfil de velocidades de escoamento VX = VX(y)
Justificar sucintamente as passagens da dedução.
Observação: A falta das justificativas em todos os itens solicitados comprometerá
totalmente a avaliação, ainda que as respostas estejam corretas.
Resposta: (c) VX = V0 y/L

(17) Considere um escoamento bidimensional em estado estacionário, incompressível e


fluido newtoniano, no qual a velocidade é conhecida: vx = -2xy; vy = y2-x2; vz = 0. Decida se este
escoamento satisfaz a conservação de massa. (adaptado de White – 8th ed.)

(18) Considere o escoamento bidimensional com componentes de velocidade:


𝑣𝑥 = U0 cos(kx)e−ky ; 𝑣𝑦 = U0 sin(kx)e−ky.
Nas quais U0 e k são constantes. Decida se este escoamento é incompressível e verifique
se o escoamento é irrotacional. (adaptado de Pozrikidis – 3rd ed.)

(19) Considere um escoamento tridimensional com componentes de velocidade:


kx
𝑣𝑥 = U0 ( ) cos(k x x)sin(k y y)e−kz
k
ky
𝑣𝑦 = U0 ( ) sin(k x x)cos(k y y)e−kz
k
𝑣𝑧 = −U0 sin(k x x)sin(k y y)e−kz
0,5
Nas quais U0 , k x e k y são constantes, com k = (k x 2 + k y 2 ) . Verifique se o
escoamento é irrotacional. (adaptado de Pozrikidis – 3rd ed.)

(20) Um tubo capilar longo horizontal de comprimento igual a 0,45 m e diâmetro interno
de 0,00076 m é usado como viscosímetro. Nos testes de calibração, foi usada água a 23°C
(densidade = 998 kg/m³). Para uma diferença de pressão ao longo desse tubo igual a 60355 Pa, a
vazão de escoamento medida é de 1 cm³/s. Determinar o valor da viscosidade obtido a partir dessa
determinação experimental, considerando os seguintes casos:
(a) Desprezar o efeito de entrada
(b) Levar em conta o efeito de entrada. Sabe-se que o comprimento de entrada no caso
pode ser estimado por Le/D = 0,0575 Re, onde Le é o comprimento de entrada, D é o diâmetro

31
interno do tubo e Re é o numero de Reynolds no escoamento desenvolvido (no cálculo deste
número de Reynolds, pode-se adotar o valor da viscosidade obtido na literatura). Sabe-se
outrossim que, no problema em questão, a variação de pressão por unidade de comprimento de
tubo na zona de entrada é duas vezes a do escoamento desenvolvido. A queda de pressão total
continua sendo de 60355 Pa.
(c) Comparar os valores de viscosidade obtidos nos dois itens anteriores com o da
literatura e comentar a diferença.
Resposta: (a) µ = 1,098 cP , (b) µ = 0,936 cP

(21) A teoria da camada limite desenvolvida no inicio do século XX é, segundo alguns


autores, um dos últimos grandes avanços teóricos no campo da Mecânica dos Fluídos. A
possibilidade de previsão teórica da força de arrasto em corpos submersos com diversas
geometrias forneceu uma maior consistência aos projetos envolvendo esse parâmetro. Uma
geometria típica neste tipo de problema é a placa plana, cujos procedimentos de cálculo podem
ser adaptados a outras geometrias. Determine a força de arrasto em uma placa plana (3,0 m x 1,5
m), de espessura desprezível, quando o ar (fluído newtoniano com ρ = 1,2 kg m-3 e µ
-5 -1 -1 -1
= 2,0 x 10 kg m s ) se desloca a uma velocidade de 5 m s , na direção normal à aresta de 3 m.
Considere que o escoamento sobre as duas superfícies da placa (ver Figura) ocorre em regime
laminar e pode ser descrito por:
𝑣𝑋 𝑌 𝑌 2
= 2( ) − ( )
𝑣∞ 𝛿 𝛿

𝛿 5,48
=
𝑥 𝑅𝑒𝑥 0,5

𝜌𝑉∞ 𝑥
𝑅𝑒𝑥 =
µ

Onde 𝑉∞ é a velocidade de escoamento na região afastada da placa; δ é a espessura da


camada limite; ReX é o número de Reynolds local; ρ e µ são respectivamente a densidade e a
viscosidade do fluído escoando.
Lembre-se de que a tensão cisalhante local na superfície da placa é dada por:

𝜕𝑉𝑥
𝜏𝑝 = µ ⃒
𝜕𝑦 𝑦=0

32
Resposta: F = 0,294 N

(22) O escoamento de óleo na lubrificação de rolamentos pode ser ilustrado pela figura
abaixo, onde um fluido viscoso é inserido pela abertura h0 e devido a uma pressão imposta, escoa
até a abertura h1. Para uma abertura h<<L, pode-se obter a simplificação de que a p=p(x), vx = vx
(y), vy = vz = 0. Desconsiderando a gravidade, deduza as equações de movimento para este
sistema. Quais são as condições de contorno? Integre e obtenha: (adaptado de White – 8th ed.).

1 dp 2 y
v𝑥 = (y − yh) + U (1 − )
2µ dx h

vx

23) Considere o escoamento paralelo de um fluido newtoniano entre duas placas paralelas
planas distantes H. O perfil de velocidades é dado por: u = U y/H.
Determine: a) div V ; b) a vorticidade; c) a taxa de deformação angular.

33
(24) Considere um escoamento com vr = 0, vz= 0 e vθ = rω. Calcule a vorticidade e esboce
o campo de velocidades no plano rθ.
(25) Considere um escoamento com vr = 0, vz= 0 e vθ = C/r. Calcule a vorticidade e esboce
o campo de velocidades no plano rθ.

ρ 1 ρrv r  1 ρv  ρv z 


   0
t r r r  z

v  v v v vv v  1 p   1 ( rv ) 1  2 v  2 v z 
ρ  ρ  v r      r   v z    ρg -  μ  2  2 
t  r r  r z  r   r r  r r  2
z 
v r  v r v v r v2 v r  p    1 ( rv r )  1  2 v r 2 v  2 v r 
ρ  ρ v r    vz   ρg r -  μ   2  2  2 
t  r r  r z  r  r  r r  r 
2
r  z 
v z  v v v z v  p  1   v z  1  2 v z  2 v z 
ρ  ρ vr z    v z z   ρg z -  μ r   2 
t  r r  z   z  r r  r  r 2  2 z 

   v  1 v 
 r    r  μ r     r

 r  r  r  
 v 1 v z 
 z    z  μ  
 z r  
 v v 
 rz   zr  μ r  z 
 z r 
  1 v z v    v r v z   1   rv  v r  
rot V     er     e     ez
 r  z   z r  r  r  

26) Um bastão cilíndrico longo de raio R é colocado verticalmente em um tanque grande


contendo líquido e rodado a uma velocidade angular w. Para região muito distante do cilindro, o
nível da interface líquido–ar é z = ho.

a) Determine a velocidade e pressão no líquido.


b) Admitindo-se que o comprimento do bastão imerso é L, calcule o torque para manutenção da
rotação constante.
c) Desprezando-se os efeitos da tensão superficial, determine a altura da interface líquido-ar, h
(r).
Calcule o grad v e rot v

34
PQI-3203 – Fenômenos de Transporte I

Lista de Exercícios N° 5

Problemas a serem discutidos em classe:

(1) Ar escoa num tubo capilar de diâmetro interno igual a 4 mm, com velocidade média
de 50 m/s. O comprimento do tubo é de 0,1 m. A pressão absoluta na entrada do tubo é de 101
kPa. Adota-se que a densidade do ar é de 1,23 kg/m3 e sua viscosidade igual a 1,79 x 10-5 Pas.
Podem-se desprezar os efeitos de entrada
(a) Determinar a perda de energia por atrito no escoamento para os casos de o tubo ser
(a1) de vidro; (a2) extrudado; (a3) em aço carbono. Comentar sobre os resultados.
(b) É razoável admitir que a densidade do ar seja constante ao longo do escoamento?
Justificar a resposta.
(c) Qual o erro cometido no resultado se o regime de escoamento tivesse sido considerado
como laminar?
Resposta: (a1) ΔP1 = 1076 Pa; (a2) ΔP2 = 1076 Pa; (a3) ΔP3 = 1614 Pa; (b) sim; (c) ΔPlan =179
Pa.

(2) Ar a 1 atm e 50°C escoa, em regime turbulento, num tubo liso, reto, longo, horizontal,
de 1" Schedule N° 40. A queda de pressão num trecho de 100 m é de 2500 Pa. Pode-se adotar que
a viscosidade do ar seja igual a 0,02 cP.
Determinar (a) a espessura da subcamada limite laminar; (b) a velocidade máxima de
escoamento; (c) a distância da parede na qual a relação entre a velocidade "média" e a máxima é
igual a 0,4.
Resposta: (a) δ = 0,235 x 10-3 m; (b) v = 7,66 m/s; (c) y = 0,415 x 10-3 m.

Problemas a serem resolvidos fora de classe:

(3) Água a 20°C escoa num tubo liso horizontal de diâmetro interno igual a 0,05 m, à
velocidade média de 1,5 m/s.
Determinar a velocidade e o comprimento de mistura de Prandtl, num ponto distante de
0,02 m da parede interna do tubo.
Resposta: v =1,76 m/s; l = 0, 0033 m.

(4) Obter uma expressão para a viscosidade turbulenta, para o escoamento desenvolvido
de um fluído newtoniano no núcleo turbulento, a partir do perfil logarítmico de velocidades ou
perfil universal de velocidades. São dados: densidade do fluido = ρ; raio interno do tubo = R;
tensão de cisalhamento na parede = τS.
Respostas:µe = [τS (1-y/R) y]/[2, 5 (τS/ρ)0,5]

(5) Água a 20°C escoa num tubo liso, horizontal, de diâmetro interno igual a 0,05 m, à
velocidade media de 1,5 m/s.
Determinar a tensão de cisalhamento e a viscosidade turbulenta, num ponto distante de
0,02 m da parede interna do tubo.
Resposta:τ =1,095 Pa; /µe = 0,117 Pas

35
(6) Água a 20°C escoa entre duas placas planas, conforme o esquema mostrado na figura
10-1 de Bennett & Myers, onde yo = 2 cm. O perfil da tensão de cisalhamento no duto retangular
é dado pela figura 12-5 do livro citado, onde a = τyx t/ρ, b = τyx/ρ e c = τyxr/ρ, sendo a, b e c
indicados nessa figura.
(a) Determinar a viscosidade turbulenta para y = 1,8 cm. (b) Para qual posição a partir da
qual se tem o núcleo turbulento? Justificar a resposta (c) Determinar a tensão de cisalhamento de
Reynolds para y = 1,8 cm.
Resposta: (a) µe =12 cP; (b) y =1,5 cm; (c) τyxr = 0,0466 lbf/ft2.

(7) Água a 40°C escoa num tubo liso horizontal de 1" Schedule N° 40, em regime
turbulento. A queda de pressão num trecho de 100 ft é de 30 psi.
Determinar a espessura da zona de transição.
Resposta: δ=7,7x10-5m

(8) Num tubo circular, reto, liso, horizontal, de 1" Schedule N° 40, está escoando água a
40°C, à velocidade média de 0,5 m/s.
Determinar o comprimento de mistura de Prandtl no ponto em que a relação entre a
velocidade médio-temporal e a velocidade máxima é de 0,2.
Resposta: l = 3,9 x 10-5 m

(9) Ar (densidade = 1,12 kg/m3, viscosidade = 0,02 cP) escoa à velocidade média de 15
m/s num tubo circular liso de diâmetro interno igual a 25 cm.
Determinar a espessura da subcamada limite viscosa e as velocidades locais a 50 mm e
0,5 mm da parede interna do tubo respectivamente.
Resposta: δ =1, 35 x 10-4 m; vl = 16,1 m/s; v2 = 7,65 m/s

(10) Água a 20°C escoa através de um tubo liso horizontal, de diâmetro interno igual a 2
in. A tensão de cisalhamento na parede interna é de 0,33 Pa.
Usando a figura 12-6 do livro Bennett & Myers, determinar: (a) a velocidade máxima de
escoamento; (b) a distância da parede em que a relação entre a velocidade médio-temporal e a
velocidade máxima é de 0,2.
Resposta: (a) vmax = 0, 364 m/s; (b) y = 0,274 x 10-3 m

11) Analise a influência da viscosidade na espessura da camada limite laminar e


na turbulenta. Considere uma posição x num escoamento em placa plana e uma velocidade de
aproximação U.

12) Qual a relação entre a espessura da subcamada viscosa e a camada limite turbulenta
em placa plana? Depende do fluido?

36
PQI-3202 – Fenômenos de Transporte I

Lista de Exercícios N° 6
Problemas a serem discutidos em classe:

(1) Para um fluido não-newtoniano incompressível (densidade ρ e índice de consistência


K) que segue a lei de potências e que escoa em regime laminar, em estado estacionário, num tubo
com seção circular de raio R, num trecho L de tubulação horizontal onde se verifica a diferença
de pressão P1 e P2 entre a entrada e a saída do fluido no trecho, mostrar que:
(a) o fator de atrito é dado por:
16
f  , em que
Re PL
Vb2n  D n
Re PL  (número de Reynolds para o fluido que segue a Lei de Potências
 3n  1 
n
n 1
8 K 
 4n 
PL=Power Law)
(b) a velocidade média do escoamento é:
1
 n   PR  n
Vb     R
 3n  1  2 KL 
V 3n  1
(c) max 
Vb n 1
(2) Três placas planas extensas de área A são dispostas paralelamente. A distância entre
duas placas adjacentes é L. Entre as placas tem-se um fluido plástico de Bingham com tensão de
cisalhamento inicial τo e viscosidade plástica ηB .(a) Determine a força mínima necessária para
puxar a placa do meio. (b) Determine o valor da velocidade V1 desta placa no caso de se aplicar
uma força F1 > F mínima. (c) Qual a nova força a ser aplicada se a velocidade for o dobro de V1?

Problemas a serem resolvidos fora de classe:

(3) Uma solução polimérica (densidade 1075 kg/m3) é bombeada a uma vazão de 2500
kg/h, num tubo de 25 mm de diâmetro. O escoamento é laminar e o fluido segue a lei de potências
com K = 3Pa.sn e n = 0,5. Estimar:
(a) a queda de pressão para um trecho de 10m de tubulação horizontal e reta.
(b) a velocidade na linha de centro da tubulação.
(c) o novo valor da queda de pressão se a tubulação tiver 50 mm de diâmetro.
Respostas: (a) ΔP = 110 kPa; (b) 2,2m/s; (c) 19,4 kPa.

(4) Um fluido plástico de Bingham incompressível (densidade ρ e viscosidade aparente


η) escoa num tubo de seção circular de raio R. A tubulação tem comprimento L. O escoamento
ocorre em regime permanente e laminar. O valor da tensão de cisalhamento mínima para que
ocorra escoamento é τo e este valor é encontrado no perfil da tensão de cisalhamento em r = Rp (r
= raio da tubulação). O fluido escoa sob uma diferença de pressão (-ΔP) entre a entrada e a saída
da tubulação. O modelo para a tensão de cisalhamento é:
 dV z 
 rz   o     .
 dr 

37
Determinar:
(a) o perfil de velocidades para τrz > τo e r ≥Rp.
(b) a velocidade na região em que0≤ r<Rp (τrz < τo).
(c) a vazão volumétrica do escoamento.
  P  R 
2
r2  oR  r
Respostas: (a) Vz   
 

1  
2  1   ;
 L  4  R    R 
2
  P  R
2   Rp   R 4   P  4 1 4
(b) Vz    1     ; (c) Q  1      com
 L  4   R   8  L  3 3 
 o Rp
  onde τw é a tensão de cisalhamento na parede.
w R

(5) Duas placas planas paralelas e infinitas têm entre si um líquido não-newtoniano
incompressível. A distância entre as placas é δ e está totalmente preenchida pelo líquido. A placa
superior é mantida com velocidade constante vo e a placa inferior está parada. O líquido segue a
lei de potências tal que:
n
 dv 
 yx   K  x  , K=índice de consistência, n=índice de comportamento
 dy 
a) verificar o perfil de velocidades.
b) se a velocidade da placa superior for dobrada, de quanto aumenta a tensão de cisalhamento?
Resposta: (b) 2n .

(6) Um fluido incompressível não-newtoniano escoa num tubo horizontal de seção


circular com raio a e comprimento L. O fluido segue a lei de potências, o escoamento é laminar e
em regime permanente. Determinar o perfil de velocidades e a vazão volumétrica nesse
escoamento.

(7) Analisar a natureza do perfil de velocidades e da tensão de cisalhamento para o


escoamento de um fluido plástico de Bingham com tensão de cisalhamento inicial τo e viscosidade
plástica ηB, num tubo com seção circular de raio r e comprimento L. A pressão na entrada do tubo
é P1 e, na saída, é P2.

(8) Considere o escoamento de um filme de um líquido plástico de Bingham com tensão


de cisalhamento inicial τo e viscosidade plástica ηB sobre uma placa plana inclinada de 30º em
relação à horizontal. Determine a espessura limite do filme para que ocorra o escoamento. Dados:
τo = 70 dina/cm2, ηB = 1 cP e ρ = 1,4 g/cm3.
Resposta: 0,1 cm.

(9) Uma solução polimérica foi medida a uma temperatura constante de 291 K, sendo
apresentados os dados de tensão de cisalhamento por taxa de deformação. (adaptado de Chhabra
e Richardson – 2nd ed.)

𝛾𝑦𝑥̇ (𝑠 −1 ) 𝜏𝑦𝑥 (𝑃𝑎) 𝛾𝑦𝑥̇ (𝑠 −1 ) 𝜏𝑦𝑥 (𝑃𝑎)


0,140 0,120 4,43 3,08

38
0,176 0,140 5,57 3,79
0,222 0,170 7,02 4,68
0,352 0,280 11,1 6,53
0,557 0,446 17,6 9,46
0,883 0,690 27,9 13,5
1,40 1,08 44,3 18,9
2,22 1,63 70,2 26,1
3,52 2,53 111,2 34,8

(a) Verifique a validade do modelo de lei de potência para toda a validade da faixa de
dados
(b) Obtenha os parâmetros K e n da lei de potência. Plote os dados experimentais e a lei
de potência e compare o resultado obtido
(Dica: Caso o ajuste do item b não esteja satisfatório, tente dividir o domínio experimental
em dois, ajustando-se 2 curvas. ( 𝛾 ̇ < ~5 𝑠 −1 » 0,75𝛾̇ 0,96 | 5 𝑠 −1 ≤ 𝛾̇ ≤ 100 𝑠 −1 » 1,08𝛾̇ 0,76)

(10) A seguir se é apresentado dados de viscosidade obtidos em um viscosímetro capilar


de um polímero fundido à 263 K. Obtenha os valores reais da tensão de cisalhamento e taxa de
deformação para este polímero, assumindo que os efeitos de borda sejam negligenciáveis.
(adaptado de Chhabra e Richardson – 2nd ed.)
(8V/D) (𝑠 −1 ) 𝜏𝑤 (𝑘𝑃𝑎)
10 22,4
20 31,0
50 43,5
100 57,5
200 75,0
400 97,3
600 111
1000 135
2000 164

(11) Os dados experimentais a seguir foram levantados para uma solução polimérica (4%
caboximetilcelulose em água), utilizando-se um capilar de 0,408 mm de diâmetro e um tubo de
entrada de 23,3 mm de diâmetro. Obtenha a taxa de cisalhamento e a taxa de deformação para
essa solução. (adaptado de Chhabra e Richardson – 2nd ed.)

Velocidade na (-Δ𝑝) (kPa)


entrada (mm/s) L = 49,5 (mm) L = 74,5 (mm) L = 99,5 (mm)
0,09 448,16 655,0 882,5
0,12 489,53 717,1 965,3
0,15 537,80 779,1 1048
0,21 606,74 882,5 1165
0,24 620,53 910,1 1186

39
PQI-3203 - Fenômenos de Transporte I

Questionário N° 1

(1) Por que uma corrente de água, ao sair da torneira, torna-se progressivamente mais
fina?

(2) O fiscal de trânsito, conhecido como "marronzinho", desempenha a sua função sob
ponto de vista Lagrangeano ou Euleriano? Explicar.

(3) Para cada um dos processos mostrados nos esquemas a seguir, selecionar os volumes
de controle apropriados e dizer se o regime é permanente, pseudo-permanente ou não permanente.
Explicar.

(3a)

(3b)

(3c)

40
3d)

(4) Água escoa por gravidade a partir de um tanque, aberto a atmosfera, cujo nível é
mantido constante. São instalados piezômetros para medir as pressões ao longo do tubo de saída.
Os comprimentos dos trechos entre os piezômetros são iguais entre si. O esquema esta mostrado
a seguir.

(4a) Admitindo-se que o atrito no escoamento seja desprezível, fazer um


esquema mostrando as alturas de água em cada um dos piezômetros, em relação ao
nível de líquido no tanque de alimentação. Justificar a resposta.
(4b) Repetir o problema, levando-se em conta o atrito. Justificar a resposta.

(5) Mostrar que a equação de Hagen Poiseuille é dimensionalmente consistente.

(6) Em que parte da dedução do perfil parabólico de velocidades, foi necessária a hipótese
do regime de escoamento laminar?

41
(7) Quais são as hipóteses admitidas para que a energia cinética por unidade de massa de
fluído seja dada por vb2/2, onde vb é a velocidade média de escoamento? Justificar a resposta.

(8) O balanço global de energia pode ser expresso por:

v2 𝜕
∬ ( + 𝑔𝑧 + 𝐻) 𝜌 v ⃗⃗ + ∭ 𝐸 𝜌 𝑑𝑉 = 𝑞 − 𝑊̇ 𝑠
⃗⃗ ∙ dA
2 𝜕𝜃
𝐴 𝑉

(8a) Qual o significado físico dev ⃗⃗?


⃗⃗ ∙ dA
(8b) Qual a dimensão da equação (energia/massa, energia/tempo, fluxo de
energia)? Justificar a resposta.
(8c) Decompor a energia total E e dar o significado de cada parcela componente.

(9) Num escoamento, quais as hipóteses necessárias para que seja válida a igualdade
𝑣𝑏1 𝐴1 = 𝑣𝑏2 𝐴2 , onde 𝑣𝑏 é a velocidade média de escoamento, A é a área da seção transversal e
os índices 1 e 2 representam duas seções distintas ao longo do escoamento.

(10) Dentre as hipóteses relacionadas: {fluído newtoniano, regime permanente, fluído


incompressível, regime laminar}, quais devem ser satisfeitas para se poder usar cada uma das
equações abaixo? Justificar as respostas.
(10a) Equação I
𝑃1
2 2
v𝑏2 − v𝑏1 𝑑𝑃
+ 𝑔(𝑧2 − 𝑧1 ) + ∫ + 𝑙𝑤𝑓 + 𝜂𝑃 𝑊𝑠 = 0
2 𝜌
𝑃2

(10b) Equação II
𝛥v𝑏2
+ 𝑔 𝛥𝑧 + 𝛥 𝐻 = 𝑄 − 𝑊𝑠
2

(10c) Equação III


𝛥v𝑏2 𝛥𝑃
+ 𝑔 𝛥𝑧 + + 𝑙𝑤 + 𝑊𝑠 = 0
2 𝜌

(11) É correto afirmar que o termo 𝑙𝑤 da equação III da questão anterior (10c) representa
a perda de energia por atrito por unidade de tempo, em todo o sistema, exceptuando-se a bomba?
Justificar a resposta.

(12) O perfil da tensão de cisalhamento dado por τ = (-ΔP r/2L) vale para o escoamento
em regime turbulento? E para um fluído não newtoniano? E para um tubo vertical? E para um
tubo rugoso? Justificar cada uma das respostas.

(13) Peso é uma propriedade intensiva? É um tensor de primeira ordem? É uma força de
campo? Justificar as respostas.

42
(14) Na estação de tratamento de efluentes (ETE), o monitoramento da qualidade do
descarte final é observado sob enfoque Lagrangeano ou Euleriano ? Explicar.

(15) Quais os critérios para a escolha do número de Schedule?

43
PQI-3203 - Fenômenos de Transporte I

Questionário N°2

(1) É correto afirmar que a velocidade com que o gás hidrogênio percorre um trecho de
tubo reto, de seção uniforme, é cerca de 20 vezes maior que a do dióxido de carbono, à pressão,
temperatura e fluxo mássico constantes? Justificar a resposta.

(2) Um coração não excitado bate em torno de 72 vezes por minuto. Em cada batida, cerca
de 70 ml de sangue a pressão de 100 mmHg são bombeados. Estimar a potência desenvolvida
pelo coração e comentar sobre o resultado encontrado.

(3) De quais parâmetros depende o coeficiente de um medidor de vazão do tipo placa de


orifício?

(4) Aplicando-se a equação de transporte de Reynolds pare o caso de um balanço global


de quantidade de quantidade de movimento, dar o significado físico do 1°membro e das duas
parcelas do 2° membro dessa equação resultante.

(5) Partindo-se do balanço global de quantidade de movimento dado por

𝜕
𝐹⃗ = ∬ v ⃗⃗ ∙ 𝑑𝐴⃗ +
⃗⃗ 𝜌 v ⃗⃗ 𝜌 𝑑𝑉̌
∭v
𝜕𝜃
𝐴 𝑉

pode-se chegar à expressão simplificada: w Δvx = Fxp + Fxg . Relacionar todas as hipóteses que
devem ser admitidas nessa dedução e explicar o quê cada hipótese implica na simplificação.

(6) O aumento de pressão que um líquido adquire ao passar por uma bomba corresponde
ao trabalho transmitido pelo eixo? Justificar a resposta.

(7) Aplicar a equação de transporte de Reynolds para o balanço global de energia. Dar o
significado físico das duas parcelas do 2° membro dessa equação resultante.

(8) O valor da velocidade média de um fluído, através de um tubo vertical totalmente


preenchido, em escoamento descendente, mantém-se constante ou é variável? Justificar a
resposta.

(9) Corrigir as afirmações a seguir. Justificar as respostas.


(9a) Uma das diferenças entre os medidores de vazão de placa de orifício e tubo
de Pitot é que, no tubo de Pitot, medem-se duas pressões, sendo uma estagnante e outra de
impacto, em duas seções distintas ao longo do escoamento, ao passo que, na placa de orifício, as
duas pressões medidas são chamadas de dinâmicas, também em duas seções distintas.
(9b) A equação de Bernoulli rigorosamente não pode ser usada para escoamento
em regime laminar

44
(9c) Um dos modos de se obter a vazão mássica de escoamento, através de um
duto circular, é usar um tubo de Pitot, medir a velocidade no centro desse duto, multiplicar o valor
por 0,5 e pela área da seção transversal do duto.
(9d) Três das hipóteses admitidas na dedução da equação de Bernoulli, mostrada
abaixo, são: la - Não há variação de temperatura entre as secções de entrada e saída; 2a - A
densidade do fluído assume valor constante em todo o volume de controle; 3a - Não há troca de
calor envolvida no processo.

𝛥v𝑏2 𝛥𝑃
+ 𝑔 𝛥𝑧 + + 𝑙𝑤 + 𝑊𝑠 = 0
2 𝜌

(9e) O conceito de estado pseudo-estacionário depende do intervalo de tempo


considerado.

(10) Dar os conceitos de pressão estática, dinâmica, termodinâmica, de Bernoulli, de


impacto e estagnante.

(11) É correto afirmar que, para a maioria dos gases, a viscosidade cinemática diminui
com a temperatura? Justificar a resposta.

(12) Um líquido newtoniano (densidade = p, viscosidade = µ) sai, por gravidade, da base


de um tanque atmosférico cujo nível é mantido constante e escoa através de um tubo reto
horizontal, em regime permanente, laminar, unidimensional, isotérmico. O diâmetro interno do
trecho inicial do tubo (comprimento = 5 L) é igual a D1 e o diâmetro interno do trecho final
(comprimento não dado) é igual a D2 = 0,5 D1. São instalados diversos medidores de pressão
estática ao longo do tubo. Os resultados estão mostrados na tabela abaixo.

Manômetro Localização Pressão relativa (kPa)

PI-01 Base do tanque (antes de sair do tanque) 350

PI-02 Distante L da saída do tanque 340

PI-03 Distante 2 L da saída do tanque 330

PI-04 Distante 4 L da saída do tanque 310

Distante 5 L da salda do tanque (um pouco


PI-05 300
antes da redução do diâmetro do tubo)

PI-06 Distante 6 L da saída do Tanque 290

Sabe-se que os manômetros PI-04 e PI-05 estão bem calibrados e indicam leituras
corretas. Comentar cada uma das demais leituras dos manômetros PI-01, PI-02, PI-03 e PI-06,
dizendo se estão corretas ou erradas. Para os valores considerados errados, dizer se o valor correto
deveria ser muito maior, maior, menor ou muito menor em relação à leitura original considerada
como errônea. Justificar sucintamente todas as passagens da solução.

45
PQI-3203 - Fenômenos de Transporte I

Questionário N° 3

(1) Na obtenção do perfil de velocidades do escoamento em espaço anular, formado por


dois tubos circulares concêntricos, as condições de contorno conhecidas são de que espécie?

(2) Para o escoamento em espaço anular, a superfície em que a velocidade é máxima, está
mais próxima à parede interna ou à parede externa? Justificar a resposta.

(3) No estudo da camada limite laminar sobre uma placa plana, um gráfico importante é
o de f ’(η) em função de η. Explicar por que o gráfico apresenta um aspecto assintótico.

(4) Para o estudo de camada limite laminar sobre uma placa plana:(a) Dar três condições
de contorno da velocidade vX em relação à posição y, onde vXé a velocidade de escoamento na
direção paralela a placa e y é a direção normal a placa. (b) Justificar fisicamente cada uma das
condições de contorno. (c) Dar a espécie de cada uma das condições.

(5) Corrigir as afirmações a seguir. Justificar as respostas.


(5a) Para aplicar a equação de Navier Stokes, que representa um balanço de
diferencial de energia, o fluído precisa ser newtoniano, incompressível, em escoamento sob estado
estacionário.
(5b) Um dos fatores que acelera a transição da camada limite laminar para
turbulenta é um aumento de temperatura no líquido em escoamento.
(5c) A equação de Bernoulli só pode ser aplicada para um fluído newtoniano, de
densidade e viscosidade constantes.
(5d) O gráfico do fator de atrito em tubo em função do número de Kármán
apresenta vantagens de uso quando a perda de carga no problema é desconhecida.
(5e) A condição necessária e suficiente para a separação da camada limite é que
o gradiente de pressão seja negativo em relação ao escoamento.
(5f) Para que div(v) seja nulo, o fluído deve ser newtoniano, incompressível e
estar escoando em regime laminar permanente.
(5g) O fator de atrito não depende da rugosidade do tubo quando o regime de
escoamento é laminar ou quando o tubo é completamente rugoso.

(6) Um dos gráficos muito importantes no estudo de camada limite em placa plana é o
1
dado por f ′ (η) × η, onde 𝜂 = 𝑦 [𝜌v𝑜 ⁄µ𝑥 ] ⁄2 e 𝑓′(𝜂) = v𝑥 ⁄v𝑜 .
(6a) Dar um roteiro sucinto para a construção desse gráfico.
(6b) Que informações, podem ser extraídas do gráfico?
(6c) É possível determinar a velocidade de escoamento numa dada posição a
partir do gráfico? Em caso afirmativo, mostrar o procedimento dessa determinação. Em caso
negativo, explicar o que falta para a determinação da velocidade.

(7) Qual o significado físico de ∬𝐴 v ⃗⃗. 𝑑𝐴⃗? Justificar aresposta.


⃗⃗ 𝜌 v

(8) O perfil da tensão de cisalhamento no escoamento de um fluído newtoniano através


de um tubo circular é parabólico? Justificar a resposta.

46
(9) Simplificar a equação de Bernoulli para o caso de o volume de controle ser uma bomba
centrífuga, com diâmetros distintos nas tubulações na entrada e saída. Justificar as passagens da
solução.

(10) Dar quatro diferenças entre os medidores de vazão de placa de orifício e tubo de
Pitot.

(11) A tensão de cisalhamento dentro da camada limite laminar, no escoamento de um


1
fluído newtoniano, sobre uma placa plana, é dada por 𝜏𝑠 = 0,332 µ 𝑣𝑜 (𝜌v𝑜 /µ𝑥) ⁄2 .
(11a) Descrever sucintamente o roteiro de dedução dessa expressão e dar as
outras hipóteses admitidas na dedução.
(11b) O valor da tensão de cisalhamento depende da posição normal à placa? Por
quê?

(12) Maionese é transportada através de uma tubulação. Nesse estudo, pode-se aplicar as
equações de Bernoulli e de Navier-Stokes? Justificar as respostas.

(13) Simplificar a equação de Navier Stokes em coordenadas cilíndricas para o


escoamento na direção axial, em regime permanente, laminar, de um fluido newtoniano, em um
espaço anular, formado por dois tubos circulares concêntricos. Justificar sucintamente cada
simplificação. Dar as condições de contorno necessárias.

(14) A equação de continuidade e a equação de Navier Stokes, para coordenadas esféricas,


estão apresentadas no Apêndice 2 do livro-texto. Dar os significados físicos dos termos ou
agrupamentos de termos dessas equações.

(15) Seja o escoamento de um fluído conforme o esquema mostrado a seguir. Os pontos


A, B, C e D estão num mesmo plano horizontal. As pressões em C e D são atmosféricas.

(15a) A variação de pressão em cada ramo é a mesma? Justificar a resposta.


(15b) A vazão de escoamento em cada ramo é a mesma? Em caso afirmativo,
justificar a resposta. Em caso negativo, dar as condições complementares que devem ser
satisfeitas para que as vazões sejam iguais entre si.
(15c) A perda de carga por atrito em cada ramo é a mesma? Em caso afirmativo,
justificar a resposta. Em caso negativo, dizer em qual ramo a perda de carga é maior e justificar.

47
PQI-3203 - Fenômenos de Transporte I

Questionário N°4

(1) Costuma-se afirmar que o fator de atrito para o escoamento laminar é dado por 16/Re.
Dar todas as condições de modo a tornar essa afirmação mais precisa e conceitual.

(2) Há diversos modos de expressar um balanço de energia. Os mais usuais são dados em
energia/massa (J/kg), potência (W) ou carga (m). Dar os procedimentos para a sua conversão
mútua.

(3) Na dedução das equações do balanço global de energia, admitidas certas hipóteses,
chega-se a:

1 𝑤(v3 )𝑎𝑣 𝑤(v 𝑧)𝑎𝑣 𝑤(v 𝐻)𝑎𝑣 𝜕𝐸̌


𝛥[ ]+ 𝑔 𝛥[ ] +𝛥[ ] + = 𝑞 − 𝑊𝑠
2 v𝑏 v𝑏 v𝑏 𝜕𝜃

Que hipóteses adicionais devem ser admitidas para passar da equação acima para se chegar à
mostrada a seguir? Explicar em que parte da dedução cada hipótese é usada.

𝛥v2𝑏 𝛥𝑃
+ 𝑔 𝛥𝑧 + + 𝑙𝑤 + 𝑊𝑠 = 0
2 𝜌

(4) Para os casos apresentados a seguir, dizer se, para ser usada a referida equação, cada
uma das hipóteses relacionadas: deve ser satisfeita, não pode ocorrer ou é indiferente.
(4a) Equação 𝑙𝑤𝑓 = 2 𝑓𝐿 v𝑏 2 /𝐷
Hipóteses a serem analisadas: fluído newtoniano, tubo completamente rugoso,
regime permanente, tubo vertical, regime laminar, densidade constante.
(4b) Equação 𝑓 = 0,046 𝑅𝑒 −1⁄5
Hipóteses a serem analisadas: tubo liso, tubo horizontal, regime de escoamento
desenvolvido, regime turbulento.
(4c) Equação 𝜏𝑆 = − ∆𝑃 𝐷/4𝐿
Hipóteses a serem analisadas: tubo horizontal, tubo liso, regime turbulento,
regime permanente, fluído newtoniano, atrito desprezível.

(5) Corrigir as afirmações a seguir. Justificar as respostas.


(5a) Para que o regime de escoamento seja considerado laminar, o número de
Reynolds deve ser inferior a 2100.
(5b) O perfil de velocidades num escoamento laminar pode não ser parabólico.
(5c) O número de Reynolds na entrada de um tubo circular, antes do
desenvolvimento do perfil de velocidades, é expresso por 𝜌v𝑜 𝐷/µ., onde ρ e µ são propriedades
do fluído, avaliadas àtemperatura da parede, D é o diâmetro interno do tuboe v𝑜 é a velocidade
máxima de escoamento.
(5d) A subcamada viscosa persiste no escoamento turbulento, mesmo depois de
o perfil de velocidades ter-se desenvolvido.

48
(5e) No escudo de um escoamento em regime laminar, não há necessidade de
recorrer às variáveis médio-temporais.
(5f) Na chamada "distribuição universal de velocidades" em um escoamento
turbulento, os limites de validade de cada uma das três equações componentes estão relacionados
com a respectiva intensidade dos turbilhões.
(5g) A tensão de Reynolds esta relacionada ao atrito devido aos turbilhões.
(5h) O fator de atrito não depende do número de Reynolds quando o tubo é liso
ou quando o regime é completamente turbulento.
(5i) O diâmetro equivalente para um duto de secção triangular equilátera de lado
1⁄
Lé dado por [L 3 2 /6].

(5j) A equação de Navier Stokes é um balanço diferencial de quantidade de


movimento para um fluído incompressível.
(5k) A espessura da camada limite turbulenta cresce mais rapidamente em relação
a da laminar.
(51) Se uma placa plana é suficientemente longa ou se a velocidade de
aproximação é muito alta, o escoamento na camada limite formada tende a tornar-se
turbulento.
(5m) A conveniência do uso de variáveis médio-temporais num escoamento
turbulento deve-se à caoticidade das variáveis físicas reais.
(5n) A viscosidade turbilhonar é uma propriedade própria do fluído e depende da
posição e da rugosidade da parede do tubo.
(5o) O chamado "perfil logarítmico de velocidades" só se aplica para o
escoamento em regime turbulento num tubo liso.

(6) Dar um roteiro de dedução do perfil da tensão de cisalhamento para o escoamento, na


direção axial, em regime permanente, laminar, de um fluído newtoniano, incompressível, em um
espaço anular, formado por dois tubos circulares concêntricos.

(7) É correto afirmar que a variação de pressão em cada um dos ramos quando uma
corrente se bifurca é a mesma, em regime permanente? Justificar a resposta.

(8) Dar quatro fatores que reduzem o número de Reynolds crítico no escoamento sobre
uma superfície sólida.

(9) Dar a expressão do número de Reynolds para o escoamento de um fluído de densidade


ρ e viscosidade µ, através de um espaço externo formado por 4 tubos (diâmetro externo = de;
diâmetro interno = di), circunscritos por um tubo maior (diâmetro externo = De, diâmetro interno
= Di)

(10) Um fluído newtoniano escoa em regime laminar, no interior de um tubo circular


horizontal. Deduzir a expressão de𝑙𝑤𝑓 (perda de energia por massa por causa do atrito) em função
das propriedades do fluído, dimensões do tubo e vazão de escoamento. Repetir a dedução para o
caso de o tubo ser vertical.

(11) Dar algumas aplicações práticas ao se conhecer o perfil de velocidades num


escoamento.

49
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia Química
PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

Balanço Global de Massa

A equação de Transporte de Reynolds é dada por:

𝐷𝑁 𝜕
⃗⃗ . 𝑑𝐴⃗ +
= ∬ 𝜂𝜌v ∭ 𝜂𝜌𝑑𝑉
𝐷𝜃 𝜕𝜃
𝐴 𝑉
𝐷𝑁 𝜕𝑁 𝜕𝑁 𝜕𝑁 𝜕𝑁
onde N é uma dada grandeza, 𝜂 = 𝑁⁄𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 e = + v𝑥 + v𝑦 + v𝑧
𝐷𝜃 𝜕𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

Essa derivada é conhecida como a derivada substancial ou substantiva ou material e


corresponde à derivada no enfoque lagrangeano, em que a observação é feita acompanhando-se
o objeto em estudo.

No caso de balanço global de massa:

𝑁=𝑀
𝜂 = 𝑀 ⁄𝑀 = 1

Então, a equação de transporte de Reynolds nesse caso fica:

𝐷𝑀 𝜕
⃗⃗ . 𝑑𝐴⃗ +
= ∬ 𝜌v ∭ 𝜌𝑑𝑉̌
𝐷𝜃 𝜕𝜃
𝐴 ̌
𝑉
𝐷𝑀
Mas, 𝐷𝜃
= 0 por definição de sistema fechado. Portanto:

𝜕
⃗⃗ . 𝑑𝐴⃗ +
∬ 𝜌v ∭ 𝜌𝑑𝑉̌ = 0
𝜕𝜃
𝐴 ̌
𝑉

O produto escalar [v ⃗⃗ . 𝑑𝐴⃗] representa a vazão volumétrica que atravessa a superfície de


controle infinitesimal 𝑑𝐴. Multiplicando-se esse produto escalar por 𝜌, tem-se a vazão mássica
que atravessa a superfície de controle infinitesimal 𝑑𝐴. Quando se faz a integração em toda a
superfície de controle, resulta a vazão “total” que atravessa a superfície de controle.

Vale lembrar que a direção do vetor 𝑑𝐴⃗ é caracterizada pela normal à superfície, com
sentido, por convenção, sempre para fora do volume de controle. Assim, se o vetor v
⃗⃗ também tem
sentido “para fora” (saindo do volume de controle), o ângulo formado pela velocidade e pela
normal será menor que 𝜋⁄2 e o produto escalar será positivo. Analogamente, se o vetor v ⃗⃗ tem
sentido “para dentro” (entrando no volume de controle), o ângulo formado pelos dois vetores será
obtuso e o produto escalar será negativo.

Então, o significado físico do primeiro termo da equação do balanço global de massa é a


variação da vazão mássica que atravessa a superfície de controle – “o que sai menos o que entra”
(os sinais são dados pelos produtos escalares dos vetores de velocidade e área).

50
O segundo termo no balanço global representa o acúmulo de massa dentro do volume de
controle em relação ao tempo.

51
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia Química
PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

Balanço Global de Energia

Caso Geral
A equação de Transporte de Reynolds é dada por:
𝐷𝑁 𝜕
⃗⃗ . 𝑑𝐴⃗ +
= ∬ 𝜂𝜌v ∭ 𝜂𝜌𝑑𝑉
𝐷𝜃 𝜕𝜃
𝐴 𝑉
𝐷𝑁 𝜕𝑁 𝜕𝑁 𝜕𝑁 𝜕𝑁
onde N é uma dada grandeza, 𝜂 = 𝑁⁄𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 e 𝐷𝜃
= 𝜕𝜃
+ v𝑥 𝜕𝑥 + v𝑦 𝜕𝑦 + v𝑧 𝜕𝑧
.

Essa derivada, conforme visto anteriormente, é conhecida como a derivada substancial


ou substantiva ou material e corresponde à derivada no enfoque lagrangeano.

No caso de balanço global de energia:

𝑁 = 𝐸̌ (energia total)
𝜂 = 𝐸̌ ⁄𝑚 = 𝐸 (energia/massa)

Então, a equação de transporte de Reynolds nesse caso fica:

𝐷𝐸̌ 𝜕
⃗⃗ . 𝑑𝐴⃗ +
= ∬ 𝐸𝜌v ∭ 𝐸𝜌𝑑𝑉̌
𝐷𝜃 𝜕𝜃
𝐴 ̌
𝑉

Mas, pela termodinâmica, sabe-se que

𝐷𝐸̌ 𝑑𝑄 𝑑𝑊
= −
𝐷𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜃
ou
̌
𝐷𝐸
= 𝑞 − 𝑊̇
𝐷𝜃

A energia total pode ser escrita como a soma das energias interna, cinética e potencial:
𝑣2
𝐸=𝑈+ + 𝑔𝑧
2

Observe que todos os termos da equação acima são expressos em energia/massa.


Mas 𝐻 = 𝑈 + 𝑝𝑉, onde 𝐻 é a entalpia específica e 𝑉 é o volume específico. Tem-se:
v2
𝐸 = 𝐻 − 𝑝𝑉 + + 𝑔𝑧
2

52
Então
v2 𝜕
𝑞 − 𝑊̇ = ∬ [𝐻 − 𝑝𝑉 + ⃗⃗ . 𝑑𝐴⃗ +
+ 𝑔𝑧] 𝜌v ∭ 𝐸𝜌𝑑𝑉̌
2 𝜕𝜃
𝐴 ̌
𝑉
Separando o colchete em dois e fazendo o produto escalar v. 𝑑𝐴, a equação fica:
v2 𝜕
𝑞 − 𝑊̇ = ∬ [𝐻 + + 𝑔𝑧] 𝜌v𝑑𝐴 𝑐𝑜𝑠𝛼 − ∬ 𝑝𝑉𝜌v𝑑𝐴 𝑐𝑜𝑠𝛼 + ∭ 𝐸𝜌𝑑𝑉̌
2 𝜕𝜃
𝐴 𝐴 ̌
𝑉
O termo trabalho/tempo pode ser expresso de acordo com as diversas “procedências”:

𝑊̇ = 𝑊𝑠 ̇ + ∬ 𝑝𝑉𝜌v𝑑𝐴 𝑐𝑜𝑠𝛼 + ∬ 𝑝𝑉𝜌v𝑠 𝑑𝐴𝑠 𝑐𝑜𝑠𝛽


𝐴 𝐴𝑠

O primeiro termo do segundo membro da equação representa o trabalho de eixo (“shaft”).


O segundo termo é o trabalho realizado por unidade de massa de fluido, à pressão 𝑝, quando entra
no volume de controle ou sai dele, ao deslocar um volume 𝑉 na vizinhança (trabalho convectivo).
O terceiro termo corresponde ao trabalho realizado pelo movimento não cíclico de uma parte
sólida da superfície de controle, à velocidade v𝑠 , que forma uma inclinação 𝛽 em relação à normal
à superfície 𝑑𝐴𝑠 (como se fosse uma deformação da superfície).

Com isso, pode-se escrever:

𝑞 − 𝑊̇𝑠 − ∬ 𝑝𝑉𝜌v𝑑𝐴 𝑐𝑜𝑠𝛼 − ∬ 𝑝𝑉𝜌v𝑠 𝑑𝐴𝑠 𝑐𝑜𝑠𝛽 =


𝐴 𝐴𝑠

v2 𝜕
∬ [𝐻 + + 𝑔𝑧] 𝜌v𝑑𝐴 𝑐𝑜𝑠𝛼 − ∬ 𝑝𝑉𝜌v𝑑𝐴 𝑐𝑜𝑠𝛼 + ∭ 𝐸𝜌𝑑𝑉̌
2 𝜕𝜃
𝐴 𝐴 ̌
𝑉
Finalmente
v2 𝜕
𝑞 − 𝑊̇𝑠 − ∬ 𝑝𝑉𝜌v𝑠 𝑑𝐴𝑠 𝑐𝑜𝑠𝛽 = ∬ [𝐻 + + 𝑔𝑧] 𝜌v𝑑𝐴 𝑐𝑜𝑠𝛼 + ∭ 𝐸𝜌𝑑𝑉̌
2 𝜕𝜃
𝐴𝑠 𝐴 ̌
𝑉

Vale lembrar que a equação acima está expressa em termos de energia/tempo.

Casos Particulares

Caso I v𝑠 = 0 ⇒ a integral dupla do 1o membro é nula


𝛼2 = 0𝑜 (saída do VC) ⇒ cos 𝛼2 = 1
𝛼1 = 180𝑜 (entrada do VC) ⇒ cos 𝛼1 = −1
𝜌 = constante em cada secção ⇒ 𝜌 “sai” da integral dupla em cada seção

53
A equação do balanço global de energia fica:
v3 v3 𝜕
𝑞 − 𝑊̇𝑠 = 𝜌2 ∬ [v𝐻 + + v𝑔𝑧] 𝑑𝐴 − 𝜌1 ∬ [v𝐻 + + v𝑔𝑧] 𝑑𝐴 + ∭ 𝐸𝜌𝑑𝑉̌
2 2 𝜕𝜃
𝐴2 𝐴1 ̌
𝑉

Essa expressão pode ser escrita de outro modo. Para tanto, alguns termos serão
rearranjados, conforme a seguir.
v3
Pode-se escrever 𝜌2 ∬𝐴 𝑑𝐴 como:
2 2

v3 𝑤2 v3 𝑤2 (v 3 )𝑎𝑣,2 𝑤2 (v 3 )𝑎𝑣,2
𝜌2 ∬ 𝑑𝐴 = [ ] ∬ 𝑑𝐴 = 𝐴2 =
2 v𝑏2 𝐴2 2 v𝑏2 𝐴2 2 2v𝑏2
𝐴2 𝐴2

Analogamente pode-se escrever desse modo para a seção 1. Estendendo essa maneira para
(v𝐻) e (v𝑔𝑧), resulta:
𝑤2 (v𝐻)𝑎𝑣,2 𝑤2 (v 3 )𝑎𝑣,2 𝑤2 𝑔(v𝑧)𝑎𝑣,2 𝑤1 (v𝐻)𝑎𝑣,1 𝑤1 (v 3 )𝑎𝑣,1
𝑞 − 𝑊̇𝑠 = + + − −
v𝑏2 2v𝑏2 v𝑏2 v𝑏1 2v𝑏1
𝑤1 𝑔(v𝑧)𝑎𝑣,1 𝜕
− + ∭ 𝐸𝜌𝑑𝑉̌
v𝑏1 𝜕𝜃
̌
𝑉

Caso II v𝑠 = 0 ⇒ a integral dupla do 1o membro é nula


𝛼2 = 0𝑜 (saída do VC) ⇒ cos 𝛼2 = 1
𝛼1 = 180𝑜 (entrada do VC) ⇒ cos 𝛼1 = −1
𝜌 = constante em cada secção ⇒ 𝜌 “sai” da integral dupla em cada secção.
𝑤2 = 𝑤1 = 𝑤 = constante ⇒ pode-se colocar 𝑤 em evidência e em seguida
dividir membro a membro por 𝑤.

A equação do balanço global de energia fica:

(v𝐻)𝑎𝑣,2 (v 3 )𝑎𝑣,2 𝑔(v𝑧)𝑎𝑣,2 (v𝐻)𝑎𝑣,1 (v 3 )𝑎𝑣,1 𝑔(v𝑧)𝑎𝑣,1


𝑄 − 𝑊𝑠 = + + − − −
v𝑏2 2v𝑏2 v𝑏2 v𝑏1 2v𝑏1 v𝑏1
1 𝜕
+ ∭ 𝐸𝜌𝑑𝑉̌
𝑤 𝜕𝜃
̌
𝑉
Vale observar que essa nova equação passa a ser em termos de energia/massa, pois foi
dividida por 𝑤.

Caso III v𝑠 = 0 ⇒ a integral dupla do 1o membro é nula


𝛼2 = 0𝑜 (saída do VC) ⇒ cos 𝛼2 = 1
𝛼1 = 180𝑜 (entrada do VC) ⇒ cos 𝛼1 = −1
𝜌 = constante em cada secção ⇒ 𝜌 “sai” da integral dupla em cada secção.

54
𝑤2 = 𝑤1 = 𝑤 = constante ⇒ pode-se colocar 𝑤 em evidência e em seguida
dividir membro a membro por 𝑤.
Não há acúmulo de energia ⇒ a integral tripla é nula.

Com isso, fica:

(v𝐻)𝑎𝑣,2 (v 3 )𝑎𝑣,2 𝑔(v𝑧)𝑎𝑣,2 (v𝐻)𝑎𝑣,1 (v 3 )𝑎𝑣,1 𝑔(v𝑧)𝑎𝑣,1


𝑄 − 𝑊𝑠 = + + − − −
v𝑏2 2v𝑏2 v𝑏2 v𝑏1 2v𝑏1 v𝑏1

Caso IV v𝑠 = 0 ⇒ a integral dupla do 1o membro é nula


𝛼2 = 0𝑜 (saída do VC) ⇒ cos 𝛼2 = 1
𝛼1 = 180𝑜 (entrada do VC) ⇒ cos 𝛼1 = −1
𝜌 = constante em cada secção ⇒ 𝜌 “sai” da integral dupla em cada secção.
𝑤2 = 𝑤1 = 𝑤 = constante ⇒ pode-se colocar 𝑤 em evidência e em seguida
dividir membro a membro por 𝑤.
Não há acúmulo de energia ⇒ a integral tripla é nula.
A variação de velocidade, cota e temperatura (entalpia) é desprezível em cada
secção ⇒ (v 3 )𝑎𝑣 = v𝑏 3 ; (v𝐻)𝑎𝑣 = v𝑏 𝐻; (v𝑧)𝑎𝑣 = v𝑏 𝑧.

A equação do balanço global de energia fica:

v𝑏2 2 − v𝑏1 2
𝑄 − 𝑊𝑠 = (𝐻2 − 𝐻1 ) + + 𝑔(𝑧2 − 𝑧1 )
2
ou
∆v𝑏 2
𝑄 − 𝑊𝑠 = ∆𝐻 + + 𝑔∆𝑧
2

55
Balanço Global de Energia Mecânica

Serão substituídos os termos “não mecânicos” da última equação por termos de energia
mecânica.
Inicialmente, vale relembrar de novo que:

𝐻 = 𝑈 + 𝑝𝑉

Em termos “diferenciais”, pode-se escrever:

𝑑𝐻 = 𝑑𝑈 + 𝑝𝑑𝑉 + 𝑉𝑑𝑝

Ou ainda, em termos “integrais”:


𝑉2 𝑝2

∆𝐻 = ∆𝑈 + ∫ 𝑝𝑑𝑉 + ∫ 𝑉𝑑𝑝
𝑉1 𝑝1
Mas, pela termodinâmica:
𝑉2

∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊𝑖𝑟𝑟𝑒𝑣 = 𝑄 − [𝑊𝑟𝑒𝑣 − 𝑙𝑤 ] = 𝑄 − [ ∫ 𝑝𝑑𝑉 − 𝑙𝑤 ]


𝑉1
Logo
𝑉2 𝑉2 𝑝2

∆𝐻 = 𝑄 − [ ∫ 𝑝𝑑𝑉 − 𝑙𝑤 ] + ∫ 𝑝𝑑𝑉 + ∫ 𝑉𝑑𝑝


𝑉1 𝑉1 𝑝1

𝑉
O termo ∫𝑉 2 𝑝𝑑𝑉 se cancela e 𝑉 = 1⁄𝜌. Então:
1
𝑝2
𝑑𝑝
∆𝐻 = 𝑄 + 𝑙𝑤 + ∫
𝜌
𝑝1

Substituindo o termo ∆𝐻 na equação de balanço global de energia (caso particular IV),


tem-se:
𝑝2
𝑑𝑝 v𝑏2 2 − v𝑏1 2
𝑄 − 𝑊𝑠 = 𝑄 + 𝑙𝑤 + ∫ + + 𝑔(𝑧2 − 𝑧1 )
𝜌 2
𝑝1
O termo 𝑄 se cancela.
Chega-se finalmente à chamada equação de Bernoulli (ou equação de Bernoulli
estendida):
𝑝2
v𝑏2 2 − v𝑏1 2 𝑑𝑝
+ 𝑔(𝑧2 − 𝑧1 ) + ∫ + 𝑙𝑤 + 𝑊𝑠 = 0
2 𝜌
𝑝1
Se 𝜌 = constante em todo o volume de controle, a equação simplifica-se para:
v𝑏2 2 − v𝑏1 2 𝑝2 − 𝑝1
+ 𝑔(𝑧2 − 𝑧1 ) + + 𝑙𝑤 + 𝑊𝑠 = 0
2 𝜌

56
ou
2
∆v𝑏 ∆𝑝
+ 𝑔∆𝑧 + + 𝑙𝑤 + 𝑊𝑠 = 0
2 𝜌

Casos Particulares da Equação de Bernoulli

Volume de Controle com Bomba


Pode-se distinguir a parcela 𝑙𝑤 (perda de energia/massa por causa do atrito) em dois
termos: o primeiro (𝑙𝑤𝑝 ) refere-se à perda na bomba e o segundo (𝑙𝑤𝑓 ) à perda em todo o volume
de controle menos a bomba.
Define-se ainda o rendimento ou a eficiência da bomba como 𝜂𝑝 = (𝑊𝑠 + 𝑙𝑤𝑝 )⁄𝑊𝑠 ,
onde, na convenção de sinais adotada, para o caso de bomba, 𝑊𝑠 é < 0 (o fluido recebe energia).
Deve-se ressaltar que 𝑙𝑤 , 𝑙𝑤𝑝 ou 𝑙𝑤𝑓 são sempre > 0.

Substituindo esses novos termos na equação de Bernoulli, resulta:

𝑝2
v𝑏2 2 − v𝑏1 2 𝑑𝑝
+ 𝑔(𝑧2 − 𝑧1 ) + ∫ + 𝑙𝑤𝑓 + 𝜂𝑝 𝑊𝑠 = 0
2 𝜌
𝑝1

Volume de Controle com Turbina


Nesse caso, pode-se considerar 𝑙𝑤 = 𝑙𝑤𝑡 + 𝑙𝑤𝑓 , sendo 𝑙𝑤𝑡 a perda de energia/massa na
turbina. O rendimento da turbina é definido como 𝜂𝑡 = 𝑊𝑠 ⁄(𝑊𝑠 + 𝑙𝑤𝑡 ), onde na convenção de
sinais adotada, para o caso de turbina, 𝑊𝑠 é > 0 (o fluido fornece energia).

A equação de Bernoulli fica:

𝑝2
v𝑏2 2 − v𝑏1 2 𝑑𝑝 𝑊𝑠
+ 𝑔(𝑧2 − 𝑧1 ) + ∫ + 𝑙𝑤𝑓 + =0
2 𝜌 𝜂𝑡
𝑝1

57
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia Química
PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

Balanço Global de Quantidade de Movimento

A equação de Transporte de Reynolds é dada por:

𝐷𝑁 𝜕
⃗⃗ . 𝑑𝐴⃗ +
= ∬ 𝜂𝜌v ∭ 𝜂𝜌𝑑𝑉
𝐷𝜃 𝜕𝜃
𝐴 𝑉
𝐷𝑁 𝜕𝑁 𝜕𝑁 𝜕𝑁 𝜕𝑁
onde N é uma dada grandeza, 𝜂 = 𝑁⁄𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 e 𝐷𝜃
= 𝜕𝜃
+ v𝑥 𝜕𝑥 + v𝑦 𝜕𝑦 + v𝑧 𝜕𝑧

Essa derivada é conhecida como a derivada substancial ou substantiva ou material e


corresponde à derivada no enfoque lagrangeano, em que a observação é feita acompanhando-se
o objeto em estudo.

No caso de balanço global de quantidade de movimento:

𝑁 = 𝑀v⃗⃗
⃗⃗⁄𝑀 = v
𝜂 = 𝑀v ⃗⃗

Então, a equação de transporte de Reynolds nesse caso fica:

𝐷(𝑀v
⃗⃗) 𝜕
= ∬v ⃗⃗ . 𝑑𝐴⃗ +
⃗⃗𝜌v ⃗⃗𝜌𝑑𝑉̌
∭v
𝐷𝜃 𝜕𝜃
𝐴 ̌
𝑉

Mas, no enfoque Lagrangeano, tem-se:

𝐷(𝑀v
⃗⃗) 𝐷𝑀 𝐷v
⃗⃗
=v
⃗⃗ +𝑀 = 𝑀𝑎⃗ = 𝐹⃗
𝐷𝜃 𝐷𝜃 𝐷𝜃

𝐷𝑀
pois 𝐷𝜃
= 0 por definição de sistema fechado. Portanto:

𝜕
𝐹⃗ = ∬ v ⃗⃗ . 𝑑𝐴⃗ +
⃗⃗𝜌v ⃗⃗𝜌𝑑𝑉̌
∭v
𝜕𝜃
𝐴 ̌
𝑉

As forças podem ser de: gravidade, atrito, pressão.

Deve-se observar que o aspecto vetorial da equação deve-se à velocidade pois o produto
escalar (vazão volumétrica) é escalar.

58
Equações de Fator de Atrito em Tubulação

Equação de Churchill

1⁄12
8 12 1
𝑓𝐷 = 8 [( ) + ]
𝑅𝑒 (𝐴 + 𝐵)3⁄2

onde:

1 16
𝐴 = [2,457 ln (7⁄ ]
𝑅𝑒)0,9 +0,27𝜀 ⁄𝐷
37530 16
𝐵=( )
𝑅𝑒

Equação de Chen

1 𝜀 5,0452 1 𝜀 1,1098 5,8506


= −2,0 log [ − log ( ( ) + 0,8981 )]
√𝑓𝐷 3,7065𝐷 𝑅𝑒 2,8257 𝐷 𝑅𝑒

para𝑅𝑒 > 4000

Referências:
CHURCHILL, S.W. Chem. Eng., 91 (Nov 7, 1977).
CHEN, N.H. Ind. Eng. Chem. Fundam., 18, 3, 1979.

59
Balanços diferencias e camada limite
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia Química
PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

Balanço Diferencial de Massa

Caso Geral

Seja o volume de controle finito ∆𝑉 = ∆𝑥∆𝑦∆𝑧. Pelo balanço de massa, tem-se:

𝜕𝜌
[(𝜌v𝑥 )𝑥+∆𝑥 − (𝜌v𝑥 )𝑥 ]∆𝑦∆𝑧 + [(𝜌v𝑦 ) − (𝜌v𝑦 ) ] ∆𝑥∆𝑧 + [(𝜌v𝑧 )𝑧+∆𝑧 − (𝜌v𝑧 )𝑧 ]∆𝑥∆𝑦 + (∆𝑥∆𝑦∆𝑧)
𝑦+∆𝑦 𝑦 𝜕𝜃
=0

Dividindo-se a expressão por (∆𝑥∆𝑦∆𝑧) e em seguida fazendo ∆𝑥 → 0, ∆𝑦 → 0 e ∆𝑧 →


0, temos que:
𝜕(𝜌v𝑥 ) 𝜕(𝜌v𝑦 ) 𝜕(𝜌v𝑧 ) 𝜕𝜌
+ + + =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝜃
ou
𝜕𝜌
div(𝜌v ⃗⃗) + =0
𝜕𝜃
ou
𝜕𝜌
⃗⃗. (𝜌v
∇ ⃗⃗) + =0
𝜕𝜃

As equações acima podem ser escritas de outro modo ainda. Desenvolvendo-se as


derivadas, tem-se:

𝜕v𝑥 𝜕𝜌 𝜕v𝑦 𝜕𝜌 𝜕v𝑧 𝜕𝜌 𝜕𝜌


𝜌 + v𝑥 +𝜌 + v𝑦 +𝜌 + v𝑧 + =0
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝜃

Colocando 𝜌 em evidência, resulta:

𝜕v𝑥 𝜕v𝑦 𝜕v𝑧 𝜕𝜌 𝜕𝜌 𝜕𝜌 𝜕𝜌


𝜌( + + ) + (v𝑥 + v𝑦 + v𝑧 + )=0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝜃

Ou

D𝜌
𝜌 div v
⃗⃗ + =0
D𝜃

Todas as equações ora obtidas, expressas de diversos modos, representam o balanço


diferencial de massa e são conhecidas como Equações de Continuidade. A sua validade pressupõe
apenas que o fluido seja contínuo.

60
No Apêndice 2 do livro-texto encontram-se as equações de balanço diferencial de massa
para os sistemas de coordenadas cilíndricas e esféricas.

Casos Particulares

𝜕𝜌
Caso I Regime permanente ⇒ 𝜕𝜃 = 0

A equação do balanço diferencial de massa fica então:

𝜕(𝜌v𝑥 ) 𝜕(𝜌v𝑦 ) 𝜕(𝜌v𝑧 )


+ + =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
ou
div(𝜌v⃗⃗) = 0

D𝜌
Caso II 𝜌 = constante⇒ =0
D𝜃

A equação do balanço diferencial de massa fica então:

𝜕v𝑥 𝜕v𝑦 𝜕v𝑧


+ + =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

Ou

div v
⃗⃗ = 0

61
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia Química
PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

Balanço Diferencial de Quantidade de Movimento

Caso Geral

Seja o volume de controle finito ∆𝑉 = ∆𝑥∆𝑦∆𝑧. Pelo balanço de quantidade de


movimento na direção x, tem-se:

[(𝜌v𝑥 v𝑥 )𝑥+∆𝑥 − (𝜌v𝑥 v𝑥 )𝑥 ]∆𝑦∆𝑧 + [(𝜌v𝑦 v𝑥 ) − (𝜌v𝑦 v𝑥 ) ] ∆𝑥∆𝑧 +


𝑦+∆𝑦 𝑦
𝜕(𝜌v𝑥 )
[(𝜌v𝑧 v𝑥 )𝑧+∆𝑧 − (𝜌v𝑧 v𝑥 )𝑧 ]∆𝑥∆𝑦 + [∆𝑥∆𝑦∆𝑧]
𝜕𝑥
= −{[(𝜏𝑥𝑥 )𝑥+∆𝑥 − (𝜏𝑥𝑥 )𝑥 ]∆𝑦∆𝑧 + [(𝜏𝑦𝑥 )𝑦+∆𝑦 − (𝜏𝑦𝑥 )𝑦 ] ∆𝑥∆𝑧
+[(𝜏𝑧𝑥 )𝑧+∆𝑧 − (𝜏𝑧𝑥 )𝑧 ]∆𝑥∆𝑦} − {[(𝑝)𝑥+∆𝑥 − (𝑝)𝑥 ]∆𝑦∆𝑧} + 𝜌(∆𝑥∆𝑦∆𝑧)𝑔

Dividindo-se a equação por (∆𝑥∆𝑦∆𝑧) e em seguida fazendo ∆𝑥 → 0, ∆𝑦 → 0 e ∆𝑧 → 0,


resulta em:

𝜕(𝜌v𝑥 v𝑥 ) 𝜕(𝜌v𝑦 v𝑥 ) 𝜕(𝜌v𝑧 v𝑥 ) 𝜕(𝜌v𝑥 ) 𝜕𝜏𝑥𝑥 𝜕𝜏𝑦𝑥 𝜕𝜏𝑧𝑥 𝜕𝑝


+ + + = −[ + + ]− + 𝜌𝑔𝑥
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥

Essa equação pode ser escrita de outro modo. Desenvolvendo-se as derivadas, vem:

𝜕(𝜌v𝑥 ) 𝜕v𝑥 𝜕(𝜌v𝑦 ) 𝜕v𝑥 𝜕(𝜌v𝑧 ) 𝜕v𝑥


v𝑥 + (𝜌v𝑥 ) + 𝑣𝑥 + (𝜌v𝑦 ) + v𝑥 + (𝜌v𝑧 )
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧
𝜕𝜌 𝜕v𝑥 𝜕𝜏𝑥𝑥 𝜕𝜏𝑦𝑥 𝜕𝜏𝑧𝑥 𝜕𝑝
+v𝑥 +𝜌 = −[ + + ]− + 𝜌𝑔𝑥
𝜕𝜃 𝜕𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥
Colocando-se v𝑥 e 𝜌 em evidência, fica:

𝜕(𝜌v𝑥 ) 𝜕(𝜌v𝑦 ) 𝜕(𝜌v𝑧 ) 𝜕𝜌


v𝑥 [ + + + ]
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝜃
𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕v𝑥
+𝜌 [v𝑥 + v𝑦 + v𝑧 + ]
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝜃
𝜕𝜏𝑥𝑥 𝜕𝜏𝑦𝑥 𝜕𝜏𝑧𝑥 𝜕𝑝
= −[ + + ]− + 𝜌𝑔𝑥
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥
O primeiro colchete do 1° membro da equação acima é nulo pela equação de continuidade
e o segundo é a derivada substancial de v𝑥 . Então, o balanço diferencial de quantidade de
movimento na direção x pode ser escrito como:

Dv𝑥 𝜕𝜏𝑥𝑥 𝜕𝜏𝑦𝑥 𝜕𝜏𝑧𝑥 𝜕𝑝


𝜌 = −[ + + ]− + 𝜌𝑔𝑥
D𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥

62
Casos Particulares

Caso I Fluido newtoniano

Para os fluidos newtonianos, demonstra-se que valem as seguintes relações para 𝜏:

𝜕v𝑥 2𝜇 𝜕v𝑥 𝜕v𝑦 𝜕v𝑧


𝜏𝑥𝑥 = −2𝜇 + [ + + ]
𝜕𝑥 3 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕v𝑦 2𝜇 𝜕v𝑥 𝜕v𝑦 𝜕v𝑧
𝜏𝑦𝑦 = −2𝜇 + [ + + ]
𝜕𝑦 3 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕v𝑧 2𝜇 𝜕v𝑥 𝜕v𝑦 𝜕v𝑧
𝜏𝑧𝑧 = −2𝜇 + [ + + ]
𝜕𝑧 3 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕v𝑥 𝜕v𝑦
𝜏𝑥𝑦 = 𝜏𝑦𝑥 = −𝜇 [ + ]
𝜕𝑦 𝜕𝑥
𝜕v𝑦 𝜕v𝑧
𝜏𝑦𝑧 = 𝜏𝑧𝑦 = −𝜇 [ + ]
𝜕𝑧 𝜕𝑦
𝜕v𝑧 𝜕v𝑥
𝜏𝑥𝑧 = 𝜏𝑧𝑥 = −𝜇 [ + ]
𝜕𝑥 𝜕𝑧

Substituindo 𝜏𝑥𝑥 , 𝜏𝑦𝑥 e 𝜏𝑧𝑥 na equação geral, tem-se:

Dv𝑥 𝜕 𝜕v𝑥 2𝜇 𝜕v𝑥 𝜕v𝑦 𝜕v𝑧


𝜌 = [2𝜇 − ( + + )]
D𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑥 3 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕 𝜕v𝑥 𝜕v𝑦 𝜕 𝜕v𝑧 𝜕v𝑥 𝜕𝑝
+ [𝜇 ( + )] + [𝜇 ( + )] − + 𝜌𝑔𝑥
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑧 𝜕𝑥

Caso II Fluido newtoniano


Viscosidade constante

Após devido rearranjo matemático da última equação, chega-se a:

Dv𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜇 𝜕v𝑥 𝜕v𝑦 𝜕v𝑧 𝜕𝑝


𝜌 = 𝜇( 2 + 2
+ 2 )+ ( + + )− + 𝜌𝑔𝑥
D𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 3 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥

Caso II I Fluido newtoniano


Viscosidade constante
Densidade constante

Nesse caso, div v = 0, ou seja, o segundo parênteses do 2o membro é nulo. Logo:

Dv𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕𝑝
𝜌 = 𝜇( 2 + 2
+ 2 )− + 𝜌𝑔𝑥
D𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥

63
Explicitando a derivada substancial, resulta a chamada equação de Navier-Stokes, na direção x:

𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕𝑝


𝜌( + v𝑥 + v𝑦 + v𝑧 ) = 𝜇( 2 + 2
+ 2 )− + 𝜌𝑔𝑥
𝜕𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥

As equações de Navier-Stokes nas direções y e z são dadas respectivamente por:

𝜕v𝑦 𝜕v𝑦 𝜕v𝑦 𝜕v𝑦 𝜕 2 v𝑦 𝜕 2 v𝑦 𝜕 2 v𝑦 𝜕𝑝


𝜌( + v𝑥 + v𝑦 + v𝑧 ) = 𝜇( 2 + 2
+ 2 )− + 𝜌𝑔𝑦
𝜕𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑦

𝜕v𝑧 𝜕v𝑧 𝜕v𝑧 𝜕v𝑧 𝜕 2 v𝑧 𝜕 2 v𝑧 𝜕 2 v𝑧 𝜕𝑝


𝜌( + v𝑥 + v𝑦 + v𝑧 ) = 𝜇( 2 + 2
+ 2 )− + 𝜌𝑔𝑧
𝜕𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧

No Apêndice 2 do livro adotado, encontram-se as equações de Navier-Stokes para os


sistemas de coordenadas cilíndricas e esféricas.

64
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Departamento de Engenharia Química
PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

Solução de Casos Particulares da Equação de Navier-Stokes

Caso I Escoamento num Tubo Circular

Determinar o perfil de velocidades num escoamento unidimensional (direção axial), sob


regime laminar, estado estacionário, escoamento isotérmico desenvolvido, de um fluido
newtoniano incompressível, num tubo circular horizontal de diâmetro constante.

Equação de continuidade:
𝜕𝜌
div(𝜌v
⃗⃗) + =0
𝜕𝜃
𝜕𝜌
⃗∇⃗. (𝜌v
⃗⃗) + =0
𝜕𝜃

Em coordenadas cilíndricas, tem-se:

𝜕𝜌 1 𝜕 1 𝜕 𝜕
+ (𝜌v𝑟 𝑟) + (𝜌v𝜙 ) + (𝜌v𝑧 ) = 0
𝜕𝜃 𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜙 𝜕𝑧

Considerando-se as hipóteses do caso estudado, a equação simplifica-se para:

𝜕
𝜌 (v ) = 0
𝜕𝑧 𝑧

Equação de quantidade de movimento na direção z:

𝜕v𝑧 𝜕v𝑧 v𝜙 𝜕v𝑧 𝜕v𝑧 1 𝜕 𝜕v𝑧 1 𝜕 2 v𝑧 𝜕 2 v𝑧 𝜕𝑝


𝜌( + v𝑟 + + v𝑧 ) = 𝜇[ (𝑟 )+ 2 + ]− + 𝜌𝑔𝑧
𝜕𝜃 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜙 𝜕𝑧 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜙 2 𝜕𝑧 2 𝜕𝑧

𝑑𝑝 Δ𝑝
Considerando-se que 𝑑𝑧 = 𝐿
= constante, a equação simplificada fica:

1𝑑 𝑑v𝑧 Δ𝑝
𝜇[ (𝑟 )] =
𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝐿
𝑑 𝑑v𝑧 𝑟 Δ𝑝
(𝑟 )=
𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝜇 𝐿
2
𝑑v𝑧 Δ𝑝 𝑟
𝑟 = + 𝐶1
𝑑𝑟 𝜇𝐿 2
𝑑v𝑧 Δ𝑝 𝐶1
= 𝑟+
𝑑𝑟 2𝜇𝐿 𝑟

65
1a condição de contorno: 𝐶1 = 0
Então:
𝑑v𝑧 Δ𝑝
= 𝑟
𝑑𝑟 2𝜇𝐿
Δ𝑝 𝑟 2
v𝑧 = + 𝐶2
2𝜇𝐿 2

2a condição de contorno: 𝐶2 = −Δ𝑝. 𝑅 2⁄4𝜇𝐿


Portanto, o perfil de velocidades resulta:

Δ𝑝 2
v𝑧 = (𝑟 − 𝑅 2 )
4𝜇𝐿
Ou

Δ𝑝 2 𝑟 2 𝑟 2
v𝑧 = − 𝑅 [1 − ( ) ] = 𝑣𝑚𝑎𝑥 [1 − ( ) ]
4𝜇𝐿 𝑅 𝑅

Caso II Escoamento entre Placas Planas

Determinar o perfil de velocidades num escoamento unidimensional (direção


longitudinal), sob regime laminar, estado estacionário, escoamento isotérmico desenvolvido, de
um fluido newtoniano incompressível, entre duas placas planas paralelas horizontais, com
espaçamento entre elas constante (ver fig. 10-1 do livro adotado).

Equação de continuidade:

𝜕𝜌 𝜕(𝜌v𝑥 ) 𝜕(𝜌v𝑦 ) 𝜕(𝜌v𝑧 )


+ + + =0
𝜕𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

Equação de quantidade de movimento na direção x:

𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕𝑝


𝜌( + v𝑥 + v𝑦 + v𝑧 ) = 𝜇( 2 + 2
+ 2 )− + 𝜌𝑔𝑥
𝜕𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥

𝑑𝑝 Δ𝑝
Considerando-se que 𝑑𝑧 = 𝐿
= constante, a equação simplificada fica:

𝑑2 v𝑥 Δ𝑝
𝜇 =
𝑑𝑦 2 𝐿
𝑑v𝑥 Δ𝑝
= 𝑦 + 𝐶1
𝑑𝑦 𝜇𝐿

66
1a condição de contorno: 𝐶1 = 0
Então:
𝑑v𝑥 Δ𝑝
= 𝑦
𝑑𝑦 𝜇𝐿
Δ𝑝 𝑦 2
v𝑥 = + 𝐶2
𝜇𝐿 2

2a condição de contorno: 𝐶2 = −Δ𝑝 . 𝑦𝑜 2 ⁄2𝜇𝐿


Portanto, o perfil de velocidades resulta:

Δ𝑝 2
v𝑥 = (𝑦 − 𝑦𝑜 2 )
2𝜇𝐿

Ou

Δ𝑝 2 𝑦 2 𝑦 2
v𝑥 = 𝑦𝑜 [1 − ( ) ] = 𝑣𝑚𝑎𝑥 [1 − ( ) ]
2𝜇𝐿 𝑦𝑜 𝑦𝑜

Caso III Escoamento num Espaço Anular

Determinar o perfil de velocidades num escoamento unidimensional (direção axial), sob


regime laminar, estado estacionário, escoamento isotérmico desenvolvido, de um fluido
newtoniano incompressível, num espaço anular formado por dois tubos circulares concêntricos
horizontais de diâmetros respectivamente constantes.

Equação de continuidade simplificada:

𝜕
𝜌 (v ) = 0
𝜕𝑧 𝑧

Equação de quantidade de movimento na direção z simplificada:

1𝑑 𝑑v𝑧 Δ𝑝
𝜇[ (𝑟 )] =
𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝐿
𝑑 𝑑v𝑧 𝑟 Δ𝑝
(𝑟 )=
𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝜇 𝐿
2
𝑑v𝑧 Δ𝑝 𝑟
𝑟 = + 𝐶1
𝑑𝑟 𝜇𝐿 2
𝑑v𝑧 Δ𝑝 𝐶1
= 𝑟+
𝑑𝑟 2𝜇𝐿 𝑟
1aCondição de contorno: 𝑟 = 𝑅1 ; v𝑧 (𝑟) = 0
2a Condição de contorno: 𝑟 = 𝑅2 ; v𝑧 (𝑟) = 0

Então:
Δ𝑝 𝑟 2
v𝑧 = + 𝐶1 ln 𝑟 + 𝐶2
2𝜇𝐿 2

67
Substituindo as condições de contorno na equação acima, temos que:

Δ𝑝 𝑅1 2
0= + 𝐶1 ln 𝑅1 + 𝐶2
2𝜇𝐿 2
Δ𝑝 𝑅2 2
0= + 𝐶1 ln 𝑅2 + 𝐶2
2𝜇𝐿 2

Subtraindo-se as equações acima, encontra-se 𝐶1

Δ𝑝 (𝑅1 2 − 𝑅2 2 )
𝐶1 = − ∗
4𝜇𝐿 𝑅
ln (𝑅1 )
2

E subtituindo 𝐶1 , encontra-se 𝐶2 :

Δ𝑝 (𝑅1 2 − 𝑅2 2 ) ln(𝑅1 )
𝐶2 = ∗[ − 𝑅1 2 ]
4𝜇𝐿 𝑅
ln (𝑅1 )
2

Logo:

Δ𝑝 2 Δ𝑝 (𝑅1 2 − 𝑅2 2 ) Δ𝑝 (𝑅1 2 − 𝑅2 2 ) ln(𝑅1 )


v𝑧 = 𝑟 − ∗ ∗ ln 𝑟 + ∗[ − 𝑅1 2 ]
4𝜇𝐿 4𝜇𝐿 𝑅1 4𝜇𝐿 𝑅1
ln (𝑅 ) ln (𝑅 )
2 2

Δ𝑝 2 (𝑅1 2 − 𝑅2 2 ) 𝑟
v𝑧 = [𝑟 − 𝑅1 2 − ( ) ∗ ln ]
4𝜇𝐿 𝑅 𝑅1
ln (𝑅1 )
2

Derivando-se a equação acima em relação a r, pode-se encontrar a posição onde a velocidade


será máxima:

𝑅1 2 − 𝑅2 2
𝑟𝑚𝑎𝑥 = √
𝑅
2 ln 𝑅1
2

Substituindo-se a expressão do 𝑟𝑚𝑎𝑥 na equação anterior, tem-se o perfil de velocidades:

Δ𝑝 2 𝑟
v𝑧 = [𝑟 − 𝑅1 2 − 2𝑟𝑚𝑎𝑥 2 ∗ ln ]
4𝜇𝐿 𝑅1

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Departamento de Engenharia Química
PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

Camada Limite Laminar em Placa Plana

Hipóteses do Estudo

Escoamento bidimensional de um fluido newtoniano, incompressível, dentro da camada


limite laminar, formada sobre uma placa plana horizontal, com incidência nula na borda de ataque,
sob regime permanente, isotérmico, com velocidade de aproximação constante, gradiente de
pressão desprezível na direção de escoamento.

Perfil de Velocidades

Equação de continuidade:
𝜕𝜌
div(𝜌v
⃗⃗) + =0
𝜕𝜃

𝜕𝜌 𝜕(𝜌v𝑥 ) 𝜕(𝜌v𝑦 ) 𝜕(𝜌v𝑧 )


+ + + =0
𝜕𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Então:

𝜕v𝑥 𝜕v𝑦
𝜕𝑥
+ 𝜕𝑦
=0 (eq. 1)

Equação de quantidade de movimento na direção x:

𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕 2 v𝑥 𝜕𝑝


𝜌( + v𝑥 + v𝑦 + v𝑧 ) = 𝜇( 2 + + ) − + 𝜌𝑔𝑥
𝜕𝜃 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 2 𝜕𝑧 2 𝜕𝑥

Então:

𝜕v𝑥 𝜕v𝑥 𝜇 𝜕 2 v𝑥
v𝑥 𝜕𝑥
+ v𝑦 𝜕𝑦
=𝜌 𝜕𝑦 2
(eq. 2)

No caso da placa plana dp/dx = 0.

Condições de contorno:

𝑦 = 0 ∶ v𝑥 = v𝑦 = 0

𝑦 = ∞ ∶ v0 = 0

69
𝛿Ψ 𝛿Ψ
Define-se a função corrente Ψ de modo que 𝛿𝑦
= v𝑥 e 𝛿𝑥
= −v𝑦 .
Então, a eq. 2 fica:

𝜕Ψ 𝜕 𝜕Ψ 𝜕Ψ 𝜕 𝜕Ψ 𝜇 𝜕2 𝜕Ψ
( )− ( )= ( )
𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜌 𝜕𝑦 2 𝜕𝑦
𝜕Ψ 𝜕2 Ψ 𝜕Ψ 𝜕2 Ψ 𝜇 𝜕3 Ψ
( )( ) − ( ) ( 2) = ( 3) (eq. 3)
𝜕𝑦 𝜕𝑥𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜌 𝜕𝑦

Para a solução desta equação diferencial, será usado o método de Combinação de


Variáveis. Definem-se as novas variáveis adimensionais:

𝜌v𝑜
𝜂 = 𝑦√
𝜇𝑥
Ψ
f(𝜂) =
v 𝜇𝑥
√ 𝑜𝜌

Com isso, demonstra-se que, após devidos rearranjos, a eq. 3 torna-se uma equação
diferencial ordinária de 3a ordem:

𝑑 2 f(𝜂) 𝑑 3 f(𝜂)
f(𝜂) + 2 =0 (eq. 4)
𝑑𝜂2 𝑑𝜂3

As relações entre as novas variáveis introduzidas [𝜂, f(𝜂)] e as anteriores [v𝑥 , v𝑦 ] são
dadas por:

𝜕Ψ 𝜕Ψ 𝜕𝜂 v𝑜 𝜇𝑥 𝜌v𝑜
v𝑥 = = = f′(𝜂)√ √ = f′(𝜂)v𝑜
𝜕𝑦 𝜕𝜂 𝜕𝑦 𝜌 𝜇𝑥

𝜕Ψ 1 𝜌v𝑜 −3⁄2 v𝑜 𝜇𝑥 1 v𝑜 𝜇
v𝑦 = − = − [f ′ (𝜂) (− ) (𝑦√ 𝑥 )√ + f(𝜂) √ ]
𝜕𝑥 2 𝜇 𝜌 2 𝜌𝑥

1 v𝑜 𝜇 𝜌v𝑜 ′ 1 v𝑜 𝜇
= √ [𝑦√ f (𝜂) − f(𝜂)] = √ [𝜂f ′ (𝜂) − f(𝜂)]
2 𝜌𝑥 𝜇𝑥 2 𝜌𝑥
Logo, as condições de contorno da eq. 4 são:

𝜂 = 0 ∶ 𝑓 = 𝑓′ = 0

𝜂 = ∞ ∶ 𝑓′ = 1,0

Uma das soluções da eq. 4 que satisfaz as condições de contorno acima é a chamada
solução exata de Blasius, dada pela série polinomial:

f(𝜂) = 0,16603. 𝜂 2 − 4,594. 10−4 . 𝜂 5 + 2,4972. 10−6 . 𝜂 8 − 1,4277. 10−8 . 𝜂11 + ⋯

70
A sua derivada é:

f ′ (𝜂) = 0,33206. 𝜂 − 22,9715. 10−4 . 𝜂 4 + 19,9776. 10−6 . 𝜂 7 − 15,7047. 10−8 . 𝜂10 + ⋯


Finalmente, os perfis das componentes de velocidade v𝑥 e v𝑦 serão dados
respectivamente por:
v𝑥 = v𝑜 f′ (𝜂) = v𝑜 [0,33206. 𝜂 − 22,9715. 10−4 . 𝜂4 + ⋯ ]
4
𝜌v𝑜 𝜌v𝑜
= v𝑜 [0,33206 𝑦√ − 22,9715. 10−4 (𝑦√ ) + ⋯]
𝜇𝑥 𝜇𝑥

1 𝜇v𝑜
v𝑦 = √ [𝜂f′ (𝜂) − f(𝜂)]
2 𝜌𝑥
4
1 𝜇 v𝑜 𝜌v𝑜 𝜌v𝑜 𝜌v𝑜
= √ [𝑦√ (0,33206 𝑦√ − 22,9715. 10−4 (𝑦√ ) + ⋯)
2 𝜌𝑥 𝜇𝑥 𝜇𝑥 𝜇𝑥

2 5
𝜌v𝑜 𝜌v𝑜
− (0,16603 (𝑦√ ) − 4,594. 10−4 (𝑦√ ) + ⋯ )]
𝜇𝑥 𝜇𝑥

Tensão de Cisalhamento na Placa


A tensão de cisalhamento sobre a placa (𝑦 = 0) para um fluido newtoniano é obtida por:

𝜕v𝑥
𝜏𝑠 = 𝜇 |
𝜕𝑦 𝑦=0

Mas, pelo perfil de velocidades v𝑥 anteriormente determinado, tem-se:

4
𝜕v𝑥 𝜌v𝑜 𝜌v𝑜
= v𝑜 [0,33206√ − 4 ∗ 22,9715. 10−4 (√ ) 𝑦3 + ⋯ ]
𝜕𝑦 𝜇𝑥 𝜇𝑥

Então:
𝜌v𝑜
𝜏𝑠 = 0,33206𝜇v𝑜 √
𝜇𝑥

Força de Atrito na Placa

A força de atrito sobre a placa plana de comprimento 𝐿 (direção x) e largura 𝑏 (direção z)


é dada por:

𝑏 𝐿 𝑏 𝐿
𝜌v𝑜 𝜌v𝑜 𝐿
𝐹𝑑 = ∫ ∫ 𝜏𝑠 𝑑𝑥𝑑𝑧 = ∫ ∫ 0,33206𝜇v𝑜 √ 𝑑𝑥𝑑𝑧 = 𝑏. 0,33206𝜇v𝑜 √ . 2. √𝑥|0
𝜇𝑥 𝜇𝑥
0 0 0 0

71
𝜌v𝑜 𝐿
𝐹𝑑 = 0,66412𝑏𝜇v𝑜 √
𝜇
ou
𝐹𝑑 = 0,66412𝑏𝜇v𝑜 √𝑅𝑒𝐿

Coeficiente de Atrito na Placa

O fator ou coeficiente de atrito é definido como:

Força de atrito
𝑓=
(área característica)(energia cinética característica)
𝐹𝑑
𝑓=
1
(𝑏𝐿) (2 𝜌v𝑜 2 )

𝜇
𝑓 = 1,328√
𝜌v𝑜 𝐿
𝑓 = 1,328(𝑅𝑒𝐿 )−1⁄2

Espessura da Camada Limite Laminar

Fazendo-se o gráfico de f ′ (𝜂) em função de 𝜂, observa-se que para 𝜂~5, f ′ (𝜂) assume o
valor assintótico igual a 1. Pelas definições de f ′ (𝜂) e 𝜂, então:

𝜌v𝑜
5 = 𝛿√
𝜇𝑥
ou
𝜇𝑥
𝛿 = 5√
𝜌v𝑜

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Balanço Global em Camada Limite

Balanço Global de Massa na Camada Limite

No volume de controle indicado, pelo balanço global de massa, tem-se:

𝜕
∬ v𝜌 𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑑𝐴 + ∭ 𝜌 𝑑𝑉̌ = 0
𝜕𝜃
𝐴 𝑉

Como se trata de regime permanente, a derivada em relação ao tempo é nula.


No caso, a superfície de controle 𝐴 é a soma de (𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3 ), sendo que:

Em 𝐴1 : v 𝑐𝑜𝑠𝛼 = −v𝑥
Em 𝐴2 : v 𝑐𝑜𝑠𝛼 = +v𝑥
Em 𝐴3 : v 𝑐𝑜𝑠𝛼 = v 𝑐𝑜𝑠𝛼

Então:

∬ v𝑥 𝜌 𝑑𝐴 − ∬ v𝑥 𝜌 𝑑𝐴 + ∬ v𝜌 𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑑𝐴 = 0
𝐴2 𝐴1 𝐴3

Donde, obtém-se:

∬ v𝜌 𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑑𝐴 = − [∬ v𝑥 𝜌 𝑑𝐴 − ∬ v𝑥 𝜌 𝑑𝐴] (eq. 1)


𝐴3 𝐴2 𝐴1

Balanço Global de Quantidade de Movimento na Camada Limite

Pelo balanço global de quantidade de movimento na direção x, tem-se:

𝜕
∬ v𝑥 𝜌 v𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑑𝐴 + ∭ v𝑥 𝜌 𝑑𝑉̌ = 𝑅𝑥 + 𝐹𝑥𝑝 + 𝐹𝑥𝑑 + 𝐹𝑥𝑔
𝜕𝜃
𝐴 𝑉

Simplificando-se a equação, fica:

∬ v𝑥 𝜌 𝑣𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑑𝐴 = 𝐹𝑥𝑑
𝐴

73
Subdividindo-se de novo a superfície de controle 𝐴 em (𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3 ), vem:

∬ v𝑥 2 𝜌 𝑑𝐴 − ∬ v𝑥 2 𝜌 𝑑𝐴 + ∬ v𝑜 v𝜌 𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑑𝐴 = 𝐹𝑥𝑑 (eq. 2)


𝐴2 𝐴1 𝐴3

Substituindo a eq. 1 na eq. 2, resulta:

∬ v𝑥 2 𝜌 𝑑𝐴 − ∬ v𝑥 2 𝜌 𝑑𝐴 − v𝑜 [∬ v𝑥 𝜌 𝑑𝐴 − ∬ v𝑥 𝜌 𝑑𝐴] = 𝐹𝑥𝑑
𝐴2 𝐴1 𝐴2 𝐴1

Para 𝜌 = constante:

𝐹𝑥𝑑
∬(v𝑥 2 − v𝑜 v𝑥 )𝑑𝐴 − ∬(v𝑥 2 − v𝑜 v𝑥 )𝑑𝐴 =
𝜌
𝐴2 𝐴1

𝐹𝑥𝑑
∬ v𝑥 (v𝑜 − v𝑥 )𝑑𝐴 − ∬ v𝑥 (v𝑜 − v𝑥 )𝑑𝐴 = −
𝜌
𝐴2 𝐴1

𝑑𝐴 = 𝑑𝑦 𝑑𝑧

𝑊 𝛿2 𝑊 𝛿1
𝐹𝑥𝑑
∫ ∫ v𝑥 (v𝑜 − v𝑥 )𝑑𝑦𝑑𝑧 − ∫ ∫ v𝑥 (v𝑜 − v𝑥 )𝑑𝑦𝑑𝑧 = −
𝜌
0 0 0 0

−𝐹𝑥𝑑 = 𝜏𝑠,𝑎𝑣 (𝑥2 − 𝑥1 )𝑊

Onde 𝜏𝑠,𝑎𝑣 é o valor médio da tensão de cisalhamento na placa, entre 𝑥2 e 𝑥1 (pois 𝜏𝑠


varia com x) e [(𝑥2 − 𝑥1 )𝑊] é a área da placa considerada.

Então:
𝛿2 𝛿1
𝜏𝑠,𝑎𝑣 (𝑥2 − 𝑥1 )𝑊
𝑊 ∫ v𝑥 (v𝑜 − v𝑥 )𝑑𝑦 − 𝑊 ∫ v𝑥 (v𝑜 − v𝑥 )𝑑𝑦 =
𝜌
0 0

𝛿
2 1 𝛿
∫0 v𝑥 (v𝑜 − v𝑥 )𝑑𝑦 − ∫0 v𝑥 (v𝑜 − v𝑥 )𝑑𝑦 𝜏𝑠,𝑎𝑣
=
𝑥2 − 𝑥1 𝜌

Quando (𝑥2 − 𝑥1 ) → 0, ou seja, quando 𝑥2 → 𝑥1 , 𝜏𝑠 assume o valor num dado ponto x.


Logo:
𝛿
𝑑 𝜏𝑠
∫ v𝑥 (v𝑜 − v𝑥 )𝑑𝑦 = (eq. 3)
𝑑𝑥 𝜌
0

Essa equação será usada posteriormente na dedução da espessura da camada limite.

74
Aplicações para a Camada Limite Laminar

Um perfil de velocidades simples para o escoamento dentro da camada limite laminar é


dado por um polinômio de 3o grau (série polinomial já “truncada”):

v𝑥 3 𝑦 1 𝑦 3
= ( )− ( )
v𝑜 2 𝛿 2 𝛿

Essa equação é solução daquela equação diferencial ordinária de 3o grau (ver Camada
Limite Laminar em Placa Plana) e atende as condições de contorno, a saber:

𝑦 = 0: v𝑥 = 0
𝑦 = 𝛿: v𝑥 = 𝑣𝑜
𝑑v𝑥
𝑦=𝛿 = 0 (v𝑥 é máxima)
𝑑𝑦

Substituindo esse perfil no lugar de v𝑥 na eq. 3, tem-se:

𝛿
𝑑 3 𝑦 1 𝑦 3 3 𝑦 1 𝑦 3 𝜏𝑠
∫ v𝑜 [ ( ) − ( ) ] [v𝑜 − v𝑜 ( ( ) − ( ) )] 𝑑𝑦 =
𝑑𝑥 2 𝛿 2 𝛿 2 𝛿 2 𝛿 𝜌
0

Efetuando-se a integração, resulta:

𝑑𝛿 280𝜏𝑠
= (eq. 4)
𝑑𝑥 39v𝑜 2 𝜌

Mas, para o fluido newtoniano,

𝑑v𝑥
𝜏𝑠 = 𝜇 |
𝑑𝑦 𝑦=0

Derivando-se v𝑥 em relação a y, a partir do perfil de velocidades considerado (polinômio


de 3o grau), vem:

3v𝑜
𝜏𝑠 = 𝜇
2𝛿

Então, voltando-se à eq. 4, resulta:

𝑑𝛿 280 3v𝑜
= 2
(𝜇 )
𝑑𝑥 39v𝑜 𝜌 2𝛿

Finalmente, para se obter a expressão da espessura da camada limite, basta integrar a


equação acima. Logo:
𝛿𝐿 𝐿
280 3𝜇v𝑜
∫ 𝛿 𝑑𝛿 = ∫ 𝑑𝑥
39v𝑜 2 𝜌 2
0 0

75
𝜇𝐿
𝛿𝐿 = 4,64√
𝜌v𝑜
Vale lembrar que, pela solução de Blasius, a expressão obtida para a espessura da camada
limite laminar é semelhante (o coeficiente era 5, no lugar de 4,64).
A partir da tensão de cisalhamento e da força de atrito, chega-se à seguinte equação para
o fator de atrito:

𝑓 = 1,29. 𝑅𝑒𝐿 −1⁄2

De novo, a expressão é semelhante àquela obtida a partir da solução de Blasius (o


coeficiente era 1,328, no lugar de 1,29).

Aplicações para a Camada Limite Turbulenta

Um perfil de velocidades simples para escoamento turbulento no interior de um tubo


circular é dado por v = v𝑚𝑎𝑥 (𝑦⁄𝑅)1⁄7. “Adaptando-se” essa equação para o escoamento dentro
da camada limite turbulenta sobre uma placa plana, pode-se escrever: v𝑥 = v𝑜 (𝑦⁄𝛿 )1⁄7 .
Substituindo esse perfil no lugar de v𝑥 na eq. 3, tem-se:

𝛿 1 1
𝑑 𝑦 7 𝑦 7 𝜏𝑠
∫ [v𝑜 ( ) ] [v𝑜 − v𝑜 ( ) ] 𝑑𝑦 =
𝑑𝑥 𝛿 𝛿 𝜌
0

Efetuando-se a integração, resulta:

𝑑𝛿 72 𝜏𝑠
=
𝑑𝑥 7 𝜌v𝑜 2

Para prosseguir na obtenção da espessura da camada limite, necessita-se de uma


expressão para 𝜏𝑠 . De novo, essa será obtida a partir de “adaptações” da expressão correspondente
em tubo circular.
Num tubo circular, 𝜏𝑠 = 𝑓(𝜌v𝑏 2 ⁄2). Uma das equações para o fator de atrito em tubo liso
é 𝑓 = 0,079(𝜌v𝑏 𝐷 ⁄𝜇)−1⁄4 .
Para o escoamento na camada limite turbulenta sobre uma placa plana, pode-se fazer as
seguintes “aproximações”: 𝐷 = 2𝛿; v𝑏 = 0,817v𝑚𝑎𝑥 = 0,817v𝑜 .
Então, a equação da tensão de cisalhamento sobre a placa fica:

1
𝜌(0,817v𝑜 )2 𝜌 0,817v𝑜 2𝛿 −4
𝜏𝑠 = [0,079 ( ) ]
2 𝜇

1
𝜌v𝑜 𝛿 −4
𝜏𝑠 = 0,023𝜌v𝑜 2 ( )
𝜇

76
Então, voltando-se à eq. 4, resulta:

1
𝑑𝛿 72 2
𝜌v𝑜 𝛿 −4
= 0,023𝜌v𝑜 ( )
𝑑𝑥 7𝜌v𝑜 2 𝜇
𝛿𝐿 1 𝐿

1 72 𝜌v𝑜 −4
∫𝛿 4 𝑑𝛿 = . 0,023 ( ) ∫ 𝑑𝑥
7 𝜇
0 0
1

𝜌v𝑜 𝐿 5
𝛿𝐿 = 0,376 ( ) 𝐿
𝜇
1
𝛿𝐿 = 0,376(𝑅𝑒𝐿 )−5 𝐿

A partir da tensão de cisalhamento e da força de atrito, chega-se à seguinte equação para


o fator de atrito:

𝑓 = 0,072(𝑅𝑒𝐿 )−1⁄5

Convém destacar que para as equações deduzidas, pressupôs-se que a camada limite
turbulenta inicia logo na borda de ataque.
Para o caso de ocorrer uma camada limite laminar antecedendo a turbulenta, pode-se usar
a equação de Prandtl-Schlichting para o fator de atrito:

0,455 𝐴
𝑓= −
(log 𝑅𝑒𝐿 )2,58 𝑅𝑒𝐿

onde 𝐴 é uma constante cujo valor depende do 𝑅𝑒 de transição (𝑅𝑒 crítico):

𝑅𝑒𝑐𝑟 3 x 105 5 x 105 1 x 106 3 x 106


𝐴 1050 1700 3300 8700

77
Camada Limite Laminar em Placa Plana

Expressões deduzidas a partir da solução de Blasius

v𝑥 = f′(𝜂)v𝑜 (componente de velocidade v𝑥 )

1 v 𝜇
v𝑦 = √ 𝑜 [𝜂f ′ (𝜂) − f(𝜂)] (componente de velocidade v𝑦 )
2 𝜌𝑥

𝜌v𝑜
𝜂 = 𝑦√
𝜇𝑥

f(𝜂) = 0,16603. 𝜂 2 − 4,594. 10−4 . 𝜂 5 + 2,4972. 10−6 . 𝜂 8 − 1,4277. 10−8 . 𝜂11 + ⋯

f ′ (𝜂) = 0,33206. 𝜂 − 22,9715. 10−4 . 𝜂 4 + 19,9776. 10−6 . 𝜂 7 − 15,7047. 10−8 . 𝜂10 + ⋯

(Ver solução gráfica nas figuras 11-8 e 11-9, Bennett & Myers, 1982)

𝜌v
𝜏𝑠 = 0,33206𝜇 v𝑜 √ 𝜇𝑥𝑜 (tensão de cisalhamento na placa)

𝐹𝑑 = 0,66412. 𝑏. 𝜇. v𝑜 √𝑅𝑒𝐿 (força de atrito na placa)

𝑓 = 1,328(𝑅𝑒𝐿 )−1⁄2 (fator de atrito na placa em camada limite laminar)

𝜇𝑥
𝛿 = 5√𝜌v (espessura da camada limite laminar)
𝑜

Camada Limite Turbulenta em Placa Plana (𝒙𝒄𝒓 = 𝟎)

1
𝜌v 𝐿 −5
𝛿= 0,376 ( 𝜇𝑜 ) 𝐿 (espessura da camada limite turbulenta)

𝜌v𝑜 𝐿 −1⁄5
𝑓 = 0,072 ( 𝜇
) (fator de atrito na placa em camada limite turbulenta)

78
TABELAS E GRÁFICOS DE
PROPRIEDADES

79
Tabela 1. Viscosidade de líquidos: frações de petróleo, óleos animais e vegetais e ácidos graxos.

Referência: KERN, D. Q. Process Heat Transfer.Nova Iorque: McGraw-Hill, 1965.

80
Tabela 2. Viscosidade de líquidos.

81
Referência: KERN, D. Q. Process Heat Transfer. Nova Iorque: McGraw-Hill, 1965.

82
Tabela 3. Densidade de líquidos.

83
Referência: KERN, D. Q. Process Heat Transfer. Nova Iorque: McGraw-Hill, 1965.

84
Tabela 4. Viscosidade de gases.

85
Referência: KERN, D. Q. Process Heat Transfer. Nova Iorque: McGraw-Hill, 1965.

86
VÁLVULAS E TUBULAÇÕES

87
Tabela 5. Diâmetros padrões para tubulações.

Referência: LUDWIG, E. E. Applied Process Design for Chemical and Petrochemical Plants,
Volume 1, 3a edição, Tabela 2-4. Elsevier, 1995.

88
Referência: LUDWIG, E. E. Applied Process Design for Chemical and Petrochemical Plants,
Volume 1, 3a edição, Tabela 2-4. Elsevier, 1995.

89
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Equivalent Roughness for New Pipes


[from Moody and Colebrook]

Pipe Equivalent Roughness (mm)


Riveted steel 0,9 – 9,0
Concrete 0,3 – 3,0
Wood Stave 0,18 – 0,9
Cast iron 0,26
Galvanized iron 0,15
Commercial steel 0,045
Wrought iron 0,045
Drawn tubing 0,0015
Plastic 0 (smooth)
Glass 0 (smooth)

Referência: MUNSON, B.R.; YOUNG, D.F.; OKIISHI, T.H. Fundamentals of Fluid


Mechanics. John Wiley. New York, 1998.

90
Figura 1. Rugosidade relativa em função do diâmetro para tubulações de diversos materiais.
Referência: WELTY, J. R. et al. Fundamentals of Momentum, Heat and Mass Transfer. 5a
edição, Fig. 13.2, pg. 174, John Wiley and Sons, 2008.

91
Figura 2. Válvula globo.

Figura 3. Válvula gaveta.

Referência: DICKINSON, T C. Valves, Piping and Pipeline Handbook, 3a edição. Oxford:


Elsevier, 1999.

92
Figura 4. Válvula de retenção.

Referências: Flow of Fluids through Valves, Fittings and Pipe. Technical Paper N. 410M.
Crane, 1982. / DICKINSON, T C. Valves, Piping and Pipeline Handbook, 3a edição. Oxford:
Elsevier, 1999.

Figura 5. Tipos de válvula macho.

Referência: DICKINSON, T C. Valves, Piping and Pipeline Handbook, 3a edição. Oxford:


Elsevier, 1999.

93
Figura 6. Resistência de válvulas e conexões ao fluxo de fluidos.

Referência: CRANE, Technical Paper N.409, Engineering Div., 1942. In: LUDWIG, E. E.
Applied Process Design for Chemical and Petrochemical Plants, Volume 1, 3a edição, Figura 2-
20. Elsevier, 1995.

94
Figura 7. Resistência devido a alargamentos e contrações inesperados.

Referência: CRANE. Flow of fluids through valves, fittings and pipe. New York: Crane Co,
1965.

Figura 8. Resistência devido à entrada e à saída de tubulações.

Referência: CRANE. Flow of fluids through valves, fittings and pipe. New York: Crane Co,
1965.

95
Tabela 6. Comprimento equivalente em diâmetro de tubulação (L/D) para válvulas e conexões.

Referência: CRANE. Flow of fluids through valves, fittings and pipe. New York: Crane Co,
1965.

96
Tabela 7. Coeficientes de resistência (𝑲 = 𝒉𝒎 ⁄𝑽𝟐 ⁄𝟐𝒈) para válvulas abertas, cotovelos e tês.

Referência: WHITE, F. M. Fluid Mechanics, 4a edição, Tabela 6.5. McGraw-Hill, 1998.

Figura 9. Coeficientes de resistência para joelhos de 90o.

Referência: WHITE, F. M. Fluid Mechanics, 4a edição, Figura 6.20. McGraw-Hill, 1998.

97
Figura 10.1. Alguns valores para coeficientes para perda de carga.

98
Figura 11..2 Alguns valores para o fator de perda de fricção.

Referência: BEEK, W. J.; MUTTZALL, K. M. K.; VAN HEUVEN, J. W. Transport Phenomena, 2a


edição, Tabela II.1. John Wiley & Sons, 2000.

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Velocidades e Perdas de Pressão Recomendadas para Escoamento em


Tubulação

Tabela 8. Velocidade recomendada para líquidos.

Velocidade recomendada
Fluido
(m/s)
Água
- Linha principal de abastecimento (16 in a 36 in) 2,4 a 3,0
- Linha de entrada ou saída de equipamento 2,4 a 3,7
- Linha de sucção de bomba 1,0 a 2,4
- Linha de descarga de bomba 1,8 a 3,6
Água do mar ou soluções salinas 1,5 a 2,4 (mínima = 1)
Ácido clorídrico 1,5
Ácido sulfúrico 1,2
Amônia 1,8
Benzeno 1,8
Bromo 1,2
Cloreto de cálcio 1,2
Cloreto de metila 1,8
Cloreto de vinila 1,8
Cloro 1,5
Clorofórmio (líquido) 1,8
1-2 Dibromo etano 1,2
1-2 Dicloro etano 1,8
1-1 Dicloro eteno 1,8
Estireno 1,8
Etileno glicol 1,8
Frações líquidas de petróleo e seus derivados de viscosidade
média (até 10 mPa.s)
- Sucção de bomba 0,9 a 1,8
- Descarga de bomba 1,5 a 2,4
- Escoamento por gravidade 1,5 a 2,4
Frações líquidas de petróleo e seus derivados de viscosidade alta
(asfalto e óleos pesados)
- Sucção de bomba 0,15 a 0,3
- Descarga de bomba 1,2 a 1,5
- Escoamento por gravidade 0,3 a 0,9
Hidróxido de sódio (até 30% em massa) 1,8
Hidróxido de sódio (30% a 50%) 1,5
Hidróxido de sódio (50% a 73%) 1,3
Óleos lubrificantes 1,8
Propileno glicol 1,5
Solução de aminas 1,5 a 2,1
Solução de cloreto de sódio (sem sólidos em suspensão) 1,5
Solução de cloreto de sódio (com sólidos em suspensão) 2,3
Tetracloroeteno 1,8
Tetracloreto de carbono 1,8
Tricloroeteno 1,8

100
Tabela 9. Velocidade recomendada para vapores e gases.

Velocidade recomendada
Fluido
(m/s)
Vapor d’água
- Saturado de baixa pressão (até 207 kPa) para aquecimento 20 a 30 (máxima = 76)
- Saturado ou superaquecido de média pressão (207 kPa a 30 a 50 (máxima = 76)
1034 kPa)
- Saturado ou superaquecido de alta pressão (acima de 1034 33 a 76
kPa)
- Saturado na entrada de máquina acionadora de bomba ou 30 a 45
turbina
- Superaquecido na entrada de turbina 45 a 100
- Exausto de turbina (até 207 kPa) 20 a 40
Acetileno 20
Ácido clorídrico (gás) 20
Amônia 30
Ar (101 kPa a 308 kPa) 20
Bromo (gás) 10
Cloreto de metila (gás) 20
Cloro (gás) 10 a 25
Clorofórmio (gás) 10
Dióxido de enxofre 20
Eteno 30
Gás natural 30
Hidrocarbonetos
- Topo da coluna de fracionamento máxima = 23
- Vapores úmidos 23 a 43
- Vapores secos 43 a 61
Hidrogênio 20
Oxigênio 20

Tabela 10. Máxima velocidade recomendada para vapores (m/s).

Mol Pressão (kPa)


10 50 100 450 800 1500 3550
18 73 40 29 17 14 12 10
29 56 30 23 14 12 10 8
44 48 26 19 11 9 7 6
100 34 18 13 8 7 6
200 27 15 11 6 5 4
400 23 13 9 6 5

Tabela 11. Perda de pressão recomendada.

Fluido Perda de pressão admissível (kPa/100 m)


Água, óleos leves, óleos viscosos
- Sucção de bomba 5,65 (média)
11,31 (máxima)
- Descarga de bomba (média pressão) 22,62 (média)
45,24 (máxima)
- Descarga de bomba (alta pressão) 67,86 (média)
90,47 (máxima)
- Escoamento por gravidade 3,39 (máxima)

101
Líquidos saturados ou à temperatura a menos
de 10oC do seu ponto de bolha
- Sucção de bomba 1,13 (média)
5,65 (máxima)
- Descarga de bomba (média pressão) 22,62 (média)
45,24 (máxima)
- Descarga de bomba (alta pressão) 67,86 (média)
90,47 (máxima)
- Escoamento por gravidade 3,39 (máxima)

Referências: CRANE. Flow of fluids through valves, fittings and pipe. Crane Co. New York.
1976.; LUDWIG, E.E. Applied process design for chemical and petrochemical plants.Gulf
Publishing Co. New York, 1964.

Tabela 12. Velocidades recomendadas para fluidos em tubulação: líquidos, gases e vapores em pressões
baixas/moderadas até 50 psig e entre 50o e 100oF.

Referência: LUDWIG, E. E. Applied Process Design for Chemical and Petrochemical Plants,
Volume 1, 3a edição, Tabela 2-4. Elsevier, 1995.

102
BOMBAS

103
Figura 12. Classes e tipos de bombas modernas.

Referência: HICKS, T. G. Standard Handbook of Engineering Calculations. 4a edição, Figura 8.


McGraw-Hill, 2004.

Tabela 13. Características das bombas modernas.

Referência: HICKS, T. G. Standard Handbook of Engineering Calculations. 4a edição, Tabela 5.


McGraw-Hill, 2004.

104
Figura 13. Tabela típica de seleção para bombas centrífugas.

Referência: HICKS, T. G. Standard Handbook of Engineering Calculations. 4a edição, Figura 7.


McGraw-Hill, 2004.

105
Figura 14. Straight-vane, radial, single-suction closed impeller.

Referência: KARASSIK, I. J. et al. Pump Handbook. 3a edição, Figura 25. McGraw-Hill, 2000.

Figura 15. Rotores semi-abertos.

Referência: KARASSIK, I. J. et al. Pump Handbook. 3a edição, Figura 34. McGraw-Hill, 2000.

Figura 16. Rotores abertos.

Referência: KARASSIK, I. J. et al. Pump Handbook. 3a edição, Figura 37. McGraw-Hill, 2000.

106
Figura 17. Seção transversal de uma bomba de engrenagem externa.

Referência: LIQUIFLO. Engineering – Gear Pump Basics.

Figura 18. Curva característica de bomba centrífuga (2900 rpm).

Referência: KSB API Pumps.

107
Figura 19. Curva característica de bomba centrífuga (1750 rpm).

Referência: KSB API Pumps.

108
Figura 20. Expoente, n, para os perfis de velocidade da lei de potência.

Referência: MUNSON, B. R. et al. Fundamentals of Fluid Mechanics, 6a edição, Figura 8.17,


John Wiley & Sons, 2009.

Figura 21. Fluxo laminar típico e perfis de velocidade em fluxo turbulento.

Referência: MUNSON, B. R. et al. Fundamentals of Fluid Mechanics, 6a edição, Figura 8.18,


John Wiley & Sons, 2009.

109
Figura 22. A tendência histórica de padronização dos automóveis para reduzir seu arrasto aerodinâmico e
aumentar as milhas percorridas por galão.

Referência: MUNSON, B. R. et al. Fundamentals of Fluid Mechanics, 6a edição, Figura 9.27,


John Wiley & Sons, 2009.

Figura 23. Escoamento em camada limite sobre placa plana.

Referência: MUNSON, B. R. et al. Fundamentals of Fluid Mechanics, 6a edição, Figura 9.27,


John Wiley & Sons, 2009.

110
FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS,
DEMAIS INFORMAÇÕES E
GRÁFICOS

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

111
Departamento de Engenharia Química
PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

Fluidos Não Newtonianos

Características
Não seguem a lei de viscosidade de Newton dada por:

𝜏 = −𝜇𝛾̇ = −𝜇[∇𝑣 + (∇𝑣)𝑡 ]

A relação entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação não é uma função linear,
sem passar pela origem dos eixos das coordenadas.
A viscosidade aparente é função da taxa de deformação e em alguns casos dependente do
tempo:
𝜏 = −𝜇𝑎 𝛾̇ sendo 𝜇𝑎 = 𝜇𝑎 (𝛾̇ , 𝑡)

Tipos de fluidos não newtonianos (Brodkey, 1967; Brodkey, 1988)


O comportamento pode depender da concentração, do modo de preparação, da idade, das
condições de ensaio, do instrumento usado, do tempo de medição adotado e de outros fatores.

Tipos independentes do tempo

Shear thinning fluid (fluido pseudoplástico)


A viscosidade aparente decresce com o aumento da tensão de cisalhamento.
No gráfico de [log 𝜏 𝑥 log 𝛾̇ ], a inclinação é menor do que 1.

Shear thickening fluid (fluido dilatante)


A viscosidade aparente cresce com o aumento da tensão de cisalhamento.
No gráfico de [log 𝜏 𝑥 log 𝛾̇ ], a inclinação é maior do que 1.

Bingham plastic fluid (fluido plástico de Bingham) e generalized plastic fluid


Não escoa até que a tensão de cisalhamento exceda um valor 𝜏𝑜 . A viscosidade aparente
pode ser constante (ideal Bingham plastic) ou não (generalized plastic) em relação à tensão de
cisalhamento.

Tipos dependentes do tempo

Thinning with time (fluido tixotrópico)


É aquele em que, num ensaio feito à taxa de deformação constante, a tensão de
cisalhamento (ou a viscosidade aparente) diminui com o tempo (ao longo do ensaio).
A curva reológica obtida num ensaio depende do tempo de resposta adotado,
suficientemente rápido ou não para seguir o efeito da taxa de variação com o tempo.

Thickening with time (fluido anti-tixotrópico ou reopético)


A viscosidade aparente aumenta com o tempo.

112
Viscoelástico
Apresenta tanto o comportamento de fluido (viscoso) e de sólido (elástico).

Caracterização reológica

Tipos de viscosímetros:

Viscosímetro capilar: medem-se a queda de pressão e a vazão de escoamento, usando-se


diversos diâmetros e comprimentos.
Viscosímetro rotacional (cilindros concêntricos, placa-cone): medem-se o torque (→
tensão de cisalhamento 𝜏) e a rotação (com a geometria → taxa de deformação 𝛾̇ ).

Cuidados na medição (Brodkey, 1967):

Os métodos de medição de um ponto simples de viscosidade, envolvendo apenas uma


taxa de deformação, têm pouca aplicabilidade para fluidos não newtonianos.
O tempo de medição deve ser condizente com o tempo de resposta do material.
Há diversos problemas comuns que podem complicar a medição: a existência de “plug
flow”, escorregamento na parede, efeitos de aquecimento, efeitos de extremidade, instabilidade
laminar e turbulência.
Deve-se observar como é definido o valor da “viscosidade” fornecido pelo reômetro.

Exemplos de fluidos não newtonianos

Pseudoplásticos:
maionese, suco de laranja, solução de sabão, esgoto com detergente, licor negro, solução
de altos polímeros, solução de polietileno, emulsão de borracha látex, solução de ésteres
de celulose em solventes orgânicos, plásticos fundidos, tintas, pasta celulósica em
suspensão aquosa, sangue, solução de acetato de celulose.

Dilatantes:
soluções de goma arábica, cola acrílica, soluções de silicato de potássio, suspensões de
amido, suspensões de areia, suspensões de óxido de titânio, suspensões com alto teor de
sólidos de modo geral.

Binghamianos:
suspensões de rochas e minérios, suspensões de dióxido de tório, argila e talco, lamas de
perfuração, sucos de frutas com muita pectina, pasta de dente.

Tixotrópicos:
areia movediça, molho de tomate, margarina, tintas de impressão, polímeros em solução,
plásticos fundidos, lamas de perfuração.

Reopécticos:
suspensões de bentonita e gesso, suspensão de oleato de amônio.

Viscoelásticos:

113
betumes, gelatinas, massa de pão, polímeros em solução, plásticos fundidos.

114
Figura 24. Diagrama básico de cisalhamento ilustrando o comportamento típico de fluidos reais.

Referência: BRODKEY, R. S.; HERSHEY, C. H. Transport Phenomena – A Unified Approach.


Figura 15.1, pg 757. Singapura, McGraw-Hill, 1988.

Figura 25. Diagrama básico de cisalhamento completo para um fluido pseudoplástico.

Referência: BRODKEY, R. S.; HERSHEY, C. H. Transport Phenomena – A Unified Approach.


Figura 15.2, pg 758. Singapura, McGraw-Hill, 1988.

115
Figura 26. Curva de Ostwald para um fluido pseudoplástico, incluindo a diminuição da tensão com o tempo.

Referência: BRODKEY, R. S.; HERSHEY, C. H. Transport Phenomena – A Unified Approach.


Figura 15.5, pg 762. Singapura, McGraw-Hill, 1988.

Figura 27. Dados representativos de tixotropia em uma suspensão 59% wt de argila vermelha.

Referência: CHHABRA, R. P.; RICHARDSON, J. F. Non-Newtonian Flow in Process


Industries.Fundamentals and Engineering Applications. Figura 1.10, pg 16. Oxford, Butterworth
Heinemann, 1999.

116
Figura 28. Início da reopexia em um poliéster saturado.

Referência: CHHABRA, R. P.; RICHARDSON, J. F. Non-Newtonian Flow in Process


Industries.Fundamentals and Engineering Applications. Figura 1.12, pg 18. Oxford, Butterworth
Heinemann, 1999.

Figura 29. Gráfico esquemático do comportamento tensão de cisalhamento x taxa de deformação para um
fluido cujo comportamento dependa do tempo.

Referência: CHHABRA, R. P.; RICHARDSON, J. F. Non-Newtonian Flow in Process


Industries.Fundamentals and Engineering Applications. Figura 1.11, pg 17. Oxford, Butterworth
Heinemann, 1999.

117
Figura 30. O sifão sem tubo. (N) Quando o sifão é retirado do fluido, o fluxo do fluido newtoniano para e (P) o
fluido macromolecular continua a ser sifonado.

Referência: BIRD, R. B.; STEWART, W. E., LIGHTFOOT, E. N. Transport Phenomena.


Figura 8.1-6, pg 235. 2a edição, John Wiley & Sons, 2007.

Figura 31. Fluxos secundários em um sistema disco-cilindro. (N) O fluido newtoniano se move para cima no
centro; (P) O fluido viscoelástico, poliacrilamida, se move para baixo no centro.

Referência: HILL, C. T. Trans Soc. Rheol., 16, 213-245, 1972.

Figura 32. Uma solução de sabão e alumínio, feita com dilaurato de alumínio e m-cresol, é: (a) vertida a partir
de uma proveta e (b) cortada ao meio. Em (c), note que o líquido acima do corte recolhe-se de volta à proveta e
somente o fluido abaixo do corte cai no recipiente.

Referência: LODGE, A. S. Elastic Liquids. Nova Iorque: Academic Press, 1964.

118
Figura 33. Fluxo através de tubulação horizontal.

Referência: CHHABRA, R. P.; RICHARDSON, J. F. Non-Newtonian Flow in Process


Industries.Fundamentals and Engineering Applications. Figura 3.1. Oxford, Butterworth
Heinemann, 1999.

Figura 34. Representação esquemática das distribuições de tensão de cisalhamento e velocidade em um fluxo
laminar completamente desenvolvido em tubulação.

Referência: CHHABRA, R. P.; RICHARDSON, J. F. Non-Newtonian Flow in Process


Industries.Fundamentals and Engineering Applications. Figura 3.2. Oxford, Butterworth
Heinemann, 1999.

Figura 35. Distribuição de velocidade para fluidos de lei de potência em regime laminar, em tubulação.

Referência: CHHABRA, R. P.; RICHARDSON, J. F. Non-Newtonian Flow in Process


Industries.Fundamentals and Engineering Applications. Figura 3.3. Oxford, Butterworth
Heinemann, 1999.

119
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia Química
PQI-3203- Fenômenos de Transporte I

Fator de Atrito de Fanning

Fluido Newtoniano

16
Regime laminar (𝑁𝑅𝑒 < 2100) 𝑓=𝑁
𝑅𝑒
1
Regime turbulento (𝑁𝑅𝑒 > 4000) = 4 log10(𝑁𝑅𝑒 √𝑓) − 0,4
√𝑓

𝜌𝑣𝑏 𝐷
onde 𝑁𝑅𝑒 = 𝜇

Fluido da Lei de Potência (Power Law) 𝜎 = 𝐾(𝛾̇ )𝑛

16
Regime laminar (𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿 < 𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿,𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 ) 𝑓=𝑁
𝑅𝑒,𝑃𝐿

𝐷 𝑛 𝑣𝑏 2−𝑛 𝜌 4𝑛 𝑛
onde 𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿 = ( 𝑛−1 )( )
8 𝐾 3𝑛+1
6464𝑛
𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿,𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 = 1 (2+𝑛)⁄(1+𝑛)
(1+3𝑛)2 ( )
2+𝑛

Observação: 𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿,𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 pode ser obtido a partir da Figura 1.1 de Valentas et al., 1997

Regime turbulento (𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿 > 𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿,𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 )


1 4 0,4
= (𝑛0,75 ) log10[(𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿 )𝑓 [1−(𝑛⁄2)] ] − (𝑛1,2 )
√𝑓

Observação: 𝑓 pode ser obtido a partir da Figura 1.2 de Valentas et al., 1997.

Fluido Herschel-Bulkley 𝜎 = 𝐾(𝛾̇ )𝑛 + 𝜎𝑜

16
Regime laminar 𝑓=
Ψ𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿

(1−𝑐)2 𝑛
2𝑐(1−𝑐) 𝑐2
onde Ψ = (1 + 3𝑛)𝑛 (1 − 𝑐)1+𝑛 [(1+3𝑛) + (1+2𝑛)
+ (1+𝑛)
]
2−𝑛
𝑛 2 Ψ 𝑛
𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿 = 2𝑁𝐻𝑒,𝑀 ( ) ( )
1 + 3𝑛 𝑐
2−𝑛
𝐷 2 𝜌 𝜎𝑜 𝑛
𝑁𝐻𝑒,𝑀 = 𝐾
(𝐾)

Observação: 𝑓 pode ser obtido a partir das Figuras 1.6 a 1.15 de Valentas et al., 1997

120
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia Química
PQI-2201- Fenômenos de Transporte I

Perda por Atrito em Singularidades

Fluido Newtoniano: Regime turbulento


Usar dados da Tabela 1.5 de Valentas et al., 1997.

𝐴 2
Contração brusca 𝑘𝑓 = 0,55 (1 − 𝐴2 ) (𝛼)
1
𝐴 2 2
Expansão brusca 𝑘𝑓 = (1 − 𝐴1 ) (𝛼)
2

onde 𝛼=1

Fluido Newtoniano: Regime laminar


Usar dados da 1.6 de Valentas et al., 1997.

Fluido Não Newtoniano: 𝑁𝑅𝑒 ou 𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿 > 500


Usar dados da Tabela 1.5 de Valentas et al., 1997.

Fluido Newtoniano ou Não Newtoniano: 20 < 𝑁𝑅𝑒 ou 𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿 < 500

Adotar 𝑘𝑓 = 𝛽⁄𝑁 onde 𝑁 = 𝑁𝑅𝑒 ou 𝑁𝑅𝑒,𝑃𝐿


𝛽 = 500(𝑘𝑓 )
𝑡𝑢𝑟𝑏𝑢𝑙𝑒𝑛𝑡𝑜
(𝑘𝑓 )𝑡𝑢𝑟𝑏𝑢𝑙𝑒𝑛𝑡𝑜 é obtido da Tabela 1.5 de Valentas et al., 1997.

𝐴 2
Para contração brusca: (𝑘𝑓 )𝑡𝑢𝑟𝑏𝑢𝑙𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0,55 (1 − 𝐴2 ) (𝛼)
1
𝐴 2 2
Para expansão brusca: (𝑘𝑓 )𝑡𝑢𝑟𝑏𝑢𝑙𝑒𝑛𝑡𝑜 = (1 − 𝐴1 ) (𝛼)
2

2(2𝑛+1)(5𝑛+3)
onde 𝛼= 3(3𝑛+1)2

121
Tabela 14. Propriedades reológicas de laticínios, peixes e carnes.

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Tabela 1.1.Boca Raton, CRC, 1997.

122
Tabela 15. Propriedades reológicas de óleos e outros produtos.

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Tabela 1.2.Boca Raton, CRC, 1997.

123
Tabela 16. Propriedades reológicas de frutas e
vegetais.

124
Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering
Practice, Tabela 1.3.Boca Raton, CRC, 1997.

Tabela 17. Coeficientes da correlação para o fator de atrito de Fanning para fluxo laminar de produtos
𝒃
alimentícios que seguem a lei de potência, usando a seguinte equação: 𝒇 = 𝒂(𝑵𝑹𝒆,𝑷𝑳 )

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Tabela 1.4.Boca Raton, CRC, 1997.

125
Tabela 18. Coeficientes para perda de carga para escoamento turbulento de fluidos newtonianos através de
válvulas e conexões.

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.;


SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering
Practice, Tabela 1.5.Boca Raton, CRC, 1997.

Tabela 19. Coeficientes para perda de carga (valores de


𝒌𝒇 ) para escoamento laminar de fluidos newtonianos
através de válvulas e conexões.

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.;


SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering
Practice, Tabela 1.6.Boca Raton, CRC, 1997.

126
Tabela 20. Valores de 𝜷 para a equação 1.41 (𝒌𝒇 = 𝜷⁄𝑵).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Tabela 1.7.Boca Raton, CRC, 1997.

Figura 36. Valor crítico do número de Reynolds da lei de potência (𝑵𝑹𝒆,𝑷𝑳 ) para diferentes valores do índice de
comportamento de fluxo (n).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.1.Boca Raton, CRC, 1997.

127
Figura 37. Fator de atrito de Fanning (f) para fluidos que seguem a lei de potência (relação de Dodge e
Metzner, 1959).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.2.Boca Raton, CRC, 1997.

Figura 38. Fator de atrito de Fanning (f) para um fluido Herschel-Bulkley com n=1,0, baseado na relação de
Hanks (1978).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.6.Boca Raton, CRC, 1997.

128
Figura 39. Fator de atrito de Fanning (f) para um fluido Herschel-Bulkley com n=0,9, baseado na relação de
Hanks (1978).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.7.Boca Raton, CRC, 1997.

Figura 40. Fator de atrito de Fanning (f) para um fluido Herschel-Bulkley com n=0,8, baseado na relação de
Hanks (1978).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.8.Boca Raton, CRC, 1997.

129
Figura 41. Fator de atrito de Fanning (f) para um fluido Herschel-Bulkley com n=0,7, baseado na relação de Hanks
(1978).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.9.Boca Raton, CRC, 1997.

Figura 42. Fator de atrito de Fanning (f) para um fluido Herschel-Bulkley com n=0,6, baseado na relação de
Hanks (1978).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.10.Boca Raton, CRC, 1997.

130
Figura 43. Fator de atrito de Fanning (f) para um fluido Herschel-Bulkley com n=0,5, baseado na relação de
Hanks (1978).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.11.Boca Raton, CRC, 1997.

Figura 44. Fator de atrito de Fanning (f) para um fluido Herschel-Bulkley com n=0,4, baseado na relação de
Hanks (1978).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.12.Boca Raton, CRC, 1997.

131
Figura 45. Fator de atrito de Fanning (f) para um fluido Herschel-Bulkley com n=0,3, baseado na relação de
Hanks (1978).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.13.Boca Raton, CRC, 1997.

Figura 46. Fator de atrito de Fanning (f) para um fluido Herschel-Bulkley com n=0,2, baseado na relação de
Hanks (1978).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.14.Boca Raton, CRC, 1997.

132
Figura 47. Fator de atrito de Fanning (f) para um fluido Herschel-Bulkley com n=0,1, baseado na relação de
Hanks (1978).

Referência: VALENTAS, K. J.; ROTSTEIN, E.; SINGH, R. P. Handbook of Food Engineering


Practice, Figura 1.15.Boca Raton, CRC, 1997.

133
Figura 48. (a) Ondas de pressão em t = 3s, V = 0; (b) Ondas de pressão em t = 3s, V < c; (c) Ondas de pressão
em t = 3s, V = c; (d) Ondas de pressão em t = 3s, V > c.

Referência: MUNSON, B. R. et al. Fundamentals of Fluid Mechanics, 6a edição, Figura 11.3,


John Wiley & Sons, 2009.

134
Figura 49. Coeficientes de calibração de orifício e rotâmetros.

Figura 50. Variação de ux com a posição no interior da camada limite laminar sobre uma placa plana.

Referência: SCHLICHTING, H. Boundary Layer Theory, 7a edição, Figura 7.7, McGraw-Hill,


1979, adaptado.

135
Figura 51. Variação de uy com a posição no interior da camada limite laminar sobre uma placa plana.

Referência: SCHLICHTING, H. Boundary Layer Theory, 7a edição, Figura 7.8, McGraw-Hill,


1979, adaptado.

Figura 52. Tensão de cisalhamento em duto retangular.

Referência: SCHLICHTING, H. Boundary Layer Theory, 7a edição, Figura 18.4, McGraw-Hill,


1979, adaptado.

136
Figura 53. Perfil universal de velocidade para escoamento em um tubo circular liso.
Referência: WELTY, J. R. et al. Fundamentals of Momentum, Heat and Mass Transfer. 5a
edição, Fig. 12.15, pg. 162, John Wiley and Sons, 2008, adaptado.

Figura 54. Comprimento de mistura como uma função da posição radial.

Referência: SCHLICHTING, H. Boundary Layer Theory, 7a edição, Figura 20.5, McGraw-Hill,


1979, adaptado.

137
Figura 55. Fatores de atrito para escoamento em tubos lisos.

Referência: SCHLICHTING, H. Boundary Layer Theory, 7a edição, Figura 20.1, McGraw-Hill,


1979, adaptado.

Figura 56. Número de potência para vários tipos de rotor.

Referência: HOLLOWAY, M. D.; NWAOHA, C.; ONYEWUENYI, O. A. Process Plant


Equipment. Operation, Control and Reliability. Figura 12-2. John Wiley & Sons, 2012.

138
Figura 57. Desempenho de uma bomba centrífuga.

Referência: MUNSON, B. R. et al. Fundamentals of Fluid Mechanics, 6a edição, Figura 12.17,


John Wiley & Sons, 2009.

139
Figura 58. Fator de atrito de Fanning versus número de Reynolds e rugosidade relativa.

Referência: WELTY, J. R. et al. Fundamentals of Momentum, Heat and Mass Transfer. 5a


edição, Fig. 13.1, pg. 173, John Wiley and Sons, 2008, adaptado.

140
Figura 59. Fator de atrito versus número de Kárman e rugosidade relativa para tubos comerciais.

Figura 60. Coeficiente de atrito para esferas e discos.

Referência: WELTY, J. R. et al. Fundamentals of Momentum, Heat and Mass Transfer. 5a


edição, Fig. 12.4, pg. 141, John Wiley and Sons, 2008.

141
Figura 61. Coeficiente de arraste para escoamento sobre um cilindro infinito.

Referência: WELTY, J. R. et al. Fundamentals of Momentum, Heat and Mass Transfer. 5a


edição, Fig. 12.2, pg. 139, John Wiley and Sons, 2008, adaptado.

142

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