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Denner de Oliveira Reis

MEDIÇÃO DE VAZÃO DE AR DE UM VENTILADOR


AXIAL

Data de Realização: 01/02/2022


Data de Entrega: 12/02/2022

Universidade Federal de Juiz de Fora


Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica
Máquinas de Fluxo - Prática - MEC570
Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez

Juiz de Fora
Fevereiro 2022
Sumário

1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

2 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

3 Procedimento do Ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.1 Segurança nos experimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Usando o bocal para medir a vazão de ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

4 Leiaute da Bancada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

5 Tabela de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

6 Equações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6.1 Taxa de Vazão Mássica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6.2 Taxa de Vazão Volumétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

7 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

8 Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3

1 Objetivos

Este relatório tem como objetivo apresentar os resultados referentes ao procedi-


mento efetuado no dia 01/02/2022, a fim de:

• Mostrar como calcular a vazão de ar usando as dimensões do bocal de entrada e as


mudanças de pressão.

• Determinar as curvas detalhadas a seguir.

• Vazão volumétrica de ar versus rotação;

• Vazão mássica de ar versus rotação;

• Pressão de entrada versus vazão mássica.

• Comparar os resultados calculados com os dados registrados pelo VDAS.


4

2 Introdução

Ventiladores são projetados para trabalhar com ar ou vapor. Os tamanhos dos


ventiladores variam desde aquele do resfriamento de uma peça de equipamento eletrô-
nico,que move um metro cúbico de ar por hora e exige alguns watts de potência, até
aqueles ventiladores para Túneis de Vento, que movem milhares de metros cúbicos de ar
por minuto e necessitam de muitas centenas de quilowatts de potência. Os ventiladores
são produzidos em variedades similares às das bombas: variam dos dispositivos de fluxo
radial (centrífugos) aos de fluxo axial. Assim como nas bombas, as formas das curvas
características dependem do tipo de ventilador.
O Ventilador axial é uma máquina de movimentação de ar limpo. Serve para
renovar uma determinada quantidade de ar de um ambiente em função da temperatura
e de CO gerado nele. Suas pás estão dispostas perpendiculares e radiais ao eixo, fixadas
em um cubo acoplado ao eixo.
No ventilador axial o ar entra e sai paralelamente ao eixo do rotor, consiste em uma
hélice montada numa armação de controle de fluxo, com o motor apoiado por suportes
normalmente presos à estrutura dessa armação.
O Ventilador axial pode ter o cubo com as pás acopladas diretamente ao eixo do
motor ou com acionamento por polias e correias, que são definidas em projeto de acordo
com a rotação necessária.

Figura 1 – Ventilador axial


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3 Procedimento do Ensaio

3.1 Segurança nos experimentos

• Mantenha-se afastado da entrada e da saída do ventilador e use protetores oculares


ao operar este equipamento.

• O ventilador cria altor níveis de ruídos, use protetores auriculares ao usá-lo.

• O ventilador cria altor níveis de ruídos, use protetores auriculares ao usá-lo.

• Este equipamento aspira e sopra ar a alta velocidade. mantenha todos os objetos


a pelo menos 3m de distância da entrada e da saída do duto quando o ventilador
estiver em operação.

3.2 Usando o bocal para medir a vazão de ar

1. Selecionar "MFP107 Axial Fan Module"no VDAS®.

2. Crie uma tabela de resultados em branco, conforme a figura 2;

Figura 2 – Tabela de dados padrão


Capítulo 3. Procedimento do Ensaio 6

3. Conectar a tubulação conforme a figura 4;

4. Medir com precisão o diâmetro do bocal (diâmetro interno do duto na entrada).


Para essa medição é necessário medir verticalmente e horizontalmente e calcular a
média entre as duas medições e anotar esse valor;

5. Medir e registrar a temperatura ambiente;

6. Certificar que a válvula deslizante está completamente aberta (totalmente empur-


rada para dentro) para não proporcionar nenhuma restrição à vazão;

7. Usar o botão no display de pressão para zerar todas as leituras de pressão;

8. Pressionar o botão de iniciar no Acionador do Motor e ajustar a velocidade para o


máximo;

9. Registrar a velocidade, a pressão atmosférica local e a pressão na entrada (p1);

10. Clicar no botão "Record Data Values"no VDAS®, para registrar todos os dados
automaticamente.

11. Reduzir a velocidade em intervalo de 200 rpm ± 10 rpm


7

4 Leiaute da Bancada

O equipamento utilizado na realização desta prática é a sistema MFP107, que é


um sistema de treinamento em ventilador axial, onde é constituído das seguintes partes:

• Ventilador axial;

• Bocal de entrada - Duto;

• Acionamento de correia e polia;;

• Suporte de instrumentos;

• Dinamômetro universal;

• Display digital de pressão;

• Medidor tipo estático;

• Válvula deslizante variável;

• Sistema de aquisição de dados versátil (VDAS);

• Silenciador de exaustão.

Estes componentes estão montados em uma bancada educacional, conforme a


figura 3

Figura 3 – Sistema MFP107


Capítulo 4. Leiaute da Bancada 8

O leiaute do duto do ventilador axial pode ser observado na figura 4.

Figura 4 – Leiaute do duto do ventilador

Figura 5 – Seção transversal do túnel de vento

Figura 6 – Ventilador Axial


Capítulo 4. Leiaute da Bancada 9

Figura 7 – Tubo de Pitot

Figura 8 – Conexões do VDAS


Capítulo 4. Leiaute da Bancada 10

Figura 9 – Detalhes técnicos

Figura 10 – Níveis de ruído


11

5 Tabela de Dados

Figura 11 – Tabela fornecida para o experimento de vazão do ventilador axial

Figura 12 – Tabela fornecida para o experimento de vazão do ventilador axial - parte 2


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6 Equações

Para este experimento, usaremos a seguintes equações:

6.1 Taxa de Vazão Mássica


√︃
2 · 𝑝4 · 𝑝1
𝑄𝑚 = 𝐶𝑑𝑛 · 𝐴𝑛 · (6.1)
𝑅 · 𝑇𝑎
Onde:

• 𝑄𝑚 : Taxa de vazão mássica, (kg/s);

• 𝑅: Constante do gás para o ar, (287 J.kg/K);

• 𝐴𝑛 : Área do bocal, (m2);

• 𝑇𝑎 : Temperatura ambiente, (K);

• 𝐶𝑑𝑛 : Coeficiente de descarga, (adimensional);

• 𝑝1 : Pressão no primeiro grupo de tomadas, (Pa);

• 𝑝4 : Pressão atmosférica (absoluta), (Pa);

6.2 Taxa de Vazão Volumétrica


[︃ √︃ ]︃
2 · 𝑝4 · 𝑝1 𝑅 · 𝑇
𝑄𝑉 = 𝐶𝑑𝑛 · 𝐴𝑛 · · (6.2)
𝑅 · 𝑇𝑎 𝑝4
Onde:

• 𝑄𝑉 : Taxa de vazão volumétrica, (m3/s);

• 𝑅: Constante do gás para o ar, (287 J.kg/K);

• 𝐴𝑛 : Área do bocal, (m2);

• 𝑇𝑎 : Temperatura ambiente, (K);

• 𝐶𝑑𝑛 : Coeficiente de descarga, (adimensional);

• 𝑝1 : Pressão no primeiro grupo de tomadas, (Pa);

• 𝑝4 : Pressão atmosférica (absoluta), (Pa);


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7 Resultados

Os resultados do experimento, consistem na plotagem de gráficos comparativos de


taxa de vazão volumétrica versus pressão de entrada; taxa de vazão mássica
versus rotação e taxa de vazão volumétrica versus rotação, baseados na tabela de
dados apresentada logo abaixo com as condições descritas no cabeçalho. Nas tabelas, os
valores de vazão mássica e vazão volumétrica foram obtidos através das equações 6.1 e
6.2 respectivamente.

Temperatura Ambiente: 18,5ºC


Diâmetro do Bocal: 0,4m
Coeficiente do Bocal: 0,97
Pressão atmosférica: 93,9kPa
Velocidade Pressão Vazão Vazão
do ventilador de entrada Mássica Volumétrica
(rev/min) (p1) (kg/s) (m3/s)
2579 -128 2,07 1,84
2379 -110 1,92 1,71
2176 -90 1,74 1,55
1977 -74 1,58 1,41
1783 -58 1,39 1,24
1581 -46 1,24 1,10
1378 -34 1,07 0,95
1183 -24 0,90 0,80
979 -14 0,69 0,61
Tabela 1 – Tabela padrão preenchida com as condições iniciais e valores ofertados pelo VDAS

Através do auxilio computacional do software Microsoft Excel, foi possível plotar


os gráficos solicitados.
Capítulo 7. Resultados 14

Figura 13 – Vazão mássica x pressão de entrada

Figura 14 – Vazão mássica x rotação

Figura 15 – Vazão volumétrica x rotação


15

8 Análise

Começando a análise pela figura 13, que apresenta os valores calculados de taxa de
vazão mássica em relação pressão de entrada, podemos perceber que a vazão apresenta um
comportamento linear negativo, que representa que quanto maior o diferencial de pressão
na tomada de ar (p1), maior é a vazão de massa de ar que passa através do do duto e
pelo ventilador. O maior valor de vazão mássica atingido foi de aproximadamente 2,7 kg/s
quando o vácuo formado dentro do duto era de -128 Pa.
Analisando a vazão mássica presente na figura 14, o comportamento é linear e posi-
tivo, o que exemplifica que quando maior a rotação do ventilador axial maior a capacidade
de passagem de massa de ar que entra pelo duto e passa através deste ventilador.
Observando para a relação da vazão volumétrica com a rotação 15, podemos obser-
var um comportamento semelhante ao da vazão mássica, reafirmando a maior capacidade
de passagem de volume de ar através do duto e do ventilador, quanto mais rápido o mesmo
rotaciona.
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Conclusão

Diante da produção deste relatório, foi possível observar como o comportamento


de um ventilador axial em relação ao fluxo mássico e volumétrico de ar que passa por ele,
em determinadas rotações.
Os dados experimentais foram coletados a uma única condição de temperatura e
pressão, porém tais fatores influenciam diretamente na massa específica do ar, o que pode
alterar os resultados se o mesmo experimento fosse realizado à nível do mar e com 30ºC.
Por fim, construir este relatório e todos os gráficos de vazão mássica e volumétrica,
nele inseridos, possibilitou a melhor compreensão da teoria introduzida na disciplina teó-
rica.
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Referências

BOHORQUEZ, W. O. I. ERE - Aula 12: Medição de Vazão de Ar num Ventilador Axial


- MEC570 - Máquinas de Fluxo - Prática. Universidade Federal de Juiz de Fora, fev
2022.

FOX, R. W.; MCDONALD, A. T.; PRITCHARD, P. J. Introdução à Mecânica dos


Fluidos. 8a. edição. [S.l.]: LTC Editora, 2014.

MACINTYRE, A. J. Máquinas Motrizes Hidráulicos. 1a. edição. Rio de Janeiro: Editora


Guanabara Dois S.A, 1983.

WHITE, F. M. Mecânica dos Fluidos. 6a. edição. ed. [S.l.]: AMGH Editora Ltda., 2007.

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