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1. Objetivo
Ao final do experimento o discente deverá ser capaz de medir a distribuição de
pressão em torno de um cilindro circular em diferentes velocidades (diferentes nº de
Reynolds). O discente deverá realizar o cálculo da distribuição de pressão teórica
(Cp) em torno deste cilindro e comparar os resultados obtidos experimentalmente na
forma gráfica.
Ao término do experimento será possível utilizar um fio para indicar as linhas de
corrente do escoamento em torno de um cilindro circular posicionado na corrente de
ar do túnel de vento e, com isso, prover uma descrição geral do padrão do
escoamento ao redor do cilindro circular.
2. Desenvolvimento teórico
2.1 Escoamento em torno de um cilindro circular – Solução teórica
Se um longo cilindro é posicionado perpendicularmente a corrente de ar em regime
permanente, a equação teórica para a velocidade na superfície do corpo, assumindo
que não há perdas, corresponde a:
v = 2Vsen ( ) (1)
onde,
• v = velocidade local na superfície
• = ângulo entre a direção do raio do cilindro e a direção do
escoamento de corrente livre
• V = velocidade da corrente livre
p = P + V 2 (1 − 4sen 2 ( ) )
1
(3)
2
Em que, p = pabsoluto e P = Pabsoluto
3. Aparato experimental
• Túnel de Vento TV-60 (Zephyr) do Laboratório de Aerodinâmica
Experimental – LAEX
• Manômetro de coluna d’água inclinado (30º) modelo Armifield
• Tubo de Pitot em L KIMO modelo TPL-06-300
• Transdutor de pressão KIMO modelo MP200
• Medidor de temperatura e umidade relativa JIAXI modelo HTC-2ª
• Barômetro e altímetro digital SUNROAD modelo Alt
4. Procedimento experimental
1) Ligue o inversor do motor do TV-60. Aguarde a liberação da tela para input.
2) Verifique se a frequência está definida como 0.00 Hz, então retire-o do modo
‘standby’ selecionando o cursor e posicionando na primeira casa (nº inteiro).
3) Verifique se as leituras de pressão estática da coluna esquerda/montante e
coluna direita/jusante são iguais. Anote a diferença caso haja.
4) Anote os valores da temperatura ambiente, umidade relativa e a pressão
atmosférica no ambiente do laboratório.
5) No transdutor de pressão digital, insira o valor da temperatura medida,
através da tela config → temperatura de compensação.
6) Gradualmente ajuste a frequência do inversor para a frequência (ou
velocidade) definida no experimento. Verifique se o motor entra em operação
e que todas as peças situadas no túnel permanecem seguras e que não há
riscos de segurança tanto na entrada quanto na saída do escoamento de ar.
7) Dê um tempo para o ventilador/escoamento estabilizar (aprox. 30 s).
8) Quando as leituras do manômetro e do transdutor de pressão permanecerem
constantes, anote os valores na folha de dados. Lembre-se que serão feitas
10 medidas, uma para cada posição ou tomada de pressão sobre o cilindro.
9) Aumente a velocidade do ventilador para a nova frequência (velocidade)
ajustando os valores no campo indicado pelo software, permita que as leituras
se estabilizem e anote as medidas novamente, sempre nesta sequência.
10) Esteja ciente dos arredores quando operar o túnel de vento, mantendo a
segurança em mente o tempo todo.
11) Registre todas as medidas para as velocidades do escoamento definidas no
presente experimento.
12) Uma vez colhido a última medida, desliga-se o inversor pressionando o botão
Stop. Finaliza-se o experimento.
13) Garante que todas as medidas tenham permanecido em uma janela de no
máximo 1C de temperatura.
14) Caso julgue necessário, pode-se repetir alguma medida específica.
5. Resultados
Os seguintes resultados devem estar contemplados no memorial de cálculo para
este experimento:
1) Tabela com os dados coletados durante o experimento. Deve-se explicar o
que é cada variável e descrever suas unidades na(s) tabela(s).
2) Adimensionalização dos dados de p [Pa] para os dados de coeficiente de
pressão Cp [-] para cada posição (tomada de pressão).
3) Cálculo do nº de Reynolds em função dos parâmetros do ensaio, velocidade
[m/s] / densidade [kg/m3] / viscosidade dinâmica [Pa.s] / diâmetro do
cilindro [m].
4) Cálculo da distribuição de Cp teórico para um cilindro circular em função do nº
de Reynolds.
5) Fazer a comparação gráfica entre as curvas teóricas Cp [-] posição
angular [º] entres os dados teóricos e os dados experimentais obtidos.
6. Conclusão
Os discentes devem realizar seus próprios cálculos sobre as leituras registradas e
comparar os resultados com aqueles esperados pela teoria correlata ministrada em
sala de aula.
Comente acerca da correspondência entre a predição teórica da distribuição de
pressão na superfície do cilindro circular e a obtida experimentalmente, bem como a
relação desta correspondência com a variação do n° de Reynolds.
Deve-se discutir sobre as possíveis fontes de erro presentes no específico
experimento e, ao mesmo tempo propor maneiras para minimizar esses erros e