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Nº DATA POR DESCRIÇÃO

PROJ. C C DATA
JKN 29/02/2016

DES. C C VISTO
TM AMM

VER. DES. E E VISTO


AMM RJK

VER. PROJ. M M APROV.


AMM APC

RESPONSÁVEL TÉCNICO Nº CREA UF


MARCOS EDUARDO SIMÕES 0600456076 SP

GERENTE DE CONTRATO Nº CREA UF


ALUÍSIO PARDO CANHOLI 0600756043 SP

SECRETARIA DE SANEAMENTO
E RECURSOS HÍDRICOS
DEPARTAMENTO DE ÁGUAS
E ENERGIA ELÉTRICA

APROVADO DEVOLVIDO
APROVADO COM PARA DATA
RESTRIÇÕES CORREÇÔES
C
M
E

BARRAGENS PEDREIRA E DUAS PONTES

PROJETO EXECUTIVO

BARRAGEM DUAS PONTES


SISTEMA DIGITAL DE SUPERVISÃO E CONTROLE

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ESCALA SUBSTITUI

SUBSTITUÍDO

Nº CONSÓRCIO REVISÃO
7188-84-GL-720-ET-10309 0A
Nº DAEE REVISÃO
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ÍNDICE
Pag.

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................1

2. CONDIÇÕES AMBIENTAIS ..............................................................................................2

3. ESCOPO DO FORNECIMENTO .......................................................................................3

4. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS SISTEMAS, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS....5


4.1. GERAL ...........................................................................................................................5
4.2. COMPATIBILIDADE COM SURTOS E INTERFERÊNCIAS ELETROMAGNÉTICAS ........................6
4.3. CARACTERÍSTICAS DE BLINDAGEM E ATERRAMENTO DOS EQUIPAMENTOS ........................8
4.4. UNIDADE DE AQUISIÇÃO E CONTROLE (UAC) ...................................................................9
4.4.1. Características Gerais ................................................................................................... 9
4.4.2. Capacidade da UAC .................................................................................................... 10
4.4.3. Características Técnicas............................................................................................. 10
4.4.4. Ciclos de Varredura da UAC ....................................................................................... 14
4.4.5. Alimentação ................................................................................................................. 14
4.5. Estação de Operação Local (EOL) ............................................................................. 14
4.6. INTERFACE DE COMUNICAÇÃO EXTERNA........................................................................ 18
4.7. PAINEL / QUADRO DE 19 POLEGADAS E ACESSÓRIOS .................................................... 18
4.7.1. Requisitos Construtivos ............................................................................................. 18
4.7.2. Projeto de Montagem .................................................................................................. 20
4.7.3. Proteção dos Circuitos ............................................................................................... 20
4.7.4. Paralelismo de Fontes ................................................................................................ 20
4.7.5. Barramentos ................................................................................................................ 20
4.7.6. Aterramento ................................................................................................................. 20
4.7.7. Iluminação, Tomadas e Aquecimento do Painel/Quadro.......................................... 21
4.7.8. Réguas de Bornes e Acessórios ................................................................................ 22
4.7.9. Fiação Interna .............................................................................................................. 23
4.7.10. Condutores .................................................................................................................. 24
4.7.11. Conexões em Quadros Eletrônicas ........................................................................... 25
4.7.12. Calhas Plásticas .......................................................................................................... 25
4.7.13. Identificação da Fiação Interna aos Painéis/Quadros .............................................. 25
4.7.14. Mini Disjuntores .......................................................................................................... 26
4.7.15. Relés Auxiliares e Relés Temporizados .................................................................... 26

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4.7.16. Terminação de Cabos de Controle e Instrumentação............................................... 26


4.7.17. Identificação dos Equipamentos ................................................................................ 27

5. TESTES DE ACEITAÇÃO EM FÁBRICA........................................................................ 28

6. SERVIÇOS DE MONTAGEM, INSTALAÇÃO E TESTES DE CAMPO ........................... 29

7. SOBRESSALENTES, CONSUMÍVEIS E ACESSÓRIOS ................................................ 30

8. INSTRUMENTOS DE TESTES E FERRAMENTAS ESPECIAIS .................................... 31

9. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ......................................................................................... 32

10. TREINAMENTO .............................................................................................................. 35

11. EMBALAGENS, MARCAÇÃO E EMBARQUE ............................................................... 36

12. TRANSPORTE ................................................................................................................ 37

13. GARANTIA...................................................................................................................... 38

14. REFERÊNCIA ................................................................................................................. 39

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1. INTRODUÇÃO

Esta especificação técnica tem por finalidade estabelecer as condições mínimas para o
fornecimento de uma Unidade de Aquisição e Controle (UAC) do Sistema Digital de Supervisão
e Controle (SDSC) para atender a Barragem de Duas Pontes localizada no Rio Camanducaia,
no município de Amparo, Estado de São Paulo.

A Unidade de Aquisição e Controle (UAC) da Barragem de Duas Pontes será controlada a


partir de um Centro de Controle de Operação do SDSC localizado na Barragem de Pedreira. A
interligação entre ambos será feita através de canal de dados alugado da Rede Pública de
Telecomunicações.

Em situação de emergência tais como perda de link de interligação da Rede Pública, a Unidade
de Aquisição e Controle (UAC) da Barragem de Duas Pontes poderá ser operada localmente a
partir de uma Estação de Operação Local (EOL) junto à UAC.

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2. CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Os equipamentos deverão trabalhar dentro das características especificadas, para as seguintes


condições ambientais:

a) Faixa de temperatura ambiente de operação: variando de -10°C a +60°C;

b) Umidade relativa do ambiente: até 90%, sem condensação (ambiente fechado);

c) Gradiente máximo de temperatura: 10°C / hora;

d) Gradiente máxima de umidade relativa: 10% / hora;

e) Altitude do local de operação: até 1.000 metros acima do nível do mar;

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3. ESCOPO DO FORNECIMENTO

O fornecimento compreende de um Sistema Digital de Supervisão e Controle (SDSC) e seus


periféricos para supervisão e controle dos sistemas elétricos e mecânicos da Barragem Duas
Pontes constituído, principalmente por:

a) 1 (uma) Unidade de Aquisição e Controle (UAC);

b) 1 (uma) Estação de Operação Local (EOL) tipo PC, junto à Unidade de Aquisição e
Controle (UAC). A estação será constituída de CPU, dois monitores tipo Light Emitting
Diode (LED) ou versão superior em cor de 32 (trinta e duas) polegadas de comprovada
qualidade, unidade de disco rígido, unidade DVD-RW, teclado alfanumérico, mouse ótico e
alto falante embutido no monitor e “no break”

c) 1 (uma) impressora a jato de tinta em cor ou a laser, para impressão em tamanho A4;

d) Painéis e quadros padrão 19 polegadas e altura de 2.200 mm apoiado sobre uma base
soleira metálica de altura 100 mm, para acomodar os equipamentos e demais dispositivos;

e) Equipamentos e acessórios diversos, nas quantidades necessárias às conexões entre os


principais componentes do sistema, tais como: switches da rede ethernet, roteadores,
conversores de meios de comunicação elétrico/elétrico, elétrico/óptico e óptico/elétrico,
cabos especiais e/ou específicos para a função, materiais e dispositivos necessários para
interligação com o canal de dados da Rede Pública;

f) Materiais de instalação e acessórios (cabos ópticos, conectores ópticos, cabos de


alimentação, cabo de aterramento, conectores, chumbadores, identificadores de cabos,
etc.);

g) Todos os tipos de redes para transmissão de dados, com os respectivos acessórios, nas
quantidades e características requeridas no projeto executivo;

h) Todo e qualquer software aplicativo e operacional necessário para o acesso e


parametrização da UAC a partir da Estação de Operação Local (EOL) e deverão ser
fornecidos com suas respectivas licenças;

i) Desenvolvimento de softwares aplicativos específicos para operação da UAC a partir da


EOL tais como: telas gráficas, telas de tendências, relatórios, telas de diagramas elétricos
e mecânicos, mapas de telas e navegação, elaboração de simbologia e padrão de cores
para os componentes das telas, etc.

j) Elaborações detalhadas de lista de entradas e saídas;

k) Inspeção, ensaios e testes de aceitação em fabrica e em campo;

l) Inspeção dimensional e visual de acabamento e de conformidade com o projeto de arranjo


dos componentes internos e externos dos painéis / quadros;

m) Testes funcionais, compreendendo todas as entradas e saídas digitais e analógicas,


comandos de acionadores, lógicas de controle e de intertravamentos, sequências

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automáticas, supervisões, alarmes e sequências de eventos, todos através das telas


específicas;

n) Ensaio de funcionamento da UAC em plataforma de testes para a comprovação de seu


funcionamento em situação semelhante à que encontrará quando da operação normal;

o) Desenhos contendo todas as vistas, cortes, dimensões dos equipamentos e acessórios;

p) Desenhos com detalhes de fixação dos painéis e quadros, periféricos de computação, etc.;

q) Diagrama detalhado de interligação de redes;

r) Diagramas funcionais internos dos painéis, quadros e UAC;

s) Desenhos de réguas terminais e fiação interna dos painéis;

t) Lista de materiais, contendo a relação de todos os equipamentos e acessórios com


indicação de seus fornecedores, tipo, características e codificação utilizada no projeto;

u) Software para parametrização, operação e manutenção e licença de uso;

v) Diagramas lógicos detalhados;

w) Lista de sinais da UAC com os respectivos “TAGs” e demais informações inerentes à lista;

x) Memoriais de cálculo;

y) Representação gráfica de como cada função do sistema é realizada pelo software e pelo
hardware;

z) Manuais dos Equipamentos, de Instalação, Parametrização, Operação e Manutenção;

aa) Projeto de montagem e de instalação;

bb) Protocolos e procedimentos de testes em fábrica e em campo;

cc) Embalagem, seguro, transporte e garantia;

dd) Supervisão de Montagem;

ee) Serviços de instalação, parametrização, inicialização, testes e colocação em operação em


campo;

ff) Treinamento;

gg) Sobressalentes, consumíveis e acessórios;

hh) Instrumentos de testes e ferramentas especiais;

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4. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS SISTEMAS, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

4.1. Geral

a) A operação da UAC deverá ser independente do sistema de proteção. Os sinais que


disparam proteções elétricas ou mecânicas deverão ter no mínimo dois contatos, um para
a UAC e outro para o sistema de proteção, de forma a garantir a ativação das funções
críticas, em caso de falha na UAC. Em condições normais a UAC atuará paralelamente ao
sistema de proteção;

b) Todos os componentes de hardware e software devem ser continuamente monitorados.


Cada módulo deverá ter seu próprio sistema de proteção e auto diagnóstico e qualquer
falha deve ser detectada imediatamente e sinalizada via serial ou por contato livre de
tensão;

c) Componentes discretos e circuitos integrados a serem utilizados no fornecimento


atenderão, no mínimo, aos seguintes requisitos:

 Possuir grau de qualidade equivalente ou superior à classe industrial;

 Ser de tecnologia recente e de remota obsolescência presumível;

 Serem identificados por códigos de aceitação universal;

 As matérias primas serão homogêneas, isentas de impurezas e irregularidades,


devendo apresentar alto grau de impermeabilidade;

 Os materiais utilizados na confecção de circuitos impressos deverão atender ao


disposto na NBR 5096;

 Os projetos dos cartões atenderão ao disposto na NBR 8188;

 Os ensaios das placas estarão em acordo com a NBR 5100;

 Serão aceitas normas internacionais equivalentes às citadas acima;

 Todos os cartões de circuito impresso e demais partes aplicáveis deverão ser


tratadas com substâncias de proteção contra fungos e umidade, conforme a Norma
MIL-T-152-B ou processo equivalente;

 Os relés de saída utilizados deverão ser do tipo extraíveis, possuir 2 (dois) contatos
reversíveis, e tempo de atuação inferior a 15 ms;

d) Deverão ser utilizados módulos idênticos para a realização de funções idênticas; do


mesmo modo, é aceitável a utilização do mesmo tipo de módulo, com diferentes
configurações em várias situações no sistema, desde que a mesma possa ser realizada
por simples seleção sobre o "hardware" ou reconfiguração automática por "software";

e) Toda manutenção corretiva local deverá ser efetuada pela simples substituição da unidade
modular defeituosa, sem que seja necessário interromper o funcionamento do

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equipamento, desconectar os cabo dos sinais do processo ou efetuar ajustes locais no


novo módulo;

f) O projeto dos equipamentos deverá garantir fácil acesso a todos os componentes internos,
principalmente a aqueles para os quais serão previstos medidas e ajustes;

g) Os módulos deverão ser providos de sinalização visual por meio do LEDs em sua parte
frontal, para facilitar sua supervisão em operação;

h) O sistema deverá incorporar todo o hardware e software necessário ao controle e


supervisão dos equipamentos principais e subsistemas associados ao processo de
operação;

i) É intenção de a CONTRATANTE adquirir um produto, tanto quanto possível, dentro da


linha de fabricação padronizada do FORNECEDOR, porém atendendo rigorosamente aos
requisitos desta especificação;

j) Caso o FORNECEDOR julgar que a modificação de certas características definidas na


presente especificação resultará em melhoria operacional, maior confiabilidade,
durabilidade, ou ainda, em benefícios econômicos, deverá submeter à CONTRATANTE a
solicitação para considerar a referida modificação;

k) O fornecimento dos equipamentos e materiais deverá ser completo, contendo o que for
necessário ao perfeito funcionamento dos mesmos para a finalidade prevista;

l) As dimensões e capacidades dos equipamentos apresentadas nesta especificação têm


caráter preliminar e deverão ser confirmadas durante o desenvolvimento do projeto
executivo;

m) A complementação do fornecimento para atender aos requisitos desta Especificação


Técnica não dará direito ao FORNECEDOR de pleitear aumento de preço constante da
sua proposta;

n) Nos diagramas lógicos detalhados, assim como em todos os desenhos funcionais do


sistema de controle digital e dos sistemas eletromecânicos que fazem interface com a UAC
deverão ter os sinais referenciados com os TAGs;

4.2. Compatibilidade com Surtos e Interferências Eletromagnéticas

O sistema deverá atender os requisitos das normas abaixo:

a) Imunidade a Radio Interferência:

 Campo de radiação de alta frequência: IEC 61000-4-3 NÍVEL 3 ..... 10 V/m;

 Descarga eletrostática: IEC 61000-4-2 NÍVEL 3 ............................ 8 kV (ar);

b) Imunidade a Interferências:

 Bloqueio a oscilações: IEC 61000-4-3 NÍVEL 3:

- PS voltage .......................................................................... CM 2,5 kV peak;

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- I/O voltage ............................................................................. CM 1 kV peak;

 Impulso (IEC 61000-4-5 NÍVEL 3):

- PS voltage .............................................................................. CM 2 kV peak;

- I/O voltage ............................................................................. CM 1 kV peak;

 Transientes rápidos (IEC 61000-4-4 NÍVEL 3):

- PS voltage .............................................................................. CM 2 kV peak;

- I/O voltage ............................................................................. CM 1 KV peak;

- Emissão eletromagnética (radiação e condução)............. EM 55022 class A;

c) Os circuitos e equipamentos deverão ser compatíveis, sem danos ou perda de


desempenho funcional, quando sujeitos a surtos e interferências eletromagnéticas
incidentes, de origem interna ou externa, transmitidos aos mesmos através dos
condutores, dos acoplamentos indutivos, capacitivos ou magnéticos ou pela terra;

d) Os circuitos de controle, supervisão, proteção e medição com ligação galvânica aos blocos
terminais para fiação externa, deverão ser capazes de suportar ensaio de tensão aplicada
à frequência industrial de 2,5 kV para os módulos de I/O digitais e 1,5 kV para os módulos
de entradas analógicas, durante 1 (um) minuto;

e) Os componentes dos circuitos eletrônicos suscetíveis deverão ser capazes de suportar os


seguintes ensaios:

 Ensaios de tensão de impulso e de distúrbios de alta frequência, com tensões de


ensaio Classe III, observando a norma IEC 60255-4;

 Ensaios de descargas eletrostáticas, com nível de severidade Classe 3, observando


a norma IEC 60801-2;

 Ensaios de campos irradiados, com nível de severidade Classe 2, observando a


norma IEC 60801-3;

f) Todos os pontos de interligação com os circuitos externos, independentemente da origem


e finalidade, pertencentes aos circuitos de controle, supervisão, proteção, etc., com nível
de tensão de até 220 V em corrente alternada ou até 125 V em corrente contínua, deverão
suportar os seguintes testes de isolamento:

 Ensaios de tensão de impulso de 5 kV de pico, 1,2 x 50 ms, 0,5 J e impedância de


Z=500 Ohms, conforme NBR 7116;

 Ensaios de tensão, frequência industrial de 2,5 kV, durante 1 minuto, conforme


ABNT NBR 6808;

 Ensaio de distúrbio de alta frequência, conforme norma ANSI C 37.902;

 Forma longitudinal: ............................................................................. 2,5 kV, pico;

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 Forma transversal: ............................................................................ 1,00 kV, pico;

 Frequência: ................................................................................................. 1 MHz;

g) As bobinas dos relés e demais circuitos não deverão gerar sobretensões superiores a 1,6
p.u. ao serem chaveadas. Para os casos aonde a constante de tempo do circuito seja
superior a 40 ms, as bobinas deverão ter supressores de surtos, ligados em paralelo.
Normas de referência: NBR 7116 e NBR 7099;

h) Todos os equipamentos (ou aparelhos) contendo componentes elétricos ou eletrônicos


capazes de causar perturbações eletromagnéticas ou cujos desempenhos possam ser
afetados por estas perturbações, colocados em serviço, devem atender os requisitos
determinados pela Diretiva 89/336/EEC das Comunidades Europeias publicadas no
“Official Journal of the European Communities” em 12 de maio de 1989, ou seja, os
equipamentos (ou aparelhos) fornecidos deverão ser fabricados de forma que:

 As perturbações eletromagnéticas geradas sejam limitadas a um nível que permita


aos outros equipamentos funcionar de acordo com o fim a que se destinam;

 Tenham nível adequado de imunidade intrínseca contra perturbações


eletromagnéticas, que lhes permita funcionar de acordo com o fim a que se
destinam;

i) O FORNECEDOR deverá dar atenção especial no sentido de avaliar os requisitos contidos


nesta Especificação Técnica e determinar requisitos adicionais que considerar necessários
à garantia da compatibilidade eletromagnética dos equipamentos, no que se refere
principalmente a:

 Características de projeto e construtivas dos equipamentos (blindagem) quanto ao


nível de suportabilidade aos efeitos das interferências eletromagnéticas;

 Tipo e características dos cabos de interligação à instrumentação;

 Recursos físicos de caminhamento dos cabos, tanto para a fiação interna aos
quadros, quanto para a de interligação com dispositivos externos;

4.3. Características de Blindagem e Aterramento dos Equipamentos

O atendimento aos requisitos anteriores pode ser demonstrado através do cumprimento das
“normas harmonizadas” aprovadas pelo CENELEC (Comité Européen de Normalisation
Electrotechnique) ou pelo cumprimento de normas internacionais de perturbações
eletromagnéticas. Serão aceitas as marcas de conformidade “CE”, “FCC Std” ou “VCCI”;

Mesmo que as condições ambientais do local de instalação sejam mais favoráveis que as
exigidas nas normas citadas, não serão aceitas como argumento para algum relaxamento nos
níveis de severidade relativos à compatibilidade eletromagnética exigidos nesta Especificação
Técnica para os equipamentos;

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4.4. Unidade de Aquisição e Controle (UAC)

4.4.1. Características Gerais

a) A UAC deverá ser projetada com redundância de CPU, de fontes de alimentação e


barramentos de modo que a falha de um deles não impeça a operação remota da UAC;

b) As CPUs redundantes deverão ter operação em esquema “hot stand-by”, com


transferência automática e sem perda de controle em caso de falha em uma CPU;

c) O projeto da UAC considerará que esse equipamento será instalado em ambiente sem
climatização, com um alto grau de umidade e alta variação de temperatura. Portanto, será
considerada uma temperatura de funcionamento da UAC em ambiente entre -10°C e
+60°C;

d) A UAC deve possuir proteção contra surtos e sobrecargas de tensão e corrente nas
entradas e saídas de sinais, alimentação e canal de comunicação;

e) Deverá executar os automatismos individuais necessários ao controle e comando dos


equipamentos e unidades do processo por ela controlado, bem como, implementar as
lógicas de bloqueios e intertravamentos.

f) Os módulos eletrônicos deverão ser dotados de dispositivos mecânicos que impeçam sua
colocação de forma indevida;

g) Facilidades de remoção e substituição de um módulo defeituoso, sem necessidade de


remoção de outros módulos;

h) Facilidades de remoção e instalação de módulos de interface com o processo e quaisquer


módulos redundantes sem a desenergização do equipamento;

i) As funções básicas da Unidade de Aquisição e Controle (UAC) são as seguintes:


 Interface elétrica e/ou óptica com os equipamentos elétricos que se relacionam;
 Executar os automatismos individuais necessários ao controle e comando dos
equipamentos e unidades do processo por ela controlado;
 Desenvolver as lógicas de bloqueios e intertravamentos;
 Intercâmbio de informações com os servidores do sistema;
 Arquivamento e tratamento dos dados a fim de permitir a operação do processo por
ela controlada sem necessidade de comunicação com o nível superior (Centro de
Operação do Sistema localizado na Barragem de Pedreira);
 Deverá permitir ajustes e parametrização, sem riscos de desligamento do
equipamento ou sistema, por meio de interfaces seriais, conectada a um
“notebook”;
 As lógicas de controle a serem utilizadas na UAC deverão ser implementadas ou
modificadas via software na própria UAC, através de um “notebook”.

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4.4.2. Capacidade da UAC

a) Para a UAC devem ser previstas cerca de 400 entradas digitais, 120 saídas digitais, 80
entradas analógicas e 32 saídas analógicas; Estas quantidades deverão ser confirmadas
na fase do projeto executivo;

b) Deverá ser previsto espaço para expansões futuras de 20% na UAC sendo que, destes,
10% já deverão estar cablados até as borneiras e com os respectivos módulos inseridos;

c) Estes módulos não deverão ser contabilizados como peças de reserva;

d) Cada uma das CPUs deverá estar dimensionada com uma reserva de processamento de
não menos de 30%, ao final do projeto;

e) A UAC deverá ser dimensionada considerando também os sinais de supervisão dos


diferentes equipamentos de telecomunicações e de vigilância eletrônica, nível de água à
montante e a jusante da Barragem, grau de abertura das comportas de Vertedouro, etc;

4.4.3. Características Técnicas

a) A UAC deverá ser equipada de modo a atender os seguintes requisitos:

 Circuitos temporizadores de reinicialização tipo "Watchdog timer", com tempo de


acionamento adaptável por software, em intervalos múltiplos, de 10 ms;

 Módulos da CPU providos de indicação visual do estado operacional da unidade;

 Reset automático em caso de restabelecimento da tensão de alimentação, atuando


na unidade de controle e nas interfaces;

 Transferência voluntária de CPU;

 Facilidades para expansões futuras pela adição de novos módulos;

 Rápida na detecção de falhas e isolamento de módulos defeituosos. Cada módulo


terá seu próprio sistema de proteção e diagnóstico;

 Os módulos de I/Os analógicos devem possuir auto diagnose (Open wire, overflow,
underflow, etc. – por canal), via hardware;

 Os módulos de I/Os digitais devem possuir auto diagnose;

b) Os módulos de entrada e saída da UAC são compartilhados por ambas CPUs


redundantes;

c) Todas as entradas digitais devem receber informações de “contato seco” cuja alimentação
deve ser feita pela própria UAC; devem permitir a possibilidade de recebimento de contato
de alimentação externa na tensão de 125 Vcc;

d) Todas as entradas digitais devem se capazes de manipular os seguintes tipos de dados:

 Indicações simples com estampa de tempo;


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 Indicações duplas com estampa de tempo;

 Indicações de dados digitais com tamanho mínimo de 8 bits;

 Contadores de pulso;

e) Cada entrada digital deve possuir filtro digital adequado para suprimir “boucing” de
contatos ou transientes iniciais de sinais eletrônicos. Uma alteração de indicação não deve
ser aceita e transmitida antes que ela seja estável a partir de um tempo selecionável. A
faixa de ajuste deste tempo deve estar entre 0 e 255 milissegundos e deve ser aplicável
em cada entrada individualmente;

f) Todas as entradas analógicas devem possibilitar a aquisição de dados do campo através


de transdutores com sinal de entrada analógica em corrente ou em tensão ou diretamente
dos transformadores para instrumentos, estando os sinais de entrada, neste caso,
compreendidos entre 0 a 150 Vca para os TPs e 0 a 10 A para os TCs;

g) Todas as entradas analógicas devem atender aos seguintes requisitos:

 Resolução mínima: 11 bits de dados mais 1 bit de sinal;

 Resolução na leitura: 0,1% ± 1 bit;

 Rejeição modo comum (mínima): 80 dB a 60 HZ;

 Precisão mínima: ± 1%;

 Linearidade (mínima): ± ½ LSB (Least Significant Bit);

h) As entradas analógicas devem possuir supervisão de valor ZERO. Com esta função, o
valor medido é forçado a zero quando o sinal analógico tem um valor dentro da faixa de 0 ±
0,5%, impedindo a indicação de valores provocados por interferências de ruídos, erros de
conversão, etc.;

i) A faixa de valores para configuração de banda morta das entradas analógicas deverá ser
entre 0 e 72% para cada entrada individualmente. Deve permitir o estabelecimento de um
valor de banda morta para cada entrada analógica individualmente;

j) Todas as saídas digitais devem possibilitar a sua configuração como:

 Comandos de saída pulsados;

 Comandos de saída não pulsados;

 Mensagens de “setpoint” para saídas virtuais;

k) Os contatos dos relés para execução de comandos de saída devem ser do tipo “contato
seco”, devendo o relé possuir circuito RC para extinção de arco;

l) Para a configuração de comandos de saída pulsados, o tempo de duração do pulso de


comando deve ser ajustável individualmente para cada saída, permitindo valores na faixa
de 0,1 a 25,5 segundos; o processamento de comandos de saída pulsados deve seguir a
filosofia “check before operate” (IEC 60870-4);

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m) As saídas de comandos não pulsados devem permanecer inalteradas até que um novo
valor seja escrito sobre um valor existente;

n) Intertravamentos de Segurança: A fim de garantir a operação confiável, os


intertravamentos críticos tais como Aplicação de Freio, Desligamento do Disjuntor e outros,
deverão ser liberados por contatos de relés convencionais;

o) Caso ocorra a falha nas duas CPUs da UAC e a duração for superior a 1 minuto, deverá
ser acionada a parada de emergência mecânica daquilo que a UAC está controlando;

p) Quando o controle de um determinado sistema é transferido desde o quadro central para a


UAC, esta verifica as condições de intertravamentos para comando remoto. Esta
verificação é processada antes de executar as ações solicitadas pelo operador ou pelo
automatismo programado;

q) Em caso de falha momentânea das duas CPUs, a UAC deverá se restabelecer


automaticamente;

r) Deverão ser divididas em módulos funcionais: Fontes de alimentação, Módulos de


processamento (CPUs), Módulos de entrada e saída (I/O) e módulos de comunicação.
Estes módulos funcionais devem ser montados em bastidores metálicos;

s) Possuir redundância funcional;

t) Comunicação interna com barramento seguro;

u) Deverão possuir relógio de tempo real para a marcação de data-hora nos eventos, com
resolução de 1ms (um milissegundo) Para tanto, a UAC deve possuir entrada de sinal de
sincronismo do tipo DCF77, com rede dedicada, sendo esse sinal proveniente do sistema
de relógio central da Unidade de Sincronização;

v) Para cada equipamento acionado pela UAC deverão ser previstas duas saídas digitais
para abrir/fechar ou ligar/desligar além das saídas para Selecionar, Rearmar, etc, quando
for o caso;

w) A UAC deve ser constituída de equipamentos com capacidade de executarem as funções


requeridas e com desempenho compatível com a aplicação. O MTBF dos equipamentos
deverá ser apresentado no detalhamento do Projeto Executivo;

x) Deverá se comunicar com controladores digitais de grandezas elétricas e de temperatura


por via serial, com meio físico e protocolos padronizados. Cabe ao Fornecedor da UAC
entrar em contato com os demais Fornecedores a fim de compatibilizar os dados, meios
físicos, interfaces e protocolos;

y) Deverá permitir ajuste e parametrização, sem risco de desligamento do equipamento ou


sistema, por meio de interfaces seriais, conectada a um dispositivo programador portátil;

z) As lógicas de controle a serem utilizadas na UAC deverão ser implementadas ou


modificadas via software na própria UAC, através de um dispositivo programador portátil;

aa) Auto monitoramento - Todos os componentes de hardware e software devem ser


continuamente monitorados. Qualquer irregularidade deve ser detectada imediatamente

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e/ou sinalizada por via serial e por contato livre de potencial. Pelo menos as seguintes
monitorações devem ser consideradas:

 Verificação dos conversores analógico-digitais;

 Verificação do microprocessador e das memórias;

 Verificação do circuito de saída; verificação contínua das sequências do programa


mediante um temporizador (Watchdog);

bb) Sinais deverão ser aquisitados para a execução das seguintes funções mínimas de
supervisão:

 Monitoração de condições operativas (aberto, fechado, ligado, desligado, em


transição, etc.) dos equipamentos principais e dos Serviços Auxiliares;

 Alarmes e sinalização referentes a dados adquiridos diretamente do processo ou


gerados internamente pela UAC;

 Cálculo, indicação e registro de grandezas hidráulicas, incluindo: nível do


reservatório de montante, nível à jusante, calculada a partir dos dados
disponibilizados pelo sistema de medições hidráulicas;

cc) A medição das grandezas analógicas provenientes do processo será apresentada nos
consoles das estações de operação na Sala de Operação, com as seguintes
características, na exibição:

 Precisão - Todas as medições indicativas não deverão apresentar erro superior a


1%, referente aos valores nominais das grandezas;

 Taxa de Atualização em Vídeo - Os valores de medição indicativa deverão ser


atualizados a uma taxa mínima de 1 (uma) atualização a cada 2 (dois) segundos.
Para não dificultar a leitura, principalmente dos dígitos menos significativos, a taxa
máxima deverá ser de 1 (uma) atualização por segundo;

 Tempo de resposta deverá ser compatível com a taxa de variação das variáveis em
qualquer caso. Ser de no máximo de 2 segundos para os sinais analógicos diretos.
Para os sinais analógicos via serial o tempo de resposta típico será de 3s (máximo
4s). Entende-se como tempo de resposta o tempo máximo de apresentação em tela
a partir da sua aquisição na UAC;

dd) Para os comandos deverá ser utilizado o conceito de drive, isto é, deverão ser
implementadas na UAC, blocos de software padrão para cada tipo de acionamento (de
motores, válvulas motorizadas, válvulas motorizadas com parada intermediária,
seccionadoras, disjuntores, etc.);

ee) Falha transitória da UAC: Em caso de falha que retire momentaneamente a UAC de
operação esta deverá se restabelecer automaticamente, sem intervenção do operador;

ff) Falha na UAC: Para falha nas CPUs da UAC o sistema deverá permanecer operando no
estado em que se encontrava no instante da falha;

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4.4.4. Ciclos de Varredura da UAC

Os tempos máximos para os ciclos de varredura deverão ser:

a) As ações do operador, como comandos e mudanças de ajustes deverão ser incluídos no


registro de eventos e o tempo de resposta, da ocorrência do evento até seu registro não
deverá ser superior a 2 (dois) segundos;

b) Demais sinais digitais : .....................................................................500 (quinhentos) ms;

c) Sinais analógicos associados a variáveis elétrica.............................500 (quinhentos) ms;

d) Demais sinais analógicos: ....................................................................... 1 (um) segundo;

4.4.5. Alimentação

a) A alimentação da UAC deverá ser redundante e provida a partir do sistema de 125 Vcc,
vindas de fontes independentes com sua disponibilidade supervisionada por relés
auxiliares;

b) As saídas das fontes de alimentação deverão estar em paralelo no backplane do bastidor e


na falta de uma das fontes, a outra deve ter capacidade de atender todos os equipamentos
nelas conectadas;

c) Os módulos de fonte de alimentação deverão ser fornecidos com filtro e proteção contra:
surtos de tensão, inversão de polaridade na entrada, proteção eletrônica contra curto-
circuito, chave manual de liga/desliga e indicação visual do estado operacional;

d) Cada fonte deverá possuir um relé com contatos reversíveis (SPDT) para supervisão e
sinalização no SDSC;

e) A redundância de fontes contempla todas as fontes de alimentação existentes na UAC,


inclusive aquelas utilizadas para alimentação de contatos de campo ou unidades de
conexão;

f) Deverá ser prevista uma capacidade reserva para mais 30%, no dimensionamento das
fontes;

4.5. Estação de Operação Local (EOL)

Para suporte às funções de operação local, a UAC da Barragem de Duas Pontes do sistema
digital de supervisão e controle será provida de um console denominado de Estação de
Operação Local (EOL).

O processador da Estação de Operação Local absorverá todas as particularidades dos


modelos operacionais e formatos de apresentação de dados requeridos à operação, de forma
transparente para os demais sistemas computacionais;

A Estação de Operação Local (EOL) constitui uma estação de trabalho, composto por
processador dedicado, tipo PC, dois monitores de LED full HD ou nível superior, em cor de 32
polegadas de comprovada qualidade, um teclado alfanumérico, mouse ótico e impressora. O

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console possuirá como dispositivos periféricos, no mínimo, um disco rígido, placa de som para
função de alarme sonoro e um leitor/gravador de DVD;

Os monitores deverão ser equipados com caixas acústicas. Não serão aceitas caixas avulsas;

A alimentação da Estação de Operação Local deverá ser dual em 220 Vca, provenientes de
duas fontes distintas;

A Estação de Operação Local deverá possuir “no break” para suportar falhas da alimentação
externa e de pequena duração;

Em situações de contingência tais como perda de canal de comunicação da UAC com o Centro
de Operação do SDSC em Pedreira, a EOL deverá assumir as principais funções do Servidor
do SDSC da Barragem de Pedreira, executando os principais comandos e supervisões via UAC
dos dispositivos de campo à ela conectadas.

No caso de perda de canal de comunicação da UAC com o Centro de Operação do SDSC em


Pedreira ou falha do Centro de Operação de Pedreira, o Centro de Operação Local (EOL) de
Duas Pontes deverá executar:

a) Todos os comandos e supervisões dos equipamentos e sistemas controlados ou


supervisionados pela UAC;

b) Através de telas específicas e selecionadas pelo operador, vários comandos deverão ser
executados, dentre os quais:

 Sequências automáticas de partida, parada, parada parcial e sincronização


automática de motores de acionamento;

 Acionamento individual manual, dos motores dos auxiliares gerais, etc.;

 Controle dos disjuntores principais dos painéis de distribuição dos serviços


auxiliares;

 Seleção de principal/reserva dos equipamentos auxiliares mecânicos;

A Estação de Operação Local (EOL) de Duas Pontes, ao assumir as funções do Servidor do


SDSC da Barragem de Pedreira, deve executar:

a) Comandos:

 Cada bloco de software deverá possuir entradas pré-definidas para


intertravamentos e comando, com prioridades pré-definidas para os diversos tipos
de comando (proteção, manual e automático). Este bloco deverá também monitorar
a consistência de estado (ligado/desligado – aberto/fechado) com relação ao último
comando recebido (proteção, manual e automático), com sinalização e alarme em
caso de discrepância;

 Para a execução de cada comando, deverá haver sistema de diagnóstico em telas


específicas.

b) Supervisão

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As funções mínimas de supervisão deverão ser as seguintes:

 Monitoração da posição dos disjuntores e seccionadoras de media e baixa tensão


associados aos sistemas auxiliares de media e baixa tensão, aos centros de
controle de motores, quadros de serviços gerais e monitoração de condições
operativas (aberto, fechado, ligado, desligado, em transição) dos equipamentos
principais;

 Monitoramento da posição de abertura das comportas dos Vertedouros;

 Monitoração da posição dos disjuntores e medição de corrente (A), tensão (V) nos
alimentadores dos sistemas de distribuição de corrente contínua;

 Monitoração das condições operativas e de repouso dos equipamentos associados


ao sistema de geração de emergência;

 Medições de níveis de água à montante e à jusante da Barragem;

 Indicação e registro de grandezas hidráulicas;

 Registro histórico de variáveis;

 Gráficos de tendência;

 Monitoração dos sistemas de telecomunicações e de vigilância eletrônica;

 Monitoração das condições operativas dos equipamentos dos serviços auxiliares


mecânicos;

 Monitoração das condições operativas dos equipamentos principais dos serviços


auxiliares;

 Alarmes das funções de proteção;

 Supervisão do sistema de combate ao incêndio;

 Alarmes e sinalizações referentes à UAC e Estação de Operação Local.

A Estação de Operação Local (EOL) de Duas Pontes, ao assumir as funções do Servidor do


SDSC da Barragem de Pedreira, deve executar assumir:

a) Telas

A definição das telas de operação será feita na fase do Projeto Executivo, todavia o
conjunto mínimo, entre outras, deverá incluir:

 Tela principal de controle de operação da Barragem com meios para seleção de


qualquer das outras telas diretamente através de dispositivo
apontador/selecionador (mouse);

 Telas de controle e supervisão de Auxiliares Elétricos, Auxiliares Mecânicos,


Sistema de Refrigeração, sistema de combate ao incêndio, sistemas de
telecomunicações e de vigilância eletrônica com indicação de grandezas
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analógicas, estados operacionais dos equipamentos e com meios para comando de


equipamentos selecionados diretamente através de dispositivo
apontador/selecionador (mouse);

 Curvas de tendência contemplando todas variáveis analógicas, para cada sistema e


geral;

 Relação de alarmes em sequência cronológica;

 Registro dos eventos em ordem cronológica;

 Configuração, estado da rede e equipamentos integrantes do sistema de controle


digital. Telas para cada sistema e para toda a rede, com todos os sinais de
supervisão do hardware implementado;

 Telas para diálogo entre os operadores e o sistema de controle para funções como:
entrada de dados (introdução ou alteração de limites operacionais dos
equipamentos); solicitação de relatórios, configuração do sistema, programação,
ajustes de data e horário;

b) Alarmes

É a função destinada a identificar as ocorrências de eventos, para os quais se requer uma


intervenção direta e imediata no SDSC:

 A função de alarme deverá ser precedida de informações sonoras na mesa do


operador;

 Deverão ser registradas todas as alterações dos estados dos alarmes, tais como a
sua ocorrência, o seu reconhecimento e o retorno à condição normal, porém para
não emitir uma quantidade elevada de pontos de alarmes, em primeira instância
serão indicados os alarmes causa e, a pedido do operador ou em segunda
instância também os alarmes consequentes;

 À medida que os dados vão sendo recebidos, a função alarme deverá executar
comparações para verificar se os valores medidos estão dentro dos limites inferior
e/ou superior especificados. Às funções de alarme deve-se aplicar tratamento do
tipo banda morta, filtragem digital, evitando-se oscilações indevidas ou atuações
desnecessárias;

 A função deve prever recursos para a apresentação e alteração de limites, habilitar


e criar lógicas de inibição reconhecimento global ou parcial e “reset” de alarmes;

 Os alarmes deverão ser classificados, conforme a prioridade de providências da


operação;

 O tempo de resposta a partir da ocorrência do alarme até sua apresentação no


console da EOL não deve ser superior a 2 segundos;

 Os alarmes deverão conter pelo menos as seguintes informações: data da


ocorrência / reconhecimento, horário da ocorrência / reconhecimento, estado do
alarme (ativado, atuado, normal, etc.), identificação do equipamento, descrição do
alarme, ordem de prioridade;
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 Auto Diagnose - Com o objetivo de alertar a operação sobre a ocorrência de um


funcionamento anormal do Sistema Digital, esta função deverá ser capaz de gerar
alarmes que identificam estas anormalidades, permitindo a execução de
procedimentos de manutenção no menor tempo possível;

A Estação de Operação Local (EOL) de Duas Pontes, ao assumir as funções do Servidor do


SDSC da Barragem de Pedreira, deve operar nas seguintes condições de processamento:

a) Os requisitos de desempenho do sistema deverão contemplar a pior condição de


processamento, que compreende os seguintes eventos no período de 5 (cinco) minutos:

 Variação de 20% (vinte) de todas as entradas digitais a cada minuto;

 Violação do limite de operação de 20% (vinte) de todas as entradas analógicas a


cada minuto;

 01 (uma) ação do operador a cada 15 (quinze) segundos;

b) Resolução de seqüência de eventos: A resolução de eventos coletados na UAC deverá ser


de 1 (um) ms;

c) Tempo de resposta de comando: O intervalo de tempo entre a conclusão de uma ação de


comando na IHM e a ativação do sinal de saída na UAC não deverá ser maior de 1 (um)
segundo;

4.6. Interface de Comunicação Externa

A UAC da Barragem de Duas Pontes deverá estar interligada ao Servidos de Comunicação do


SDSC localizado na Barragem de Pedreira através de 2 (dois) canais de comunicação MPLS
ou VPN sobre Internet via Rede Pública;

Em condições normais de operação, a UAC da Barragem de Duas Pontes deverá se reportar


diretamente aos Servidores do SDSC localizado na Barragem de Pedreira.

4.7. Painel / Quadro de 19 Polegadas e Acessórios

a) Os equipamentos deverão ser instalados em painéis/quadros de 19 polegadas;

b) O painel/quadro pode possuir uma ou mais colunas de 19 polegadas; os painéis/quadros


deverão ser do tipo multicolunas, definido na NBR/ IEC 60439-1 – Conjunto de manobra e
controle de baixa tensão;

4.7.1. Requisitos Construtivos

a) O painel/quadro deverá ser autoportante, altura de 2.200 mm com entrada/saída de cabos


pela parte superior e inferior;

b) Superfície da chapa pintada na cor cinza claro Munsell 6.5;

c) O painel/quadro deverá ser montado sobre uma base soleira metálica de altura 100 mm;

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d) Deve possuir porta com dobradiças e travamento com maçaneta escamoteável e fecho
com miolo tipo YALE;

e) A porta frontal do painel/quadro deve possuir visor em policarbonato e veneziana com filtro;

f) O painel/quadro deverá ser previsto para instalação direta sobre piso de concreto, por meio
de chumbadores;

g) O painel/quadro deverá ser provido de meios adequados de ventilação e desumidificação


interna de modo que a temperatura interna se mantenha dentro da faixa de temperatura
normal de operação dos equipamentos;

h) As dobradiças de todas as portas dos compartimentos serão parcialmente embutidas (não


serão aceitas dobradiças fixadas no lado externo dos painéis/quadros) e permitirão que as
portas abram em angulo não inferior a 105° com relação a posição fechada, exceto quando
houver indicação em contrário durante a aprovação dos desenhos. De um modo geral as
dobradiças devem ser dotadas de limitadores de abertura que previnam dano devido
abertura excessivas das portas. As dobradiças, assim como outras partes moveis em que
a pintura esteja sujeita a descascar ou ser arranhada, serão de metal não ferroso, como
latão, bronze ou aço inoxidável;

i) Os pinos e arruelas das dobradiças serão de aço inoxidável ou bi cromatizado;

j) Os painéis/quadros deverão ser projetados e dimensionados para garantir ao conjunto


rigidez e capacidade de absorção de vibrações mecânicas a que estarão submetidos no
transporte e no local de operação;

k) Os painéis/quadros deverão apresentar facilidade de acesso aos componentes internos.

l) A moldura para encaixe dos sub-bastidores 19 polegadas deverá ser basculante;

m) As portas deverão proporcionar fácil acesso aos equipamentos de cada seção;

n) No piso e no teto de cada seção (coluna) do painel/quadro, deverão ser previstas duas
tampas removíveis, de chapa de aço ou de material isolante anti-higroscópico (placa de
CELERON), provida de vedação adequada. Uma das chapas receberá os cabos de força e
a outra os cabos de controle e instrumentação. Deverá dedicar especial atenção ao
dimensionamento da área do painel/quadro dedicada a passagem dos cabos externos, de
forma a evitar o acumulo de cabos sobre uma seção do painel/quadro.

o) Cada seção do painel/quadro deverá possuir dispositivos que permitam o içamento, para
fins de carga e descarga, e uma base de fixação em perfil U ou chapa dobrada. Esta base
deverá receber pintura resistente a abrasão e a impactos. Os dispositivos para fixação dos
painéis/quadros ao piso ou parede deverão estar incluídos no fornecimento;

p) Deve ser construído com chapa de aço carbono SAE 1020;

q) Grau de proteção IP 41;

r) Utilizar arruelas de contato nas partes pintadas;

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4.7.2. Projeto de Montagem

a) O projeto e o sistema de montagem dos painéis/quadros deverão permitir ampliações do


sistema e acesso para manutenção de forma irrestrita a todos os seus componentes;

b) Se o painel/quadro possuir equipamentos de potência e de controle, estes deverão ser


separados entre si, definindo-se uma seção para cada finalidade (potência ou controle),
sendo que os circuitos de CA e CC deverão ser sempre, o mais segregado possível. Não
serão aceitas conexões entre condutores através de bornes com aperto feito por parafuso
pontiagudo sobre o próprio condutor (tipo SINDAL). Com este objetivo, circuitos de
automatismo, intertravamentos, proteção, alarme, sinalização, medição e outros do gênero,
deverão ocupar seções distintas dos circuitos de potência. Os equipamentos destes
circuitos deverão ser montados em chassis e as posições de cada dispositivo deverão
constar nos projetos de arranjo dos quadros.

c) Nenhum instrumento de medição poderá ser instalado a altura inferior a 1,20 m do piso;

4.7.3. Proteção dos Circuitos

a) Toda alimentação auxiliar externa deverá ser protegida por mini disjuntor dimensionado de
acordo com a carga que for alimentar;

b) Os circuitos de comando e proteção deverão possuir um rele auxiliar, normalmente


energizado, para alarme caso ocorra abertura do disjuntor ou descontinuidade na fiação;

4.7.4. Paralelismo de Fontes

Os painéis/quadros alimentados em 125 Vcc, deverão ter 2 (dois) circuitos com diodos de
conexão para efetuar o paralelismo das fontes;

4.7.5. Barramentos

Os barramentos deverão ser executados em cobre eletrolítico, de seção compatível com as


correntes nominal e de curto-circuito do painel/quadro, e fixados firmemente por meio de
suportes isolantes do tipo anti-higroscópico de forma a suportar os esforços dinâmicos e
térmicos resultantes da máxima corrente de curto-circuito. A densidade de corrente dos
barramentos não deverá ser superior a 1,55 A/mm2;

4.7.6. Aterramento

a. O projeto deverá empregar técnicas eficazes de aterramento de modo a eliminar ou


minimizar os efeitos de tensões interferentes sobre os equipamentos, que possam vir a
prejudicar o funcionamento dos mesmos. As recomendações dos fabricantes dos
instrumentos devem ser cuidadosamente observadas quanto à localização do ponto de
aterramento;

b) Cada painel/quadro deverá ser provido com uma barra de terra feita de cobre eletrolítico
para aterramento, com dimensões não inferiores a 25,4 x 6,3 mm (1” x 1/4”), provida de
conectores em ambas as extremidades para ligação de cabo de cobre nu de 35 a 70 mm2

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de secção transversal ou outro valor compatível com o nível de curto definido no Projeto
Executivo;

c) Nos painéis/quadros contendo equipamentos de informática deverão ser acrescidos de


uma barra de sinal de características idênticas à barra de terra, devendo ser isolada da
carcaça do painel/quadro e conectada em um único ponto à barra de terra. As barras
deverão prever conector de aterramento para conexão com cabo de terra de bitola não
inferior a 35 mm2.

d) Todo o aterramento de carcaça dos equipamentos, chapas de separação entre os


compartimentos e dos circuitos de corrente e de potencial deverá ser feito na barra de
aterramento dos próprios cubículos. Não se admite a execução de aterramento
diretamente na estrutura dos mesmos. Todas as carcaças metálicas dos equipamentos
elétricos deverão ser adequadamente aterradas, de forma a eliminar a possibilidade de
choque elétrico às pessoas;

e) Todas as partes metálicas que compõem os equipamentos (compartimentos, perfis de


sustentação, chapas de instalação, portas, etc.) e componentes como relés, luminárias,
eletrodutos, caixas de ligação não sujeitas a potencial deverão ser arranjadas de forma a
proporcionar um caminho elétrico eficaz para a terra;

f) Porta de painel/quadro deverá ser aterrada por cordoalha estanhada chata;

g) A moldura basculante e os sub-bastidores internos aos painéis/quadros deverão ser


aterrados por meio de cabo de 16 mm2 de secção transversal;

4.7.7. Iluminação, Tomadas e Aquecimento do Painel/Quadro

a) Deverá ser prevista internamente a cada coluna de painel/quadro, uma ou mais lâmpadas
fluorescentes compactas ou de LED, tensão de 220 V, comandada por um micro
interruptor protegido e acionado ao abrir a porta;

b) Em cada painel/quadro deverá ser instalado um resistor de aquecimento controlado por


termostato ajustável;

c) O resistor deverá ser do tipo blindado, alimentado em 220 Vca, com superfície de
dissipação suficiente para a emissão térmica requerida, sem sobreaquecimento; o resistor
de aquecimento deve ser instalado na parte inferior do painel/quadro;

d) Cada resistor de aquecimento deverá ser protegido por um mini disjuntor e provido de um
termostato, ajustável entre 20 0C e 40 0C, para controle de temperatura, localizado na parte
superior do painel/quadro;

e) Todo painel/quadro deve possuir uma régua de tomadas com pelo menos 4 tomadas; as
tomadas são monofásicas de três polos, do tipo 2P + T e universal (o polo terra conectado
a barra geral de aterramento). As tomadas deverão ter capacidade para 16A em regime
permanente e serem de classe 250 V. As tomadas deverão ser identificadas de maneira
indelével e imperdível.

f) A alimentação do sistema de aquecimento, régua de tomadas e de iluminação do


painel/quadro deverá ser em 220 Vca e esta alimentação deve ser distinta da alimentação
dos equipamentos encerrados no painel/quadro;

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4.7.8. Réguas de Bornes e Acessórios

a) Toda a cablagem de entrada e saída dos painéis/quadros deverá ser realizada por réguas
de bornes instaladas nos painéis/quadros;

b) As réguas de bornes serão formadas por bornes de conexão unipolar do tipo moldado em
material isolante não propagador de chamas e fabricados em composto não rígido,
termofixo, moldado, tensão de isolamento 750 V, com barreiras isolantes entre bornes
contíguos e base própria para montagem sobre perfil normalizado assimétrico 32 x 15 mm
(DIN 46277/1);

c) Os bornes deverão ser fornecidos completos, com todos os acessórios. O sistema de


fixação dos terminais deverá garantir uma pressão eficaz e uniforme mesmo quando
submetidos a vibrações. Não serão aceitos bornes para solda;

d) Todos os bornes deverão ser apropriados para os terminais do condutor que irá conectar.
Toda a cablagem de entrada e saída dos painéis/quadros deverá ser realizada por réguas
de bornes instaladas nos painéis/quadros;

e) As réguas de bornes deverão ser separadas em réguas para circuitos de potência e para
circuitos de controle, comando e instrumentação. Deverão ser convenientemente
distribuídas dentro do painel/quadro, obedecendo-se a separação entre potência e
controle. As réguas de controle, comando e instrumentação interna também deverão ser
separadas das de controle, comando e instrumentação externa;

f) O projeto do painel/quadro deverá levar em consideração que todos os cabos de controle e


instrumentação externos aos quadros terão algum tipo de blindagem; portanto, as réguas
de bornes que receberão estes cabos, deverão ser previstas com bornes para aterramento
das blindagens nas quantidades adequadas;

g) As réguas deverão ser colocadas de tal modo que o acesso às mesmas seja feito sem
necessidade de desmontagem de qualquer equipamento ou parte do painel/quadro e que
haja espaço suficiente para que a fiação interna e externa seja realizada com folga e sem
dificuldades;

h) Cada régua de bornes deverá possuir 10% de bornes de reserva, em número nunca menor
que 2 (dois) de cada tipo empregado naquela régua;

i) Os bornes para os circuitos de controle e comando 220 Vca e 125 Vcc, deverão ser com
conexão por grampo-parafuso de pressão indireta, com dispositivo para travamento
automático do parafuso;

j) Os bornes para circuitos de TCs e TPs deverão ser com conexão por parafuso ou pino
passante, próprios para condutores de cobre providos de terminal olhal. Nos locais sujeitos
a vibração, os bornes para instrumentação deverão ser dotados de contra porca adicional;

k) Para ligação dos condutores de secundários de transformadores de corrente, deverão ser


fornecidas réguas terminais curto-circuitáveis ou chave de teste como melhor aplicável;

l) Nas entradas/saídas de bornes para circuito de potência (380 Vca, 220 Vca e 125 Vcc)
deverão ser com conexão por grampo-parafuso ou pino passante, para terminal olhal.

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m) Os blocos terminais para ligações com o Sistema Digital de Supervisão e Controle (SDSC)
deverão ser adequados para conexão de multicabos com pares trançados, blindagem
coletiva e blindagem por par, seção 1,5 mm2, isolação para 750 V;

n) Os bornes para aterramento deverão ter o corpo isolante nas cores verde e amarelo;

o) Todos os bornes e réguas deverão ser fabricados em cobre eletrolítico estanhados interna
e externamente, de alta condutividade, resistentes a corrosão e pré-isolados, claramente
identificados por meio de marcadores imperdíveis, fabricados especialmente para esta
finalidade;

4.7.9. Fiação Interna

a) A fiação interna dos painéis/quadros deverá atender aos requisitos da norma NBR /IEC
60439-1 e permitir livre acesso aos equipamentos sem a desmontagem de qualquer parte
do painel/quadro ou a retirada de qualquer equipamento;

b) Toda fiação interna deverá ser levada a régua de bornes terminais;

c) O arranjo da fiação dentro do painel/quadro deverá prever a segregação da fiação de


comando, controle e instrumentação de potência. O fabricante deverá prover todos os
meios adequados para evitar interferências eletromagnéticas;

d) Os conectores deverão garantir conexão elétrica e mecânica dos fios de ligação, mesmo
sujeitos a vibrações e deverão possuir resistência à corrosão sob as condições ambientais
presentes nos locais de operação;

e) Todas as conexões dos cabos externos deverão ser feitas por meio de conectores
terminais;

f) As interligações entre seções de painel/quadro, quando este for dividido em partes para
transporte, deverão ser feitas por meio de réguas de interligação. O mesmo processo
deverá ser utilizado para interconexão entre painéis/quadros e/ou equipamentos de um
mesmo fornecimento e que fazem parte de um sistema;

g) A fiação interna deverá ser totalmente instalada em calhas ou canaletas plásticas não
propagadoras de fogo, providas de tampas para fiações verticais e horizontais, adequadas
para o suporte e proteção de todos os cabos. Não serão aceitos chicotes, ganchos
adesivos, fitas perfuradas, helicoides metálicas, etc. A fiação deverá ter comprimento
suficiente de modo a evitar esforços mecânicos nos pontos de conexão e fixação. Nos
casos em que não for possível utilizar calhas plásticas, como, por exemplo, conexão entre
componentes instalados nas portas e nas placas de montagem, o fabricante deverá tomar
as precauções necessárias a fim de evitar danos na fiação;

h) Não serão aceitas emendas ou avarias na fiação, devendo todas as ligações ser feitas em
réguas terminais ou em terminais de dispositivos;

i) Toda fiação interna dos painéis/quadros deverá ser executada na fábrica e verificada e
testada antes do transporte. A interligação da fiação entre painéis/quadros adjacentes
interrompidas para finalidade de transporte, deverá ser completada e testada no campo.
Não serão aceitas conexões entre condutores através de bornes com aperto feito por
parafuso pontiagudo sobre o próprio condutor (tipo SINDAL);

23
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j) Não deverá haver emendas na fiação, e todas as ligações deverão ser feitas em pinos
terminais ou blocos terminais. Não deverão ser conectados mais do que dois (2) fios a um
ponto de bloco terminal;

k) Em interrupções, na fiação para transporte, deverão ser providos blocos terminais em cada
painel/quadro para ligações da fiação interrompida. Uma extremidade de tais cabos deverá
ser ligada ao bloco terminal de um painel/quadro e a extremidade remanescente deverá
ser enrolada, sendo claramente marcada para ligação no campo ao quadro adjacente;

l) Onde forem necessários cabos sujeitos a movimento para conexão entre painéis /quadros
fixos e quadros articulados ou portas articuladas, as ligações devem ter um arranjo tal que
nenhuma força de torção ou tração seja transmitida do painel/quadro móvel aos fios
flexíveis;

m) Será aceito em painéis/quadros com fiação formada por um número grande de condutores,
chicotes com os fios e cabos montados com fita plástica helicoidal adequada e formados
por um número de condutores que não prejudique a livre movimentação das portas e
bastidores.

4.7.10. Condutores

a) Os condutores utilizados na fiação interna deverão ser extra flexíveis, unipolares, de cobre
eletrolítico, tempera mole, encordoamento classe 5, isolados com material termoplástico
não propagador de chama (PVC 70°C), tensão de isolamento 750 V. Todas as
extremidades dos condutores deverão ser providas de terminações para cabos;

b) A seção dos condutores utilizados para controle digital não poderá ser inferior a 0,5mm2.
Para fiação interna dos TPs a seção mínima deverá ser 1,5 mm2 e para os TCs a seção
mínima deverá ser 2,5 mm2;

c) A seção dos condutores utilizados para os demais circuitos de controle deverá ser no
mínimo de 1,0 mm2 e para os circuitos de força deverá ser igual ou maior que 2,5 mm2;

d) Para as terminações dos resistores anticondensação deverão ser utilizados cabos


resistentes ao calor, com seção mínima do condutor de 2,5 mm2;

e) Os condutores de terra deverão ser isolados e na cor verde com faixas amarelas;

f) Condutores de corrente e de potencial para corrente alternada deverão ter as seguintes


cores: A – azul, B – Branco, V – vermelho, N – azul-claro, P (positivo) – vermelho e N
(negativo) – preto;

g) Condutores de corrente e potencial para corrente continua deverão ser na cor Cinza.

h) Para os circuitos de baixas correntes e alta sensibilidade (circuitos de transdutores e


RTDs) deverão ser usados fios e cabos blindados;

i) Para os circuitos cujos cabos externos também devam ser blindados, deverão ser
claramente indicados nos desenhos;

j) Toda a fiação interna dos painéis/quadros deverá ser executada, verificada e testada na
fábrica;

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4.7.11. Conexões em Quadros Eletrônicas

a) Todas as interconexões entre módulos deverão ser feitas com a utilização de conectores;

b) Todos os sinais e interface com o campo deverão ingressar nos equipamentos em bornes
de ligação mecanicamente independentes dos de módulos funcionais, onde serão ligados
todos os cabos externos;

c) Todos os pontos de conexão elétrica de conectores de módulos deverão ser concebidos


de forma a evitar falhas de contato;

4.7.12. Calhas Plásticas

a) As calhas plásticas deverão ser do tipo recorte aberto, fabricadas em PVC rígido, não
propagadora de fogo, com tampa facilmente removível;

b) Deverão ser instaladas calhas plásticas para execução da fiação de interligação ao lado
das réguas de bornes para a fiação externa. Neste caso também deverá ser prevista a
segregação da fiação, conforme descrito anteriormente;

4.7.13. Identificação da Fiação Interna aos Painéis/Quadros

a) Todos os cabos e fios deverão obrigatoriamente ser identificados em ambas as


extremidades com o nome dos componentes de origem e dos componentes de destino,
ainda deverão ser identificados os números da respectiva régua e bornes utilizados. As
anilhas de plástico com inscrições preta em fundo branco com gravação indelével deverão
ser montados no interior de tubos de plástico transparente, e este sobre os cabos, não
sendo aceito o tipo de fixação por simples engate. Os tubos deverão ser adequados a
dimensão dos cabos. Deverá ser utilizada a mesma designação utilizada nos desenhos
aprovados de projeto;

b) Exemplificando (supondo que o terminal 1 do bloco de terminais X17 deva ser ligado ao
contato 21 do relé K1): na extremidade que será ligada ao bloco de terminais, o condutor
terá a seguinte identificação: 1 / X17 - K1 / 21; na extremidade conectada ao relé a
identificação será: 1 / X17 - K1 / 21. Desta maneira, a sigla mais próxima a uma
extremidade do condutor indica sempre onde esta extremidade deverá ser conectada,
conforme figura abaixo:

1/X17-K1/21
21
1 ---- 1/X17 - K21/21
K1
2 ---- 2/X17 - K21/22
22
2/X17-K1/22

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4.7.14. Mini Disjuntores

a) Será aceita a utilização de mini disjuntores na proteção de circuitos de controle internos de


painéis/quadros e nos circuitos de iluminação. Em todas estas aplicações os disjuntores
deverão estar de acordo com a NBR/ IEC 60947-2 e limitados a circuitos em 220 V em
corrente alternada e 125 V em corrente continua;

b) A capacidade de interrupção deverá ser confirmada por memória de cálculo;

4.7.15. Relés Auxiliares e Relés Temporizados

a) Os relés auxiliares deverão ser em caixas estanques ao pó, contendo, no mínimo, 2 (dois)
contatos reversíveis, com capacidade nominal de 10 A / 220 Vca e dimensionados para
interromper 0,2 A a 125 Vcc. Os contatos deverão ser de liga de prata;

b) Os relés de saída utilizados no SDSC deverão ser do tipo extraíveis, possuir 2 (dois)
contatos reversíveis e tempo de atuação inferior a 15 ms;

c) Os relés auxiliares temporizados deverão ser do tipo estático, providos de temporização na


energização ou na desenergização, conforme requerido pelo circuito e deverão atender as
mesmas recomendações especificadas para os relés auxiliares, e a tolerâncias
especificadas a seguir:

 Repetibilidade: ......................................................................... melhor que ± 2%;

 Desvio para Un variando de 80 a 110%: ..................................................... <2%;

 Desvio para variação da temperatura: ......................................................... <1%;

 Todos os seus componentes deverão ser de estado sólido. O dispositivo de ajuste


de tempo deverá ser um dial calibrável ou tipo chave seletora, externo a caixa do
relé.

4.7.16. Terminação de Cabos de Controle e Instrumentação

a) Os terminais para condutores com seção igual ou menor que 6 mm 2, deverão ser de
compressão anular, fabricados em cobre eletrolítico, estanhados e pré-isolados;

b) Todas as ligações dos condutores deverão ser feitas por meio de terminais adequados a
seção do condutor, adotando-se os critérios a seguir:

 Tipo pino: conexão por grampo-parafuso de pressão indireta, permitindo a ligação


de um único terminal;

 Tipo anel: conexão a terminação tipo parafuso ou pino passante, permitindo ligação
de no máximo 2 (dois) terminais em um mesmo ponto;

 Tipo macho-fêmea (slip-on): conexão a terminação de equipamentos, bases de


relés etc., que possuam a característica de receber este tipo de terminal;

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4.7.17. Identificação dos Equipamentos

a) Cada painel/quadro deverá ter uma placa de identificação. As placas de identificação


deverão ser rígidas, de metal não corrosível (alumínio ou aço inoxidável), e fixado por meio
de rebites adequados, na parte frontal dos mesmos;

b) As placas deverão incluir, sem se limitar as seguintes informações:

 Nome do fabricante;

 Tipo e designação do painel/quadro;

 Ano de fabricação;

 Tensão nominal do circuito principal (V ou kV) (quando aplicável);

 Frequência nominal (Hz) (quando aplicável);

 Classe de tensão;

 Tensão de impulso (se aplicável);

 Capacidade de curto-circuito (kA) (quando aplicável);

 Grau de proteção;

c) Os detalhes de tamanho, localização e fixação da placa deverão ser aprovados pelo


CONTRATANTE e as inscrições deverão ser feitas na língua portuguesa;

d) Cada dispositivo utilizado, interna ou externamente aos painéis/quadros, deverá ser


identificado por uma plaqueta que conterá o código do equipamento. Estas plaquetas
deverão ser sempre localizadas de forma a permitir uma fácil visualização. No caso de
equipamentos extraíveis, exceto fusíveis, deverão ser providas duas plaquetas, uma
localizada no painel/quadro e outra no equipamento. A primeira deverá ser localizada em
posição tal que seja visível mesmo com o equipamento inserido;

e) Externamente ao painel/quadro deverão ser providas plaquetas que identifiquem, conforme


os Desenhos de Projeto, cada equipamento. Todas as seções dos painéis/quadros
deverão possuir plaquetas de identificação, e no centro do conjunto deverá existir uma
plaqueta, de no mínimo 200 x 120 mm, que identifique o conjunto com a mesma
designação utilizada nos desenhos aprovados. Estas plaquetas deverão ser de plástico
laminado ou acrílico de 3 mm de espessura, com inscrições brancas indeléveis em fundo
preto e fixadas por cola ou rebites;

f) A parte frontal e posterior do painel/quadro deverão possuir identificação das seções e do


conjunto;

g) Deverão também ser identificados com plaqueta ou inscrição irremovível e indelével todos
os componentes internos aos quadros eletrônicos, como módulos, circuitos impressos,
gavetas, conectores, régua de terminais, fios e cabos, módulos sobressalentes e qualquer
outra parte do equipamento cuja rápida localização seja necessária para maximizar a
eficiência dos trabalhos de manutenção;

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5. TESTES DE ACEITAÇÃO EM FÁBRICA

a) Os testes de aceitação em fábrica visam comprovar as características técnicas dos


equipamentos e seus acessórios exigidos nesta especificação técnica;

b) Os testes de aceitação em fábrica consistem de:

 Inventário de equipamentos e seus acessórios;

 Inspeção visual;

 Verificação das características mecânicas;

 Testes de desempenho elétrico e eletrônico;

 Verificação do funcionamento dos alarmes;

 Testes de funcionamento;

 Preencher o protocolo de testes de aceitação em fábrica, com as anotações de


todas as medidas efetuadas e ajustadas;

c) Para a realização dos testes de aceitação em fábrica, o FORNECEDOR deverá prover:

 Pessoal qualificado para executar os testes;

 Local em condições apropriadas para executar os testes;

 Instrumentos de testes e ferramentas para a execução dos testes;

d) Ensaio de funcionamento integrado do SDSC em plataforma de testes para a comprovação


de seu funcionamento em situação semelhante à que encontrará quando da operação
normal;

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6. SERVIÇOS DE MONTAGEM, INSTALAÇÃO E TESTES DE CAMPO

Os serviços de montagem, instalação e testes de campo deverão constar de, no mínimo:

a) Desembalagem dos equipamentos e materiais;

b) Montagem dos equipamentos, painéis/quadros, sub-bastidores, esteiras de cabos e


demais materiais do fornecimento para a completa instalação e perfeita operação do
sistema;

c) Aterramento dos equipamentos, painéis/quadros e sub-bastidores à malha terra;

d) Alimentação dos equipamentos a partir do quadro de força;

e) Fiação e conexão entre todos os equipamentos e materiais envolvidos para o perfeito


funcionamento do sistema;

f) Demais montagens, instalações, cablagens e interligações necessárias ao perfeito


funcionamento do sistema;

g) Efetuar ajustes, parametrizações, testes de funcionamento, alinhamento;

h) Ensaios de Comissionamento: Depois de completa instalação e montagem do sistema,


todos os equipamentos serão submetidos, pelo FORNECEDOR, a seus custos, aos
ensaios na obra que incluirão entre outros, testes de continuidade de toda a cablagem
externa, teste de comunicação via rede com as estações de operação, testes funcionais,
verificação de todos os pontos de entrada/saída, testes de sincronização de tempo entre
todos os equipamentos do SDSC, testes das fontes de alimentação de todos os
painéis/quadros, testes de comunicação com os equipamentos que interagem com o
SDSC;

i) Colocação em operação de todos os equipamentos e materiais do fornecimento;

j) Preencher o protocolo de testes de aceitação em campo, com as anotações de todas as


medidas efetuadas e ajustadas;

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7. SOBRESSALENTES, CONSUMÍVEIS E ACESSÓRIOS

a) Deverão ser fornecidos sobressalentes (tais como placas de circuito impresso, módulos
compostos por uma ou mais placas de circuito impresso, etc.) e consumíveis (como
lâmpadas, fusíveis e demais componentes necessários à manutenção, etc.) necessários
para manutenção por um período de 02 (dois) anos;

b) As quantidades e variedades a serem adquiridas serão definidas pela COMPRADORA


quando da contratação do fornecimento;

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8. INSTRUMENTOS DE TESTES E FERRAMENTAS ESPECIAIS

a) Deverão ser fornecidos instrumentos de testes e/ou periféricos e ferramentas especiais


necessários à instalação, parametrização, operação e manutenção dos equipamentos;

b) Os instrumentos de testes e ferramentas especiais deverão ser fornecidos com caixa de


proteção para o seu transporte. As caixas deverão proteger os instrumentos de testes e as
ferramentas especiais contra choques, excesso de temperatura, umidade e poeira;

c) Os instrumentos de testes e ferramentas especiais deverão vir acompanhados de cabos,


conectores e outros acessórios necessários à instalação, parametrização e manutenção.
Deverão, também, vir acompanhado dos respectivos manuais de instrução;

d) A alimentação dos instrumentos de testes deverá ser de 110/127/220 Vca, 60 Hz ou por


bateria recarregável incorporada;

e) Eventual necessidade de software para parametrização e inicialização do equipamento


deverá fazer parte do fornecimento;

f) As quantidades e variedades a serem adquiridas serão definidas pela COMPRADORA


quando da contratação do fornecimento;

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9. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

A documentação técnica compreende:

 Projeto de Instalação;
 Manuais técnicos dos equipamentos;
 Manuais de instalação;
 Manuais de operação e manutenção;
 Lista de entradas e saídas;
 Diagramas construtivo e funcional;
 Diagrama de interligação;
 Diagramas lógicos;
 Procedimentos e planilhas de testes, em fábrica e em campo;
 “as built”.

a) O projeto de instalação deverá contemplar, no mínimo:

 Descrição e diagrama de blocos do sistema;

 Características técnicas principais dos equipamentos e materiais envolvidos;

 Relação de equipamentos e materiais;

 Número de série do equipamento;

 Lay out da sala dos equipamentos;

 Bay face dos painéis/quadros e sub-bastidores;

 Diagrama de encaminhamento dos cabos;

 Diagrama de fiação entre os diferentes equipamentos e materiais envolvidos


(diagrama de interligação);

 Caracterização das réguas bornes (identificação dos pinos de cada borne);

 Diagrama construtivo;

 Diagrama funcional;

 Diagrama lógico;

 Lista de cabos;

 Lista de entradas e saídas;

 Detalhes de aterramento;
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 Etc.

b) Os manuais técnicos dos equipamentos deverão abranger no mínimo:

 Características técnicas;

 Descrição do equipamento;

 Princípio geral de funcionamento;

 Diagrama de blocos do equipamento;

 Desenhos do equipamento e suas unidades;

 Fotografias;

 Curvas e ábacos aplicáveis;

 Descrição das unidades;

 Diagrama de fiação;

 Descrição das interfaces;

 Descrição das facilidades;

 Bay-face do equipamento;

 Procedimentos de ajustes das unidades;

 Parametrização;

 Desenhos e dimensões das partes mecânicas;

 Descrição dos ajustes e alinhamentos, procedimentos de testes, níveis,


impedâncias, tolerâncias, e outras informações necessárias para o perfeito ajuste e
alinhamento do equipamento.

c) Os manuais de instalação, operação e manutenção deverão conter, no mínimo:

 Procedimentos para instalação (fixação, montagem, desmontagem, substituição de


módulos e unidades, etc.);

 Fiação interna e cablagem entre unidades, módulos e sub-bastidores;

 Diagrama de interligação com outros equipamentos;

 Detalhes de ligação dos cabos de alimentação e aterramento;

 Procedimentos de operação (manual do usuário);

 Procedimentos de manutenção preventiva e corretiva;

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 Normas e procedimentos de testes;

 Trouble Shooting (diagrama de pesquisa de defeito);

 Identificação de alarmes;

 Etc.

d) O Manual de Comissionamento deverá conter descrições e instruções que definam todas


as fases de colocação em serviço dos equipamentos, visando sempre a máxima
segurança do pessoal e o correto desempenho dos mesmos, contendo:

 Características do equipamento;

 Garantias contratuais;

 Descrição dos testes;

 Procedimentos ou item da norma a que se refere o teste, quando aplicável;

 Equipamentos e instrumentos para os testes;

 Dimensionamento das amostras para os testes, quando aplicável;

 Instruções para os testes após montagem final;

 Testes a serem realizados com o equipamento e/ou sistema na condição de


montagem concluída;

 Valores nominais e tolerâncias para cada teste, quando aplicável;

 Protocolos;

 Tabulação dos dados e resultados dos testes, análise dos resultados (Relatório de
Comissionamento);

e) O “as built” é o Projeto de Instalação atualizado com todas as modificações ocorridas


durante a instalação;

f) Deverá ser fornecido pelo menos 2 (dois) conjuntos de documentação técnica como parte
integrante do fornecimento, em mídia eletrônica;

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10. TREINAMENTO

a) O FORNECEDOR deverá oferecer treinamento visando à operação, manutenção


preventiva e corretiva em campo e instalação / alinhamento do equipamento fornecido;

b) O treinamento deverá contemplar parte teórica e prática, contemplando principalmente os


tópicos:

 Características básicas do equipamento;

 Funcionamento do sistema;

 Descrição do equipamento por bloco;

 Detalhamento dos circuitos elétricos de cada bloco;

 Detalhamento dos métodos de medida, instrumentos necessários e essenciais à


manutenção do equipamento, tanto em campo como em laboratório;

 Descrição das rotinas de pesquisa de defeitos, através da apresentação de um


fluxograma;

 Uso dos softwares de parametrização, operação e manutenção;

 Descrição da operação do equipamento, de seus recursos e facilidades;

 Interpretação dos alarmes e métodos de monitoração;

 Cuidados a serem tomados no manuseio do equipamento durante e após


instalação;

c) O treinamento deverá ser ministrado e concluído antes dos testes de aceitação dos
equipamentos em fábrica;

d) O treinamento prático deverá ser desenvolvido sobre equipamento idêntico ao do


fornecimento, preferencialmente não pertencente ao fornecimento;

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11. EMBALAGENS, MARCAÇÃO E EMBARQUE

a) As embalagens do equipamento e seus acessórios são de responsabilidade do


FORNECEDOR;

b) Todos os volumes deverão apresentar indicativo de posição e fragilidade e marcação que


identifique o conteúdo sem que seja necessário abrir a embalagem;

c) A embalagem deverá ser feita de modo a proteger todas as partes do seu conteúdo contra
possíveis avarias durante o embarque, transporte, desembarque e armazenagem e ação
da chuva, sol, umidade e variação de temperatura. O FORNECEDOR dos equipamentos
deverá tomar as providências necessárias para que a embalagem seja feita de forma
adequada aos tipos de transporte a serem utilizados, sem prejuízo da segurança dos
operadores;

d) O FORNECEDOR deverá tomar atenção especial para proteger os equipamentos contra


chuva e eventual choque por impacto mecânico;

e) Os sobressalentes devem ser acondicionados em embalagens adequadas para


armazenagem por longo período de tempo e claramente marcadas como “sobressalentes”
e com identificação do seu conteúdo;

f) Quando necessário, as embalagens deverão ser providas de meios para manuseio, carga
e descarga;

g) O FORNECEDOR deve apresentar o procedimento de armazenagem;

h) No caso de materiais suscetíveis a danos causados pela umidade, deverão ser usados
revestimentos impermeáveis em forma de sacos ou de invólucros selados com adesivo
impermeável. Devera ser providenciada proteção adequada mediante um absorvente de
umidade, como sílica gel, que não danifique os mecanismos;

i) As limitações para embarque e o pesos de todos os equipamentos, deverão satisfazer os


limites estabelecidos nas regulamentações de estradas brasileiras e aos recursos da Obra.

j) Todas as peças pequenas deverão ser etiquetadas e encaixotadas de forma adequada,


devendo as caixas serem fechadas, protegidas com material impermeabilizante e
devidamente reforçadas.

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12. TRANSPORTE

a) O transporte de todos os equipamentos e materiais incluídos no fornecimento, desde a


fabrica ate o local definitivo de montagem na Obra, deverá ocorrer sob inteira
responsabilidade do FORNECEDOR; inclui os trabalhos de embarque na fábrica e de
descarregamento no local da Obra;

b) O FORNECEDOR deverá considerar nas embalagens e fixações temporárias de


transportes requisitos que atendam ao transporte rodoviário por estradas com
pavimentação regular;

c) Cabe ao FORNECEDOR o cumprimento de todas as exigências das leis brasileiras


relativas ao transporte, seguro e marcação das embalagens para embarque;

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13. GARANTIA

a) A garantia deverá cobrir um período mínimo de 12 (doze) meses a partir do início do uso do
equipamento ou 18 (dezoito) meses após a data de entrega, prevalecendo aquele que
ocorrer primeiro;

b) A garantia deverá abranger, a qualquer tempo e sem ônus para a COMPRADORA, de todo
e qualquer defeito de projeto e fabricação, desde que submetidas a condições normais de
armazenagem, uso e operação;

c) Caso seja constatada qualquer avaria durante o transporte devido a embalagem


inadequada, o FORNECEDOR deverá arcar com os custos e efetuar os reparos ou
substituições das partes danificadas, em um prazo não superior ao do fornecimento
original e contado a partir da data de comunicação da ocorrência;

d) Durante o período de garantia, o FORNECEDOR deverá substituir ou corrigir, sem ônus para
a COMPRADORA, todas as partes do equipamento que venham a operar fora das
condições e valores de desempenho especificados e/ou venham a apresentar desgastes
anormais por falha do material;

e) Após os reparos, o FORNECEDOR deverá repetir, às suas expensas, os testes necessários


para comprovar a perfeição dos reparos executados e o bom funcionamento dos
equipamentos e/ou sistema;

f) Sempre que haja necessidade de reparo ou substituição de parte do fornecimento por força
de garantia, o prazo de garantia interromper-se-á, reiniciando por inteiro para a parte em
questão, a partir da aceitação do serviço pela COMPRADORA;

g) Se depois de notificado pela COMPRADORA e comprovado o defeito, o FORNECEDOR não


executar os reparos necessários no prazo de 30 (trinta) dias, a COMPRADORA terá o
direito de executar os reparos necessários e cobrar os custos do FORNECEDOR. Este
procedimento não afetará os prazos e as condições de garantia;

h) O FORNECEDOR deverá garantir o fornecimento de peças de reposição, consumíveis e


sobressalentes por um período de 10 (dez) anos, a partir da data de entrega dos
equipamentos, a custos vigentes no mercado à época do pedido;

i) Durante o período de garantia, o FORNECEDOR fica obrigado a dar todos os


esclarecimentos técnicos solicitados;

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14. REFERÊNCIA

Barragem Duas Pontes – Sistema de Telecomunicações, Sistema de Controle e Vigilância Eletrônica –


Arquitetura, desenho número 7188-86-GL-720-DG-10310.

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