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1.

0 CONCEITO DE PLC

Um Controlador Lógico Programável (CLP) ou PLC do inglês


Programable Logic Controller é um equipamento electrónico que tem
como função examinar o estado das entradas, de forma a controlar e
actuar sobre as suas saídas fazendo uso de uma lógica programada e
carregada em sua memória de programa.

Segundo a norma DIN 19237, um controlador lógico programável é um


equipamento electrónico programável por técnicos de instrumentação
industrial (pessoal não informático) destinado a controlar em tempo real e
em ambiente industrial, máquinas ou processos sequenciais.

1.1 CICLO DE PROCESSAMENTO DOS PLC’s

Tempo de ciclo (TC) é o tempo empregue na execução de um ciclo de


programa: leitura das entradas, procesamento dos dados e activação das
saidas. Este tempo depende do comprimento do programa e do tempo
gasto na leitura das entradas.

Para o controlo deste tempo existe um Watch Dog (Cão de guarda) que
verifica se o tempo de ciclo supera o tempo previamente estabelecido e
gera um sinal de paragem do PLC.

1.2 ESTRUTURA BÁSICA DE UM PLC

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


A estrutura básica de um PLC, conforme ilustra a figura acima, é
composta por um módulo de interface de comunicação, memória, Unidade
Central de Processamento (CPU), um Bus (barramento), um interface de
entrada (s) e saída (s) de dados e uma fonte de alimentação.

1.2.1 FONTES DE ALIMENTAÇÃO

A fonte de alimentação tem como função converter a tensão da rede


(230AC) para os 12V ou 24V DC ou AC essenciais para o funcionamento
dos circuitos internos do PLC.

1.2.2 MÓDULO DE COMUNICAÇÃO

É uma carta (placa) electrónica que permite a transferência de instruções


do dispositivo de programação que pode ser uma consola ou um
computador para a memória do PLC. Este módulo permite também a
manipulação das características internas do PLC e a monitorização dos
processos a partir de diferentes locais mediante um protocolo de
comunicação.

Dentre os protocolos cabe salientar, o protocolo MODBUS, PROFIBUS e


TCP/IP.

1.2.3 MEMÓRIA

É um circuito integrado que serve para armazenar o programa e dados


introduzidos no PLC pelo utilizador.

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


1.2.4 CPU

É uma unidade lógica aritmética destinada a realizar as operações


lógicas. Assim sendo, ela recebe os dados das entradas, tomar as
respectivas decisões lógicas em função do programa introduzido e actua
as saídas conforme as decisões efectuadas.

1.2.5 BUS

É um barramento que serve para fazer a comunicação entre os diferentes


componentes do PLC.

1.2.6 INTERFACE DE ENTRADA (S) E SAÍDA (S) DE DADOS (I/O)

É um módulo que adequa os sinais de entrada e de saída do PLC aos


sinais dos dispositivos de entradas e de saídas do processo. Em outras
palavras, este módulo recebe e converter os sinais recebidos do sistema,
e efectuar a codificação para que possam ser utilizados pelo processador
(CPU).

Em função da natureza do sinal a interface pode ser de entrada digital,


entrada analógica, saída digital e saída analógica.

1.2.6.1 INTERFACE DE ENTRADA DE DADOS DIGITAIS

Esta interface proporciona uma ligação ao sistema a ser controlado de


forma a proteger o processador (CPU) de sinais desproporcionados que
advêm do exterior.

Assim sendo, a função principal deste módulo é receber e converter os


sinais recebidos do sistema, e efectuar a codificação para que possam
ser utilizados pelo processador (CPU). A codificação consiste em
transformar sinais de diversos tipos, como corrente e tensão e com
diferentes amplitudes num formato discreto (digital) apropriado. Porém,
este processo pode ser atingido de duas formas: por meio de um relé
electrónico interno ou um optoacoplador.

A) INTERFACE DE ENTRADA DE DADOS DIGITAIS COM


OPTOACOPLADOR

A tensão eléctrica do sinal de entrada digital vindo do processo é


aplicado à entrada do opto-acoplador e polariza o diodo emissor de luz
interno que emite luz incidindo no foto-transistor que entra em saturação
caindo assim a tensão entre colector e emissor para o 0,7 Volts, que é
entendido pelo dispositivo a ele ligado como valor lógico zero. Quando o
diodo não está polarizado, não emite luz, e o valor de saída é igual a da
fonte que alimenta o transístor o que é interpretado como valor lógico 1,
conforme ilustra a figura abaixo:

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


B) INTERFACE DE ENTRADA DE DADOS DIGITAIS A RELÉ
ELECTRÓNICO INTERNO

A tensão eléctrica do sinal de saída digital vindo do processo é aplicada a


bobine do relé electrónico interno que comuta o estado do seu contacto
transferindo uma polaridade predefinida (positiva ou negativa) com um
nível de tensão adequado para o CPU.

1.2.6.2 INTERFACE DE SAÍDA DE DADOS DIGITAIS

Esta interface recebe sinais do processador (CPU), converte-os num


formato apropriado e garante isolação óhmica entre os sinais do processo
e o CPU. Porém este processo pode ser atingido de duas formas: por
meio de um relé electrónico interno ou um optoacoplador.

A) INTERFACE DE SAÍDA DE DADOS DIGITAIS COM


OPTOACOPLADOR

A tensão eléctrica do sinal de saída digital vindo do CPU é aplicado à


entrada do opto-acoplador e polariza o diodo emissor de luz interno que

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


emite luz incidindo no foto-transistor que entra em saturação caindo
assim a tensão entre colector e emissor para o 0,7 Volts, que é entendido
pelo dispositivo a ele ligado como valor lógico zero. Quando o diodo não
está polarizado, não emite luz, e o valor de saída é igual a da fonte que
alimenta o transístor o que é interpretado como valor lógico 1, conforme
ilustra a figura abaixo:

B) INTERFACE DE SAÍDA DE DADOS DIGITAIS A RELÉ ELECTRÓNICO


INTERNO

A tensão eléctrica do sinal de saída digital vindo do CPU é aplicada a


bobine do relé electrónico interno que comuta o estado do seu contacto
transferindo uma polaridade predefinida (positiva ou negativa) com um
nível de tensão para os bornes de saída da Interface de saída do PLC.

1.2.6.3 INTERFACE DE ENTRADA DE DADOS ANALÓGICOS

Esta interface faz a conversão do sinal analógico vindo do processo em


sinal digital necessário ao funcionamento do processador.

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


1.2.6.4 INTERFACE DE SAÍDA DE DADOS ANALÓGICOS
Esta interface faz a conversão do sinal digital vindo do CPU em sinal
analógico para o processo.

1.3 TIPOS DE PLC’s

Os PLC’s podem ser compactos (quando integram no mesmo bloco todos


os elementos necessários ao seu funcionamento) ou modulares (quando
são constituídos por diversos módulos que se associam de forma a obter
a configuração ideal para cada aplicação).

1.4 PROGRAMAÇÃO DOS PLC’s

O PLC pode ser programado através de um software específico instalado


num computador ou utilizando uma pequena consola com capacidade de
comunicação e que inclui funções que permitem programar o mesmo.

1.5 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO

Para programar um PLC, cada fabricante usa uma linguagem própria, mas
em geral todas as linguagens existentes possuem uma certa semelhança
já que são baseadas nas seguintes linguagens:
 Diagrama de Contacto - Ladder Diagram (LD);
 Lista de Instruções - Instruction Lista (IL);
 Gráfico Sequencial de Funções (Grafcet) – Squential Function Chart
(SFC);
 Texto Estruturado – Structured Text (ST);
 Diagrama de Funções – Function Block Diagram.

As duas últimas linguagens não serão objecto de estudo neste manual.

Mas saliento que:

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


 O texto estruturado é uma linguagem textual de alto nível cuja
sintaxe é semelhante a linguagem C o que torna esta linguagem
fácil de utilizar.

Exemplo de programação:

====================Structured Text Start=================

IF I1=1 THEN
OUT1=1
ELSE
OUT1=0

===================Structured Text End ==================

 O Diagrama de Funções é uma linguagem gráfica que proporciona


uma representação do processo em forma de blocos de funções
lógicas proporcionando uma forma cómoda de programar um PLC
para técnicos habituados a trabalhar comportas lógicas já que a
simbologia utilizada é equivalente.

1.5.1. O GRAFCET

É uma metodologia aplicada na representação gráfica de algoritmos


usados em sistemas de controlo. Devido à utilização de símbolos gráficos
para a representação desses algoritmos e a simplicidade na análise
funcional dessas representações, alguns construtores transformaram o
grafcet numa linguagem de programação.

Um diagrama em grafcet é constituído de três fases que sã: as etapas,


tarefas e as condições de transição, conforme ilustra a figura abaixam:

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


Cada etapa é definida como uma situação num sistema de controlo onde
as entradas e/ou saídas não variam.

A cada etapa é associada uma (s) tarefa (s) específica (s), que só é
executada quando a etapa correspondente se encontra activa.

A operação sequencial do processo resulta da progressão entre etapas, e


a passagem de uma etapa para outra é condicionada pela condição de
transição. Para que exista uma transição de uma etapa para outra é
necessário que a etapa anterior esteja activa e a condição de transição
entre as duas etapas seja verdadeira.

Esta linguagem não substitui as outras linguagens, e deve ser vista como
uma ferramenta de estruturação de programas. A sua utilização tem
vantagens sempre que o problema a resolver é sequencial e dependente
do tempo.

Exemplo: 1

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


Desenhe o grafcet de um sistema de controlo de abertura automática da
porta de uma garagem automática com o seguinte funcionamento:

 Para se dar a ordem de fecho ou abertura a porta tem que estar


completamente aberta ou fechada, isto é, porta parada;
 A porta pode ser aberta normalmente por uma chave ou um remoto
controlo ou ainda por emergência actuando sobre uma botoneira de
emergência;
 A porta é fechada com a chave ou remotamente.

Solução:

Etapa inicial (Etapa 1): porta parada e completamente aberta se ficar


actuado o fim-de-curso1, e porta parada e completamente fechada se
ficar actuado o fim-de-curso2;

Transição 2: Só haverá pedido de abertura se o fim-de-curso de fecho


da porta estiver actuado e actuar-se sobre a chave ou controlo remoto;

Etapa 2: Pôr a saída para ordem de abertura em ON;

Transição 4: A confirmação de que a ordem dada se cumpriu será


detectada pelo fim-de-curso de abertura da porta quando estiver
actuado;

Com a porta aberta, a evolução do processo volta para o estado inicial


para uma nova sequência.

Etapa inicial (Etapa 1): porta parada e completamente aberta se ficar


actuado o fim-de-curso1, e porta parada e completamente fechada se
ficar actuado o fim-de-curso2;

Transição 3: Só haverá pedido de fecho se o fim-de-curso de abertura


da porta estiver actuado e actuar-se sobre a chave ou controlo remoto e
não haver emergência;

Etapa 3: Pôr a saída para ordem de fecho em ON;

Transição 5: A confirmação de que a ordem dada se cumpriu será


detectada pelo fim-de-curso de fecho da porta quando estiver actuado;

Com a porta fechada, a evolução do processo volta para o estado inicial


para uma nova sequência.

No caso de uma emergência, isto é, necessidade de abertura da porta


enquanto estiver a decorrer a sequência de fecho da porta, a saída de
fecho é posta em off mas em contra partida em posta em ON a saída de
abertura da porta.

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


1.5.2 LINGUAGEM LADDER

A linguagem ladder é uma linguagem gráfica baseada em lista de


instruções simbólicas que, quando interligadas entre si, de uma
determinada forma, constituem um programa para autómatos. Esta
linguagem é composta por seis categorias de instruções que incluem:
instruções do tipo relé, temporização/contagem, manipulação de dados,
aritméticas, transferência de dados e controlo de programa.

Um programa escrito em linguagem ladder consiste em N degraus, em


que cada degrau permite controlar saídas a partir de condições de
entrada.

Tanto as entradas como as saídas podem ser físicas ou pontos internos


do autómato (posições de memória usadas para armazenar informação
com um formato do tipo bit), e a saída só será actuada quando existir
continuidade lógica, isto é quando houver pelo menos um caminho
fechado desde o início de continuidade lógica até à saída.

As saídas (também apelidadas de bobinas) e os contactos, são os


símbolos básicos da lista de instruções da linguagem ladder. Os

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


contactos, programados ao longo de um determinado degrau,
representam condições que depois de avaliadas determinam o controlo da
saída.

A programação dos contactos e das saídas, consiste na atribuição de


endereços que identificam o que está a ser avaliado e o que está a ser
controlado. Cada endereço referencia a localização de um ponto interno
da memória, ou identifica a saída ou a entrada. Um contacto,
independentemente de representar uma entrada ou uma saída, ou um
ponto interno, pode ser utilizado em qualquer parte do programa, sempre
que aquela condição necessite de ser avaliada.

A organização dos contactos nos degraus depende do controlo lógico


desejado. Os contactos podem ser colocados em série, paralelo ou
série/paralelo, dependendo do controlo necessário para uma dada saída.

A linguagem ladder é a mais utilizada na programação dos PLC’s.

1.5.1.1. Instruções do tipo relé

Estas instruções permitem examinar o estado de ligado e desligado


(ON/OFF) de um ponto interno ou entrada, e controlar o estado de um
ponto interno ou de uma saída.

a) Contacto normalmente aberto

O endereço referenciado pode ser uma entrada, um ponto interno ou uma


saída. Se o estado for ON quando o contacto está a ser examinado então
este fecha-se e assegura a continuidade lógica. Se o estado for OFF
então sucede o contrário e o contacto abre-se quebrando a continuidade
lógica.

b) Contacto normalmente fechado

O princípio de funcionamento é idêntico ao anterior, mas ao contrário.


Quando o estado for OFF existe continuidade lógica e quando o estado
for ON não existe continuidade lógica.

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


c) Início de ramificação

Inicia cada um dos ramos paralelos levando uma das polaridades a bobine
caso a lógica estabelecida no ramo se verificar.

d) Fim de ramificação

Termina um conjunto de ramos paralelos, isto é, termina o caminho de


continuidade para um circuito OR.

e) Saída normalmente aberta

Usada para controlar uma saída ou um ponto interno. Coloca no estado


ON, a saída ou o ponto interno, quando existe continuidade lógica, e vice
versa.

f) Saída normalmente fechada

O seu comportamento é o inverso da saída normalmente aberta.

g) Saída latched ou set

Esta saída é colocada a ON quando existir pelo menos um caminho com


continuidade lógica. No entanto, esta continuará ON mesmo que deixe de
existir continuidade lógica. A saída só será colocada inactiva quando for
executada uma instrução de unlatched para o mesmo endereço.

h) Saída unlatched ou reset

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


É programada para colocar OFF uma determinada saída latched (set). É a
única forma de colocar OFF uma saída latched (set).

Exemplo 1:

Usando bobines de saída sem memoria, faça um programa em linguagem


ladder de modo que pressionando um botão a lâmpada liga e
pressionando outro botão a lâmpada desliga.

Solução

Quando utiliza bobines de saída sem memórias, é preciso fazer


estabelecer um contacto de retenção em paralelo com o botão start para
que quando tirar o dedo do pulsador start o relé de saída fique
desenergizado. Este contacto de entrada deve possuir a mesma
designação da bobine de saída.

Exemplo 2:

Usando bobines de saída com memória, faça um programa em linguagem


ladder de modo que pressionando um botão a lâmpada liga e
pressionando outro botão a lâmpada desliga.

Solução

Quando se utiliza bobines de saída com memórias, não é preciso fazer


estabelecer um contacto de retenção em paralelo com o botão start para
que quando se tirar o dedo do pulsador start o rele de saída fique
desenergizado já que como o relé de saída tem memoria, armazena
sempre o estado anterior.

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


Exemplo 3:

o programa para arranque e a paragem de um motor com as tradicionais


botoneiras Start e Stop.

Como é bem conhecido, para comandar um


motor a partir de botoneiras é necessário fazer a chamada auto-
alimentação. É essa a função do
relé Motor, que garante que o motor continue a trabalhar quando se
deixa de premir a botoneira
Start. O degrau para comandar desta forma o motor seria:

Quando o botão de Start é premido, e o botão de Stop não está activo,


existe continuidade
lógica, o motor arranca e o relé Motor é accionado. Mesmo que o botão
de Start seja agora
levantado, a continuidade lógica é assegurada pelo contacto Motor.
Para parar o motor basta premir o botão de Stop, quebrando a
continuidade lógica, e

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


neste caso também o relé Motor deixa de estar accionado. Mesmo que o
botão de Stop seja agora
levantado, continua a não haver continuidade lógica pois quer o Start
quer o Motor estão abertos.

EXEMPLO 2

Com estas duas instruções o exemplo do motor apresentado


anteriormente poderia ser realizado pelos dois degraus apresentados a
seguir:

Todas as partes no seu conjunto. É a ferramenta de diálogo interno do


autómato.

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


1.5.1.2. Instruções de temporização e contagem

São instruções de saída com funções idênticas às fornecidas pelos


temporizadores e contadores construídos mecânica ou electronicamente.
São geralmente utilizadas para activar ou desactivar um dispositivo ao
fim de determinado tempo ou contagem.

O seu princípio de funcionamento é idêntico pois ambos podem ser


considerados contadores. Um temporizador conta um número de
intervalos de tempo fixos, necessário para atingir a duração pretendida,
enquanto um contador regista o número de ocorrências de um
determinado evento.

As instruções de temporização e contagem necessitam de dois registos:


um registo para armazenar o número de contagens já efectuadas e outro
registo para armazenar o valor inicial.

Atraso à operação TON

Usada para providenciar atraso numa determinada acção, ou para medir a


duração da ocorrência de um evento. A temporização é iniciada quando a
condição de entrada é verdadeira, sendo o temporizador inicializado
quando a condição de entrada deixar de ser verdadeira. No diagrama
temporal apresentado a seguir podem-se analisar os sinais da condição
de entrada e o sinal de saída do temporizador.

Atraso à desoperação TOFF

Usada para atrasar a desactivação de uma determinada saída ou ponto


interno. Se a continuidade lógica for quebrada por algum motivo, o
temporizador inicia a contagem do tempo respectivo ao fim do qual
coloca a sua saída inactiva, como se pode analisar na figura seguinte:

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


Contador ascendente CTU

A instrução de CTU incrementa de uma unidade o seu valor acumulado


de cada vez que ocorre um evento de contagem. Ao contrário das
instruções de temporização, o contador, na maioria das implementações,
continua a contar eventos mesmo após o seu valor de contagem ser
atingido.

Contador descendente CTD

O princípio de funcionamento é idêntico ao contador ascendente, só que o


processo de contagem é descendente desde o valor pré-programado até
zero.

Também é normal haver outras implementações de contadores


nomeadamente o contadorascendente/descendente, bem como a
introdução de uma entrada para inicialização ( reset) em cada um dos
contadores atrás citados. Quando a entrada de reset está inactiva o
contador tem um comportamento normal, e uma activação da entrada de
reset inibe imediatamente a contagem e inicializa o contador com o seu
valor pré-programado.

1.5.3. Linguagens de instruções

As linguagens de mnemónicas (lista de instruções) usam instruções


textuais fornecidas pelo autómato. Esta linguagem para aplicações
sequenciais tornem a programação mais complicada. Por outro lado, a

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


escrita do programa é mais penosa, dificultando também a correcção de
erros nos programas.

1. FUNÇÃO AND (“E”, em Português)


2. FUNÇÃO OR (“OU” em Português)

Ou seja, cada vez que se faz um LD o autómato vai interpretá-lo como um bloco. Depois
podemos fazer qualquer operação (AND ou OR) com os 2 últimos blocos definidos. Se usarmos
o AND LD ou o OR LD é feita a operação com os 2 últimos blocos definidos e dá-se origem a um
outro bloco, resultado dessa operação.

LD A
AND B

OUT A

END

LD A
AND B
AND C

OUT A

END

LD A
AND B
AND C
AND D
OUT A

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


END

LD A
OR B

OUT A

LD A
OR B
OR C

OUT A

LD A
OR B
OR C
OR D

OUT A
END

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


LD A
OR B
AND C

OUT A
END

LD A
AND B

LD C

OUT A
END

LD D
LD A
AND B

OR LD

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


AND E

OUT A
END

LD A
AND B

LD C
AND D

OR LD ( PERMITE O PARALELO DE DOIS BLOCOS)

AND E

OUT A
END

LD A
AND B

LD C
AND D

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


OR LD ( PERMITE O PARALELO DE DOIS BLOCOS)

LD G
AND H
OR LD ( PERMITE O PARALELO DE DOIS BLOCOS)

OUT A
END

LD A
AND B

OR D
OR K

AND E

OUT A
END

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


LD D
LD A
AND B

OR LD
LD K
OR LD
AND E

OUT A
END

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


LD A
AND B

LD C
AND D
OR M
OR K

AND LD

OUT A
END

LD A
AND NOT B

LD C
AND D

LD M
AND N

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque


OR LD
AND LD

OUT A
END

2.5 Dispositivos de entradas

Os dispositivos de entradas são os interruptores, sensores, fins de curso


e os botões de pressão. Por último, os dispositivos de saída são os
temporizadores, relés, solenóides, arrancadores magnéticos, lâmpadas,
motores, bem como instrumentos de som e luz de sinalização.

2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO PLC

o sistema de controlo utilizando PLC (Automação ou lógica programada)


quando comparado com o controlo convencional (utilizando relés).

 É mais eficiente;
 Tem o número de conexões reduzido em cerca de 80%;
 O consumo é reduzido, devido a utilizar menos relés;
 O diagnóstico das funções no PLC permite que a detecção de erros
seja feita com rapidez e agilidade;
 Quanto à mudança da sequência de funcionamento de uma
aplicação, pode ser facilmente obtida, através da substituição do
programa recorrendo a uma consola, ou usando um software
próprio para computador, desde que não seja necessário inserir
novos dispositivos de entrada.
 O PLC controlado através de um painel de controlo, necessita de
menos peças, assim como, é económico, especialmente nos casos
em que existe grande quantidade de dispositivos de entrada/saída.

Elaborado por: Eng. Benvindo L. Queque

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