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CNPJ: 05.423.670/0001-34 / CREA 66.891/ Rua Gal. Vitorino, 56 / CEP 96.200-310 / Rio Grande-RS 1
ÍNDICE
1. OBJETIVO ................................................................................................................... 03
2. PRELIMINARES ............................................................................................................ 03
3. METODOLOGIA ............................................................................................................ 04
4. VISTORIA E CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO .................................................................... 05
5. REGISTRO FOTOGRÁFICO ............................................................................................ 05
6. LINHA DE TRANSMISSÃO (LT) ....................................................................................... 07
7. LOCALIZAÇÃO/ PROJEÇÃO DA (LT) ................................................................................ 07
8. CÁLCULO DO COEFICIENTE DE SERVIDÃO (CS) .............................................................. 07
8.1. Preliminares ................................................................................................................. 07
8.2. Definições .................................................................................................................... 08
8.3. Tabelas de pesos .......................................................................................................... 09
8.4. Resumo dos pesos adotados .......................................................................................... 12
8.5. Coeficiente de servidão (CS) .......................................................................................... 13
9. CÁLCULO DO COEFICIENTE PERCENTUAL DE DESVALORIZAÇÃO DA ÁREA
REMANESCENTE (Pr) .................................................................................................... 13
9.1. Preliminares ................................................................................................................. 13
9.2. Referência dos impactos ............................................................................................... 15
9.3. Coeficiente percentual de desvalorização da Área Remanescente (Pr) ................................ 17
10. RESULTADO ................................................................................................................ 18
11. QUESITOS ................................................................................................................... 19
11.1. Quesitos do Autor ......................................................................................................... 19
ANEXOS:
I- IMAGEM DO LOCAL OBTIDA POR SATÉLITE .................................................................. 19
Representação da área de servidão ............................................................................... 20
II- DADOS DA AMOSTRA E DA GLEBA AVALIANDO ............................................................ 23
1. PESQUISA DE VALORES ............................................................................................... 24
2. VARIÁVEIS UTILIZADAS ............................................................................................... 24
2.1. Variável dependente .................................................................................................... 24
2.1.1. Valor ........................................................................................................................... 24
2.2. Variáveis independentes ............................................................................................... 24
2.2.1. Área ............................................................................................................................ 24
3. DADOS DO IMÓVEL AVALIANDO ................................................................................... 24
III- TRATAMENTO DOS DADOS E IDENTIFICAÇÃO DO VALOR DA GLEBA AVALIANDO ......... 25
1. MODELO MATEMÁTICO ADOTADO ................................................................................ 26
2. RESUMO DOS RESULTADOS ......................................................................................... 26
2.1. Coeficiente de determinação (R²) .................................................................................. 26
2.2. Coeficiente de correlação (r) ......................................................................................... 26
2.3. Coeficiente de determinação ajustado ........................................................................... 26
2.4. Erro padrão ................................................................................................................. 26
3. ANOVA ........................................................................................................................ 27
4. RESULTADOS DE RESÍDUOS ......................................................................................... 27
5. RESULTADOS DE PROBABILIDADE ................................................................................ 27
6. GRÁFICOS ................................................................................................................... 28
6.1. Resíduos ..................................................................................................................... 28
6.2. Ajuste de Linha ............................................................................................................ 28
6.3. Probabilidade Normal ................................................................................................... 28
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1. OBJETIVO
Consiste na avaliação de uma área, gravada por servidão administrativa, para passagem aérea
de uma rede de Transmissão de Energia Elétrica, com 2.427,25m2 de um total de 14.886,846m2 de
área superficial, conforme a matrícula n.º 36.782, do Registro de Imóveis de Rio Grande, sendo parte
do terreno enquadrado como rural e parte como urbano, no Plano Diretor municipal.
2. PRELIMINARES
Segundo o item 11.2.2. da NBR 14.653-2: Imóveis Urbanos, o valor da indenização pela
presença de servidão corresponde à perda do valor do imóvel decorrente das restrições a ele impostas,
calculadas alternativamente, conforme a seguir:
b) Diferença entre os valores presentes dos rendimentos imobiliários líquidos relativos ao uso
do imóvel antes e depois da instituição da servidão;
Além disso, eventuais Prejuízos às benfeitorias atingidas pela faixa de servidão devem ser
avaliados, bem como Perdas adicionais decorrentes da instituição da servidão no imóvel, como a
cessação de atividade econômica.
Conforme a NBR 14.653-3: Imóveis Rurais, em seu item 10.10., as servidões classificam-se:
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(...)
10.10.2 Valor da indenização
O valor da indenização pela presença de servidão em propriedade rural, quando
cabível, é o decorrente da restrição ao uso do imóvel afetado, que abrange o
descrito em 10.10.2.1 a 10.10.2.4.
10.10.2.1 Prejuízo correspondente a uma porcentagem, explicada e justificada,
do valor da terra, limitado ao seu valor de mercado.
10.10.2.2 Prejuízo correspondente ao valor presente da perda de rendimentos
líquidos relativos às produções vegetais na área objeto da servidão.
10.10.2.3 Prejuízos relativos às construções, instalações, obras e trabalhos de
melhoria das terras atingidas pela faixa de servidão, que devem ser avaliados
com base em 10.2 e 10.7.
10.10.2.4 Outras perdas decorrentes na propriedade, quando comprovadas."
3. METODOLOGIA
Por tratar-se de um terreno classificado parte como rural e parte como urbano, a perícia seguiu
as diretrizes da NBR 14.653-1: Procedimentos Gerais, NBR 14.653-2: Imóveis Urbanos e NBR 14.653-
3: Imóveis Rurais, observando que, por opção, o coeficiente percentual de desvalorização da área
remanescente (Pr), foi calculado em separado do Coeficiente de Servidão (CS).
O método de avaliação adotado foi o Comparativo Direto de Dados de Mercado, sendo este o
que melhor define o valor através da comparação com dados de mercado assemelhados quanto às
características intrínsecas e extrínsecas. (Ver Anexo III).
Este método é o mais utilizado e recomendado por permitir a determinação do valor levando
em consideração as diferentes tendências e flutuações do mercado imobiliário, sendo pesquisadas as
características e atributos que exercem influência na formação dos preços e, consequentemente, no
valor, sendo estes ponderados por Inferência Estatística.
A utilização da Inferência Estatística é feita a partir de um modelo matemático adequado,
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conhecido como Modelo de Regressão, que permite uma avaliação com grande isenção de
subjetividade, e que, submetido a diversos testes previstos em norma, transmite à avaliação a
confiabilidade dos graus de fundamentação e precisão estatísticos esperados.
A vistoria ocorreu no dia 23/08/17 as 14:00h e contou com a presença das partes. Região
litorânea, com predominância de glebas rurais, clima ameno, superfície plana, padrão sócio econômico
cultural médio, topografia em nível e solo predominantemente arenoso permeável da classe das areias
quartzosas marinhas distróficas, com algumas zonas constituídas de relativa parcela de argila de
Atividade Alta2. Trata-se de uma gleba, com ocupação condizente com as leis de zoneamento e uso
do solo do município. A infraestrutura da local corresponde ao local onde situa-se, ou seja, com frente
para a rodovia RS 734 (estrada Rio Grande-Cassino).
5. REGISTRO FOTOGRÁFICO
As fotos a seguir, foram obtidas na entrada da propriedade que fica distante aproximadamente
2Km da rodovia RS 734, observando que em data anterior, esta parte do terreno, também foi alvo de
desapropriação para instalação de LT's, não se confundindo, portanto, com o local do presente
trabalho, servindo apenas como ilustração da situação.
Ressalta-se que área desapropriada para a presente servidão, localiza-se em um local mais
privilegiado do terreno, dando frente para a rodovia RS 734 (estrada Rio Grande-Cassino). Ver o
ANEXO I - IMAGEM DO LOCAL OBTIDA POR SATÉLITE, do Laudo.
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Foto 2- Vista da casa principal e galpão do imóvel.
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Foto 4- Vista de outra torre de transmissão de energia.
Em um primeiro momento, cabe montar o seguinte quadro, o qual tem o intuito de fornecer
um panorama simples, mas importante, onde as áreas envolvidas na servidão são relacionadas.
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Com base nas normas vigentes, levando em consideração os postulados de PELLEGRINO3 para
imóveis rurais, procurou-se englobar os fatores mais significativos, objetivando dar mais justeza a
avaliação a ser feita.
Desta maneira, dos estudos realizados, conseguiu-se alinhar os seguintes fatores que
produzem impactos ambientais no imóvel interferido por uma servidão de passagem aérea de Linha
de Transmissão de energia elétrica.
a) Topografia;
b) Região de Localização do Imóvel;
c) Tipo de Propriedade;
d) Posição do Imóvel Atingido;
e) Número de Torres Instaladas;
f) Área Atingida;
g) Acesso ao Imóvel;
h) Capacidade de Uso do Solo;
i) Aptidão Agrícola;
j) Benfeitorias Atingidas;
k) Estado da Superfície do Imóvel;
l) Campo de Arbítrio.
8.2. Definições
FATOR PESOS
a) Topografia 0,5 a 2,0
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b) Região de Localização do Imóvel 0,5 a 2,0
c) Tipo de Propriedade 0,5 a 3,0
d) Posição do Imóvel Atingido 1,0 a 10,0
e) Número de Torres Instaladas 0,0 a 10,0
f) Área Atingida 5,0 a 50,0
g) Acesso ao Imóvel 0,5 a 2,5
h) Capacidade de Uso do Solo 0,5 a 4,0
i) Aptidão Agrícola 0,5 a 2,5
j) Benfeitorias Atingidas 0,0 a 5,0
k) Estado da Superfície do Imóvel 0,5 a 2,0
l) Campo de Arbítrio 1,0 a 7,0
Nas tabelas apresentadas a seguir, devemos definir os valores que as variáveis assumirão na
equação que formará o percentual de servidão, de acordo com as características observadas no imóvel
serviente.
TOPOGRAFIA PESO
Plana 2,0
Ondulada 1,5
Acidentada 1,0
Escarpada 0,5
REGIÃO PESO
Urbana 2,0
Expansão Urbana 1,5
Suburbana 1,0
Rural 0,5
TIPO PESO
Lote 3,0
Chácara 2,5
Sítio 2,0
Fazenda 1,5
Minifúndio 1,0
Latifúndio 0,5
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d) Fator POSIÇÃO do Imóvel Atingido: Define a forma pela qual a faixa de servidão atinge o imóvel.
POSIÇÃO PESO
Frontal 10
Frontal parcial 9
Longitudinal (meio) 8
Transversal (meio) 7
Diagonal 6
Longitudinal 5
Transversal 4
Lateral 3
Canto (frente) 2
Canto (fundo) 1
e) Fator Número de TORRES Instaladas: Define o impacto em função da quantidade de torres que
são instaladas no imóvel serviente.
TORRES ÍNDICE
Mais de trinta e cinco torres 10
De vinte e seis a trinta e cinco torres 9
De dezesseis a vinte e cinco torres 8
De treze a quinze torres 7
De dez a doze torres 6
Oito a nove torres 5
Seis a sete torres 4
Quatro a cinco torres 3
Duas a três torres 2
Uma torre 1
Nenhuma torre 0
f) Fator ÁREA Atingida: Define o intervalo no qual está inserido o percentual da área impactada pela
faixa de servidão.
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5,51 a 6,50 13,0 38,51 a 40,50 36,0
6,51 a 7,50 14,0 40,51 a 42,50 37,0
7,51 a 8,50 15,0 42,51 a 44,50 38,0
8,51 a 9,50 16,0 44,51 a 46,50 39,0
9,51 a 10,50 17,0 46,51 a 48,50 40,0
10,51 a 11,50 18,0 48,51 a 51,50 41,0
11,51 a 12,50 19,0 51,51 a 54,50 42,0
12,51 a 13,50 20,0 54,51 a 57,50 43,0
13,51 a 15,00 21,0 57,51 a 60,50 44,0
15,01 a 16,50 22,0 60,51 a 63,50 45,0
16,51 a 18,00 23,0 63,51 a 66,50 46,0
18,01 a 19,50 24,0 66,51 a 70,50 47,0
19,51 a 21,00 25,0 70,51 a 74,50 48,0
21,01 a 22,50 26,0 74,51 a 79,00 49,0
22,51 a 24,00 27,0 > de 79,00 50,0
ACESSO PESO
Ótimo 2,5
Bom 2,0
Regular 1,5
Ruim 1,0
Péssimo 0,5
USO PESO
Lazer/Construção 4,0
Reflorestamento/Cultura de Cana-de-açúcar 3,5
Fruticultura/Cultura permanente com erradicação total 3,0
Fruticultura/Cultura permanente com erradicação parcial 2,5
Floresta nativa 2,0
Cultura temporária 1,5
Pasto artificial 1,0
Pasto nativo 0,5
i) Fator APTIDÃO Agrícola: Define qual a característica do solo em relação à capacidade de produção
agrícola.
APTIDÃO PESO
Ótima 2,5
Boa 2,0
Regular 1,5
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Restrita 1,0
Inapta 0,5
BENFEITORIAS PESO
Comercial/Industrial 5,0
Industrial/Agropecuária 4,5
Comercial/Agropecuária 4,0
Residencial/Industrial 3,5
Residencial/Comercial 3,0
Residencial/Agropecuária 2,5
Industrial 2,0
Comercial 1,5
Residencial 1,0
Agropecuária 0,5
Nenhuma 0
SUPERFÍCIE Peso
Seca 2,0
Brejosa 1,5
Rochosa 1,0
Alagada 0,5
l) Fator Campo de Arbítrio: Esta variável, com pesos entre 1 e 7, assume o valor da subjetividade e
do conhecimento técnico do avaliador, sendo o valor estabelecido de inteira competência e sentimento
do avaliador.
FATOR PESO
Topografia 2,0
Região 1,5
Tipo 2,5
Posição 10,0
Torres 2,0
Área 18,0
Acesso 2,5
Uso 4,0
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Aptidão 2,5
Benfeitorias 2,5
Superfície 2,0
Arbítrio 7
∑= 56,5
Finalmente, de posse da soma dos pesos dos fatores, constantes no quadro do item anterior,
obtemos o Coeficiente de Servidão.
CS= (Topografia + Região + Tipo + Posição + Torres + Área + Acesso + Uso + Aptidão + Benfeitorias
+ Superfície + Arbítrio) / 100
CS= 56,5%
Conforme previsto nas normas da ABNT NBR 14.653-2: Imóveis Urbanos e NBR 14.653-3:
Imóveis Rurais, o impacto de uma faixa de servidão pode ter desdobramento sobre a área não
serviente, o que além de ser intuitivo, é objeto de pleitos dos impactados.
No caso das Linhas de Transmissão (LT), é evidente a ocorrência de incômodos como o
fenômeno de indução, o qual determina ruídos de interferência em aparelhos receptores e
transmissores porventura instalados nas proximidades da linha; passagem de pessoas e veículos que
cuidam da fiscalização e manutenção da faixa e das linhas, atravessando a propriedade
periodicamente; recusa ou temor de pessoas em residir na área remanescente em imóveis próximos
da faixa; o fato de em caso de venda, há sempre forte argumentação do comprador com relação a
este ônus que pesa sobre o imóvel.
Em ações de Servidão Administrativa, a indenização da área remanescente em função da
desvalorização, além de intuitiva é justa e correta, existindo vários critérios e metodologias para sua
apuração, apresentados pelos maiores nomes da Engenharia Legal em suas obras, inclusive
com trabalhos apresentados e aceitos nos anais dos COBREAP’s - Congresso Brasileiro de Engenharia
de Avaliações e Perícias.
A própria norma da ABNT NBR 14.653-3: Imóveis Rurais, assim preconiza em seu item 10.10.2.
Valor da indenização:
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Fora isto, interessante ler a obra de dos Anjos4, que assim refere quanto a indenização da
área remanescente:
4 Anjos, Walter Zer dos. Critérios e Método para a determinação do coeficiente de servidão em faixas
de domínio. Porto Alegre: COBREAP X, 1999
5 Abunahman, Sérgio Antonio. Engenharia Legal e de Avaliações. Pini- 4ª ed., 2000
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inexatidão do laudo pericial, há de ser confirmado o índice. A indenização deve
abranger também os danos causados às benfeitorias e às árvores aproveitáveis."
Grifo nosso.
Para tornar mais claro o entendimento, transcreve-se a seguir, um trecho retirado do teor
deste julgado, onde a decisão é enfática ao esclarecer:
Arantes6 e Saldanha (2009), com base em trabalhos apresentados na XII COBREAP/SP7 e XIII
COBREAP/CE8 e nas obras de Hantzis9 et al. (2000) e Alves10 (2002), montou a seguinte tabela de
definições:
6 Arantes, Carlos Augusto; Saldanha, Marcelo Suarez. Avaliações de Imóveis Rurais. São Paulo: Leud,
2009.
7 Arantes, Carlos Augusto. Avaliação de Indenização por Instituição de Servidão de Passagem em Áreas
2000.
10 Alves, C. S. Método Prático de Determinação de Percentual de Servidão para Faixa e Áreas
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Médio 25,10 a 50% O impacto interfere no aproveitamento econômico da
propriedade obrigando adequações no sistema de
exploração.
Alto 50,10 a 75% O impacto interfere substancialmente no
aproveitamento econômico da propriedade (obriga
novos investimentos para continuar mantendo níveis de
rentabilidade quais viabilizem o agronegócio)
Elevado Acima de 75% O impacto interfere no aproveitamento econômico da
propriedade impedindo que esta continue com suas
atividades usuais de exploração (agropecuária de
escala, por exemplo)
De forma a obter um intervalo mais abrangente, procedendo a extrapolação e interpolação dos limites
propostos por Hantziz, obtemos a seguinte planilha de coeficientes:
Tabela 2- Determinação dos coeficientes relacionais através do nível de impacto com o percentual da área
remanescente afetada.
Entende-se que um maior valor de indenização deva ser considerado tanto quanto maior for
o coeficiente de afetação territorial com relação à área do imóvel remanescente.
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Ínfimo 5,1 a 10% 0,0800
Baixo 10,10 a 25% 0,0875
Médio 25,10 a 50% 0,0950
Alto 50,10 a 75% 0,1025
Elevado Acima de 75% 0,1100
Tabela 3- Determinação do Fator Exponencial pela interação do nível de impacto com o percentual da área
remanescente afetada.
Com base nas tabelas 1, 2 e 3, Arantes e Saldanha (2009), chegam à seguinte fórmula para
o cálculo do Coeficiente de Afetação Territorial (CAT), que vem a ser a inter-relação percentual entre
a área diretamente afetada pela servidão ou desapropriação e o remanescente desta, em função do
nível de impacto.
Onde,
Sendo,
Daí passa-se a calcular o coeficiente percentual de desvalorização da Área Remanescente (Pr), o qual
é definido pela seguinte fórmula:
12Arantes, Carlos Augusto; Saldanha, Marcelo Suarez. Avaliações de Imóveis Rurais. São Paulo: Leud,
2009.
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AT= 2,1726 ha
AA = 0,242725 ha
Pr (%) = (0,821/0,82)1/2
Pr (%) = 0,88
Comparou-se o resultado deste trabalho com o publicado por ABUNAHMAN (2000), o qual
sugere que "o percentual justo e razoável de prejuízo deste remanescente é da ordem de 1% (hum
por cento), razão pela qual, ao valor da faixa deverá ser agregado este valor". Grifo nosso.
10. RESULTADO
De posse do valor da terra nua da gleba, considerada como um todo, obtido através das
diretrizes das normas da ABNT NBR-14.653-1: Procedimentos Gerais e NBR-14.653-3: Imóveis Rurais,
partimos para o cálculo da indenização.
CÁLCULO DA INDENIZAÇÃO
V1= (Valor/ha da Gleba avaliando) x CS (%) x AA (ha)
V2= (Valor/ha da Gleba avaliando) x Pr (%) x AR (ha)
VT= V1 + V2
Onde:
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Temos:
11. QUESITOS
11.1. Quesitos do Autor
1- Quais normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) devem ser
consideradas para a elaboração de laudo de avaliação de indenização para a referida servidão de
passagem?
Fazer construções;
Fazer queimadas;
Trafegar com veículos pesados;
Fazer escavações, uso de arado e/ou outros implementos agrícolas em profundidade superior
a 30cm;
Usar explosivos para remoção de rochas;
Implantar culturas de médio e grande porte (fruticultura, reflorestamento etc.).
R: Não.
4- Com apresentação da devida fundamentação técnica e uso de norma (s) ABNT apropriada (s), qual
o valor adequado para indenização da servidão na propriedade em questão?
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-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-
À disposição de Vossa Excelência para outras informações que forem julgadas necessárias.
CNPJ: 05.423.670/0001-34 / CREA 66.891/ Rua Gal. Vitorino, 56 / CEP 96.200-310 / Rio Grande-RS 20
ANEXO I
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<O anexo I, deste exemplo, está disponibilizado no "Download 2">
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ANEXO II
DADOS DA AMOSTRA
E DA GLEBA AVALIANDO
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1. PESQUISA DE VALORES
A coleta dos elementos amostrais foi efetuada na zona do imóvel (RS 734) avaliando,
procurando a melhor representatividade, através da comparação com dados de mercado
assemelhados quanto às características intrínsecas e extrínsecas.
Assim, os valores dos terrenos (dados amostrais) foram obtidos através de consulta a jornais
(Mercado Imobiliário e Jornal Agora), aos sites www.procuraseimovel.com.br e www.anchova.com.br,
a opinião de proprietários e consulta a corretores de imobiliárias conhecidas por sua seriedade e
conhecimento do assunto.
2. VARIÁVEIS UTILIZADAS
2.1. VARIÁVEL DEPENDENTE
2.1.1. VALOR
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ANEXO III
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1. MODELO MATEMÁTICO ADOTADO
Sendo,
onde,
VALOR= R$ 1.151.963,09
Equivalente a,
R$ 530.223,28/ha (Quinhentos e trinta mil, duzentos e vinte e três reais e vinte e oito centavos) por
hectare.
R² = 0,716504
R =0,846465
RAJUSTADO = 0,645630
EPADRÃO = 630.334,513
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3. ANOVA
F de
gl SQ MQ F
significação
Regressão 1 4,01675E+12 4,01675E+12 10,10958 0,033549444
Resíduo 4 1,58929E+12 3,97322E+11
Total 5 5,60604E+12
4. RESULTADOS DE RESÍDUOS
5. RESULTADOS DE PROBABILIDADE
Percentil VALOR
8,33 68000
25,00 430000
41,67 550000
58,33 800000
75,00 2000000
91,67 2800000
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6. GRÁFICOS
6.1. RESÍDUOS
500000
Resíduos
0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00
-500000
-1000000
ÁREA (ha)
2.000.000,00
2000000
1000000
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Percentil da amostra
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