Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Procurador-Geral da República
Antonio Fernando Barros e Silva de Souza
Elaboração
Jorge Gomes do Cravo Barros
Brasília, DF
2006
ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
SGAS Av. L2-Sul, Quadra 604, Lote 23
70200-901 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3313-5114 – Fax: (61) 3313-5185
Home page: <www.esmpu.gov.br>
E-mail: <editoracao@esmpu.gov.br>
Núcleo de Editoração
Cecilia Fujita
Setor de Revisão
Lizandra Nunes Marinho da Costa Barbosa (Chefia)
Daniel Mergulhão de Carvalho (Preparação de originais)
Karina Gomes Leal (Revisão de provas)
ISBN 85-88652-11-0
CDD 550.03
APRESENTAÇÃO
Por essa razão, o professor Alexandre Charles Kiss1 afirma que existe,
em relação ao direito ambiental, uma verdadeira cadeia de solidarieda-
de, integrada pela Geologia, Física, Química, Biologia, Ecologia – todas
elas ciências indispensáveis para que se conheça o meio ambiente e se
busquem as possíveis soluções para evitar sua degradação.
____________________
1
Droit international de l’environnement. Paris: Pedone, 2000. p. 16.
Possui, portanto, não só um vasto conhecimento teórico sobre Geolo-
gia, mas um valioso conhecimento prático, fruto do exercício diário de
suas atividades, desenvolvidas, na maioria das vezes, em trabalhos de
campo e nas análises técnicas de casos concretos, visando ao ajuizamento
de ações civis públicas ou à formulação de ajustes de conduta.
Este Glossário será, por isso, uma valiosa ferramenta de trabalho para
os membros e servidores do Ministério Público, estudantes, profissio-
nais do direito e para o público em geral, abordando conceitos técnicos com
uma linguagem acessível, o que facilita a sua compreensão e utilização.
SANDRA CUREAU
Subprocuradora-Geral da República
Coordenadora da 4ª CCR
INTRODUÇÃO
A
abiocenose todos os elementos abrasão processo pelo qual as su-
não-vivos (geológicos, climáticos e perfícies terrestres são erodidas e
outros) de um ecossistema. modeladas por agentes externos
graças à fricção de materiais em
abiótico o mesmo que azóico, isto trânsito nas ondas e correntes mari-
é, período da história física da Ter- nhas (abrasão marinha), rios (abra-
ra caracterizado pela ausência de são fluvial), geleiras (abrasão gla-
vida. cial) e ventos (abrasão eólica).
Relativo à parte sem vida de um
ecossistema ou a um meio onde acessório mineral com importân-
não existe vida. cia secundária na composição de
uma rocha, geralmente dispensá-
abissal região de águas oceânicas vel à sua classificação. Os minerais
profundas, geralmente com mais constituintes de uma rocha divi-
de 4.000 metros de profundidade, dem-se em essenciais e acessó-
coberta por argilas e vasas pelági- rios. Estes, por sua vez, dividem-
cas. Como a luz não penetra nessa se em acessórios menores (p. ex.:
região, não há fotossíntese. apatita, zircão, hematita, magneti-
Processo ou fenômeno geológico ta, entre outros) e acessórios aci-
que ocorre a profundidades entre dentais ou ocasionais (p. ex.: topá-
4.000m e 6.000m nos oceanos e a zio, turmalina etc.). Os do primeiro
partir de 300m nos lagos. grupo são microscópicos e ocor-
rem em pequena quantidade. Os
ablação redução da massa de uma segundos, em certos casos, atin-
geleira, resultante de processos gem maior importância científica e
combinados de degelo, evapora- mesmo econômica.
ção e conseqüente deposição de antônimo: mineral essencial.
partículas. Exprime a quantidade
de água perdida por fusão, subli- acidente evento ou seqüência de
mação, evaporação e fragmenta- eventos de ocorrência anormal que
ção parcial. resulta em conseqüências indese-
ACI 10
água bruta água de uma fonte de água cósmica água juvenil contida
abastecimento, antes de receber nos meteoros, proveniente do es-
qualquer tipo de tratamento (ABNT, paço sideral.
AGU 12
água de constituição água que in- água edáfica toda a água contida
tegra a composição química de um no solo, discriminável em três seg-
mineral, como a água dos mine- mentos: 1) água gravitativa ou gra-
rais hidratados, a exemplo da gip- vitacional ou vadosa, que se escoa
sita (sulfato de cálcio hidratado – graças à gravidade; 2) água capi-
CaSO4.2H2O). lar, que corresponde à parte retida
pela tensão superficial; 3) água hi-
água de mesa água de fonte, potá- groscópica, retida por forças elétri-
vel, industrializada, envasada, tida cas sob forma de película na super-
como de boa qualidade físico-quí- fície das partículas do solo.
mica e biológica.
água fóssil água contida em um
água de retenção água contida nos aqüífero, infiltrada em época geo-
espaços vazios de um meio poro- lógica cujas condições climáticas e
so, não mobilizável pela gravidade. morfológicas eram diferentes das
atuais.
água diagenética água expulsa de
rochas submetidas a compressão água freática água que ocupa os
por processos litogenéticos ou me- espaços vazios (poros, fissuras e
tamórficos. Geralmente são águas aberturas por dissolução) em uma
com baixa qualidade química. rocha ou sedimento, em um nível
abaixo do lençol freático.
água doce água com salinidade
igual ou inferior a 0,5% (Resolução água gravitacional água de origem
Conama n. 357, de 17.3.2005). meteórica (chuva) que se infiltra no
solo e fica contida em um meio
água do solo água contida no meio poroso livre, movimentando-se
poroso próximo à superfície do ter- sob o campo da força gravitacio-
reno. Ocorre como água pelicular. nal para níveis inferiores da zona
não-saturada.
água dura água com quantidade sinônimos: água gravítica; água
elevada de sais minerais dissolvi- vadosa (vide).
dos, principalmente carbonato de antônimo: água de retenção (vide).
cálcio, ou uma combinação de cál-
cio e magnésio. A água dura não água incrustante água saturada em
espuma bem com sabão e pode material dissolvido, normalmente
formar depósitos em reservatórios bicarbonato, que gera precipitados.
ou entupir tubulações. Comumen- antônimo: água agressiva (vide).
te, a água dura é misturada com
cloreto de sódio (sal de mesa), pois água juvenil água que entra no ci-
o sódio “amacia” a água, substituin- clo hidrológico pela primeira vez,
do grande parte do cálcio durante seja originada de meteoros, seja
o processo de troca de íons. proveniente do interior da Terra por
sinônimo: água calcária. meio de fenômenos magmáticos,
antônimo: água mole (vide). sendo quimicamente derivada du-
13 AGU
água subsuperficial água que ocor- sária mais água, entre outras. As
re na litosfera, sob a superfície do desvantagens, entre outras, são:
terreno, a exemplo da água do solo não é facilmente observável, seus
e da água subterrânea. recalques são maiores (o que im-
plica maior gasto de energia); quan-
água subterrânea suprimento de do contaminada ou poluída, é de
água de subsuperfície, parte inte- difícil tratamento; necessita de pes-
grante do ciclo hidrológico, que soal especializado para uma boa
ocupa a zona saturada do subsolo, captação; pode ter conteúdo exces-
armazenada em aqüífero (reserva- sivo de sais dissolvidos.
tório natural), passível de ser cap-
tada em obras de engenharia (po- água superficial água líquida que
ços, drenos). Apresenta-se como ocorre em corpos com superfície
uma solução de elementos quími- livre em contato direto com a at-
cos e compostos sólidos, líquidos mosfera, ou seja, acima da super-
e gasosos, que ocorrem em propor- fície do terreno, por exemplo: rios,
ções diversas. Ressalva-se que lagos e mares.
nem toda a água de subsuperfície
é água subterrânea; por exemplo, água supersaturada água com con-
a água do solo não é água subter- centração muito elevada de maté-
rânea, pois as forças que a coman- ria dissolvida, acima da constante
dam são as eletroquímicas (capi- de equilíbrio. Trata-se de situação
laridade e adsorção). No entanto, instável, normalmente causada por
a fração do curso da drenagem queda de temperatura e/ou pressão,
superficial que por correrem em que tende a provocar precipitação.
zona cárstica (como as zonas cal-
cárias) desaparecem nos “sumi- água termal água subterrânea na-
douros” são considerados como turalmente quente na sua emer-
água subterrânea. gência, com temperatura acima da
A água subterrânea é a maior re- média da região.
serva de água doce facilmente sinônimo: água termomineral.
acessível, em termos de quantida-
de, além de ter excelente qualida- águas territoriais as águas territori-
de. Apresenta as seguintes vanta- ais de um país ou Estado compor-
gens em relação à água superfi- tam duas faixas autônomas: 1) a
cial: não ocupa espaço em superfí- primeira ocupa as reentrâncias do
cie; sofre menor influência nas va- litoral – baías, portos, abras, recôn-
riações climáticas; é passível de cavos, estuários e enseadas –, as-
extração perto do local de uso; tem semelhadas aos lagos e rios, de-
temperatura constante; tem maior nominada águas interiores; 2) a ou-
quantidade de reservas; tem me- tra, com contorno aproximadamen-
lhor qualidade (física, química e te paralelo à costa, de largura cons-
biológica); tem proteção contra tante, confinando mais adiante com
agentes poluidores; os poços são o mar alto, menos dependente da
construídos à medida que é neces- terra, é denominada mar territorial.
15 AGU
B
bacia artesiana estrutura geológi- efluente é descarregada por uma saí-
ca na qual a água se acha confina- da única (exutório).
da e sob pressão, podendo se ele- Ordem da drenagem (hierarquização
var em direção à superfície ou mes- dos vales de uma bacia de drena-
mo jorrar, dependendo da confor- gem): 1ª ordem (vales mais elevados
mação topográfica, sem requerer e sem tributários); 2ª ordem (a jusan-
bombeamento do poço.
te da confluência de 2 ou mais tribu-
tários de 1ª ordem); 3ª ordem (a ju-
bacia de drenagem área geográfi-
sante da confluência de 2 ou mais
ca limitada pela topografia (inter-
flúvio), onde os fluxos hídricos tributários de 2ª ordem) e assim su-
superficiais (curso d’água ou siste- cessivamente, sendo que um tribu-
ma conectado de cursos d’água) tário de ordem “n” pode desembo-
são coletados para um dreno (ou car em outro de ordem maior que
corpo d’água) principal e a vazão “n+1”.
bacia de drenagem fechada área geo- lhido por sumidouros ou lagos não
gráfica limitada pela topografia em ligados por canais superficiais a ou-
que o escoamento superficial é reco- tros cursos d’água da bacia principal.
BAC 22
bioma também pode ser visto Extensão mais ou menos bem de-
como sendo somente a comunida- limitada da superfície contendo re-
de biológica regional, distinta e cursos suficientes para assegurar
complexa, especialmente caracte- a conservação da vida.
rizada por uma formação vegeta-
cional clímax e sua fauna associa- bloco de falha unidade de rocha
da. Exemplos de biomas brasilei- que é limitada por planos de falha
ros são a Floresta Amazônica e os ou falhamentos em pelo menos
Campos Sulinos. dois lados.
C
calcário rocha sedimentar de ori- rem abatimentos, o magma conti-
gem química, orgânica, por vezes do na câmara magmática tende a
com contribuição clástica, consti- preencher as fraturas/falhas circu-
tuída predominantemente por cal- lares da estrutura de colapso dan-
cita (carbonato de cálcio). Haven- do origem a diques anelares.
do predominância de dolomita
(carbonato de cálcio e de magné- caliche material carbonático, ge-
sio), a rocha passa a ser designa- ralmente calcítico ou nitrato de só-
da dolomito. dio, entre outros sais, derivado de
Calcários calcíticos (MgO < 5%) são intemperismo químico em climas
utilizados para a produção de cal e áridos, que se acumula em cama-
cimento. Calcários com proporções das, permeando e cimentando frag-
moderadas de magnésio (MgO > mentos residuais e solos.
12%) são denominados dolomíti- A combinação de movimentos dos
cos e se prestam para correção de sais em solução per descenum na
acidez de solos lateríticos, visando época de raras chuvas e per ascen-
ao uso agrícola. sum, movimentada por capilarida-
de com evapotranspiração, leva à
caldeira cratera vulcânica circular concentração do caliche nos solos.
com grande dimensão (até dezenas sinônimo: calcrete.
de quilômetros de diâmetro). Pode
se apresentar rebaixada com rela- camada estrutura sedimentar indi-
ção às bordas graças ao colapso vidualizada, uniforme ou não, com
(subsidência) da câmara magmá- forma tabular e separada das uni-
tica esvaziada com a efusão e/ou dades superiores e inferiores por
refluxo de magma, seguida por descontinuidades geradas por mu-
eventos vulcânicos, geralmente ex- dança no tipo de material deposi-
plosivos. tado e/ou nas condições de sedi-
A caldeira pode ser complexa e mentação. Corresponde à menor
conter mais de uma cratera simples unidade reconhecida na classifica-
ou duto(s) vulcânico(s). Ao ocorre- ção estratigráfica.
CAM 28
erosão de longo prazo. O ciclo com- liberação de CO2 , que serve de ali-
preende um período de soergui- mento aos seres vivos, por inter-
mento e erosão de uma paisagem. médio das cadeias tróficas.
Sucessão dos estágios (fases evo- A base da cadeia é ocupada pela
lutivas) jovem, maduro e senil, pe- produção primária, representada
las quais passa uma região, desde pelos vegetais. Da energia acumu-
a sua sobrelevação inicial e disse- lada pela fitomassa, 10% são trans-
cação até o estágio final da sua des- feridos para o nível seguinte, ocu-
truição (peneplanação). 1) No es- pado pelos herbívoros. Novamen-
tágio jovem, a área recentemente te 10% da energia acumulada nes-
elevada é intensivamente trabalha- se nível é transferida para os car-
da pela erosão fluvial. Os vales se nívoros e assim sucessivamente
aprofundam e têm a forma de um (lei de “transferência dos 10%” nas
V, separados por divisores largos. cadeias tróficas).
2) No estágio maduro inicia-se o es-
Em qualquer nível, se houver mor-
treitamento dos divisores e o rele-
vo vai sendo progressivamente re- te, a matéria será atacada pelos
duzido; os vales se alargam e os decompositores para ser reintegra-
divisores se arredondam. A rede de da nos ciclos biogeoquímicos. O
drenagem atinge a sua plenitude. retorno de CO2 à atmosfera ocorre
3) No estágio senil o relevo se re- por intermédio da respiração dos
duz consideravelmente, até que a seres vivos e pelo solo. As fontes
região apresente uma topografia adicionais são os vulcões e a quei-
muito suave – peneplano. Os vales ma de energia fóssil, como o pe-
dos rios tendem a aproximar-se do tróleo e o carvão.
nível de base; a erosão é reduzida,
pequena, em contraposição com a ciclo do nitrogênio processo pelo
sedimentação fluvial, que se torna qual o nitrogênio se move no inte-
importante. rior dos ecossistemas, entre eles e
por toda a biosfera. O ciclo do ni-
ciclo de sedimentação seqüência de trogênio não é um circuito simples;
eventos que engloba a destruição envolve processos interligados que
de rochas (intemperismo), o trans- são muitas vezes mediados pela
porte do material resultante, sua de- atividade bacteriana.
posição e a litificação, originando O nitrogênio geralmente entra nos
uma rocha sedimentar. Um ciclo ecossistemas a partir da atmosfe-
pequeno é designado ciclotema. ra, na forma de nitrato ou amonía-
co, pela descarga elétrica (raio), fi-
ciclo do carbono o carbono é en- xação biológica ou precipitação.
contrado na atmosfera sob forma Esses compostos de nitrogênio são
gasosa e nos oceanos em estado absorvidos pelas plantas que por
dissolvido. Na fotossíntese realiza- sua vez são consumidas por ani-
da pelas plantas verdes, terrestres mais que devolvem o nitrogênio
e aquáticas, o carbono é captado e para o ambiente, em grande parte
transformado em carboidrato, com na forma de uréia.
33 CIC
$0/%&/4"±°0
13&$*1*5"±°0
*/5&3$&15"±°0
3*0 &7"103"±°0
&4$0".&/50
461&3'*$*"-
3&$"3("%"6.*%"%&
%040-0 */'*-53"±°0
"'-03".&/50
£'5! 35"4%22ª.%! ."3
D
dano ambiental qualquer alteração baseada na comparação da propor-
no meio ambiente provocada por ção de isótopos 40K com 40Ar em
intervenção antrópica. uma amostra de mineral ou de ro-
sinônimo: degradação ambiental cha. A datação potássio-argônio só
(vide). é eficaz em rochas com no mínimo
250.000 anos de idade.
datação absoluta determinação da
idade estimada de uma rocha ou mi- datação radiométrica
neral por comparação das propor- sinônimo: datação absoluta (vide).
ções de isótopos-pais radiativos e
dos uclídeos filhos, com uma meia- datação urânio-chumbo (U-Pb)
vida conhecida de um elemento ra- método de datação geocronológi-
diativo. ca absoluta baseado na desintegra-
sinônimo: datação radiométrica ção radioativa de dois isótopos de
(vide). urânio (235U e 238U) dando origem a
dois isótopos de chumbo (207Pb e
206
datação por carbono-14 determina Pb). As meias-vidas dos isótopos
o tempo absoluto, em função da de urânio são de 0,704Ga (bilhões
meia-vida relativamente curta do de anos) e 4,47Ga, respectivamen-
carbono 14. Esse se forma a partir te. É aplicado especialmente para
do nitrogênio do ar, pela reação nu- a datação de minerais ricos em urâ-
clear provocada pelos raios cósmi- nio, tais como zircão, monazita, ti-
cos, na estratosfera. A relação en- tanita, xenotima, badeleíta e pe-
tre C12 e C14 na atmosfera é 1012:1, rovskita. Rotineiramente aplicado a
transmitida na mesma proporção rochas e minerais mais velhos que
aos corpos orgânicos – vegetais e 1,0Ma (milhão de anos).
animais. Com esse método, pode-
se determinar a idade de objetos datum planimétrico referência para
orgânicos até cerca de 50.000 anos. se definir pontos da superfície ter-
restre. No Brasil, o ponto de refe-
datação potássio-argônio (K-Ar) rência para o datum vertical é o ma-
técnica de datação radiométrica régrafo de Imbituba, em Santa
DEC 40
res, provocada, em geral, por fenô- nos (p. ex.: intrusão magmática,
menos não-tectônicos, tais como deslizamento etc.).
consolidação de magma e desse- Encurvamento produzido em qual-
cação de sedimentos. quer feição planar de uma rocha por
compreensão lateral, cisalhamento
divisão estratigráfica conjunto de diferencial ou movimento de com-
rochas geradas durante uma divi- preensão vertical diferencial.
são cronológica. As divisões estra- Distinguem-se vários tipos de do-
tigráficas são: sistema, série, gru- bras: anticlinal, sinclinal, monocli-
po, formação, membro, cunha, len- nal etc. Alguns autores denominam
te, camada, zona. flexão à dobra monoclinal. As do-
bras ocorrem normalmente em as-
dobra curvatura ou flexão comu- sociação. Distinguem-se, em uma
mente produzida nas rochas por dobra, os seguintes elementos des-
processos tectônicos, porém tam- critivos: flancos, plano axial, eixo,
bém resultante de outros fenôme- crista e plano de crista.
Figura 6 – Principais tipos de dobras: (A) monoclinal ou flexão; (B) anticlinal simétrica;
(C) isoclinal; (D) dobra em leque; (E) dobra inclinada assimétrica; (F) dobra revirada; (G)
dobra deitada; (H) dobra falhada; (I) dobra de arrasto; (P.A) plano axial das dobras; (f)
falha (Fonte: LEINZ & AMARAL).
E
Ecologia ramo da ciência que es- com outras espécies, grandes re-
tuda as relações dos seres vivos cifes. Constituem um dos mais di-
entre si e com o ambiente. Origem versificados e produtivos ecossis-
do termo: do grego oikos = casa + temas do planeta.
logos = ciência.
ecossistema pelágico referente ao
ecossistema sistema ecológico que habitat ou ambiente ecológico das
inclui todos os organismos de uma águas oceânicas abertas, acima do
determinada área, em interação ambiente bentônico do fundo dos
com o ambiente físico, de tal forma mares (pelagos = mar). Habitado
que um fluxo de energia leve a uma principalmente por seres planctô-
estrutura trófica definida, diversida- nicos e nectônicos.
de biológica e reciclagem de mate-
riais (troca de materiais entre com- ecótono área de transição, gradual
ponentes vivos). O ecossistema é a ou abrupta, entre dois (ou mais)
unidade básica da Ecologia. ecossistemas distintos, que pode
ter características de ambos ou
ecossistema bêntico ambiente de próprias. Os limites de uma flores-
organismos que vivem no fundo ta, perto de um campo ou grama-
dos corpos de água salgada ou do, é um ecótono, do mesmo modo
doce. O termo bentos (benthos) que as áreas de savana entre flo-
designa um conjunto de organis- restas e pastagens.
mos que vivem no fundo (interfa- Zona de união ou cinturão de ten-
ce sólido-líquida) de um ecossiste- são, possivelmente com extensão
ma aquático, preferencialmente linear considerável, porém mais
nos mares (adjetivo: bentônico). estreita que as áreas das comuni-
dades adjacentes. A comunidade
ecossistema de recife de coral do ecótono pode conter organis-
ecossistema marinho tropical de mos de cada uma das comunida-
águas rasas, habitado por corais des vizinhas, assim como organis-
cujos esqueletos externos formam, mos característicos.
EDA 50
F
fácies caráter distintivo (“face”) de aparelhos manuais ou máquinas
uma rocha ou um grupo de rochas. simples e portáteis para extração
Distinguem-se os seguintes signi- de metais nobres nativos em de-
ficados para o termo: 1) em estra- pósitos de eluvião ou aluvião, flu-
tigrafia, é geralmente usado para viais ou marinhos – depósitos es-
indicar variações no caráter litoló- ses genericamente denominados
gico ou biológico de uma unidade faisqueiras.
estratigráfica (p. ex., fácies deltái-
ca); 2) para rochas ígneas, indica faixa de fronteira a faixa interna
variação na textura ou na compo- com 150km de largura, paralela à
linha divisória terrestre do Territó-
sição mineral de uma determina-
rio Nacional (Lei n. 6.634/1979).
da porção em relação à massa prin-
cipal; 3) para rochas sedimentares,
falésia forma de relevo litorâneo,
denota um grupo de estruturas se-
abrupta ou escarpada, que acom-
dimentares, composições de partí-
panha a linha de costa. A erosão
cula ou características de estratifi-
no sopé da escarpa, causada pelo
cação indicativos do respectivo
embate das ondas e/ou correntes
ambiente de deposição, em con- marinhas, provoca o desmorona-
traste com outras características da mento das paredes, tornando-as
mesma unidade estratigráfica; 4) verticalizadas.
para rochas metamórficas, desig-
na um grupo de rochas com com- falha ruptura ou quebra em mate-
posição mineral variável que, du- rial rochoso, com deslocamento
rante o metamorfismo, encontra-se relativo de pontos originalmente
em equilíbrio sob uma dada com- contíguos (rejeito de falha), ao lon-
binação de condições de pressão go de uma superfície (plano de fa-
e temperatura. lha), causando descontinuidade no
maciço.
faiscação trabalho individual, com Em conseqüência da movimenta-
uso de instrumentos rudimentares, ção, originam-se espelhos tectôni-
FAL 58
tas como suave, quebradiça, fibro- tura entre 800 e 100ºC, que esca-
sa ou concoidal, dependendo da pam por fissuras, fraturas ou ou-
aparência da superfície rompida. tros dutos. Os elementos mais co-
sinônimos: diáclase (vide); juntas. muns são hidrogênio, cloro, enxo-
fre, nitrogênio, carbono e oxigênio,
fumarola emanação de gases e va- em suas formas elementares ou
pores associados à atividade vul- combinados. Ocorrem também
cânica em um estágio de tempera- elementos metálicos.
63
G
ganga mineral parte de um depósi- vapor e água quente, produzida
to de minério formada por rocha(s) pelo aquecimento geotérmico de
e/ou mineral(is) que não tem, no um aqüífero natural. É comum emi-
presente, valor econômico. tir um som forte acompanhando as
emanações.
garimpagem originalmente, traba- Geneticamente estão ligados à fase
lho de lavra regulamentado, embo- final de um vulcanismo moderno.
ra prevalecesse a clandestinidade, Podem ocorrer depósitos minerais
individual, com uso de instrumen- associados, como travertino (tipo
tos rudimentares, de aparelhos calcário).
manuais ou de máquinas simples
e portáteis na extração de minerais geodo cavidade revestida ou parcial-
metálicos valiosos (p. ex.: ouro). mente preenchida por agregados de
Genericamente, o termo garimpa- minerais, como calcedônia em sua
gem abrange faiscação e cata, sen- porção mais externa e cristais de
do utilizado também para a extra- quartzo (principalmente ametista),
ção de pedras preciosas, semipre- calcita, fluorita e zeolitas atapetan-
ciosas e não-metálicas valiosas. Os do internamente a cavidade. Alcan-
depósitos trabalhados estão em çam dimensões até métricas.
eluvião, aluvião, depósitos secun-
dários ou chapadas (grupiaras), Geofísica ciência que estuda os fe-
vertentes e altos de morros. nômenos físicos que afetam a Ter-
Atualmente, o conceito é aplicado ra, tais como os efeitos da gravi-
a um tipo de lavra praticado sob dade, do magnetismo, da sismici-
pouca ou nenhuma pesquisa pré- dade e do estado elétrico do plane-
via, em empreendimentos coleti- ta. Estuda ainda as propriedades fí-
vos, nem sempre regularizados, sicas da crosta que condicionam
com freqüente uso de equipamen- tais fenômenos.
tos sofisticados.
Geologia ciência que estuda a Ter-
gêiser fonte de jato intermitente e ra, sua origem, formação e os ma-
periódico (a intervalos regulares) de teriais que a compõem, com ênfa-
GEO 64
H
habitat tipo de ambiente caracte- um terremoto. Corresponde à ori-
rizável quanto às condições bióti- gem do tremor.
cas e abióticas. Lugar onde um ani- Quando o hipocentro situa-se per-
mal ou planta vive ou se desenvol- to da superfície, o terremoto se
ve normalmente, em geral diferen- manifesta com movimento inten-
ciado por características físicas ou so no epicentro, com pequeno raio
por plantas dominantes. Exemplos: de amplitude. Por outro lado, quan-
desertos, lagos, florestas etc. do o hipocentro se localiza mais
profundamente, o terremoto ma-
habitat ripário ambiente ribeirinho nifesta-se por movimento redu-
ou encontrado nos terraços (ban- zido no epicentro mas com larga
cos) de cursos de água. Por vezes distribuição.
o termo também é usado em rela- sinônimo: foco.
ção às margens de lago.
hipsometria é a representação al-
halófita planta que cresce natural- timétrica do relevo no mapa de
mente em solos salgados (como os uma região pelo uso de cores
próximos ao oceano) ou na lama convencionais.
dos ambientes de água salgada.
Aquele adaptado para tolerar altas hogbak (Geomorfologia) feição
concentrações salinas. morfológica representada por ele-
vação, com flancos simétricos, for-
hidrólise reação de alteração de temente inclinados, com mergulho
minerais envolvendo fluido aquo- maior de 20º, originada por erosão
so com íons de hidrogênio (H+) ou em rochas sedimentares ou mag-
de oxidrila (OH-), substituindo íons máticas. (Vide Figura 5.)
que são liberados para a solução. sinônimo: crista isoclinal.
I
idade absoluta ou radiométrica Qualquer alteração das proprieda-
Vide: datação absoluta. des físicas, químicas e biológicas
do meio ambiente causada por
idade relativa determinação da cro- qualquer forma de matéria ou ener-
nologia relativa de diferentes ro- gia resultante das atividades huma-
chas ou unidades geológicas com nas que, direta ou indiretamente,
base na posição física, estratigra- afetem a saúde, a segurança e o
fia e conteúdo fóssil, entre outros bem-estar da população; as ativi-
critérios. dades sociais e econômicas; a bio-
ta; as condições estéticas e sanitá-
ilha de calor fenômeno no qual as rias do meio ambiente; a qualida-
temperaturas em uma região urba- de dos recursos ambientais (Reso-
nizada são consistentemente mais lução Conama n. 001/1986).
altas do que as das áreas vizinhas.
Níveis altos de poluição podem se for- impacto ambiental regional todo e
mar a menos que a ilha de calor seja qualquer impacto ambiental que
rompida por ventos altos. Também afete, no todo ou em parte, o terri-
chamada de ilha de calor urbano. tório de dois ou mais estados.
ISO 14000 conjunto ou série de nor- isoieta linha que liga os pontos de
mas ISO, de caráter voluntário, que igual precipitação para um dado
visa à gestão ambiental do empre- período de tempo.
endimento, isto é, as práticas volta-
das para minimizar os efeitos noci- isostasia modelo teórico utilizado
vos ao ambiente causados por suas para explicar a espessura e eleva-
atividades. As normas dessa série ção da crosta da Terra.
contêm diretrizes relativas às se- Corresponde à busca do equilíbrio
densitométrico de massas litosfé-
guintes áreas: sistemas de gestão
ricas sobre a astenosfera, com
ambiental, auditorias ambientais,
empuxos principais verticalizados:
rotulagem ambiental, avaliação de
o peso da crosta superior é com-
desempenho ambiental e análise de pensado pela flutuabilidade de
ciclo de vida. uma massa material mais profun-
da, à semelhança de corpos flutuan-
tes sobre um líquido.
isóbata (Hidrogeologia) linha que
une pontos de igual profundidade isótopo átomos do mesmo ele-
da água em mapas ou cartas temá- mento químico cujos núcleos têm
ticas, como as hidrográficas ou hi- o mesmo número atômico (Z) mas
drogeológicas. diferentes massas atômicas.
73
J
jazida mineral toda massa indivi- Jurássico segundo dos três perío-
dualizada de substâncias minerais dos da Era Mesozóica, tendo dura-
ou fósseis, aflorante à superfície ou do de aproximadamente 200 a 140
milhões de anos atrás. Sucedeu ao
existente no interior da terra, que
Triássico e precedeu o Cretáceo.
apresenta valor econômico.
jusante (rio) em relação a um pon-
junção colunar to referencial, parte do curso de
sinônimo: diaclasamento colunar uma drenagem superficial situada
(vide). rio abaixo.
75
K
kárstico (sistema) identificada na região de Kimberley,
sinônimo: cárstico (vide). na África do Sul e também no Bra-
sil, entre outros países. Ocorre na
kimberlito rocha ígnea, peridotíti- forma de chaminés verticais deno-
ca (rica em mineral olivina), escu- minadas de pipes, sendo conside-
ra, de granulação fina a muito fina, rada a rocha matriz do diamante.
77
L
lago corpo d’água superficial, con- lagoa aeróbia lagoa de oxidação de
tinental, formado em depressões esgotos em que o processo bioló-
do solo, podendo conter água doce, gico de tratamento é predominan-
salobra ou salina. É um habitat lên- temente aeróbio (sob a presença
tico (de águas calmas) com forma, de oxigênio), tendo sua atividade
profundidade e extensão variáveis. baseada na simbiose entre algas e
Geralmente, são alimentados por bactérias. As bactérias decom-
um ou mais afluentes, podendo põem a matéria orgânica, produzin-
apresentar rios emissários, que evi- do gás carbônico, nitratos e fosfa-
tam seu transbordamento. tos, que nutrem as algas. As algas,
por sua vez, transformam o gás car-
lagoa reservatório de água doce, bônico em hidratos de carbono
salobra ou salgada, natural ou arti- pela ação da luz solar, libertando
ficial, formando um habitat lêntico oxigênio que é utilizado de novo
(águas quietas). As lagoas podem pelas bactérias, criando um ciclo.
ser definidas como lagos de peque-
na extensão e profundidade. lagoa anaeróbia lagoa de oxidação
Embora tecnicamente incorreto, é em que o processo biológico é pre-
freqüente usar a denominação “la- dominantemente anaeróbio (sem a
goa” para as “lagunas”, estas situa- presença de oxigênio). Os organis-
das no litoral e conectadas ao mar. mos existentes removem o oxigê-
nio necessário à sua sobrevivência
lagoa aerada lagoa de tratamento dos compostos das águas residuá-
de água residuária (esgoto), artifi- rias, à maneira do que ocorre em
cial ou natural, em que a aeração tanques sépticos.
mecânica ou por ar difuso é usada
para suprir a maior parte do oxigê- lagoa de estabilização tanque ou
nio necessário para degradar a instalação artificial ou natural, com
matéria orgânica. grandes dimensões e pequena pro-
LAG 78
M
magma fluido natural em estado de sem limites. No entanto, a própria
fusão, originado no interior da Ter- natureza impõe um limite superior
ra, constituído principalmente por à escala já que ela está condicio-
uma fase líquida (fusão silicatada). nada ao limite de resistência das
Pode conter também elementos rochas da crosta terrestre.
voláteis, cristais em processo de
crescimento e fragmentos sólidos manancial qualquer corpo d’água,
de rochas preexistentes. superficial ou subterrâneo (p. ex.:
Por consolidação, dá origem a ro- rio, lago, nascente do lençol freá-
chas ígneas ou magmáticas. Quan- tico ou do lençol profundo), utili-
do aflora à superfície é denomina- zado para abastecimento humano,
do lava. industrial, dessedentação animal
ou irrigação.
magnitude do impacto um dos atri-
butos principais de um impacto manto geosfera interna da Terra, si-
ambiental. É a grandeza de um im- tuada entre o núcleo e a crosta, a pro-
pacto em termos absolutos, poden- fundidades entre 100km a 2.900km
do ser definida como a medida da da superfície.
alteração no valor de parâmetro É limitado pelas descontinuidades
ambiental. de Mohorovicic e de Wiechert-Gu-
tenberg, sendo dividido em: 1)
magnitude do terremoto medida manto superior, constituído por si-
relacionada à energia sísmica libe- licatos como olivina e piroxênio;
rada no foco e também à amplitu- 2) manto inferior, constituído pro-
de das ondas registradas pelos vavelmente de sulfetos e óxidos,
sismógrafos. com uma zona de transição entre
A magnitude dos sismos é geral- os dois.
mente medida na escala Richter.
Para abranger desde os microtre- manto de intemperismo capea-
mores até os superterremotos, foi mento natural, inconsolidado e
idealizada uma escala logarítmica, gerado por intemperismo, que re-
MAP 84
N
nascente surgência natural de intensidade secular do clima; 3) in-
água subterrânea, quando o lençol tensidade de bombeamento; 4) in-
freático é interceptado pela super- tensidade da evapotranspiração.
fície topográfica. Em uma dada região, os níveis es-
sinônimos: fonte (vide); olho d’água táticos dos poços indicam a dire-
(vide). ção geral do fluxo do lençol freático.
nível de base (rio) nível da superfí- nível freático superfície que liga os
cie do solo em relação a qual um níveis estáticos de todos os poços
rio não pode mais aprofundar por de uma região. Corresponde: 1) nas
erosão o seu próprio canal. Pode rochas granuladas permeáveis, à
ser regional (nível do mar) ou local
face superior do corpo de água li-
(p. ex.: lago).
vre que preenche completamente
os poros; 2) nas rochas fraturadas,
nível dinâmico é o nível no qual a
à superfície de contato entre o
água se estabiliza em um poço, duran-
corpo líquido e a camada de ar
te o bombeamento, com uma dada
sobreposta.
vazão ou com uma vazão máxima.
nível estático nível superior da água núcleo da terra zona central do glo-
em um poço sem bombeamento bo terrestre constituída presumi-
(repouso). velmente de níquel e ferro, com
Nos aqüíferos livres, o nível estático espessura de 3.500km. A densida-
coincide com o nível do lençol freá- de provável varia entre 8 e 12, com
tico. Nos aqüíferos artesianos, coin- temperatura de até 3.000°C.
cide com o relevo piezométrico. O núcleo é dividido em duas partes:
As variações do nível estático de- 1) o núcleo sólido, interno, com raio
vem-se aos seguintes fatores: 1) de cerca de 1.250km; e 2) o núcleo
variação anual da precipitação; 2) líquido, que envolve o primeiro.
NUM 90
0
olho-d’água local onde se verifica compressão e expansão das partí-
o aparecimento de água por aflo- culas no sentido da propagação sís-
ramento do lençol freático (Reso- mica. A velocidade aumenta com
lução Conama n. 4, de 18.9.1985). a profundidade: entre 5,5km/s e
sinônimos: fonte (vide); nascente 13,8km/s.
(vide). sinônimos: onda primária; onda
compressional.
oligotrófico ambiente em que há
pouca quantidade de compostos e onda S onda sísmica de cisalha-
de elementos nutritivos para as mento que acarreta mudança de
plantas e animais. Falta uma estra- forma dos corpos afetados. As par-
tificação nítida no que diz respeito tículas atingidas vibram transver-
ao oxigênio dissolvido no verão e salmente à direção de propagação.
no inverno. Especialmente usado As velocidades de deslocamento
para corpos d’água em que há es- variam de 3,2km/s a 7,7km/s.
cassez de suprimento de nutrien- sinônimos: onda secundária; onda
tes, ocasionando pequena produ- transversal.
ção orgânica.
onda sísmica onda de energia de-
onda L oscilação sísmica com com- sencadeada por terremoto. Na
primento de onda longo que se crosta, propaga-se por um esforço
propaga apenas na crosta terrestre. elástico do material rochoso. Vide:
Essa denominação abrange a onda onda L; onda P; onda S.
Raleigh, que vibra verticalmente na
direção de propagação, em oposi- ordenamento ambiental conjunto
ção às ondas transversais, que vi- de metas, diretrizes, ações e dispo-
bram horizontalmente. sições coordenadas destinado a
sinônimo: onda longa. organizar, em certo território, o uso
dos recursos ambientais e as ativi-
onda P onda sísmica de grande dades econômicas, de modo a
velocidade que se desloca pela atender a objetivos políticos (am-
ORD 92
P
padrão de drenagem variação de massas continentais, Laurásia e
forma, organização e densidade da Gondwana, separadas pelo ocea-
rede de drenagem ditada principal- no Tethys.
mente por fatores climáticos e
geológicos. pântano área plana e baixa carac-
Exemplos de padrões: dendrítico, terizada por solo temporária ou per-
paralelo, retangular e radial, em tre- manentemente encharcado (lençol
liça, anelar, anastomosado, com alta freático aflorante ou elevado).
ou baixa densidade, entre outros.
paragênese associação de minerais
Paleoceno a primeira de cinco épo- formados pelo mesmo processo
cas do PeríodoTerciário (Subera) do genético, que coexistem em equi-
tempo geológico. O Paleoceno du- líbrio em uma rocha.
rou de aproximadamente 66 a 57,8
milhões de anos atrás. parâmetro valor de uma variável
independente referente a um ele-
Paleozóico era geológica do Éon mento ou atributo que confira si-
Fanerozóico, precedida pelo Pré- tuação qualitativa e/ou quantitati-
Cambriano (Neoproterozóico) e va de determinada propriedade de
sucedida pelo Mesozóico, tendo se corpos físicos a caracterizar. Os
estendido entre 570 a 245 milhões parâmetros podem servir de indi-
de anos atrás. cadores para esclarecer a situação
de determinado corpo físico quan-
Pangea segundo a teoria da Deri- to a uma certa propriedade.
va Continental, é a denominação
de um antigo continente único, ro- passivo ambiental termo usado
deado por um grande oceano (Pan- para denominar potenciais riscos
talassa), que provavelmente exis- de caráter ambiental relacionados
tiu há cerca de 250 milhões de ao cumprimento da legislação am-
anos. Por fragmentação estrutural, biental vigente na data da avalia-
originou no Triássico duas grandes ção ou a quaisquer obrigações de
POD 94
Q
qualidade ambiental estado ou si- supõe uma infra-estrutura social
tuação do meio ambiente, como pública capaz de atuar em benefí-
objetivamente percebido em ter- cio do bem comum e manter lim-
mos de medição de seus compo- po o meio ambiente.
nentes, ou subjetivamente, em ter-
mos de atributos. Quaternário período da Era Ceno-
zóica formado pelo Pleistoceno e
qualidade da água características
pelo Holoceno, que abrange os úl-
químicas, físicas e biológicas rela-
timos 2 milhões de anos aproxima-
cionadas com o seu uso para um
damente, estendendo-se do fim do
determinado fim.
Terciário até o presente.
qualidade de vida condições gerais
da vida individual e coletiva; habi- quociente fotossintético proporção
tação, saúde, educação, cultura, da quantidade de dióxido de car-
lazer e alimentação. bono usada em relação à quanti-
A qualidade de vida representa dade de oxigênio produzido pela
algo mais que um nível de vida fotossíntese, em um organismo ou
particular mais elevado, pois pres- comunidade.
103
R
rabdomancia prática jamais com- tanto, a menos perigosa para os
provada, mas bastante utilizada, de humanos, exceto quando inalada
procurar água subterrânea e miné- ou ingerida.
rios pelo uso de varas, forquilhas,
arames, pêndulos e outros instru- radiação beta é um dos três tipos
mentos não-convencionais. mais comuns de radiação a partir
sinônimo: radiestesia. da decomposição radiativa. Con-
ceitua-se como uma corrente de
radiação energia emitida ou que se partículas beta, com alta energia
desloca na forma de vibrações em cinética e poder de penetração su-
vários comprimentos de onda, de perior ao das partículas alfa, visto
ondas eletromagnéticas, fótons, ter massa muito inferior.
ondas acústicas ou partículas su- A quebra do núcleo de um átomo
batômicas. instável resulta na liberação de um
Podem ser: 1) naturais (p. ex.: raios elétron em alta velocidade. Esse
de sol, materiais radiativos naturais elétron é chamado de partícula
das jazidas); ou 2) artificiais (p. ex.: beta. Durante o decaimento beta,
resíduos nucleares de centrais nu- o número atômico aumenta de
cleares, bombas de cobalto utiliza- uma unidade porque um nêutron
das em hospitais). transformou-se em próton para li-
berar um elétron. A massa atômi-
radiação alfa corrente de partículas ca continua inalterada.
carregadas positivamente (partícu-
las alfa), liberadas por isótopos ra- radiação gama a radiação gama é
diativos. Possuem alta energia ciné- uma onda eletromagnética da mes-
tica (“energia de movimento”), pois ma natureza da luz e, portanto, via-
o núcleo, além de liberar os prótons ja a 300.000km/s. O seu poder de
e nêutrons, também libera energia. penetração é muito elevado, pois,
É o menos penetrante dos três ti- como é uma onda e não uma partí-
pos de radiação nuclear, sendo de- cula, não possui massa nem carga
tida por papel ou por tecido. É, por- elétrica.
RAD 104
pé; ribeira; paraná; corixo; regato risco relação existente entre a pro-
etc. babilidade de que uma ameaça de
evento adverso ou acidente deter-
rio efêmero curso d’água que apre- minado se concretize e o grau de
senta leitos geralmente secos, com vulnerabilidade do sistema recep-
água superficial apenas durante e tor e seus efeitos.
imediatamente após precipitação
pluviométrica. rocha agregado natural formado
por um ou mais minerais (essenciais
rio intermitente curso d’água com e acessórios), podendo eventual-
fluxo superficial em apenas algu- mente conter vidro vulcânico, ma-
mas épocas do ano, comum em téria orgânica ou fragmentos ro-
regiões semi-áridas. chosos, constituindo parte essen-
sinônimo: rio temporário. cial da crosta terrestre.
De acordo com sua origem e pecu-
rio perene curso d’água com fluxo liaridades as rochas podem ser
permanente durante um ano hidro- classificadas em ígneas, metamór-
lógico. ficas e sedimentares.
S
saibro material proveniente da de- cos. Finalidade basicamente fune-
composição química incompleta rária, possivelmente usados tam-
de rochas ricas em feldspato (mi- bém como moradia.
neral que se altera para argila), leu- Os sambaquis aparecem desde o
cocráticas (claras), como os grani- litoral do Pará até o litoral do Rio
tos e gnaisses, contendo quartzo Grande do Sul. Os maiores estão
(areia) e material argiloso (caulim), em Santa Catarina, medindo em
conservando vestígios da estrutu- torno de 250m de diâmetro e 20m
ra original da rocha-mãe. Apresen- de altura, ocasionalmente alcan-
ta porosidade e permeabilidade çando 1.000m de diâmetro e 40m
variáveis em função das propor- de altura.
ções de areia e argila. Quanto maior As datações predominantes variam
o teor em argila, menor a porosi- de 4.000 anos ap (antes do presen-
dade e a permeabilidade. te) a 2.000 anos ap, mas existem
datações em sambaquis do Esta-
salcrete crosta de areia da praia ci- do de São Paulo que chegaram a
mentada por halita (cloreto de só- quase 9.000 anos. No momento da
dio ou NaCl) e outros sais mari- chegada dos navegadores euro-
nhos, de cor branca a cinza. peus, esses “sambaquieiros” já
não habitavam o litoral brasileiro,
salitre mineral do sistema ortorrôm- então ocupado por grupos tupis.
bico, de fórmula química KNO3 (ni-
trato de potássio), com hábito (for- saprólito manto de alteração origi-
ma) acicular ou ocorrendo como in- nado in situ pela ação do intempe-
crustações delgadas. rismo químico, preservando vestí-
gios da estrutura original da rocha-
sambaqui sítio arqueológico, defi- mãe (rocha-fonte).
nido como uma estrutura construí-
da com conchas, ossos de peixes e sapropel sedimento natural depo-
mamíferos marinhos por grupos de sitado em lago, estuário ou mares
pescadores-coletores pré-históri- rasos, consistindo principalmente
SAP 112
mente por silício (Si) e alumínio (Al), conjunto maior que a soma dos
com densidade média de 2,7t/m3 e efeitos individuais. Esse fenômeno
representada por rochas de cons- pode ser observado nos efeitos do
tituição granítica. lançamento de diferentes poluen-
O contato com a crosta oceânica tes em um mesmo corpo d’água,
(designada sima = silício e magné- quando o perigo resultante da
sio) ocorre em profundidades que combinação de dois poluentes
variam de 50km sob os continen- supera a soma dos riscos que
tes a praticamente zero sob o Ocea- cada um deles pode representar
no Pacífico. individualmente.
sinônimo: sinergismo.
Siluriano período geológico da Era
Paleozóica que sucedeu o Ordovi- sismicidade freqüência e intensida-
ciano e antecedeu o Devoniano, de de terremotos em uma determi-
ocorrido entre 435 e 410 milhões nada região, onde são estudados
de anos atrás. os movimentos da crosta terrestre,
associados geralmente a falha-
sima camada subjacente ao sial, mentos de rochas (fraturas com
correspondendo à crosta oceânica, deslocamento), as quais foram
composta principalmente por silí- submetidas a tensões acumuladas
cio (Si) e magnésio (Ma), de com- de forças tectônicas ou vulcânicas.
posição basáltica, com densidade O acúmulo de energia é lento e a
variando entre 2,9t/m3 e 3t/m3. liberação bastante rápida.
No domínio das massas continen- As vibrações (ondas sísmicas) se
tais, situa-se a cerca de 50km de pro- propagam em todas as direções.
fundidade, enquanto no domínio São classificados, segundo sua
oceânico atinge valores baixos, sen- profundidade, em terremotos de
do quase zero no Oceano Pacífico. foco superficial, intermediário ou
profundo.
sinclinal dobra ou arqueamento O maior sismo natural ocorrido no
nos estratos rochosos, com a con- Brasil foi registrado em 1955, com
cavidade para cima. No campo ou magnitude de 6,2 na escala Richter
em representação gráfica, as cama- e teve seu epicentro 370km ao nor-
das mais jovens são expostas jun- te de Cuiabá (MT).
to ao eixo da dobra e, conseqüen- sinônimos: abalos sísmicos; tremo-
temente, as mais antigas estarão res de terra.
mais afastadas.
antônimo: anticlinal. sismicidade induzida além das for-
ças naturais, certas ações antrópi-
sinclinório grupo de sinclinais e cas podem produzir sismos (terre-
anticlinais que em uma escala re- motos) localizados, tais como a for-
gional formam uma grande estru- mação de lagos artificiais, recarga
tura sinformal. induzida de aqüíferos e explosões
nucleares.
sinergia condição na qual dois fa- Entre essas causas, destaca-se a
tores interagem, sendo o efeito construção de barragem com a for-
SIS 114
mação de um lago, que irá alterar são, podendo ser autóctone (for-
as condições estáticas das forma- mado in situ) ou alóctone (quando
ções rochosas, principalmente do sofre transporte). Origina-se dos
ponto de vista hidráulico, em con- saprólitos em virtude das reorga-
seqüência da infiltração do fluido nizações estruturais efetuadas por
na subsuperfície, que causa pres- processo pedogênicos.
sões internas nas camadas rocho- Um perfil completo de solo (perfil
sas profundas, e secundariamente de alteração) é composto do sapró-
do ponto de vista mecânico (peso lito (horizonte C) e do solum (hori-
da água). A combinação dessas zontes O, A, E, B), com a seguinte
duas ações pode desencadear dis- distribuição do topo para a base:
túrbios tectônicos e, eventualmen- horizonte O – nível superficial de
te, gerar sismos, caso as condições acumulação de material orgâni-
locais sejam propícias. co (restos de plantas e animais)
Os sismos artificiais, ligados à neo- em estágio de decomposição;
sismogenia de reservatórios (bar- horizonte A – camada superior,
ragens), são geralmente de baixa escura, formada por mistura de
magnitude. São relativamente fre- material mineral e orgânico,
qüentes no Brasil, a exemplo de com atividade biológica consi-
Carmo do Cajuru (MG). derável. Nesse horizonte se fixa
a maior parte das raízes das
sismograma registro gráfico de ati- plantas e vivem animais que
vidade sísmica, natural ou induzi- ajudam a decompor os restos
da, produzido por equipamento orgânicos e deles se alimentam,
(sismógrafo). como bactérias e minhocas;
horizonte E – nível mais claro,
sistema ambiental os processos e onde ocorre a remoção de argi-
interações do conjunto de elemen- las, matéria orgânica e oxi-hi-
tos e fatores que o compõem, in- dróxidos de ferro e alumínio;
cluindo, além dos elementos físi- horizonte B – nível onde ocorre
cos, biológicos e socioeconômicos, acumulação de argila, matéria
os fatores políticos e institucionais. orgânica e oxi-hidróxidos de fer-
ro e de alumínio. Muitos dos nu-
solifluxão movimento gradual des- trientes lixiviados dos horizon-
cendente de materiais viscosos de tes superiores ocorrem nes-
regolito em uma vertente, sob con- te nível, sendo alcançado pe-
dições de saturação. A solifluxão é las raízes que atingem maiores
especialmente característica de profundidades;
ambientes periglaciais, mas o ter- horizonte C (Saprólito) – nível da
mo também se aplica ao movimen- rocha parcialmente alterada,
to de solos tropicais espessos. podendo manter vestígios da
estrutura e da textura da rocha
solo material inconsolidado, super- original (rocha-parental);
ficial, formado por intemperismo horizonte R – rocha não altera-
(físico, químico e biológico) e ero- da (rocha parental) que deu ori-
115 SON
T
tabuleiro formas topográficas que talvegue linha de maior profun-
se assemelham a planaltos, com didade no leito fluvial de um ca-
declividade média inferior a 10% nal ou de um vale. Resulta da in-
(aproximadamente 6°) e extensão tersecção dos planos das verten-
superior a 10 hectares, terminados tes com dois sistemas de declives
em forma abrupta; a chapada se convergentes.
caracteriza por grandes superfícies
a mais de seiscentos metros de al- técnica de radiocarbono uso de
titude (Resolução Conama n. 04, de carbono radiativo como rastrea-
18.9.1985). dor para acompanhar e medir a
sinônimo: chapada. absorção do dióxido de carbono
classificado, a fim de avaliar a pro-
talude superfície inclinada do ter- dutividade primária para os ecos-
reno, na base de um morro ou de sistemas aquáticos.
uma encosta do vale, onde se for-
ma um depósito detrítico. tectônica ramo da Geologia que
trata dos processos geológicos
talude continental declividade fron- com movimentos em larga escala
tal, com gradiente topográfico a- da crosta terrestre, como os movi-
centuado, da plataforma continen- mentos da atividade das placas tec-
tal na zona de transição para sopé tônicas, orogênese, epirogênese e
continental. falhamentos.
sinônimo: geotectônica.
tálus depósito de sopé de escarpas
originado principalmente por efei- tectônica de placas teoria de tec-
to da gravidade sobre fragmentos tônica global da Terra segundo a
soltos. Os seus constituintes são qual a litosfera é dividida em pla-
angulosos e dispõem-se em aca- cas rígidas que se movem sobre a
mamento regular. Quando conso- astenosfera em um conjunto tal em
lidados, denominam-se brecha de que ocorre, por um lado, a forma-
tálus. ção de litosfera com geração de
TEM 118
U
uádi palavra árabe que designa A maior parte desses raios que in-
curso d’água efêmero que deságua cide sobre a Terra é filtrada pelo
em uma bacia fechada de ambien- oxigênio, principalmente pela ca-
te desértico. mada de ozônio da atmosfera, evi-
tando efeitos danosos aos seres
ultrabásica (rocha) rocha ígnea vivos.
subsaturada em sílica, com teor de
SiO2< 44%, o que inviabiliza a exis- ultravioleta – A (UV-A) parte de
tência de quartzo ígneo modal ou baixa energia do espectro de radia-
normativo, sendo o feldspato pou- ção ultravioleta que se estende de
co ou ausente. As rochas ultrabá- 320 a 400 nanômetros nos compri-
sicas geralmente são ricas em Fe e mentos de onda. É a forma menos
Mg, com excesso de alumina e ál- prejudicial da luz.
calis, o que propicia a presença de
olivina e feldspatóides, entre ou- ultravioleta – B (UV-B) parte de alta
tros componentes minerais mag- energia do espectro de radiação ul-
máticos. travioleta que se estende de 290 a
Exemplos de rocha ultrabásica: du- 320 nanômetros em comprimento
nito, peridotitos e carbonatitos. de onda. É a forma mais prejudicial
da luz UV e é geralmente filtrada
ultravioleta radiação eletromagné- pela camada protetora de ozônio
tica cuja região no espectro esten- na estratosfera.
de-se dos 8x1014Hz até cerca de O adelgaçamento da camada de
3,4x1016Hz (com comprimentos de ozônio resulta em maior exposição
onda desde 3,75x10-7m até cerca de dos habitantes da Terra à perigosa
8x10-9m). radiação UV-B.
Cerca de 5% da energia irradiada
pelo Sol consiste nessa radiação unidades de conservação áreas
que tem energia suficiente para io- naturais protegidas e sítios ecoló-
nizar os átomos do topo da atmos- gicos de relevância cultural criados
fera, criando assim a ionosfera. pelo Poder Público: parques, flores-
UNI 122
V
vapor de água água em estado depende do tipo de vulcanismo),
gasoso. criada quando lava, gases e partí-
culas quentes (cinzas) transporta-
vazadouro área onde se dispõe dos do interior da Terra (câmara
qualquer tipo de resíduos sólidos, magmática), por duto chamado
sem que sejam adotadas medidas chaminé, escapam à superfície por
necessárias de proteção ambiental. cratera(s) ou grandes fendas (geo-
clases). Podem ser classificados
em extintos, inativos e ativos.
verniz do deserto superfície macia,
Dentre os diferentes tipos de vul-
escura e brilhante, composta de
canismo, destaca-se o de fissura ou
óxidos de manganês e ferro, que
linear no qual grandes fendas aber-
recobre parcialmente as superfícies
tas permitem a ascensão da lava,
rochosas expostas em regiões
produzindo-se derrames sucessi-
semi-áridas e áridas quentes.
vos e espessos, atualmente em ati-
vidade apenas na Islândia. No Me-
voçoroca sozóico, vulcões desse tipo origi-
sinônimo: boçoroca. naram os extensos derrames da
Bacia do Paraná, que se estendem
vulcão estrutura supracrustal, só- por cerca de 1 milhão de quilôme-
lida, continental ou submarina, ge- tros quadrados e apresentam es-
ralmente com forma cônica (o que pessuras de até 1.000m.
125
W
wad mineral secundário (minera- vadas na condução de questões de
lóide) resultante da alteração de administração de recursos, cresci-
minerais de manganês. Sem com- mento econômico, integridade
posição química definida, é uma e ambientes locais, e segurança
mistura de óxidos hidratados de internacional.
manganês e ferro, podendo conter
bário, cobre e cobalto. World Wildlife Fund (WWF) Fundo
para a Vida Selvagem Mundial: or-
World Resources Institute (WRI) ganização privada que trabalha em
Instituto de Recursos Mundiais: escala mundial para proteger a
centro de pesquisa política criado vida selvagem e as áreas silvestres,
em 1982 para dar assistência a or- especialmente nas regiões tropi-
ganizações governamentais e pri- cais. Fundada em 1961.
127
X
xenólito fragmento de rocha pree- noutra parte, torbanito ou carvão
xistente, incluso em uma rocha gelósico. É classificado como rocha
magmática, transportado do inte- sedimentar geralmente argilosa,
rior daTerra pelo magma em ascen- muito rica em matéria orgânica
são. São exemplos de xenólito os (carbonada), que, quando aqueci-
fragmentos de arenito inclusos nos da a altas temperaturas, libera óleo,
basaltos que ocorrem no sul do água e gás, deixando um resíduo
Brasil. Não confundir com autóli- carbonoso.
tos, que são fragmentos da mes-
ma rocha intrusiva. xistosidade estrutura própria das
rochas metamórficas e muito fre-
xisto tipo de rocha metamórfica ca- qüente entre elas graças à orienta-
racterizada pela presença de mine- ção mais ou menos paralela dos
rais achatados ou alongados, distri- componentes minerais, principal-
buídos organizadamente no corpo mente lamelares (mica, clorita) e
rochoso, de forma quase paralela prismáticos (anfibólio etc.). Ge-
(xistosidade ou foliação). A compo- ralmente, também outros minerais
sição mineralógica dos xistos é bas- (quartzo, feldspato etc.) tendem a
tante variável, dependendo da rocha- orientar-se. Tal disposição orienta-
mãe e da história metamórfica. da facilita a divisibilidade ou folia-
ção da rocha segundo planos pa-
xisto betuminoso nome inadequa- ralelos ou subparalelos.
damente aplicado a uma rocha fo- Termo geral que descreve a textu-
liácea (não é xisto nem contém ra e a aparência ondulada de qual-
verdadeiros betumes), que é em quer rocha semelhante ao xisto.
parte folhelho pirobetuminoso e, sinônimo: xistosa (estrutura).
129
Y
yellowcake concentrado natural de sua cor e textura (“bolo amarelo”,
urânio (óxido) extraído do minério em inglês). É usado principalmen-
de urânio, com 70% a 90% de U3O8, te na fabricação do combustível
que recebe este nome por causa da para reatores nucleares.
131
Z
zero absoluto temperatura mais zoneamento ambiental conjunto
baixa possível, 0º na escala Kelvin de procedimentos de natureza geo-
ou aproximadamente -273ºC. econômica, voltado para a integra-
ção sistemática e interdisciplinar
zona árida região de clima seco na da análise ambiental de um deter-
qual as médias anuais de precipita-
minado espaço, visando à discipli-
ção são inferiores a 250 milímetros.
na dos diferentes usos do solo, de
zona costeira área de terra e água modo que se defina a melhor for-
afetada por processos biológicos ma de gestão dos recursos natu-
tanto do ambiente terrestre como rais e ambientais identificados na
marinho. área que é objeto de zoneamento.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LEINZ, V.; AMARAL, S. E. Geologia geral. 7. ed. São Paulo: Nacional, 1978. 397 p.
TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a terra. 2. ed. reimpr. São Paulo: Oficina
de Textos, 2003. 568 p.
TREIN, R. D.; OLIVEIRA, E. S. R. (Org.). Manual de procedimentos do licen-
ciamento federal. Brasília: Ibama, 2002. 172 p.
Ambiente Brasil
<http://www.ambientebrasil.com.br>
BNDES
<http://bndes.gov.br/conhecimento/livro_glossario/glossario.pdf>
Cetesb
<http://www.cetesb.sp.gov.br/Institucional/glossario/glossario_a.asp>
Geotrack
<http://www.geotrack.com.br>
Glossário ecológico
<http://educar.sc.usp.br/ciencias/ecologia/glossario.html>
Ibama
<http://www.ibama.gov.br/siucweb/guiadechefe/glossario>
Mineropar
<http://www.pr.gov.br/mineropar>
Prometeu
<http://www.prometeu.com.br>
Rede Hidro
<http://www.sct.rs.gov.br/redehidro/glossario/glo_a.htm>
Universidade do Minho
<http://www.dct.uminho.pt/pnpg/gloss/glossa.html>
W Consult
<http://www.wconsult.com.br/alfaa.htm>