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GUIA DE ESCALADA DA SERRA DO


LENHEIRO

São João Del Rei – MG


2021
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ÍNDICE
Apresentação ....................................................................... 3
O Guia .......................................................................................... 3
A Cidade ...................................................................................... 4
Serra do Lenheiro ......................................................................... 4
Escalada ....................................................................................... 4
Ética ............................................................................................. 5
Legenda ........................................................................................ 6
Áreas de Escalada ........................................................................ 6
Setores do Lenheiro ...................................................................... 7
Três Pontões (CEMONTA)......................................................................... 8
Ave Maria .............................................................................................. 21
Cruz Credo ............................................................................................. 25
Rapadura ............................................................................................... 27
Pedra do Livro ....................................................................................... 27
Pedra da Boina ...................................................................................... 28
Ácidos ................................................................................................... 29
Bloco dos Dois Dedos ............................................................................ 31
Toca do Coelho....................................................................................... 35
Grutinha ............................................................................................... 36
Falésias do Lenheiro .............................................................................. 36
Setores Rio das Mortes ............................................................... 39
Setores Caburu ........................................................................... 45
Anexos ........................................................................................ 51
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Apresentação
O Guia
Este guia foi feito através de um trabalho colaborativo de alguns escaladores com o intuito
de servir como orientação para os praticantes que desejam escalar na Serra do Lenheiro,
assim como organizar e eternizar as informações que estavam espalhadas em arquivos
antigos e na cabeça dos escaladores, correndo o risco de se perderem no tempo.
Este trabalho teve início com uma grande catalogação de vias feito pelo então capitão do
11BIMth Douglas Oliveira, que serviu de base para tudo. Partindo desse levantamento, em
2015 o próprio Douglas se juntou com o instrutor de escalada Jonatas Lima que além de seu
conhecimento, veio a somar com repetição de várias vias, fotos e outros materiais que
foram digitalizados pelo atual presidente da FEMERJ Pedro Bugim que também contribuiu
com material próprio. Após uma paralisação de alguns anos, em 2020 foi dado
continuidade no trabalho pelos escaladores sanjoanenses Pedro Naves e Michel Rodrigues
que levantaram mais informações faltantes para então finalizar o trabalho, contando com
grande ajuda de Luiz Cláudio e Leonardo Rodrigues que compartilharam conhecimentos.
Apenas os Boulders não foram incluídos, pois já havia um guia muito bem feito abordando
este tipo de escalada e pode ser baixado no seguinte link: https://blogdescalada.com/wp-
content/uploads/2017/02/GUIA-DE-BOULDERS-AVE-MARIA-SERRA-DO-LENHEIRO-2017.pdf
Por se tratar de um guia voltado mais pra escalada recreativa, também não foram incluídas
muitas das rotas de treinamento do exército.
Por possuir vias com quase 40 anos conquistadas por escaladores de várias regiões,
catalogá-las não foi tarefa fácil e por isso podem haver erros. Qualquer observação será
sempre bem-vinda para que correções possam ser feitas ao longo do tempo. Para isso,
favor fazer contato com Pedro Naves no (32) 9 9945-7715 ou Michel (32) 9 9932-5359.
A escalada é um esporte de risco e este guia não capacita o leitor a praticar o esporte de
forma segura. Para isso, procure por instrutores/guias capacitados. Além de ser um esporte
de alta intensidade que requer uma boa preparação e cuidados com o corpo.
Portanto, pratique de forma responsável, seguindo a ética local e não tome nenhuma
atitude sem comunicar com escaladores locais. Boas escaladas!
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A cidade
O município de São João Del Rei está localizado na
região do Campo das Vertentes no sudeste de
Minas Gerais e possui uma população estimada em
torno de 90.000 habitantes. Cidade histórica, teve
sua ocupação iniciada em 1701 e conta com um
rico patrimônio arquitetônico/cultural. É também
considerada uma cidade universitária devido à
presença da Universidade Federal de São João Del
Rei. Possui um batalhão do Exército especializado
em operações de montanha, o 11º Batalhão de
Infantaria e Montanha (11BIMth) que tem como
um dos centros de treinamentos a própria serra
tratada neste guia. Os principais atrativos de São
João são as belas igrejas no estilo barroco com seus
famosos “sinos que falam”, passeio de trem, ótima
gastronomia, sua vizinha Tiradentes e belezas
naturais como cachoeiras e a Serra do Lenheiro.

Serra do Lenheiro
Geograficamente, a Serra do Lenheiro é a continuação da Serra de São José. A Serra pode
ser observada a oeste e a noroeste de São João Del Rei. Com altitude máxima de 1.218
metros, ela é uma formação cuja origem remonta a 1,6 bilhões de anos e é constituída
principalmente por Quartzito. A lenha das árvores provenientes da Serra e as pedras nela
encontradas serviram para construir igrejas e pontes da cidade, daí a origem de seu nome.
Na Serra do Lenheiro, há atrativos como: pinturas rupestres, canal dos ingleses, gruta do
catitú, cachoeira dos sete metros e poço olho d’agua.

Escalada
A conquista das primeiras vias se deu no final dos anos 70 por militares que passaram a usar
os Três Pontões para treinamentos e no início da década de 80, através principalmente dos
escaladores cariocas André Ilha, Tonico Magalhães e Lúcia Duarte. Estes encontraram nas
fendas de ótima qualidade da Serra do Lenheiro um local para praticar escalada móvel, uma
vez que as rochas do Rio de Janeiro não possuem a mesma característica. Nesse início a
escalada da região se desenvolveu basicamente em torno da escalada móvel e assim tomou
fama, chegando a ganhar destaque até em revistas internacionais como Mountain e
Climbing, sendo reconhecida como primeiro pólo de escalada móvel do Brasil.
Já nos anos 90, começaram a surgir os primeiros escaladores locais que, seguindo uma
tendência do país na época, se organizaram em grupos e clubes como Tripon Aventuras, CSM
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(Centro Sanjoanense de Montanhismo) e Centro Excursionista Lenheiro. Nesse mesmo


período organizaram vários encontros de escalada que foram importantes para trazer
conhecimento através de escaladores de outras cidades e visibilidade pro esporte que passou
a crescer em São João desde então, deixando assim um legado.
Com a virada do século, seguindo uma tendência da época, setores de escalada esportiva e
boulder começaram a ser desenvolvidos através de mais escaladores locais, mostrando que
a cidade também possui enorme potencial para estes tipos de escalada. Nascendo assim
alguns setores incríveis como a Ave Maria, que depois viria a se tornar famosa país afora.
Mas o potencial dessa serra parece não ter fim. Recentemente foi descoberto mais um setor,
o Rio das Mortes no outro extremo da serra e tem se tornado bastante popular.
Com certeza essa história não acaba por aqui, pois ainda há muito o que se desenvolver em
termos de novas vias e quem sabe até novos setores.

Ética
• Como visto acima, a escalada na região tem suas
raízes na escalada móvel. Portanto, deve-se
preservar este estilo ao máximo, priorizando o uso de
proteções móveis sempre que possível.
• De qualquer forma, sempre que for abrir alguma via
consulte, além deste Guia, algum escalador local pois
podem haver restrições, projetos ou até mesmo vias
antigas que ainda não foram catalogadas.
• Em hipótese alguma pode-se cavar ou acrescentar
agarras para facilitar a escalada.
• Evitar uso excessivo de magnésio, limpe as agarras
caso tenha deixado marcas. Um dos encantos da
escalada é desvendar os movimentos, não tire esse privilégio dos outros.
• As áreas de escalada estão em propriedades privadas, portanto respeite essas pessoas
ao máximo e não faça nada que não faria em sua casa. Deixe porteiras e tronqueiras
conforme as encontrou, não obstrua passagens com o veículo, não acampe sem
permissão, não faça fogueiras, não deixe rastros. Siga à risca as regras de uso do
CEMONTA quando for nos Três Pontões, sempre com autorização e uso do capacete.
• Preserve a natureza, leve todo o lixo embora.
• Não fazer necessidade fisiológica próximo das trilhas ou áreas de escalada. Em caso de
necessidade afastar-se ao máximo e enterrar os resíduos.
• Caso encontre costuras ou outro equipamento em alguma via, não remova! Com
certeza é de algum escalador que está malhando a via e vai retirar depois.
• Escaladores de fora se possível fazer contato com alguém local antes de ir escalar.
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Legenda

Áreas de Escalada
Atualmente a cidade conta com aproximadamente 200 vias de escalada, divididas em 18
setores com uma grande variedade de estilos, todos no afloramento rochoso da Serra do
Lenheiro, portanto em rocha de quartzito. Devido ao comprimento de mais de 10km desta
serra, eles foram divididos em 3 grupos para melhor visualização na imagem abaixo:

Obs: Os alfinetes são localizações aproximadas de cada grupo de setores para uma visão geral da Serra do
Lenheiro, não reflete o local exato de cada setor, este detalhe estará nos capítulos específicos de cada um.
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Setores do Lenheiro
Esta é a área mais antiga e com maior quantidade de setores e vias. É a mais próxima de
São João em termos de estrada (máximo 2km), porém as trilhas para cada setor variam de
alguns metros da estrada até 30 minutos de caminhada. Consequentemente com menos de
10 minutos da saída da cidade é possível estar na base de algumas vias.

Para acessar estes setores basta pegar a estrada de terra que dá acesso ao povoado da
Trindade, que tem início na Rua Geraldo Batista Alves no bairro Tejuco, pode-se perguntar
pela área do exército (Cemonta). As trilhas para os setores estão ao longo desta estrada.
Portanto a descrição de cada setor vai partir da saída do Tejuco (início da estrada de terra).

QR Code Google Maps início estrada


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Três Pontões (Cemonta)
Setor mais antigo, teve suas primeiras conquistas no final da década de 70 por militares e
no início dos anos 80 através de escaladores cariocas como André Ilha e Tonico Magalhães.
Os Três Pontões
concentram a maior
quantidade de vias
clássicas da região, seja
por sua imponência,
beleza, qualidade ou
valor histórico à nível
nacional e mundial.
As vias, em sua grande
maioria são feitas com
proteções móveis, haja
vista a grande
quantidade de fendas
perfeitas nos setores desta formação. Boa parte das vias possui proteção fixa no topo para
a descida e para aquelas que não possuem, pode-se descer por vias adjacentes ou por
caminhada e cabos de aço (vide imagem setor Rota Interna).
A rocha é um quartzito de qualidade impressionante, com boas fendas e agarras sólidas.
Atenção: este setor é um Campo Escola do Exército Brasileiro e por isso possui regras
específicas. Deste modo, para escalar lá é obrigatório que se faça um pedido de autorização
com alguns dias de antecedência, seguindo as orientações e regras contidas no Anexo 1 e
as fichas para preenchimento nos Anexos 2 e 3 ao final deste guia ou no link:
https://drive.google.com/drive/folders/1ErE5HCYTzF5a017DwEURxrmlK9QOe2cS?usp=sharing

Para se chegar ao setor deve-se percorrer 2km pela estrada de terra e entrar no portão de
ferro com placa do Exército do lado esquerdo da estrada.
Dentro do Cemonta, abaixo dos Três Pontões existem inúmeros blocos menores com uma
infinidade de vias mais curtas abertas pelo exército para treinamentos e não serão tratadas
neste guia, mas a maioria possui indicações através de placas e pinturas na pedra e podem
ser interessantes para quem quer fazer um Top-rope prático e treinar algumas técnicas.
O local conta ainda com um sítio arqueológico com pinturas
rupestres bem interessantes, próximo à base de algumas vias
no Pontão Maior. Essas pinturas são datadas com idade de 6
a 10 mil anos e foram feitas por tribos nômades que
habitaram essa serra e viviam nas cavidades da rocha.
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Rota Interna
A Rota interna é uma “escalaminhada” que percorre o interior dos Três Pontões através de
suas enormes fendas. Existem duas entradas (uma na parte da frente entre os Pontões Médio
e Menor e outra atrás na Face Leste do Menor), seu final é no cume do Pontão Maior. Em
seu percurso existem 8 vias que estão desenhadas no croqui abaixo, assim como as trilhas
que também podem ser usadas para acessar todas as outras áreas do Cemonta.
As entradas para a Rota Interna podem ser melhor visualizadas nas fotos dos Pontões.

1 – En Passant (III – 20m – Móvel) André Ilha e Lúcia Duarte em 02/05/1986


Esta via, assim como as quatro seguintes, se encontra em um salão na parte inicial da Rota Interna.

2 – Mamangava (IIsup – 20m – Móvel) André Ilha e Lúcia Duarte em 03/05/1986


3 – Rio Minas (VIIIa – Móvel) Dalton Chiarelli e José Ronaldo “Pelé”
Uma bela fissura de dedos em seu início, passando a alguns entalamentos de mão, escalada exigente, sua
conquista original foi por chaminé, assim o grau fica mais acessível.

4 – Minas Rio (IV – Móvel) Carlos Trindade e José Ronaldo “Pelé” em 18/04/1988
5 – Chaminé do Brevê (IVsup – Móvel) João Felipin e Ladson em 2002
Uma escalada de chaminé bem clássica, totalmente protegida em um fissura que se afina em alguns
momentos e outros ficam larga. Termina ao final do cabo de aço.

6 – Quimera (VIIa – Mista) Jonatas Lima e Carlos Pádua em 2015


Esta via se encontra após o cabo de aço. Uma saída delicada em três chapas passando uma belíssima fenda,
que quando ganha altura vai aumentando a abertura, finaliza em uma parada móvel.

7 – Entre o Céu e o Inferno (Vsup – Móvel) Luiz Cláudio em data desconhecida


8 - Fissura Peter Pan (V – Móvel) Luiz Cláudio em data desconhecida
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Pontão Menor – Face Leste
Esta face fica na parte de trás do Pontão da esquerda de quem olha da estrada, ou seja, não
pode ser vista da entrada do Cemonta.
Por ser voltada para Leste, as vias pegam um pouco de sol de manhã e ficam totalmente na
sombra na maior parte da tarde.
São vias bastante usadas por quem está começando a frequentar os Três Pontões, pelo fato
de serem mais curtas e também servir de fácil acesso ao cume, permitindo assim a
montagem de Top-rope nas vias deste Pontão.
Para acessar esta área pode-se pegar a trilha principal (início no pequeno portão de ferro
que fica ao lado do abrigo) ou, caso não tenha entrado nas dependências do Cemonta,
existe um acesso para esta trilha seguindo pela estrada de terra, 50 metros após a porteira
principal, conforme desenho acima. Esta trilha chega na base do Pontão Maior, neste ponto
deve-se seguir para a esquerda passando pelo Pontão Médio e contornando toda a rocha.
Existe também uma trilha mais curta para esta área, sem passar pelos outros Pontões, ela
se inicia atrás do abrigo.
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1 – Consolo (II – 15m – Móvel)
André Ilha, Lúcia Duarte e Miguel Athayde, 24/02/1990
Via curta e fácil, indicada para quem está iniciando na escalada móvel.

2 – Porto Seguro (IV – 15m – Móvel)


Michel Rodrigues e Douglas Marques em 09/10/2021
Via em um belo sistema de fendas. Começa um pouco mais técnica e depois segue por boas agarras.

3 – Rota das Âncoras (III – 17m – Mista)


Escaladores Militares, 26/07/1984
Esta é a melhor opção para se chegar ao cume do Pontão Menor, para montar top-rope nas vias deste setor,
pois além de curta e de baixa graduação, possui duas proteções fixas intermediando a linha.
4 – O Retorno das Abelhas (VIsup – 20m – Móvel)
André Ilha e Lúcia Duarte, 1984
Ótima via que tem seu crux e beleza logo na saída. Em sua metade cruza com a via anterior e segue para a
esquerda com boas agarras até o cume. Boa proteção em friends pequenos e médios e nuts.
5 – Chaminé dos Militares (III – 20m – Mista)
Conquistadores e data desconhecidos
Pequena e fácil chaminé que pode ser feita em top-rope.
6 – Os Iluminados (VIIa/b? – 20m – Fixa)
Jonatas Lima e Pablo Veloso em 02/09/2021
Aresta de visual incrível, inicia em regletes potentes e pés
altos, passando a agarras escondidas. Entre a segunda e
terceira chapa é o crux com lances delicados e potentes.
7 – Alta Tensão (VI E3 – 20m – Móvel)
André Ilha e Lúcia Duarte em 22/07/1984
Via muito bonita, porém exposta e de difícil proteção em
seu início onde se encontra o crux, conferindo ao guia
uma boa dose de alta tensão! Depois é desfrutar de uma
boa fenda e agarras grandes.

8 – Esquina da Alegria (IV – 30m – Fixa)


Escaladores Militares em data desconhecida
Via que intercala grampos e pittons fixos. Após a virada
da aresta, vai por uma horizontal até uma chaminé ao
fundo, por onde segue até o cume. Lucia Duarte escalando a Rota das Âncoras
9 – Briga de Espadas (VIsup – 20m – Móvel)
Rodrigo Ferreira e Carlos Henrique em data desconhecida
Via exposta. Sua saída não é complicada, mas a primeira proteção é alta em uma fenda onde fica o crux.
Logo deve-se passar para uma outra fenda mais à esquerda e segue por ela até o cume.
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Pontão Menor – Face Norte
É a face do pontão que pode ser vista da estrada. Para acessa-la basta pegar as mesmas
trilhas da Face Leste citadas acima, que fica logo ao lado virando a grande aresta.

10 – Rosa de Hiroshima (V – 35m – Mista)


André Ilha e Lúcia Duarte em 02/05/1986
Tem uma saída em móvel com proteções escassas. Depois encontra com a Esquina da Alegria e segue pelo
grande platô com proteções fixas. Após alguns lances em horizontal deve-se ir pra direita e pegar a outra
face da rocha seguindo por uma fenda óbvia. Enquanto que a Esquina seque para a grande fenda ao fundo.
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11 – Feitiço Irreversível (? – 20m – Fixa)
Jonatas Lima e Marcio Douglas em 07/11/2021
Via esportiva com saída em pequenos regletes, passa por um platô pra descanso e segue até parada dupla.
12 – Dois Bruxos e Uma Feiticeira (VIIIa – 25m – Fixa)
Jonatas Lima, Marcelo Júnior e Aline Nascimento em 28/08/2021
Situada no pontão mais frequentado, é uma linha que impressiona, seja por lances de força ou por passadas
técnicas. Um começo de regletes potentes tijolam os braços se não decifrar os lances rapidamente, até uma
virada habilidosa para chegar no platô, onde se pode relaxar. Eis que chega na segunda parte da via e mais
delicada, passadas técnicas com apertâncias certeiras, seja em regletes ou pinças. São 9 chapas ao todo.
13 – Spartacus (IVsup – 35m – Móvel)
André Ilha e Tonico Magalhães em 26/04/1984
Tem seu início na fenda larga ao lado do grande teto, onde Camalots 5 e 6 ajudam a proteger melhor. Depois
segue para a esquerda, cruza com a Rosa de Hiroshima e segue por uma bonita fenda até o cume.
14 – Rubycon (IVsup – 35m - Móvel)
André Ilha e Lúcia Duarte em 22/07/1984
Tem a mesma saída da via anterior, mas logo pega a fenda à direita. Mais na parte final, em um platô, seguir
para a esquerda cruzando um outro platô com vegetação.
15 – Variante da Rubycon (VIIb – Móvel)
Conquistadores e data desconhecidos
Saída negativa no início do grande teto. Porém segue reto ao invés da diagonal da via à seguir.
16 – Variante Teto da Guerra e Paz (V – 15m - Mista)
Conquistadores e data desconhecidos
Interessante horizontal, com boas proteções em friends
pequenos, médios e nuts, além de dois pitons e um
grampo, cruzando todo o grande teto por baixo. Ao
término do teto, logo após virar a aresta, há uma parada
dupla onde se junta com a via original. Possibilita
realizar fotos incríveis.
17 – Guerra e Paz (VIIc / A1 – 35m - Móvel)
André Ilha e Leonardo Rodrigues em 02/05/1998
Sua base é bem abaixo das vias anteriores, descendo
pela trilha principal. Sua saída fica entre duas rochas e
segue em diagonal pra direita, abaixo do teto até a
parada dupla. Porém esta primeira parte caiu um pouco
em desuso, pois sua variante tem sido mais usada. Após
a parada a via segue levemente para a esquerda em um
sistema de fendas que impressiona pela qualidade,
onde se encontra o crux.

Vivianne Sawczuk na Variante Teto da Guerra e Paz


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18 – Tempos de Paz (VIIa – 18m – Mista)
Jonatas Lima e Michel Rodrigues em 2018
Linha perfeita, segue um sistema de agarras escorridas e batentes, passando a agarras grandes, linda. Uma
linha totalmente reta que emenda na parada da Guerra e Paz, podendo assim chegar ao cume em um único
esticão. Sua base fica ao lado da trilha principal e as primeiras chapas são facilmente vistas por quem passa.
19 – Rei Leônidas (IV sup – 15m – Móvel)
Jonatas Lima e Pablo Veloso em 05/07/2015
Variante da Spartacus. Na parte final vira a aresta e termina na Face Leste.

Pontão Menor – Face Oeste


Esta face fica um pouco escondida, pois a trilha principal não passa por sua base. Seguindo
as orientações da trilha principal citada anteriormente, deve-se ficar atento para pegar uma
trilha à direita alguns metros antes da via Tempos de Paz. Esta trilha sobe por alguns blocos
de pedra e logo estará na base das vias. Esta trilha também dá acesso à uma das entradas da
Rota Interna e para a base das primeiras vias do Pontão Médio. Sombra pela manhã.
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20 – Sublime Inconsequência (VIIc – 35m - Mista)
Marcelo Brage e Antônio Paulo Faria / Ronaldo Franzen “Nativo” em 1987 / 1995
Inicia em uma linda fenda frontal,
positiva e com proteções perfeitas,
até atingir um grampo ao final da
fissura. Esta primeira parte foi
conquistada em 1987 e apenas em
1995, a via ganhou seu “upgrade”,
indo até o topo. Em sua segunda
metade, após contornar o teto pela
esquerda, a via segue por um
diedro com fenda mais larga que
leva ao cume.

21 – Chaminé do Lenheiro (III


– 35m - Móvel)
André Ilha e Tonico Magalhães em 26/04/1984 Nativo conquistando a Sublime Inconsequência
Chaminé de baixa graduação, que inicia média e torna-se larga no final. Em sua metade, há um bloco de
pedra entalado e ao final deve-se passar por dentro de um buraco.
22 – Pitelzinho Apimentado (VI sup E3 – 40m – Mista)
Flávio Daflon e Cintia Daflon em data desconhecida
Localizada à esquerda da “Dança Macabra”, esta via possui seu trecho mais fácil exatamente no meio, mas
as proteções são escassas, tornando a exposição alta. Possui um grampo para aliviar a tensão, ainda no início.
Proteções sugeridas: um jogo de stoppers, friends médios e pequenos.
23 – Dança Macabra (Vsup – 40m – Móvel)
Tonico Magalhães e André Ilha em 27/04/1984
Considerada por muitos a via mais clássica do Cemonta,
consta inclusive no livro “50 vias clássicas no Brasil” de
Flávio Daflon. Uma linda fissura que se inicia na base e
segue até o cume, pode ser protegida com um jogo de
friends e um de nuts com aproximadamente 12 costuras.
O crux que está em sua metade após o platô, foi
conquistada contornando-o pela esquerda, mas tem sido
repetida tocando reto pela fenda óbvia devido sua beleza.
https://www.youtube.com/watch?v=_VfPH78NUYc&t=2s
24 – Sonho de Valsa (III – 30m – Móvel)
André Ilha em 27/04/1984
Conquistada em solo, esta via pode ser protegida com
stoppers e friends médios a grandes. Inicia em agarras, até
alcançar a fissura que leva ao topo.

Tonico Magalhães conquistando a Dança Macabra


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Pontão Médio
Encontra-se antes do Pontão Menor vindo pela trilha principal. Devido à sua posição,
sugere-se escalar pela manhã, pois o sol costuma pegar de tarde, principalmente no
inverno. Possui vias bem verticais e altas, algumas com mais de 50 metros.

1 – Vai Amanhecer (VIIa – 18m – Fixa)


Jonatas Lima e Andréa Carvalho em Março de 2020
Essa via é única deste setor que possui uma grande variedade de regletes. Passadas delicadas e técnicas em
sua primeira parte até chegar a um platô, de onde se tem um grande visual. A segunda parte é a melhor,
com uma saída de boulder e passadas precisas ditam o ritmo do jogo e dão o grau da via. Levar 10 costuras.
2 – Nova Era (VIIb – 20m – Fixa)
Jonatas Lima e Andréa Carvalho em Março de 2020
Possui uma saída de boulder não tão óbvia, a escalada à vista pode dar uma impressão de maior dificuldade,
regletes e agarras com passadas técnicas em sua parte final podem fazer essa via uma clássica deste pontão.
3 – Fissura Limites Invisíveis (VIIb – 35m - Móvel)
André Ilha e Tonico Magalhães em 26/04/1984
Uma fenda larga em diagonal para a esquerda até um grande platô, onde segue pela esquerda da aresta.
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4 – Variante KDB (VIIb – 15m – Top-rope)
Luiz Cláudio Pereira, Carlos Henrique e Leonardo Rodrigues em 2002
Top-rope montado no Top da via Lua de Mel. Opção de guiar pela Nova Era e depois passar pra Lua de Mel.
5 – Esalianos (VIsup – 30m - Fixa)
Leonardo Caiafa e “Poeira” em 1996
Outra clássica, considerada a primeira via no estilo esportivo do Cemonta. Passadas em horizontal, lances
delicados em equilíbrio em micro agarras tornam esta via muito técnica e interessante. Levar 12 costuras.
6 – Lua de Mel (VIIb – 23m - Mista)
Eliseu Frechou e Beth Frechou em 2002
Linda via. Compartilha saída com Esalianos, com duas primeiras chapeletas em comum e sai para a esquerda,
onde possui só mais uma chapa e depois segue por proteções móveis até o final. Passando por uma
sequência delicada de agarras pequenas e depois por lances em micro fissura até chegar numa fenda maior.
7 – Livra Para Voar (VIIc – 23m - Fixa)
Jonatas Lima e Mauricio dos Santos em 2009
Está via é a mais exigente deste setor, com a saída compartilhada da Esalianos até a terceira chapa onde se
toca totalmente reto, logo já se encontra o crux, movimentos precisos e explosivos e depois vai pegando na
resistência, chapas espaçadas ditam a regra do jogo, característica que originou o nome.
8 – Sinfonia Fantástica (VIIc – 50m - Móvel)
André Ilha e Flávio Wasniewski em 21/04/1997
Via que se inicia no grande platô da Opera Selvagem e
pode ser acessado por um trepa pedras à esquerda. Após
um início vertical, segue por uma fenda horizontal pra
esquerda que depois faz um contorno e segue em
diagonal pra direita até a aresta da Opera.
9 – Vr. O Fantasma da Ópera (VI – 20m - Móvel)
André Ilha e Juliano Magalhães em 20/03/2004
Mesma saída da via anterior, porém segue reto até o teto
onde pega a fenda horizontal pra direita e vai até a grande
fenda que divide os Pontões, por onde segue até a aresta
do Pontão Médio encontrando com a via à seguir.
10 – Ópera Selvagem (4° V – 60m – Móvel)
André Ilha e Lúcia Duarte em 25/07/1984
Clássica por sua beleza e facilidade, hoje seu início não é
feito pela linha original, mas por uma pequena variante
linda, sua beleza encontra-se na metade onde passa por
tetos alaranjados de agarras enormes.
11 – Pânico na Colméia (3° IV – 70m - Móvel) André Ilha conquistando a Sinfonia Fantástica
Tonico Magalhães e André Ilha em 27/04/1984
Inicia em um bonito diedro em diagonal para a esquerda, chegando à larga chaminé que corta praticamente
toda a parede verticalmente. Porém tem sido evitada devido à uma grande colmeia de abelhas em seu início.
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Pontão Maior
É o maior bloco do Cemonta, por isso este nome. Além disso possui as vias mais difíceis,
muito em função de sua negatividade. Nele se encontram algumas das vias mais clássicas
como a Lúcifer, O Grande Encontro e Profecia. Para acessá-lo basta pegar a trilha principal
descrita no Pontão Menor, a trilha atinge primeiro a base da via Variante da Lúcifer.
Para as vias de cume, a forma de descida mais usual é uma trilha que se inicia na parte de
trás à direita. Essas trilhas podem ser visualizadas no desenho da Rota Interna acima.
É nesse bloco que estão as Pinturas Rupestres, elas ficam à direita da via Lúcifer. Vale a visita,
independente de onde vai escalar, pois são de fácil acesso e tem valor histórico importante.

1 – Energia do Diedro Mineral (VIIc A1 - Móvel)


Gustavo Sampaio em 2006
Via conquistada em artificial e em solitário, sem relatos de repetição da mesma totalmente em livre. Inicia
saindo do platô da “Ópera Selvagem” (Pontão Médio) e percorre um diedro até passar pelo pequeno teto.
Linha natural e perfeita para stoppers pequenos, friends e pittons.
2 – Entre Dois Mundos (VIIIb – 50m - Mista)
Jonatas Lima e Carlos Pádua em 2015
Esta linha é linda e exigente. Compartilha as seis chapas iniciais da via A Profecia e passa para uma fenda
linda em diagonal para a esquerda. Quando se acessa o platô é que começam os problemas, passadas por
uma micro fissura e lances de agarras, até dominar um teto e continuar pelo negativo até a parte positiva.
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3 – A Profecia (IXa – 38m – Fixa)
Jonatas Lima e Heider Ribeiro em 2013
Esta é a via de maior graduação do Cemonta. Passadas
de regletes, passando por micro fissuras, abaulados e
batentes, é esteticamente linda e explosiva. Apesar de
graduação mais alta pode ser escalada em duas partes,
sendo sua primeira mais acessível e fadada a se tornar
uma clássica. São necessárias 17 costuras e o rapel deve
ser fracionado no meio em parada dupla existente no
meio da via.
4 – O Grande Encontro (VIIIb – Móvel)
Gustavo Piancastelli, Fernando Leal e Eliseu Frechou em
2004
Uma linda via exigente, sua primeira metade é mais
exposta, após passar por uma fissura fina chega num
grande e lindo diedro mais tranquilo, após lances em
leve negativo onde é protegido por duas chapas entra-
se na parte final e crux, numa fenda fina e depois
lances dinâmicos em abaulados. Friends do .3 ao 1
com peças repetidas e 1 jogo de nuts.
5 – Variante Hardside (VIIb – Móvel) Jonatas Lima na via A Profecia
Conquistadores e data desconhecidos
Variante que liga a via “O Grande Encontro” à via “Lúcifer”. Linha delicada e com proteções escassas.
6 – Obra da Desistência (VIIb – 40m - Mista)
Jonatas Lima, Márcio Douglas e Carlos Pádua em Junho de 2021
Uma via que corta este pontão no meio, uma das maiores vias do local, onde a habilidade do escalador é
testada seja por lances técnicos ou fortes, uma via que impressiona pela beleza de sua escalada e da rocha.
Início em chapeletas. Sugere-se um jogo de friends até BD#4 e um de nuts. Rapel possível com corda de 70m.
7 – Variante da Lúcifer (VI – 50m - Móvel)
Luiz Cláudio, Rodrigo Ferreira e Leonardo Rodrigues em data desconhecida
Via clássica e mais repetida do que a via original devido à sua beleza. Sua saída, bem no ponto de chegada
da trilha, segue por um sistema de fendas até o pequeno teto onde cruza com a via original. Logo após o
crux, que pode ser protegido no grampo de inox da via original, seguir pela direita no belíssimo diedro. Ao
final do diedro, após cruzar de novo com a linha original, segue reto na bela fenda levemente negativa. Pode
ser repetida com um jogo de friends e um de nuts, mas também possui ótimas colocações de hexcentrics.
8 – Macacos Ansiosos (VIIIb/c – 40m - Fixa)
Jonatas Lima, Fabio Rufino e Márcio Douglas em Janeiro de 2021
Uma das vias mais fotogênicas do Lenheiro, divide-se em duas enfiadas. A primeira com lances técnicos, que
exigem uma boa leitura, regletes e abaulados apimentam essa parte que está cotada em VIIb, até acessar o
grande platô onde possui uma parada dupla. A segunda parte é uma escalada em horizontal cortando um
dos tetos mais bonitos da serra, lances de dinâmico, regletes e batentes são as principais agarras deste início,
passando a agarras boas onde a via começa a subir verticalmente "negativa rs". Final após um bonito teto.
https://www.youtube.com/watch?v=jDrkC1YNgo4
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9 – Visão Além do Alcance (Projeto – Fixa)
Via em processo de conquista, mas já é possível escalar o início até parada da Macacos, deve dar um 6º grau.
10 – Lúcifer (6° VI – 60m – Mista)
André Ilha, Leonardo Rodrigues e Waldemar Pugliese em 28/09/1997
Uma das vias mais famosas deste setor. Sua saída fica bem ao lado esquerdo da grade de proteção das
pinturas rupestres, porém encontra-se um pouco suja devido ao fato de ser pouco frequentada, já que sua
variante tem sido mais usada em função de sua beleza. Possui alguns pitons e grampos velhos e pode ser
repetida com 1 jogo de friends e 1 de nuts. Após o crux no grampo de inox sua linha segue pela esquerda.
11 – Chá de Cadeira (4° V A2+ - 55m - Móvel)
André Ilha, Leonardo Rodrigues e Guilherme Condé em 18/03/2001
Linha natural e toda fendada, conquistada toda em artificial. Boas colocações de stoppers e micro friends
em sua primeira parte que segue verticalmente até chegar na parada dupla (em grampos). Sua segunda
metade passa por um grande teto protegido com friends grandes, até atingir a rampa final de acesso ao
topo. Atualmente sua escalada está proibida por começar na área das pinturas rupestres.
12 – Rivotril (A1 – Móvel)
Carlos Henrique, Gelson Feliciano e Rodrigo Ferreira em data desconhecida
Linha conquistada inteiramente em artificial, cortando o grande teto à direita da “Chá de Cadeira” e juntando
nesta, na metade da parede. Ótimas colocações dos móveis e boa via para quem quer treinar artificial móvel.
13 – O Mirador (V – 15m - fixa)
André Ilha e Rodrigo Magalhães / Thiago Barros, Jonatas Lima e Félix em 2015
Linha iniciada e abandonada pelo André Ilha, sendo continuada posteriormente.
14 – Tinoco’s Friends (VIIc A1 - Móvel)
Gustavo Piancastelli e Cristiano em 2001
Sua linha impressiona pela beleza, mostra sua grandeza a partir da abertura do diedro. Via exigente que até
hoje não foi encadenada toda em livre, a fenda fica boa parte do ano suja de terra por escorrer muita água.
15 – Diedro dos Militares (IV –
40m - Mista)
Escaladores Militares em data
desconhecida
Belo diedro com boas colocações para
proteções móveis e alguns grampos
velhos e desnecessários (é possível fazê-
la completamente em móvel). Boa para
quem quer praticar a colocação de
móveis. Feita em duas enfiadas com
parada mista após contornar a aresta.
16 – Faleon (IV – Móvel)
João Felipin e Leonardo Rodrigues, 2002
Linha de baixa graduação, na extrema
direita do Pontão Maior. Eliseu Frechou conquistando a via O Grande Encontro
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Ave Maria
Este setor se tornou famoso entre escaladores esportivos que buscam por uma escalada mais
atlética. Suas vias, em geral, são bem negativas e exigentes fisicamente. A área no entorno
também possui uma grande quantidade de Boulders, que são tratados num guia
independente que pode ser acessado no link disponibilizado no início deste guia.
Vindo pela estrada principal, virar à direita alguns metros antes do CEMONTA, passar pela
torre e deslocar-se em direção a uma porteira onde é possível deixar os veículos e seguir por
caminhada. A trilha, que inicialmente é uma estradinha, segue pela crista do morro (ignore
as outras que descem para o lado). Após 200m haverá uma bifurcação onde deve-se seguir a
trilha pra direita e abandonar a estradinha mais forte que desce pra esquerda. Mais 200m,
após uma tronqueira, haverá uma bifurcação, neste ponto segue-se à direita na trilha mais
forte subindo uma elevação de cascalho. Após um muro de pedra, andar mais uns 150 metros
e pegar uma trilha à direita, no meio da mata. Em seguida o percurso segue praticamente em
uma leve subida em meio as
pedras. No final da subida já é
possível avistar o setor à esquerda
da trilha. No mapa do início deste
guia pode-se visualizar essas trilhas,
mas uma dica é que no geral deve-
se sempre subir, já que este setor
encontra-se no topo da serra.

Bloco 1
Este é o principal bloco do setor,
onde se concentram a maioria das
vias. Por possuir uma inclinação
acentuada, ele se difere de todos os
outros encontrados na cidade. Suas
vias exigem força e resistência,
tendo como vantagens na maioria
das situações agarras grandes e
bons descansos. Um outro fator
positivo é, sem dúvida, o privilégio
de poder escalar em dias chuvosos.
Por possuir uma negatividade
considerável, a rocha permanece
seca mesmo durante uma chuva.
Seus melhores registros
fotográficos são obtidos ao
entardecer. Luiz Cláudio conquistando a via Ave Maria
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Bloco 3

Bloco 1

Bloco 2

1 – Confessionário (VIIc – Fixa)


Jonatas Lima e Tonhão, 2015.
Apesar de pequena é bem explosiva e boulderística, depois de virar o negativo ainda se escala uma parte
meio rampa até um único grampo para rapel.

2 – Pelo Amor de Deus (VIIa – Fixa)


Jonatas Lima e Pedro Paulo.
O nome diz as característica da via, com agarras super afiadas e cortantes, torna-se um pouco sofrido ficar
parado nelas, sua linha segue uma horizontal pra direita até acessar um grande platô, mais alguns lances pra
cima e chega ao top duplo de argola. Atenção antes do platô, ainda existem agarras que podem quebrar.
3 – Livre Arbítrio (VIIIb – Fixa)
Webert Resende e Jonatas Lima, 2015.
Uma via com uma saída boulderística e explosiva, passadas em dinâmicos, lances esticados em agarras
grandes deixam essa via com uma beleza rara. O final desta via é compartilhada com a via numero 3.
4 – Purgatório (VIIc – Fixa)
Jonatas Lima e João Felipin, 2004.
Segunda via aberta neste setor e uma das mais clássicas, com uma saída numa laca gigante, passadas em
diagonal, lances de bidedos, regletes e agarras grandes, fazem desta linha uma das mais procuradas.
5 – O Pão que o Diabo Amassou (VIIIb/c – Fixa)
Sérgio Ricardo e Jonatas Lima, 2015.
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Está é uma variante aberta sem bater uma chapa, por ser uma junção de 4 vias. Seu início pela Purgatório
passando pelo crux, emendando na Cheia de Graça, por uma passada rápida pela Ave Maria e terminando
no top da Ajoelhou Tem Que Rezar. Entre as graduadas em 8 grau é a mais frequentada do setor.
6 – Calvário (IXb – Fixa)
Jonatas Lima e Carlos Pádua, 2015.
Uma Variante que se trata de duas chapas para fazer a junção de várias vias. Esta linha tem que ser escalada
pela via O Pão Que o Diabo Amassou e quando se chega na parada dupla da Ave Maria toca-se a direita onde
está o real problema, lances de boulder com botes, dinâmicos até emendar na Ajoelhou Tem Que Rezar.
7 – Estigma (VIIc– Fixa)
Jonatas Lima e Webert Resende, 2015.
Mais uma variante que tem a saída em comum com a Cheia de Graça. Passando a horizontal à esquerda até
cruzar com o primeiro movimento difícil da Purgatório, continua-se à esquerda em diagonal até emendar
com o final da via Pelo Amor de Deus.
8 – Cheia de Graça (VIIb – Fixa)
Everton Alves, Jonatas Lima e Jefferson Lara 2008.
Outra clássica do setor, com uma saída em monte, e passadas em grandes lacas e uma fenda, lances
dinâmicos, lances de calcanhar, e um final em diagonal a esquerda até chegar no top duplo da Ave Maria.
Excelente via para os que querem se aventurar no setor.
9 – Apocalipse (VIIIa – Fixa)
Jonatas Lima e Carlos Pádua, 2015.
Sua linha é praticamente a via Cheia de
Graça, sendo seu diferencial a saída que
é mais à direita e o final que, após o top
da Ave Maria, segue pra esquerda com
lance forte e aéreo, terminando no top
duplo da Ajoelhou Tem Que Rezar.
10 – Ave Maria (VIIa – Fixa)
Luiz Cláudio e Rodrigo Araujo, 2004.
A primeira via a ser conquistada no
local, a qual deu o nome ao setor. Inicia-
se ao lado da via Apocalipse,
percorrendo em uma linha diagonal
para a esquerda. Jonatas Lima no final da via Apocalipse
11 – Ajoelhou Tem que Rezar (VIIb – Fixa)
Jonatas Lima, Fabrício Nascimento e Carlos Pádua, 2012.
É a maior via do setor e mais aérea, com chapas um pouco mais distantes as quedas são um pouco maiores
e no vazio, percorre toda aresta de toda rocha, possui uma variedade de estilo diferente das outras do setor.
12 – Primeira Comunhão (IV sup – Fixa)
Jonatas Lima, Carlos Pádua e Pablo Veloso, 2015.
Via localizada à extrema direita do bloco rochoso. Sua linha percorre pela aresta terminando em uma parada
dupla. Esta via possibilita fotos incríveis, principalmente ao entardecer.
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Bloco 2
Este bloco encontra-se ao lado
esquerdo do bloco 1, possuindo
uma única via de escalada e alguns
boulders em sua lateral. Quando se
chega pela trilha principal, é
possível avistar os dois blocos, um
ao lado do outro.
13 – Bombonier da Sacristia
(VIIIb – Fixa)
Tomás e Flora Kesselring, 2015.
Única via conquistada neste bloco.

Bloco 3
Parede lateral localizada à esquerda do bloco 1. Para uma fácil aproximação segue-se uma trilha descendo
entre o bloco 1 e o bloco 2. Neste bloco é possível visualizar ao fundo as elevações a Pedra da Rapadura.

14 – Anjos e Demônios (Xa? – Fixa)


Tomás e Flora
Kesselring, 2015.
Via localizada ao lado
da via parabolts em
fúria.
15 – Parabolts em Bloco 2 Bloco 1
Fúria (VI sup – Fixa)
Jonatas Lima e
Maurício dos Santos,
2006.
Possui uma linha
diagonal à direita e
posteriormente um Bloco 3
sentido mais vertical,
chegando em uma
parada dupla. Atentar-
se na saída, devido a primeira proteção estar alta.
16 – Contra-grip e resfriado (IV– Móvel)
Pedro Bugim e Vivianne Sawczuk, 2015.
Única via em móvel do setor, localizada ao lado esquerdo da via parabolts em fúria. Parada móvel e descida
por caminhanha.
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Cruz Credo
Setor localizado atrás do setor da Ave Maria, ainda com boas possibilidades de novas vias.
Atualmente, possui cinco vias e uma variante, quase todas mistas e apenas uma fixa.
Tem como característica os grandes buracos que conferem às vias, agarras impressionantes,
tornando a graduação não muito elevada, apesar dos lances levemente negativos. As
proteções nem sempre são óbvias, obrigando o escalador e “garimpar” fendas e buracos.
Importante ficar atento à agarras quebrando, por se tratar de um setor relativamente novo.
Todas as vias possuem grampo no topo, para segurança, top-rope e rapel.
Para acessar o setor do Cruz Credo, deve-se passar pela trilha que segue adiante do setor da
Ave Maria, pela esquerda. Deste ponto já será possível avistar as paredes do Cruz Credo.
Antes da trilha tornar a subir, deve-se seguir um pequeno rio (em geral, seco), para a direita,
para chegar ao setor frontal. Deste rio, pegar para a esquerda, para chegar ao setor oculto.

Setor Principal

1 – Quinto dos Infernos (V – 20m - Fixa)


Por Pedro Bugim e Vivianne Sawczuk em 25/04/2015
Única via completamente em proteções fixas do setor (grampos de ½ polegada). Seu crux encontra-se logo
na saída, em um negativo com bons regletes, até alcançar um platô à direita. Deste ponto em diante,
enormes buracos servem de agarras, na parede levemente negativa.
2 – Deus me Livre (IV – 15m - Mista)
Por Pedro Bugim e Vivianne Sawczuk em 22/03/2015
Via curta, que conta com um grampo logo na saída – e crux da via – feita em lance de agarras. Logo após,
encontra boas fendas para proteção móvel com friends médios e grandes até o grampo de topo.
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3 – Cruz Credo (V – 25m - Mista)
Por Pedro Bugim e Vivianne Sawczuk em
22/03/2015
Bonita via que possui um grampo em sua
saída, colocado após a conquista, devido à via
ter ficado bem exposta sem o mesmo. Após
este grampo inicial, a via segue em móvel até
o topo, com algumas boas fendas e buracos
para proteção com friends médios, embora
não muito óbvios. Grampo no topo.

Setor Oculto do Cruz Credo Pedro Bugim conquistando a via Cruz Credo

4 – Jesus Humilha o Satanás (V – 20m - Mista)


Por Pedro Bugim e Vivianne Sawczuk em 24/05/2015
Inicia em uma belíssima sequência de fendas feitas em oposição, com ótima proteção em friends pequenos
e médios. Evolui para pequenas agarras, em lances protegidos por dois grampos. Em seu final, nova
sequência de fendas esporádicas, em lances mais fáceis até o grampo do topo.
5 – Praga Divina (V – 15m - Mista)
Por Pedro Bugim e Vivianne Sawczuk em 24/05/2015
Inicia em um lance levemente negativo, com boas agarras e segue para a esquerda, passando por uma
barriga com uma fenda fina, bem protegida por friends pequenos (crux da via). Evolui para agarras e possui
um grampo intermediando o lance que leva ao topo do bloco. Grampo de topo para segurança / rapel.
6 – Variante Pedra na Cruz (III – 8m - Móvel)
Por Pedro Bugim e Vivianne Sawczuk em 24/05/2015
Pequena variante que evita o crux da via “Praga Divina”, seguindo por uma boa canaleta à direita da via
principal, com boas proteções de friends médios e grandes.
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Rapadura
Pequeno bloco localizado próximo à Ave Maria e possui apenas vias móveis.
Para acessar basta seguir as mesmas indicações de acesso ao Setor Ave Maria citado acima,
a única diferença é que ao invés de virar à direita após o muro de pedra, deve-se seguir mais
cerca de 200m pela trilha principal e sair para à esquerda. Como é um setor pouco
frequentado, a trilha pode estar bem apagada.
1 – Os Hereges (VIIa – Móvel)
Leonardo Rodrigues e Luiz
Cláudio em data desconhecida

2- Doce de Leite (Projeto)


Leonardo Rodrigues e Luiz
Cláudio em data desconhecida

3 – Ainda Bem Que o


André Não Viu (IVsup –
Móvel)
Leonardo Rodrigues e Luiz
Cláudio em data desconhecida
4 – O Doce da Rapadura
(IV – Móvel) Gabriel Tollentino
Leonardo Rodrigues e Luiz
Cláudio em data desconhecida

Pedra do Livro
Pequeno setor localizado no lado oposto do vale de quem sobe a estrada para o Cemonta,
próximo à Pedra da Boina, porém mais na parte baixa da serra, perto do chalé. Para acessar,
usar as referências da Boina (abaixo), mas após o riacho manter à esquerda pela parte baixa.
1 – Via 01 (VIIa – 10m - Fixa)
Eliseu Frechou em data desconhecida
Crux na saída e um pouco exposto.
Aconselha-se levar um clip-stick.
2 – Via 02 (VI – 12m - Fixa)
Eliseu Frechou em data desconhecida
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Pedra da Boina
Bloco bem peculiar com aspecto de uma “pedra que pode rolar” ao ser vista por quem está
subindo a estrada para o CEMONTA do lado oposto do vale. Porém, seu acesso fica logo no
início da subida, após passar pela ponte de ferro, tem um areal com um campinho de futebol
onde pode-se deixar os veículos e pegar a trilha que começa bem na lateral do campo.
Um pouco depois de atravessar o riacho a trilha vai um pouco esquerda e depois pra direita,
mas logo vira de novo pra esquerda pra subir a serra em diagonal por um tempo. Já mais no
alto, após uma parede um pouco mais vertical na direita, haverá dois blocos na esquerda,
descer a trilha apagada por entre os blocos, em alguns pontos desescalando partes da rocha.
1 – Hábito Noturno (VIIb - fixa)
Jonatas Lima e Maurício dos Santos em
data desconhecida
Foi a primeira via conquistada no setor,
um estilo parecido com do setor da Ave
Maria, impressiona pela beleza e
proporciona fotos lindas.

2 – Mestre Xifu (? - fixa) Sem FA


Jonatas Lima em 2018
Via sem cadena até a data de publicação.

3 – Boina Cinza (VIsup - fixa)


Jonatas Lima e Michel Rodrigues em 2018
Sua saída bem negativa com agarras
afiadas dá o grau da via, depois segue
vertical com agarras menores.

4 – Gorro Cinza (VI - fixa)


Jonatas Lima e Michel Rodrigues em 2018
Saída com uma rápida passagem em
negativo onde se encontra o crux.

5 – Recruta Zero (III - fixa)


Jonatas Lima e Michel Rodrigues em 2018
Via curta e fácil, boa para iniciantes.
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Ácidos
O setor Ácidos apresenta como característica vias verticais com movimentações
surpreendentes, podendo ser utilizados entalamentos, bidedo, calcanhar e movimentos
dinâmicos. As linhas necessitam de uma leitura apurada e muita criatividade. Todas as vias
são fixas e com parada dupla no top.
Localizado no início da formação rochosa da Serra do Lenheiro ao lado do Bloco dos Dois
Dedos, tem como grande vantagem a rápida aproximação, pois encontra-se muito próximo
da estrada que sobe para o CEMONTA, é a primeira formação mais vertical do lado esquerdo.
Fica na sombra durante toda a tarde, porém totalmente no sol de manhã.

Dois Dedos

Ácidos

1 – Acido Clorídrico (VIIa– Fixa)


Everton Alves, Jonatas Lima e Jefferson Lara.
Sua linha tem início em agarras e depois segue por bons abaulados. Desborda toda a aresta em diagonal pra
esquerda até encontrar o top da Ácido Lático. São 6 chapeletas e mais o top.

2 – Ácido Lático (VIIb – Fixa)


João Felipin e Everton Alves.
Primeira via conquistada no setor e também a mais clássica! Possui uma interessante movimentação técnica.
Seus lances peculiares com pockets, abaulados e lances de equilíbrio fazem dela uma via desafiadora e por
isso foi supergraduada no início. Divide o mesmo top com a via Ácido Clorídrico. São 5 chapas e mais o top.
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3 – Olho Clínico (VIIb – Fixa)
Jonatas Lima, 2013.
Esta é uma via que pode se tornar clássica do setor. Uma saída técnica passando a lances de oposição até
acessar um grande platô, de onde necessita boa leitura caso escale à vista nos lances negativos debaixo do
teto até fazer uma virada em grandes agarras. São 5 chapeletas e mais dois grampos no top.
4 – Nitroglicerina (VIIc – Fixa)
Jonatas Lima, 2005.
Segunda via aberta no setor,
extremamente explosiva e com passadas
esticadas em dinâmicos e lances certeiros
minam a resistência do escalador que
ainda tem que dominar um negativo
antes de costurar o top final. São 4 chapas
e mais duas no top.
5 – Carga Explosiva (VIIc – Fixa)
Jonatas Lima e Fabrício Nascimento,2012.
Essa via possui a mesma saída da via
Nitroglicerina, porém após a segunda
proteção a linha segue para a esquerda
em uma escalada horizontal até um
pequeno teto. Após isso a via segue
vertical até a parada. 6 + 2 chapas.
6 – Menina dos Olhos (VIIa – Fixa)
Jonatas Lima e Fabrício Nascimento em 2012. Michel Rodrigues na via Nitroglicerina
É uma via curta, porém de rara beleza! Com agarras diferenciadas, como buracos bidedos e tridedos,
variedade de agarras. Via curta, porém exigente apesar da graduação. Aconselha-se sair com a primeira
proteção costurada.
7 – Capitão Nascimento (VIIIb/c – Fixa)
Jonatas Lima e Andréa Carvalho em 2014.
Eis que temos a via mais difícil do setor. Uma via curta, porém praticamente todos os lances são de boulder.
Seu crux é logo da primeira para a segunda chapa, após são lances de boulder mais diluídos, porém mantém
uma constância até a parada dupla.
Dica – Como o setor possui todas as vias acima de sétimo grau, uma opção usada por aqueles que querem
escalar algo mais fácil é fazer o início da via Olho Clínico e na metade passar pra Ácido Lático, deve dar algo
em torno de sexto grau. Por ser uma linha reta pode ser feita em Top-rope e tem o apelido de Olho Lático.
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Bloco Dos Dois Dedos
É o setor mais acessível da cidade, pois fica literalmente na beira da estrada à esquerda de
quem sobe pro CEMONTA, ao lado do setor Ácidos. Está à 1km da saída da cidade.
Excelente campo-escola de escalada móvel, possui a maioria das vias neste estilo, com graus
variados e muitas fendas. Mas também possui vias fixas bem interessantes. Bom para dias
em que se tem pouco tempo ou o clima está duvidoso. Sombra apenas pela manhã.
Várias vias não possuem parada fixa no cume, portanto é um bom local para se treinar parada
móvel. No croqui abaixo pode-se ver as vias com parada fixa para a rapel.

1 – Fissura Santíssima Trindade (III – Móvel – 20m)


Centro Excursionista Lenheiro em 1988
Via curta e fácil por uma fissura reta e um pouco suja. Sem relatos de repetições.
2 – Malvado Favorito (VI – Fixa – 20m)
Jonatas Lima em 12/10/2021
Saída embaixo da copa de uma árvore. Início em positivo e crux no final em uma bonita sequência negativa.
3 – A Primeira e Gente Nunca Esquece (V – Mista – 20m)
Luiz Cláudio em data desconhecida
Via bem no meio do bloco rochoso vertical de cor mais clara. Possui apenas duas chapeletas em sua metade
superior e parada dupla no cume. Para montagem de top-rope levar ao menos duas fitas de 1,20m.
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4 – Fissura dos Dois Dedos (IVsup – 40m –
Móvel)
André Ilha em 28/04/1984
Primeira via do setor e uma das mais belas, foi
conquistada em solo. Saída ao lado da via anterior,
depois segue pelo diedro e termina no topo da
formação que dá nome ao setor. Um jogo de friends
é o suficiente. Para descer, desescalar um lance pra
direita, subir o trepa-pedras e ir até a parada fixa no
final da via Portal do Delírio ou descer por caminhada.
5 – O Retorno (IV – 20 – Móvel)
Luiz Cláudio, Márcio Andrade, Leonardo Rodrigues,
Rodrigo Araujo, Gelson em 2020
Variante da via anterior. Parada fixa no topo.
6 – Sinergia (IVsup – Fixa – 20m)
Luiz Cláudio e Márcio Andrade em Setembro 2021
Esta linha cruza com as anteriores e crux no final.
7 – Chapeleta (IV – 20m – fixa)
Ronan Morais e Dircinei Paulo em 2017
8 – Elo Perdido (IV – 30m - Móvel) Jefferson Lara no final da Fissura dos Dois Dedos
Leonardo Rodrigues e Márcio Andrade em data desconhecida
Via inicia em uma fenda larga e suja entre duas vias fixas. Depois entra na grande cavidade da rocha e segue
por uma fissura perfeita ao fundo. Costuma ficar bastante húmida na época de chuvas. Um jogo de friends.
9 – Investida Invertida (Vsup – Fixa)
Luiz Cláudio, Márcio Andrade, Leonardo Rodrigues, Rodrigo Araujo, Gelson em 2020
10 – Domingão com Viagra (Vsup – 30m - Móvel)
Leonardo Rodrigues e Márcio Andrade em data desconhecida
Diedro oposto ao da Fissura dos Dois Dedos. Depois segue por uma bonita fenda em diagonal pra direita.
11 – Portal do Delírio (IV – 30m - Móvel)
Antônio Paulo de Faria, Dalton Chiareli, P. C. Caliano, Guilherme em 17/04/1988
Inicia na aresta à esquerda do “Portal”, mas também é feita saindo pela fenda óbvia bem ao lado do portal
devido à sua beleza e dá menos arrasto na corda, desta forma o grau deve subir pra casa do sexto grau.
12 – Outra Dimensão (VIIb? – Móvel – 25m)
Pedro Naves e Bruno Bastos em 12/10/2021
Apesar de ter sido conquistada recentemente, é uma linha bonita e possivelmente a mais difícil do setor.
Pois além do crux estilo Boulder no final possui mais outros lances técnicos. Foi conquistada usando de saída
a bela fissura que já era usada como variante da via anterior, no platô segue reto entre blocos de pedra até
atingir uma canaleta negativa que também é exigente. Levar um jogo de friends até BD #4 e um jogo de nuts.
13 – Variante Teto do Portal (VIIa – Móvel)
Antônio Paulo de Faria, Dalton Chiareli, P. C. Caliano, Guilherme em 14/08/1988
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14 – Mano de Quartzito (V – 30m - Mista)
Pedro Bugim e Vivianne Sawczuk em 26/04/2015
Inicia na aresta à direita do portal, em grampos. Sua metade superior é feita toda em móvel, cruzando com
a “Portal do Delírio” no grande platô no meio da parede. Parada dupla no topo, para segurança e rapel.
15 – Garimpeiros (VIsup – 30m - Móvel)
Pedro Naves e Guilherme Otoni em 08/12/2021
Outra conquista recente bem interessante. Início em uma fenda escura, segue por um sistema de canaletas
passando bem ao lado direito de uma árvore, até chegar no grande platô onde encontra-se o crux: uma
proteção antes de entrar no lance ajuda a dar confiança no movimento dinâmico para alcançar um bico, no
qual bloca-se para proteger com um Camalot #4 e terminar a virada do negativo. Mais acima passa por uma
fenda branca e segue por uma fissura perfeita até o cume. Levar um jogo de friends até BD#5 e um de nuts.
16 – Um Minuto de Silêncio (VIIb – 12m - fixa)
Fernando Honse e Mahananda Vargas em 15/01/2011
17 – Mina de Cristal (VI – 15m - Móvel)
Pedro Bugim e Vivianne Sawczuk em 26/04/2015
Via curta e levemente negativa, com boas passadas de oposição. Grampo no topo para segurança e rapel.
18 – Erva do Diabo (V – 25m - Móvel)
Juratan Câmara em 2001
Bela via, principalmente na sua parte final. Sua base fica atrás do top da via anterior. Na conquista seu final
foi feito pela aresta à direita, mas tem sido repetida tocando reto na bonita e óbvia fenda principal.
19 – Olhos de Lince (V – Móvel)
Luiz Cláudio e Leonardo Rodrigues em data
desconhecida
Variante da via anterior. Compartilha a mesma saída
e segue pra esquerda em uma fenda após o platô.
20 – Da Toca Pra Cima (VIIa – 12m - Fixa)
Guilherme Otoni e Pedro Naves em 22/08/2021
Via curta com saída de Boulder na entrada da “toca”.
Após o platô, mais um crux na bela pedra laranja.
21 – Magnésio de Cheirar (VIIa – Móvel)
Everton Alves e Fernando Honse em 2006
Variante da via seguinte, não pode ser vista da base
pois passa pela parte de trás da fenda da Erva do
Diabo, ficando escondida nas costas da rocha onde
possui uma fissura de mão perfeita.
22– Fissura do Desejo (IIIsup – 30m – Móvel)
André Ilha e Lúcia Duarte em 23/07/1984
Saída por uma calha, passa por entre dois grandes
blocos de pedra e sobe por um diedro fendado ao
fundo. Seu final não pode ser visto da base.
34
23 – Reconciliação (Variante) (III – Móvel)
Jonatas Lima e Márcio Andrade em data desconhecida
24 – Vacinados (IV – Fixa – 25m)
Márcio Andrade Carlos Pádua e Luiz Cláudio em 17/07/2021
Via positiva e bem protegida. Boa para treinar lances de equilíbrio e pra quem está começando a guiar.
25 – Idade da Pedra (Vsup – 25m – Móvel)
André Ilha, Lúcia Duarte e José Ronaldo “Pelé” em 27/02/1990
Seu crux fica na bela fenda inicial, com proteções em friends grandes e stoppers. Continua em agarras e
finaliza em uma fácil e bonita fissura em diagonal pra direita ao lado de uma mais larga e suja.
26 – Os Nômades (VIIc – Fixa – 15m)
Pablo Veloso, Carlos Pádua e Jonatas Lima em Setembro de 2021
Via bem variada, com início explosivo e depois passa por lances delicados. 3 chapas e mais parada dupla.
27 – Projetistas (VI – Móvel – 25m)
Pedro Naves e Guilherme Otoni em 12/09/2021
Crux no início com proteções não muito boas. Começa em uma fenda e depois passa pra outra à direita.
28 – Pedra Lascada (VIsup – Fixa – 12m)
Carlos Pádua e Pablo Veloso em 21/08/2021
Via interessante com uma saída delicada e crux bem técnico na virada. São 3 chapeletas e mais parada dupla.
29 – Chaminé Estiagem (II – 25m - Móvel)
André Ilha, Lúcia Duarte e “Pelé” em 27/02/1990
Começa em uma chaminé média/estreita, bem limpa, evoluindo para lances em agarras.
30 – Temporal (V – 20m - Móvel)
André Ilha, Lúcia Duarte e José Ronaldo “Pelé” em 27/02/1990
Início em agarras, protegido por stoppers, friends pequenos e médios, chegando em um bom platô. A
segunda metade segue uma fenda fácil. Descida por caminhada à direita ou rapel da Portal do Delírio.
31 – Golias (VIIa – Fixa – 12m)
Michel Rodrigues e Gabriel Tollentino 12/12/2021
Via com crux bem concentrado em seu início com move explosivo. Depois segue tranquila até parada dupla.
32 – Esqueceram de Mim (V – 25m – Móvel)
Márcio Andrade e Jonatas Lima em 2004
Bonita fissura, mas encontra-se bastante suja de musgo e com uma grande caixa de marimbondos.
33 – Suco de Laranja (V – Fixa – 10m)
Pablo Veloso e Carlos Pádua em 21/08/2021
Via técnica que engana por parecer mais fácil do que é. Movimentos interessantes do início ao fim.
35
Toca do Coelho
Este setor fica escondido na parte alta à direita do Bloco dos Dois Dedos. A trilha de 5min
inicia 100m após os Dois Dedos, à esquerda ao lado de um corte d’água que cruza a estrada.
Setor agradável, graus variados e base boa. Sugere-se chegar cedo pois pega sol forte à tarde.

1 – Mágico de Oz (VIIb – 15m - Fixa)


Pablo Veloso e Carlos Pádua em 16/09/2021
Bela via num belo sistema de chorreiras, formando um estilo diferente do padrão local. 4 chapas e top duplo.
2 – Espantalho (VIsup/VIIa? – 12m - Fixa)
Carlos Pádua e Pablo Veloso em 25/09/2021
3 - Pindorama (VI sup – 15m - Móvel)
André Ilha e Lúcia Duarte em 09/09/1990
Via levemente negativa com crux na saída, passa por lances de chaminé. Friends diversos. Top numa árvore.
4 – Tupã (VI – 15m - Móvel)
André Ilha e Lúcia Duarte em 27/02/1990
Bela fissura com colocações perfeitas. Um jogo de friends até BD#4. Parada móvel no cume e saída por trilha.
5 – Leão Covarde (Vsup/VI? – 12m - Fixa)
Carlos Pádua e Pablo Veloso em 23/10/2021
6 – Chapeleiro Maluco (V – 17m - Fixa)
Pablo Veloso e Carlos Pádua em 18/09/2021
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Grutinha
Pequeno setor em uma gruta do lado direito da estrada de quem sobe, logo após um mata-
burro. Conta com apenas três vias, sendo duas fixas em seu interior e uma móvel do lado de
fora na parte de trás. Seu entorno também conta com vários boulders de ótima qualidade.

1 – Via do Tetinho (VIIa – 15m - Mista)


Centro Excursionista Lenheiro em data desconhecida
Via localizada na coluna de entrada da gruta. Móvel só na saída.

2 – Imagina Eu (VIIc – 15m - Fixa)


Conquistadores e data desconhecidos
Também entra no time das primeiras vias esportivas do lenheiro. Curta e explosiva, com passadas pelo teto,
torna essa via uma clássica, encontra-se em um local muito agradável e exótico. Opção para dias de chuva.

3 – Diedro Oculto (III – 15m - Móvel)


Pedro Bugim e Liane Leobons em 2008
Via curta e de baixa graduação, sendo indicada para aqueles que estejam começando a escalar em móvel.

Falésias do Lenheiro
Este não é exatamente um setor, é na verdade
o corpo rochoso que vai desde o Bloco dos
Dois Dedos até os Três Pontões e contém
várias vias espalhadas em pequenos setores
ou isoladas. Aqui estão também setores de
treinamentos militares denominados Paredão
1, 2, 2½, 3 e 4 (este último encontra-se na
parte de trás da montanha) e podem ser
visualizados no mapa no início deste guia. As
rotas de treinamento estão pintadas na rocha
com numeração de 1 a 10 e são em geral
móveis ou top-rope/rapel de baixa graduação e podem ser usadas por quem se interessar.
37
1 – Via Normal da Agulhinha Pequeno Polegar
(IV – 15m – Móvel)
Tonico Magalhães e André Ilha em 28/04/1984
Pequena via localizada ao final da falésia do Bloco dos Dois
Dedos à direita. À partir da via Suco de Laranja
acompanhar a rocha pra direita até o final. Saindo da
estrada, subir alguns metros após os Dois Dedos e subir
um rampado de pedras e mato à esquerda.

Paredão 2,5
4 - Miosótis (I sup – 35m - Móvel)
André Ilha e Lúcia Duarte em 23/07/1984
Via muito fácil que sobe por agarras entre duas fendas
em formato de V, localizada no Paredão 2,5 à direita
das rotas de treinamento.
5 – Chá das Cinco (III – 35m - Móvel)
André Ilha, Kate Benedict e Boris Flegr em 10/10/2004
Início em chaminé pelo lado esquerdo do grande
bloco que há entre as rochas. Uma vez em cima dele,
segue para a óbvia fenda acima, voltada para a
esquerda. Ao final da fenda segue por um trecho meio
quebrado, com lances curtos e fáceis até a base do
lance final de agarras, que é belíssimo e ligeiramente
negativo.
6 – Dança dos Vampiros (II sup – 45m - Móvel)
André Ilha e Lúcia Duarte em 23/07/1984
Seu início fica atrás de um grande bloco e por isso não
pode ser visto de fora. Começa em uma chaminé
média até atingir um platô, passando para uma
chaminé larga até sair por entre os blocos de rocha.
Depois segue por agarras.
38
7 – Deixa a Fenda Me Levar
(V – móvel)
Márcio Andrade e Rodolfo
Campos em 10/10/2004
Via à direita das vias anteriores e
possui um bonito diedro no início.
8 – Brassavola (IV – móvel)
Conquistadores e data
desconhecidos.
Variante da via anterior.

Bloco Oculto
Belo bloco que fica bem escondido na
parte alta da falésia e com acesso um
pouco complicado, visualizar no mapa
no início deste guia. Pode-se acessar
pelo Cemonta, percorrendo o Paredão
1 para a esquerda até o final e depois
subindo um trepa pedras ou através do
Paredão 2, subindo a falésia em
diagonal pra direita.
9 – Feliz Aniversário (VIIb - Móvel)
Ronaldo Franzen “Nativo” em data
desconhecida
Linha através de um bonito sistema de
fendas, levemente negativa em alguns
pontos. Descida por caminhada à direita.
10 – Juízo Final (IV – 25m - Móvel)
André Ilha e Lúcia Duarte em 27/07/1984
Bela fissura que percorre boa parte da via,
intercalando com lances de boas agarras.
39
Setores do Rio das Mortes
Mais recente área de escalada da cidade, descoberta em 2017, vem se tornando muito
popular pelo fato de ter vias bastante variadas em grau, altura e estilo, além de ter sombra
o dia inteiro devido à uma agradável floresta. Outro fato positivo é o fácil acesso (são 10min
de carro apenas em asfalto e mais 20min de trilha leve. Seus setores ficam muito próximos.
Saindo de São João pegar a BR 265 sentido Lavras. Do último trevo (Tejuco) são exatos 5km
até o trevo do Rio das Mortes, entrar no trevo. Ao entrar na “cidade” virar à direita após a
escola e depois virar novamente à direita na avenida principal. Seguir sempre reto na avenida
até acabar o canteiro central, onde começa estrada de terra. A trilha começa à esquerda 150
metros após o início da terra, pode-se estacionar veículos nesse ponto no canto da estrada.

Atenção: Uns 50m após a fazendinha vá se afastando da cerca para pegar a trilha que sobe o
morro mais forte mais pro meio do pasto e depois contorna a cerca de cima. Já na floresta,
depois de 200m que adentrar nela, haverá uma trilha subindo à direita ao lado de um atoleiro
com cipós grossos, que leva direto para os setores Namata(4) e Salão(3). Ou pode-se seguir
reto caso queira ir primeiro nos setores De Cima(1) e Thundercats(2). Para essa segunda
opção, quando estiver no pasto próximo ao setor, pegar uma trilha mais apagada pra direita.
Existe uma trilha que liga direto o Setor Salão (3) ao setor Thundercats(2).
40
Setor de Cima
Setor de vias baixas, levemente negativas e graus variados. Boa para se treinar técnicas e
procedimentos (fácil acesso ao top por trás), um bom campo-escola. Sombra só até 11:00.

1 – Vermelha (IVsup – 7m – fixa)


Pedro Naves e Mariana Fiche em 2018
Via boa para um primeiro contato com a escalada e pra treinar procedimentos, pois tem acesso por cima.

2 – No Pelo (III – 8m – móvel)


Tunico Costel (Tonhão) e Germano Rezende em 2018
Boa para treinar colocação de peças móveis. Parada móvel no top e saída por caminhada.

3 – Quarteto Fantástico (VI – 8m – fixa)


Paulo Martins e Linda Evangelista em 2018

4 – Calcâneo (Vsup – 8m – fixa)


Pedro Naves e Mariana Fiche em 2018
Boa para treinar técnica de uso de calcanhar em via negativa.

5 – Tudo Virgem (VIIa – 8m – fixa)


Pedro Naves e Mariana Fiche em 2017
Via boulderística e bem técnica, trabalha diferentes técnicas como reglete, dinâmico e negativo.
41
Setor Thundercats
Bem ao lado do setor anterior, descendo alguns metros pra esquerda. Possui apenas duas
vias bem bonitas e com vista incrível do top. Sombra o dia todo na base, sol na via de tarde.

6 – Thundercats (V – 17m – fixa)


Pedro Naves, Mariana Fiche e Paulo
Martins
Via muito boa para iniciantes. Além
de fácil, proporciona um lindo visual
e uma foto incrível do escalador se
for tirada da trilha que sobe pro Setor
de Cima. Boa para top-rope e
primeiras guiadas. 5 + 2 chapas.

7 – Cracuda (VI – 17m – móvel)


Pedro Naves, Mariana Fiche e
Frederico Araújo
Interessante via móvel com boas
colocações. Um jogo de friends e nuts
(caso não tenha micro-friends).

Mariana Fiche na via Thundercats


42
Setor Salão
Setor dentro de um salão formado entre duas paredes de rocha, atrás do Setor Namata. Estes
dois setores foram separados apenas para melhor visualização no croqui, mas na prática
estão no mesmo local. Na parte alta à esquerda sai a trilha que dá acesso aos outros setores.
Base e vias na sombra o dia todo. Embaixo da pedra tem algumas ferramentas e clip-stick.
8 – Quatro e Vinte (VI – 8m – móvel)
Pedro Naves e Heider Ribeiro (Tio Nem), 2020
Via curta, mas com movimentação
interessante usa apenas dois friends (.3 e 1 BD)

9 – Chaminé Africana (IV – 12m – mista)


Pedro Naves e Frederico Araújo em 2018
Via inteira em técnica de chaminé com 3
chapas no início e mais um friend médio. Evitar
caso haja presença de abelhas próximo do top.

10 – Dança do Salão (VIIb – 12m – fixa)


Pedro Naves e Paulo Martins em 2018
Via clássica, muito cobiçada por sua estética e
beleza dos movimentos que precisam encaixar
como uma dança, pois não permite erros. Sua
constância testa a resistência do escalador.

11 – Risca da Lista (VIIc – 12m – fixa)


Paulo Martins e Pedro Naves em 2018
Via que utiliza a mesma saída da via anterior,
mas logo no segundo lance já vai pra direita até
a bonita aresta onde se encontra o crux.

19 – Curta e Grossa (VIIb – 8m – fixa)


Pedro Naves e Jefferson Lara em 2020
Essa via fica à esquerda da Quatro e Vinte, mas como não pôde ser enquadrada na mesma foto, aparece
apenas na foto abaixo (Setor Namata). Via muito interessante, com estilo diferente do padrão local, seu
positivo de equilíbrio e micro-regletes lembra vias de parede. Apesar de curta possui uma movimentação
complexa, o que faz parecer mais longa do que realmente é.
43
Setor Namata
Setor com maior altura e quantidade de vias. É por onde chega a trilha principal. Por estar
dentro de uma mata tem sombra o dia todo na base, mas de tarde partes das vias pega sol.

12 – Liberdade Vigiada (VIIb – 15m – fixa)


Heider Ribeiro (TioNem) e Webert (Beto) Resende, 2020
Via que percorre a parte de fora da grande aresta.
Proporciona belas fotos de dentro do Salão. Possui 5
chapeletas e mais duas argolas no top.

13 – Própolis (VIsup – 17m – fixa)


Pedro Naves e Mariana Fiche em 2018
Variante da via a seguir, compartilha as duas primeiras
chapas e sai pra esquerda do tetinho. Acima passa por
uma grande laca sólida. São 5 chapas e mais 2 no top.

14 – Pão de Mel (Vsup – 17m – fixa)


Tunico Costel (Tonhão) e Germano Rezende em 2018
Via mais popular da área por ser acessível, bonita e
bem protegida. Possui 5 chapas e mais duas no top.

Pedro Naves na via Liberdade Vigiada


44
15 – Sombra (? – 20m – fixa)
Heider Ribeiro (Tio Nem) e Pedro Naves em 2020
Via sem cadena até a data de publicação desse guia.

16 – Corona Vírus (VIIIa – 20m – fixa)


Pedro Naves e Heider Ribeiro (Tio Nem) em 08/02/2020
Até o momento a via mais difícil do Rio das Mortes. Passa
pelo meio do grande teto e depois segue por boas agarras.

17 – Quarentena (VIsup – 25m – fixa)


Webert (Beto) Resende, Pedro Naves, Heider Ribeiro (Tio
Nem) e Michel Rodrigues em 2020
Via longa e bonita. Saída no diedro e logo passa pra aresta,
desbordando-a até virar pra positivo de agarra. 9 + 2 chapas.

18 – Terra à Vista (VIIa – 25m – fixa)


Pedro Naves e Mariana Fiche em 2019
Talvez a via mais clássica da área, pois além de longa, possui
uma grande variedade de estilos como negativos, positivo de
equilíbrio, esticão e aresta. 7 chapas e mais 2 argolas no top.
Beto no teto da Corona Vírus
45
Setores do Caburu
Esta área de escalada conta com 2 setores que se dividem em 2 blocos. Eles estão localizados
na parte de trás da serra que fica do outro lado do vale do Cemonta.

Caburu Debaixo
Setor formado por um belo Quartzito de boa qualidade e vias que variam de 10 a 25 metros.
Possui vias fixas e móveis. Point democrático, pois possui graus variados. Local arborizado,
fazendo com que todas as bases tenham sombra o dia todo, já as vias pegam sol à tarde.
Existem dois acessos, um chega por baixo do setor vindo do povoado do Cunha e outro por
cima vindo pelo Lenheiro usando a trilha do setor Campina do Caburu, cruzando o topo da
serra e descendo a trilha até o sopé, este último tem menos estrada mas caminha bem mais.
Trilha do Cunha (mais curta): Em São João Del Rei pegar rodovia BR494 sentido Ritápolis,
zerar o odômetro no posto de gasolina que tem à direita bem no início da rodovia. Andar
3Km e sair à esquerda onde tem placas para Pousada Flor de Iris e Caburu/Fé/Cunha. Um
pouco depois que sair da rodovia haverá um cruzamento, seguir reto. Andar mais 3Km até
uma bifurcação em um ponto de ónibus onde deverá entrar à esquerda seguindo a placa para
Povoado do Cunha. Ir pela principal mais 3Km até uma porteira de ferro, estacionar antes
da porteira. O início da trilha está em uma matinha logo ao lado esquerdo da porteira onde
há uma passagem por baixo da cerca. Subir o pasto em direção aos eucaliptos, cruzar por
dentro do eucaliptal e sair pela tronqueira. No pasto seguir a cerca até encontrar outra
tronqueira e atravessá-la, andar alguns metros procurando a outra cerca, em uma baixada
há uma passagem por baixo da cerca em um corte d’agua. Após a cerca subir o pasto para a
esquerda até encontrar uma trilha, seguir a trilha até entrar na mata, dentro da mata andar
cerca de 50 metros e pegar uma trilha à esquerda beirando um pequeno bloco de pedra
retangular e chegará no setor. Foram amarrados plásticos nas arvores em pontos de dúvida.
46
1 – Trio Canabis (VIIb – 12m – Fixa)
Heider Ribeiro (Tio Nem), Fabio Bernardes e Fabiola Miranda em 16/06/2018
12 – Diedrim (V –
Móvel)
Luiz Cláudio e
Leonardo Rodrigues
em data
desconhecida
Via em um belo
diedro fendado. Ao
final do diedro passa
para dentro da
grande cavidade na
rocha e chega no
cume por entre os
blocos de rocha onde
há um grampo. Um
jogo de friends (BD 5
ou 6 protege melhor)

14 – A Ajuda Vem de Cima (VIIa – Móvel)


Luiz Cláudio e Leonardo Rodrigues em data desconhecida
2 – Quem Tem Ovos Tem Medo (IV – 20m - Fixa) – 6 grampos e mais parada dupla no top.
Márcio Andrade, Daniel Baiano e Faclei em data desconhecida
3 – Bela da Tarde (Vsup – 20m - Fixa) – 7 chapeletas e mais duas argolas no top.
Fabio Bernardes, Fabiola Miranda e Heider Ribeiro (Tio Nem) em 16/06/2018

15 – Rolling Stones (V – 20m - Móvel)


Leonardo Rodrigues e João Felipin em data desconhecida
Via interessante, saída com proteções
escassas em buracos e depois com
boas fendas. Top com a via 3.
13 – Indecisão (VIsup – Fixa)
Crux técnico na saída. 6 + 2 chapas.
Pedro Naves e Bruno Bastos em 2019
16 – Via do Felipin (? – Móvel)
João Felipin em data desconhecida.
4 – Ironia do Destino (VI – Fixa)
Pedro Naves e Mariana Fiche em
08/09/2018 – 6 + 2 chapas.
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5 – Amigo Oculto
(VIsup – 18m – Fixa)
Pedro Naves e Heider
Ribeiro (Tio Nem) em
23/12/2018
6 chapas + duas no top.

6– Verdinho Cabuloso
(VIIc – 25m – Fixa)
Heider Ribeiro (Tio Nem) e
Pedro Naves em
14/07/2018
Via mais alta e mais
clássica da área. Saída em
uma bela sequência negativa no melhor estilo boulder, depois segue por uma linda aresta até o final em um
forte negativo. São 11 chapeletas mais 2 argolas no top. Costuras mais longas (30 e 60) são aconselháveis.

7 – Maluco Beleza (? – 15m – Fixa) Sem FA


Beto Resende, Nem Ribeiro, Carolina Chagas e
Fabiola Miranda em 2018

8 – Solimões (VI – 15m – Fixa)


Eliseu Frechou e amigos em data desconhecida

9 – Rio Negro (VI – 17m – Fixa)


Heider Ribeiro (Tio Nem) e Pedro Naves em
15/02/2019
Variante da via anterior, tornou a linha mais reta.
São 6 chapas mais duas argolas no top.

10 – “Eliseu Frechou” (VIIa – 17m – Fixa)


Eliseu Frechou, Luiz Cláudio e Vitor Frechou em data
desconhecida

11 – Patacas Me Mordam (VIsup – Fixa)


Jonatas Lima e Fabio Rufino em 2018

Tio Nem conquistando a via Verdinho Cabuloso


48
Campina do Caburu
O setor Caburu divide-se em dois blocos principais, os quais possuem vias móveis e esportivas
É o setor mais distante por ficar no alto da serra e longe de estradas, são cerca de 40 min de
caminhada. Para acessar basta seguir as orientações de acesso ao setor Ave Maria até a
bifurcação da tronqueira, é nesse ponto onde as trilhas se dividem e deve-se seguir reto na
trilha bem apagada em leve descida, que logo cruza um corte de água e começa a subir a
serra em diagonal (esta parte pode ser vista da bifurcação). Quase no topo da serra, quando
a trilha começa a querer descer, deve-se pegar uma saída para a direita e cruzar o topo da
serra, iniciando a descida para o lado oposto. Descendo um pouco chegará num campo
aberto, à esquerda estará o Bloco 1 e à direita o Bloco 2. Ver também mapa no início do guia.

Bloco 1
No bloco 1 do setor encontram-se vias de graduações baixas, ideais para escaladores
iniciantes. A maioria de suas vias possuem um único grampo ou proteção para rapel. Outra
característica do Bloco 1 é a exposição ao sol durante a maior parte do dia, exceto bem cedo,
o ideal é escalar em dias nublados nesse local.
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Trilha

Bloco 2

1 – Ao Grande Mestre (IV – Móvel) Germano e Tunico Costel (Tonhão), 2013.


2 – Step (IV – Fixa) Tunico Costel (Tonhão) e Fabiana, 2013.
Via curta com proteções próximas.

3 –Tudo é Vaidade (IV – Fixa) Tunico Costel (Tonhão) e Fabiana, 2013.


Via curta com proteções próximas.

4– Zoação Física (V – Fixa) Tunico Costel (Tonhão) e Fabiana, 2013.


5 – Bongô (V– Fixa) Jonatas Lima e Maurício dos Santos, 2004.
6 – Pai e Filho (V – Fixa) Mauricio dos Santos e Jonatas Lima, 2015.
Ótima via, com uma saída negativa e posteriormente vertical.
7 – Podre dos Poderes (V – Fixa) Eustáquio Júnior e Juan Kempen.
8 – Pisando em Ovos (V– Móvel) Márcio Andrade.
9 – Até o Fim dos Dias (IV – Fixa) Jonatas Lima e Carlos Pádua, 2012.
Via delicada, bastante agarra podre.
10 – Insolação (IV sup – Fixa) Jonatas Lima e Maurício dos Santos, 2004.
Primeira proteção relativamente alta.
50
11 – Só pra Elas (IV– Fixa) Luiz Cláudio em data desconhecida.
Primeira proteção relativamente alta.
12 – Empregando Meios (V – Móvel) Jonatas Lima e Gelson, 2003.
13 – Tubarão martelo (IV sup – Móvel) Germano e Tunico Costel (Tonhão), 2013.
14 – No Sossego (IV sup – Fixa) Tunico Costel (Tonhão), Germano e Pitt, 2013.
15 – Catira (V– Fixa) Tunico Costel (Tonhão), Germano e Pitt, 2013.

Bloco 2
Este bloco encontra-se ao lado esquerdo do bloco 1, possuindo poucas vias de escalada. Quando se chega
no campo aberto vindo da trilha principal, caminha-se à direita até o bloco.

Trilha

Bloco 2
Bloco 1

Gabriel Tollentino
1 – Sem Pai nem Mãe (III – Fixa) Conquista desconhecida.
2 – Queixo Duro (III – Fixa) Instrutores do CIOpMth, 2014.
Via curta com proteções próximas.

3 – 30 Segundos (IIIsup – Fixa) Instrutores do CIOpMth, 2014.


4 – Perdido no Tempo (IV – Fixa) Conquista desconhecida.
5 – Paçoquinha (V – Fixa) Jonatas Lima e Carlos Pádua, 2015.
51
NORMAS DE CONDUTA E AUTORIZAÇÃO PARA USO DO CAMPO
ESCOLA DE MONTANHISMO (CEMONTA)

SERRA DO LENHEIRO – TRÊS PONTÕES

O Campo Escola de Montanhismo (CEMONTA), mais conhecido como Lenheiro ou Três


Pontões, está localizado na cidade de São João del – Rei, MG, em uma Área Militar, de propriedade do
Exército Brasileiro. Por esta razão e para o bom relacionamento entre escaladores e o 11º Batalhão de
Infantaria de Montanha (11º BI Mth), responsável pela área, as regras abaixo devem ser seguidas:
1. O 11º BI Mth tem atividades práticas no CEMONTA durante todo o ano. É proibida a prática da escalada
por civis nos dias em que houver atividades militares no local.
2. Antes de solicitar autorização, o escalador deverá se certificar de que não haverá atividades militares no
local, verificando os períodos disponibilizados à Federação de Escalada e Montanhismo de Minas Gerais
(FEMEMG) – Em caráter excepcional, poderá haver a utilização do CEMONTA fora destes períodos
estipulados, fazendo-se importante o contato prévio com o Batalhão.
3. Para solicitar autorização, o escalador responsável pelo grupo deverá preencher a “Ficha para Autorização
de uso do CEMONTA”, e remetê-la para o 11º BIMth, com o mínimo de sete dias de antecedência, através
do e-mail: ciopmth@gmail.com . O Batalhão responderá ao remetente, no e-mail do escalador, se foi ou não
autorizada sua solicitação. Caso tenha sido autorizada, todos os participantes do grupo deverão se dirigir ao
11º Batalhão de Infantaria de Montanha, entre às 08:00 e às 18:00 horas, para assinar o “Termo de
Reconhecimento de Riscos” e pegar as chaves das instalações sanitárias do CEMONTA.
4. Após a atividade de escalada, o grupo deverá deixar as instalações sanitárias nas mesmas condições de
limpeza que receberam e entregar as chaves no 11º BIMth.
5. É proibida a equipagem de vias ou grampeação.
6. Todo lixo produzido deverá ser conduzido de volta pelo escalador e depositado em local adequado, fora
do CEMONTA.
7. Leve seu material de escalada. O Batalhão não possui qualquer material para empréstimo.
8. Tenha certeza de deixar o local tão limpo quanto o encontrou.
9. É proibida a prática isolada da atividade, devendo ser realizada, no mínimo, em dupla.
10. É obrigatório o uso de capacete durante a prática de qualquer modalidade de escalada.
11. Não deve ser dispensada, sob qualquer pretexto, a segurança durante as escaladas, seja ela proporcionada
por cordas e outros meios, seja pelos próprios praticantes (segurança aproximada).
12. É proibida a utilização do galpão de instrução.
13. As necessidades fisiológicas deverão ser realizadas junto às instalações sanitárias, existentes no
CEMONTA.
14. É proibido o corte ou derrubada de qualquer árvore ou arbusto no local, bem como a retirada de grama.
15. É proibido o consumo de bebidas alcoólicas no local.
52
16. É proibido o acendimento de fogueiras no local.
17. É proibida a transposição da cerca de isolamento das pinturas rupestres.
18. A autorização de uso do CEMONTA não inclui permissão para acessar outras áreas de propriedade
particular.
19. Durante a escalada no CEMONTA, você pode ser interpelado por militares do 11º BIMth que realizam
rondas no local. Nesta situação, basta identificar-se e apresentar a autorização recebida.
20. É proibido gravar nomes, datas ou sinais em pedras, árvores, imóveis, placas ou outros bens do
CEMONTA;
21. É proibido provocar qualquer tipo de barulho que possa perturbar a fauna local (Ex: estampidos, gritos ou
utilização de aparelhos de som de qualquer espécie).
22. Para a visita de grupos com a finalidade de realizar cursos de escalada, deve ser apresentada a carteira de
guia ou instrutor de algum clube, ou entidade ligada às federações ou associações que compõem a
Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME).
23. O uso ou posse de drogas em ambiente militar (CEMONTA) será tratado com o mesmo rigor que o tráfico
de drogas, não havendo distinção, no Direito Penal Militar, da figura do usuário e do traficante, conforme
artigo 290 do Decreto-Lei Nº 1.001/69.
24. Na ocorrência do descumprimento de qualquer uma destas regras, ou de qualquer outra conduta que traga
consequências negativas para a preservação do local, o responsável será retirado do CEMONTA, e poderá
ser negada sua entrada no local em solicitações posteriores, sem prejuízo das responsabilidades cíveis,
administrativas e penais aplicáveis.

SERGIO RICARDO REIS MATOS – TC


Comandante do 11º Batalhão de Infantaria de Montanha
53
FICHA PARA AUTORIZAÇÃO DE USO DO CEMONTA
1.DADOS GERAIS:
Data solicitada Período solicitado
De Até
ou

Quantidade de Participantes Tipo de Atividade


( ) Escalada ( ) Pintura Rupestre

( ) Treking ( ) Outro

2.DADOS DO RESPONSÁVEL PELA ATIVIDADE:


Nome Completo

Data de nascimento

Identidade/Órgão Exp

Endereço completo

Telefones p/ contato

Profissão

Clube/Federação/Confederação

Em caso de acidente informar:

3.DADOS DOS PARTICIPANTES:


Possui Plano de
Em caso de acidente informar:
Nome completo Identidade ou CPF Fator RH saude?
Nome/parentesco/tel
SIM/NÃO

Em ___/____/ 20___. Autorizo:

Por delegação :
______________________________________
Visto Instr Ch CIOp Mth

_____________
SCmt
54

TERMO DE RECONHECIMENTO DE RISCOS PARA A PRÁTICA DE ESCALADA NO CAMPO ESCOLA


DE MONTANHISMO (CEMONTA), SÃO JOÃO DEL REI - MG.

EU,____________________________________________________________, nascido em
____/____/______, Idt Nº___________________Org Exp:____________, residente à
____________________________________________________________
_____________________________________________________________________ declaro conhecer a
modalidade de escalada, bem como as particularidades da região do CEMONTA e me comprometo a seguir
todas as Normas de Segurança relacionadas à atividade a ser executada, isentando o 11º Batalhão de
Infantaria de Montanha de qualquer responsabilidade em caso de acidente.

LEIA COM ATENÇÃO

DECLARO:

1.Reconhecer que a ATIVIDADE de escalada em rocha envolve riscos à vida (acidentes fatais) e ferimentos
sérios;
2.Entender de forma completa que o CEMONTA não provém qualquer cobertura para assistência
médica/hospitalar e óbito para mim na ATIVIDADE;
3.Concordar em assumir todos os riscos de danos pessoais, incluindo paralisia e morte, despesas
médicas, invalidez, perda de ganhos, incapacitação profissional, e perdas e danos à propriedade
decorridos enquanto participante da ATIVIDADE;
4.Aqui liberar o CEMONTA, seus dirigentes e qualquer de seus funcionários de qualquer perda,
responsabilidade legal, danos, ou custos, incluindo custos processuais e honorários de advogados
que eles possam incorrer devido à minha participação na ATIVIDADE;
5.Entender que esse consentimento se estende à minha família, herdeiros e executores;
6.Tenho conhecimento das normas de utilização do CEMONTA e concordo com todos os termos nela
contidos;
7.Ter lido o termo acima e entender completamente seu propósito;
IMPORTANTE: (Participantes menores de 18 anos devem ter a assinatura neste documento do pai/mãe ou
responsável legal).

CIENTE: DATA: ______ / _______ /________

_________________________________
Nome Completo:
Idt:
Observação: No momento da assinatura deste Termo é obrigatória a apresentação de documento de
identificação com foto.

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