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DESCRIÇÃO

Orientações de prevenção incluindo legislações, método de elaboração dos planos de emergência,


técnicas de investigação e coleta de dados dos incêndios.

PROPÓSITO
Elaborar planos de emergência em acordo com a legislação e coletar dados aplicando técnicas de
investigação são atribuições do engenheiro de segurança do trabalho, que precisa estar preparado para
atuar profissionalmente na prevenção de incêndios.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Empregar as orientações de prevenção contra incêndios


MÓDULO 2

Relacionar os objetivos, as aplicações e legislações dos planos de emergência

MÓDULO 3

Interpretar o método de elaboração dos planos de emergência

MÓDULO 4

Aplicar as técnicas de investigação e coleta de dados dos incêndios

INTRODUÇÃO

DESVENDANDO PLANOS DE EMERGÊNCIA E


ORIENTAÇÕES DE PREVENÇÃO
AVISO: orientações sobre unidades de medida.

AVISO

Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.

MÓDULO 1

 Empregar as orientações de prevenção contra incêndios

LIGANDO OS PONTOS

Foto: Shutterstock.com

Você sabe qual o assunto tratado na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)? Conseguiria
identificar uma situação emergencial?

Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos
analisar o case da empresa HM CONSTRUÇÕES.

Na empresa HM CONSTRUÇÕES, o engenheiro convocou a equipe do departamento de segurança do


trabalho para realizar múltiplas palestras e orientações sobre prevenção de incêndios para todos os
trabalhadores, incluindo a alta administração. Cem por cento dos funcionários, diretoria, fornecedores e
demais envolvidos no dia a dia da empresa foram corretamente orientados, sempre com a participação
ativa da equipe de brigada de emergência e da CIPA. O engenheiro e sua equipe destacaram a

importância da Norma Regulamentadora (NR) no 10, que trata de segurança em instalações elétricas na
prevenção de incêndios.

Após esses eventos, foram realizados dois simulados técnicos, com as formações dos chamados
“cabeças e rabos” de fila, e orientações. A empresa está cumprindo todos os protocolos, e os
trabalhadores, muito bem envolvidos, corretamente seguiram aos pontos de encontro predeterminados.

Um dia, no entanto, o alarme soou de forma indevida, por acidente, sem que nenhum evento verdadeiro
estivesse ocorrendo, mas a empresa toda estava ciente de como proceder, visto que ninguém sabia que
se tratava de um “alarme falso”.

Os trabalhadores das áreas operacionais seguiram corretamente as regras de evacuação. Os diretores


ignoraram os alarmes e continuaram em suas reuniões. Boa parte dos funcionários dos setores
administrativos informou que não foi avisada sobre qualquer ocorrência e que continuariam trabalhando.
Afinal, tinham muitos e-mails importantes para responder e não poderiam sair de suas bases de
trabalho. Alguns funcionários foram vistos se preocupando em pegar bolsas e demais objetos. Outros
corriam e gritavam pelos corredores.

Tratou-se de um alarme falso. Mas, certamente, se estivesse ocorrendo um incêndio de verdade, talvez
algumas vidas fossem perdidas, infelizmente, por negligência de grande parte dos colaboradores –
incluindo a alta administração, apesar de todo o investimento em treinamentos e orientações.

Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?

1. UM ENGENHEIRO, NO TREINAMENTO DE COMBATE AO INCÊNDIO, PRECISA


UTILIZAR OS CONCEITOS DA CIPA. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL DEVE
SER A NORMATIVA QUE CONTÉM TAIS CONCEITOS E QUE DEVE SER
ESCOLHIDA PELO ENGENHEIRO?

A) NR nº 10

B) NR nº 4

C) NR nº 5

D) NR nº 15

E) NR nº 16

2. UM TÉCNICO, PARA REALIZAR UM TREINAMENTO COM OS ELETRICISTAS


DA EMPRESA, PRECISA DE PORTIFÓLIO NORMATIVO QUE CONTENHA
ASSUNTOS COMO SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL SERÁ A NORMA
REGULAMENTADORA ESCOLHIDA PELO TÉCNICO?

A) NR nº 10

B) NR nº 4

C) NR nº 5

D) NR nº 15

E) NR nº 16

GABARITO
1. Um engenheiro, no treinamento de combate ao incêndio, precisa utilizar os conceitos da CIPA.
Em sua tomada de decisão, qual deve ser a normativa que contém tais conceitos e que deve ser
escolhida pelo engenheiro?

A alternativa "C " está correta.

A NR nº 5 é a norma que trata da CIPA. É importante que você também conheça as seguintes normas:

NR nº 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

NR nº 4 – Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho

NR nº 15 – Atividades e operações insalubres

NR nº 16 – Atividades e operações perigosas

2. Um técnico, para realizar um treinamento com os eletricistas da empresa, precisa de portifólio


normativo que contenha assuntos como segurança em instalações e serviços em eletricidade.
Em sua tomada de decisão, qual será a norma regulamentadora escolhida pelo técnico?

A alternativa "A " está correta.

A NR nº 10 é a norma que trata de segurança em instalações e serviços em eletricidade. É importante


que você também conheça as seguintes normas:

NR nº 4 – Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho

NR nº 5 – Comissão interna de prevenção de acidentes

NR nº 15 – Atividades e operações insalubres

NR nº 16 – Atividades e operações perigosas

3. COM BASE NO ESTUDO DE CASO CITADO, EM UMA


SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, O ENGENHEIRO E SUA
EQUIPE DEVEM ADOTAR OS PROCEDIMENTOS DE AÇÃO
IMEDIATA. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL SERÁ A
ROTA DE AÇÃO QUE O ENGENHEIRO E SUA EQUIPE
DEVEM ADOTAR?

RESPOSTA

A primeira coisa a fazer é acionar os alarmes. Depois, direcionar os colaboradores para uma rota de fuga. Os
trabalhadores das áreas operacionais devem seguir corretamente as regras de evacuação. Em seguida, os
diretores, ao ouvir o alarme, também devem seguir corretamente as regras de evacuação, como todos os
outros. Os funcionários devem manter a calma, não devem voltar para pegar pertences e precisam seguir as
sinalizações.
PRINCIPAIS AÇÕES QUE PROVOCAM
INCÊNDIO.

CONTEXTUALI­ZANDO INCÊNDIOS E SUAS


PRINCIPAIS CAUSAS
Neste módulo, vamos abordar as reais origens dos incêndios. Por exemplo, abordaremos as questões
relacionadas às descargas atmosféricas, os riscos decorrentes das sobrecargas elétricas nas
edificações, bem como as falhas humanas, a falta de manutenção predial, a ausência de orientações e
treinamentos nas empresas. Enfim, vamos abordar diversos desvios que são geradores de incêndios.

Muitas são as fontes geradoras de incêndios e explosões e, em sua maioria, evitáveis se seguíssemos
as corretas medidas preventivas. Quantas vezes uma investigação pericial chegou às seguintes
conclusões:

Foto: Shutterstock.com

O incêndio ocorreu em função de uma guimba de cigarro acesa lançada em uma lixeira, causando um
incêndio de grandes proporções.

Foto: Shutterstock.com

O incêndio ocorreu em função de aparelhos de ar-condicionado que tiveram como causa as chamadas
“gambiarras” elétricas, com fiações expostas, que geraram curto e, consequentemente, um incêndio.

Observe que essas situações poderiam ser plenamente evitadas se os procedimentos e as orientações
técnicas fossem seguidos.

AÇÕES E MEDIDAS QUE DEVEM SER EVITADAS


Para se evitar um incêndio, é necessário que algumas práticas, por vezes comuns, sejam eliminadas. A
seguir, veremos quais são essas práticas, mas entenda que muitas das ações e medidas descritas a
seguir são caracterizadas como falhas humanas e podem gerar sinistros.

Ausência de planos de ações emergência para as devidas orientações de evacuações de áreas e


edificações nos momentos em que houver um princípio de incêndio e pânico.

Negligência de treinamentos adequados para os trabalhadores, especialmente os membros da CIPA,


que podem contribuir com diversas ações preventivas.

Ausência e descumprimento das normas regulamentadoras, como as NRs nº 23 e 26 de prevenção e


combate a incêndios e a de sinalizações de segurança, respectivamente.

Ausência de extintores, de identificações de segurança e marcações de piso ou ainda extintores


descarregados e sem testes hidrostáticos – e pior, retirados dos locais corretos, sendo substituídos por
vasos de plantas, lixeiras e demais objetos que deveriam estar em outro local.

Ausência de reserva técnica para ações do corpo de bombeiros, hidrantes entupidos, mangueiras
desgastadas etc.

Os exemplos podem ser ampliados, pois em nosso dia a dia o que mais vemos são atitudes indevidas
ou ausência de procedimentos preventivos contra incêndios e explosões.
IMPORTÂNCIA DOS PLANOS E TREINAMENTOS
INTEGRADOS NA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
A ilustração a seguir demonstra a importância de um treinamento, realizado por um brigadista, sobre
como fazer a extinção de um princípio de incêndio até a chegada do corpo de bombeiros.

Foto: Shutterstock.com

Logo, além de todos os procedimentos corretos, incluindo os simulados, é fundamental que as empresas
informem todas as suas ações junto ao corpo de bombeiros de sua localidade, integrem suas ações com
as demais empresas (algo muito comum em distritos industriais) e atuem de forma correta com as
licenças de regularidade emitidas pelos órgãos públicos.

ESTUDO DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


Neste tópico, vamos tratar de um fenômeno da natureza que, da mesma forma, é uma fonte geradora de
incêndios e demais perdas – as descargas atmosféricas. Apesar de sua origem ser natural, podemos
nos precaver contra elas, com os corretos procedimentos preventivos.
TENDO EM VISTA QUE HÁ INCÊNDIOS QUE SÃO
PROVOCADOS POR ESSAS DESCARGAS, A FALHA
HUMANA NÃO PODE SER SUA CAUSA RAIZ.

É importante, nesse momento, apresentarmos em primeiro plano que as descargas atmosféricas são
fenômenos naturais extremamente importantes, mas de grande risco para o ser humano.

O solo e demais objetos que estiverem próximos a uma tempestade poderão ser carregados
positivamente e, com isso, formar um campo elétrico que é a fonte para a descarga atmosférica ser
gerada. Dadas as condições descritas, o próximo passo para gerar uma descarga elétrica é estabelecer
um canal de conexão entre as cargas opostas, porque o ar é um mau condutor elétrico.

NO ENTANTO, QUANDO A DIFERENÇA ENTRE AS


CARGAS OPOSTAS FOR MUITO GRANDE, ESSE
POTENCIAL SUPERARÁ A RESISTÊNCIA DO AR,
QUE SE CARREGARÁ ELETRICAMENTE A PARTIR
DE UM PROCESSO CONHECIDO COMO IONIZAÇÃO.

Durante o processo de ionização, as cargas negativas, com o objetivo de estabelecer um canal de


conexão com as cargas positivas, rompem a capacidade isolante do ar e passam a fluir livremente,
formando ramificações e gerando uma via principal de passagem, num processo conhecido como
stepped leader.
FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS

Veja quais são os fenômenos atmosféricos:

RAIO

É o nome da descarga elétrica atmosférica propriamente dito.

RELÂMPAGO

Refere-se, comumente, à energia elétrica visível associada à descarga atmosférica.

ÍNDICE CERÁUNICO

É o número de dias de trovoadas por ano em determinada região.

TROVÃO

É o som causado pela própria descarga atmosférica. Esse fenômeno ocorre como consequência do
aquecimento do ar presente no canal da descarga elétrica.

Como já foi dito, descargas elétricas são causadoras de incêndios em florestas, mas também atingem
edificações sem sistemas de prevenção.

Além disso, são causadoras de mortes diretas de pessoas quando atingidas diretamente. A maioria das
mortes é causada por parada cardiorrespiratória. Grande parte dos sobreviventes sofre por um longo
tempo de sérias sequelas psicológicas e orgânicas. A corrente do raio pode causar queimaduras e
outros danos a diversas partes do corpo.

 VOCÊ SABIA
Embora a potência de um raio seja grande, sua curta duração faz com que a energia seja pequena –
algo em torno de 300kWh, o equivalente ao consumo mensal de energia de uma casa pequena.

No Brasil, temos a Norma Brasileira (NBR) nº 5.419, prescrita pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT). A NBR nº 5.419 trata de proteção contra descargas elétricas e aborda diversas formas
de implementação de sistemas preventivos, com vistas a evitar danos físicos e perdas humanas. Para
tanto, preconiza um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) a fim de evitar lesões
causadas pelas tensões de toque e passo nas vizinhanças de um SPDA.

ESTUDO SOBRE OS RISCOS ELÉTRICOS


Muitas são as normas e os procedimentos com orientações preventivas contra incêndios com origem
elétrica. Podemos citar a NR nº 10, que trata de segurança em instalações elétricas, além das NBRs
emitidas pela ABNT, mas que, infelizmente, são negligenciadas ou até mesmo ignoradas pela maioria
das pessoas.

O risco de incêndio com origem elétrica é responsável por grandes perdas e mortes em diversas regiões
brasileiras. Na maioria das vezes, esses incêndios são causados por sobrecargas elétricas.

As sobrecargas elétricas acontecem em função de:

Foto: Shutterstock.com

Projetos equivocados

Foto: Shutterstock.com

Falta de manutenção elétrica nas edificações

Foto: Shutterstock.com

Pessoas não habilitadas para manutenções prediais nessa área.

Imagine determinado ambiente, que pode ser uma empresa, uma residência ou qualquer local que
possua diversos equipamentos eletrônicos conectados a uma mesma rede, ao mesmo tempo. Quando
esse cenário ocorre, é comum o disjuntor “disparar”, visto que foi instalado para proteger a instalação
elétrica e as pessoas em geral.
Em uma residência, podemos ter ar-condicionado, geladeira, chuveiro elétrico, ferro de passar roupas,
televisores e computadores, tudo ligado ao mesmo tempo. Mas, se não houver um projeto elétrico
adequado, essa quantidade de aparelhos ligados simultaneamente pode causar uma sobrecarga, e há a
possibilidade de comprometimento de todo o sistema.

Algumas dicas e sinais de que o sistema elétrico da construção está comprometido podem ser
observados pela luminosidade quando ligamos um equipamento. Um simples forno de micro-ondas, por
exemplo, com características “incandescentes” é um prenúncio de que há risco muito presente. Agora,
quando fios e cabos estão ressecados, ou ainda com cheiro de queimado, é bastante provável que a
instalação elétrica esteja bem comprometida e o risco de incêndio é acentuado.

CONDIÇÕES QUE GERAM SOBRE CARGA ELÉTRICA

Segundo os dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade


(ABRACOPEL), 74 pessoas morreram em incêndios iniciados por sobrecarga de energia somente em
2019. Entre os motivos estão a falta de manutenção das instalações elétricas, o uso excessivo de
adaptadores como benjamins e extensões, a utilização de fios de má qualidade etc.

Por fim, constatamos que o descaso e o desconhecimento em relação aos riscos que o sistema elétrico
pode gerar para uma edificação vêm resultando no triste cenário de mortes e perdas em geral.
Infelizmente, o pensamento de muitos ainda é que, como estão por trás das paredes, os fios e cabos
estão “seguros”, e não há por que se preocupar. Sabemos que não é bem assim; afinal, os fios e cabos
também sofrem desgaste, “envelhecem”, e precisam de uma atualização.

UMA INFORMAÇÃO MUITO IMPORTANTE É SOBRE O


ÍNDICE CERÁUNICO. ESSE INDICADOR, SEGUNDO O
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS
(INPE), É RESPONSÁVEL POR CONTABILIZAR O
NÚMERO DE DIAS COM TROVOADAS QUE
OCORREM POR ANO EM DETERMINADO LOCAL. A
PARTIR DESSE ÍNDICE, É POSSÍVEL COMPOR
MAPAS ISOCERÁUNICOS.

Ou seja, podemos evitar todos esses cenários de risco acentuado com a utilização dos procedimentos
de prevenção de incêndio abordados neste módulo.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. MUITOS INCÊNDIOS ESTÃO ASSOCIADOS A NEGLIGÊNCIAS E CONDIÇÕES


INSEGURAS DOS DIVERSOS AMBIENTES. MARQUE A SEGUIR A ÚNICA OPÇÃO
QUE NÃO PODE SER CONSIDERADA FALHA HUMANA COMO CAUSA RAIZ DE
UM INCÊNDIO.

A) Incêndios causados por descargas atmosféricas acarretando perdas humanas e materiais.

B) Empresas que negligenciam a formação técnica das brigadas de emergência e que, além do
descumprimento legal, colocam em risco a vida de todos os que utilizam determinada edificação.

C) Ausência e descumprimento das normas regulamentadoras, como as NRs nº 23 e 26, de prevenção


e combate a incêndios e a de sinalizações de segurança, respectivamente.

D) Ausência de extintores, de identificações de segurança, marcações de piso ou ainda extintores


descarregados e sem testes hidrostáticos.

E) Ausência de reserva técnica para ações do corpo de bombeiros, hidrantes entupidos, mangueiras
desgastadas etc.

2. COMO SABEMOS, A DESCARGA ATMOSFÉRICA É UM FENÔMENO NATURAL,


CUJOS EFEITOS, FELIZMENTE, PODEM SER MINIMIZADOS POR MEIO DE
MEDIDAS PREVENTIVAS PARA SE EVITAR PERDAS EM ÁREAS RESIDENCIAIS,
INDUSTRIAIS, ENTRE OUTRAS. EM RELAÇÃO ÀS DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS, O QUE VEM A SER STEPPED LEADER?

A) É um fenômeno muito comum em que há uma associação das cargas negativas e positivas num
processo de ionização e, com isso, um grande bloqueio impede a passagem do ar.

B) É um equipamento utilizado pelas indústrias para evitar que um raio atinja determinada área de
produção, servindo então como um bloqueio das descargas atmosféricas.

C) É o som causado pela própria descarga atmosférica. Esse fenômeno ocorre como consequência do
aquecimento do ar presente no canal da descarga elétrica.

D) É um fenômeno que ocorre durante a ionização, quando as cargas negativas estabelecem um canal
de conexão com as positivas, rompendo a capacidade isolante do ar, possibilitando então a passagem
livre do ar.

E) Refere-se comumente à energia elétrica visível associada à descarga atmosférica.

GABARITO

1. Muitos incêndios estão associados a negligências e condições inseguras dos diversos


ambientes. Marque a seguir a única opção que não pode ser considerada falha humana como
causa raiz de um incêndio.

A alternativa "A " está correta.

A falha humana é responsável por grande parte dos incêndios e acidentes em geral, especialmente os
de grandes proporções. Porém, não podemos deixar de registrar os fenômenos naturais, como
descargas atmosféricas, que também são causadoras de incêndios, bem como de perdas humanas.

2. Como sabemos, a descarga atmosférica é um fenômeno natural, cujos efeitos, felizmente,


podem ser minimizados por meio de medidas preventivas para se evitar perdas em áreas
residenciais, industriais, entre outras. Em relação às descargas atmosféricas, o que vem a ser
stepped leader?

A alternativa "D " está correta.

Quando a diferença entre as cargas opostas for muito grande, esse potencial superará a resistência do
ar, que se carregará eletricamente, por meio de um processo conhecido como ionização, quando ocorre
o fenômeno do stepped leader, que está atrelado ao rompimento da capacidade isolante do ar.
MÓDULO 2

 Relacionar os objetivos, as aplicações e legislações dos planos de emergência

LIGANDO OS PONTOS

Você sabe qual o assunto tratado na Instrução Técnica (IT) no 16/2018? Vamos entender melhor.

Observe o exemplo a seguir.

Foto: Shutterstock.com

Uma empresa contratou um profissional para a elaboração de um Plano de Emergência Contra Incêndio
(PECI). O engenheiro e sua equipe prepararam um material contendo os principais pontos do PECI para
expor em uma reunião com a alta administração da empresa.

Dentro dos pontos pautados no material, o engenheiro tratou sobre os quatro níveis de emergência:

Nível pequeno – Relaciona apenas a ação interna com os brigadistas da empresa.

Nível médio – Há uma ação mista, ou seja, interna com os brigadistas e externa com o corpo de
bombeiros.

Nível grande – Ação externa dupla, ou seja, corpo de bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (SAMU) em ação conjunta.
Nível especial – Apresenta algumas situações particulares com relação aos outros níveis, que
comprometem as construções vizinhas e também conta com a ação da defesa civil.

Em outro momento da reunião, os pontos abordados foram as formas de prevenção, que são:

Primária – Relacionada com o saneamento básico da edificação, ou seja, trata da apresentação


de condições melhores de conforto, iluminação e sinalização.

Secundária – Treinamentos, testes, laudos e certificações.

Terciária – Guarda relação com processos como auditorias e simulados.

O engenheiro mostrou aos diretores as legislações que embasam o plano de emergência e logo

descreveu as atuações da NBR no 15.219 – planos de emergências, requisitos e procedimentos – e

falou na IT no 16/2018 (instrução técnica), documento técnico desenvolvido pelo governo de São Paulo
no tocante a planos de emergência.

Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?

1. O ENGENHEIRO, NA APRESENTAÇÃO DO PECI, MOSTROU A APLICAÇÃO DE


UM MÉTODO PREVENTIVO BASEADO NAS CONDIÇÕES DE SANEAMENTO
BÁSICO DA EDIFICAÇÃO, COMO TAMBÉM EM CONDIÇÕES DE TRABALHO MAIS
SEGUROS COM SINALIZAÇÃO DE ALERTA. EM SUA TOMADA DE DECISÃO,
QUAL DEVE SER O TIPO DE PREVENÇÃO DEMONSTRADO PELO ENGENHEIRO
EM SUA APRESENTAÇÃO?

A) Secundária

B) Terciária

C) 4º grau

D) Primária

E) 5º grau

2. O ENGENHEIRO, NA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA,


MOSTROU A APLICAÇÃO DE UM MÉTODO PREVENTIVO BASEADO EM LAUDOS
DE FUNCIONALIDADE DO SISTEMA DE PARA-RAIOS E CERTIFICADOS DOS
EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIOS. EM SUA TOMADA DE DECISÃO,
QUAL DEVE SER O TIPO DE PREVENÇÃO DEMONSTRADO PELO ENGENHEIRO
EM SUA APRESENTAÇÃO?

A) Secundária

B) Terciária

C) 4º grau

D) Primária

E) 5º grau

GABARITO

1. O engenheiro, na apresentação do PECI, mostrou a aplicação de um método preventivo


baseado nas condições de saneamento básico da edificação, como também em condições de
trabalho mais seguros com sinalização de alerta. Em sua tomada de decisão, qual deve ser o tipo
de prevenção demonstrado pelo engenheiro em sua apresentação?

A alternativa "D " está correta.

Com base nas literaturas normativas, a alternativa correta é a D, pois está em conformidade com as
características das prevenções primárias que tratam de saneamento básico da edificação, habitação em
melhores condições de salubridade, iluminação e ventilação naturais, condições de trabalho mais
seguros com sinalização de alerta, conscientização e noções de emprego e maleabilidade de aparelhos
de combate a incêndios aos interessados.

2. O engenheiro, na apresentação do plano de emergência, mostrou a aplicação de um método


preventivo baseado em laudos de funcionalidade do sistema de para-raios e certificados dos
equipamentos de combate a incêndios. Em sua tomada de decisão, qual deve ser o tipo de
prevenção demonstrado pelo engenheiro em sua apresentação?

A alternativa "A " está correta.

Com base nas literaturas normativas, a alternativa correta é A, pois está em conformidade com as
características de uma prevenção secundária que abarca treinamentos de reciclagem de brigadistas,
recarga de aparelhos extintores, testes de pressão em mangueiras de incêndio, conserto de vazamentos
na rede hidráulica ou gasodutos, monitoramento ambiental para fins de laudos de insalubridade, testes
de estanqueidade de produtos perigosos, laudos de funcionalidade do sistema de para-raios e
certificação de equipamentos de combatente a incêndios.
3. EM UMA SITUAÇÃO EMERGENCIAL, O SINISTRO TEVE
PROPORÇÕES QUE ATINGIRAM O NÍVEL DE EMERGÊNCIA
ESPECIAL, TENDO EM VISTA QUE DENTRO DO PECI O TIPO
DE PREVENÇÃO ADOTADO FOI O TERCIÁRIO. EM SUA
TOMADA DE DECISÃO, COMO DEVEM SER DESCRITAS,
PELO ENGENHEIRO, AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
DO NÍVEL DE EMERGÊNCIA E DE PREVENÇÃO CITADOS
NO PROBLEMA?

RESPOSTA

1º passo:

As descrições devem começar pelo nível de emergência – Emergência de nível especial com caracterizações
ampliadas; nesse caso, dano a construções vizinhas, tendo ação da defesa civil.

2º passo:

Logo em seguida, a descrição vai levar em consideração o método preventivo utilizado. Sendo do tipo
terciária, tem como características as auditorias executadas por peritos para analisar e comunicar riscos de
incêndios aos usuários da edificação, exercícios simulados de planos de abandono de edificação pelos seus
ocupantes, cronometragem do tempo de mobilização de recursos humanos e materiais para assessoria
técnica durante os simulados de emergências na edificação, participação no planejamento e na execução de
planos de auxílio mútuo e orientação da comunidade local quando do surgimento de incêndio.
PRINCIPAIS NORMAS DE PLANOS DE
EMERGÊNCIA.

CONTEXTUALI­ZANDO OS PLANOS DE
EMERGÊNCIA
Há pouco material disponível no Brasil no tocante a manuais sobre a elaboração de planos de
emergência. Os profissionais costumam se pautar na Norma Técnica (NT) nº 14.023, que trata dos
registros das atividades de bombeiros. Alguns especialistas aconselham que, para a construção de um
plano emergencial eficaz, é necessária a adoção de padronização e a aplicação de um método operante
e eficiente.

O IDEAL SERIA UMA QUANTIFICAÇÃO PRECISA DE


DADOS EXTRAÍDOS DAS ESTATÍSTICAS NACIONAIS,
OU SEJA, UMA AMOSTRA DE ACONTECIMENTOS NA
INDÚSTRIA BRASILEIRA. ASSIM, TERÍAMOS UMA
APROXIMAÇÃO REAL DOS ACONTECIMENTOS.

Mas isso ainda não é possível, pois a principal fonte de dados para a elaboração dos planos vem de
outros países, que muitas vezes não traduz a realidade dos acontecimentos de emergência da indústria
nacional, com todas as suas desigualdades.

PREVENÇÃO NA INDÚSTRIA
O sistema de prevenção industrial tem por base algumas definições de prevenção:

Imagem: Shutterstock.com

Combate a incêndio

Imagem: Shutterstock.com

Dar condições de evacuação para os ocupantes

Imagem: Shutterstock.com

Restringir a propagação do fogo


Imagem: Shutterstock.com

Adotar medidas de controle

Imagem: Per-Boge / Shutterstock.com

Traçar rotas de acesso para o corpo de bombeiros.

TIPOS DE PREVENÇÃO

Existem 3 tipos de prevenção: primária, secundária e terciária. Veja:


PREVENÇÃO PRIMÁRIA
As características da prevenção primária são:

Saneamento básico da edificação

Habitação em melhores condições de salubridade

Iluminação e ventilação naturais

Condições de trabalho mais seguros com sinalização de alerta

Conscientização e noções de emprego e maleabilidade de aparelhos de combate a incêndios aos


interessados

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
As características da prevenção secundária são:

Treinamentos de reciclagem de brigadistas

Recarga de aparelhos extintores

Testes de pressão em mangueiras de incêndio

Conserto de vazamentos na rede hidráulica ou gasodutos

Monitoramento ambiental para fins de laudos de insalubridade

Testes de estanqueidade de produtos perigosos

Laudos de funcionalidade do sistema de para-raios

Certificação de equipamentos de combatente a incêndios

PREVENÇÃO TERCIÁRIA
As características da prevenção terciária são:

Auditorias executadas por peritos para analisar e comunicar riscos de incêndios aos usuários da
edificação
Exercícios simulados de planos de abandono de edificação pelos seus ocupantes

Cronometragem do tempo de mobilização de recursos humanos e materiais para assessoria


técnica durante os simulados de emergência na edificação

Participação no planejamento e na execução de planos de auxílio mútuo e orientação da


comunidade local quando do surgimento de incêndio

OBJETIVO DOS PLANOS DE EMERGÊNCIA


Os planos possuem por objetivo a formação de um programa de manutenção e revisão de processos de
emergência, também devem fornecer dados operacionais da edificação, que vão facilitar o acesso do
corpo de bombeiros.


SAIBA MAIS

Os planos também visam à aplicação de programas de gestão de risco.

APLICAÇÕES DOS PLANOS DE EMERGÊNCIA


Os planos têm suas aplicações em qualquer edificação, não possuindo área mínima para
enquadramento, como também não há limite de altura ou quantificações de ocupantes. Os especialistas
ainda recomendam para casos especiais, ou seja, os que passam pela avaliação de comissão técnica.

LEGISLAÇÃO APLICADA
Há um gargalo no setor em relação à legislação, pois ainda não foi criada uma codificação nacional que
aborde distintos aspectos, ou seja, as principais causas que originam as grandes ou pequenas
emergências em um caráter seccionado.

As normas que existem atualmente são:


OSHA – OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH
ADMINISTRATION (ESTADOS UNIDOS)
Trata sobre os planos de emergência.

Os planos devem ser documentados e registrados para consultas futuras.

Empresas com no máximo dez colaboradores não precisam de plano escrito e sim oral.

Os planos devem estar disponíveis para todos os colaboradores.

Procedimentos: relatar o incêndio, determinar as zonas de fuga, operacionalização especial e


adoção de medidas de primeiros socorros.

Deve haver uma lista de participantes e funções no plano de ação emergencial.

NFPA 1600 – NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION


(ESTADOS UNIDOS, 2006)
Critérios para gerenciar as situações emergenciais.

Programa de continuidade de negócios.

Avaliação dos programas existentes.

Definição: política, visão, missão e a elaboração do cronograma de ação.

NBR Nº 14.276 (BRASIL)


Trata da formação de brigadas de incêndio.

As brigadas devem ser implantadas em qualquer edificação que possua ocupação.

Relata o cálculo da quantidade de brigadistas.

Apresenta diferentes níveis de treinamentos.

Carga horária dos treinamentos: básico – 8h; intermediário – 52h; avançado – 63h.

NBR Nº 15.219 (BRASIL)


Regulamenta os planos de emergência contra incêndio.

Todas as edificações devem possuir plano de emergência contra incêndio (PECI).

O PECI deve ser realizado por profissional habilitado, tendo também experiência de no mínimo
cinco anos.

O profissional deve também passar por treinamentos de diferentes níveis.

Processo de auditoria a cada doze meses, ou seja, um ano.

IT Nº 16 (BRASIL)
É uma instrução técnica.

Estabelece bases para o levantamento de risco das edificações.

Tem como formato a padronização de operações.

Estabelece critérios que facilitam a operação dos bombeiros.

Além das normas, também já foram determinadas a carga horária dos cursos de plano de emergência.

O quadro abaixo mostra a relação das disciplinas com a carga horária mínima de curso para a
realização do plano de emergência, de acordo com o estabelecido pela NBR nº 15.219.

Níveis/carga horária

Disciplinas

Baixo Médio Alto

Prevenção e combate a incêndio e abandono de área 200h 300h 400h

Primeiros socorros 60h 120h 240h

Análise de risco 60h 100h 140h

Quadro: Disciplinas versus carga horária


Elaborado por Hermerson Martins de Lima

Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

TÓPICOS ESPECIAIS DA IT Nº 16/2018


Nos processos utilizados para a formação dos planos de emergência, temos a aplicação de algumas
técnicas, tais como:

whatif;

checklist;

hazop; e

árvore de falhas ou diagrama lógico de falhas.

Mas o especialista precisa ter em mente que essas não são as únicas técnicas de ação.

PLANTAS DE RISCO DE INCÊNDIO

Antes de avaliar o nível de risco de incêndio que uma planta pode ter, é necessário seguir alguns
passos:

Reconhecer o local;

Averiguar os principais riscos (explosão e incêndios, e nas construções vizinhas);


Identificar a presença dos dispositivos contra incêndio (paredes, portas corta-fogo);

Mostrar os espaços confinados presentes na edificação;

Apresentar a quantidade de hidrantes internos e externos;

Apontar em sua composição o número de pavimento e registros de recalque;

Exibir as rotas para a casa das bombas de incêndio; e

Deixar claro a capacidade, vazão e pressão dos dispositivos.

Também é necessário realizar ações diretas tais como:

Identificar a reserva de incêndio e a quantidade de água;

Identificar o local de manuseio e/ou armazenamento de produtos perigosos;

Sinalizar vias de acesso às viaturas do corpo de bombeiros;

Manter hidrantes urbanos próximos à edificação;


Ter à vista a localização de todas as saídas de emergência; e

Ter à vista a localização de todas as entradas que possam ser utilizadas pelos bombeiros.

Essas informações mostram a importância da análise das plantas de risco, para que o engenheiro tenha
uma rota de ação embasada nos conceitos técnicos normativos, evitando erros que possam colocar
vidas em risco.

DIVULGAÇÃO E TREINAMENTOS

É fundamental divulgar o plano de emergência para todos os ocupantes da edificação, bem como
orientar os visitantes a partir de ações administrativas.

 EXEMPLO

A divulgação pode acontecer por meio de panfletagem, vídeos e palestras.

O plano de emergência contra incêndio deve fazer parte dos treinamentos de formação, treinamentos
periódicos e reuniões ordinárias dos membros da brigada de incêndios.

EXERCÍCIOS SIMULADOS

Nos exercícios simulados, devem ser realizadas ações que demonstrem abandono de área de forma
total ou parcial, com a participação de toda a população da fábrica. Devem ocorrer de forma completa no
prazo máximo de um ano (doze meses).

Quando a equipe finaliza as ações do simulado, logo em seguida deve acontecer uma reunião que visa
à correção de erros e falhas constatados. A equipe deve elaborar uma ata com os seguintes itens:

Data e horário do evento;

Tempo gasto no abandono;

Tempo gasto no retorno;

Atuação dos profissionais envolvidos;

Comportamento da população;

Tempo gasto para a chegada do corpo de bombeiros, quando for possível a sua participação;
Ajuda externa (por exemplo, plano de auxílio mútuo – PAM);

Falha de equipamentos;

Falhas operacionais; e

Demais problemas levantados na reunião.

PROCEDIMENTOS BÁSICOS NAS AÇÕES DE


EMERGÊNCIAS COM BASE NA IT Nº 16/2018
Esse tópico foi extraído da IT nº 16/2018, e mostra as ações básicas em situações de incêndio e
emergência.

ABANDONO DE ÁREA
Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário, conforme comunicação
preestabelecida, conduzindo a população fixa e flutuante (funcionários e visitantes) para o ponto de
encontro, ali permanecendo até a definição final da emergência. O plano deve contemplar ações de
abandono de área para portadores de deficiência física permanente ou temporária, bem como para
pessoas que necessitem de auxílio (idosos, gestantes etc.).

ALERTA
Identificada uma situação emergencial, qualquer pessoa pode, pelos meios de comunicação disponíveis
ou sistema de alarme, alertar os ocupantes, os brigadistas, os bombeiros profissionais civis e o apoio
externo. Esse alerta pode ser executado automaticamente em edificações que possuem sistema de
detecção de incêndio.

ANÁLISE DA SITUAÇÃO
Após o alerta, deve ser analisada a situação, desde o início até o final da emergência, e desencadeados
os procedimentos necessários, que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo
com os recursos materiais e humanos disponíveis no local.

APOIO EXTERNO
O corpo de bombeiros e/ou outros órgãos locais devem ser acionados de imediato, preferencialmente
por um brigadista, que deve informar: nome do solicitante e o número do telefone utilizado; endereço
completo, pontos de referência e/ou acessos; e características da emergência, local ou pavimento e
eventuais vítimas e suas condições.

COMBATE AO INCÊNDIO
Proceder ao combate, quando possível, até a extinção do incêndio, restabelecendo a normalidade.

CONFINAMENTO DO INCÊNDIO
Confinar o incêndio de modo a evitar a sua propagação e suas consequências.

ELIMINAR OS RISCOS
Por meio do corte das fontes de energia e do fechamento das válvulas das tubulações, quando possível
e necessário, da área sinistrada atingida ou geral.

INVESTIGAÇÃO
Levantar as possíveis causas do sinistro e os demais procedimentos adotados, com o objetivo de propor
medidas preventivas e corretivas para evitar a sua repetição.

ISOLAMENTO DA ÁREA
Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas
não autorizadas adentrem ao local.

PRIMEIROS SOCORROS
Prestar os primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou estabelecendo suas funções vitais até
que se obtenha o socorro especializado.

PLANO DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO


Deve conter interface com outros planos, conforme os riscos específicos (produtos perigosos,
explosões, inundações, pânico etc.).

REVISÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA


CONTRA INCÊNDIO COM BASE NA IT Nº 16/2018
Este tópico mostra os principais pontos referentes à revisão dos planos de emergência, tendo em vista
os sinais que o responsável precisa notar para que ocorra uma revisão no processo.

O plano de emergência deve ser revisado nas seguintes situações:

No caso de ser constatada a possibilidade de melhoria do plano;

Quando houver uma alteração significativa nos processos industriais, de serviços e de área ou leiaute; e

Após doze meses da última revisão.


VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. COM BASE NA NBR Nº 15.219, QUAL A CARGA HORÁRIA QUE O


PROFISSIONAL PRECISA TER NO CURSO DE FORMAÇÃO DE PLANOS DE
EMERGÊNCIA, NA DISCIPLINA DE ANÁLISE DE RISCO, TENDO EM VISTA QUE A
EDIFICAÇÃO NA QUAL ESTÁ ALOCADO POSSUI GRAU MÉDIO?

A) 200 horas

B) 100 horas

C) 350 horas

D) 400 horas

E) 500 horas

2. QUAL O PERÍODO PARA A REALIZAÇÃO DA AUDITORIA NO PLANO DE


EMERGÊNCIA E COMBATE A INCÊNDIO (PECI)?

A) A cada 12 meses

B) A cada 24 meses

C) A cada 36 meses

D) A cada 48 meses

E) A cada 6 meses

GABARITO

1. Com base na NBR nº 15.219, qual a carga horária que o profissional precisa ter no curso de
formação de planos de emergência, na disciplina de análise de risco, tendo em vista que a
edificação na qual está alocado possui grau médio?

A alternativa "B " está correta.

De acordo com a norma, para que sejam abordados todos os pontos essenciais, e que sejam realizadas
simulações, instruções e correções de ações, é necessário haver no mínimo 100 horas de treinamento.
2. Qual o período para a realização da auditoria no plano de emergência e combate a incêndio
(PECI)?

A alternativa "A " está correta.

Um profissional especializado deve realizar uma auditoria do plano a cada 12 meses, preferencialmente
antes de sua revisão. Nessa auditoria, deve-se avaliar se o plano está sendo cumprido em conformidade
com a norma, bem como verificar se os riscos encontrados na análise foram eliminados, controlados ou
reduzidos.

MÓDULO 3

 Interpretar o método de elaboração dos planos de emergência

LIGANDO OS PONTOS

Foto: Shutterstock.com

Você sabe como implantar um plano emergência? Conhece suas etapas, e quais são as metodologias
adotadas para tal implementação? Não? Vamos então acompanhar este case:

O escritório de advocacia HM Brothers é um escritório grande, onde trabalham mais de 300 pessoas,
dentre advogados, ajudantes, secretários e faxineiros. Esse escritório funciona em um prédio de 5
andares, sendo no seu último andar o arquivo de processos. Além disso, o prédio tem uma copa com
cozinha para que seus funcionários possam almoçar no local, esquentando sua comida, ou até mesmo
fazendo-a no local, pois dispõe de  fogão com gás encanado. No térreo da edificação existem dois
geradores de energia elétrica movidos a óleo diesel, para que as atividades não se interrompam no caso
de falha no fornecimento de energia pela concessionária local. A edificação do escritório possui saída de
incêndio, chuveiros automáticos, portas corta-fogo e extintores de incêndio. Os seus donos, Hermert e
Henson, são muito preocupados com a segurança de todos os frequentadores do seu escritório.

Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?

1. PARA GARANTIR QUE A VIDA DE TODOS DENTRO DO ESCRITÓRIO,


FUNCIONÁRIOS OU VISITANTES, SEJA PRESERVADA EM UMA OCASIÃO DE
INCÊNDIO, OS DONOS HERMERT E HENSON SOLICITARAM A ELABORAÇÃO DE
UM PECI PARA UMA EMPRESA DE CONSULTORIA, SENDO VOCÊ O
RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PLANO. SABENDO QUE A
EDIFICAÇÃO NÃO TINHA UM PECI ANTERIOR, OU SEJA, QUE O SEU PECI SERÁ
O PRIMEIRO, QUAL A PRIMEIRA AÇÃO VOCÊ DEVE FORMAR, PARA QUE ESSE
PECI TENHA SUCESSO?

A) Estabelecer o objetivo do PECI

B) Realizar ações para formação da equipe

C) Estabelecer a hierarquia na equipe

D) Desenvolver o PECI

E) Parametrizar o orçamento e o cronograma

2. VOCÊ ENTÃO FEZ ALGUMAS ENTREVISTAS E SELECIONOU ALGUNS


CURRÍCULOS PARA COMPOR A SUA EQUIPE QUE IRÁ IMPLEMENTAR O PECI.
ESSA EQUIPE É COMPOSTA PELOS MELHORES PROFISSIONAIS QUE SE
CANDIDATARAM ÀS RESPECTIVAS VAGAS. AGORA QUE VOCÊ ESTÁ COM A
EQUIPE FORMADA, QUAL É O PRÓXIMO PASSO A SER TOMADO:

A) Estabelecer a hierarquia

B) Cotar orçamento

C) Estabelecer cronograma de ação


D) Investigar riscos

E) Desenvolver objetivos

GABARITO

1. Para garantir que a vida de todos dentro do escritório, funcionários ou visitantes, seja
preservada em uma ocasião de incêndio, os donos Hermert e Henson solicitaram a elaboração de
um PECI para uma empresa de consultoria, sendo você o responsável pela elaboração do plano.
Sabendo que a edificação não tinha um PECI anterior, ou seja, que o seu PECI será o primeiro,
qual a primeira ação você deve formar, para que esse PECI tenha sucesso?

A alternativa "B " está correta.

O primeiro passo para realizar um PECI é montar uma equipe competente para executar o plano. Caso
contrário, não será possível realizar nenhum dos objetivos traçados.

2. Você então fez algumas entrevistas e selecionou alguns currículos para compor a sua equipe
que irá implementar o PECI. Essa equipe é composta pelos melhores profissionais que se
candidataram às respectivas vagas. Agora que você está com a equipe formada, qual é o próximo
passo a ser tomado:

A alternativa "A " está correta.

Para que o trabalho seja executado rápido e com mitigação de erro, deve-se estabelecer a hierarquia na
equipe. Assim, poupa-se perda de tempo, insatisfações, além de essa hierarquia ajudar a equipe a
trabalhar em conjunto, com cada um conhecendo a sua devida tarefa.

3. PARA QUE APROVADO, O PLANO DE EMERGÊNCIA


DEVE SER EMBASADO NA NBR N° 15.219. ESSE PLANO
DEVE SEGUIR PASSOS E SER IMPLEMENTADO DE FORMA
METICULOSA, PARA EVITAR ERROS NA HORA DA SUA
EXECUÇÃO, POIS NESSE CASO ERROS PODEM CUSTAR
VIDAS. DIANTE DISSO, DESCREVA QUAIS SÃO OS PASSOS
A SEREM SEGUIDOS PARA QUE UM PLANO ESTEJA
EMBASADO NA NBR N° 15.219.
RESPOSTA

Para que esteja de acordo com a NBR n° 15.219, o PECI deve conter a descrição da planta do local,
contemplando a planta baixa, a localização da edificação, o tipo de construção, detalhando os materiais
utilizados, a dimensão da edificação como todo, assim como as dimensões detalhadas de cada cômodo.
Deve conter também o tipo de ocupação, descrever a quantidade da ocupação e como ela está distribuída na
edificação, estimar a população fixa e flutuante, apontar se pessoas com deficiência frequentam a edificação,
e se há acesso adequado para elas, mesmo em momento de emergência.

O PECI deve descrever a característica do funcionamento da edificação, detalhar os recursos humanos e


minuciosamente descrever a rota de fuga em caso de incêndio. Deve também estabelecer quais
procedimentos básicos de emergência devem ser tomados, assim como quais são os tipos de alerta.

O PECI deve estabelecer quem será o responsável por analisar a situação, no caso da emergência, e
também como será feito o contato externo para pedido de socorro.

O PECI é responsável por indicar as pessoas corretas que devem prestar serviços médicos em ocasião de
emergência, além de identificar, mapear e eliminar os riscos existentes na edificação.

O PECI deve indicar o procedimento correto para que haja o abandono da edificação da forma mais eficaz
possível em caso de emergência, assim como o correto isolamento da área em chamas.

Após o ocorrido, o PECI deve prever como deve ser realizada a investigação para averiguação da causa do
incêndio.
ETAPAS PARA A IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE
EMERGÊNCIA.

CONTEXTUALI­ZANDO A METODOLOGIA DE
ELABORAÇÃO
No processo de construção de um plano de emergência contra incêndio (PECI), vários aspectos são
levados em consideração, tendo em vista que essas ações devem ser coordenadas para minimizar ao
máximo os erros do processo.
OS PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM NA
ELABORAÇÃO DE NOVOS PLANOS UTILIZAM COMO
BASE O MOLDE DESENVOLVIDO NOS PLANOS
ANTERIORES, FAZENDO AS ATUALIZAÇÕES E A
OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO PARA GERAR
RESULTADOS EFICAZES NO NOVO DESAFIO.

Dentro desse pensamento, vamos abordar uma esquematização do plano de emergência contra
incêndio e pânico, contendo cinco passos cruciais para lograr êxito nessa tarefa tão importante para a
área de segurança contra incêndio.

FORMAÇÃO DE EQUIPE (1º PASSO)


Em sua formação, o plano precisa de um profissional habilitado e com experiencia na composição de
modelo de plano, tendo em vista que é por conta do crivo desse analista que vêm os requisitos para a
composição da equipe e ação.

 ATENÇÃO

O quadro de membros da equipe deve ser composto por integrantes de todos os níveis de atuação, ou
seja, dos diretores até as linhas de produção.

Lembrando que o número de integrantes dessa equipe vai depender da magnitude da empresa.

AÇÕES PARA A FORMAÇÃO DA EQUIPE

Para formar a equipe, é primordial que alguns passos sejam seguidos, veja:


ESTABELECER A HIERARQUIA

Adotar níveis de comando e estabelecer as linhas de chefia, tendo em vista que o líder deve ser aquele
com maior cargo dentro da empresa.

FORMAÇÃO DA MISSÃO

Neste ponto, devem ser mostrados pilares como organização e estrutura de comando. Mas o analista
sempre deve prezar pela formação da missão do plano de emergência, em harmonia com os pilares
defendidos pela empresa.

PARAMETRIZAR ORÇAMENTO E CRONOGRAMA

Deve ser definido um cronograma de ação, junto com um orçamento que satisfaça as necessidades de
ação do plano, podendo constar no orçamento ações como recursos para pesquisa, cópia de material,
contração de consultores, entre outros tópicos.

INVESTIGAÇÃO DOS RISCOS E A EFICÁCIA NO


COMBATE AO FOGO (2º PASSO)
Neste tópico, vamos mostrar a importância da coleta de dados. Vale ressaltar que essa coleta deve ser
realizada de acordo com as normativas pertinentes aos planos de emergência de combate a incêndio (IT
nº 16/2018, NBR nº 15.219, entre outras).
Nesta etapa, deve haver uma sintonia entre os planos de ação interna com as políticas empresariais
adotadas pela instituição, como:

plano de retirada organizada de pessoas de edificações;

programas do seguro;

planos de materiais perigosos;

planos de auxílio mútuo etc.

O profissional responsável pelas investigações dos riscos deve reunir os grupos externos, ou seja,
aqueles que vão além dos muros e organogramas da empresa, como fornecedores de água e luz,
complexos industriais vizinhos, entre outros.

 ATENÇÃO

Nessa reunião, devem ser traçadas as estratégias de ação.

Deve-se também realizar a identificação das operações, serviços e produtos cruciais. Levando sempre
em consideração as particularidades das edificações em análise, ou seja, para uma petroquímica, o
analista deve observar as características especificas desse segmento a fim de obter o preenchimento
mais adequado da matriz de formação, que veremos logo a seguir.

DESENVOLVI­MENTO DO PLANO (3º PASSO)


Para que o desenvolvimento do plano seja adequado e o seu funcionamento eficaz, a coleta de dados é
um pré-requisito fundamental, tendo em vista que esses dados são lançados em uma matriz de
formação contendo as possíveis situações de emergência e os recursos presentes na planta da
empresa para enfrentar os sinistros.


SAIBA MAIS

É por meio da matriz de formação e seus dados que o analista traçará o desenvolvimento do plano e
desenhará as ações estruturando o processo.
IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO (4º PASSO)
A implementação está associada à esquematização de ações embasadas em análises prévias de
vulnerabilidade e engloba os seguintes itens:

integração dos planos de operação de toda a empresa;

execução de programas de treinamentos;

avaliações dos planos buscando otimização sistêmica do processo;

planejamento de novas ações e modificação do plano, caso necessário.

MODELO DE PLANO DE EMERGÊNCIA COM


BASE NA NBR Nº 15.219
Esse tópico foi extraído na íntegra da NBR nº 15.219 e mostra um modelo de plano de emergência,
além de descrever os detalhes de todas as etapas para a concepção do plano, como veremos a seguir.

DESCRIÇÃO DA PLANTA

PLANTA
Identificar o tipo de planta.

LOCALIZAÇÃO
Indicar o tipo de localização (área urbana ou rural), endereço, características da vizinhança, tempo de
resposta médio dos serviços públicos de atendimento de emergências até a unidade e meios de ajuda
externa (por exemplo: hospitais, polícia, órgãos de trânsito, PAM, rede integrada de emergência –
RINEM etc.).

CONSTRUÇÃO
Indicar o tipo de construção, acabamento e revestimento, por exemplo: de alvenaria, concreto, metálica,
madeira, parede construída sem argamassa (dry-wall) etc.

DIMENSÕES
Indicar área total construída de cada uma das edificações, altura de cada edificação, número de
pavimentos, se há subsolos, garagens e outros detalhes, por exemplo: compartimentação vertical e/ou
horizontal.

OCUPAÇÃO
Indicar o tipo de ocupação de acordo com o Anexo A da NBR nº 15.219.

POPULAÇÃO
Indicar as populações fixa e flutuante, e suas características (idosos, crianças etc.).

CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO
Indicar os horários e turnos de trabalho e os dias e horários fora do expediente de funcionamento.

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA


Indicar o número de pessoas e seu local de trabalho, bem como os meios para facilitar o abandono.

RISCOS ESPECÍFICOS INERENTES À OCUPAÇÃO


Detalhar todos os riscos existentes (por exemplo: cabine primária, caldeira, máquinas e equipamentos,
cabine de pintura etc.).

RECURSOS HUMANOS
Indicar o número de integrantes da equipe de emergência (brigada de emergências, bombeiro civil,
grupo de apoio à equipe de emergência etc.) e seu local de trabalho, bem como corpo de bombeiros e
os outros meios de atendimento externo.

RECURSOS MATERIAIS
Indicar sistemas e equipamentos existentes (por exemplo: extintores de incêndio portáteis, sistema de
hidrantes, iluminação de emergência, escada para acesso à saída de emergência portas corta-fogo,
saídas de emergência, chuveiros automáticos, sistema de detecção e alarme de incêndio, sistema
motogerador de incêndio etc.).

ROTAS DE FUGA
Indicar as rotas de fuga e os pontos de encontro, mantendo-os sinalizados e desobstruídos.

PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA

Os procedimentos descritos em F.2.1 a F.2.10 estão relacionados em uma ordem lógica e devem ser
executados conforme a disponibilidade do pessoal e com prioridade ao atendimento de vítimas.
ALERTA
Deve ser contemplado como será dado o alerta em caso de incêndio (por exemplo: mediante alarme,
telefone ou outro meio) e como os membros da brigada e a população em geral serão avisados sobre o
alerta.

ANÁLISE DA SITUAÇÃO
Deve ser identificado quem irá realizar a análise da situação, qual a responsabilidade dessa pessoa,
quem ela deve informar caso seja confirmada a emergência e demais providências necessárias.

ATENDIMENTO EXTERNO
Havendo a necessidade do acionamento de serviços públicos ou privados de atendimento de
emergências, uma pessoa da equipe de emergência da planta deve solicitar o serviço. Deve estar claro
que essa pessoa precisa fornecer pelo menos as seguintes informações:

 a) nome e número do telefone utilizado;

 b) endereço da planta (completo);

 c) pontos de referência;

 d) características da emergência;

 e) quantidade e estado das eventuais vítimas.

Uma pessoa, preferencialmente um brigadista, deve orientar o corpo de bombeiros ou o meio de ajuda
externa, quando da sua chegada, sobre as condições e acessos, bem como apresentá-los ao
coordenador de emergências da planta.

EMERGÊNCIAS MÉDICAS
Deve ser indicado quem são as pessoas qualificadas para prestar os primeiros socorros e os meios e
procedimentos a serem utilizados no atendimento às eventuais vítimas.

ELIMINAÇÃO DE RISCOS
Deve ser indicado quem será a pessoa responsável pelo corte da energia elétrica (parcial ou total) e
pelo fechamento das válvulas das tubulações se necessário.

ABANDONO DE ÁREA
Devem ser indicados os procedimentos e as pessoas responsáveis por esse processo caso seja
necessário abandonar o prédio.

ISOLAMENTO DA ÁREA
Para evitar a exposição de pessoas, devem ser indicados os procedimentos para isolar fisicamente as
áreas afetadas com barreiras (cerca, telas etc.), de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar
que pessoas não autorizadas adentrem o local. Devem ser indicadas as pessoas responsáveis por esse
processo.

ISOLAMENTO DE ÁREA PARA EVITAR A PROPAGAÇÃO DO


INCÊNDIO
Devem ser indicados os procedimentos para isolar o incêndio, impedindo a propagação para outras
edificações, bem como as pessoas responsáveis por esse processo.

CONFINAMENTO DO INCÊNDIO
Devem ser indicados os procedimentos para evitar a propagação do incêndio no interior da edificação
afetada e suas consequência, bem como as pessoas responsáveis por esse processo.

COMBATE AO INCÊNDIO
Deve ser indicado quem da equipe da brigada e/ou do corpo de bombeiros irá combater o incêndio e os
meios e procedimentos a serem utilizados.

INVESTIGAÇÃO
Após o controle total da emergência e a volta à normalidade, o coordenador de emergências deve iniciar
o processo de investigação e elaborar um relatório, por escrito, sobre a ocorrência e as ações de
controle para as devidas providências e/ou a investigação.

RESPONSABILIDADE PELO PLANO

O responsável pela implementação do plano de emergência da planta e o responsável pela elaboração


do plano de emergência (profissional especializado) devem assinar o plano.

Um ponto importante para destacar com relação à contribuição da NBR nº 15.219 é a análise da
classificação de edificações e áreas de risco quanto à carga incêndio.

Risco Carga de incêndio (MJ/m²)

Leve Até 300MJ/m²

Moderado Acima de 300 até 1.200MJ/m²

Elevado Acima de 1.200MJ/m³


Quadro: Risco versus carga de incêndio
Extraído de NBR nº 15.219.


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

PROCEDIMENTOS PARA OS SIMULADOS COM BASE


NA NBR Nº 15.219

Os exercícios simulados devem ser realizados de forma distinta para cada tipo de planta:

Plantas de risco baixo e médio

Deve ser feito, pelo menos, um exercício simulado, a cada doze meses. Exercícios podem ocorrer, como
simulados parciais, divididos por setor, área, edificação, processos etc. Contudo, ao final do período de
um ano, toda a planta deve estar contemplada.


Planta de risco alto

Os exercícios simulados parciais devem ser realizados pelo menos a cada seis meses, completados a
cada doze meses.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. COM BASE NAS CLASSIFICAÇÕES DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO


QUANTO À CARGA DE INCÊNDIO, QUAL A CARGA DE INCÊNDIO PARA UMA
EDIFICAÇÃO DE GRAU DE RISCO BAIXO/ LEVE:

A) 250MJ/m²

B) 400MJ/m²

C) 500MJ/m²

D) 650MJ/m²
E) 301MJ/m²

2. DENTRO DO MODELO DE PLANO DE EMERGÊNCIA, ABORDADO NA NBR Nº


15.219, “DEVE SER INDICADO QUEM SERÁ A PESSOA RESPONSÁVEL PELO
CORTE DA ENERGIA ELÉTRICA (PARCIAL OU TOTAL) E PELO FECHAMENTO
DAS VÁLVULAS DAS TUBULAÇÕES, SE NECESSÁRIO”. AO QUE A NORMA SE
REFERE?

A) Emergências médicas

B) Responsabilidade pelo plano

C) Isolamento da área

D) Rotas de fuga

E) Eliminação de riscos

GABARITO

1. Com base nas classificações das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio, qual
a carga de incêndio para uma edificação de grau de risco baixo/ leve:

A alternativa "A " está correta.

Com base na NBR nº 15.219, a carga de 250MJ/m² está abaixo do limite de até 300MJ/m² estabelecido
na Tabela B.1 – Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga incêndio.

2. Dentro do modelo de plano de emergência, abordado na NBR nº 15.219, “deve ser indicado
quem será a pessoa responsável pelo corte da energia elétrica (parcial ou total) e pelo
fechamento das válvulas das tubulações, se necessário”. Ao que a norma se refere?

A alternativa "E " está correta.

O PECI prevê a eliminação dos riscos em caso de emergência. Sendo assim, é necessário cortar tudo
aquilo que pode maximizar o risco à vida humana. Dessa forma, duas mitigações apresentadas são o
corte de energia elétrica, para evitar curtos e novos focos de incêndio, e a eliminação das saídas de
gases, para evitar explosões.
MÓDULO 4

 Aplicar as técnicas de investigação e coleta de dados dos incêndios

LIGANDO OS PONTOS

Foto: Shutterstock.com

Você sabe quais as principais técnicas de investigação de incêndio? Conseguiria identificar o que é o
rescaldo?

Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos
analisar o case da empresa HM magazine.

A HM magazine contratou uma empresa de consultoria técnica para realizar treinamentos e capacitação
sobre as principais técnicas de investigação de incêndio. No primeiro momento da capacitação, o
engenheiro e sua equipe abordaram a temática que envolve a linha de ação do investigador (esse
profissional precisa ter experiência e conhecimento teórico), mostrando as etapas a seguir.

1º Durante o incêndio – O investigado deve fazer uma correlação do depoimento das testemunhas e dos
bombeiros presentes no momento.

2º Após o fogo – O investigador constata as primeiras impressões do pós-fogo a partir dos registros com
fotos e, depois, anexando o material ao relatório.
3º Durante o rescaldo – É quando há o resfriamento das partes com fogo. Outro fator que também deve
ser levado em consideração é a presença dos bombeiros; mesmo assim o investigador deve tentar
preservar a cena original ao máximo.

4º Término do rescaldo – O investigador deve verificar a situação pós-fogo e montar uma cronologia do
sinistro, contendo origem, causa e propagação.

Em outro momento, o engenheiro mostrou as etapas dos métodos de investigação:

preservação da cena;

investigação (fotos, procura em escombros e reconstrução de cena);

coleta de dados (o investigador vai buscar relatos testemunhais e evidenciais, e analisa as


edificações vizinhas);

análise de dados (o investigador deve montar uma linha de pistas); e

teste (correlação entre depoimentos e vestígios).

O especialista falou também para os funcionários sobre as fases do incêndio:

inicial (temperatura máxima de 40oC);

crescente (incêndio intenso, com temperaturas de 700oC); e

final (chamas pequenas).

E, para finalizar o treinamento, o especialista apontou três tipos de causas para incêndios:

acidental (maquinário com falha);

natural (terremoto); e

não apurado (laudo técnico não aponta solução).

Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. O ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DESTACOU O SEGUINTE CONCEITO
“RESFRIAMENTO DAS PARTES COM FOGO, PARA EVITAR A REIGNIÇÃO”. EM
SUA TOMADA DE DECISÃO, O ENGENHEIRO DEVE RELACIONAR COM QUAL
CONCEITO A SEGUIR?

A) Rescaldo

B) Construção

C) Dimensões

D) Ocupação

E) Recursos humanos

2. DENTRO DOS MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO, O ENGENHEIRO CONSTATOU


QUE AS EVIDÊNCIAS DO SINISTRO VIERAM POR MEIO DE “RELATOS
TESTEMUNHAIS E ANÁLISE DAS EDIFICAÇÕES VIZINHAS”. EM SUA TOMADA
DE DECISÃO, EM QUAL ETAPA ESTÃO INSERIDAS ESSAS CARACTERÍSTICAS
EM DESTAQUE?

A) Investigação

B) Análise de dados

C) Coleta de dados

D) Preservação da cena

E) Testes

GABARITO

1. O engenheiro de segurança destacou o seguinte conceito “resfriamento das partes com fogo,
para evitar a reignição”. Em sua tomada de decisão, o engenheiro deve relacionar com qual
conceito a seguir?

A alternativa "A " está correta.

Segundo na NBR nº 15.219, a alternativa correta é A, pois está em conformidade com o subitem 4.3.16
Rescaldo (garantir, por meio de inspeção, que, após o combate ao incêndio, não exista qualquer
possibilidade de reignição).
2. Dentro dos métodos de investigação, o engenheiro constatou que as evidências do sinistro
vieram por meio de “relatos testemunhais e análise das edificações vizinhas”. Em sua tomada de
decisão, em qual etapa estão inseridas essas características em destaque?

A alternativa "C " está correta.

Com base nas análises normativas, a alternativa correta é C, pois está em conformidade com as
características da etapa de coleta de dados, composta por identificação de testemunhas (contato,
endereço, telefone), relato dos bombeiros envolvidos na ação, análise das edificações vizinhas e coleta
de informações das vítimas hospitalizadas, quando possível.

3. DENTRO DO PROCESSO DA INVESTIGAÇÃO DE


INCÊNDIO, O ESPECIALISTA PRECISA DESCREVER A
LINHA DE AÇÃO DO INVESTIGADOR. EM SUA TOMADA DE
DECISÃO, QUAL DEVE SER O PLANO DE ETAPAS PARA
ESSA DESCRIÇÃO PREVISTA?

RESPOSTA

O quadro a seguir demonstra as etapas e as principais características desempenhadas pelo investigador.

Etapas Características

Durante o incêndio • Vai adquirir informações sobre o ambiente

• Relacionar as testemunhas

• Relacionar o relato dos bombeiros envolvidos na ação


• Recolher as primeiras impressões (pós-fogo)

Após o combate às chamas


• Tirar fotos das cenas ainda preservadas

• Resfriamento dos pontos

• Presença do corpo de bombeiros

No período de rescaldo
• O investigador tem ação limitada

• Deve tentar preservar as evidências

• Ação mais completa por parte do investigador

• Verificação dos padrões de queima

Término do rescaldo • Verificar a situação da edificação (pós-sinistros)

• Reconstrução das cenas

• Montar a cronologia do incêndio – origem/causa/ propagação


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

TIPOS DE CAUSA DE INCÊNDIO


CONTEXTUALI­ZANDO AS TÉCNICAS DE
INVESTIGAÇÃO
Vamos abordar os métodos de investigação de incêndio mais utilizados no mercado. Tendo em vista que
esse processo de investigação tem como razão principal a composição de informações, que geram
recomendações técnicas com a função de evitar sinistros semelhantes, muitas vezes as informações
obtidas nos relatórios investigativos provocam mudanças na legislação específica de combate a
incêndios.

 VOCÊ SABIA

Do ponto de vista econômico, os incêndios podem causar grandes danos para as empresas.

Dentro dessa abordagem, a figura do investigador ganha destaque, pois esse profissional precisa ter
uma capacitação teórica e prática que lhe permita um portfólio de ações investigativas.

LINHA DE AÇÃO DO INVESTIGADOR


A figura do investigador tem um papel crucial e técnico para esse processo de investigação de incêndio.

 VOCÊ SABIA
Muitas vezes, o investigador faz uso de técnicas conceituais retiradas dos manuais de engenharia de
segurança contra incêndios.

As linhas de investigação veem na figura do investigador a oportunidade da análise de situações, tais


como identificação de falhas no processo de fabricação de determinado produto ou até mesmo a
localização de falhas ou desvios de operação.

O INVESTIGADOR PRECISA TER CIÊNCIA DE QUE


SUA ATUAÇÃO COMEÇA ANTES DE O INCÊNDIO
TERMINAR.

Entenda o que o investigador deve fazer em cada etapa de um incêndio:

Foto: Shutterstock.com

1. DURANTE O INCÊNDIO

Vai adquirir informações sobre o ambiente

Relacionar as testemunhas

Relacionar o relato dos bombeiros envolvidos na ação


Foto: PradeepGaurs / Shutterstock.com

2. APÓS O COMBATE ÀS CHAMAS

Recolher as primeiras impressões (pós-fogo)

Tirar fotos das cenas ainda preservadas

Foto: Justin Berken / Shutterstock.com


3. NO PERÍODO DE RESCALDO

Resfriamento dos pontos

Presença do corpo de bombeiros

O investigador tem ação limitada

Deve tentar preservar as evidências

Foto: Lens Hitam / Shutterstock.com

4. TÉRMINO DO RESCALDO

Ação mais completa por parte do investigador

Verificação dos padrões de queima

Verificar a situação da edificação (pós-sinistros)

Reconstrução das cenas


Montar a cronologia do incêndio – origem/causa/ propagação

O termo rescaldo tem seu significado indicado na NBR no 15.219, conforme mostra o subitem 4.3.16:
“Garantir, por meio de inspeção, que após o combate ao incêndio não exista qualquer possibilidade de
reignição”. Ou seja, há uma correlação entre a linha de ação do investigador e as normas técnicas
específicas.

MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO DE INCÊNDIO


Agora veja o que ocorre em cada etapa do processo de investigação de um incêndio:

1. PRESERVAÇÃO DA CENA

Para preservar a cena, é necessário manter o cenário o mais original possível. A cadeia cronológica de
eventos acontece da seguinte forma: testemunhas, cena do incêndio, testes e ensaios).

2. MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO

Os passos para investigação são: escavação dos escombros, inspeção das instalações elétricas,
registro fotográfico, inspeção visual das áreas atingidas e adjacentes, reconstituição da cena e
verificação da existência de múltiplos focos.


3. COLETA DE DADOS

Para fazer a coleta de dados corretamente, é necessário ouvir as testemunhas (coletar endereços e
telefones), ouvir o relato dos bombeiros envolvidos na ação, analisar as edificações vizinhas. Quando
possível, deve-se coletar as informações de vítimas hospitalizadas.

4. ANÁLISE DE DADOS

Para fazer uma análise de dados correta, o investigador deve montar um agrupamento de pistas e
observar a harmonia dos dados coletados. Também é necessário montar uma cronologia do sinistro –
início/meio/fim.

5. TESTE E ESCOLHAS DAS HIPÓTESES

Para finalizar, é necessário realizar os testes fazendo a relação dos vestígios, relação com os
depoimentos das testemunhas e testar os pontos existentes na investigação.

No processo de escolha deve-se relacionar de forma harmônica os vestígios e os depoimentos


testemunhais. Se o incêndio for elucidado o laudo aponta a causa, se não houver causa para o incêndio
o laudo não aponta a causa.
DINÂMICA DO INCÊNDIO
Você já parou para pensar que o incêndio acontece em 3 fases? Entenda melhor a seguir:

FASE INICIAL

As características da fase inicial são:

Temperatura máxima 40oC

Fácil propagação

Padrão de queima V

Muitas cenas intactas

FASE CRESCENTE

As características da fase crescente são:

Incêndio intenso

Temperatura máxima 700oC

Presença de fuligem

Padrão de queima V (paredes)

Chamas que podem até provocar o derretimento do alumínio

FASE FINAL

As características da fase final são:


Chamas menores

Fuligem no máximo a 30cm (paredes)

Padrões de queimas V (OCULTOS)

TIPOLOGIAS DE CAUSAS DE INCÊNDIOS PARA


INVESTIGAÇÃO
Existem diferentes tipos de causas de um incêndio, veja cada tipo de causa detalhadamente abaixo:

Foto: Shutterstock.com

TERMOELÉTRICA

Pode ser causada por sobrecarga, curto-circuito ou sobretensão.

Foto: Shutterstock.com

NATURAL
Pode ser causada por queda de um raio, terremoto ou deslizamento de terra.

Foto: Shutterstock.com

QUÍMICA

Pode ser causada por reação química, processo exotérmico ou presença de substância químicas.

Foto: Shutterstock.com

ACIDENTAL

Pode ser causada por maquinário defeituoso ou equipamento com falha de funcionamento, negligência,
imprudência ou imperícia.

Foto: Shutterstock.com

INTENCIONAL

Pode ser causada por ação de dolo ou utilização de produtos como álcool, gasolina e querosene.

Foto: Shutterstock.com

INDETERMINADA

A causa é indeterminada quando não consta dolo ou causa acidental. Um exemplo direto é o vazamento
de GLP.

Foto: Lens Hitam / Shutterstock.com


NÃO APURADA

A causa é considerada não apurada quando não há vestígios que sustentem a causa, ou quando o
laudo é sem causa.

ELABORAÇÃO DE LAUDO PERICIAL


O laudo técnico é um documento que finaliza as investigações de determinado incêndio.

 ATENÇÃO

Vale lembrar que o laudo dever ser elaborado de forma que a linguagem utilizada seja clara, coerente e
concisa.

O investigador deve montar o laudo com o embasamento dos elementos obrigatórios listados a seguir:

Dados gerais

Descrição geral do local incendiado

Exames realizados

Determinação da origem do incêndio

Determinação da causa do Incêndio

Propagação do incêndio

Conclusão

Causa (intencional/acidental/­natural/indeterminada)

Fotos

Descrição do objeto causador


Fenômenos do incêndio

Carga de incêndio

Análises e exames complementares

Prevenção e extinção do incêndio

Produtos perigosos

Coleta de depoimentos – “Como percebeu o incêndio?”; “Onde o fogo se concentrava?”; “Como foi
extinto?”

Quantidade de pessoas envolvidas

Informações relativas às vítimas

Valoração de danos

Outras considerações

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. COM RELAÇÃO AOS TIPOS DE CAUSAS, EM UMA SITUAÇÃO EM QUE O


INCÊNDIO TEM ORIGEM COM UMA SOBRECARGA, QUAL É O TIPO DE
SINISTRO?

A) Natural

B) Pessoal intencional

C) Pessoal indeterminada

D) Termoelétrica

E) Química
2. NA DINÂMICA DO INCÊNDIO, QUAL FASE APRESENTA TEMPERATURA
MÁXIMA DE QUEIMA IGUAL A 40°C?

A) Exponencial

B) Inicial

C) Intermediária

D) Final

E) Indeterminada

GABARITO

1. Com relação aos tipos de causas, em uma situação em que o incêndio tem origem com uma
sobrecarga, qual é o tipo de sinistro?

A alternativa "D " está correta.

A sobrecarga causa aquecimento das capas do fio por efeito Joule, o que causa o início do incêndio. O
consumo da borracha isolante causa a propagação. Se rápido identificado, fácil de ser controlado.

2. Na dinâmica do incêndio, qual fase apresenta temperatura máxima de queima igual a 40°C?

A alternativa "B " está correta.

Na fase inicial, a temperatura não é tão alta, ficando à uma temperatura de cerca de 40°C por exemplo,
todavia, conforme o fogo se alastra e consegue mais elementos combustíveis, a temperatura tanto da
chama, quanto do ambiente aumentam.

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foram apresentados assuntos como os planos de emergência, tendo em vista as orientações de
prevenção que representam um papel essencial para que os profissionais tenham entendimento sobre
prevenção contra incêndio.

Também foram relacionados os objetivos, as aplicações das legislações e os principais pontos para
montar planos de emergência.

Vimos, ainda, as aplicações de técnicas de investigação e coleta de dados dos incêndios.

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR nº 14.023. Registro de atividades
de bombeiros. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR nº 15.219. Plano de emergência:


requisitos e procedimentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.

ABRACOPEL. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA OS PERIGOS DA


ELETRICIDADE. Sobrecarga de energia pode causar incêndio. ABRACOPEL, 1 jun. 2020.

CAMILO JÚNIOR, Abel Batista. Manual de prevenção e combate a incêndios. São Paulo: Ed. Senac,
1998.

BRASIL. Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova as normas regulamentadoras que


consolidam as leis do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. Brasília: Senado Federal,
1978.

SÃO PAULO (Estado). Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Instrução
Técnica nº 16/2018. Plano de emergência. São Paulo: CBMESP, 2018.
EXPLORE+
Explore um pouco mais sobre combate a incêndio lendo as normas:

NBR nº 5.419/2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.

NBR nº 13.434-2/2004 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e


suas formas, dimensões e cores.

NBR nº 14.100/1998 – Proteção contra incêndio – Símbolos gráficos para projeto.

NBR nº 10.898/2000 – Sistema de iluminação de emergência.

CONTEUDISTA
Hermerson Martins de Lima

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