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Apostila PPCI
Técnicas de Abandono de Área, Aspectos
Legais e Técnicos
da Brigada de Incêndio
Sumário
Introdução ............................................................................................................................ 4
Sobre a apostila ............................................................................................................... 4
Licenças desta obra ........................................................................................................ 4
Técnicas de Abandono de Área ....................................................................................... 5
Procedimentos Gerais para Civis em Caso de Abandono ...................................... 5
Procedimentos para Brigada de Emergência ............................................................ 6
Saída organizada ......................................................................................................... 7
Pontos de encontro.................................................................................................... 8
Chamada e controle de pânico ................................................................................ 8
Recursos Básicos para brigada ................................................................................. 9
Aspectos Legais e Técnicos da Brigada de Incêndio ................................................. 10
Exigência das Brigadas de Incêndio .......................................................................... 10
Critérios de Dimensionamento das Brigadas de Incêndio .................................... 11
Das Atribuições da Brigada de Incêndio .................................................................. 12
Das Atividades de Brigadista ...................................................................................... 14
Uniformes dos Brigadistas .......................................................................................... 15
Pessoas com Mobilidade Reduzida ............................................................................... 19
Apresentação dos Conceitos ...................................................................................... 19
Atuação adequada junto às Pessoas Com Deficiência .......................................... 20
Pessoas Com Deficiência Visual ............................................................................ 20
Usuário de cadeira de rodas ou outros tipos de apoio ..................................... 23
Abordagem e Aspectos Gerais............................................................................... 24
Uma pessoa com paralisia cerebral ....................................................................... 30
Uma Pessoa com Deficiência Mental ................................................................... 30
4

Introdução

Sobre a apostila
Esta apostila faz parte do material didático oferecido como complemento do
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5

Técnicas de Abandono de Área

Técnica de abandono de área é uma estratégia de desocupação da edificação


durante uma emergência, que tem por objetivo prevenir e minimizar o máximo
possível a ocorrência de acidentes que possam provocar danos pessoais.

Procedimentos Gerais para Civis em Caso de Abandono


Os procedimentos gerais em caso de abandono de área são orientações básicas a
serem adotadas por todos os ocupantes e usuários da edificação durante a
execução do plano de abandono de sua empresa. O responsável máximo da
brigada de incêndio (coordenador geral, chefe da brigada ou líder, conforme o
caso) determina o início do abandono com o toque do alarme ou comunicado aos
setores. Neste momento deverão ser tomadas por todos os ocupantes as
seguintes providências:

1. Pare o que estiver executando. Se possível desligue a máquina ou aparelho


que estiver usando;
2. Ao sair, feche as portas e janelas (não as tranque);
3. Nunca se tranque em salas ou sanitários;
4. Levar consigo somente seus pertences pessoais de mão;
5. Caso você esteja em um setor que não seja o seu, junte-se ao grupo desse
setor;
6. Dirigir-se ao local predeterminado pelo Plano de Abandono sem correr e
sem empurrar;
7. Manter a calma. Evitar acidentes, tumulto e pânico;
8. Levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;
9. Andar em fila indiana, manter-se em ordem;
10. Mantenha distância de 1 braço da pessoa que estiver à sua frente;
11. Na presença de fumaça, movimentar-se abaixado;
12. Não interrompa por nenhum motivo o processo de saída;
13. NÃO RETORNE às dependências do local da ocorrência;
14. Sapatos de salto alto devem ser retirados;

Notas:
6

15. Ao chegar no local do ponto de concentração predeterminado, mantenha-


se em ordem;
16. Sabendo que algum funcionário tenha faltado ao trabalho, avise o
coordenador da brigada;
17. Somente retorne ao seu trabalho após a liberação do coordenador geral;

Procedimentos para Brigada de Emergência

Durante uma situação de abandono é importante ter em mente o papel assumido,


sua responsabilidade e ações. Importa ao brigadista:

• Conhecer seu local de trabalho;


• Conhecer onde ficam localizadas as botoeiras de alarme de incêndio;
• Conhecer as saídas de emergência;
• Conhecer as saídas alternativas para abandono de áreas.
• Desobstruir passagens caso necessário.

Durante uma ação de abandono de área, o brigadista deve agir seguindo um passo
a passo:

1. Posicione-se nas saídas;


2. Controle os colaboradores evitando pânico;
3. Oriente os colaboradores para as saídas, em ordem;
4. Se numa saída houver fila demorada, oriente os colaboradores para sair por
uma mais próxima;
5. Preste os primeiros socorros, caso haja necessidade;
6. Realize buscas em todos pavimentos da edificação e locais fechados como
banheiros, salas, refeitórios, subsolo, outros;
7. Em caso de incêndio, combata o fogo até a chegada do Corpo de
Bombeiros;
8. Com a chegada do órgão oficial competente (Corpo de Bombeiros) a
brigada deve ficar a sua disposição.

Notas:
7

OBS: Conheça as saídas de emergência principais e secundárias de cada local;


onde estão localizados os extintores de incêndio e os locais do alarme;
compreenda que procedimentos os ocupantes e usuários devem tomar
consultando o plano de ação de emergência de sua empresa.

Saída organizada

Para que a saída durante uma situação de emergência seja tranquila e organizada
é necessária uma Rota de fuga (Trajeto a ser percorrido em passo rápido do local
onde esteja a pessoa até o Ponto de Encontro). É o caminho ou a direção a ser
seguida em caso de emergência, visando a saída segura das pessoas. Fazem parte
da rota de fuga: escadas, passagens, corredores, portas corta-fogo.

Na análise desse trajeto devem ser observados os pontos críticos do caminho


como por exemplo: cantos vivos de parede, locais escorregadios, escadarias sem
corrimão, guarda corpos irregulares, portas e portões de difícil acesso. Cabe ao
brigadista atuar em vários pontos deste trajeto orientando e auxiliando o
deslocamento da população durante uma ação de abandono de área.

Notas:
8

Pontos de encontro

Pontos de encontro são locais previamente estabelecidos, onde serão reunidos


todos os ocupantes (funcionários e visitantes) que estejam presentes na
edificação. Local seguro e ventilado, designado para a reunião dos ocupantes, após
abandono da área fabril. Devem ser escolhidos lugares de fácil acesso e longe dos
pontos perigosos da empresa.

Chamada e controle de pânico

A chamada e controle de pânico é uma prática utilizada para realizar a verificação


se todos os colaboradores realmente deixaram seus postos de trabalho. Cada
monitor deverá verificar se a sua equipe está presente.

Notas:
9

Neste local as faltas de pessoas constatadas pelos profissionais ou a ausência de


funcionários deverão ser comunicadas o mais breve possível ao responsável pelo
Ponto de Encontro. Ele por sua vez deve repassar as informações ao chefe de
equipe de emergência para que as devidas providências sejam tomadas.

Recursos Básicos para brigada

A instalação e a distribuição dos equipamentos de combate a incêndio deverá


obedecer ao projeto previamente aprovado junto aos órgãos competentes. A
empresa poderá, visando principalmente o abandono de local em caso de sinistro,
conforme os riscos de cada andar e setor, distribuir outros equipamentos e
materiais discriminados a seguir:

• Capacetes;
• Botons;
• Luvas de raspa;
• Lanternas;
• Macas;
• Cadeira de rodas

Notas:
10

Aspectos Legais e Técnicos da Brigada


de Incêndio

ABNT NBR 14276 - 2006


Esta norma surgiu da necessidade de se padronizar a atividade da brigada de
incêndio, desde a sua denominação até a especificação de sua área de atuação. A
metodologia utilizada para o dimensionamento da brigada de incêndio e sua
distribuição dentro de uma planta foi concebida para que ela atuasse na prevenção
e no combate aos princípios de incêndio, bem como no abandono de área e na
aplicação dos primeiros-socorros. Isso colabora de forma determinante para que
a brigada de incêndio possua um papel estratégico no plano de emergência de
cada planta, independentemente da ocupação, do risco, da complexidade e do
número de pessoas envolvidas.

BRIGADA DE INCÊNDIO

Brigada de Incêndio é definida como um grupo organizado de pessoas treinadas


e capacitadas para atuar na segurança de uma edificação ou área
preestabelecida, composta por brigadistas voluntários e particulares, tendo
como finalidades atuar na prevenção e combate de incêndios, prestação de
primeiros socorros e evacuação de ambientes.

Exigência das Brigadas de Incêndio

A Brigada de Incêndio será considerada como um sistema preventivo contra


incêndio da edificação, devendo ser prevista no Projeto Preventivo Contra
Incêndio. A exigência da Brigada de Incêndio particular e/ou voluntária, em caráter
compulsório ou facultativo, será estabelecida nas seguintes situações:

• Edificações cujas características de ocupação, altura e carga de incêndio se


enquadrem nas exigências classificadas como áreas de risco previstas no
regulamento de sua região (UF);

Notas:
11

• Locais de evento e praças desportivas (com capacidade acima de 2000


pessoas em espaços fechados e acima de 5000 em locais abertos) deverão
dispor de Brigada de Incêndio;
• Áreas consideradas de risco, a critério do CBM por questões de segurança,
deverão dispor de Brigada de Incêndio;

Critérios de Dimensionamento das Brigadas de Incêndio

Os critérios de dimensionamento da quantidade de brigadista particular e


voluntário ficarão dispostos da seguinte maneira:

• A Brigada de Incêndio das edificações é dimensionada levando em conta a


população, o grau de risco e a ocupação;
• O grau de risco da edificação deverá ser dimensionado de acordo com os
preceitos da Instrução Normativa do CBM de sua região;

• Para Brigada de Incêndio nos locais de eventos e praças desportivas, o


número de brigadistas deverá ser calculado de acordo com o previsto no
regulamento do CBM de sua região, devendo ser acrescentado 1 brigadista
para cada grupo de 500 pessoas excedentes;
• A Brigada de Incêndio para as áreas de risco deverá ser dimensionada de
acordo com os critérios estabelecidos em Instruções Normativas
específicas.

OBS: Mediante avaliação técnica do risco de incêndio, da finalidade da exigência


deste sistema e das condições específicas do caso (edificação, evento ou área de
risco), o CBM, poderá rever o dimensionamento (número de brigadistas)
apresentado e atestar a isenção do sistema.

A brigada de incêndio deve ser organizada funcionalmente como segue:

a) Brigadistas: membros da brigada;

Notas:
12

b) Líder: responsável pela coordenação e execução das ações de emergência


em sua área de atuação (pavimento/compartimento). É escolhido entre os
brigadistas aprovados no processo seletivo;
c) Chefe da brigada: responsável por uma edificação com mais de um
pavimento/compartimento. É escolhido entre os brigadistas aprovados no
processo seletivo;
d) Coordenador geral: responsável geral por todas as edificações que
compõem uma planta. É escolhido entre os brigadistas que tenham sido
aprovados no processo seletivo.

Das Atribuições da Brigada de Incêndio

O Chefe da Brigada de Incêndio, sempre que a edificação necessitar de 3 (três)


ou mais brigadistas por turno de serviço, é responsável pela coordenação e
execução das ações de emergência e prevenção, bem como, o agente de ligação
com o Corpo de Bombeiros Militar. O organograma da Brigada de

Incêndio da edificação (planta) varia de acordo com o número de edificações, o


número de pavimentos em cada edificação e o número de pessoas empregadas
em cada setor, pavimento, compartimento e turno.

Notas:
13

Ações de prevenção:

1. Inspecionar periodicamente os equipamentos de prevenção e proteção


contra incêndios e pânico;
2. Avaliar os riscos existentes;
3. Elaborar relatório das irregularidades encontradas;
4. Treinar a população para o abandono da edificação;
5. Implementar e treinar o plano de emergência contra incêndios e pânico;
6. Informar com antecedência ao Corpo de Bombeiros Militar sobre os
exercícios simulados.

Ações de emergência:

1. Aplicar o plano de emergência contra incêndios e pânico;


2. Identificar situações de emergência e acionar imediatamente o Corpo de
Bombeiros Militar;
3. Combater os incêndios em sua fase inicial;

4. Prestar os primeiros socorros às vítimas;


5. Atuar no controle de pânico e auxiliar no abandono da edificação;
6. Verificar a transmissão do alarme aos ocupantes;
7. Interromper o fornecimento de energia elétrica e gás liquefeito de petróleo
ou gás natural quando da ocorrência de sinistro;
8. Realizar a retirada de materiais para reduzir as perdas patrimoniais devido
ao sinistro;
9. Estar sempre em condições de auxiliar o Corpo de Bombeiros Militar;
10. Isolar e preservar o local para os serviços de perícias.

Dos Equipamentos de Proteção Individual da Brigada de Incêndio

O tomador do serviço deverá assegurar que todos os membros da Brigada de


Incêndio tenham à disposição, a fim de evitar acidentes e possíveis lesões à saúde
do brigadista, os seguintes EPIs:

• Capacete tipo combate a incêndio


• Balaclava
Notas:
14

• Luva
• Bota especial
• Conjunto de roupa de aproximação para incêndios
• Luvas de procedimentos, máscara para RCP e óculos

Das Atividades de Brigadista

Durante sua rotina de trabalho, os Brigadistas Particulares e Brigadistas


Voluntários, respeitando sua capacidade técnica e sempre utilizando os EPIs
correspondentes, desenvolverão as atividades de rotina listadas a seguir:

a) Verificação do plano de emergência da edificação, do qual já deverão ter


conhecimento prévio;
b) Identificação dos perigos e avaliação dos riscos existentes;

c) Inspeção periódica dos equipamentos de combate a incêndios, incluindo


seus testes e manutenção básica (acondicionamento de mangueiras e
acessórios, teste de alarmes, motores e bombas, etc.);
d) Inspeção periódica das rotas de fuga, incluindo manutenção e sinalização;
e) Participação nos exercícios simulados (abandono de local, combate a
incêndios e primeiros-socorros);
f) Relatório escrito das irregularidades encontradas, com propostas e
medidas corretivas adequadas e posterior verificação da execução das
alterações;
g) Apresentação de eventuais sugestões para melhoria das condições de
segurança;
h) Avaliação e acompanhamento das atividades de risco;
i) Participação e integração da empresa junto ao Corpo de Bombeiros Militar
– CBM, da área onde estiver localizada, através de visitas recíprocas e
intercâmbio de informações;
j) Atendimento ao plano de emergência da edificação;
k) Registrar todas as ocorrências (acidentes e incidentes) durante seu turno
de trabalho;
l) Apresentar-se ao Bombeiro Militar que se fizer presente na edificação para
fins de atendimento em situações emergenciais, fiscalização e vistoria.
Notas:
15

Do Gerenciamento

A manutenção do condicionamento físico e psicológico adequado para o pleno


exercício das funções do Brigadista Particular é responsabilidade da empresa que
o contratou e/ou empresa prestadora do serviço de brigadista particular. O
Brigadista Particular, durante sua jornada de trabalho, deve permanecer
identificado, e, quando no uso de uniformes, estes não podem ser similares aos
utilizados pelos Bombeiros Militares.

Uniformes dos Brigadistas

Do Uniforme dos Brigadistas Voluntários

Os Brigadistas Voluntários são dispensados do uso de uniforme, quando


identificados no crachá funcional, exceto em edificações industriais, especiais,
depósito de inflamáveis e de reunião de público, locais estes, em que a utilização
do uniforme é obrigatória.

Do Uniforme dos Brigadistas Particulares

Os Brigadistas Particulares desenvolverão suas atividades uniformizados, a fim de


serem facilmente identificados. O uniforme do Brigadista Particular é de uso
exclusivo no local de serviço, sendo vedado o seu uso durante o deslocamento em
via pública e em atividade particular.

O uniforme do Brigadista Particular deverá ser diferente em padrões de cores,


formato, acabamento, bolsos, pregas, reforço, costuras e acessórios dos uniformes
usados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e por outras forças
militares ou policiais, no âmbito federal, estadual, distrital ou municipal.

O uniforme do Brigadista Particular deverá conter somente:


Notas:
16

• Razão social ou nome de fantasia da empresa.


• Logotipo da prestadora de serviço, se for o caso.
• Plaqueta de identificação (crachá) do Brigadista Particular.
• Descrição “Brigadista Particular” na parte posterior do uniforme.

Do Registro do Uniforme do Brigadista Particular

O uniforme do Brigadista Particular deve ser aprovado e registrado no Sistema


Estadual de Credenciamento de Serviço de Brigada de Incêndio

Particular, conforme regulamenta CBM, antes de sua utilização, mediante a


apresentação de:

• Memorial ou projeto do uniforme.


• Fotografias do uniforme (frontal, posterior e laterais).
• Uniforme confeccionado preferencialmente em tecido antichama.

Do Exercício da Função de Brigadista

O Brigadista só poderá exercer suas funções após satisfazer qualquer um dos


seguintes requisitos:

• Ter concluído o curso de formação de brigadista realizado por empresa


devidamente Credenciada junto ao CBM.
• Ter concluído o Curso de Formação Básico - CBAE (para estar habilitado à
atividade de Brigadista Voluntário) ou Avançado de Atendimento a
Emergências – CAAE (para estar habilitado à atividade de Brigadista
Particular) realizado pelo CBM.
• Estar habilitado e credenciado como Brigadista no Sistema Estadual de
Credenciamento/CBM (SEC).

Das Escolas de Formação de Brigadista

A Escola de Formação de Brigadista somente poderá desenvolver suas atividades


se estiver credenciada junto ao Corpo de Bombeiros Militar de sua região.
Notas:
17

Quem pode treinar a brigada?

• Formado em Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho.


• Registro no Conselho Regional competente ou no Ministério do Trabalho.

• Militares das Forças Armadas, Polícias Militares e Corpo de Bombeiros


Militares, que tenham ensino médio completo e Especialização em
Prevenção e Combate a Incêndio (mínimo 60 horas) e técnicas de
emergências médicas (mínimo 40 horas).

Da Seleção de Brigadista

Os candidatos a brigadista devem ser selecionados atendendo aos seguintes


critérios:

• Possuir boa condição física e boa saúde;


• Possuir bom conhecimento das instalações;
• Ter idade mínima de 18 anos;
• Ser alfabetizado.

Do Curso de Brigadista Particular

Brigadista Particular: pessoa habilitada para prestar serviços de prevenção,


combate a incêndios e salvamento, em caráter profissional contratado direto ou
terceirizado, exclusivamente no local onde atua a brigada de incêndio, com
dedicação exclusiva às atribuições inerentes à sua função.

O Brigadista Particular deve ter conhecimento sobre prevenção e combate a


incêndios, primeiros-socorros, segurança contra incêndio e brigada de incêndio,
de forma a poder agir com competência e objetividade no desempenho de suas
atividades.

O Curso de Formação de Brigadista Particular deve ser ministrado pelo CBM de


sua região ou por empresas credenciadas neste.

Notas:
18

Do Curso de Brigadista Voluntário

Brigadista Voluntário: pessoa habilitada para prestar serviços de prevenção,


combate a incêndio e salvamento, em caráter voluntário, podendo ser usuário ou
funcionário da edificação, que exerça outras funções. Não será remunerado para
fins de atuação como Brigadista.

O Brigadista Voluntário deve ter conhecimentos sobre prevenção e combate a


incêndios, primeiros-socorros, segurança contra incêndio e brigada de incêndio,
de forma a poder agir com competência e objetividade no desempenho das suas
atividades. O curso de formação de Brigadista Voluntário deve ser ministrado pelo
CBM ou por empresas credenciadas neste.

Os integrantes do SESMET (Serviço Especializado de Segurança e Medicina no


Trabalho) e CIPA (Comissão Interna de Prevenção e Medicina no Trabalho) de uma
empresa pública ou privada poderão compor o grupo de Brigadistas Voluntários
desde que possuírem treinamento devidamente comprovado.

Kit de Primeiros Socorros - NÍVEL I

a) 01 pacote de compressas de gaze


b) 05 unidades de atadura de crepom
c) 02 litros de soro fisiológico (fracionado)
d) 01 unidade de fita adesiva (crepe)
e) 02 unidades de bandagens triangulares
f) 01 tesoura de ponta/romba
g) Luvas de procedimento descartáveis para proteção individual

Kit de Primeiros Socorros - NÍVEL II

a) 01 pacote de compressas de gaze


b) 10 unidades de atadura de crepom
c) 01 cobertor
d) 02 litros de soro fisiológico (fracionado)

Notas:
19

e) 01 unidade de fita adesiva (crepe)


f) 06 unidades de talas moldáveis ou rígidas para impermeabilização de
extremidades
g) 01 prancha longa de madeira (maca rígida) com tirantes e imobilizador
lateral de cabeça (coxins) de tamanho adulto
h) 05 unidades de bandagens triangulares
i) Ressuscitador manual
j) Colar cervical
k) 01 tesoura de ponta romba
l) Luvas de procedimento descartáveis para proteção individual
m) 01 cilindro portátil de oxigênio, completo

Pessoas com Mobilidade Reduzida

As informações oferecidas a seguir visam esclarecer sobre:

• Os conceitos e terminologias utilizadas atualmente;


• Informações básicas sobre algumas deficiências;
• Informações sobre procedimentos adequados ao atendimento das pessoas
que têm algum tipo de deficiência e restrição de mobilidade;
• Formas de superar eventuais obstáculos.

Apresentação dos Conceitos

Em função da idade, estado de saúde, estatura e outras condicionantes, várias


pessoas têm necessidades especiais para deslocarem-se. São essas pessoas que
consideramos Pessoas com mobilidade reduzida, que poderão ser citadas através
da sigla PMR. Estão inseridas dentro do PMR as Pessoas Com Deficiência que
poderão ser citadas através da sigla PCD.

Notas:
20

As deficiências podem ser divididas em cinco grandes grupos que são: deficiência
física, mental, sensorial, orgânica e múltipla. Dentro do quadro de deficiências
sensoriais estão: PCD auditivas que apresentam dificuldade de comunicação por
lhes faltar a compreensão dos sons. Para comunicar-se dependem de gestos,
movimentos corporais, expressões faciais e muita tranquilidade; PCD visuais que
veremos a seguir.

O último censo do IBGE apresentou como resultado que 14,5% da população


brasileira possuem algum tipo de deficiência, totalizando aproximadamente 24,6
milhões de pessoas. Em 2000, o Brasil possuía 8,5% de idosos, o que representa
14 milhões de pessoas e 1 pessoa idosa em 26,5% dos lares. Em 2000, foram
aprovadas as Leis Federais 10.048 e 10.098 que tratam da acessibilidade para as
pessoas com deficiência nos espaços públicos, sistemas de transporte,
comunicação e estabelece prioridade de atendimento.

Atuação adequada junto às Pessoas Com Deficiência

Apresentamos a seguir algumas orientações úteis para você lidar com as pessoas
com deficiência.

Pessoas Com Deficiência Visual

Notas:
21

A deficiência visual é dividida em duas categorias: baixa visão (visão subnormal),


quando a pessoa tem acesso à leitura com letras ou símbolos ampliados e cego em
que o acesso à leitura é a do sistema braile. O fato de reconhecer ambientes,
cheiros e sons permite que a pessoa com deficiência visual se situe no espaço,
tenha uma participação real no ambiente e se movimente. Para ele é indispensável
ser o agente da ação. Por isso, se faz necessária uma abordagem junto à pessoa
com deficiência visual de maneira clara e objetiva para que se conquiste a
confiança. A rotina permite que o indivíduo privado de visão internalize as
informações e localizações.

Para facilitar a atuação com uma pessoa com deficiência visual:

• Aproxime-se, fazendo-se notar. Identifique-se logo no início da


comunicação;
• A comunicação deve ser dirigida a pessoa com deficiência visual com
bastante objetividade;
• Utilize o tom normal de voz, pois ele não tem deficiência auditiva;
• Não se dirigir à PCD de maneira pejorativa como “ceguinho”, use
senhor/senhora para dar as informações solicitadas;
• Sempre que for sair de perto de uma pessoa cega, avise-a para que não
converse sozinha;

Notas:
22

• Se perceber que ela precisa de ajuda, identifique-se e faça-a perceber


que você está falando com ela;
• Para guiá-la, deixe que ela segure em seu braço, facilitando assim a
segurança em sua locomoção. Ela se movimenta acompanhando os
movimentos de seu corpo;

• Se você estiver caminhando com uma pessoa cega, vá dizendo os


degraus e outros obstáculos que for encontrando pelo caminho. Não se
esqueça também do que estiver em cima e puder bater na cabeça dela;
• Em lugares muito estreitos para duas pessoas passarem lado a lado
ponha seu braço para trás de modo que ela possa segui-lo;

Notas:
23

• Para orientá-la a subir e descer escadas ou se deslocar em qualquer


ambiente, use sempre as noções de “direita” e “esquerda”, “acima” e
“abaixo”, “frente” e “atrás”.

Usuário de cadeira de rodas ou outros tipos de apoio

A pessoa com deficiência física necessita de um tempo maior para se locomover


e realizar suas atividades. Ela utiliza de material de apoio (Exemplos: bengala,
muleta, cadeira de rodas, andador) que passa a constituir-se como parte do seu
corpo, encontrando em seus deslocamentos espaciais uma série de obstáculos. É
importante ressaltar que o respeito ao ritmo de cada pessoa deve ser considerado
em virtude de suas diferenças individuais.

Para facilitar a atuação com Pessoa com Deficiência Física:

• Utilize sem constrangimento palavras como “andar” e “correr”, pois ela


as utiliza normalmente.
• Não se deve agarrar ou segurar os materiais de apoio da pessoa, porque
eles fazem parte do seu espaço corporal, e pode provocar o desequilíbrio
da pessoa.
• É importante que as muletas ou outros materiais de apoio fiquem
sempre ao alcance das pessoas que as usam.

Notas:
24

• Quando você acompanhar uma pessoa com deficiência física para sair
juntas, preste atenção ao sugerir os locais e considere a existência ou
não de obstáculos nos locais propostos.
• Com uma pessoa que usa muletas, procure acompanhar o ritmo de sua
marcha. Esteja atento aos obstáculos, ela poderá precisar de sua ajuda
para transpô-los.
• Ofereça ajuda sempre que necessário, mas não force. Se precisar de
ajuda, a pessoa aceitará seu oferecimento e lhe dirá o que fazer.

Abordagem e Aspectos Gerais

Ao abordarmos uma pessoa com deficiência, devemos sempre nos dirigir a ela
diretamente, sermos claros, objetivos e gentis. Antes de iniciarmos a ajuda,
devemos sempre perguntar se há algo que ele gostaria que fizéssemos. E, no caso
de querermos nos antecipar e oferecer algo, sempre devemos abordá-lo pedindo
licença antes de fazê-lo.

Cabe lembrar que auxiliar um deficiente na ultrapassagem de barreiras, muitas


vezes, requer força física, o que não significa necessariamente dores ou lesões,
pois há técnicas especialmente desenvolvidas para isso e, muitas vezes, mais de
uma pessoa será necessária para garantir o sucesso e a segurança da operação.

Áreas Planas

• Deficientes devem ser conduzidos de maneira cuidadosa no mesmo


sentido que o fluxo dos transeuntes e a uma distância de um metro da
parede, a fim de se prevenir colisão em objetos como lixeiras, painéis e
aparadores, evitando, assim, manobras bruscas de desvio que geram
insegurança e medo.

Notas:
25

• Cadeirantes devem ser avisados dos obstáculos do percurso para não


serem pegos de surpresa e se assustarem. Ao movimentar uma cadeira
de rodas, fique atento às outras pessoas e aos objetos que elas portam,
de maneira a evitar esbarrões e até atropelamentos.
• Usuários de andadores devem ser acompanhados praticamente lado a
lado, muito embora permitir que eles andem meio passo à frente é
maneira prudente e eficaz de evitarmos uma queda eventual, pois,
frequentemente, essas pessoas têm tendência de cair para trás. Esses
princípios valem também para usuários de muletas bilaterais (uma em
cada braço).
• Usuários de muletas unilaterais (somente em um braço) ou bengalas
devem ser conduzidos pelo lado oposto ao da utilização do dispositivo,
meio passo à frente do funcionário e, preferencialmente, do lado de
menor movimento da via.

OBS: Jamais toque o ombro, empurre ou puxe pela mão um usuário de andador,
muletas ou bengalas enquanto ele estiver andando, pois ele poderá perder o
equilíbrio e cair.

Rampas

• Nas subidas e descidas, algumas regras devem ser observadas sempre


priorizando o mínimo esforço e máxima segurança.

Notas:
26

• Cadeiras de rodas devem vencer subidas de frente e, algumas vezes, será


necessário impulsionar a cadeira apenas sobre suas rodas traseiras,
diminuindo assim o esforço a ser feito. Já as descidas devem ser
vencidas com a cadeira de costas, sobre as quatro rodas, para que, em
caso de perda de controle, a freada seja mais eficiente. Neste caso, o
funcionário descerá de costas também.
• Usuários de andadores e de muletas em ambos os braços (bilaterais)
devem ser conduzidos nas subidas assistidos pelo funcionário, que
deve se colocar ao lado, mas um pouco atrás deles. Em casos de
desequilíbrio, o apoio pode ser necessário. A fadiga deve ser um item
a ser considerado e, portanto, em casos de longas subidas, a
possibilidade de uma parada deve ser sempre considerada. Nas
descidas, o usuário deverá ser amparado pelo funcionário, que deve
se colocar ao lado, mas um pouco atrás.
• Para usuários de bengalas ou muletas em um dos braços (unilaterais)
utilizaremos basicamente os mesmos princípios, não nos esquecendo
de que devemos nos posicionar do lado oposto ao do dispositivo.

Escadas fixas

Escadas certamente serão as barreiras mais frequentes a serem ultrapassadas:

• Para subir escadas com um usuário em cadeira de rodas, deverá haver


sempre duas pessoas, posicionando a cadeira no sentido oposto ao do
deslocamento; as rodas de trás subirão primeiro, apoiadas nos degraus, e
as da frente terão o desnível compensado pelo segundo funcionário, que
também oferecerá segurança ao cadeirante, servindo de barreira com seu
corpo.

Notas:
27

• Para descer escadas conduzindo cadeirantes, devemos fazê-lo


posicionando a cadeira de costas para a descida, inclinando-a um pouco
para que o encosto aumente a base de sustentação durante o
deslocamento.

• Leve a cadeira de rodas à escadaria, de maneira que você possa transportar


o funcionário deficiente até o térreo em segurança. Ajude-o a se erguer e
se apoiar nas duas pessoas que estarão ao seu lado. Depois, deixe que a
pessoa seja segura em posição ereta e ajude-a a caminhar ou carregue-a
completamente. Peça para uma pessoa fechar a cadeira de rodas e deixá-
la na escada ou carregá-la com o braço livre.

Notas:
28

• Se a pessoa deficiente for pequena, leve-a de cavalinho. Enquanto ela


estiver na cadeira de rodas, deixe que ela agarre seu pescoço e ombros por
trás. Ela precisará da capacidade de se segurar em você. Mova-se para

longe da cadeira de rodas para libertar as pernas dela. Apoie as pernas com
os braços abaixo das nádegas, às suas costas. Peça para alguém dobrar a
cadeira de rodas e carregá-la até o térreo.

• Carregue a pessoa deficiente na cadeira de rodas até um lugar seguro.


Deixe que cada pessoa fisicamente capaz pegue uma alça da cadeira,
levante-a e caminhe com a cadeira escada abaixo. A pessoa na cadeira deve
estar virada para trás, de maneira que não caia.

Notas:
29

ATENÇÃO: Segure sempre na estrutura da cadeira, pois acessórios como apoio de


braços e de pernas podem se soltar, promovendo acidentes ou a danificação do
equipamento.

• Usuários de andadores devem ser conduzidos escada acima e abaixo


preferencialmente em cadeiras de rodas, pois é mais seguro. Deverão ser
seguidas as mesmas orientações dos cadeirantes, sempre com a
preocupação de manter o andador, durante o deslocamento, no campo de
visão do deficiente, para evitar insegurança e ansiedade.
• Usuários de muletas bilaterais podem ou não utilizar a cadeira de rodas. Em
caso da não utilização, deverão ser assistidos posteriormente (o funcionário
sobe atrás dele). Para descer as escadas, invertem-se as posições.
• Usuários de bengalas e muletas unilaterais devem alcançar apoios e/ou
corrimãos. Devem ser conduzidos escada acima com a ajuda do
funcionário, que deve se colocar um pouco atrás do mesmo, sempre do
lado oposto ao da utilização do equipamento de autoajuda. Para descer as
escadas, as posições se invertem. Em locais em que o fluxo de pessoas for
muito intenso, a ponto de colocar em risco a estabilidade da pessoa com
deficiência, um outro funcionário deve se colocar ao lado dela, de modo a
protegê-la do fluxo.

Notas:
30

Uma pessoa com paralisia cerebral

A pessoa com paralisia cerebral pode apresentar várias limitações, pois podem ter
comprometimento motor, da fala e do equilíbrio. Ela pode ter grande

dificuldade de locomoção e comunicação. Seu ritmo é muito lento, necessitando


de tempo suficiente para desenvolver suas ações. Para facilitar a atuação com uma
pessoa com paralisia cerebral:

• Respeite o seu ritmo, porque ela é mais vagarosa para andar, falar e pegar
as coisas.
• Ouça-a com atenção pois ela pode apresentar dificuldade na fala.
• Lembre-se de que ela não possui deficiência mental, na maioria das vezes.
• Não trate-a como criança se ela for adolescente ou adulta.
• Ela não é um doente.
• A desordem muscular pode ser muito grande, com movimentos repetidos
e rápidos.

Uma Pessoa com Deficiência Mental

A pessoa com deficiência mental nem sempre apresenta limitações físicas, o que
pode facilitar a sua locomoção. Muitas vezes, ela passa por um condicionamento
que facilita a sua ação e o controle emocional. Seu raciocínio é um pouco mais
lento e possui limitações cognitivas, o que pode dificultar a leitura e a assimilação
dos símbolos. É importante permitir que ela seja o agente de suas ações para que
busque a integração consigo mesma e ao meio social. É indispensável o auxílio de
um monitor para que ela possa se sentir segura no início de qualquer ação de
abandono de área. Para facilitar a atuação com as pessoas com deficiência mental:

• Apresente-se à pessoa com deficiência de maneira respeitosa.


• Evite a superproteção. A pessoa com deficiência mental deve fazer
sozinha tudo o que souber. Ajude-a quando realmente for necessário.
• A linguagem deve ser objetiva para facilitar a sua compreensão.
• Respeite seu ritmo, para que ela possa sentir-se tranquila para realizar
sua locomoção e não se sinta pressionada.

Notas:

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