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PROJETO DE
INSTALAÇÕES
HIDRAÚLICAS,
INCÊNDIO E GÁS
SÉRIE CONSTRUÇÃO CIVIL
PROJETO DE
INSTALAÇÕES
HIDRAÚLICAS,
INCÊNDIO E GÁS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
PROJETO DE
INSTALAÇÕES
HIDRAÚLICAS,
INCÊNDIO E GÁS
© 2014. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI da
Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos
os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491p
CDU349.2(81)
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Lista de Ilustrações
Figura 1 - Recipientes preenchidos com fluidos....................................................................................................19
Figura 2 - Experimento de Pascal................................................................................................................................20
Figura 3 - Fórmula de pressão......................................................................................................................................21
Figura 4 - Pressão atmosférica......................................................................................................................................21
Figura 5 - Vazão..................................................................................................................................................................22
Figura 6 - Vazão..................................................................................................................................................................23
Figura 7 - Quedas de vazão...........................................................................................................................................23
Figura 8 - Peso aparente.................................................................................................................................................26
Figura 9 - Corpo descendo............................................................................................................................................26
Figura 10 - Corpo subindo.............................................................................................................................................27
Figura 11 - Corpo em equilíbrio...................................................................................................................................27
Figura 12 - Instalação de tubulações.........................................................................................................................32
Figura 13 - Quadro para armazenar mangueira de incêndio............................................................................34
Figura 14 - Botijões de gás GLP....................................................................................................................................36
Figura 15 - Distribuição com tanques de gás natural e distribuição por tubulação de gás natural...37
Figura 16 - Distribuição direta......................................................................................................................................42
Figura 17 - Distribuição indireta..................................................................................................................................43
Figura 18 - Dimensionamento de reservatórios....................................................................................................46
Figura 19 - Ventilação da coluna..................................................................................................................................47
Figura 20 - Esquema de distribuição de tubulações hidráulicas.....................................................................50
Figura 21 - Junta soldada...............................................................................................................................................57
Figura 22 - Junta rosqueada..........................................................................................................................................57
Figura 23 - Junta Elástica................................................................................................................................................58
Figura 24 - Junta flangeada...........................................................................................................................................58
Figura 25 - Conexões.......................................................................................................................................................59
Figura 26 - Conexão.........................................................................................................................................................59
Figura 27 - Corte de um vaso sanitário mostrando o sifão................................................................................61
Figura 28 - Funcionamento de torneira....................................................................................................................61
Figura 29 - Registro de gaveta......................................................................................................................................62
Figura 30 - Registro de pressão....................................................................................................................................62
Figura 31 - Instalação respiro........................................................................................................................................68
Figura 32 - Instalação sifão............................................................................................................................................69
Figura 33 - Instalação água quente............................................................................................................................70
Figura 34 - Instalação do misturador.........................................................................................................................71
Figura 35 - Isométrico de instalação hidráulica com água quente.................................................................77
Figura 36 - Junta de dilatação......................................................................................................................................78
Figura 37 - Instalações de lira.......................................................................................................................................80
Figura 38 - Exemplo de lira............................................................................................................................................80
Figura 39 - Conexões para água quente...................................................................................................................84
Figura 40 - Sifão de lavatório........................................................................................................................................91
Figura 41 - Sifões...............................................................................................................................................................92
Figura 42 - Caixa de gordura.........................................................................................................................................93
Figura 43 - Tubo de ventilação no tubo de esgoto...............................................................................................96
Figura 44 - Fossa séptica.............................................................................................................................................. 101
Figura 45 - Conexões para água quente................................................................................................................ 104
Figura 46 - Desenho de um telhado e suas medidas........................................................................................ 110
Figura 47 - Conexões e peças para calhas em PVC............................................................................................ 119
Figura 48 - Reúso indireto não planejado............................................................................................................. 123
Figura 49 - Reúso indireto planejado...................................................................................................................... 123
Figura 50 - Esquema de reúso de água da chuva para o vaso....................................................................... 124
Figura 51 - Residência com reúso de água pluvial............................................................................................. 125
Figura 52 - Computador doméstico da primeira geração............................................................................... 130
Figura 53 - Computador doméstico da segunda geração.............................................................................. 131
Figura 54 - Computador da terceira geração....................................................................................................... 131
Figura 55 - Legenda para tubulação....................................................................................................................... 138
Figura 56 - Planta baixa da residência.................................................................................................................... 139
Figura 57 - Detalhes de planta.................................................................................................................................. 140
Figura 58 - Fachadas detalhando calhas e tubos de descida......................................................................... 141
Figura 59 - Planta de cobertura com detalhe do tubo de descida............................................................... 141
Figura 60 - Projeto hidráulico.................................................................................................................................... 143
Figura 61 - Detalhe da instalação do reservatório............................................................................................. 143
Figura 62 - Hidrômetro................................................................................................................................................. 144
Figura 63 - Projeto hidráulico isométrico.............................................................................................................. 144
Figura 64 - Isométrico do sanitário da suíte e do sanitário social................................................................. 145
Figura 65 - Isométrico da cozinha............................................................................................................................ 146
Figura 66 - Detalhes dos isométricos...................................................................................................................... 147
Figura 67 - Projeto de esgoto sanitário.................................................................................................................. 149
Figura 68 - Sanitário casal, sanitário social e cozinha ...................................................................................... 149
Figura 69 - Sanitário de serviço e área de serviço.............................................................................................. 150
Figura 70 - Projeto de esgoto sanitário ................................................................................................................. 151
Figura 71 - Sprinkler para combate a incêndio.................................................................................................... 156
Figura 72 - Extintores.................................................................................................................................................... 160
Figura 73 - Botijão de gás 13 kg................................................................................................................................ 163
Figura 74 - Abastecimento de gás GLP.................................................................................................................. 164
Referências
Minicurrículo do autor
Índice
Introdução
Anotações:
Noções de mecânica
dos fluidos e hidrostática
Conheceremos neste capítulo os conceitos mais importantes sobre hidrostática que servi-
rão para o aprendizado no dimensionamento do projeto hidráulico. Assim fica mais fácil enten-
der como um dimensionamento é concebido aproveitando as propriedades da hidrostática.
Você sabe o que significa fluido?
Fluido é toda substância que se deforma toda vez que se aplica uma tensão1, ou seja, quan-
do se aplica uma força. Ele é capaz de se adequar ao recipiente ocupando os espaços vazios.
Nesse universo, temos os líquidos e os gases. Como exemplo, observe a Figura 1, em que po-
demos notar que a mesma quantidade do líquido pode encher dois recipientes de formatos
diferentes, ocupando todos os espaços vazios.
2 recipientes A e B de forma
diferente mas preenchido pelo
mesmo volume líquido.
A B
Mecânica dos fluidos é toda ciência que estuda como os fluidos se comportam fisicamente
e as leis que explicam esses comportamentos, por exemplo, os estudos das forças exercidas
sob os fluidos.
O estudo das forças exercidas nos fluidos em repouso recebe o nome de Hidrostática. No
início, o primeiro fluido a ser estudado pelos cientistas foi a água. Daí a origem do nome HI-
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
20
1 TENSÃO: DROESTÁTICA que vem das palavras gregas hidro, que significa água, e estática,
que significa repouso, ou seja, água em repouso. Do seu estudo se originaram
Força aplicada a algum
corpo. alguns conceitos como pressão e vazão da água, lei do vaso comunicante e em-
puxo dos corpos flutuantes.
Blaise Pascal, grande estudioso, deu sua contribuição para a hidrostática, estu-
dando o comportamento dos fluidos quando estes recebiam pressão.
2 EMBOLO:
A A unidade de grandeza de
P= F pressão é Pascoal
A P = Pa
Volume A
Volume B
Calha com inclinação
Figura 5 - Vazão
Fonte: SENAI, 2013.
Volume A:
A saída de água da caixa d’água por um tubo tem a sua velocidade diminuída
com o tempo porque o volume de água dentro da caixa reduz. Conclui-se, com
isso, que o peso do volume de água vai diminuindo e, em consequência, tem me-
nos força para empurrar a saída da água pelo tubo. E se aumentarmos o diâmetro
do tubo, a velocidade da água aumenta para escoar.
Volume B:
No segundo exemplo, é a velocidade de escoamento da água por uma calha.
Se essa calha estiver com pouca inclinação, ou seja, quase em nível, o peso da
água e a força da atmosfera serão menores, o que irá fazer essa água escoar com
menor velocidade. Agora, se dermos uma inclinação para a calha, veremos que a
água escoará em maior velocidade.
Como observamos nos exemplos, o peso da coluna d’água e a inclinação in-
fluenciam na velocidade da vazão. Existem também outros fatores que influen-
ciam na velocidade da vazão, como o atrito do fluido nas paredes da tubulação.
Observe na Figura 6 que sai um tubo do reservatório com fluido correndo li-
vre e, no percurso, há quatro tubos verticais. A coluna d’água vai diminuindo à
medida que o tubo se distancia do reservatório, indicando que o atrito diminui
a velocidade. A este fenômeno denominamos de queda de vazão ou queda de
velocidade.
2 NOÇÕES DE MECÂNICA DOS FLUIDOS E HIDROSTÁTICA
23
A
B C
D
RESERVATÓRIO
Figura 6 - Vazão
Fonte: SENAI, 2013.
Depois de você ter aprendido sobre pressão e vazão, agora vai conhecer um
dos princípios da hidrostática que está no nosso dia a dia e nem percebemos: o
princípio dos vasos comunicantes. Vasos comunicantes são dois ou mais vasos
que se ligam um a outro através de tubos ou passagens e que, ao encher um vaso,
todos terão o mesmo nível de coluna d’água, independente do tamanho ou for-
mato do vaso. Observe, na Figura 7, um exemplo de vasos comunicantes.
3 EMPUXO:
Ação ou resultado de
Em algumas obras, os pedreiros marcam o nível com
impulsionar com força. VOCÊ uma mangueira transparente e com água. Isso é um
princípio dos vasos comunicantes servindo como nível,
SABIA? pois o nível da água será igual nos dois extremos da
mangueira.
4 GRAVIDADE:
Todo corpo imerso num fluido em repouso recebe uma força vertical de baixo para
cima de intensidade igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo.
E = mliq. desl. • g
Onde:
2 NOÇÕES DE MECÂNICA DOS FLUIDOS E HIDROSTÁTICA
25
E = empuxo
m = massa do líquido deslocado
g = gravidade
Vimos anteriormente que um corpo sofre uma força de baixo para cima quan-
do imerso num fluido, o empuxo. Agora veremos quando um corpo está parcial-
mente ou totalmente submerso5. Neste caso, o seu peso sofre uma diminuição. A
esse novo peso, chamamos de peso aparente (Pap). Veja na Figura 8:
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
26
6 INVERSO:
Livre de impurezas.
Figura 8 - Peso aparente
Fonte: SENAI, 2013.
À medida que o corpo vai subindo até a superfície, o empuxo começa a di-
minuir porque a parte submersa e o volume deslocado diminuem também. Por-
tanto, o corpo sobe até o empuxo se igualar ao peso do corpo, ficando então em
equilíbrio flutuando na superfície do fluido.
c) quando o peso do corpo é igual à força de empuxo: nesta situação o cor-
po fica em equilíbrio porque o peso do corpo e a força do empuxo são iguais
e constantes.
P=E dc = d fl
Corpo em equilíbrio
nem sobe e nem desce.
O peso é igual ao empuxo.
Cada elemento da natureza tem a sua própria densidade (grandeza que repre-
senta a relação entre massa e volume). A água pura ou destilada7 é considerada
como padrão de densidade, pois a sua densidade é de 1g/cm3. Se a água tiver
alguma mistura, como a água salgada do mar, a sua densidade aumenta.
Por isso conseguimos boiar mais facilmente na água salgada, visto que a den-
sidade do nosso corpo é menor que a densidade da água salgada. Veja que esta-
mos falando de densidade e não de peso.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
28
CASOS E RELATOS
A descoberta de Arquimedes
Conta a história que Arquimedes, nascido no período da antiguidade, por
volta do ano 3 a.C., recebeu uma missão do rei Hierão II. Este queria con-
ferir se o ouro entregue a um artesão, para confeccionar uma coroa, seria
totalmente utilizado. No entanto, ele não teria como saber, afinal, a coroa
já estaria pronta. Foi nesse momento que ele pensou em Arquimedes para
resolver o problema.
Arquimedes, assumindo a missão, pensou em várias formas de solução,
mas não obteve êxito. Até que um dia, quando foi tomar banho em uma
banheira, observou que ao entrar nela, saiu uma quantidade de água e que
esse volume transbordado possuía o peso igual ao valor do empuxo sofrido
pelo corpo.
Feliz com a descoberta, Arquimedes, sem perceber que estava despido,
saiu correndo pela cidade gritando “eureka, eureka...”, que significa “encon-
trei” em grego, referindo-se à solução que descobriu para mensurar o ouro
da coroa. E confirmou a suspeita do rei Hierão II, pois o artesão usou uma
quantidade menor de ouro, completando o material com prata.
2 NOÇÕES DE MECÂNICA DOS FLUIDOS E HIDROSTÁTICA
29
RECAPITULANDO
Todo projeto de instalação hidráulica deve seguir as determinações exigidas pelas normas.
A partir das normas, o profissional faz o projeto de acordo com as necessidades do uso da
edificação.
O projeto hidrossanitário envolve o abastecimento de água potável1, o despejo de esgoto
sanitário e captação de águas pluviais2. Hoje em dia, com os projetos de edificações sustentá-
veis, está ficando cada vez mais comum o projeto de reúso de água pluvial.
Para cada tipo de uso (residencial, predial ou comercial) haverá um parâmetro3 a ser se-
guido. Por exemplo, um projeto para uma residência é diferente do projeto para um edifício,
onde, além da grande quantidade de usuários, existe também um grande desafio a vencer: a
altura do prédio.
No básico de todo projeto, o profissional deverá observar as regras e leis da utilização da
água e despejo do esgoto de cada município.
O ideal seria que todas as cidades e todas as ruas fossem dotadas de rede de distribuição
de água potável e de uma rede de captação de esgotos, mas infelizmente, em algumas regiões
das cidades, ainda faltam esses serviços básicos ou eles são precários, principalmente com re-
lação à rede de esgotos.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
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1 ÁGUA POTÁVEL:
2 ÁGUAS PLUVIAIS:
3 PARÂMETRO:
Figura 12 - Instalação de tubulações
Regra, norma. Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2010.
Dentro de canos, de
tubulações.
3.1.1 NORMAS
SAIBA É aconselhável que você leia sobre as normas para ter co-
nhecimento mais apropriado sobre as orientações que cada
MAIS uma determina.
CASOS E RELATOS
Você pode ter visto em muitos prédios um quadro embutido5 na parede com
uma mangueira enrolada. Essa mangueira é para ser utilizada apenas em casos de
incêndio, sendo abastecida pela reserva de água armazenada no reservatório su-
perior, conforme previsão do dimensionamento no projeto do reservatório. Essa
quantidade significa que mesmo que os usuários do prédio consumam toda a
água do reservatório, ainda existirá a reserva de combate a incêndio para garantir
os primeiros combates antes do corpo de bombeiros chegar ao local.
3.2.1 NORMAS
8 DISSIPA-SE:
Desmancha, dissolve.
9 COMBUSTÃO:
Figura 15 - Distribuição com tanques de gás natural e distribuição por tubulação de gás natural
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2009; SENAI, 2013.
3.3.1 NORMA
A norma da ABNT que fala sobre a instalação de gás é a NBR 13932/97. Ela
orienta quanto ao dimensionamento das tubulações, ao manuseio10 e instalações
dessas tubulações. Determina quais os procedimentos adequados para armaze-
nagem de reservatórios de gás quando o projeto for para instalações com tan-
ques de gás, os quais são abastecidos por empresas de gás.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
38
RECAPITULANDO
Anotações:
Instalações prediais de água fria
1 RESÍDUOS: como resíduos1 de terra. Outra desvantagem são os golpes de aríetes nas tu-
bulações, ou seja, os golpes fortes do fluxo da água dentro da tubulação. Por
O que sobra.
outro lado, a distribuição terá menor custo de instalação, no entanto, terá
aumento de consumo pela pressão elevada. No decorrer do dia, terá altera-
ção na pressão devido aos momentos de maior consumo de água da rede
pública. Na Figura 16 temos um exemplo de distribuição direta;
2 PÊNDULO:
3 DIFERE:
Que é diferente.
chuveiro
descarga
lavabo
pia
hidrômetro
DISTRIBUIÇÃO DIRETA
chuveiro
descarga
lavabo
pia
hidrômetro
DISTRIBUIÇÃO INDIRETA
Caso não saibamos o número de pessoas que irá habitar a residência, devemos
considerar um número médio, considerando que em um dormitório temos 2 pes-
soas e, em dormitório de empregado, temos apenas uma pessoa. Exemplo: em
uma residência com quatro quartos, três da família e um da empregada, teremos
um total de 7 pessoas.
4 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
45
10 pessoas x 150 litros por pessoa = 1500 litros para essa residência
4 RETROSIFONAGEM:
Acontece quando na
tubulação não existe uma 600 l
2 DIAS
saída de ar, e a pressão
fica negativa impedindo o TOTAL=1500 l
funcionamento do sifão.
300 l x 2 = 600 l
1500 l = 300 l
5
RESERVATÓRIO 300 l x 3 = 900 l
INFERIOR 3/5
900 l
É um tubo com diâmetro igual ao da coluna ou maior, que fica instalado logo
depois do registro de passagem. A NBR 5626/98 diz que o tubo de ventilação da
coluna deve ser instalado na coluna que alimenta o vaso sanitário com válvula de
descarga.
Qual a função da ventilação da coluna?
a) facilitar a retirada de bolhas de ar que ficam dentro da tubulação. Quando
há falta de água, a tubulação fica vazia, entrando ar, o que acaba atrapalhan-
do o fluxo da água;
b) evitar a contaminação da instalação por germes pela retrosifonagem4, que
é causada pela pressão negativa. Isso ocorre geralmente nos sub-ramais de
vasos sanitários, bidês ou banheiras.
Reservatório superior
(caixa d’água)
Ventilação
VAZÃO DE PESO
APARELHO SANITÁRIO PEÇA DE UTILIZAÇÃO
PROJETO l/s RELATIVO
Lavadora de pratos ou de
Registro de pressão 0,30 1,0
roupas
Torneira ou misturador
Lavatório 0,15 0,3
(água fria)
Com sifão
Válvula de descarga 0,50 2,8
integrado
VAZÃO DE PESO
APARELHO SANITÁRIO PEÇA DE UTILIZAÇÃO
PROJETO l/s RELATIVO
0,15 por
Caixa de descarga ou
Mictório de calha Metro de 0,3
registro de pressão
calha
Torneira ou misturador
0,25 0,7
Pia (água fria)
20 mm 25 mm 32 mm 40 mm 50 mm O SOLDÁVEL (mm)
1/2’’ 3/4’’ 1’’ 1.1/4’’ 1.1/2’’ O ROSCÁVEL (mm)
reservatório
superior
E
F
A barilete
barilete
B J
coluna 2
coluna 1 G chuveiro
chuveiro
P = 0,1
chuveiro P = 0,1 vaso
sanitário
vaso
lavatório
P = 0,1 sanitário lavatório
tanque ducha
vaso
lavatório
maq. sanitário M
lavar L P = 0,3
I
pia P = 0,3
H P = 0,3
D
P = 0,4 barilete
P = 0,3 P = 0,3
C P = 0,3 coluna
P = 0,7 ramal
P = 1,0
P = 0,7 sub-ramal
Trecho A-B
Observe que, para começar o dimensionamento, primeiro temos que fazer o
levantamento de todas as peças utilizadas neste ramal. Mesmo que tenham pe-
ças em outros ambientes como nesse exemplo, em que o ramal abastece a cozi-
nha, a área de serviço e o sanitário de empregado.
Agora, depois de conhecer as peças, verifique na Tabela 2 os pesos relativos e
faça a soma deles. Você achará o valor de 3,1.
4 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
51
Com este valor de 3,1, veja no ábaco luneta em que trecho ele se encaixa e
verá que está entre 1,1 e 3,5, portanto, o diâmetro da tubulação é de 25 mm para
tubos soldáveis ou ¾ para tubos roscáveis.
Conclusão: o trecho A-B terá o diâmetro de 25 mm. Esse trecho A-B é denomi-
nado de barrilete.
Trecho B-C
Este trecho possui ainda a mesma quantidade de peças do anterior, portanto,
você achará o mesmo valor de 3,1, o que corresponde ao mesmo diâmetro de 25
mm. Este trecho é denominado de coluna.
Trecho C-D
Como este trecho é apenas a continuação do trecho A-B e B-C você ainda terá
a mesma quantidade de peças e ainda achará o mesmo valor de peso de 3,1 e
consequentemente o mesmo valor de diâmetro que é 25 mm. Este trecho vai ser
denominado de ramal.
Conseguiu entender? Fácil, não é? Basta ter atenção e usar a tabela e o ábaco.
Trecho E-F
Da mesma maneira que o trecho A-B, deve-se fazer o somatório dos pesos
relativos de todas as peças de utilização. Veja que este ramal alimenta dois outros
ramais, então você deve somar todas as peças. Neste ramal temos dois chuveiros,
uma ducha, dois vasos sanitários de caixa de descarga e dois lavatórios que con-
ferindo os pesos, na Tabela 2, encontrará 1,1 para um sanitário e 0,7 para o outro,
somando os dois valores terá 1,8. Ao localizar este valor no ábaco luneta, obser-
vará o intervalo entre 1,1 e 3,5, sendo então uma tubulação com diâmetro de
25 mm para tubos PVC soldáveis e ¾” para tubos roscáveis.
Este trecho que vai abastecer a outra coluna é um barrilete.
Trecho G-H
Este trecho terá o mesmo valor de somatório de pesos, portanto, será de 25
mm.
Denominamos este trecho de coluna.
Trecho H-I
Este trecho tem o valor da somatória dos pesos das peças de utilização que é
de 1,1 e observando no ábaco luneta verá que a tubulação vai ser de 25 mm ou
¾”.
Este trecho da tubulação é um ramal.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
52
Trecho G-J
Este trecho, se você já observou antes, tem um valor de peso de 0,7. E ao con-
sultar o ábaco luneta, localizará o diâmetro da tubulação de 20 mm para tubos
soldáveis, e ½” para tubos roscáveis.
Observe que houve uma redução no diâmetro da tubulação neste trecho. Este
passa a ser outro ramal.
Trecho J-L
Este trecho, assim como o anterior, continua com o mesmo valor da somatória
dos pesos de peças de utilização. Portanto, terá o mesmo diâmetro de 20 mm.
Este trecho é também um ramal.
Trecho L-M
Este trecho final que abastece os sub-ramais continua com o diâmetro de
20 mm. Este trecho ainda é um ramal.
Lavatório 0,3 20 mm
Tanque 0,7 20 mm
Pia 0,7 20 mm
Trecho J-L
Da mesma maneira, o cálculo é feito individualmente para cada peça, verifi-
cando o seu peso relativo e achando o diâmetro no ábaco luneta.
4 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
53
Ducha 0,4 20 mm
Lavatório 0,3 20 mm
Trecho H-I
Lavatório 0,3 20 mm
CASOS E RELATOS
O pedreiro sabe-tudo
Uma residência necessita de um abastecimento de água, afinal todos nós
sabemos da sua importância para a vida.
O senhor Marcos, no período da construção da sua residência, já com o
orçamento apertado para finalizar a obra, resolveu ouvir a conversa do seu
pedreiro. Dizia ele que entendia de instalação hidráulica e conseguiria fazer
o “encanamento”, como é comum ser chamado em algumas regiões do
Brasil, e dessa forma economizaria com o projeto.
Assim foi feito, sem projeto, e apenas o pedreiro fazendo as instalações, em
que ele mesmo foi pedindo o material ao Sr. Marcos até concluir o serviço.
No entanto, alguns problemas foram aparecendo no cotidiano, como: ba-
rulho dentro das paredes, toda vez que fechava uma torneira; manchas de
umidade em algumas paredes e algumas vezes falta d’água mesmo tendo
água na rua.
Então, já impaciente com essa situação, o Sr. Marcos chama um técnico em
hidráulica para explicar o que vinha acontecendo. Rapidamente o diagnós-
tico do técnico apontou os erros como: tubulação maldimensionada com
excesso de pressão, por isso os barulhos dentro da parede que eram os
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
54
7 VANDALISMO:
Desordem e destruição de
bens públicos.
4.2.3 DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS E BARRILETES
8 OXIDAÇÃO: A bomba mais usada para elevar a água nos projetos de hidráulica em prédios
é a bomba centrífuga, geralmente são bombas de motores elétricos.
Processo de desgaste
provocado pela reação do Para o dimensionamento de uma bomba, devemos levar em consideração a
oxigênio.
potência, a quantidade de consumo de água por dia e a necessidade de vazão
em litros por segundo, além disso, consideramos a altura manométrica, ou seja, a
altura estática mais a altura relativa às perdas.
4.3.1 TUBOS
JUNTA SOLDADA
JUNTA DE TUBOS JUNTA DE TUBO E CONEXÃO
ADESIVO
JUNTA ROSQUEADA
JUNTA DE TUBOS JUNTA DE TUBO E CONEXÃO
ROSCA ROSCA
c) junta elástica: são as junções que têm um anel de borracha que faz a vedação
sem a necessidade de usar um adesivo como nas juntas soldadas. O anel de
borracha fica num sulco da bolsa do tubo ou em um sulco nas conexões.
Veja a figura a seguir:
JUNTA ELÁSTICA
JUNTA DE TUBOS JUNTA DE TUBO E CONEXÃO
ANEL
SULCO ANEL
SULCO
d) junta flangeada: são as juntas que possuem uma luva livre que gira dentro
de um flange, em alguns casos com furos de fixação. Além disso, as juntas
flangeladas possuem a vantagem de fazer a conexão de tubos de PVC com
tubos metálicos.
FLANGE
TUBO
FLANGE
TUBO
LUVA LUVA
4.3.2 CONEXÕES
Veja, na figura 25, os principais modelos. Mas vale lembrar que existem outros
e cada um tem a sua função.
Figura 25 - Conexões
Fonte: SENAI, 2013.
Existem conexões lisas para tubos soldáveis e com roscas para tubos rosque-
áveis.
Você também vai poder notar que existem conexões para ligar tubos soldáveis
e com roscas numa mesma conexão, como na figura 26.
Figura 26 - Conexão
Fonte: SENAI, 2013.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
60
A louça faz parte do conjunto que forma uma peça utilitária. É bem provável
que você já tenha visto uma louça e, até mesmo, já a tenha utilizado no seu dia
a dia. Geralmente, quando você lava as suas mãos, você usa a pia do sanitário. A
pia do sanitário é justamente um exemplo de louça. A louça nada mais é do que
um acessório que compõe um sanitário, uma cozinha, um lavabo, uma área de
serviço.
As louças são fabricadas com cerâmica e o seu processo começa com uma
massa moldável chamada de barbotina. Ela é feita com duas ou mais matérias-pri-
mas, aditivos e água moldável. Ainda maleável e úmida, é colocada num molde
de gesso e fica durante um tempo até perder parte da água da massa. Em segui-
da, a peça recebe um pré-aquecimento para então receber o banho de esmalte
e cozinhar, formando a peça. O esmalte, além de dar o acabamento, favorece a
higiene, pois cria uma superfície impermeável.
Na área de serviço, existem os tanques, que são as louças utilizadas para lavar
as roupas.
Nos sanitários, as louças são a pia ou lavatório, bacia sanitária ou vaso sanitá-
rio, os bidês e as bacias mictório ou, simplesmente, mictório. Este último é usado
apenas em sanitários masculino de uso público ou coletivo. Já o bidê, ultimamen-
te, não é mais usado porque foi substituído pela ducha higiênica.
Os vasos sanitários possuem um sifão que sempre está cheio de água. Essa
água impede o retorno do odor do esgoto sanitário.
O sifão também é responsável pelo mecanismo de limpeza. Ele funciona quan-
do a água é despejada no vaso numa quantidade aproximadamente de 7,5 litros
de uma única vez. Então, toda a água é liberada para o esgoto; e quando o vaso
enche novamente e devagar, ele completa o sifão fechando a passagem do odor.
4 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
61
Sifão
Nível d’água
4.3.4 METAIS
Manípulo Manípulo
Obturador Obturador
TORNEIRA TORNEIRA
ABERTA FECHADA
Hoje em dia, você encontra torneiras com válvulas que têm sua abertura acio-
nada ao apertar o cabeçote da torneira e, que se fecha depois de alguns segun-
dos. Outras torneiras têm a sua abertura acionada por um sensor de movimento,
que abre a válvula diante da proximidade de mãos ao sensor, e esta se fecha au-
tomaticamente depois de alguns segundos. Esses dois modelos de torneiras têm
sido uma grande contribuição para a economia de água potável, uma vez que
evita desperdício de água;
b) registros: eles têm a mesma finalidade da torneira, ou seja, a de controlar e
parar o fluxo de água. A diferença do registro para a torneira é que o registro
libera o fluxo para dentro da própria tubulação; diferente da torneira que
sempre está no fim da linha de uma tubulação e libera a água para o exte-
rior da tubulação.
Existe o registro de gaveta que é usado para parar o fluxo da água, geralmente
usado nas tubulações de entrada e saída do reservatório ou em barriletes. Em
situações de manutenção, ele é fechado para interromper o fluxo da água.
RECAPITULANDO
O sistema de instalação de água quente é semelhante ao de água fria, porém, alguns com-
ponentes alteram e o principal deles é a tubulação, que para receber a água em uma tempera-
tura aproximada de 70 ºC tem que ser reforçada e resistente. Existem no mercado alguns tubos
de material diferente do PVC comum.
Outros componentes importantes nos sistemas de água quente são os reservatórios com
sistema de isolamento térmico para receber a água aquecida e sistemas de aquecimento,
como as placas solares e os aquecedores a gás ou elétrico.
Hoje, com a tendência da arquitetura sustentável, o sistema de aquecimento solar é o mais
procurado, apesar do custo ainda elevado, e já existe no mercado um número significativo de
modelos e marcas.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
66
RESERVATÓRIO SUPERIOR
30 cm
NÍVEL DA ÁGUA
RESPIRO
CONEXÕES
AQUECEDOR DE ACUMULAÇÃO
BOILER
ALIMENTAÇÃO DO
RESERVATÓRIO
REGISTRO DE PASSAGEM
REGISTRO
DE GAVETA
ALIMENTAÇÃO
ÁGUA QUENTE
VÁLVULA
DE PRESSÃO
ÁGUA FRIA
AQUECEDOR DE ACUMULÇÃO
BOILER
SIFÃO
RESERVATÓRIO
ÁGUA FRIA
DISTRIBUIÇÃO DE
ÁGUA QUENTE
BOILER
TERMOFISSÃO
ÁGUA FRIA
ÁGUA QUENTE
VIDRO
SERPENTINAS
A água fria entra na placa solar e, por ser fria, ela é mais densa. Ao circular
pela serpentina de cobre, ela vai aquecendo e se tornando menos densa e é em-
purrada pela água fria para fora da placa. A este mecanismo damos o nome de
termofissão. A água quente então vai sendo depositada no reservatório de água
quente chamado de boiler e fica ali até a hora do seu consumo.
Ao chegar às peças sanitárias, como chuveiros e banheiras, e às peças de uti-
lização, como as torneiras, a água quente pode ser misturada com a água fria e
para isso existe uma conexão apropriada chamada de misturador.
5 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE
71
Chuveiro
Tubo PVC
Misturador
Para ter água quente é necessário ter o equipamento, neste caso, é o aquece-
dor.
Então, temos que dimensionar o aquecedor, mas você viu que existem mode-
los diferentes, certo?
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
72
APARELHO VAZÃO
PEÇA DE UTILIZAÇÃO
SANITÁRIO (L/MIN)
Ducha Misturador 12
Dormitório 2
Quarto de empregada 1
Banheira Volume/2
Pia de cozinha 50
É importante ressaltar que o volume da banheira deve ser dividido por dois,
uma vez que a água quente é misturada com a água fria. Esse volume da banheira
é fornecido pelo fabricante. Existem no mercado vários modelos com volumes
diferentes.
Assim que obtivermos a estimativa do consumo das peças sanitárias, devemos
verificar o consumo médio por tipo de aquecedor. Veja a Tabela 7.
3) Consumo da banheira
volume da banheira = 180 = 90 litros
2 2
VOLUME DE ÁGUA
ÁREA DO COLETOR
QUENTE QUE ATENDE
3) Consumo da banheira
volume da banheira = 180 = 90 litros
2 2 Consumo da pia = 50 litros
APARELHO PESO
PEÇA DE UTILIZAÇÃO
SANITÁRIO RELATIVO
Torneira ou misturador
Lavatório 0,3
(água quente)
Torneira ou misturador
Pia de cozinha 0,7
(água quente)
15 mm 22 mm 28 mm 35 mm 42 mm CPVC
1/2’’ 3/4’’ 1’’ 1.1/4’’ 1.1/2’’
reservatório boiler
superior
F E
A
barrilete J
barrilete
B
coluna 2
chuveiro
G
P=0,4
coluna 1 chuveiro
lavatório banheira
chuveiro
P=0,1
lavatório
vaso
sanitário
vaso M
P=0,1 ducha P=1,0
P=0,3
P=0,3
tanque vaso
pia sanitário I L
maq. lavatório P=0,3 barrilete
lavar P=0,4
P=0,3 coluna
H
D ramal
P=0,3
P=0,3
P=0,7 sub-ramal
P=1,0
P=0,7 água quente
C
Depois de somar o peso, nesse caso 2,4, verificamos no ábaco luneta o diâme-
tro da tubulação de água quente.
Teremos o diâmetro de 22 mm ou ¾”, pois o valor de 2,4 está entre os valores
do ábaco de 0,6 e 2,9.
Resultado: diâmetro de 22 mm para as tubulações de água quente.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
78
1) Expansão térmica
Como existem dois tipos de lira, para cada trecho da lira tem uma proporção,
como podemos observar na Figura 36.
L/5 x 2
L/2
L/4
PELA TABELA
COMPRIMENTO = 18 m
DN = 22 L= 1,17 M
L 1,17
= = 0,24 m
L/5 x 2
5 5
0,48 m
L x 2 = 0,24 x 2 = 0,48 m
5
)
L=
) 3 x E x DE x e E = módulo de elasticidade (Pa) da tabela
S DE = diâmetro externo do tubo (m)
e = expansão térmica deslocamento axial em (mm)
S = tensão admissível (Pa) da tabela de elasticidade e tensão admissível
MÓDULO DE TENSÃO
TEMPERATURA (ºC)
ELASTICIDADE (PA) ADMISSÍVEL (PA)
20 2.982.238.410 14.352.920
30 2.796.931.910 12.564.127
40 2.611.625.410 10.775.333
50 2.426.318.910 8.986.540
60 2.241.012.409 7.197.746
70 2.055.705.909 5.408.953
80 1.870.399.409 3.620.159
Agora vamos calcular o tamanho de uma lira para uma tubulação com tama-
nho de 47 m e diâmetro de 28 mm, que sofre uma variação de temperatura de
26 ºC para 70 ºC. Para achar o módulo de elasticidade na tabela, utilize a tempe-
ratura máxima.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
82
e = Lp x C x AT
C = 6,12 x 10-5/ oC = 0,0000612/ oC
e = 47 x 0,0000612 x 44 = 0,126 m
AT = 70 - 26 = 44 oC
Lp = 47 m
)
L=
)3 x 2.055.705.909 x 0,028 x 0,126
E = 2.055.705.909
5.408.953
DE = 28 mm = 0,028 m
e = 0,126 m
)
L=
)21757591,340856
S = 5.408.953
5.408.953
L= 3 x E x DE x e
S L= 4,0225144
L = 2,00 metros
L = 0,40 m
5
0,8 m
0,40 m x 2 = 0,80 m
5 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE
83
CASOS E RELATOS
a) tubos:
Como já estudamos, a tubulação de água quente deve ser sempre de tubos de
CPVC, os quais são feitos com materiais que resistem as altas temperaturas sem
sofrer nenhum tipo de deformação ou de rompimento.
Geralmente, esses tubos são diferentes dos tubos de água fria. Os de água
quente são identificados no mercado com cores diferentes como branco, azul ou
verde. Por se tratar de um material mais resistente, é ofertado no mercado com
um preço mais elevado do que o de água fria.
Além dos tubos, temos que usar as conexões com o mesmo material para ofe-
recer a mesma qualidade de resistência em toda a rede de água quente.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
84
b) conexões:
As conexões de água quente são as mesmas da água fria com a diferença de
possuírem mais resistência por suportar altas temperaturas. É aconselhável utili-
zar as conexões do mesmo fabricante da tubulação para garantir que o material é
o mesmo e assim ter a mesma dilatação.
Veja alguns exemplos dessas conexões na Figura 39.
c) metais:
Os metais para água quente são os mesmos usados para água fria. As torneiras
e registros de uma forma geral são os mesmos, com a diferença apenas na quan-
tidade de torneiras. Ao invés de possuir apenas uma, existem duas torneiras: uma
para a água fria e a outra para água quente, ambas são conectadas à tubulação,
permitindo assim controlar a temperatura da água com sua abertura.
5 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE
85
Hoje em dia, já existem alguns metais em que apenas uma peça controla a
temperatura, misturando água quente e fria.
d) louças sanitárias:
Quanto às louças, não existe nenhuma variação para uso exclusivo de água
quente. As que existem no mercado funcionam tanto para água quente quanto
para água fria.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
86
RECAPITULANDO
Anotações:
Instalações prediais de esgoto
Consiste numa rede de tubulação que recebe os esgotos residuais dos prédios
e o esgoto pluvial. Os dois tipos de esgoto são canalizados por uma única tubula-
ção até o sistema de tratamento.
Esse tipo de sistema apresenta algumas desvantagens como:
a) grande dimensão da tubulação;
b) maior tempo e custo para sua execução;
c) maior estação de tratamento;
d) capacidade ociosa1 da tubulação, em períodos de ausência de chuva;
e) refluxo para os prédios sem períodos de enchentes;
Esse sistema adota duas tubulações diferenciadas: uma para as águas residu-
ais e outra para águas pluviais. No Brasil é adotado esse sistema pela sua pratici-
dade na execução.
Assim como no sistema unitário, o esgoto é coletado e direcionado até uma
estação de tratamento, onde passa por várias etapas de descontaminação para
então ser despejado em algum rio. Esse sistema é mais utilizado pelas grandes
vantagens:
a) facilidade de execução e possibilidade de ampliação;
b) separação das águas residuais, facilitando o seu tratamento;
c) redução dos custos de execução e de tratamento;
d) não ocorre o refluxo para as residências em períodos de enchentes.
6 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO
91
SIFÃO OU
DESCONECTOR
FECHO HÍDRICO
2 PAVIMENTOS: c) ralos e ralos sifonados: são as peças instaladas no chão que servem para
receber as águas do chuveiro e lavagem dos pisos. Possuem uma grelha na
Piso do edifício.
parte superior permitindo apenas a passagem da água. Podem ser simples
ou sifonado;
Inclinação, desnível.
Fecho hídrico
Figura 41 - Sifões
Fonte: SENAI, 2013.
d) caixas sifonadas: são peças semelhantes aos ralos, diferente por possuir
maior profundidade e possibilidade de receber vários tubos de descarga. As
caixas são sifonadas para evitar o retorno dos gases das tubulações do esgo-
to. Geralmente usadas para chuveiros, lavatórios e banheiras;
e) ramal de descarga: é a tubulação que irá receber as águas residuais direta-
mente dos aparelhos sanitários;
f) ramal de esgoto: é a tubulação que recebe as águas dos ramais de descar-
gas ou das caixas sifonadas;
g) tubo de queda: é a tubulação vertical que recebe as águas do ramal de
esgoto geralmente em prédios de dois ou mais pavimentos2;
h) instalação primária de esgoto: são as tubulações que possuem os gases
que são originados do coletor público ou fossas;
i) instalação secundária de esgoto: são as tubulações em que os gases são
gerados por outras fontes diferente dos esgotos. Geralmente são tubulações
com dispositivos de sifões com fecho hídrico impedindo a passagem dos
gases;
j) subcoletor: é toda tubulação horizontal que recebe as águas do tubo de
queda ou então dos ramais de esgoto;
k) dispositivos de inspeção:
6 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO
93
- caixa de inspeção: como o nome já diz, é uma caixa que permite fazer ins
peção e manutenção para limpeza e desentupimentos, além de servir para
mudança de declividade3 e de direção. A distância máxima para uma caixa
da outra é de 25 m. Como recebe o esgoto primário, deve ser vedada para
não liberar os gases do esgoto;
- caixa de gordura: esta caixa recebe diretamente o esgoto que sai do ra-
mal da pia da cozinha. Sua função é reter a gordura que vem misturada à
água, através de um sifão, e a gordura mais leve flutua na primeira câmara,
evitando o acúmulo nas tubulações, permitindo uma limpeza periódica.
Veja a Figura 42;
Saída
Gordura
No sanitário 2:
a) lavatório;
b) vaso sanitário;
c) chuveiro.
Cozinha:
a) pia.
Área de serviço:
a) tanque;
b) máquina de lavar.
Por que conhecer os diâmetros dos ramais de descarga? Para que o sistema
funcione perfeitamente podendo ter a vazão suficiente evitando entupimentos
na rede. Lembre que o fluido do esgoto não tem a pressão como na água fria ou
quente. Esses diâmetros dos ramais de descarga podem ser obtidos pela Tabela
13
6 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO
95
DIÂMETRO DO
APARELHO
RAMAL (DN)
Banheira residencial 40
Bidê 40
Chuveiro 40
Lavatório 40
Pia de cozinha 50
Sanitários
Lavanderias
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
96
Com 1 tanque 40
Tubo de ventilação
Tubulação de água
Tubo de esgoto
DIÂMETRO
Nº DE UNIDADES NOMINAL
APARELHO HUNTER DE MÍNIMO DO
SANITÁRIO CONTRIBUIÇÃO RAMAL DE
(UHC) DESCARGA
(DN)
Banheira de
2 40
residência
Bebedouro 0,5 40
Bidê 1 40
Residencial 2 40
Chuveiro
Coletivo 4 40
Residencial 1 40
Lavatório
Coletivo 2 40
Válvula de descarga 6 75
Caixa de descarga 5 50
De calha 2 50
Pia cozinha
3 50
residencial
Tanque de lavar
3 40
roupas
Máquina de lavar
2 50
louças
Máquina de lavar
3 50
roupas
Número de
Diâmetro nominal Número de uni- Diâmetro nomi-
unidades
do ramal de dades Hunter de nal do ramal de
Hunter de
ventilação contribuição ventilação
contribuição
Até 12 40 Até 17 50
13 a 18 50 18 a 60 75
19 a 36 75 - -
Entrada Saída
Lodo
1,50m
Parede Parede
vazada vazada
Brita
infiltração
0,90m
infiltração
Dimensões internas
Número de Capacidade
pessoas Comprimento (litros)
Largura (m) Altura (m)
(m)
6.7.1 TUBOS
CASOS E RELATOS
6.7.2 CONEXÕES
RECAPITULANDO
Quando for feito o reaproveitamento da água da chuva, deve-se realizar o tratamento an-
tes. Geralmente, o reúso é feito para vasos sanitários e serviços de limpeza, mas caso o interes-
se seja em utilizar como água potável, o custo desse tratamento é caro.
A chuva hoje em dia é um grande problema para as cidades, uma vez que a grande con-
centração de edificações e de espaços pavimentados impossibilita o escoamento natural das
águas pluviais.
Nas edificações, as águas da chuva que caem no telhado são direcionadas para a rede de
esgoto pública, mesmo se elas não forem coletadas em calhas e conduzidas por tubos para os
esgotos.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
108
2 PERMEÁVEL:
A instalação pluvial será importante para coletarmos as águas da chuva que
cai no telhado e direcioná-las para os esgotos, mas é preciso alguns elementos
Que permite passar a água para o seu perfeito funcionamento, como as calhas, os tubos de descidas e a pró-
da chuva.
pria tubulação para direcionar a água.
a) telhado: os telhados serão os planos inclinados acima da edificação que
visam proteger a edificação das chuvas, que chamamos de água. O telhado
pode ser com beiral quando parte do telhado fica exposto, e com platibanda
que é o telhado escondido atrás de uma mureta1;
b) calhas de beiral: são os tubos que coletam as águas que caem no telhado
conduzindo até as tubulações de drenagem. Esses tubos não são cilindros
completos, são em formato de semicilindro para permitir a entrada da água
do telhado;
c) tubo de descida: são os tubos que fazem a ligação da calha descendo até
uma caixa de passagem ou a outra tubulação;
d) calha de piso: é uma calha como a do telhado, sendo fechada na parte su-
perior por uma grade. E tem a finalidade de receber a água do piso e direcio-
ná-la para uma caixa coletora;
e) caixa de passagem: caixa que fica no chão e recebe as tubulações de águas
pluviais e também serve de inspeção para eventual manutenção ou limpeza;
f) tubos de drenagem: são tubos com furos que ficam enterrados no chão,
geralmente embaixo de área permeável2, ou seja, enterrados no chão e ge-
ralmente em áreas de jardim para captar as águas que penetram no solo;
g) área de contribuição: é a soma das áreas que recebem as águas da chuva e
que depois são conduzidas por calhas até o local de despejo.
7 INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS
109
Você já viu aquela mancha na base de uma parede de fachada? Pois bem, a
mancha é provocada pela umidade intensa na parede por causa da falta de uma
calha que capte a água e direcione para um esgoto. Vamos aprender a dimensio-
nar uma calha para evitar essas manchas na parede?
Começamos com o cálculo da área de contribuição do telhado, que é a área do
telhado que receberá a chuva para em seguida vermos o cálculo da vazão dessa
água da chuva que cai no telhado e assim podermos dimensionar as calhas.
Cálculo da área de contribuição:
Ac =
( a+h
2 ( xb
Sendo:
Ac: área de contribuição (m²)
a: largura da água (plano do telhado) (m)
h: altura do telhado (m)
b: comprimento do telhado (m)
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
110
a
h
b
h
a
Q = i×Ac
Sendo:
Q = vazão de escoamento
i = intensidade de chuva na região para período de retorno de 5 anos
Ac = área de contribuição m²
Belo Horizonte -
74,01 94,49
MG
3 PLUVIOMÉTRICA:
AT – ÁREA DE TELHADO QUE AT – ÁREA DE TELHADO QUE
LOCALIDADES UM BOCAL RETANGULAR UM BOCAL CIRCULAR
Relacionado à chuva. PODE ESCOAR (M²) PODE ESCOAR (M²)
( ( ( (
Ac = a + h x b Ac = a + h x b
2 2
( ( ( (
Ac = 4,55 + 1,6 x 10,47 Ac = 5,24 + 1,6 x 9,10
2 2
Ac = 56,01m2 Ac = 54,96m2
Np = Ac Np = Ac
At At
Np = 56,01 Np = 54,96
74,01 74,01
Np = 0,75 Np = 0,74
As águas da chuva tanto caem no telhado como no chão, então, o que faze-
mos com essa água que cai no chão? Temos que coletá-la e direcioná-la para um
esgoto, assim não ficam as poças d’água paradas.
Para se dimensionar as calhas de piso para captar as águas das chuvas ou de
lavagem de pisos, deve-se ter primeiro o índice de intensidade pluviométrica3, ou
seja, a quantidade de chuva da região, calculada em milímetros por hora.
Esse índice de intensidade pluviométrica, você consegue na NBR 10844/89.
LOCAL 1 5 25
4 EMPOÇAMENTOS:
INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA (mm/h)
PERÍODO DE RETORNO (ANOS)
Poças d’águas.
LOCAL 1 5 25
Período de retorno de 1 ano será utilizado para áreas pavimentadas onde possam ter
alguns empoçamentos . Período de retorno de 5 anos, para ser utilizados em terraços.
Período de 25 anos, para ser utilizados em coberturas e áreas que não possam ter empo-
çamentos4.
Sendo:
N: número de tubos de saídas
V: vazão total (litros/segundo) da equação da vazão
Vtubo: vazão de cada tubo de drenagem (litros/segundo)
A Vtubo pode ser encontrada na Tabela 20 que contém a vazão dos tubos de
drenagem para diferentes declividades.
DECLIVIDADE %
DIÂMETRO
DO TUBO 0,5% 1,0% 1,5% 2,0% 3,0% 5,0% 10,0%
DE PVC (DN)
Vazão (l /s)
DECLIVIDADE %
Vazão (l /s)
Calha de piso
8,98 127 15,55 17,96 21,99 28,4 40,16
normal DN 130
Calha de piso
17,37 24,57 30,09 34,77 42,55 54,94 77,69
normal DN 200
Calha de piso
reforçada 1,27 1,8 2,2 2,54 3,12 4,02 5,69
130x75
Calha de piso
reforçada 8,98 12,7 15,55 17,96 21,99 28,4 40,16
130x148
1o Área do terreno 2o
S = 17 x 28 = 478 m2 V = (H x S)
S = 478 m2 3600
Pela tabela de vazão dos tubos de drenagem para diferentes V = 22,17 l/s
declividades consideraremos DN de 100 com declividade de 1%
V tubo = 3,9%
3o Cálculo para o número de saída de calha 4o Cálculo da vazão por trecho de calha
N= V V = 22,17
trecho
Vtubo 6
N = 6 saídas
17 m
7.4.1 TUBOS
Os tubos para águas pluviais têm a função de coletar as águas das chuvas e
conduzi-las para a rede pública, separadamente da rede de esgoto. As águas plu-
viais são despejadas em rios, lagoas ou no mar. Não existe um sistema de trata-
mento para água pluvial. Os tubos são feitos com PVC e eles devem ter diâmetro
interno de, no mínimo, 70 mm, como determina a NBR 10844/89.
Os tubos de PVC, apesar da sua resistência aos efeitos da radiação solar, devem
estar embutidos no piso e/ou paredes, porém, nos casos de condutores verticais,
ou até mesmo das calhas em PVC, pode ser que não haja condição de deixá-los
embutidos, portanto, deve-se sempre fazer manutenção periódica da rede de
águas pluviais.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
118
Nos casos de tubos para condutores horizontais no piso, estes devem estar sim
embutidos no piso para evitar danificação.
CASOS E RELATOS
7.4.2 CONEXÕES
RECAPITULANDO
1 ABUNDÂNCIA: Os estudos mostram que uma pessoa utiliza diariamente 200 l de água por
dia. Essa quantidade de água pode ser usada para o nosso uso, mas seria muito
Em grande quantidade.
melhor se parte desses 200 l viesse de um reúso de água. Diminuiríamos a ne-
cessidade de usarmos 200 l de água potável. Segundo o livro de Hélio Creder,
encontramos os percentuais de consumo de água apontados no Quadro 1, nas
nossas residências:
2 DILUIÇÃO:
Por este quadro com os percentuais de consumo, vemos que 200 l de água
potável vai ser utilizada para limpar o vaso. Mas se ao invés de água potável uti-
lizássemos a água do chuveiro que iria para o esgoto, poderia ir para um vaso
sanitário.
Atualmente, várias instituições, pelo Brasil e pelo mundo, vêm investindo em
novas tecnologias e estudos para criar um sistema eficiente de reúso de água
cinza, as águas provenientes de banhos, lavagem de roupa e pias de sanitários.
Todo esse investimento serve para trazer benefícios à natureza uma vez que pre-
cisaremos de menos água potável para o nosso consumo.
Temos três tipos de reúso de água, sendo que dois são para atender a popula-
ção inteira de uma cidade e um que atende apenas a residência:
a) reúso indireto não planejado: ocorre quando a água utilizada pelo con-
sumo humano é despejada nos corpos de água, como rios, e é usada mais
adiante sem ter passado por nenhum tipo de tratamento, apenas o natural
como diluição2 e autodepuração3;
8 SISTEMAS DE CAPTAÇÃO E REÚSO DE ÁGUA
123
CIDADE B
CIDADE A
CIDADE B
CIDADE A
CHUVA
VASO
SANITÁRIO
RESERVATÓRIO
Uma forma atual e barata de reúso são as águas de chuva captadas, que po-
dem ser reutilizadas como tecnologia sustentável para reduzir o consumo de
água potável em edificações.
O sistema consiste em captar a água da chuva para conduzi-la a um reser-
vatório que é denominado de cisterna, construída, geralmente, abaixo do solo.
A cisterna, abaixo do solo, mantém a temperatura da água resfriada evitando a
proliferação de bactérias e algas, conservando a água armazenada em melhores
condições de uso.
O reúso da água pode diminuir, em 30%, o custo de uma conta de água, ape-
nas com a reutilização em vasos sanitários. Isso se deve ao custo, ainda baixo para
o sistema de reúso em relação ao de água potável, em que o tratamento da água
é mais alto.
Toda água, independente da origem, chuva ou esgoto, deve ser tratada, ade-
quadamente, seguindo as orientações da NBR 15527/2007.
8 SISTEMAS DE CAPTAÇÃO E REÚSO DE ÁGUA
125
RESERVATÓRIO
POTÁVEL
TELHADO
RESERVATÓRIO
REUSO
CAPTAÇÃO DE CHUVA
CALHA
VASO
TUBULAÇÃO SANTÁRIO
FILTRO
BOMBA ELEVATÓRIA
RESERVATÓRIO
RECAPITULANDO
Com o passar dos anos, fomos evoluindo, tornando nossos cálculos cada vez mais comple-
xos diante de uma necessidade de transformação dos costumes.
Vemos, por exemplo, os cálculos para um projeto, no qual temos cálculo estrutural, cálculo
hidráulico e elétrico. São muitos dimensionamentos existentes em um único projeto. Quanto
mais complexo o projeto, maior a demanda de cálculos e maior o tempo gasto para a execução
dessa tarefa.
Imaginemos também que toda essa complexidade exige uma atenção e cuidado para evitar
erros. Um projeto não deve ser iniciado se apresenta um erro, por menor que ele seja. O erro
pode representar um gasto a mais do que o previsto, sem falar na perda de tempo.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
130
Em nossa evolução, passamos dos cálculos feitos à mão para a máquina de cal-
cular. Como a tecnologia facilita a nossa vida, facilita também os serviços dos pro-
fissionais da engenharia. Assim que surgiu o personal computer (PC), que significa
computador pessoal, surgiram também os sistemas operacionais. Esses sistemas,
denominados softwares, dão suporte para os programas operarem.
Confira na Figura 52 um exemplo de um computador doméstico da primeira
geração, em que podemos observar uma CPU ligada a uma televisão comum e a
um gravador antigo de fita cassete para armazenar os dados, ao invés de um CD.
NOTEBOOK
COMPUTADOR PESSOAL
COMPACTO E PORTÁTIL
Hoje em dia, os softwares específicos para projetos de hidráulica são cada vez
mais utilizados pelos profissionais e pelos escritórios, porque facilitam a execução
dos projetos, otimizando os cálculos para dimensionamento de tubulações.
Anteriormente, os cálculos eram feitos manualmente e se perdia muito tempo
para dimensionar o projeto por meio dos recursos dos ábacos e fórmulas. E mui-
tas vezes, no próprio processo do cálculo, era necessário refazer até chegar a um
resultado que viabilizasse o projeto.
Agora, a vantagem dos softwares sobressai, porque basta alimentá-los com os
dados do projeto, que o próprio programa já vai produzindo o dimensionamento
rapidamente e com uma garantia de acerto muito maior, aumentando a produ-
tividade.
Geralmente, esses programas se utilizam de representação gráfica 3D, a qual
possibilita um resultado bem concreto, facilitando o entendimento para todos
os envolvidos com o projeto. Essa vantagem substitui os desenhos manuais das
perspectivas isométricas.
Além disso, a automatização dos cálculos já é baseada nas orientações das
normas da ABNT e as tubulações e conexões são lançadas diretamente na pers-
pectiva isométrica virtual e fornecendo as quantidades de tubos e conexões.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Desenhos de instalações
hidrossanitárias
10
Você agora aprenderá sobre o projeto de hidráulica, conhecido como projeto hidrossani-
tário.
Nos capítulos anteriores, aprendemos os cálculos para um projeto de uma residência de 2
quartos, com 3 sanitários, sala, cozinha e área de serviço. No mesmo exemplo de edificação, co-
nhecemos, também, a instalação de água quente com aquecedor solar, e este projeto hidros-
sanitário também mostrará a instalação de água quente com seus elementos constituintes,
como vimos no capítulo 5.
O projeto hidráulico só deve ser começado depois que o profissional tiver em suas mãos
o projeto arquitetônico com as definições de corte, representando as alturas de telhado e de
pé-direito.
Como você pôde ver nos cálculos anteriores, todas as medidas da edificação são importan-
tes como dados para a realização dos cálculos. É importante obter os jogos completos de plan-
tas da edificação como planta baixa, cortes e fachadas para o caso das instalações de calhas e
drenos de água pluvial do telhado.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
138
10.1 SIMBOLOGIAS
9.10
0.15 3.00 0.15 1.50 0.15 1.25 1.50 1.25 0.15
Proj. cobertura
0.50x0.50 1.50x1.20
h=1.80 h=90
0.15
0.15
Cozinha Quarto
h=90
3.50
10.65m2 14.20m2
0.80x2.10
0.60x2.10
Hall
1.20x2.10 1.50m2 78.10 .15
1.95
0.15
Proj. cobertura
A A
1.50x1.20
150
Sala
3.50
h=90
0.80x2.10
Proprietário
0.75 1.50 3.40 1.50 0.75 0.80 0.25
Local
Planta Folha
PLANTA BAIXA 1/7
Data Escala Desenho
10.3 CORTES
Nas pranchas, ou seja, nos papéis onde está desenhado o projeto, que repre-
sentam os cortes, teremos as definições das alturas da edificação, importante
para cálculos de vazão de água pluvial e definição do posicionamento de placas
solares do aquecimento e a posição da caixa d’água.
1,14
.46
.15
solar
Placa
Resp. Técnico
Projeto
EDIFÍCIO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR
PROJETO ARQUITETÔNICO
Proprietário
Local
Planta Folha
CORTES 2/7
Data Escala Desenho
Resp. Técnico
Projeto
EDIFÍCIO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR
PROJETO ARQUITETÔNICO
Proprietário
Local
Planta Folha
FACHADA 1 1/7
Data Escala Desenho
CORTE B-B
Resp. Técnico
Projeto
EDIFÍCIO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR
PROJETO ARQUITETÔNICO
Proprietário
Local
Planta Folha
PROJETO HIDRÁULICO 7/7
Data Escala 1/50 Desenho
Depois de ter feito todos os cálculos a partir das informações obtidas no proje-
to da residência, é necessário fazer o projeto hidrossanitário para orientar na ins-
talação das tubulações. Geralmente, a instalação segue exatamente o que manda
o projeto. Pequenas alterações de posições podem acontecer, desde que não ve-
nham a interferir na eficiência do projeto.
10.4 DETALHES
Resp. Técnico
Projeto
EDIFÍCIO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR
PROJETO ARQUITETÔNICO
Proprietário
Local
Planta Folha
PROJETO HIDRÁULICO 4/7
Data Escala Desenho
INSTALAÇÃO DO RESERVATÓRIO
Tampa
EXTRAVASOR
ALIMENTAÇÃO DA RUA
BARRILETES
ÁGUA QUENTE
Abastece Abastece
BARRILETES
ÁGUA FRIA
REGISTRO DE GAVETA Limpeza REGISTRO DE GAVETA
LIGAÇÃO EM MURO
REGISTRO ESFERA HIDRÔMETRO
COTOVELO COTOVELO
CONJUNTO VIROLA
COTOVELO
COTOVELO
Figura 62 - Hidrômetro
Fonte: SENAI, 2013.
10.5 ISOMÉTRICO
BOILER RESERVATÓRIO
SANITÁRIO
SOCIAL
SANITÁRIO COZINHA
SERVIÇO
SANITÁRIO
Planta Folha
PROJETO ISOMÉTRICO 1/7
Data Escala Desenho
m
SUÍTE CASAL 20
m SANITÁRIO SOCIAL
TUB. PVC ÁGUA FRIA
TUB. PVC ÁGUA QUENTE
VASO SANITÁRIO
CH
CHUVEIRO
20 mm
CH
L LAVATÓRIO
D DUCHA HIGIÊNICA
20 mm
P PIA
TUB. PVC ÁGUA FRIA T TANQUE
TUB. PVC ÁGUA QUENTE ML MAQ. DE LAVAR
VASO SANITÁRIO
mm
CH CHUVEIRO
20
20 mm
L LAVATÓRIO
m
m
D DUCHA HIGIÊNICA
20 mm
20
CH
P PIA
20 mm
T TANQUE
MAQ. DE LAVAR
m
ML
m
20 mm
20
m
m
20
L
20 mm
20 mm
20 mm
L
20 mm
20 mm
D
CH
20 mm
D
m
m
20 mm
20
20 mm
COZINHA
m
m
25
25 mm
CH CHUVEIRO
L LAVATÓRIO
D DUCHA HIGIÊNICA
20 mm
P PIA
P T TANQUE
ML MAQ. DE LAVAR
m
m
25
m
m
m
25
m
25
CHUVEIRO
20 mm
CH
L LAVATÓRIO
D DUCHA HIGIÊNICA L
CH CHUVEIRO
20 mm
L LAVATÓRIO
D DUCHA HIGIÊNICA
P PIA
m
m
T TANQUE
20
ML
T ML MAQ. DE LAVAR
20 mm
CASOS E RELATOS
C.I. C.I.
C.I. C.I.
CRS
CRS
VENTILAÇÃO
VENTILAÇÃO
CR
CR
CRS
CR
VENTILAÇÃO
CR
CRS C.I.
VENTILAÇÃO
C.I.
A = 10,50m2
COZINHA
C.C.
A = 10,50m 2
COZINHA
C.C.
Resp. Técnico
Projeto CRS
CR
EDIFÍCIO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR
VENTILAÇÃO
Proprietário A = 10,50m 2
COZINHA
Local C.C.
Planta Folha
FACHADA 1 1/7
Data Escala Desenho
C.I.
CRS
VENTILAÇÃO CRS
CR
VENTILAÇÃO
C.I.
CR
A = 10,50m2
COZINHA
C.C.
2
A=3,72 m
A SERV
C. I.
VENTILAÇÃO
PLANTA BAIXA
CORTE CORTE
PLANTA BAIXA PLANTA BAIXA
FOSSA SÉPTICA
CORTE
CORTE
CORTE
PLANTA BAIXA
PLANTA BAIXA
Resp. Técnico
Projeto
EDIFÍCIO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR
PROJETO ARQUITETÔNICO
Proprietário
Local
Planta Folha
PROJETO SANITÁRIO 6/7
Data Escala Desenho
RECAPITULANDO
Anotações:
Instalações para combate
a incêndio
11
Alguns critérios devem ser bem observados e estudados para a elaboração do projeto de
um edifício:
a) a previsão de água no reservatório para a extinção do incêndio por meio do uso das man-
gueiras localizadas nos quadros de incêndio;
b) a instalação do sistema sprinklers (combate de incêndio por sistema automático) exis-
tente em algumas edificações de uso comercial. Esse sistema consiste de equipamentos
instalados no teto dos ambientes que com o aumento da temperatura dispara o jato de
água com a finalidade de debelar o fogo;
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
156
1 EVACUAÇÃO:
Saída de um espaço,
ambiente.
CASOS E RELATOS
areia
SÓLIDOS
pó químico seco B e C e alguns D
água em jato A
água em neblina A
LÍQUIDOS
água super nebulizada ou water mist A
espuma A ou B
11 INSTALAÇÕES PARA COMBATE A INCÊNDIO
159
nitrogênio
GASOSOS
hidrocarbonetos halogenados
GÁS
TIPO DE AGENTE PÓ QUÍMICO ÁGUA
CARBÔNICO
CLASSE A
Não
- MADEIRA; Não recomendável Excelente
- PAPEL; recomendável
- TECIDO.
CLASSE B
CLASSE C
RECAPITULANDO
12
Pois bem, além desse sistema de instalação de gás ainda temos dois tipos de instalação
predial de gás: gás GLP e gás GN.
a) Gás GLP
Neste sistema, a instalação de gás predial consiste de botijões no térreo em local arejado e
protegido, seguindo as normas rigorosas de segurança por se tratar de gás combustível e in-
flamável. Esses botijões de tamanhos consideráveis são abastecidos por caminhões, contendo
em seu interior gás armazenado com pressão.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
164
O abastecimento também deve ser feito com pessoal bem qualificado e trei-
nado para casos que ocorram acidentes. Todas as regras são orientadas segundo
as normas de segurança, transporte e armazenamento de gás combustível.
a) Gás GLP
Este gás é inodoro e incolor, ou seja, não apresenta cheiro e nem cor, respecti-
vamente. É mais denso que o ar atmosférico, e quando vaza dos recipientes ten-
dem a ficar na camada mais próxima ao chão.
Seu poder calorífico é muito bom, de 11.500 Kcal/m² apresentando uma cha-
ma azulada. Não é um gás tóxico, no entanto, quando ingerido em grande quan-
tidade pode anestesiar o indivíduo.
b) Gás Natural
Como características, o GN é inodoro e incolor e, como dito antes, não é um
produto tóxico. É um gás mais leve que o ar, significando que tem uma densidade
menor que a do ar atmosférico.
Para a sua distribuição é necessário que esteja a uma pressão de 200mca/se-
gundo, como determina a norma.
A sua chama é de coloração azul, tem uma característica uniforme, firme e tem
um bom poder calorífico de 9.400Kcal/m².
12.2 LEGISLAÇÃO
Assim como qualquer projeto predial, o primeiro elemento que devemos ter
é a quantidade necessária de gás para abastecer os equipamentos a gás de um
prédio.
A partir do volume necessário, determina-se a quantidade de reservatórios,
isso se for para gás GLP. Determinando a quantidade, verifica-se o melhor local
para instalação dos recipientes, verificando a facilidade para o abastecimento, a
segurança e o acesso à manutenção que é muito pouca, mas às vezes necessária.
Depois de determinado o local dos recipientes, o próximo passo é fazer as
linhas de tubulações que irão subir até os pavimentos, e de cada pavimento dis-
tribuir às unidades residenciais abastecendo cada equipamento a gás.
Assim que a tubulação chega a uma residência, ela passa por um quadro de
medição que contabiliza o consumo individual de cada apartamento. Em alguns
casos, não existe esse quadro individual. A medição é feita de uma forma geral
para o prédio e o custo do consumo é rateado1 para o condomínio inteiro.
12 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS
167
Mesmo o local sendo arejado, ele deve ser protegido para evitar que cigarros
e fósforos atinjam os recipientes.
O GLP é mais denso que o ar, então ele tende a descer e se acumular próximo
ao chão. Neste caso, quando há necessidade, de criar um espaço isolado e fecha-
do para os recipientes de gás, é aconselhável ter uma ventilação o mais próximo
do chão, assim o gás vai sendo liberado e dissipado na atmosfera.
Já no caso do GN, ele é mais leve que o ar, por isso a ventilação deve ser sem-
pre na parede superior e assim facilita a sua dispersão na atmosfera.
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS, INCÊNDIO E GÁS
168
RECAPITULANDO
Anotações:
REFERÊNCIAS
A
Abundância 121
Água encanada 33
Água potável 31
Águas pluviais 31, 32
Arejado 161, 165
Autodepuração 122
C
Combustão 36
D
Declividade 93
Descontaminação 126
Destilada 27
Diâmetro 47, 48, 49, 51, 52, 54, 56, 63
Difere 42
Diluição 122
Dissipa-se 36
E
Embolo 20
Embutido 35
Empoçamentos 114
Empuxo 20, 24, 25, 26, 27, 28, 29
Estável 36
Evacuação 156
F
Força da gravidade 24
G
Galvanizado 48, 56
Gravidade 24, 25
H
Hidrantes 35
I
Inverso 26
M
Manuseio 32, 35, 36, 37
Mureta 108
O
Obstrução 100
Ociosa 90
Oneroso 126
Oxidação 56
P
Parâmetro 31
Pavimentos 92, 100
Pêndulo 42
Permeável 108
Pistão 68, 78
Pluviométrica 113
R
Rateado 166
Resíduos 42
Retrosifonagem 47
S
Serpentina 66, 69, 70
Submerso 25
Sumidouro 101
T
Tensão 19
V
Vandalismo 55
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Marcelle Minho
Coordenação Educacional
André Costa
Coordenação de Produção
FabricO
Revisão Ortográfica e Gramatical
Vanessa de Souza Lemos
Revisão de Padronização e Diagramação
Leonardo Silveira
Diagramação e Fechamento de Arquivo
FabricO
Normalização
i-Comunicação
Projeto Gráfico