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Metrologia e
instrumentação
aplicadas a
petróleo e gás
sÉRIE PETRÓLEO E GÁS
Metrologia e
instrumentação
aplicadas a
petróleo e gás
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
Metrologia e
instrumentação
aplicadas a
petróleo e gás
© 2014. SENAI – Departamento Nacional
Reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia
autorização, por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI do
Rio de Janeiro, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
Ficha Catalográfica
Catalogação-na-Publicação (CIP) – Brasil
Biblioteca Artes Gráficas – SENAI-RJ
S491m
SENAI/DN.
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás / SENAI/DN [e]
SENAI/RJ. – Brasília : SENAI/DN, 2014.
168 p. : il. ; 29,7 cm. – (Série Petróleo e Gás).
ISBN 978-85-7519-602-1
CDD: 665.5
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 – Planta de processo para miniqueimador..............................................................................................15
Figura 2 – Símbolos e números formam as grandezas físicas............................................................................19
Figura 3 – Definição de jarda..........................................................................................................................................21
Figura 4 – Relação entre as unidades de medida do sistema inglês...............................................................21
Figura 5 – Instrumentos de medição dimensional.................................................................................................23
Figura 6 – Símbolo do ILAC.............................................................................................................................................23
Figura 7 – Cadeia de rastreabilidade...........................................................................................................................24
Figura 8 – Diagrama de causa e efeito aplicado a confirmação metrológica...............................................25
Figura 9 – Constatação da calibração do equipamento.......................................................................................26
Figura 10 – Etiquetas de controle interno de calibração ....................................................................................27
Figura 11 – Modelo de certificado de calibração....................................................................................................30
Figura 12 – Bloco padrão retangular ..........................................................................................................................32
Figura 13 – Paquímetro analógico e paquímetro digital.....................................................................................35
Figura 14 – Paquímetro: características e aplicações............................................................................................35
Figura 15 – Características do micrômetro...............................................................................................................36
Figura 16 – Relógio comparador..................................................................................................................................37
Figura 17 – Relógio comparador montado com o súbito....................................................................................37
Figura 18 – Surgimento de uma norma.....................................................................................................................38
Figura 19 – Com as normas, o mundo está conectado........................................................................................38
Figura 20 – Símbolo de acreditação do Inmetro.....................................................................................................40
Figura 21 – Na plataforma de petróleo, a instrumentação.................................................................................43
Figura 22 – Sala de controle com instrumentos de medição.............................................................................45
Figura 23 – Operação do sistema de aquisição de dados...................................................................................46
Figura 24 – Sistema supervisório..................................................................................................................................47
Figura 25 – Arquitetura de uma rede industrial......................................................................................................48
Figura 26 – Manômetro com contato elétrico.........................................................................................................56
Figura 27 – Escala de instrumento analógico..........................................................................................................58
Figura 28 – Manômetro analógico...............................................................................................................................61
Figura 29 – Manômetro tipo U......................................................................................................................................63
Figura 30 – Manômetro elástico...................................................................................................................................65
Figura 31 – Manômetro elástico bourdon tipo C....................................................................................................66
Figura 32 – Manômetro de pressão diferencial tipo bourdon em C................................................................66
Figura 33 – Manômetro tipo hélice ou espiral.........................................................................................................67
Figura 34 – Manômetro com enchimento com glicerina....................................................................................68
Figura 35 – Tipos de amortecedores de vibração de um manômetro............................................................68
Figura 36 – Sensor capacitivo........................................................................................................................................68
Figura 37 – Nível do reservatório..................................................................................................................................71
Figura 38 – Medição com régua e boia......................................................................................................................72
Figura 39 – Visor de vidro tubular................................................................................................................................72
Figura 40 – Medidor tipo pressão................................................................................................................................73
Figura 41 – Tanque aberto – Nível máximo e mínimo..........................................................................................74
Figura 42 – Tanque fechado...........................................................................................................................................75
Figura 43 – Volume de água no reservatório...........................................................................................................76
Figura 44 – Termômetro de capela..............................................................................................................................79
Figura 45 – Relação entre as grandezas.....................................................................................................................79
Figura 46 – Termômetro de bulbo................................................................................................................................80
Figura 47 – Sensor Pt-100...............................................................................................................................................81
Figura 48 – Pt-100 de dois fios.......................................................................................................................................83
Figura 49 – Pt-100 de três fios........................................................................................................................................84
Figura 50 – Experiência de Seebeck............................................................................................................................84
Figura 51 – Experiência de Peltier................................................................................................................................85
Figura 52 – Efeito Thomson............................................................................................................................................85
Figura 53 – Lei do Circuito Homogêneo....................................................................................................................85
Figura 54 – Lei das Temperaturas Intermediárias...................................................................................................86
Figura 55 – Lei do Metal Intermediário......................................................................................................................86
Figura 56 – Junção termopar.........................................................................................................................................87
Figura 57 – Junção a frio..................................................................................................................................................87
Figura 58 – Circuito do termopar.................................................................................................................................88
Figura 59 – Termopares convencionais......................................................................................................................88
Figura 60 – Curvas características de termopares..................................................................................................90
Figura 61 – Cores dos termopares................................................................................................................................91
Figura 62 – Cores dos cabos de extensão..................................................................................................................92
Figura 63 – Cores e temperaturas dos termopares................................................................................................92
Figura 64 – Transmissor de temperatura ..................................................................................................................93
Figura 65 – Medidor de vazão (Coriolis) ....................................................................................................................95
Figura 66 – Placas de orifício..........................................................................................................................................96
Figura 67 – Placa de orífício numa tubulação..........................................................................................................98
Figura 68 – Tubo Venturi .................................................................................................................................................99
Figura 69 – Tubo clássico ..............................................................................................................................................99
Figura 70 – Tubo retangular ........................................................................................................................................99
Figura 71 – Tubo de Pitot.............................................................................................................................................. 101
Figura 72 – Annubar....................................................................................................................................................... 102
Figura 73 – Medidor tipo turbina.............................................................................................................................. 103
Figura 74 – Recomendação de montagem do medidor de vazão tipo turbina....................................... 104
Figura 75 – Simbologia do vórtex conforme ISA S 5.1....................................................................................... 105
Figura 76 – Medidor tipo vórtex................................................................................................................................ 105
Figura 77 – Erro e número de Reynolds ................................................................................................................. 106
Figura 78 – Medidor tipo vórtex com redundância............................................................................................ 107
Figura 79 – Simbologia do ultrassom conforme ISA S 5.1................................................................................ 108
Figura 80 – Estrutura do Coriolis................................................................................................................................ 109
Figura 81 – Modelos de Coriolis................................................................................................................................. 109
Figura 82 – Força de Coriolis....................................................................................................................................... 111
Figura 83 – Medidor de magnético de vazão ....................................................................................................... 112
Figura 84 – Válvula de controle.................................................................................................................................. 115
Figura 85 – Válvula de controle pneumática......................................................................................................... 118
Figura 86 – Malha de controle.................................................................................................................................... 119
Figura 87 – Modelo de válvula globo....................................................................................................................... 119
Figura 88 – Componentes da válvula globo.......................................................................................................... 120
Figura 89 – Tipos de corpo – válvula globo........................................................................................................... 120
Figura 90 – Modelo de válvula gaiola...................................................................................................................... 121
Figura 91 – Tipos de obturadores internos............................................................................................................ 121
Figura 92 – Válvulas de deslocamento rotativo.................................................................................................... 122
Figura 93 – Válvulas de controle................................................................................................................................ 123
Figura 94 – Tipos de castelos....................................................................................................................................... 125
Figura 95 – Castelo normal.......................................................................................................................................... 125
Figura 96 – Tipos de atuador....................................................................................................................................... 126
Figura 97 – Alteração do obturador e sede da válvula...................................................................................... 127
Figura 98 – Esquema de montagem de uma válvula auto-operada............................................................ 128
Figura 99 – Na planta, o controle do processo..................................................................................................... 131
Figura 100 – Malha aberta........................................................................................................................................... 132
Figura 101 – Malha fechada......................................................................................................................................... 133
Figura 102 – Ação on-off............................................................................................................................................... 134
Figura 103 – Ciclo de abertura e fechamento do contato do termostato.................................................. 134
Figura 104 – Reservatório com o nível – saída 50%............................................................................................ 136
Figura 105 – Reservatório com o nível – saída 60%............................................................................................ 137
Figura 106 – Valor da ação integral........................................................................................................................... 139
Figura 107 – Refinaria em operação......................................................................................................................... 143
Figura 108 – Condutibilidade térmica de gases e vapores.............................................................................. 144
Figura 109 – Análise de gases e o espectro eletromagnético......................................................................... 146
Figura 110 – Tipo dispersante..................................................................................................................................... 147
Figura 111 – Tipo não dispersante............................................................................................................................ 147
Figura 112 – Gráfico de analisador contínuo........................................................................................................ 148
Figura 113 – Gráfico de um espectrômetro........................................................................................................... 148
Figura 114 – Efeito Quincke......................................................................................................................................... 149
Figura 115 – Células eletroquímicas........................................................................................................................ 150
Figura 116 – Concentração de oxigênio no ar atmosférico............................................................................ 151
Figura 117 – Mistura e separação de pigmentos................................................................................................ 152
Figura 118 – Classificação da cromatologia.......................................................................................................... 153
Figura 119 – Interpretação dos gráficos da cromatografia gasosa.............................................................. 154
Figura 120 – Malha de realimentação..................................................................................................................... 157
Figura 121 – Controle em cascata............................................................................................................................ 158
Figura 122 – Controle de relação.............................................................................................................................. 158
Figura 123 – Controle de range dividido............................................................................................................... 159
Figura 124 – Processo variável................................................................................................................................... 161
Figura 125 – Variação amortecida............................................................................................................................ 162
Figura 126 – Ganho proporcional crítico e o tempo......................................................................................... 163
Sumário
1. Introdução........................................................................................................................................................................15
2. Sistemas de grandezas................................................................................................................................................19
2.1 Sistema métrico ou Sistema Internacional (SI)..................................................................................20
2.2 Sistema inglês ...............................................................................................................................................20
2.3 Introdução à Metrologia Dimensional..................................................................................................22
2.3.1 Campo de aplicação.................................................................................................................23
2.3.2 Termos e definições...................................................................................................................23
2.3.3 Comprovação metrológica.....................................................................................................25
2.3.4 Certificado de calibração........................................................................................................28
2.4 Conversão de unidades..............................................................................................................................31
2.4.1 Algumas conversões de unidades comumente utilizadas no petróleo e gás ����32
2.5 Múltiplos e submúltiplos...........................................................................................................................33
2.6 Instrumentos de medida (medidas lineares)......................................................................................34
2.7 Noções de normas e legislação aplicada à Metrologia...................................................................38
2.7.1 Normas internacionais.............................................................................................................39
2.7.2 Normas na metrologia.............................................................................................................40
3. Introdução à instrumentação....................................................................................................................................43
3.1 Métodos de classificação de instrumentos de medição................................................................44
3.2 Histórico dos sistemas de controle........................................................................................................45
3.2.1 Controle manual (local)...........................................................................................................45
3.2.2 Controle centralizado...............................................................................................................45
3.2.3 Controle digital...........................................................................................................................45
3.2.4 Elementos de um sistema de instrumentação/automação.......................................49
3.2.5 Critérios gerais para instrumentação de uma planta industrial................................54
3.3 Conceitos de medição................................................................................................................................55
3.3.1 Limites do instrumento de medição...................................................................................56
3.3.2 Range ou banda de medição.................................................................................................57
3.3.3 Span ...............................................................................................................................................57
3.3.4 Erro..................................................................................................................................................57
3.3.5 Repetitividade ............................................................................................................................58
3.3.6 Zona morta...................................................................................................................................58
3.3.7 Sensibilidade...............................................................................................................................58
4. Pressão...............................................................................................................................................................................61
4.1 Pressão atmosférica.....................................................................................................................................62
4.2 Pressão manométrica ou pressão relativa positiva..........................................................................62
4.3 Vácuo ou pressão relativa negativa.......................................................................................................62
4.4 Pressão absoluta...........................................................................................................................................62
4.5 Pressão estática.............................................................................................................................................63
4.6 Pressão dinâmica..........................................................................................................................................63
4.7 Medidores de pressão................................................................................................................................63
4.7.1 Medidores de pressão de coluna líquida..........................................................................63
4.7.2 Medidores de pressão elásticos............................................................................................64
4.7.3 Manômetro tipo bourdon em C...........................................................................................66
4.7.4 Manômetro de pressão diferencial tipo bourdon em C..............................................66
4.7.5 Manômetro com bourdon tipo hélice ou espiral...........................................................67
4.7.6 Instalação de manômetros.....................................................................................................67
4.8 Sensor capacitivo.........................................................................................................................................68
5. Nível ...................................................................................................................................................................................71
5.1 Métodos de medição de nível para líquidos......................................................................................72
5.1.1 Medição direta............................................................................................................................72
5.1.2 Medição de nível indireta.......................................................................................................73
6. Temperatura ...................................................................................................................................................................79
6.1 Termômetro tipo bulbo..............................................................................................................................80
6.2 Termorresistências.......................................................................................................................................81
6.2.1 Instalação de um Pt-100..........................................................................................................83
6.2.2 Ligação de um Pt-100 de dois fios.......................................................................................83
6.2.3 Ligação de um Pt-100 de três fios........................................................................................84
6.3 Efeitos termoelétricos.................................................................................................................................84
6.4 Junções............................................................................................................................................................87
6.4.1 Junção termopar........................................................................................................................87
6.4.2 Junção a frio na condição de referência............................................................................87
6.4.3 Cabos de extensão....................................................................................................................87
6.4.4 Cabos de compensação...........................................................................................................88
6.5 Circuito do termopar...................................................................................................................................88
6.5.1 Termopares convencionais.....................................................................................................88
6.5.2 Termopar de isolação mineral (exigência N-1882).........................................................89
6.5.3 Curvas características de termopares.................................................................................90
6.6 Transmissores de temperatura ...............................................................................................................93
7. Medição de vazão..........................................................................................................................................................95
7.1 Princípios e definições................................................................................................................................95
7.2 Classificação dos instrumentos de vazão............................................................................................96
7.2.1 Elementos primários deprimogênios.................................................................................96
7.3 Aplicações de cada tipo de placa...........................................................................................................97
7.3.1 Vazão teórica................................................................................................................................98
7.3.2 Tubo Venturi.................................................................................................................................99
7.3.3 Tubo de Pitot............................................................................................................................ 100
7.3.4 Annubar...................................................................................................................................... 102
7.3.5 Medidor de vazão tipo turbina.......................................................................................... 103
7.4 Instrumentos de medição de velocidade......................................................................................... 104
7.4.1 Medição de vazão por vórtices (vórtex)......................................................................... 104
7.4.2 Medidor tipo vórtex............................................................................................................... 105
7.4.3 Medidor tipo vórtex: erro e número de Reynolds....................................................... 106
7.4.4 Medição de vazão por ultrassom ou ultrassônico...................................................... 107
7.4.5 Medição baseada no princípio de tempo de trânsito............................................... 108
7.4.6 Medição de vazão por Coriolis........................................................................................... 109
7.4.7 Medidor de magnético de vazão...................................................................................... 112
8. Válvulas........................................................................................................................................................................... 115
8.1 Classificação quanto à finalidade e ao tipo...................................................................................... 115
Referências......................................................................................................................................................................... 165
Introdução
Senai-RJ
Atualmente, com o vislumbramento do pré-sal e com a exploração das grandes bacias petro-
líferas1, o Brasil se consolidou como um mercado forte, competitivo e promissor no cenário glo-
balizado da indústria dos combustíveis fósseis e, de acordo com a lei da procura e oferta, quan-
to mais promissor é o mercado, maior é a necessidade de mão de obra qualificada para traba-
lhar na produção, armazenamento e refino do petróleo. Nessa unidade curricular, estudaremos
técnicas básicas que constroem uma base forte e alicerçada para a interação do técnico em pe-
tróleo e gás com plantas produtivas.
Dentre as diversas variáveis dos processos produtivos de Petróleo e Gás, podemos destacar
a vazão, temperatura e pressão (variáveis apresentadas na Figura 1) que atuam sobre os proces-
sos produtivos de forma conjunta e influenciam diretamente no produto acabado, ou seja, são
de vital importância para a sobrevivência das plantas produtivas do seu segmento de atuação.
Portanto, como técnicos da área, devemos e iremos conhecer as definições, instrumentos, mé-
todos de medição, técnicas de transmissão e controle e características metrológicas aplicáveis
à área de Petróleo e Gás.
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
16
1
petrolífera Os conhecimentos disponíveis nesse livro didático são de grande importância
Indústria de petróleo. para o desenvolvimento e compreensão de diversos conceitos necessários para
um profissional capacitado, competitivo e disputado na área do petróleo e gás. Se
lance nesse desafio e busque cada vez mais, pois você é o único responsável pelo
seu sucesso.
Anotações:
Sistemas de grandezas
∑ (Xk – X)2
k=1
S=
n–1
In-Fólio/André Brito
Você está todo o tempo lidando com números e unidades de medida, que são a representa-
ção quantitativa de um fenômeno, ou seja, uma grandeza. Essa representação é composta por
um número associado a uma unidade.
Sistema métrico ou
Sistema inglês
Sistema Internacional (SI)
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
20
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
A jarda foi definida como sendo a distância entre a ponta do nariz do rei e seu
polegar estendido.
1 jarda
In-Fólio/Cris Marcela
A jarda foi oficializada pelo Rei Henrique I no século XII, devido à sua grande
utilização. Outras unidades foram criadas por força de lei: a polegada, o pé e a mi-
lha terrestre. Compondo o sistema inglês, veja a seguir suas relações:
1 jarda
1 pé –
12 polegadas
1 polegada
In-Fólio/Cris Marcela
A polegada, unidade adotada pelo sistema inglês em mecânica, pode ser re-
presentada por dois sistemas:
1", 1 , 1 , 1 , 1 , 1 , 1 , 1
2" 4" 8" 16" 32" 64" 128"
Sistema decimal
Caracterizado por ter uma potência de base dez no denominador:
Metrologia é a ciência das medições, ou seja, estuda todos os fatores que in-
fluenciam os resultados de medições e como trabalhar mediante tais influências.
A metrologia no Brasil é dividida em três grandes áreas:
Você está estudando o tema na área de petróleo e gás; portanto, deve focar
seus esforços na Metrologia Científica e Industrial, que, por sua vez, pode ser sub-
dividida em diversas áreas ou grandezas. Neste módulo em particular, vamos tra-
balhar os conceitos de Metrologia aplicada à grandeza comprimento, também co-
nhecida como Metrologia Dimensional.
2 Sistemas de grandezas
23
2
ILAC 1 – Comprovação metrológica
É um acordo de Conjunto de operações necessárias para assegurar que o instrumento de me-
reconhecimento mútuo entre dição esteja preparado para o uso pretendido, dando suporte ao sistema de
36 organismos de acreditação
de 28 países diferentes, um gestão da qualidade.
acordo que reconhece a
equivalência dos sistemas de
acreditação, certificados de 2 – Sistema de gestão da qualidade
calibração e relatórios de
medição entre os organismos Diretrizes para melhorar continuamente o desempenho, levando em conside-
de acreditação que assinaram
o acordo. ração, ao mesmo tempo, as necessidades de todas as partes interessadas.
3 – Método de medição
Descrição genérica de uma sequência lógica de operações utilizadas em uma
medição.
4 – Calibração
Operação que estabelece, sob condições específicas, uma relação entre os va-
lores e as incertezas estabelecidos por padrões e as indicações corresponden-
tes às incertezas associadas de um mensurando.
5 – Mensurando
Aquilo que se pretende medir (grandeza).
6 – Padrão
Definição de uma grandeza usada como referência, com um valor associado e
uma incerteza de medição associada.
7 – Rastreabilidade
Propriedade de um resultado de medição que garante a relação entre os valores
obtidos na calibração por uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações.
Unidades do SI
BIPM
de
Padrões internacionais
Di
ida
sse
bil
Padrões
ea
Nacionais de Metrologia
na
nacionais
str
ção
Ra
adrões de referência
P
dos laboratórios de
Calibração e ensaio
calibração e de ensaios
L aboratórios do chão
In-Fólio/Cris Marcela
Comparabilidade
8 – Resultado de medição
Conjunto de valores atribuídos a um mensurando disponíveis em seu certifica-
do de calibração.
9 – Erro de medição
Diferença entre o valor medido do mensurando e do padrão.
10 – Incerteza de medição
Parâmetro que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a um mensurando.
Procedimentos
Preservação Equipamento
e registros
Comprovação
metrológica
In-Fólio/Cris Marcela
Condições Situação do
Calibração
ambientais instrumento
3
Diagrama de causa Equipamento
e efeito Ou diagrama
de Ishikawa Escolher bem um equipamento ou instrumento de medição é fundamental pa-
É uma ferramenta da ra garantir o atendimento aos requisitos exigidos para a execução de uma deter-
qualidade utilizada para minada tarefa. Devemos levar em consideração:
estudar separadamente as
particularidades de um
processo. Dados sobre a exatidão do instrumento.
O erro aceitável pelo processo ou peça a ser medida.
A incerteza de medição do seu instrumento.
A resolução do seu instrumento.
Calibração
Necessária para garantir que os valores da grandeza em medição possuam rastrea-
bilidade e para determinar as correções ao processo. Deve-se garantir que todos os ins-
trumentos que influenciam diretamente na qualidade do produto sejam calibrados.
Equipamento
calibrado em
In-Fólio/André Brito/Cris Marcela
22/08/2012
In-Fólio/André Brito
Situação do instrumento
Todo instrumento ou equipamento de medição deve ter uma identificação
unívoca, o cadastro com seus dados, seu histórico de calibrações e manuten-
ções. O instrumento deve manter uma etiqueta todo o tempo contendo, pelo
menos, o seguinte:
Traçador de Altura
LABDIM-068
4
Registros Procedimentos e registros
São documentos que É a descrição detalhada de um processo; na comprovação metrológica, apli-
confirmam o planejamento da
empresa e estão sujeitos aos cam-se procedimentos – sempre que necessário – para métodos de calibração,
mesmos procedimentos controle de equipamentos, critérios de aceitação, métodos de ajuste, correção e
quanto a disponibilidade,
controle, arquivo, indexação etc. reparos, tolerância de processos, condições ambientais, frequência de calibração,
controle de equipamento ou instrumento não conforme e ações a serem tomadas
em caso de não conformidade, designação de pessoal e registros.4
5
Temperatura de
acomodação térmica
Condições ambientais
É a temperatura que um
instrumento deve alcançar Devem respeitar valores máximos e mínimos de acordo com normas e/ou porta-
antes de ser utilizado para
garantir suas características
rias inerentes ao processo, recomendação de fabricantes, especificações de produ-
metrológicas. to e procedimento interno da empresa. Você deve registrar e controlar as condições
ambientais quando estas influenciarem diretamente um ou mais processos.
6
Requisitos
Temperatura ambiente
Temperatura de acomodação térmica 5
de instrumentos de medição
Pressão atmosférica
Vibração
Eletricidade estática
Interferência eletromagnética
Umidade relativa do ar
Iluminação
Preservação
Muito importante para prevenir deterioração, perdas e danos durante o manuseio,
transporte e armazenamento. A correta preservação dos equipamentos e/ou instru-
mentos de medição aumenta sua vida útil e pode diminuir os erros de medição.
Senai-RJ
Exemplo F=m.a
Em que:
N – Newton (grandeza força)
N = kg . m kg – quilograma (grandeza massa)
S2
m – metro (grandeza comprimento)
s – segundo (grandeza tempo)
Na fórmula acima, associamos três grandezas para gerar uma nova, multipli-
cando a grandeza massa com a divisão das grandezas comprimento e tempo ob-
tivemos a grandeza força. Existe uma gama de grandezas e unidades que surgem
a partir da associação de unidades de base.
Senai-RJ
dezas de mesma natureza basta descobrir a re-
lação entre as unidades. Figura 12 – Bloco padrão retangular
Logo:
x – Dimensão do bloco em polegadas
Manômetro A – 3bar
Manômetro B – 43,5psi
Sabemos que 1 bar equivale a 14,504psi, então:
Unidade de pressão
1 1,0197 x 10-5 1,45 x 10-4 4,0147 x 10-3 0,010197 2,953 x 10-4 7,501 x 10-3 9,8692 x 10-6 1 x 10-5
98,064 0,0010 0,01422 0,3937 1 0,02896 0,7356 9,678 x 10-4 9,8064 x 10-4
In-Fólio/Paula Moura
com qualquer unidade
101 deca da 10–1 deci d de base ou com as
unidades derivadas com
102 hecto h 10–2 centi c nomes especiais.
Exemplos
Por exemplo
Ao medirmos a pressão exercida por um fluido contra as paredes de uma tubu-
lação estamos, de maneira geral, calculando a razão entre a força exercida e uma
área dessa tubulação; portanto, temos:
F(N)
P(Pa) =
A(m2)
Em que:
P – Pressão expressa em Pascal (SI)
F – Força expressa em Newton (SI)
A – Área expressa em metros quadrados (SI)
Como você viu, a Metrologia Dimensional está diretamente ligada à cadeia pro-
dutiva de petróleo e gás, e para conseguirmos medir com confiabilidade torna-se
imprescindível a utilização dos Instrumentos de Medidas da grandeza comprimen-
to. Você estudará os principais instrumentos de medida e suas aplicações.
2 Sistemas de grandezas
35
Paquímetro
Instrumento muito utilizado na indústria para medir peças de maneira rápida e prá-
tica. O paquímetro é um dos instrumentos mais versáteis, pois pode realizar medições
externas, medições internas, medições de ressaltos e medições de profundidade. A fai-
xa de medição dos paquímetros geralmente inicia-se em 150mm e pode variar até
1000mm ou mais, em casos de paquímetros especiais.
Senai-RJ
Nos modelos analógicos mais comuns, os paquímetros possuem uma escala infe-
rior em milímetros e uma superior em polegadas, fracionária ou milesimal. Nos paquí-
metros digitais você encontra um botão para a conversão da unidade de medição.
Medida Fixador
Faces de interna
medição Vernier Escala
interna (polegada) (polegada)
Cursor Medida de
profundidade
Encosto Haste de
fixo Faces de
medição profundidade
Encosto externa
Faces de móvel Escala (mm)
medição
Impulsor
In-Fólio/Cris Marcela
externa
Medida Resolução ou valor de uma divisão
externa Nônio ou Vernier
Micrômetro externo
Bucha interna
Faces
medição Fuso Bainha Porca de ajuste
Batente
Arco Catraca
Tambor
Tambor
Trava
Isolante térmico
Senai-RJ
Mostrador
Aro
Canhão
In-Fólio/Cris Marcela
Fuso
Ponta de contato
garantir os resultados do
relógio comparador sozinho e
do conjunto relógio montado
juntamente com o súbito.
Fique ligado!
Agora você vai
acompanhar na
página seguinte as
Senai-RJ
normas e a legislação
aplicada à Metrologia.
Figura 17 – Relógio comparador
montado com o súbito
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
38
In-Fólio/André Brito
Figura 18 – Surgimento de uma norma
Agora que você conhece o que é uma norma, sabe como ela é elaborada e o
motivo de sua existência, vai conhecer algumas das principais organizações bra-
sileiras em termos de normalização na área de petróleo e gás.
INMETRO IBP
In-Fólio/Cris Marcela
à sociedade nas medições e nos do setor nacional de petróleo, gás
produtos, através da metrologia e e biocombustíveis.
da avaliação da conformidade.
ABNT ONS-34-Petróleo
In-Fólio/Cris Marcela
elaboração, comercialização e princípios de representatividade,
distribuição de normas no Brasil. imparcialidade e competência
técnica.
Como você viu, uma norma surge a partir de uma necessidade. Na metrologia,
deve-se padronizar as calibrações de instrumentos, garantindo a confiabilidade, a
eficácia e a rastreabilidade dos métodos de calibração e padrões de instrumentos
e/ou equipamentos de medição.
In-Fólio/Paula Moura
NBR ISO/IEC 17025 e foram avaliados com êxito por
uma equipe de avaliadores do Inmetro que, entre
Senai-RJ
Recapitulando
Anotações:
Introdução à instrumentação
CNI
Arquitetura e simbologia
Equipamentos e sistemas dimensionados adequadamente: bombas, compressores, tubula-
ções, vasos, torres, tanques, trocadores de calor, fornos, reatores.
Seleção de instrumentos de medição adequados, especialmente os medidores de vazão.
Instrumentos instalados e calibrados de forma adequada.
Controladores bem sintonizados.
Válvulas de controle operando dentro das faixas para as quais foram projetadas.
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
44
Função
Sinal transmitido ou suprimento
Tipo de sinal
Função do instrumento
Indicador Registrador
In-Fólio/Cris Marcela
In-Fólio/Cris Marcela
da variável. Existem também contínuo ou pontos.
indicadores digitais que
indicam barras gráficas.
Transmissor Transdutor
In-Fólio/Cris Marcela
In-Fólio/Cris Marcela
Senai-RJ
Sistema de aquisição de dados – DAS
Sistema de controle supervisório – SPC
Controle digital direto – CDD
Controle digital distribuído
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
46
Senai-RJ
Figura 23 – Operação do sistema de aquisição de dados
Vantagens
Desvantagens
Vantagens
Desvantagens
PC utilizado
Sistema supervisório é
como estação
de operação um sitema que recebe
informações de
diversos devices
(instrumentos), com
possibilidade de
monitorar, controlar,
manter e operar uma
planta industrial.
Incorpora funções de
Protocolos de
controle supervisório,
comunicação tais como: comando de
atuadores de campo,
monitoração de dados
de processo, controle
Estação Remota contínuo, controle em
de Controle bateladas e controle
(ERC)
estático, além de
alarmes de condições e
estado de variáveis de
processo, emissão de
relatórios e aquisição
de dados.
Instrumentos de
campo inteligentes
In-Fólio/Cris Marcela
ou analógicos
Desvantagens
Supervisão
Rede de planta
Servidor
Outros níveis
Banco de dados
2
Rede de controle
Rede de campo
3
In-Fólio/Cris Marcela
Sensores
São os elementos primários que estão ligados direto no processo e recebem os
sinais das variáveis, com propriedades físicas e químicas.
Propriedades físicas
Temperatura Vazão
Termopares, RTD, bimetálicos... Placa de orifício, vórtex, coriólis...
Pressão Nível
In-Fólio/Paula Moura
Tubo de Bourdon, capacitivo... Displacer, radar, ultrassônico...
Propriedades químicas
Analisadores
Transdutores e transmissores
São elementos que transformam uma grandeza em outra grandeza física pro-
porcionalmente ou nela mesma.
Transdutor
Transdutor de corrente/pressão (I/P)
Transdutor de corrente /corrente (3.000A / 3A)
Transmissores
Cabos e multicabos
São diversos cabos em um único cabo que fazem as interligações entre os ele-
mentos do sistema.
Sistemas de supervisão e controle (Supervisório + CPL)
Supervisory control and data acquisition system (SCADA)
Sistemas digitais de controle distribuido (SDCD)
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
50
Unidades terminais remotas (UTR) – CLP + Comunicação via rádio
Controladores lógicos programáveis (CLP)
Sistemas eletrônicos programáveis (PES)
Softwares de supervisão e controle em tempo real (ifix, intouch, elipse etc.)
Válvulas de controle
Válvulas On – Off
Variadores de velocidade de motores
Governadores de turbina
Válvulas motorizadas
Válvulas solenoides
Representação de malhas
ANSI/ISA S5.1
Identificação dos símbolos de instrumentação
C Escolha do – – Controle –
usuário
D Escolha do Diferencial – – –
usuário
E Tensão elétrica – – – –
F Vazão Razão – – –
(Proporção)
I Corrente – Indicação – –
elétrica
J Potência Varredura – – –
K Tempo, Variação no – Estação de –
sequência tempo controle
L Nível – Luz – Baixa
O Escolha do – Orifício, – –
usuário restrição
P Pressão, vácuo – Ponto de teste – –
Q Quantidade Integrar, – – –
totalizar
R Radiação – Registro – –
S Velocidade, Segurança – Chave, –
frequência comutação
T Temperatura – – Transmissão –
U Multivariável Multifunção Multifunção Multifunção Multifunção
V Vibração – – Válvula, damper –
W Peso, força – Poço – –
X Não classificada Eixo dos X Não
classificada
Não
classificada
Não
classificada
Evento, estado, Eixo dos Y – Relé, –
Y presença computação,
conversão
Análise (A)
Densidade (D)
Vazão (F)
Nível (L)
Pressão (P)
Velocidade (S)
Temperatura (T)
A definir (Y)
Modificadores
Modificadores da variável
Diferencial (D)
Fração (F ou r – relação)
Varredura ou seletor (J)
Integrador ou totalizador (Q)
Segurança (S)
Modificadores da função
Alto (H)
Médio (M)
Baixo (L)
Registrador (R)
Variável e função
AT – Transmissor de Análise
3 Introdução à instrumentação
53
Exemplos de combinações
Suprimento ou impulso
Sinal pneumático
Sinal hidráulico
Sinal elétrico
Tubo capilar
Sinal eletromagnético ou
sônico não guiado
Ligação mecânica
In-Fólio/Cris Marcela
Instrumentos
compartilhados
Computador de
processo
In-Fólio/Cris Marcela
Controlador
lógico
programável
Simplificações e convenções
Trocadores de calor
Fornos
Pressão na sucção e descarga para controle de capacidade e proteção da
máquina.
Por exemplo
In-Fólio/Paula Moura
1. Ferver a água
2. Pôr café no filtro de café
3. Pôr o filtro em um vasilhame e a água quente no filtro.
4. Pôr o café pronto no copo
5. Pôr açúcar no café
Observamos que, no processo para fazer café, temos que definir a quantidade
de água, café e açúcar. Criamos uma receita para agradar ao paladar de quem
irá consumir, padronizando o produto.
Na indústria, automatizamos e padronizamos a fabricação por meio de
instrumentos que irão medir as variáveis que interferem nos processos de
produção, provendo informações a respeito dessas variáveis a um equipamento
chamado controlador. No controlador, os valores das variáveis são comparados
com uma receita inserida na sua programação, passando a ser chamada essa
receita de set point ou valor desejado. Então, quanto mais próximos forem os
valores das variáveis e da receita, melhor o padrão do produto.
Exemplo
Um manômetro, medidor de pressão.
Valores que estão entre o limite superior (URL) e limite inferior (LRL) da banda
de medição ou de transmissão do instrumento.
Por exemplo
O medidor de pressão citado:
3.3.3 Span
Por exemplo
O range do medidor de pressão citado:
3.3.4 Erro
3.3.5 Repetitividade
É o maior valor de uma variável que faz o instrumento indicar uma grandeza.
3.3.7 Sensibilidade
É o menor valor de uma variável que faz o instrumento indicar uma grandeza.
In-Fólio/Stela Martins
Casos e Relatos
Recapitulando
In-Fólio/Stela Martins
Observamos que pressão é a relação entre a força e a área plana, em que esta força é distri-
buída de maneira uniforme.
P – Pressão
F
P= F – Força à unidade Newton (N)
A
A – Área à unidade m2
Então podemos dizer que a pressão é N/m2, onde a pressão é representada pela grandeza Pa
(Pascal). Em que:
N
Pa =
m2
É a pressão que tem como referência a pressão atmosférica, e fica acima desta.
O instrumento de medição usado para medir esta pressão é o manômetro.
100 kPa (quilo Pascal) = 1 atm (atm = atmosfera) = 760 mmHg (milímetros de
mercúrio) = 1,033 (quilograma força por centímetros quadrados) = 1 bar = 14,7 psi
(libras por polegadas quadrada)
Podemos definir também como a pressão medida desde o vácuo absoluto, on-
de teoricamente encontraremos a ausência total de pressão.
4 Pressão
63
Devemos observar o grande valor dos medidores de pressão, pois através da me-
dição da pressão diferencial podemos medir outras variáveis, como o nível e a vazão.
Tubo em U
p1 p2 p1 p2
1 1
2 2
0 0
h
1 1
2 2
In-Fólio/Paula Moura
h = Variação de altura
Pressão máxima
10.000 psig ou 703,2 kgf/cm2
Materiais usuais
Latão, bronze fosforoso, aço inox
Escalas usuais
kgf/cm2, lbf/in2 (psig) In-Fólio/Paula Moura
Exatidão
1% da indicação máxima para leituras
acima dos 5% iniciais da escala.
psig
Grandeza que significa libras por polegada quadrada
manométrica
psi
Libras por polegada quadrada
Ibf/in
VOCÊ Libras força por polegada
SABIA? kgf
Quilograma força
NPT
Padrão americano de medida, usado em tubos de rosca e
acessórios
KPa
Quilo Pascal (equivalente a psi)
4 Pressão
65
Senai-RJ
0,02 . T . P
E=
Ps
Tubo de bourdon
2
Escala
1 Coroa/Pinhão
Ponteiro
In-Fólio/Paula Moura
Pressão medida
In-Fólio/Cris Marcela
L H
Fabricante:
Enerpac
Pressões até
10.000 psi
ou mais
Senai-RJ
Toda vez que o manômetro estiver em contato com fluidos com repentinas os-
cilações de pressão e ambientes com vibrações excessivas provocadas por equi-
pamentos pesados, tais como, pontes rolantes, veículos pesados etc. Use um amor-
tecedor de pulsações ou enchimento com glicerina sob o visor.
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
68
Senai-RJ
Senai-RJ
Figura 34 – Manômetro com enchimento Figura 35 – Tipos de amortecedores de
com glicerina vibração de um manômetro
Diafragma sensor
Diafragma isolador
Fluido de enchimento
Cerâmica
Superfície metalizada
Vidro
Aço
In-Fólio/Paula Moura
Processo Processo
O diafragma sensor agita-se através das alterações das pressões aplicadas pe-
lo processo. Essas pressões vindas do processo são aplicadas diretamente aos dia-
fragmas isoladores. A pressão é inteiramente aplicada ao diafragma sensor pelo
fluido de enchimento, gerando a sua movimentação. O diafragma sensor é um ele-
trodo móvel. As duas superfícies metalizadas são eletrodos fixos. A movimentação
do diafragma sensor é percebida por intermédio da alteração da capacitância en-
tre os dois eletrodos fixos e o móvel.
4 Pressão
69
Casos e Relatos
Recapitulando
Zona morta
100%
0%
Zona morta
In-Fólio/Cris Marcela
Na indústria, a medição do nível é necessária não somente para verificar a quantidade de lí-
quido, sólido ou massa armazenada nos tanques de forma estática como também para obser-
var e controlar o nível que circula pelo reservatório durante o processo de produção.
Medimos o nível na indústria não por meio do volume e sim em percentual (porcentagem).
Normalmente, nos reservatórios industriais existe uma zona morta que, quando está cheia,
permite o nível zero (0%); e uma outra zona morta superior que permite ao nível até ultrapassar
o valor máximo (100%).
Quando a coluna está inferior ao nível zero ou superior ao nível máximo, dizemos que a lei-
tura de nível indicada pelo medidor está saturada.
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
72
Senai-RJ
Figura 38 – Medição com régua e boia
Para cobrir uma faixa maior de indicação de nível, podemos usar vários indica-
dores com visor de vidro tubular sobrepostos.
A medição de nível por pressão pode ser feita em tanque aberto, somente com
o peso do líquido, chamada de medição manométrica, ou em tanque fechado me-
diante duas tomadas de pressão, chamada medição por pressão diferencial.
Nível do líquido
Transmissão de
H pressão diferencial
Nível
do líquido H
H L Pressão
diferencial
H
Nível do líquido
Nível H Transmissor de
do líquido pressão diferencial H
Pressão
In-Fólio/Cris Marcela
diferencial
H L h H
Nível
máximo
Nível
mínimo 0%
In-Fólio/Cris Marcela
z
Em tanque aberto
Nível no mínimo
Nível no máximo
Em que:
Pd – Pressão diferencial Patm – Pressão atmosférica
PH – Pressão alta x – Nível máximo
PL – Pressão baixa y – Nível mínimo
– Densidade z – Zona morta
g – Gravidade
Em tanque fechado
Altura
máxima SAT 100% –150 mmH2O 20 mA
Zona morta
d=1
600mm
0% –750 mmH O 4 mA
SAT
2 150mm
Zona morta
H2O = 1
250 ohms +
4 mA a 20 mA
In-Fólio/Cris Marcela
1v a 5v
volts A
–
Observamos que o tanque atinge 0% de nível somente quando está cheia a tu-
bulação a zona morta inferior.
Veja na Figura 42 que essa zona morta mede 150mm de altura; seus extremos
são a tubulação fixada ao transmissor na entrada de alta pressão (H) e o ponto que
indica o 0% do tanque.
Notamos que de 0% até 100% a altura do tanque mede 600mm, e que a den-
sidade relativa do fluido (água) é 1.
Equação de Stevin
pH – pL = d . h
Em que:
pH – Pressão alta hH – Altura do lado H (pressão alta)
pL – Pressão baixa dH – Densidade do lado H (pressão alta)
d – Densidade hCL – Altura da coluna líquida
h – Altura dCL – Densidade da coluna líquida
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
76
Então pH – pL no ponto 0% é:
Este transmissor no seu display indica o range do nível de 0% a 100% , que cor-
responde ao range de entrada –750mm H2O a –150mm H2O, proporcionalmente.
0% 4 mA
–750 mmH2O 150mm
Zona morta
250 ohms +
4 mA a 20 mA
In-Fólio/Cris Marcela
1v a 5v
volts A
–
Exemplo
Esta variação de corrente na saída (range de saída) fica evidenciada com a que-
da de tensão (ddp) registrada pelo voltímetro em paralelo com o resistor.
Exemplo
Com o sinal de 4mA , o voltímetro registra:
250 ohms . 0,004A = 1V CC
Recapitulando
In-Fólio/Cris Marcela
Variável que depende da velocidade das moléculas que formam as substâncias. Se mais ve-
lozes, mais quente; menos velozes, mais frios os corpos.
As principais grandezas que medem a temperatura são Kelvin, Celsius, Fahrenheit e Reamur,
está última é muito pouco usada.
R K ºC ºF
Ponto de
ebulição da água 671,67 373,15 100 212
Escalas absolutas
Escalas relativas
Ponto de
fusão do gelo 491,67 273,15 0 32
Mundialmente
Zero absoluto 0 0 – 273,15 – 459,67
aconselha-se a
utilização das escalas
In-Fólio/Cris Marcela
Celsius e Kelvin.
ºC ºF – 32 K – 273 R – 491
= = =
5 9 5 9
Medição de temperatura
Câmara de expansão
Tubo de vidro
Escala calibrada
Líquido
Envoltório
Poço protetor
In-Fólio/Cris Marcela
Bulbo
6.2 Termorresistências
São sensores para medição de temperatura que têm como base a variação da
resistência ôhmica de metais com relação à mudança da temperatura. São titula-
dos de RTD (resistance temperature detector), termômetros de resistência, bulbos
de resistência etc.
Na página
seguinte você vai
ter a oportunidade
In-Fólio/Paula Moura
de acompanhar
uma tabela
que mostra o
Padrão Pt-100.
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
82
Padrão Pt-100
ºC 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ºC
0 100,00 100,39 100,78 101,17 101,56 101,95 102,34 102,73 103,12 103,51 0
10 103,90 104,29 104,68 105,07 105,46 105,85 106,24 106,63 07,02 107,40 10
20 107,79 108,18 108,57 108,96 109,35 109,73 110,12 110,51 110,90 111,29 20
30 111,67 112,06 112,45 112,83 113,22 113,61 114,00 114,38 114,77 115,15 30
40 115,54 115,93 116,31 116,70 117,08 117,47 117,86 118,24 118,63 119,01 40
50 119,40 119,78 120,17 120,55 120,94 121,32 121,71 122,09 122,47 122,86 50
60 123,24 123,63 124,01 124,39 124,78 125,16 125,54 125,93 126,31 126,69 60
70 127,08 127,46 127,84 128,22 128,61 128,99 129,37 129,75 130,13 130,52 70
80 130,90 131,28 131,66 132,04 132,42 132,80 133,18 133,57 133,95 134,33 80
90 134,71 135,09 135,47 135,85 136,23 136,61 136,99 137,37 137,75 138,13 90
100 138,51 138,88 139,26 139,64 140,02 140,40 140,78 141,16 141,54 141,91 100
110 142,29 142,67 143,05 143,43 143,80 144,18 144,56 144,94 145,31 145,69 110
120 146,07 146,44 146,82 147,20 147,57 147,95 148,33 148,70 149,08 149,46 120
130 149,83 150,21 150,58 150,96 151,33 151,71 152,08 152,46 152,83 153,21 130
140 153,58 153,96 154,33 154,71 155,08 155,46 155,83 156,20 156,58 156,95 140
150 157,33 157,70 158,07 158,45 158,82 159,19 159,56 159,94 160,31 160,68 150
160 161,05 161,43 161,80 162,17 162,54 162,91 163,29 163,66 164,03 164,40 160
170 164,77 165,14 165,51 165,89 166,26 166,63 167,00 167,37 167,74 168,11 170
180 168,48 168,85 169,22 169,59 169,96 170,33 170,70 171,07 171,43 171,80 180
190 172,17 172,54 172,91 173,28 173,65 174,02 174,38 174,75 175,12 175,49 190
200 175,86 176,22 176,59 176,96 177,33 177,69 178,06 178,43 178,79 179,16 200
210 179,53 179,89 180,26 180,63 180,99 181,36 181,72 182,09 182,46 182,82 210
220 183,19 183,55 183,92 184,28 184,65 185,01 185,38 185,74 186,11 186,47 220
230 186,84 187,20 187,56 187,93 188,29 188,66 189,02 189,38 189,75 190,11 230
240 190,47 190,84 191,20 191,56 191,92 192,29 192,65 193,01 193,37 193,74 240
250 194,10 194,46 194,82 195,18 195,55 195,91 196,27 196,63 196,99 197,35 250
260 197,71 198,07 198,43 198,79 199,15 199,51 199,87 200,23 200,59 200,95 260
270 201,31 201,67 202,03 202,39 202,75 203,11 203,47 203,83 204,19 204,55 270
280 204,90 205,26 205,62 205,98 206,34 206,70 207,05 207,41 207,77 208,13 280
290 208,48 208,84 209,20 209,56 209,91 210,27 210,63 210,98 211,34 211,70 290
300 212,05 212,41 212,76 213,12 213,48 213,83 214,19 214,54 214,90 215,25 300
310 215,61 215,96 216,32 216,67 217,03 217,38 217,74 218,09 218,44 218,80 310
320 219,15 219,51 219,86 220,21 220,57 220,92 221,27 221,63 221,98 222,33 320
6 Temperatura
83
Exemplo
Vamos supor que o valor de medição encontrado seja de 110,12 ohms.
110,12 – 100
= 26ºC de temperatura ambiente
0,390
Houve um tempo que a instalação de um Pt-100 era feita por meio de uma Pon-
te de Wheatstone. Agora, com o progresso tecnológico, a disposição do Pt-100 é
feita de forma diferente, pela avaliação de um ou dois planos de tensão, onde de-
finimos a temperatura do processo.
Você pode observar nesse circuito que a fonte de corrente I cte é constante, e,
com a variação da resistência Pt-100, a tensão em V1 altera na mesma proporção.
As resistências dos fios (R1, R2) serão adicionadas à do Pt-100 , prejudicando a pre-
cisão do valor medido em V1, por meio da exposição à temperatura ambiente dos fios,
limitando então o alongamento destes em no máximo 10 metros. Quanto mais alon-
gados os fios, maiores suas resistências. Os valores de V1 serão enviados para um mi-
croprocessador que converterá a variação de tensão em alteração da temperatura.
R1 fio
Pt – 100
V1 1 cte
R2 fio
In-Fólio/Cris Marcela
Observe que, subtraindo do valor de V1, duas vezes o valor de V2, obteremos
a tensão variável que, introduzida em um microprocessador, será convertida em
variação de temperatura.
Esta ligação não traz o inconveniente da variação das resistências dos fios à ex-
posição da temperatura ambiente, podendo estes ser alongados sem limites até
o medidor. Este Pt-100 é o mais usado na indústrias mundialmente.
R1 fio
Pt – 100
V1 1 cte
R3 fio
V2
R2 fio
In-Fólio/Cris Marcela
V2 = 1 cte x R2
V1 – (2 x V2) Temperatura
Experiência de Seebeck
Num circuito fechado, formado por dois fios de metais diferentes, se colocamos
os dois pontos de junção a temperaturas diferentes, cria-se uma corrente elétrica
cuja intensidade é determinada pela natureza dos dois metais utilizados e da di-
ferença de temperatura entre as duas junções.
a (+)
In-Fólio/Cris Marcela
TQ Tf
B (–)
Experiência de Peltier
Passando uma corrente elétrica por um par termoelétrico, uma das junções se
aquece enquanto a outra se resfria.
a (+)
In-Fólio/Cris Marcela
TQ Tf
B (–)
Efeito Volta
Quando dois metais estão em contato, há um equilíbrio térmico e elétrico, exis-
te entre eles uma diferença de potencial que depende da temperatura e não po-
de ser medida diretamente.
Efeito Thomson
Quando colocamos as extremidades de um condutor homogêneo a tempera-
turas diferentes, uma força eletromotriz aparecerá entre essas duas extremidades,
sendo esta chamada de FEM Thomson, que depende do material e da diferença
da temperatura, não podendo ser medida diretamente.
a a
T3
In-Fólio/Cris Marcela
T1 fem = E1 T2 T1 fem = E2 T2
B B
T4
a a
T3
In-Fólio/Cris Marcela
T1 fem = E1 T2 T1 fem = E2 T2
B B
T4
T2 T4
Metal A A A A
T1 T2 T1 T2 T3 T4 T4 T2
= + + =
Metal B B B B
E1 E2 E1 E2 E1 E2
= + +
In-Fólio/Cris Marcela
+ + +
E2 E2 E2
– – –
A FEM do termopar não será afetada se em qualquer ponto de seu circuito for
inserido um metal qualquer, diferente do já existente, desde que as novas junções
sejam mantidas em temperaturas iguais.
a (+) a (+) T4
In-Fólio/Cris Marcela
T1 fem = E T2 T1 fem = E T2
B (–) B (–)
6.4 Junções
Metal A (+)
Junção de I Junção de
medição referência
ou junção ou junção
quente emf = E fria
Metal B (–)
T1 > T2
In-Fólio/Cris Marcela
Essa força eletromotriz pode ser medida na
outra junção (junção fria) dos condutores.
Cobre
Voltímetro T1
Liga de ferro
Elemento
de isolação
Cobre
In-Fólio/Cris Marcela
Ponto frio
Metal 1 Tref = 0ºC
Metal 2
O que são?
O que são?
Para os cabos dos termopares nobres (R, S e B) não seria viável economicamen-
te a utilização de cabos de extensão. Assim, para tornar possível, foram desenvol-
vidos cabos de mesmas características físicas.
In-Fólio/Paula Moura
No caso de montagem com cabo de extensão, esse deve
ser encaminhado até o circuito eletrônico associado.
b
Os termopares
convencionais
podem ser
construídos com
ou sem isoladores
de cerâmica.
a c
In-Fólio/Cris Marcela
O que faz?
Como é?
Millivolts
80
70
60
50
40
Senai-RJ
30
20
E C
10 J R
In-Fólio/Cris Marcela
T S
0
K
0 500 1.000 1.500 2.000 2.500
Temperatura ºC
Extension Cables
KX Nicro/Nial
JX Iron/Constantan
TX Copper/ Constantan
EX Nicro/ Constantan –
NX Nicrosil/Nisil – –
Compensating Cables
Compensating for Type K
KCB Copper/
(Was Vx) Constantan
Compensating for R or S
In-Fólio/Cris Marcela
RCS/SCA Copper/
(Was Rx/Sx) Cupronic
IEC 584-3
J
In-Fólio/Cris Marcela
S
Fe Constantan
2,2ºC 1,1ºC
J (Magnético) Cu-Ni
ou ou
0,75% 0,4%
Níquel-Cromo
Níquel-Alumínio 2,2ºC 1,1ºC
K Ni-Cr
Ni-Al ou ou
(Magnético) 0,75% 0,4%
W*X
Cobre
Cu
Cu-Ni – – – –
Cobre Cobre
1,0ºC 0,5ºC
T Cu Cu
ou ou
0,75% 0,4%
Níquel-Cromo
Constantan 1,7ºC 1,1ºC
E Ni-Cr
Cobre-Níquel ou ou
Cu-Ni 0,5% 0,4%
Não é padrão. 2,2ºC 1,1ºC
N
Nicrosil
Ni-Cri-Si
Nisil
Ni-Si-Mg – Utilize cores
Norma ANSI
ou
0,75%
ou
0,4%
Platina
Platina
1,5ºC 0,6ºC
R 13% rhodio
Pt
ou ou
Pt-10% Rh 0,25% 0,1%
Platina
Platina
1,5ºC 0,6ºC
S
In-Fólio/Cris Marcela
10% rhodio
Pt
ou ou
Pt-30% Rh 0,25% 0,1%
Platina Platina Não
0,5%
B 30% rhodio
Pt-30% Rh
6% rhodio
Pt-6% Rh
– Use fio
de cobre 800ºC
estabi-
lizado
Senai-RJ
T – LRV .
100 = %T
URV – LRV
Em que:
T – Temperatura
%T – Percentual de temperatura
LRV – Valor inferior do range do transmissor
URV – Valor superior do range do transmissor
Medição de vazão
A vazão é a terceira grandeza mais medida nos processos industriais; é um termo técnico de
engenharia, que quer dizer quantidade volumétrica ou quantidade em massa de um fluido que
escoa em uma unidade de tempo através de secção transversal através de um conduto.
O fluxo é um nome bem comum para diversas variáveis, como fluxo de corrente, fluxo de ca-
lor etc. E o caudal é usado quando se analisa dinâmica de fluido; é o caudal ou fluxo ou vazão.
Fluxo e vazão são sinônimos em inglês: Flow. Você usará, em aplicações industriais, o termo vazão.
Qv = v Qm = m
t t
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
96
Dreno
In-Fólio/Paula Moura
Respiro
Tipos de orificios
Concêntrico
Excêntricos
Estes resíduos podem sofrer acúmulo na base da placa, sendo o orifício posi-
cionado na parte de baixo.
Segmentado
Recomendada para fluidos limpos sem sólidos em suspensão, não viscosos
em que a perda de carga não é um fator importante.
E de uso inadequado para quantidades razoáveis de condensado em fluxo
de gás ou gás em fluxo de líquido, devido à pequena capacidade do volu-
me de entrada e do dreno.
NBR-13225
In-Fólio/Paula Moura
Norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
que dispõe sobre a medição de vazão de fluidos em
condutos forçados, utilizando placas de orifício e bocais
em configurações especiais.
Uma vantagem dos medidores por placa de orifício é que podem ser usados
numa grande variedade de medição de vazão, como a maioria dos gases e líqui-
dos, líquidos com sólidos em suspensão, bem como fluidos viscosos em uma fai-
xa bem ampla de pressão e temperatura. Este tipo de orifício é usado especialmen-
te em tubulações horizontais.
P1 P2 2xgxh(σ–1)
Q = A1² x
1 – d1⁴
D1⁴
g – Aceleração gravitacional
D1 d1 Q – Quantidade de vazão
Transmissor
Garganta
In-Fólio/Paula Moura
Reta Cônica
O tipo retangular e
utilizado em dutos para
ar em caldeira a vapor.
In-Fólio/Cris Marcela
Vantagens Desvantagens
Capacidade de medição de
Dificuldade de troca uma vez
grandes escoamentos de líquidos instalado. Isto ocorre, por exemplo,
em grandes tubulações quando o diâmetro deve mudar
(até 47 polegadas). para atender uma nova vazão
máxima de medição.
Permite medição de vazão 60%
superiores à placa de orifício nas
mesmas condições de serviço,
porém com perda de carga de
somente 0 a 20% do P.
entre 0,4 a 0,75 – melhor
exatidão para elevados onde a
placa não é muito eficiente.
Rangeabilidade 5:1
Trecho reto exigido a montante e a
jusante menor que o da placa.
Esses dispositivos vêm sendo cada vez mais utilizados na indústria, por sua fa-
cilidade de instalação; são também chamados de medidores diferenciais de inser-
ção. Chamados tubos de Pitot de Média, cuidadosamente desenvolvidos para as-
segurar um coeficiente de vazão constante em relação às variações dos números
de Reynolds.
seja correta, é
necessário que o
tubo seja colocado
no ponto de
velocidade média.
7 Medição de vazão
101
v P2
P1
P
Pressão estatística
DP
P0 Pressão dinâmica
Pressão total
In-Fólio/Cris Marcela
Senai-RJ
7.3.4 ANnUBAR
Baixa perda de carga
Acurácia: +1%
In-Fólio/Paula Moura
Rangeabilidade: 10:1
Uso de purga não contínua para limpeza
e desobstrução dos furos do tubo.
Pressão 40%
de impacto
Bloqueio
de pressão
Sinal de de sucção
60%
pressão alta Tubo de
pressão
estática
Sinal de
pressão baixa
Alta Baixa
PH(seg.) PL(seg.)
Vazão
P – Pressão estática
M – Massa específica
Figura 72 – Annubar
7 Medição de vazão
103
O medidor tipo turbina é utilizado para medir vazão volumétrica de líquidos e ga-
ses limpos; é da família geradora de pulso. É largamente usado devido ao seu alto de-
sempenho. É usada como padrão para a calibração e aferição de outros medidores.
Amplificador
Faixa de temperatura:
–268ºC a 454ºC.
In-Fólio/Paula Moura
viscosos, o medidor tipo
In-Fólio/Cris Marcela
deslocamento positivo
Carcaça/corpo pode ser utilizado.
Faixa típica de
diâmetros: 1/2” a 24”.
Figura 73 – Medidor tipo turbina
In-Fólio/Cris Marcela
Turbina
O conceito do medidor de vazão por turbina tem como
saiba base esta relação proporcional entre velocidade média
mais linear do escoamento e a velocidade angular do rotor.
A frequência dos pulsos de saída é proporcional à rotação
da turbina.
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
104
Tubo de Tubo de
diâmetro 10 diâmetro 5
Válvula
Bloco de Medidor Bloco de de controle
válvula Filtro à turbina válvula principal
Princípio de funcionamento
Quando um anteparo de geometria defini-
da é colocado de forma a obstruir parcial-
mente uma tubulação em que escoa um
fluido, ocorre a formação de vórtices.
O corpo do sensor é escolhido de forma a
manter um fator K constante para uma
grande faixa de número de Reynolds.
Os vórtices geram esforços laterais no
corpo de obstrução que são sentidos por
um sensor piezelétrico acoplado à base do
corpo de obstrução.
O sensor piezelétrico transforma os esfor-
ços laterais em pulsos elétricos (pressão
em carga elétrica), que são totalizados e
associados a uma vazão através do fator K
do medidor.
7 Medição de vazão
105
In-Fólio/Cris Marcela
Figura 75 – Simbologia do vórtex conforme ISA S 5.1
Sensor
piezelétrico
Vórtices
Corpo falso
Fluxo
do fluido
Senai-RJ
Na página seguinte,
In-Fólio/Paula Moura
+2%
+1%
Exatidão ±0,5%
–1%
–2%
In-Fólio/Cris Marcela
0 5 20 30
10.000 100.000 1.000.000
Acurácia Número de Reynolds
± 0,5 a ± 2%
Figura 77 – Erro e número de Reynolds
Restrições
Redundância
Existem dois
medidores
acoplados,
pois na falha
de um o outro
mantém a
medição.
Senai-RJ
Figura 78 – Medidor tipo vórtex com redundância
In-Fólio/Paula Moura
Recomendações de instalação
In-Fólio/Paula Moura
Trecho reto a montante do sensor
igual ao requerido por uma placa
de orifício igual a 0,7.
Trecho reto.
Caracteristicas
In-Fólio/Cris Marcela
Figura 79 – Simbologia do ultrassom conforme ISA S 5.1
Dois transdutores que são acoplados na parede externa do tubo emitem e re-
cebem pulsos de ultrassom. O tempo de trajeto desses pulsos é analisado por um
circuito eletrônico microprocessado, que efetuará o cálculo da vazão instantânea.
Características
Núcleo do processador
Bobina de comando
Bobina sensora
Cobertura
Tubo de fluxo
FT
Termorresistência 001
Conexão do processo
Coriolis
Seta de direção
do sentido de fluxo
Senai-RJ
O sensor de Coriolis pode ser de tubo único ou dois tubos em paralelo, diretos ou
em anel, ou ainda de outras formas, como pode ser observado na Figura 81 a seguir.
Em U Em Loop Em S
Reto Circular Em B
In-Fólio/Cris Marcela
Funcionamento do Coriolis
O princípio de Coriolis pode ser aplicado a um medidor
formado por um tubo em U, animado de um movimento
oscilatório percorrido por um fluido a vazão constante.
Em um curto tempo, o tubo pode ser considerado em
movimento de rotação.
Quando o elemento do fluxo se afasta do centro de
rotação, a força de Coriolis se dá em direção contrária à
saiba força quando esse elemento retorna ao centro de rota-
mais ção. Cria-se, dessa forma, um conjugado que acaba
provocando a torsão no tubo em U.
Relaciona-se a força de Coriolis com a distorção que
ocorre no tubo com a variação da vazão. Esta distorção é
identificada na forma de variação de fase entre os pontos
de sensoriamento.
Um RTD é montado no tubo, monitorando a temperatura
deste, a fim de compensar as vibrações das deformações
elásticas sofridas com a oscilação da temperatura.
O medidor de Coriolis também pode ser utilizado como medidor de massa
específica ou de densidade de líquidos.
O medidor de Coriolis opera normalmente em sua frequência de ressonância.
A frequência pode ser medida pelo pickup através do período de oscilação,
em que VT e o volume do sensor (tubo), que é constante, C é a constante
do medidor.
O medidor de Coriolis também possui um sensor com sinalização externa
para indicação da temperatura do processo.
7 Medição de vazão
111
Fc = 2m X v
Assim
A massa m, movendo-se
do centro para a
extremidade de um
disco que gira, toma o
caminho B.
Se a massa m é guiada
pelo caminho A (tubo),
uma força será exercida
na parede.
Caminho A (Tubo)
m
Velocidade angular V = Velocidade relativa
Caminho B
FC –FC
. X
v v
sentido sentido
centro borda
U B
V
Senai-RJ
Em que:
B – Densidade do fluxo magnético (weber/m2)
E=B.D.V D – Distância entre os eletrodos (m)
V – Velocidade do fluxo (m/s)
E – Tensão induzida (Volts)
7 Medição de vazão
113
Anotações:
Válvulas
Senai-RJ
Válvulas globo gaiola
balanceadas
Superfície de assentamento
metal-metal.
Válvulas de obturador rotativo
excêntrico.
CLASSE VI Diâmetro
nominal
Vazamento máximo
permissível
Válvulas globo com
assentamento composto (soft
do orifício de
cm3/min Bolhas/min seat).
passagem
em polegadas
Válvulas borboletas revestidas
com sedes de elastômeros ou
1 0,15 1 com anéis de vedação.
1 1/2 0,30 2
Válvulas esferas com anéis de
TFE.
2 0,45 3
Válvulas diafragmas.
2 1/2 0,50 4
Válvulas de obturador rotativo
excêntrico com assentamento
3 0,90 5 composto
4 1,70 11
6 4,00 27
8 6,75 45
8 Válvulas
117
Válvulas de bloqueio
Tipos
In-Fólio/Paula Moura
temperatura e material do
Válvula esfera (ball valves) corpo. Pode ser fator
Válvula diafragma (diaphragm valves) limitador para certos tipos
de válvulas.
Válvula de comporta (slide, blast valves)
Válvulas de controle ou regulagem (control valves)
São utilizadas com o objetivo de controlar o fluxo que passa pelo trecho de tu-
bulação onde estão instaladas, podendo trabalhar em qualquer posição de aber-
tura parcial.
Tipos
Tipos
Tipos
31 30 1 – Corpo
2 – Flange de castelo
22
25 3 – Tampo inferior
35 4 – Plug
5 – Sede
36
21 6 – Acento da sede
24 37 7 – Haste de válvula
38 8 – Parafuso prisioneiro
9 – Porca
23 10 – Junta
26 11 – Junta de anel
12 – Gaxeta
27
13 – Anel de lubrificação
28 32 14 – Bucha
29
41 15 – Fange
20 16 – Parafuso prisioneiro
34
17 – Porca
39 40
18 – Porca de fixação do garfo
7 33 19 – Limpador de graxa
20 – Garfo
17
19 42 21 – Tampa inferior do diagrama
15 22 – Tampa superior do diagrama
18 16
23 – Haste do diagrama
14 24 – Prato do diagrama
13 25 – Diagrama
12 26 – Mola
2 27 – Sede de mola
11 28 – Assento da sede da mola
29 – Parafuso de ajuste da mola
30 – Conexão para ar
31 – Batente
5
32 – Disco indicador
33 – Escada de curso
4 34 – Placa de identificação
1 35 – Parafuso
36 – Porca
6
37 – Prisioneiro
8 38 – Arruela
10 39 – Contra porca
3
40 – Parafuso para ajuste da escala
In-Fólio/Cris Marcela
9
41 – Rebite
42 – Lubrificador
Atuador
3 psig
Controlador Transmissor
4 mA
Posicionador
Ar de alimentação
Elemento vedante
Filtro regulador
Senai-RJ
Variável do processo
Válvula globo
Tamanhos
0,5” a 4”
Cvs
0,25 a 215
Classes de pressão
150 a 600
Senai-RJ
Haste
Jogo de gaxetas
Castelo
Anel de vedação
Junta do castelo
Junta espiralada
Junta da gaiola
Gaiola
Obturador
Junta da sede
Sede
Corpo Flange
Senai-RJ
Figura 88 – Componentes da válvula globo
Distância
entre faces
ANSI/ISA
75.20
Válvula gaiola
Tamanhos
06” a 24” nas classes 150 a 600
0,5”a 12” nas classes 900 a 2500
Cvs
0,25 a 6640
Senai-RJ
Borboleta
Esfera
Esfera segmental
Camflex
Senai-RJ
Atuador
Castelo
Corpo e internos
Acessórios:
Posicionador
Limitador de curso
Chave de fim de curso
Transmissor de posição
8 Válvulas
123
Atuador
Castelo
Posicionador
Corpo
Senai-RJ
Corpo
Internos
Nome em inglês: trim
onjunto dos elementos interiores ao corpo da válvula, que fazem conta-
C
to direto com o fluido de processo.
Constituído por:
Obturador (ou plug)
Anel da sede
Haste do obturador
Gaiola
Obturador (plug)
E lemento vedante com formato de disco, cilindro ou com contorno carac-
terizado, que se move no interior do corpo, obturando o orifício de passa-
gem de modo a formar uma restrição variável ao fluxo.
Anel da sede
nel circular montado no interior do corpo, formando, junto com o obtu-
A
rador, o orifício de passagem do fluxo.
Esse anel tem contato com o obturador, formando o assento deste na po-
sição de fechamento da válvula.
Sede
Área do corpo da válvula que recebe o anel da sede.
Orifício
Área interna da sede que dá passagem ao fluxo.
Haste do obturador
Gaiola (apenas para válvulas globo)
Peça cilíndrica oca no interior da qual se move o obturador e que serve de
retenção para o anel da sede.
A parede da gaiola contém orifícios ordenados que fornecem passagem ao
fluxo e determinam a característica de vazão da válvula além de minimizar
problemas de cavitação e de ruído. Pode ou não existir em uma válvula.
8 Válvulas
125
Castelo
Caixa de gaxetas:
S istema de engaxetamento contido no interior do castelo destinado a ve-
dar vazamentos ao longo da haste do obturador.
referencialmente de material lubrificante para reduzir o atrito com a has-
P
te da válvula.
Temperatura de operação
Gaxetas de PTFE
– 30ºC a 232ºC
Gaxetas de grafite
– 30ºC a 371ºC
Senai-RJ
Atuador
É a parte da válvula de controle que fornece a força com que a válvula rea-
liza seu trabalho, movimentando o obturador e variando sua área de passa-
gem ao fluido.
O atuador mais comumente utilizado no acionamento de válvulas de con-
trole consiste numa câmara bipartida que contém um diafragma flexível.
Numa das partes dessa câmara, o atuador recebe o sinal de controle em for-
ma de pressão (3 a 15 psig ou 6 a 30 psig), e na outra parte o diafragma é fi-
xado a um prato onde se apóiam a haste do obturador e uma mola.
Os atuadores de 6 a 30 psig são para aplicações de alto diferencial de pres-
são na válvula.
Série DC Série PP
Atuador tipo diafragma/mola Atuador tipo pistão
In-Fólio/Cris Marcela
A ação de uma válvula define a sua posição em caso de falha de pressão (ar
de instrumento, pressão hidráulica) ou de energia elétrica:
Falha Abre ou Ar para Fechar (FA ou FO)
Falha Fecha ou Ar para Abrir (FF ou FC)
Falha na última posição (FE ou FL)
8 Válvulas
127
Hiter (Brasil) saiba API Std 598 Valve inspection and testing.
Neles (Finlândia) mais
API RP 553 Refinery control valves.
Acompanhe na
ISA S75.17 Control valve aerodynamic noise prediction.
In-Fólio/Paula Moura
300mm
1
7
Alimentador de ar Escape
4
3 3
8
1 10
B B B
Fluxo 5
5
Diâmetro
da tubulação (D)
6
Inversor de frequência
Os inversores de frequência na sua maioria têm uma IHM acoplada, para reali-
zarmos a parametrização de seu funcionamento.
Casos e Relatos
Senai-RJ
Nosso livro aborda agora o controle das malhas das plantas de produção industrial.
Existem diferentes controles a serem estudados, mas incialmente devemos conhecer seus
fundamentos.
Planta
Controle manual
Neste tipo de controle devemos considerar que o ser humano é que está realizando o con-
trole por meio de sua observação e de suas decisões, caracterizando o que chamamos nessa
ocorrência de controle manual.
Controle automático
PV – Variável de Processo
SP – Set Point
MV – Variável Manipulada
Erro
Enquanto a variável que desejamos controlar (PV) não chegar ao valor deseja-
do (SP), por meio das alterações da variável manipulada (MV), haverá um erro, re-
presentado por essa diferença entre o valor da PV e do SP. Podemos então repre-
sentar o erro pela seguinte equação:
Erro = PV – SP
Malha aberta
Entendemos como malha aberta aquela que não corrige os erros, em que não
temos a comparação entre a PV e o SP e a saída não está acoplada na entrada.
Entrada Saída
In-Fólio/Cris Marcela
Controlador Processo
Malha fechada
Podemos dizer que é aquela em que a saída está acoplada à entrada, onde a
PV captada na saída é comparada com o SP definido na entrada, corrigindo o er-
ro, levando o controle ao valor desejado (PV – SP = 0).
Entrada Saída
Controlador Processo
In-Fólio/Cris Marcela
Instrumento
de medição
Atuação direta
Atuação reversa
Algoritmos de controle
On-off
Para entendermos esta ação, devemos saber que a variável manipulada (MV) é
o sinal que sai do controlador para o elemento final de controle.
Termostato
Fonte de
alimentação
SP 50ºC
Contato fechado
do termostato
In-Fólio/Cris Marcela
Aquecedor
Podemos ilustrar esta ação conforme a Figura 102. Temos um termostato cap-
tando a temperatura (PV) do reservatório, onde um liquido está sendo aquecido,
pela da corrente (MV) fornecida pela fonte de alimentação. O termostato com o
valor de temperatura desejado (SP) ajustado para 50ºC.
Observamos que na ação on-off temos dois valores extremos, é tudo ou nada,
para corrigirmos o erro (PV-SP)
SP
Abre Fecha Abre Fecha Abre Fecha
49,1ºC
In-Fólio/Cris Marcela
50ºC
50,8ºC
Proporcional
Podemos então afirmar que nesta ação existe uma relação de proporcionalida-
de entre o sinal de correção e o erro, representado pelo algoritmo:
MV = (G . E) ± So
Em que:
MV – Variável manipulada
(Saída de sinal de correção do controlador).
G–G
anho
(Constante conhecida como ganho proporcional).
E – E rro (PV – SP ≠ 0).
± – D efine se a atuação do controlador será direta ou
reversa.
So – R
epresenta o sinal de correção inicial
da saída do controlador, ou posição inicial do
elemento final de controle.
Nesta Figura 104 a seguir, ainda temos flutuando sobre o nível uma boia presa
a uma haste rígida que está afixada na sua outra extremidade a um dispositivo de
alavanca, apoiado no centro (G), que por sua vez está unido ao obturador da vál-
vula de controle da vazão de entrada. Controlando a vazão de saída, temos uma
válvula manual (MV).
MV = (G . E) ± So
Em que:
MV = 1.0 + 50% implica em MV = 50%
60
50%
x y
50
40
Abertura 50%
Nível 50%
Abertura 50%
In-Fólio/Cris Marcela
Figura 104 – Reservatório com o nível – saída 50%
E = (PV – SP)
Em que: E = (50% – z)
MV = (G . E) ± So
Agora vamos supor que alteremos a posição do apoio da alavanca da nossa Fi-
gura 105 fazendo com que o comprimento de Y seja o dobro de X em uma rela-
ção de ganho de 2:1, considerando que alteramos a abertura da válvula manual
de saída de 50% para 60%.
60
2:1
x y
50
Abertura 50% 40
100%
50%
0%
50%
In-Fólio/Cris Marcela
Em que: X é o dobro de y
E = (PV – SP)
MV = (G . E) ± So
G= 1
BP
Integral
Vimos que a ação proporcional opera de forma imediata quando acontece uma
perturbação provocada pela variação no sinal, a integral age enquanto houver di-
ferença entre a variável que queremos controlar (PV) e o valor que desejamos que
esta variável fique (SP). Em outras palavras, enquanto houver erro, a ação integral
atua na correção de forma lenta no tempo. Observe o gráfico da Figura 106.
9 Controle automático de processos
139
PV
Erro
SP
Tempo
MV 100%
Tempo
MV 100%
In-Fólio/Cris Marcela
Tempo
Enquanto houver erro, o valor da ação integral aumenta até alcançar o valor li-
mite do range de saída e entrar em saturação.
dMV = Gi . E Ti = 1
dt e Gi
Em que:
dMV = Percentual de alteração da saída do
dt
controle
Gi = Ganho integral
E = Erro
Ti = Tempo integral
t
MV(t) = Gi E(t) . dt + So
0
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
140
Concluímos então, através dos tópicos apresentados, que a ação integral de-
pende do tempo e do erro para sua correção, e quanto maior esse erro maior a ve-
locidade de correção.
Derivativa
MV = Td . dE + So
dt
Em que:
dE = Percentual de alteração do erro
dt
Td = Tempo derivativo
Dizemos que esta ação de controle incorpora as qualidades das três ações: pro-
porcional, integral e derivativa, que representamos pela seguinte equação.
MV = (G . E) + (G . Gi . E . T) + (G . Gd . VE)
Em que:
T = Tempo Gi = Ganho integral
Gd = Ganho derivativo E = Erro
VE = Velocidade do erro MV = Saída do controlador
G = Ganho proporcional
Casos e Relatos
MV = (G . E) ± So Substituindo:
74,28 . 16 + 4
100
Em que:
Recapitulando
10
Senai-RJ
10.1 Conceito
Condutibilidade térmica
Absorção de raios infravermelho
Paramagnético
Eletroquímico
Cromatografia
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
144
Gás Áras S
T2
T1
T1
T2
In-Fólio/Cris Marcela
Distância
D
Princípio de funcionamento
A análise dos gases pelo método de absorção de raios infravermelhos utiliza o
princípio de que as moléculas de um determinado gás absorvem o raio infraver-
melho, analisa continuamente a variação da concentração de um componente es-
pecífico de uma mistura gasosa e corresponde à região do espectro eletromagné-
tico compreendido entre os comprimentos de onda de 0,8 μm a 1000 μm, que se
situa entre radiações luminosas e as micro-ondas.
Comprimento
01 1 10 100
Ultravioleta de onda ()
Infravermelho
5.000 566
CO2
cm–1
CH4 / C3H4
CO2
CO
C3H4
CH4
C3H4
2 5 10 15
Raios gama
Raios-X
Luz visível
Ultravioleta
Micro-ondas
Ondas UHF
Infravermelho
In-Fólio/Cris Marcela
Ondas de rádio
Infravermelho próximo
VOCÊ De 0,8 μm a 1,5 μm, com propriedades similares à da luz.
SABIA?
Infravermelho intermediário
De 1,5 μm a 15 μm, faixa esta, onde opera a maioria dos
analisadores industriais.
Infravermelho longínquo
De 15 μm a 100 μm, de aplicação bastante especializada.
(D) Detector
Fonte Célula de análise
Registrador
(P) Prisma Anteparo
In-Fólio/Cris Marcela
Janelas tranparentes
Célula de análise
Fonte
(D) Detector
Registrador
In-Fólio/Cris Marcela
Janelas tranparentes
O sinal recebido pelo detector varia de acordo com a concentração do gás a ser
analisado, sendo o resultado geralmente registrado em termos percentuais. Uma
diferença a ser observada entre os dois tipos de analisadores é que, no tipo não
dispersante, a amostra flui continuamente através da célula de análise, conforme
o gráfico de um espectrômetro, mostrado na Figura 112.
Tempo
In-Fólio/Cris Marcela
Concentração
Q1
Gás
diamagnético Q
Amostra
Câmara
Q2
In-Fólio/Cris Marcela
Q – Vazão Amostra diamagnético – Q1 = Q2
Q = Q1 – Q2 diamagnético – Q1 < Q2
No caso da amostra não circular no sistema de detecção do fluxo, o analisa-
dor não é sensível às características físicas do gás de amostra, tais como: den-
sidade, calor específico, condutibilidade térmica e viscosidade. Gases corro-
sivos podem ser analisados com facilidade.
Os fatores que interferem na precisão do instrumento são: vazão da amostra
e do gás auxiliar, pressão atmosférica e temperatura da amostra. Deste modo,
o analisador possui dispositivos para manter constantes estas grandezas.
As faixas de medição podem ser ajustadas de um mínimo 0% a 2% de oxigênio
a um máximo de 0% a 100% de oxigênio com ou sem a supressão de zero. No
caso de supressão, o analisador pode ser ajustado em qualquer faixa, para um
intervalo mínimo de variação de 2%, como no caso da faixa de 98% a 100% de
oxigênio. A recisão da medição é melhor do que 2% do valor medido.
Outra característica positiva deste tipo de analisador é o seu tempo de res-
posta extremamente curto, geralmente inferior a 1 segundo.
Como desvantagem, pode ser citada a influência de posição do instrumen-
to, na precisão de medição do mesmo.
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
150
Célula galvânica
R Eo
+ –
Ânodo I Cátodo
Eletrólito
Célula eletrolítica
+ –
R Eo
+ –
I
Ânodo Cátodo
In-Fólio/Cris Marcela
Eletrólito
Ânodo Cátodo
Gás com
Gás de concentração de
referência Eletrólito O2 desconhecida
(ar atmosférico) (amostra)
Moléculas de O2
Íons de O2
In-Fólio/Cris Marcela
Outras moléculas
Características operacionais
A amostra circula sempre em temperaturas
elevadas.
Tempo de resposta extremamente curto.
A umidade da amostra é mantida no seu valor
original durante a análise.
Reage a qualquer combustível existente na
amostra com o O2.
Faixa de medição se estende de 0,1 ppm
In-Fólio/Paula Moura
10.7 Cromatografia
Princípio básico
Éter de
petróleo Mistura de
pigmentos
Pigmentos
separados
CaCO3
Grego
In-Fólio/Cris Marcela
Aplicabilidade da
cromatografia gasosa (CG)
Cromatografia
Planar Coluna
Injeção Pico de ar
erfil inicial de
P
concentração
HETP erfil de concentração
P
Difusão
In-Fólio/Cris Marcela
Recapitulando
11
TC
Controlador
(Feedback)
TT
Óleo quente
In-Fólio/Cris Marcela
Óleo frio Gás combustível
Forno
Feedback Relação
Cascata Sprit range (Range dividido)
Feedback
Tipo regulatório
Quando ocorre variação na vazão de carga.
Metrologia e instrumentação aplicadas a petróleo e gás
158
Cascata
SP
SPR
LC FC
PV = Variável de
processo
SP = Set point
LT
FT
PV
MV PV
Alimentação Vapor
de água
Tambor
de vapor
In-Fólio/Cris Marcela
Gás
quente
Relação
Note que o controle de relação tem como princípio o uso de uma vazão livre
(QL) e uma vazão (QA), condicionada a um percentual de QL, sendo β uma cons-
tante dessa relação.
QA =
QL
QA/QL
FIC FY
FIT
FIT
QA QL
FE FE
In-Fólio/Cris Marcela
PIC
Ar para PT Ar para
fechar abrir
A B
0% In-Fólio/Cris Marcela
0 12 20 mA
Recapitulando
12
Process variable – PV
PV
SP
In-Fólio/Cris Marcela
0%
1. Remover a ação integral elevando o tempo integral ao maior valor possível e, remover a
ação derivativa reduzindo o tempo derivativo a zero.
1. Pôr o tempo integral (Ti) no valor máximo e o tempo derivativo (Td) em zero.
PV
In-Fólio/Cris Marcela
SP
100
90
80
70
60
PV
50 SP
40
30
T
20
In-Fólio/Cris Marcela
10
0
16:23:01 16:23:02 16:23:03 16:23:04 16:23:05 16:23:06 16:23:07 16:23:08 16:23:09 16:23:10
Modos de sintonia
PI PI PID PID PID
Ações P
série paralelo série paralelo misto
G GU GU GU GU GU
G
2 2,2 2,2 2,3 1,7 1,7
T 2T T 0,85T T
Ti MÁX
1,2 GU 4 GU 2
T T.GU T
Td O O O
4 13,3 8
Recapitulando
LYPTAK, Bela. Instrument Engineer’s Handbook – Process Measurement and Analys – Pro-
cess/Industrial. 4. ed, 2005. CRC Press.
MILLAN, Gregory k. Mc. Instruments and Controls Handbook . Mc Graw/São Paulo: Hill – 5. ed.,
1999. Editor: CONSIDINE, Douglas M.
MILLER, Richard W. Flow Measurement Engineering Handbook. Third Edition. Mc Graw Hill,
1996.
PEREZ, José Manuel Gonzalez Tubio (2010). Curso de aperfeiçoamento profissional instru-
mentação industrial – Módulo básico – Senai – Rio de Janeiro. Consultoria e revisão técnica de
José Manuel Gonzalez Tubio Perez e Manoel Casimiro Soares.
Fontes
Sites
http://www.lmnoeng.com/nozzles.htm
http://www.engineeringtoolbox.com/fl ow-meters-d_493.html
http://xa.yimg.com/kq/groups/21784460/208750140/name/cromatografia_gasosa2.pdf
MINICURRÍCULO DOS AUTORES
Waldemir Amaro
Gerente Executivo Adjunto
i-Comunicação
Projeto Gráfico
Gratia Domingues
Revisão Ortográfica e Gramatical
Cris Marcela
Paula Moura
André Brito
Ilustrações
Grafitto
Produção
In-Fólio
Programação Visual, Edição e Produção Editorial