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Disciplina 3
MANUTENÇÃO
MANUTENÇÃO LUBRIFICAÇÃO - I
INTRODUÇÃO À MANUTENÇÃO
Com a nova era da globalização da economia, a busca da qualidade total em serviços, produtos
e gerenciamento ambiental passou a ser a meta de todas as empresas.
Vamos fazer uma comparação. Imagine que eu seja um fabricante de rolamentos e que tenha
concorrentes no mercado. Pois bem, para que eu venha a manter meus clientes e conquistar
outros, precisarei tirar o máximo rendimento de minhas máquinas para oferecer rolamentos com
defeito zero e preço competitivo.
Se eu não tiver um bom tipo de programa de manutenção, os prejuízos serão inevitáveis, pois
máquinas com defeitos ou quebradas causarão:
x Perdas financeiras;
x Perda de mercado.
UM BREVE HISTÔRICO
A manutenção, despercebida, sempre existiu, mesmo nas épocas mais remotas. Começou a ser
conhecida com o nome de manutenção por volta do século XVI na Europa central, juntamente
com o surgimento do relógio mecânico, quando surgiram os primeiros técnicos em montagem e
assistência.
Tomou corpo ao longo da Revolução Industrial e firmou-se, como uma necessidade absoluta, na
Segunda Guerra Mundial. No princípio da reconstrução pôs guerra,Inglaterra, Itália Alemanha, e
principalmente o Japão alicerçaram o seu desempenho industrial nas bases da engenharia e
manutenção.
Nos últimos anos, com a intensa concorrência, os prazos de entrega dos produtos passaram a
ser relevantes para todas as empresas. Com isso, surgiu a motivação para se prevenir contra as
falhas de máquinas e equipamentos.
Em suma, nos últimos vinte anos é que tem havido preocupação de técnicos e empresários para
o desenvolvimento de técnicas específicas para melhorar o complexo sistema homem / Máquina
/Serviço.
CONCEITO E OBJETIVOS
A manutenção ideal de uma máquina é a que permite alta disponibilidade para uma produção
durante todo o tempo em que ela estiver em serviço e a um custo adequado.
Os serviços de rotina constam de inspeção e verificação das condições técnicas das unidades das
máquinas.
A detecção e a identificação de pequenos defeitos dos elementos das máquinas, a verificação dos
sistemas de lubrificação e a constatação de falhas de ajustes são exemplos dos serviços da manutenção
de rotina.
A responsabilidade pelos serviços de rotina não é somente do pessoal da manutenção, mas também de
todos os operadores de máquinas. Salientemos que há, também, manutenção de emergência ou corretiva
que será estudada logo adiante.
Os serviços periódicos de manutenção consistem de vários procedimentos que visam manter a máquina e
equipamentos em perfeito estado de funcionamento.
Os serviços periódicos de manutenção podem ser feitos durante paradas longas das
máquinas por motivos de quebra de peças (o que deve ser evitado) ou outras falhas, ou durante
o planejamento de novo serviço ou, ainda, no horário de mudança de turnos.
Reparos não programados também ocorrem e estão inserido na categoria conhecida pelo nome
de manutenção corretiva .
Por exemplo, se uma furadeira de bancada estiver em funcionamento e a correia partir, ela
deverá ser substituída de imediato para que a máquina não fique parada .
O acompanhamento e o registro do estado da máquina, bem como dos reparos feitos, são
fatores importantes em qualquer programa de manutenção.
TIPOS DE MANUTENÇÃO
a) A manutenção planejada e
Esses dados são obtidos por meio de um acompanhamento do desgaste de peças vitais de
conjuntos de máquinas e de equipamentos. Testes periódicos são efetuados para determinar a
época adequada para substituições ou reparos de peças.
Modernamente existem empresas que aplicam o chamado retrofitting, que são reformas de
equipamentos com atualização tecnológica. Por exemplo, reformar um torno mecânico do tipo
convencional transformando-o em torno CNC é um caso de retrofitting.
Nas instalações industriais, todas as paradas para manutenção constituem uma preocupação
constante para a programação da produção. Se as paradas não forem previstas, ocorrem vários
problemas, tais como:
A função programar significa determinar pessoal, dia e hora para execução dos trabalhos.
Um plano de manutenção deve responder às seguintes perguntas:
x Como?.
x O quê?.
x Em quanto tempo?.
x Quem?.
x Quando?.
x Quanto?
As três primeiras perguntas ( Como? O quê? Em quanto tempo? ) são essenciais para o
planejamento e as três últimas, imprescindíveis para a programação.
O plano de execução deve ser controlado para se obter informações que orientem a tomada de
decisões quanto a equipamentos e equipes de manutenção.
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Manutenção 7
O controle é feito por meio de coleta e tabulação de dados, seguidos de interpretação. É desta
forma que são estabelecidos os padrões ou normas de trabalho.
ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
O maior risco que a manutenção pode sofrer, especialmente nas grandes empresas, é o da
perda do seu principal objetivo, por causa, principalmente, da falta de organização e de uma
administração excessivamente burocratizada.
TPM : PLANEJAMENTO,ORGANIZAÇÃO,ADMINISTRAÇÃO
Durante muito tempo as indústrias funcionaram com o sistema de manutenção corretiva. Com
isso, ocorriam desperdícios, re-trabalhos, perda de tempo e de esforços humanos, alem de
prejuízos financeiros.
A partir de uma análise desse problema, passou-se a dar ênfase na manutenção preventiva.
Com enfoque nesse tipo de manutenção, foi desenvolvido o conceito de manutenção produtiva
total , conhecido pela sigla TPM ( total productive maintenance), que inclui todos os programas
de manutenção preventiva e preditiva.
A ORIGEM DA TPM
A manutenção preventiva teve sua origem nos Estados Unidos e foi introduzida no Japão
em 1950.
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8 Manutenção
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Os cinco pilares da TPM são as bases sobre as quais construímos um programa de TPM,
envolvendo toda a empresa e habilitando-a para encontrar metas, tais como defeito zero, falhas
zero, aumento da disponibilidade de equipamento e lucratividade.
x Eficiência;
x Auto-reparo;
x Planejamento;
x Treinamento;
x Ciclo de vida.
ESQUEMATICAMENTE:
OBJETIVOS DA TPM
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x Incentivar estudos e sugestões para modificação dos equipamentos existentes a fim de poder
melhorar seu rendimento.
APLICAR O PROGRAMA DOS OITO S:
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A idéia da “quebra zero” baseia-se no conceito de que a quebra é a falha visível. A falha
visível é causada por uma coleção de falhas invisíveis como um iceberg.
As falhas invisíveis normalmente deixam de ser detectadas por motivos físicos e psicológicos.
MOTIVOS FÍSICOS
As falhas não são visíveis por estarem em local de difícil acesso ou encobertas por detritos e
sujeiras.
MOTIVOS PSICOLÓGICOS
As falhas deixam de ser detectadas devido à uma falta de interesse ou de uma capacitação dos
operadores ou mantenedores.
MANUTENÇÃO AUTÔNOMA
x Inspeção autônoma.
x Monitoração com base nos seguintes sentidos humanos: visão, audição, olfato e
tato.
x Lubrificação.
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Efeitos da TPM na melhoria dos recursos humanos. Na forma como é proposta, a TPM oferece
plenas condições para o desenvolvimento das pessoas que atuam em empresas preocupadas
com manutenção.
x Realização (autoconfiança).
Para finalizar “a manutenção não deve ser apenas aquela que conserta, mas, sim, aquela que
elimina a necessidade de consertar”.
É indispensável e deve ser constante. Por outro lado, é necessário manter a produção,
conforme o cronograma estabelecido.Esses dois aspectos levantam a questão de como conciliar
o tempo com a paradas das máquinas para manutenção sem comprometer a produção.
ROTINA DE PLANEJAMENTO
O setor de planejamento recebe as requisições de serviço, analisa o que e como deve ser feito,
quais as especialidades e grupos envolvidos, e os materiais e ferramentas a serem utilizados.
Isso resulta no plano de operações, na lista de materiais para empenho ou compra de estoque e
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outros documentos complementares como relação de serviços por grupo, ordens de serviço etc.
x Construir PERT-CPM;
É uma construção gráfica simples que permite construir e visualizar rapidamente a seqüência
lógica das operações.
Exemplo:
DIAGRAMA DE GANTT
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O começo gráfico de cada tarefa ocorre somente após o término das atividades das quais
depende.
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Apesar desta facilidade, o diagrama de Gantt não resolve todas as questões, tais como:
Para resolver as questões que o diagrama de Gantt não consegue solucionar, foram criados os
métodos PERT - CPM.
O PERT foi desenvolvido pela NASA com o fim de controlar o tempo e a execução de tarefas
realizadas pela primeira vez.
O CPM foi criado na empresa norte-americana Dupont com o objetivo de realizar as paradas de
manutenção no menor prazo possível e com o nível constante de utilização dos recursos.
Os dois métodos são quase idênticos; porém, as empresas, em termos de manutenção, adotam
basicamente o CPM .
MÉTODO CPM
O CPM se utiliza de construções gráficas simples como flechas, círculos numerados e linhas
tracejadas, que constituem, respectivamente:
x O diagrama de flechas;
x A atividade fantasma;
x O nó ou evento.
DIAGRAMA DE FLECHAS
É representada por uma flecha. Cada flecha tem uma ponta e uma cauda. A cauda representa o
início da operação e a ponta marca o seu final.
As flechas são usadas para expressar as relações entre as operações e definir uma ou mais das
seguintes situações:
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ATIVIDADE FANTASMA
É uma flecha tracejada usada como artifício para identificar a dependência entre operações.
x W deve preceder Y;
x K deve preceder Z;
x Y deve seguir-se a W e K.
Cada uma dessas operações requer um tempo de execução, enquanto a atividade fantasma é
um ajuste do cronograma, isto é, depende apenas da programação correta.
NÔ OU EVENTO :
São círculos desenhados no início e no final de cada flecha. Têm o objetivo de facilitar a
visualização e os círculos de tempo.
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Exemplo:
O nó não deve ser confundido com uma atividade que demande tempo. Ele é um
instante, isto é, um limite entre o início de uma atividade e o final de outra.
Para construir o diagrama é preciso ter em mãos a lista das atividades, os tempos e a seqüência
lógica.
O que fazer ?
O CAMINHO CRÌTICO
É um caminho percorrido através dos eventos (nós) cujo somatório dos tempos condiciona a
duração do trabalho. Por meio do caminho crítico obtém-se a duração total do trabalho e a folga
das tarefas que n„o controlam o término do trabalho.
Há, pois, um caminho com duração superior aos demais, que condiciona a duração do projeto.
x Identificar as atividades críticas que n„o podem sofrer atrasos, permitindo um controle
mais eficaz das tarefas prioritárias;
Frequentemente, o caminho critico é tão maior que os demais que basta acelerá-lo para acelerar
todo o trabalho.
Tendo em vista o conceito do caminho crítico, pode-se afirmar que as tarefas C e E do diagrama
anterior podem atrasar até duas horas sem comprometer a duração total.
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Nas paradas para reformas parciais ou totais, após o balanceamento dos recursos físicos e
humanos com programação de trabalho em horários noturnos e em fins de semana,pode ocorrer
ainda a carência de mão de obra.
Essas decisões só podem ser tomadas após a análise e comprovação prática das carências.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
De tempos em tempos o usuário deverá· trocar o óleo do cárter. Não realizando essa operação
periódica, estaria correndo o risco de danificar os elementos que constituem o motor.
Como o usuário faria para poder controlar essa troca periódica do óleo do motor?
Para realizar esse controle, o usuário deverá acompanhar a quilometragem do carro e, baseado
nela, fazer a previsão da troca do óleo.
CONCEITOS
O controle das peças de reposição é um problema que atinge todos os tipos de indústria. Uma
das metas a que se propõe o órgão de manutenção preventiva.
È a diminuição sensível dos estoques. Isso se consegue com a organização dos prazos para
reposição de peças.
Assim, ajustam-se os investimentos para o setor. Se uma peça de um conjunto que constitui um
mecanismo estiver executando seu trabalho de forma irregular,ela estabelecerá,fatalmente, uma
sobrecarga nas demais peças que estão interagindo com ela.
Como conseqüência,a sobrecarga provocará a diminuição da vida útil das demais peças do
conjunto.
O problema só poderá ser resolvido com a troca da peça problemática, com antecedência, para
preservar as demais peças.
A improvisação pode e deve ser evitada por meio de métodos preventivos estabelecidos pelos
técnicos de manutenção preventiva. A aplicação de métodos preventivos assegura um trabalho
uniforme e seguro.
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20 Manutenção
O planejamento e a organização, fornecidos pelos métodos preventivos, são uma garantia aos
homens da produção que podem controlar, dentro de uma faixa de erro mínimo, a entrada de
novas encomendas.
Com o tempo, muitas industriais foram se conscientizando de que uma máquina que funcionava
ininterruptamente até quebrar acarretava vários problemas que poderiam ser evitados com uma
simples paradas preventivas para lubrificação, troca de peças gastas e ajustes.
Com o auxílio dos relatórios escritos sobre os trabalhos realizados, são eliminados os problemas
ou inconveniências das quebras inesperadas.
Com isto evita- se a difícil tarefa de trocas rápidas de máquinas e improvisações que causam o
desespero do pessoal da manutenção corretiva.
A manutenção preventiva abrange uns cronogramas nos quais são traçados planos e revisões
periódicas completas para todos os tipos de materiais utilizados nas oficinas. Ela inclui, também,
levantamentos que visam facilitar sua própria introdução em futuras ampliações do corpo da
fábrica.
O sistema deve abranger todos os setores da indústria para garantir um perfeito entrosamento
entre eles, de modo tal que, ao ser constatada uma anomalia, as providências independam de
qualquer outra regra que porventura venha a existir em uma oficina.
A manutenção preventiva nunca deverá ser confundida com o órgão de comando, apesar dela
ditar algumas regras de conduta a serem seguidas pelo pessoal da fábrica.
A manutenção preventiva, por ter um alcance extenso e profundo, deve ser organizada. Se a
organização da manutenção preventiva carecer da devida solidez, ela provocará desordens e
confusões.
Por outro lado, a capacidade e o espírito de cooperação dos técnicos são fatores importantes
para a manutenção preventiva.
A manutenção preventiva deve, também, ser sistematizada para que o fluxo dos trabalhos se
processe de modo correto e rápido. Sob esse aspecto, é necessário estabelecer qual dever· ser
o sistema de informações empregado e os procedimentos adotados.
A manutenção preventiva exige, também, um plano para sua própria melhoria. Isto é conseguido
por meio do planejamento, execução e verificação dos trabalhos que são indicadores para se
buscar a melhoria dos métodos de manutenção, das técnicas de manutenção e da elevação dos
níveis de controle .
Isso vale a pena, pois a instalação de um método de manutenção preventiva, pela maioria das
grandes empresas industriais, é a prova concreta da pouca eficiência do método de manutenção
corretiva.
OBJETIVOS
a) REDUÇÃO DE CUSTOS :
Em sua grande maioria, as empresas buscam reduzir os custos incidentes nos produtos que
fabricam.
A manutenção preventiva pode colaborar atuando nas peças sobressalentes, paradas de
emergência etc., aplicando o mínimo necessário, ou seja, sobressalente X compra direta; horas
ociosas X horas planejadas; material novo X material recuperado.
b) QUALIDADE DO PRODUTO :
A concorrência no mercado nem sempre ganha com o menor custo. Muitas vezes ela ganha com
um produto de melhor qualidade.
Para atingir a meta qualidade do produto, a manutenção preventiva deverá ser aplicada com
maior rigor, ou seja: máquinas deficientes X máquinas eficientes; abastecimento deficiente X
abastecimento otimizado.
c) AUMENTO DE PRODUÇÃO :
A manutenção preventiva colabora para o alcance dessa meta atuando no binômio produção
atrasada X produção em dia.
Em determinadas empresas, o ponto mais crítico é a poluição causada pelo processo industrial.
O aumento da vida útil dos equipamentos é um fator que, na maioria das vezes, não pode ser
considerado de forma isolada. Esse fator, geralmente, é conseqüência de:
x Redução de custos;
x Qualidade do produto;
x Aumento de produção;
A manutenção preventiva, atuando nesses itens, contribui para o aumento da vida útil dos
equipamentos.
Não são raros os casos de empresas cujo maior problema é a grande quantidade de acidentes.
Os acidentes no trabalho causam:
x Aumento de custos;
x Diminuição de produção;
Consideremos uma indústria ainda sem nenhuma manutenção preventiva, onde não haja
controle de custos e nem registros ou dados históricos dos equipamentos.
Se essa indústria desejar adotar a manutenção preventiva, deverá percorrer as seguintes fases
iniciais de desenvolvimento:
a) Decidir qual o tipo de equipamento que deverá marcar a instalação da manutenção preventiva
com base no “feeling” da supervisão de manutenção e de operação.
a) FERRAMENTAL E PESSOAL :
Se uma empresa contar com um modelo organizacional último, com material sobressalente
adequado e racionalizado, com bons recursos humanos, com bom ferramental e instrumental e
não tiver quem saiba manuseá-los, essa empresa estará perdendo tempo no mercado.
b) CONTROLE DA MANUTENÇÃO :
É por meio das fichas individuais que se faz o registro da inspeção mecânica da máquina e, com
base nessas informações, a programação de sua manutenção.
a).- Manual,
d).- microcomputador.
CONTROLE MANUAL :
É o sistema no qual a manutenção preventiva e corretiva são controladas e analisadas por meio
de formulários e mapas, preenchidos manualmente e guardados em pastas de arquivo.
Esquematicamente:
CONTROLE SEMI-AUTOMATIZADO :
Esquematicamente:
A fonte de dados desse sistema deve fornecer todas as informações necessárias para serem
feitas as requisições de serviço, incluindo as rotinas de inspeção e execução. O principal
relatório emitido pelo computador deve conter, no mínimo:
x Os serviços realizados;
x Os serviços cancelados.
Esses dados são fundamentais para a tomada de providências por parte da supervisão.
CONTROLE AUTOMATIZADO :
É o sistema em que todas as intervenções da manutenção tem seus dados armazenados pelo
computador, para que se tenha listagens, gráficos e tabelas para analise e tomada de decisões,
conforme a necessidade e conveniência dos vários setores da manutenção.
Esquematicamente:
Esquematicamente:
MANUTENÇÃO PREDITIVA
Estudos posteriores revelaram que, para aperfeiçoar o processo com ganhos de produção,
era preciso, entre outros procedimentos, incluir a manutenção preditiva no programa de
manutenção.
Manutenção preditiva é aquela que indica as condições reais de funcionamento das máquinas
com base em dados que informam o seu desgaste ou processo de degradação.
Trata - se da manutenção que prediz o tempo de vida útil dos componentes das máquinas e
equipamentos e as condições para que esse tempo de vida seja bem aproveitado.
Por meio desses objetivos, pode-se deduzir que eles estão direcionados a uma finalidade maior
e importante: redução de custos de manutenção e aumento da produtividade.
x Pressão;
x Temperatura;
x Desempenho;
x Aceleração.
A manutenção preditiva, após a analise dos fenômenos, adota dois procedimentos para atacar
os problemas detectados: estabelece um diagnóstico e efetua uma análise de tendências.
DIAGNÓSTICO
A análise consiste em prever com antecedência a avaria ou a quebra, por meio de aparelhos que
exercem vigilância constante predizendo a necessidade do reparo.
Graficamente temos:
A manutenção preditiva, geralmente, adota vários métodos de investigação para poder intervir
nas máquinas e equipamentos.
O princípio de análise das vibrações baseia-se na idéia de que as estruturas das máquinas
excitadas pelos esforços dinâmicos (ação de forças) dão sinais vibratórios, cuja freqüência é
igual à freqüência dos agentes excitadores.
O registro das vibrações e sua análise permitem identificar a origem dos esforços presentes
em uma máquina operando.
Por meio da medição e análise das vibrações de uma máquina em serviço normal de produção
detecta-se, com antecipação, a presença de falhas que devem ser corrigidas:
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Manutenção 29
x Rolamentos deteriorados;
x Engrenagens defeituosas;
x Acoplamentos desalinhados;
x Rotores desbalanceados;
x Vínculos desajustados;
x Eixos deformados;
x Lubrificação deficiente;
x Falta de rigidez;
x Problemas aerodinâmicos;
x Problemas hidráulicos;
x Cavitação.
Analisadores de vibrações tipo portáteis : São aqueles que podem ser transportados de
forma manual de um lado para outro.
Analisadores de vibrações tipo fixo : São aqueles que são instalados definitivamente nas
máquinas com a missão de executar uma monitoração constante.
Na figura abaixo pode-se observar, um operador usando um analisador de vibrações portátil e,
em destaque, o aparelho.
É por meio das análises que o serviço de manutenção pode determinar o momento adequado
para sua troca ou renovação, tanto em componentes mecânicos quanto hidráulicos.
Através das análises dos óleos nos permite, também, identificar os primeiros sintomas de
desgaste de um componente.
A identificação é feita a partir do estudo das partículas sólidas que ficam misturadas com os
óleos.
Tais partículas sólidas são geradas pelo atrito dinâmico entre peças em contato.
A análise dos óleos é feita por meio de técnicas laboratoriais que envolvem vidrarias, reagentes,
instrumentos e equipamentos.
x Índice de viscosidade;
x Índice de acidez;
x Índice de alcalinidade;
x Ponto de fulgor;
x Ponto de congelamento.
x Resíduos de carbono;
x Partículas metálicas;
x Água.
Assim como no estudo das vibrações, a análise dos óleos é muito importante na manutenção
preditiva. É a análise que vai dizer se o óleo de uma máquina ou equipamento precisa ou não
ser substituído e quando isso deverá ser feito.
A análise das superfícies das peças, sujeitas aos desgastes provocados pelo atrito, também é
importante para se controlar o grau de deteriorização das máquinas e equipamentos.
A análise superficial abrange, além do simples exame visual com ou sem lupa.
Existem várias técnicas analíticas, tais como:
x Endoscopia;
x Holografia;
x Estroboscopia;
x Molde e impressão.
ANÁLISE ESTRUTURAL
x Interferometria holográfica;
x Ultra sonografia;
x Magnetoscopía;
x Correntes de Foucault;
A coleta de dados é efetuada periodicamente por um técnico que utiliza sistemas portáteis
de monitoramento.
x Melhoria da segurança;
TEROTECNOLOGIA
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34 Manutenção
Por exemplo, reformar um torno mecânico do tipo convencional transformando-o em torno CNC
é um caso de retrofitting.
MANUTENÇÃO CORRETIVA
É uma técnica de manutenção, na qual se aplica uma assistência técnica de uma ação
imediata aos equipamentos e instrumentos da produção industrial que apresentarem falhas
ou ocasionem paradas de produção.
Isto sempre acontece porque não e previsível quando será a solicitação do pessoal da
manutenção.
As industrias que não possuem uma manutenção do tipo programada e bem administrada
tendem a conviver com um caos geral, devido a que nunca se terá pessoal suficiente disponível
para atender as solicitações de serviços.
Nas industrias e comum observar equipes de manutenção aceitarem serviços que são obras e
montagens para execução, e nunca se cumprem os prazos fixados, por motivo de que em
determinadas ocasiones terão que se escolher quais serão atendidas, as emergências ou se
continuam executando e montando o que já estava programado.
Nas indústrias as ocorrências de emergência são inevitáveis, por esta razão, sempre
haverá a necessidade de se ter e manter de forma fixa uma equipe para poder atender estes
acontecimentos.
Nas empresas que não podem ter ocorrências de emergência, as vezes elas acontecem e os
resultados geralmente são catastróficos. Exemplo : As empresas aéreas.
Nas empresas onde é usual a convivência com emergências, que podem ter possíveis
desastres,deve existir sempre uma equipe que seja especializada neste tipo de manutenção,
cuja função será eliminar ou minimizar estas emergências.
A equipe de manutenção corretiva em uma empresa tem que estar sempre em um local
específico, para poder ser facilmente localizada e poder atender a produção de forma imediata.
Neste relatório o analista pode e deve sugerir algumas providencias ou as modificações que
serão tomadas no projeto da maquina para que este tipo de avaria apresentado ou ocorrido seja
solucionado e não venha a se repetir.
MANUTENÇÃO A DEMANDA
É uma técnica de manutenção, na qual se aplica uma assistência técnica, aos equipamentos
industriais e / ou instrumentos depois de haver sido constatada e / ou verificada a falha de forma
concreta.
SÃO ORIGINADAS,
E SE ELIMINANDO AS CAUSAS
EMERGÊNCIA “.
.............. ------- ............
Jaime Plasser
ALINHAMENTOS DE MÁQUINAS
O objetivo do alinhamentoOéobjetivo
como característica principal
como
garantir do
eliminar
o bom funcionamento
alinhamento
vibrações,
característica aquecimento
principal
dosoequipamentos
é garantir
eliminarevibrações,
rotativos
bom funcionamento dostendo,
dar maior durabilidade
aquecimentoaos
equipamentos rotativos te
e dar maior durabilidade ao
componentes. componentes.
TIPOS DE DESALINHAMENTOS TIPOS DE DESALINHAMENTOS
Os desalinhamentos podem
Os ser radial, INTRODUÇÃO
angular podem
desalinhamentos ou os dois combinados,
ser radial, angularseja no dois
ou os plano horizontal seja no plano hori
combinados,
INTRODUÇÃO
ou no vertical. ou no vertical.
DESALINHAMENTO RADIALDESALINHAMENTO
OU PARALELO RADIAL OUOU
DESALINHAMENTOANGULAR PARALELO
AXIAL
DESALINHAMENTOANGULAR OU AXIAL
Figura Nº 01 FiguraNºNº0201
Figura Figura Nº 02
DESALINHAMENTOANGULAR DESALINHAMENTOANGULAR
OU AXIAL OU AXIAL
Figura Nº 02 Figura Nº 02
DESALINHAMENTO MISTODESALINHAMENTO MISTO
Figura Nº 03 Figura Nº 03
MÉTODOS DE ALINHAMENTO
RELÓGIO COMPARADOR 3
O alinhamento com relógio comparador deve ser executado em função da precisão exigida para
o equipamento, a rotação e importância no processo.
• Para a verificação do alinhamento Paralelo e Angular devemos posicionar o relógio com a base
magnética sempre apoiada na parte do motor.
Já o sensor do relógio para alinhamento
DESALINHAMENTO Paralelo, deve ser
MISTO DESALINHAMENTO posicionado perpendicularmente ao
MISTO
acoplamento da Figura
parte acionada,
Nº 03 enquanto Figura
que, no Nº 03
alinhamento Angular, o sensor deve estar
posicionado axialmente em relação ao seu eixo.
Figura Nº 04
Figura Nº 05
4
Figura Nº 04
Figura Nº 05
Figura Nº 06
Figura
Escola Nº 05 Status
Técnica
•ALINHAMENTO
38 Manutenção
Figura Nº 06
•ALINHAMENTO
A realização de um bom alinhamento não depende, tão somente, de quem o faz, por isso,
devemos observar, antes da execução do serviço, os itens abaixo:
•NIVELAMENTO
Este processo é de grande importância, considerando que todas as dificuldades que possamos
ter na realização do alinhamento final, terão origem na não observação desse detalhe. Por isso,
devemos deixar os dois equipamentos o mais plano possível.
•CENTRALIZAÇÃO
Deve-se, observar a centralização das funções que servirão de fixação dos equipamentos.
•DISPOSITIVOS DE DESLOCAMENTO
A instalação de dispositivos de deslocamento (macaquinhos) em posições estratégicas na base
de assentamento servem para permitir maior precisão de deslocamento horizontal.
Para que se realize a correção do alinhamento, com rapidez e qualidade, é recomendável que
seja executada na seguinte seqüência prática:
• Correção do Angular Vertical;
• Correção do Paralelo Vertical;
• Correção do Angular Horizontal;
• Correção do Paralelo Horizontal.
Instale o relógio como mostra a Figura Nº 09, certifique-se de que a sua base esteja firmemente
posicionada após ter instalado o relógio, gire o seu dial até zerá-lo. Em seguida gire os dois 6
eixos, simultaneamente, e leia as medidas nos pontos 0º, 90º, 180º e 270º.
Registre todas as medidas (Figura Nº 10).
Figura Nº 07
Figura Nº 08
Figura Nº 08
Figura Nº 09 Figura Nº 10
Figura Nº 09Nº 10
Figura
Figura Nº 10
Figura Nº 11
Figura Nº 11
Figura Nº 11
Figura Nº 12
Analisando
Analisando os registros, verifiqueosemregistros, verifique
que posição emo que
se encontra posiçãoComparar
equipamento. se encontra
os o equipamen
valores
valores encontrados com as encontrados com as tolerâncias
tolerâncias do acoplamento do esteja
(tabela). Caso acoplamento (tabela). Caso este
desalinhado,
aplicar esses valores na fórmula que veremos mais à frente.
aplicar esses valores na fórmula que veremos mais à frente.
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Esse cálculo permitirá que se determine o deslocamento no plano vertical, com a retirada ou
colocação de calços (traseiros ou dianteiros), proporcionando um alinhamento mais rápido.
Esse cálculo permitirá que se determine o deslocamento no plano vertical, c
ALINHAMENTO RADIAL COM RÉGUA E CALIBRADOR DE FOLGA
Suponhamos quecolocação deacionamento
o conjunto de calços (traseiros ou dianteiros),
com desalinhamento proporcionando
radial seja um alinhamen
o da Figura Nº 05.
O primeiro passo será colocar a régua apoiada na metade mais alta do acoplamento (Figura
Nº 06); o segundo passo será introduzir o calibrador no espaço entre a régua e a metade do
acoplamento mais baixa.
ALINHAMENTO RADIAL COM RÉGUA E CALIBRADOR DE
Suponhamos
A medida lida corresponde que odosconjunto
à espessura calços node acionamento
plano com desalinhamento
vertical ou o deslocamento no plano radial se
horizontal. O primeiro passo será colocar a régua apoiada na metade mais alta do a
Nº 06); o segundo passo será introduzir o calibrador no espaço entre a régu
acoplamento mais baixa.
A medida lida corresponde à espessura
Escola Técnica Status dos calços no plano vertical ou o de
horizontal.
ALINHAMENTO RADIAL COM RÉGUA E CALIBRADOR DE FOLGA
Suponhamos que o conjunto de acionamento com desalinhamento radial seja o da Figura Nº 05.
O primeiro passo será colocar a régua apoiada na metade mais alta do acoplamento (Figura
Nº 06); o segundo passo será introduzir o calibrador no espaço entre a régua e a metade do
acoplamento mais baixa.
Manutenção 41
A medida lida corresponde à espessura dos calços no plano vertical ou o deslocamento no plano
horizontal.
Figura Nº 05
Figura Nº 06
Onde:
H = espessura
Esse cálculo do calço
permitirá que se determine o deslocamento no plano vertical, com a retirada ou 10
X =de
colocação leitura dada
calços pelo relógio
(traseiros ou calibrador
ou dianteiros), de folga
proporcionando um alinhamento mais rápido.
L = distância entre centro do acoplamento e os pontos de fixação do equipamento.
ALINHAMENTO
D = diâmetro RADIAL descrita
da circunferência COM RÉGUA E CALIBRADOR
pela ponta do relógio DE FOLGA
Suponhamos que o conjunto de acionamento com desalinhamento radial seja o da Figura Nº 05.
O primeiro passo será colocar a régua apoiada na metade mais alta do acoplamento (Figura
Exemplo:
Nº 06); o segundo
Suponhamos que passo será introduzir
foram obtidas o calibrador
as seguintes no espaço entre a régua e a metade do
leituras:
acoplamento mais baixa.
A medida lida corresponde à espessura dos calços no plano vertical ou o deslocamento no plano
horizontal.
Figura Nº 05
Figura Nº 06
Na horizontal temos:
11
SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES
Os procedimentos abaixo descreverão uma rotina lógica de operação.
12
• Retire todos os calços do motor elétrico sobre a base e faça uma limpeza. No caso de base
nova, remova a tinta de proteção.
• Posicione o motor, colocando-o mais próximo possível da folga axial desejada entre os cubos
(consultar tabela para tipo de acoplamento). Procure fixar os parafusos da base do motor com o
mesmo torque, colocando a base do relógio em um ponto fixo e o sensor na parte superior do pé
do motor ( mais próximo possível do parafuso de fixação) para verificar se há algum apoio falso.
Caso haja, deverá ser corrigido, colocando-se calços na medida indicada pelo relógio.
Observação: A base do relógio ou dispositivo deve estar fixada no eixo do condutor (motor) de
referência, a 180º um do outro, o que facilitará o acompanhamento da leitura.
• Dê uma ou mais voltas completas no acoplamento, até que sejam definidas as diferenças
encontradas.
• Corrija, primeiro, a diferença angular vertical, colocando calços onde for necessário.
Use a fórmula
44 Manutenção
•Faça leitura do desalinhamento radial horizontal.
•Torne a apertar todos os parafusos de fixação e faça nova leitura, encontrando os valores 13
desejados. Dê como concluído o alinhamento.
INTERPRETAÇÃO DO RELÓGIO
Mostraremos agora como interpretar as leituras obtidas. Toda vez que a haste do relógio for
pressionada, o relógio indicará leituras positivas, e quando a mesma for distendida, indicará
leituras negativas.
Analisando as leituras encontradas no esquema abaixo, para corrigir o desalinhamento,
deveremos proceder da seguinte forma:
Como na posição 180º a leitura deu negativa, indicando que o acoplamento está “aberto”
embaixo e o motor está mais baixo, como mostra o paralelo vertical, é conveniente levantar a
dianteira em 4,58mm.
Paralelo vertical
Como a leitura deu negativo, a haste foi distendida, portanto o motor está
abaixo. Devemos levantá-lo por igual em 1,5mm.
-3,0 2 = 1,5
Angular horizontal
Na posição 90º a leitura foi de +0,8 indicando “fechado”, em 270º com
14
Escola Técnica Status
Manutenção 45
Paralelo horizontal:
Como a medida maior foi positiva e está em 90º, isto indica que a
haste foi pressionada nesta posição.
-1,4 2 = 0,7 Devemos então deslocar o motor em 0,7mm para 90º
Exercícios:
Baseado no exemplo anterior, faça os exercícios seguintes:
1).-
2).-
15
Notas
1 - REDUTORES
O mesmo procedimento deverá ser empregado para alinhamento de redutores, conforme
descrição anterior, exceto os três primeiros tópicos do item 7.
2 - Quando não dispomos da tolerância máxima de desalinhamento permissível do acoplamento,
devemos utilizar as seguintes fórmulas práticas:
16
Jaime Plasser
ANÁLISE FDE
I M
VIBRAÇÕES
VIBRAÇÃO MECÁNICA
VIBRAÇÃO
VIBRAÇÃO MECÂNICA:
MECÂNICA:
A Avibração
vibraçãomecânica
mecânica é é um
um tipo
tipodedemovimento,
movimento,nono qual
qual se se considera
considera umauma
massamassa reduzida
reduzida a um a um
ponto
pontoou ou partícula
partícula submetida
submetida aa uma umaforça.
força.A Aação ação
dede umauma força
força sobre
sobre o ponto
o ponto obriga-o
obriga-o a a
executar
executarum ummovimento vibratório.
movimento vibratório.
NoNodetalhe
detalhe da
da figura anterior, oo ponto
figura anterior, pontoP,P,quando
quando emem repouso
repouso ou ou
nãonão estimulado
estimulado pela pela
força,força,
localiza-se
localiza-sesobre
sobre oo eixo x.x. Sendo
Sendoestimulado
estimuladopor por umaforça,
uma força,
eleele se mover·
se mover· na direção
na direção do y,eixo y,
do eixo
entreduas
entre duasposições
posições limites,
limites, eqüidistantes
eqüidistantes dedex, x, percorrendo
percorrendo a distância 2D, 2D,
a distância isto é,
istoo é,
ponto P
o ponto P
realizaum
realiza ummovimento
movimento oscilatório
oscilatóriosobre
sobreo oeixo
eixox. x.
Paraque
Para queoomovimento
movimento oscilatório
oscilatóriodo doponto
pontoP Psese constitua
constituanuma
numavibração, ele deverá
vibração, percorrer
ele deverá a
percorrer a
trajetória 2 D , denominada trajetória completa ou ciclo, conhecida pelo
trajetória 2 D , denominada trajetória completa ou ciclo, conhecida pelo nome de período denome de período de
oscilação.
oscilação.
Com base no detalhe da ilustração, podemos definir um deslocamento do ponto P no espaço.
Com base no detalhe da ilustração, podemos definir um deslocamento do ponto P no espaço.
Esse deslocamento pode ser medido pelo grau de distanciamento do ponto P em relação à sua
Esse deslocamento
posição pode o
de repouso sobre ser
eixomedido
x. pelo grau de distanciamento do ponto P em relação à sua
posição de repouso
O deslocamento do sobre
ponto P o eixo x. a existência de uma velocidade que poderá ser variável. Se
implica
Oadeslocamento do pontoexistirá
velocidade for variável, P implica
uma acerta
existência
aceleraçãode uma velocidade que poderá ser variável. Se
no movimento.
a velocidade for variável, existirá uma certa aceleração no movimento.
DESLOCAMENTO
DESLOCAMENTO
De acordo com o detalhe mostrado na ilustração, podemos definir o deslocamento como sendo
Dea acordo
medida com
do grau de distanciamento
o detalhe mostrado nainstantâneo
ilustração,que experimenta
podemos definirooponto P no espaço,
deslocamento comoemsendo
a relação
medidaà do
suagrau
posição
de de repouso sobre instantâneo
distanciamento o eixo x. que experimenta o ponto P no espaço, em
O ponto
relação P alcançará
à sua posiçãoseu valor máximo
de repouso sobreD,o de umx.e do outro lado do eixo x. Esse valor máximo
eixo
de deslocamento é chamado de amplitude
O ponto P alcançará seu valor máximo D, de um de deslocamento, sendo
e do outro lado domedida
eixo x. em micrometro
Esse valor máximo
(mm). Atenção: 1 mm = 0,001 mm = 10-3 mm
de deslocamento é chamado de amplitude de deslocamento, sendo medida em micrometro
(mm). Atenção: 1 mm = 0,001 mm = 10-3 mm
Por outro lado, o ponto P realiza uma trajetória completa em um ciclo, denominado período de
movimento , porém não é usual se falar em período e sim em freqüência de vibração. 18
18
FREQUENCIA
VELOCIDADE
Escola Técnica Status
O ponto P tem sua velocidade nula nas posições da amplitude máxima de deslocamento e
(Hz), que equivale a um ciclo por segundo.
Na literatura mecânica È comum encontrarmos rotações por minuto (rpm) e ciclos por minuto
(cpm) como unidades de freqüência. Essas unidades podem ser aceitas, considerando-se que o
movimento de rotação do eixo é a causa, em última instância, da existência de vibrações em
uma máquina, e aceitar que quando o eixo completa uma rotação, o ponto P descreverá um
48 número inteiro de trajetórias completas ou ciclos. Manutenção
VELOCIDADE
O ponto P tem sua velocidade nula nas posições da amplitude máxima de deslocamento e
velocidade máxima quando passa pelo eixo x, que é a posição intermediária de sua trajetória.
No SI, a unidade de velocidade é metros/segundo (m/s). No caso particular do ponto P, a
velocidade é expressa em mm/s .
ACELERAÇÂO
Como a velocidade do ponto P varia no decorrer do tempo, fica definida uma certa aceleração
para ele.
A variação máxima da velocidade é alcançada pelo ponto P em um dos pontos extremos de sua
trajetória, isto é, ao chegar à sua elongação máxima D.
Nessas posições extremas, a velocidade n„o somente muda de valor absoluto, como também de
sentido, já que neste ponto ocorre inversão do movimento. A aceleração do ponto P será nula
sobre o eixo x, pois sobre ele o ponto P estará com uma velocidade máxima.
Por meio da medição e análise das vibrações existentes numa máquina em operação, é possível
poder detectar com antecipação a presença de falhas que podem comprometer a continuidade
do serviço,ou mesmo colocar em risco sua integridade física ou a segurança do pessoal da área.
Com a aplicação do sistema de análise de vibrações é possível detectar e poder acompanhar o
desenvolvimento de falhas nos componentes das máquinas.
Por exemplo,pela análise de vibrações constatam-se as seguintes falhas:
• Rolamentos deteriorados;
• Engrenagens defeituosas;
• Acoplamentos desalinhados;
• Rotores desbalanceados;
• Vínculos desajustados;
• Eixos deformados;
• Lubrificação deficiente;
• Folgas excessivas em buchas;
19
• Falta de rigidez;
• Problemas aerodinâmicos ou hidráulicos;
• Cavitação;
• Desbalanceamento de rotores de motores elétricos.
O registro das vibrações das estruturas é efetuado por meio de sensores ou de captadores
colocados em pontos estratégicos das máquinas. Estes sensores transformam a energia
mecânica de vibração em sinais elétricos. Estes sinais elétricos são, a seguir, encaminhados
para os aparelhos registradores de vibrações ou para os aparelhos analisadores de vibrações.
Os dados armazenados nos registradores e nos analisadores são, em seguida, interpretados por
especialistas, e desse modo obtém-se uma verdadeira radiografia dos componentes de uma
máquina, seja ela nova ou velha .
A análise das vibrações também permite, por meio de comparação, identificar o aparecimento de
esforços dinâmicos novos, consecutivos a uma degradação o em processo de desenvolvimento.
Os níveis de vibrações de uma máquina podem ser representados de várias maneiras, porém a
maneira mais usual de representação é a espectral ou do tipo freqüêncial, onde a amplitude da
vibração é dada de acordo com a freqüência.
Os níveis de vibrações de uma máquina podem ser representados de várias maneiras, porém a
Manutenção mais usual de representação é a espectral ou do tipo freqüêncial, onde a amplitude da
maneira
49
vibração é dada de acordo com a freqüência.
Graficamente temos:
No ponto A0 temos a amplitude de uma certa vibração, e no ponto A1 a amplitude de uma outra
vibração.
A figura a seguir mostra um gráfico real de uma análise espectral. Esse gráfico foi gerado por um
analisador de vibrações completo.
20
50 Manutenção
• Picos que aparecem nas freqüências múltiplas ou como múltiplos da velocidade
desenvolvida pelo rotor
• Desalinhamento;
• Excitação hidrodinâmica;
Quando se tem um mau ajuste mecânico de um mancal, por exemplo, ou quando ocorre a
possibilidade de um movimento parcial dele, no plano radial surge uma vibração numa
freqüência duas vezes maior que a velocidade de rotação do eixo.
Essa vibração aparece por causa do efeito de desbalanceamento inicial e pode adquirir uma
grande amplitude em função do desgaste do mancal.
No caso de engrenamento entre uma coroa e um pinhão, por exemplo, ocorrerá sempre um
choque entre os dentes das engrenagens. Isto gera uma vibração no conjunto, cuja freqüência é
igual à velocidade de rotação do pinhão multiplicado pelo seu número de dentes.
O mau estado de uma correia em “V” provoca variação de largura, sua deformação, etc., e como
conseqüência faz surgir variações de tensão que, por sua vez, criam vibrações de freqüência
iguais àquela da rotação da correia.
Se as polias não estiverem bem alinhadas, haverá um grande componente axial nessa vibração.
Os principais fenômenos que podem criar picos com freqüências não relacionadas à freqüência
do rotor são causados pelos seguintes fatores:
Vibração de máquinas vizinhas: O solo, bem como o seu apoio de alvenaria que fixa a máquina,
pode transmitir vibração de uma máquina para outra.
Vibrações de origem elétrica : As vibrações das partes metálicas do estator e do rotor, sob uma
excitação do campo eletromagnético, produzem picos com freqüências iguais às daquele rotor.
O aumento dos picos pode ser um indício de degradação do motor; por exemplo, diferenças no
campo magnético do indutor devido ao número desigual de espiras no enrolamento do motor.
As máquinas são sempre projetadas para que tais freqüências de ressonância não se verifiquem
Vibração de máquinas vizinhas: O solo, bem como o seu apoio de alvenaria que fixa a máquina,
pode transmitir vibração de uma máquina para outra.
Vibrações de origem elétrica : As vibrações das partes metálicas do estator e do rotor, sob uma
excitação do campo eletromagnético, produzem picos com freqüências iguais às daquele rotor.
Manutenção 51
O aumento dos picos pode ser um indício de degradação do motor; por exemplo, diferenças no
campo magnético do indutor devido ao número desigual de espiras no enrolamento do motor.
As máquinas são sempre projetadas para que tais freqüências de ressonância não se verifiquem
em regime normal de funcionamento, aceitando-se o seu aparecimento somente em regimes
transitórios.
Cavitação :
A cavitação pode ser também identificada pelo ruído característico que produz.
A escamação de uma pista do rolamento provoca choques e uma ressonância do mancal que é
fácil de identificar com um aparelho de medida de ondas de choque.
Na análise espectral, esse fenômeno aparece nas altas freqüências, para uma densidade
espectral que aumenta à medida que os rolamentos deterioram.
Se a avaria no rolamento fosse em um ponto apenas, seria possível ver um pico de freqüência
ligada à velocidade do rotor e às dimensões do rolamento (diâmetro das pistas interiores e
exteriores, número de rolamentos etc.), porém isto é muito raro.
Atrito
O estado das superfícies e a natureza dos materiais em contato têm uma influencia sobre a
intensidade e a freqüência das vibrações assim criadas.
SENSORES OU CAPTADORES
Existem três tipos de sensores, baseados em três diferentes sistemas de transdução mecânico
elétricos:
• SENSORES ELETRODINÂMICOS
24
Estes tipos de sensores detectam vibrações absolutas de freqüências superiores a 3 Hz (180
cpm).
Sensor Eletrodinâmico
• SENSORES PIEZOELÈTRICOS
• SENSORES INDUTIVOS
Estes tipos de sensores (sem contato ou de proximidade) detectam vibrações relativas desde 0
Hz, podendo ser utilizados tanto para medir deslocamentos estáticos quanto dinâmicos.
REGISTRADORES
Os Registradores são instrumentos que medem a amplitude das vibrações, permitindo avaliar a
sua magnitude.
Medem, também, a sua freqüência, possibilitando identificar a fonte causadora das vibrações
25
ANALISADORES
Escola Técnica Status
Existem vários tipos e, entre eles, destacam-se:
a).- Os analisadores de medição global,
54 Manutenção
ANALISADORES
• A comparação de espectros;
Lubrificação
26
• Por gravidade
• Por capilaridade
• Por salpico
Escola Técnica Status
• Por imersão
• Por sistema forçado
• Tipo de lubrificante a ser empregado (graxa ou óleo)
• Viscosidade do lubrificante
• Quantidade do lubrificante
• Custo do dispositivo de lubrificação
Manutenção 55
Quanto ao sistema de lubrificação, esta pode ser:
• Por gravidade
• Por capilaridade
• Por salpico
• Por imersão
• Por sistema forçado
• A graxa.
• LUBRIFICAÇÃO MANUAL
A lubrificação manual é feita por meio de almotolias e não é muito eficiente, pois, não produz
uma camada homogênea de lubrificante.
Esse dispositivo possui uma agulha que passa por um orifício e cuja ponta repousa sobre o eixo.
Quando o eixo gira, imprime um movimento alternativo à agulha, liberando o fluxo de lubrificante,
que continua fluindo enquanto dura o movimento do eixo.
28
Escola
• LUBRIFICAÇÃO PORTécnica
BANHOStatus
DE ÓLEO
58 Manutenção
Nesse método, as peças a serem lubrificadas mergulham total ou parcialmente num recipiente
de óleo. O excesso de lubrificante é distribuído por meio de ranhuras a outras peças.O nível do
óleo deve ser constantemente controlado porque, além de lubrificar, ele tem a função de resfriar
a peça. Esse tipo de lubrificação é empregado em mancais de rolamentos de eixos horizontais e
em caixas de engrenagens.
31
É um método através do qual se aplica uma película de graxa sobre a peça a ser lubrificada.
Nesse método a graxa é introduzida por intermédio do pino graxeiro de uma bomba manual.
• COPO STAUFFER
Nesse método os copos são enchidos com graxa e, ao se girar a tampa a graxa é impelida pelo
orifício, localizada na parte inferior do copo.
Ao se encher o copo, deve-se evitar a formação de bolhas de ar. O copo deverá ser recarregado
de graxa quando a tampa rosqueada atingir o fim do curso da rosca.
33
Escola Técnica
• LUBRIFICAÇÃO Status
POR ENCHIMENTO
60 Manutenção
• SISTEMA CENTRALIZADO
• SISTEMA CENTRALIZADO
O sistema centralizado é um método de lubrificação a graxa ou a óleo que tem a finalidade de
lubrificar um elevado
O sistema número
centralizado de pontos,
é um método independentemente
de lubrificação de sua
a graxa ou a óleo localização.Esse
que tem a finalidade de sistema
possibilita
lubrificar um elevado número de pontos, independentemente de sua localização.Esse custos
o abastecimento da quantidade exata de lubrificante, além de reduzir sistema de mão-
de-obra de lubrificação.Um
possibilita o abastecimento da sistema centralizado
quantidade completo além
exata de lubrificante, possui os seguintes
de reduzir custos decomponentes:
mão-
bomba de-obra de lubrificação.Um
e manômetro; redes sistema centralizado(principal
de suprimento completo possui os seguintes válvulas
e distribuidores; componentes:
e porca de
bomba e manômetro; redes de suprimento
compressão; conexões e joelhos; acoplamentos e uniões). (principal e distribuidores; válvulas e porca de
compressão; conexões e joelhos; acoplamentos e uniões).
••SISTEMA OPERADO
SISTEMA OPERADO MANUALMENTE
MANUALMENTE
É empregado
É empregado nana
lubrificação
lubrificação de pontos
pontosdedemoderada
moderada freqüência.
freqüência. Geralmente
Geralmente são circuitos
são circuitos
pequenos.
pequenos. Nem Nem sempreesse
sempre esse sistema
sistema requer
requerretorno do do
retorno óleo,óleo,
e poreisto,
por éisto,
adequado para tipopara tipo
é adequado
perdaperda
total.total.
•• SISTEMA AUTOMATIZADO
SISTEMA AUTOMATIZADO
Empregam-se
Empregam-se osos
automáticos,
automáticos, onde há necessidade
onde há necessidade dede lubrificação
lubrificação contínua.
contínua. Hádispositivo
Há um um 34dispositivo
acoplado ao ao
acoplado motor
motorelétrico
elétrico que
que permite regularo onúmero
permite regular número de de operações
operações por de
por hora hora de efetivo
efetivo
trabalho.
trabalho.
34
Escola Técnica
PRECAUÇÕES NA APLICAÇÃO Status
DE LUBRIFICANTES
LUBRIFICAÇÃO A ÓLEO
a) Na lubrificação por Almotolia, a aplicação do óleo deve ser periódica e regular, evitando-se
sempre os excessos e vazamentos.
b) Nos dispositivos Semi-Automáticos, tais como copo conta-gotas, copo com agulha ou torcida
etc., os níveis devem ser verificados periodicamente.
c) Com os Lubrificadores do tipo perda total de óleo, os níveis devem ser estabelecidos de forma
cuidadosa.
Por ocasião do enchimento, certificar-se de que o mecanismo funciona corretamente, a agulha
está livre ou a torcida está em boas condições para conduzir o óleo aos pontos de aplicação.
d) Nos casos de lubrificação por Estopa, esta deverá estar corretamente embebida e ter contato
completo com o munhão a lubrificar.
f) Quando houver Anel lubrificador, deve-se estar certo de que ele gira com velocidade normal e
conduz bem o óleo do banho.
g) Lubrificadores mecânicos devem ter seu mecanismo bem ajustado, a fim de medir a
quantidade correta do óleo. Os visores devem estar limpos, sem a presença de água ou
impurezas. O óleo deve ser adicionado com a necessária freqüência.
35
LUBRIFICAÇÃO A GRAXA
a) Quando se faz a aplicação por Copos Stauffer, impõe-se o uso de graxa do tipo untuoso.
Os copos devem ser enchidos de modo a se evitar a formação de bolhas de ar.
b) No caso de lubrificação por meio de Pistola, deve-se previamente limpar o pino graxeiro.
c)
ACESSÓRIOS DE LUBRIFICAÇÃO
•TALHAACESSÓRIOS DE LUBRIFICAÇÃO
A talha serve para mover tambores de lubrificantes, podem ser manuais ou elétricas.
•TALHA
A talha serve para mover tambores de lubrificantes, podem ser manu
ACESSÓRIOS DE LUBRIFICAÇÃO
ACESSÓRIOS DE LUBRIFICAÇÃO
36
•TALHA •TALHA
A talha serve para mover tambores de lubrificantes, podem ser manuais ou elétricas.
ra mover tambores de lubrificantes, podem ser manuais ou elétricas.
• Empilhadeira • Empilhadeira
A empilhadeira é utilizada na
A empilhadeira é utilizada na estocagem de tambores.estocagem de tambores.
• Empilhadeira
A empilhadeira é utilizada na estocagem de tambores.
• Empilhadeira
é utilizada na estocagem de tambores.
• Tanque
O tanque é utilizado para a limpeza do equipamento de lubrificação.
Escola Técnica Status • Tanque
O tanque é utilizado para a limpeza do equipamento de lubrificação.
Manutenção 63
• Tanque
O tanque é utilizado para a limpeza do equipamento de lubrificação.
• Misturador
O misturador é grandemente aplicado para se misturar óleo solúvel com água. 37
• Torneira
A torneira é utilizada para retirar óleo do tambor e é aplicada nos orifícios dos bujões de
enchimento.
• Carrinhos de lubrificação
• Lubrificantes de fusos
• Lubrificantes de fusostêxteis
têxteis
São aparelhosSão
utilizados
aparelhospara retirar
utilizados paraóleo
retirarusado, limpar
óleo usado, o recipiente
limpar e aplicar
o recipiente e aplicar óleo
óleo novo.
novo.
• Comboio de lubrificação
• Comboio
O comboio de lubrificação denolubrificação
é utilizado abastecimento de lubrificantes a empresas de
O comboio de lubrificação
construção é utilizado
e as terraplanagem, no abastecimento
na lubrificação deescavadeiras,
de tratores, as lubrificantes a empresas de
motoniveladoras,
guindastes e outros equipamentos, sem necessidade dos equipamentos se afastarem do local
construção e as terraplanagem, na lubrificação de tratores, as escavadeiras, motoniveladoras,
de operação.
guindastes e outros equipamentos,
É montado sem necessidade
em sólida plataforma, especialmente dos equipamentos
projetada se afastarem
para ser instalada do local
sobre carroceria
• Comboio de lubrificação
de operação. de caminhão.
O comboio de lubrificação um é utilizado no abastecimento de lubrificantes a empresas de
É montado Além
em sólida plataforma,
da plataforma, especialmente
comboio de lubrificaçãoprojetada para sercomponentes:
possui os seguintes instalada sobre carroceria
propulsores
construção e as terraplanagem,
de graxa, naóleo,
propulsores de lubrificação de tratores, as
carretéis porta-mangueira paraescavadeiras, motoniveladoras,
graxa, carretéis portamangueiras
de caminhão.
guindastes e outros equipamentos,
para óleo, sem necessidade
carretéis porta-mangueiras dos equipamentos
para ar e compressor de ar. se afastarem do local
Além da plataforma, um comboio de lubrificação possui os seguintes componentes: propulsores
de operação.
de graxa, propulsores de óleo, carretéis porta-mangueira para graxa, carretéis portamangueiras
É montado em sólida plataforma, especialmente projetada para ser instalada sobre carroceria
para óleo, carretéis porta-mangueiras para ar e compressor de ar.
de caminhão. 40
Além da plataforma, um comboio de lubrificação possui os seguintes componentes: propulsores
de graxa, propulsores de óleo, carretéis porta-mangueira para graxa, carretéis portamangueiras
para óleo, carretéis porta-mangueiras para ar e compressor de ar.
40
40
PROPRIEDADEEscola Técnica
DOS ÓLEOS Status
LUBRIFICANTES
• Sinergismo
Quando o efeito de dois ou mais aditivos atuam simultaneamente é superior a soma dos efeitos
de cada um deles atuando isolado.
•Anti-sinergismo
Quando o efeito de dois ou mais aditivos atuando simultaneamente é, inferior a soma dos efeitos
de cada um deles atuando isolado.
•Óleos minerais puros
Ao se destilar o petróleo cru, obtém-se cinco grupos principais de produtos.
Denomina-se óleo “Mineral Puro” ao óleo derivado do petróleo que não contém nenhum aditivo,
isto é, do jeito que é obtido na destilação é usado como lubrificante.
Tais óleos possuem excelentes propriedades lubrificantes, porém, para certas aplicações em
que é necessário um desempenho especializado do lubrificante, torna-se preciso recorrer aos
aditivos.
O recebimento
a) Verificar se o produto que está sendo entregue está de acordo com o pedido feito e a nota
fiscal.
b) Verificar se os lacres dos tambores e baldes não foram violados.
c) Verificar as condições da embalagem quanto a sua estrutura e identificação do produto.
42
Nunca se deve derrubar os tambores sobre pilhas de pneus velhos ou outros meios
que provoquem impacto na embalagem, pois isto poderá danificá - la, rompendo suas costuras,
produzindo vazamentos e permitindo eventual contaminação futura.
Caso o sistema de armazenagem adotado seja o uso de “pallets” a mercadoria deverá ser
“paletizada”, conforme normas existentes, no ato de seu recebimento.
Ao se receber os produtos deve-se fazer uma separação destes conforme sua utilização,
encaminhando - os para seus respectivos lugares no almoxarifado. Isto evitará que se misturem
tipos de lubrificantes diferentes e, portanto, o risco do uso indevido dos mesmos.
Para a movimentação dos tambores é comum fazê-los rolar pelo chão. Isto, para distâncias
curtas é aceitável, porém o uso de equipamentos adequados, tais como carrinhos de mão ou
empilhadeiras, aumentam a segurança tanto para o operário quanto para a estrutura da
embalagem.Uma observação importante se faz quanto ao manuseio de tambores deitados.
Nunca uma única pessoa deve levantá-los, pois o peso de um tambor (+ ou - 200 kg) pode
causar graves problemas físicos.
ESTOCAGEM
IMPORTÂNCIA DE UM BOM ARMAZENAMENTO 43
As precauções adotadas nas refinarias e nos depósitos das companhias distribuidoras visam
assegurar ao consumidor produtos da maior qualidade. Estas precauções vão desde o rigoroso
controle de qualidade existente durante todo o processo de fabricação do lubrificante, até
cuidados com o envasamento e a embalagem, afim de se evitar contaminações e outros danos
que comprometeriam a qualidade do produto.
As embalagens são projetadas e dimensionadas para oferecerem boa resistência durante seu
transporte e manuseio. Para evitar-se furos e amassamentos das embalagens ou alterações das
marcas, certas precauções devem ser tomadas tais como:
Para uma
Paraestocagem
uma estocagemracional e de
racional e defácil
fácilmanipulação,
manipulação, o ouso
usodede “pallets”
“pallets” é o ideal,
é o ideal, poisdealém de
pois além
se prestar
se prestar ao empilhamento
ao empilhamento de de tambores,também
tambores, também sesepresta
prestaaoao
armazenamento
armazenamento de baldes e de
de baldes e de
caixas com latas de lubrificantes. Entretanto, para que este sistema funcione, deve
caixas com latas de lubrificantes. Entretanto, para que este sistema funcione, deve - se seguir - se seguir
certas normas quanto ao modo de paletizar e armazenar:
certas normas quanto ao modo de paletizar e armazenar:
44
44
a) Utilizar “pallets”
a) Utilizar padronizados
“pallets” padronizados
a) Utilizar “pallets” padronizados
b) Observar
b) Observar as as
capacidades
capacidadesmáximas
máximas permissíveis constantesdadaTabela
permissíveis constantes Tabela Nº Nº
01 01
e o emodo
o modo
de de
b) Observar
superposição
superposiçãoas capacidades
dasdas
camadas, máximas
camadas,a afimfimde permissíveis
demaior
maior estabilidadeconstantes
estabilidade pilha. da Tabela Nº 01 e o modo de
ààpilha.
superposição das camadas, a fim de maior estabilidade à pilha.
c) uUtilizar
c) uUtilizar uma uma empilhadeiraadequada
empilhadeira adequada emem capacidade
capacidade dedecarga
cargaaoao
tipo de de
tipo serviço.
serviço.
c) uUtilizar uma empilhadeira adequada em capacidade de carga ao tipo de serviço.
d) Dimensionar
d) Dimensionar e sinalizar
e sinalizar o olocal
localde
dearmazenagem
armazenagem de deforma
formaa apermitir a paletização
permitir do número
a paletização do número
d) de embalagens
Dimensionar e desejada
sinalizar oe as manobras
local de necessárias
armazenagem com
de a empilhadeira.
forma a permitir a paletização do número
de embalagens desejada e as manobras necessárias com a empilhadeira.
de embalagens desejada e as manobras necessárias com a empilhadeira.
e) Nivelar e aplainar o piso do local de armazenagem.
e) Nivelar e aplainar o piso do local de armazenagem.
e) Nivelar e aplainar o piso do local de armazenagem.
45
Se o tambor tiver de ser armazenado ao relento e em posição vertical, deve-se cobri-los com
uma lona encerada ou um telhado provisório.
Quando estes recursos não forem possíveis, deve-se colocar um calço de madeira para mantê-
lo inclinado e de forma tal que não haja acúmulo de água sobre os bujões.
CERTO ERRADO
Bujões protegidos Acúmulo de água
da água sobre o fujão
Calços de madeira
• Colocar os tambores deitados sobre ripas de madeira a fim de evitar o contato direto com o
solo.
• O ataque corrosivo às chapas de aço dos tambores traz sérios danos ao lubrificantes.
• Escorar as extremidades da pilha de tambores por calços que impeçam o seu movimento.
• Verificar regularmente o estado dos tambores quanto a vazamentos e à sua identificação.
A presença de impurezas no lubrificante, tais como poeira, areia, fiapos etc., poderá causar
danos às máquinas e equipamentos. Além da deterioração do lubrificante, poderá ocorrer
obstrução da tubulação do sistema de lubrificação grimpamento de válvulas de sistemas
hidráulicos e desgaste excessivo devido à presença de materiais abrasivos.
Extremos de temperatura podem deteriorar certos tipos de óleos e graxas lubrificantes. Por
exemplo, algumas graxas não devem ser armazenadas em locais quentes, pois o calor poderá
separar o óleo do sabão inutilizando-as como lubrificantes.
Os óleos solúveis contém uma determinada percentagem de umidade, necessária para sua
estabilidade. Quando armazenados em locais quentes ou muito frios, esta umidade pode
evaporar-se ou congelar-se, inutilizando o produto.Portanto, o local de estocagem dos
lubrificantes deve ser bem ventilado e separado de fontes de calor ou frio. Os lubrificantes
podem deteriorar-se mesmo que a embalagem original ainda esteja lacrada. O excesso de calor,
além de degradar o produto, pode trazer perigo à segurança da empresa.
A maioria dos aditivos dos óleos e graxas lubrificantes podem decompor-se quando submetidos
a armazenagem muito longa. Isto ocorre quando os estoques novos são armazenados de uma
maneira a impedir a movimentação do estoque antigo. Portanto,deve-se efetuar um cronograma
de circulação dos produtos em estoque, certificando-se de que não ficarão estocados por muito
tempo. Os produtos devem sempre ser utilizados conforme os primeiros que chegaram.
A armazenagem deve ser feita tendo em vista as facilidades de carga e descarga e os pontos
de consumo da fábrica.
O depósito de lubrificantes deve ser feito em local coberto, bem ventilado, afastado de fontes
de contaminação e de calor excessivo e suficientemente amplo para permiti r a movimentação
dos tambores e a guarda de todo o material e equipamento necessário à lubrificação.
É necessário espaço para estocagem de recipientes cheios e não abertos e para os recipientes
em uso, dos quais são retirados os lubrificantes para a distribuição para vários pontos a serem
aplicados.
A armazenagem destes produtos pode ser num único ambiente ou em ambientes separados,
convenientemente situados no interior de uma indústria. Em qualquer situação, sempre deve-se
ter um controle e organização eficaz sobre os produtos
Escola armazenados e manipulados, para evitar
Técnica Status
uma contaminação ou confusão de tipos e assegurar a rotatividade do estoque. É conveniente
que haja uma sala de lubrificação separada do depósito ou almoxarifado de lubrificantes a fim de
A armazenagem deve ser feita tendo em vista as facilidades de carga e descarga e os pontos
de consumo da fábrica.
O depósito de lubrificantes deve ser feito em local coberto, bem ventilado, afastado de fontes
de contaminação e de calor excessivo e suficientemente amplo para permiti r a movimentação
dos tambores e a guarda de todo o material e equipamento necessário à lubrificação.
74 É necessário espaço para estocagem de recipientes cheios e não abertos e para os recipientes
Manutenção
em uso, dos quais são retirados os lubrificantes para a distribuição para vários pontos a serem
aplicados.
A armazenagem destes produtos pode ser num único ambiente ou em ambientes separados,
convenientemente situados no interior de uma indústria. Em qualquer situação, sempre deve-se
ter um controle e organização eficaz sobre os produtos armazenados e manipulados, para evitar
uma contaminação ou confusão de tipos e assegurar a rotatividade do estoque. É conveniente
que haja uma sala de lubrificação separada do depósito ou almoxarifado de lubrificantes a fim de
facilitar o controle e o serviço dos lubrificadores. Nesta sala deve-se guardar os produtos em uso
e os equipamentos e dispositivos utilizados na sua aplicação. Também, deve servir como local
para limpeza deste material, além de servir como escritório para o encarregado da lubrificação.
Por isso, deve-se localizar a sala de lubrificação o mais próximo possível das áreas a serem
servidas. Dependendo do tamanho da indústria ou do tipo de máquinas a serem lubrificadas,
torna-se necessário instalar armários ou pequenas salas de lubrificação perto das máquinas
que necessitam dos mesmos.
A não ser quando a necessidade de lubrificação pode afetar diretamente a qualidade de trabalho
e o desempenho da máquina não se deve deixar o operador da máquina efetuar a lubrificação.
Em casos normais, deve -se ter um lubrificador especializado por máquina, por departamento
ou por setor.
É muito importante que o acesso à sala de lubrificação e aos equipamentos seja restrito apenas
ao pessoal responsável. A manipulação e o controle de lubrificantes deve ficar a cargo de um
elemento que conheça as necessidades de lubrificação da fábrica. A distribuição dos produtos
deve ser feita de acordo com o plano de lubrificação da empresa.
O controle deve ser baseado em ordens de trabalho, relatórios dos lubrificadores, programação
de serviço,registros de consumo e fichas de requisição.
Com estes controles, pode-se fazer uma racionalização do consumo de lubrificantes, além de se
detectareventuais problemas de manutenção.
Além dos equipamentos normais, o serviço de lubrificação requer outros materiais que devem
existir na sala de lubrificação, tais como panos e trapos limpos (nunca se deve usar estopa ou
panos que soltem fiapos), pinos graxeiros, vidros e copos de conta-gotas, recipientes limpos
para coleta de amostras de óleo, ferramentas adequadas, etc.
O depósito e a sala de lubrificação devem possuir o piso firme para agüentar a estocagem dos
tambores e devem ser de um material que não se quebre, solte ou absorva eventuais derrames
de óleo e que permita uma limpeza total.
A limpeza do piso sempre deve ser feita com líquidos de limpeza de secagem rápida, Nunca
se deve usar serragem ou materiais semelhantes para secar o chão, pois além do problema de
segurança pode contaminar os lubrificantes.
50
ÓLEO:
Os tambores de óleo em uso devem ser sempre estocados deitados sobre estrados adequados,
de forma que uma torneira especial instalada no bujão inferior possibilite uma retirada do liquido
lubrificante. Estas torneiras devem ser instaladas com o tambor em pé.
A utilização de um carrinho que pega o tambor em pé e coloca - o na posição horizontal facilita
esta operação.
Durante o período que não se retira óleo dos tambores, as torneiras ou os bujões devem sempre
permanecer perfeitamente fechados e limpos, e os pingos acidentais devem ser captados por
uns recipientes pendurados às torneiras ou por bandejas. Para dar uma maior segurança ao
operador durante o manuseio e facilitar a limpeza, é conveniente instalar-se uma grade metálica
sob as torneiras.
Este tipo de torneira de fechamento rápido evita respingos de óleo e permite trancá-la com
cadeado.
No caso dos tambores na posição vertical, recomenda-se a utilização de uma bomba que pode
ser manual, elétrica ou pneumática. Estas bombas, que são instaladas no bujão de enchimento
do tambor, permitem um bom controle da qualidade de óleo retirado e reduzem ao mínimo o
risco de contaminação.
Entretanto deve-se tomar a precaução de ter-se uma bomba para cada tipo de produto pois,
devido ser praticamente impossível limpá-las totalmente, a utilização de uma só bomba em
diversos tipos de lubrificantes resultará em contaminação ou desperdício.
51
GRAXA:
Devido à sua consistência, as graxas apresentam maiores dificuldades para manuseio, exigindo
freqüentemente a remoção da tampa dos tambores, que pode causar contaminação do produto
com pó, água, cinza, etc.
A espátula é o método mais comum de retirar graxa de um tambor e é também a maior causa de
contaminação da mesma.
Não é permitido o uso de pedaços de madeira ou de outros objetos não apropriados, quando for
necessário o uso de espátulas, deve-se usar as de metal, tomando-se cuidado de ter uma para
cada tipo de graxa e de limpá-las e protegê-las do pó e da sujeira quando não estão em uso.
Assim, recomenda-se a instalação de bombas especiais para se retirar graxa, o que possibilita
manter os recipientes fechados durante o uso.
Existem bombas manuais e pneumáticas que podem ser instaladas diretamente no tambor.
Escola Técnica Status
Acessórios especiais permitem transferir a graxa para enchedoras de pistolas, engraxadoras
portáteis, pistolas manuais ou diretamente ao ponto a ser lubrificado.
A espátula é o método mais comum de retirar graxa de um tambor e é também a maior causa de
contaminação da mesma.
Não é permitido o uso de pedaços de madeira ou de outros objetos não apropriados, quando for
necessário o uso de espátulas, deve-se usar as de metal, tomando-se cuidado de ter uma para
cada tipo de graxa e de limpá-las e protegê-las do pó e da sujeira quando não estão em uso.
76 Assim, recomenda-se a instalação de bombas especiais para se retirar graxa, o que possibilita
Manutenção
manter os recipientes fechados durante o uso.
Existem bombas manuais e pneumáticas que podem ser instaladas diretamente no tambor.
Acessórios especiais permitem transferir a graxa para enchedoras de pistolas, engraxadoras
portáteis, pistolas manuais ou diretamente ao ponto a ser lubrificado.
Quando se faz necessário usar a espátula para encher pistolas, enchedoras de pistolas ou
equipamento portátil de engraxar,deve-se tomar o cuidado de evitar a formação de bolsões de ar
através da compactação da graxa, pois prejudica a lubrificação quando são pressurizados.
Também, é indispensável manter - se os tambores fechados e limpos quando fora de uso, além
de se conservar limpas as espátulas.
A movimentação dos lubrificantes da sua embalagem original aos locais onde serão utilizados,
é de grande importância.
O controle das retiradas parciais e os cuidados na manipulação para se evitar contaminação e
confusão entre produtos distintos, devem ser rigorosamente observados. A identificação do
lubrificante dentro do almoxarifado ou da sala de lubrificantes é de fundamental importância, pois
se o nome do produto estiver ilegível pode causar sérios problemas quando da utilização nos
maquinários, devido a uma troca do óleo indicado.
Os recipientes originais e os recipientes eequipamentos de transferência e distribuição devem
ter uma marcação que indique claramente o produto. Essa marcação deve ser de acordo com o
seu nome ou outro código qualquer que o identifique perfeitamente. Estes recipientes e
equipamentos devem conter sempre o mesmo tipo de lubrificante a que foram destinados e
nunca se deve utilizá-los para outros fins.
52
Para se recolher o óleo usado que é retirado das máquinas, deve-se reservar um recipiente
específico, devidamente marcado. Na hora da necessidade, a maioria dos operários se
utiliza de qualquer óleo ou recipiente que esteja à mão. Deve ser proibido o uso de vasilhames
improvisados, tais como latas velhas de tintas, regadores, garrafas, panelas, etc.
Portanto, além do indispensável treinamento e conscientização do pessoal, é necessário criar-se
meios e condições adequadas para se fazer funcionar um sistema de lubrificação eficiente.
Os recipientes e equipamentos utilizados na lubrificação devem sempre ser meticulosamente
limpos após cada utilização, providos de tampas que impeçam a entrada de poeira e outros
contaminantes e guardados em locais apropriados, de preferência trancados.
Todos os equipamentos utilizados na lubrificação devem ser de materiais resistentes à corrosão
e não devem ser pintados internamente, pois a tinta tende a descascar e contaminar o produto.
a) Verificar se o produto que está sendo entregue é o mesmo do pedido e da nota fiscal.
b) Verificar se os lacres do caminhão estão intactos (não violados).
c) Verificar se os freios do auto-tanque estão aplicados e suas rodas calçadas.
d) Abrir a boca de visita (ou de carregamento) e a válvula de segurança da tubulação de saída.
e) Utilizar uma mangueira de descarga para Escola
cadaTécnica
tipo deStatus
óleo lubrificante. Nunca usar as
mangueiras de óleos lubrificantes para descarga de outros tipos de produtos e vice-versa.
RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO A GRANEL DE ÓLEOS
LUBRIFICANTES
RECEBIMENTO
a) Verificar se o produto que está sendo entregue é o mesmo do pedido e da nota fiscal.
Manutenção
b) Verificar se os lacres do caminhão estão intactos (não violados). 77
c) Verificar se os freios do auto-tanque estão aplicados e suas rodas calçadas.
d) Abrir a boca de visita (ou de carregamento) e a válvula de segurança da tubulação de saída.
e) Utilizar uma mangueira de descarga para cada tipo de óleo lubrificante. Nunca usar as
mangueiras de óleos lubrificantes para descarga de outros tipos de produtos e vice-versa.
f) Colher uma amostra do óleo antes da descarga, em recipiente limpo e transparente.
g) Terminada a descarga, escorrer bem o óleo da mangueira.
h) Quando a mangueira não estiver sendo usada, proteger suas extremidades para evitar a
entrada de sujeira e outros contaminantes.
i) Manter limpa toda a instalação.
j) Manter uma pessoa responsável durante todo o processo de descarga.
ARMAZENAMENTO
• Que a interface das peças móveis são continuamente "lavadas" pelo lubrificante e que as
partículas de desgaste são arrastadas por este lubrificante
• Que a velocidade de geração destas partículas torna-se maior com o aumento do desgaste;
• Que o exame das partículas de desgaste arrastadas pelo lubrificante é um meio reconhecido e
Escola Técnica
eficaz de se conhecer a saúde dos equipamentos Status exercido regularmente possibilita-se
e quando
a detecção de falhas incipientes e a implementação de um programa de monitoramento das
exato.
As metodologias mais usadas atualmente para o monitoramento das partículas de desgaste são:
54
TÉCNICA DE DETECÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE PARTÍCULAS ATRAVÉS DA
ESPECIFICAÇÃO DA ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA
Nesta metodologia de ensaio, a amostra é atomizada em uma chama sobre a qual incide uma
determinada radiação, característica do elemento a ser analisado. Esta radiação tem como
fontes "lâmpadas” específicas para cada elemento. Os átomos do elemento dispersos na chama
absorvem parte da radiação incidente ocasionando a diminuição de intensidade da mesma que é
medida por um detector. Quanto maior a concentração do elemento, maior será a absorção da
radiação incidente.
Esta determinação quantitativa é feita através de comparação com padrões conhecidos dos
elementos, produzidos pela diluição de compostos organo - metálicos de pureza analítica.
Os elementos de interesse ao estudo das partículas de desgaste geralmente são:
• Alumínio, cromo, cobre, ferro, manganês, magnésio, sódio, níquel, chumbo, silício,
estanho, zinco, titânio, cálcio, bário e vanádio.
Fazendo-se fluir o óleo, ou graxa, através de um tubo capilar ou lamina de vidro, cercada por
forte campo magnético, as partículas ferrosas de maior tamanho precipitam-se primeiro na
entrada do substrato, aglomerando-se em local bem definido.
Após a lavagem do depósito obtido, utilizando-se um solvente especial que elimina todo o óleo,
permanecem apenas as partículas retidas pelas forças eletromagnéticas, prontas para contagem
e observação visual.
Para a contagem são utilizadas fontes de luz e detectores apropriados, ligados a um dispositivo
eletrônico que mede as intensidades da luz transmitida através de duas áreas, entrada e seis
milímetros adiante, da amostra.
A relação entre elas, correspondente à relação entre as partículas grandes e pequenas, indica a
severidade do desgaste.
Este é o princípio da Ferrografia Quantitativa, que pode ser efetuada periódica ou continuamente
e possibilita o traçado de um gráfico de tendências e o estabelecimento de um nível de alarme.
A Ferrografia Analítica requer de uma utilização de um microscópio de pesquisa, além de outros
instrumentos auxiliares para observação visual da amostra.
A natureza das partículas fornece uma indicação precisa das causas do desgaste. A amostra
levada ao microscópio em laminas de vidro, é análoga a um espectro, pois decompõe o "sinal",
ordenadamente, segundo suas características, que tem relação com as causas.
A análise da forma, tamanho e cor das partículas permite determinar as causas tais como, fadiga
sobrecarga, má lubrificação, abrasão e outras.
56
80 Manutenção
ATRITO
O atrito sólido pode se manifestar de duas maneiras: como atrito de deslizamento e como
atrito de rolamento. No atrito de deslizamento, os pontos de um corpo ficam em contato com57
pontos sucessivos do outro. No caso do atrito de rolamento, os pontos sucessivos de um corpo
entram em contato com os pontos sucessivos do outro. O atrito de rolamento é bem menor do
que o atrito de deslizamento.
59
1ª Lei
Fs = µx P
Sendo:
Fs = atrito sólido
µ = coeficiente de atrito
P = carga aplicada
2ª Lei
O atrito, bem como o coeficiente de atrito, independem da área de contato aparente entre
superfícies em movimento.
O atrito, bem como o coeficiente de atrito, independem da área de contato aparente entre
82superfícies em movimento. Manutenção
3ª Lei
O atrito cinético (corpos em movimento) é menor do que o atrito estático (corpos sem
movimento), devido ao coeficiente de atrito cinético ser inferior ao estático.
60
4ª Lei
O atrito diminui com a lubrificação e o polimento das superfícies,pois reduzem o coeficiente de
atrito.
1ª Lei
2ª Lei
O atrito de rolamento é inversamente proporcional ao raio do cilindro ou esfera.
LUBRIFICANTE
Exames acurados do contorno de superfícies sólidas, feitas no microscópio eletrônico e por
outros métodos de precisão, mostraram que é quase impossível, mesmo com os mais
modernos processos de espelhamento, produzir uma superfície verdadeiramente lisa ou plana.
Ampliando-se uma pequena porção de uma superfície aparentemente lisa, temos a idéia perfeita
de uma cadeia de montanhas.
Supondo duas barras de aço com superfícies aparentemente lisas, uma sobre a outra, tais
superfícies estarão em contato nos pontos salientes.
Ao movimentar-se uma barra de aço sobre a outra haverá um desprendimento interno de calor
nos pontos de contato. Devido à ação da pressão e da temperatura, estes pontos se soldam.
Para que o movimento continue, é necessário fazer uma força maior, a fim de romper estas
pequeníssimas soldas (microssoldas). 62
Com o rompimento das microssoldas, temos o desgaste metálico, pois algumas partículas de
metal são arrastadas das superfícies das peças.
Quando os pontos de contato formam soldas mais profundas, pode ocorrer a grimpagem ou
ruptura das peças.
Uma vez que o atrito e o desgaste provêm do contato das superfícies, o melhor método para
reduzi-los é manter as superfícies separadas, intercalando-se entre elas uma camada de
lubrificante. Isto, fundamentalmente, constitui a lubrificação.
Portanto, lubrificantes é qualquer material que, interposto entre duas superfícies atritantes,
reduza o atrito.
FUNÇÕES DOS LUBRIFICANTES
As principais funções dos lubrificantes, nas suas diversas aplicações, são as seguintes:
a).- Controle do atrito transformando o atrito sólido em atrito fluido, evitando assim a perda
de energia.
b).- Controle do desgaste reduzindo ao mínimo o contato entre as superfícies, origem do
desgaste.
c).- Controle da temperatura absorvendo o calor gerado pelo contato das superfícies (motores,
operações de corte etc.).
d).- Controle da corrosão evitando que ação de ácidos destrua os metais
e).- Transmissão de força funcionando como meio hidráulico, transmitindo força com um mínimo
de perda (sistemas hidráulicos, por exemplo). 63
f).- Amortecimento de choques transferindo energia mecânica para energia fluida (como nos
amortecedores dos automóveis) e amortecendo o choque dos dentes de engrenagens.
g).- Remoção de contaminantes evitando a formação de borras, lacas e vernizes.
h).- Vedação impedindo a saída de lubrificantes e a entrada de partículas estranhas (função das
graxas), e impedindo a entrada de outros fluidos ou gases ( função dos óleos nos cilindros de
motores ou compressores).
A falta de lubrificação causa uma série de problemas nas máquinas. Estes problemas podem ser
Escola Técnica Status
enumerados, conforme a ocorrência, na seguinte seqüência:
de perda (sistemas hidráulicos, por exemplo).
f).- Amortecimento de choques transferindo energia mecânica para energia fluida (como nos
amortecedores dos automóveis) e amortecendo o choque dos dentes de engrenagens.
g).- Remoção de contaminantes evitando a formação de borras, lacas e vernizes.
h).- Vedação impedindo a saída de lubrificantes e a entrada de partículas estranhas (função das
graxas), e impedindo a entrada de outros fluidos ou gases ( função dos óleos nos cilindros de 85
Manutenção
motores ou compressores).
A falta de lubrificação causa uma série de problemas nas máquinas. Estes problemas podem ser
enumerados, conforme a ocorrência, na seguinte seqüência:
PELÍCULA LUBRIFICANTE
CLASSIFICAÇÃO DA LUBRIFICAÇÃO
A lubrificação pode ser classificada, de acordo com a película lubrificante, em total ou fluida,
limite e mista.Na lubrificação total ou fluida, a película lubrificante separa totalmente as
superfícies,não havendo contato metálico entre elas, isto é, a película possui espessura superior
à som das alturas das rugosidades das superfícies. Serão resultantes, assim, valores de atrito
baixos e desgaste insignificantes.
64
Na lubrificação limite, a película, mais fina, permite o contato entre as superfícies de vez em
quando, isto é, a película possui uma espessura igual à somadas alturas das rugosidades das
superfícies.
Nos casos em que cargas elevadas, baixas velocidades ou operação intermitente impedem a
formação de uma película fluida, é conveniente empregar-se um lubrificante com aditivos de
Escola Técnica
oleosidade ou anti - desgaste. Onde as condições sãoStatus
muito severas, e estes aditivos perdem a
eficiência, devem ser empregados aditivos de extrema pressão.
86Na lubrificação limite, a película, mais fina, permite o contato entre as superfícies de vez em
Manutenção
quando, isto é, a película possui uma espessura igual à somadas alturas das rugosidades das
superfícies.
Nos casos em que cargas elevadas, baixas velocidades ou operação intermitente impedem a
formação de uma película fluida, é conveniente empregar-se um lubrificante com aditivos de
oleosidade ou anti - desgaste. Onde as condições são muito severas, e estes aditivos perdem a
eficiência, devem ser empregados aditivos de extrema pressão.
Na lubrificação mista, podem ocorrer os dois casos anteriores. Por exemplo, na partida
das máquinas os componentes em movimento estão apoiados sobre as partes fixas, havendo
uma película insuficiente, permitindo o contato entre as superfícies (lubrificação limite). Quando
o componente móvel adquire velocidade, é produzida uma pressão (pressão hidrodinâmica),que
separa totalmente as superfícies, não havendo contato entre elas (lubrificação total).
CUNHA LUBRIFICANTE
Os mancais são suportes que mantêm CUNHAas peças (geralmente eixos) em posição ou entre limites,
LUBRIFICANTE
permitindo seu são
Os mancais movimento relativo.
suportes que mantêm Osasmancais de deslizamento
peças (geralmente possuem
eixos) em posição limites, entre65
um espaço
ou entre o
permitindo seu movimento relativo. Os mancais de deslizamento possuem
eixo e o mancal denominado folga. As dimensões da folga são proporcionais ao diâmetro um espaço entre o “d” do
eixo e o mancal denominado folga. As dimensões da folga são proporcionais ao diâmetro “d” do
eixo (0,0006d a 0,001d) e suas funções são suportar a dilatação e a distorção das peças, bem
eixo (0,0006d a 0,001d) e suas funções são suportar a dilatação e a distorção das peças, bem
comocomoneutralizar possíveis
neutralizar possíveiserros
erros mínimos
mínimos dede alinhamento.
alinhamento. AlémAlém
disto, disto,
a folgaaé folga é utilizada
utilizada para para
introdução do lubrificante. O óleo introduzido na folga adere às superfícies dos eixo
introdução do lubrificante. O óleo introduzido na folga adere às superfícies dos eixo e do mancal, e do mancal,
cobrindo-as comcom
cobrindo-as uma umapelícula
películade
de lubrificante.
lubrificante.
Com a máquina parada, devido à folga o eixo toma uma posição excêntrica em relação ao
mancal, apoiando-se na parte inferior. Nesta posição
Escola a película
Técnica Statuslubrificante entre o eixo e o
mancal é mínima, ou praticamente nenhuma.
Com Na
a máquina parada, odevido
partida da máquina, à folga
eixo começa o eixo
a girar tomaaderindo
e o óleo, uma posição excêntrica
à sua superfície, em relação ao
é arrastado,
Manutenção 87
Com a máquina parada, devido à folga o eixo toma uma posição excêntrica em relação ao
mancal, apoiando-se na parte inferior. Nesta posição a película lubrificante entre o eixo e o
mancal é mínima, ou praticamente nenhuma.
Na partida da máquina, o eixo começa a girar e o óleo, aderindo à sua superfície, é arrastado,
formando-se a cunha lubrificante. Durante as primeiras rotações, o eixo sobe ligeiramente sobre
a face do mancal, em direção contrária à da rotação, permanecendo um considerável atrito entre
as partes metálicas, pois existe contato entre as superfícies (lubrificação limite).
66
A pressão não se distribui uniformemente sobre o mancal, havendo uma área de pressão
máxima e outra de pressão mínima.
RANHURAS
Na lubrificação dos mancais, é de grande importância o local de introdução do lubrificante.
O ponto de aplicação do lubrificante deve ser escolhido
Escola em uma área de pressão mínima, caso
Técnica Status
contrário a sua entrada seria impedida pela pressão do eixo sobre o mancal, seriam necessárias
bombas de alta potência.
88 Manutenção
RANHURAS
Na lubrificação dos mancais, é de grande importância o local de introdução do lubrificante.
O ponto de aplicação do lubrificante deve ser escolhido em uma área de pressão mínima, caso
contrário a sua entrada seria impedida pela pressão do eixo sobre o mancal, seriam necessárias
bombas de alta potência.
Para permitir a rápida distribuição do óleo lubrificante ao longo do mancal, nele são feitas as
ranhuras. A eficiência da distribuição depende do formato e da localização das ranhuras.
As ranhuras jamais devem ser colocadas nas áreas de pressão máxima, que anulariam suas
ParaPara
permitir a rápida
permitir a rápida distribuição
distribuiçãodo do óleo lubrificanteaoaolongo
óleo lubrificante longo do do mancal,
mancal, nelenele são feitas
são feitas as as
funções, impedindo a distribuição do lubrificante.
ranhuras. A eficiência da distribuição depende do formato e da localização das ranhuras.
Asranhuras.
ranhuras A eficiência
devem ter da suas
distribuição
arestasdepende do formato e da
bem chanfradas, localização
a fim de nãodas ranhuras.o óleo que está
rasparem
As ranhuras
As ranhuras jamais
jamaisdevem
devemser sercolocadas
colocadas nasnas áreas
áreasdedepressão
pressão máxima,
máxima, que que anulariam
anulariam suas suas
67
sobre o Para
eixo.permitir
Não éanecessário chanfrar a aresta da ranhura que o eixonele
encontra primeiramente
funções, impedindo
funções, impedindo arápida distribuição
a distribuição
distribuição do do óleo lubrificante
dolubrificante.
lubrificante. ao longo do mancal, são feitas as
naAssua rotação,
ranhuras. pois
A esta
eficiência não
da raspará
distribuição o óleo
depende do eixo.a efim
do formato
ranhuras
As ranhuras devem
devem terter suas
suas arestas
arestas bem
bem chanfradas,
chanfradas, a dafim localização
de nãonão
de das ranhuras.
rasparem
rasparem
As ranhuras jamais devem ser colocadas nas áreas de pressão máxima, que anulariam suas
o óleo que está
o óleo que está
sobresobre o eixo.
o eixo. Não Nãoé é necessáriochanfrar
necessário chanfrar aa aresta
aresta da
funções, impedindo a distribuição do lubrificante. da ranhura
ranhura quequeo eixo
o encontra
eixo primeiramente
encontra primeiramente
na rotação,
suaAsrotação, pois esta não raspará Aplicação do lubrificante
na sua pois
ranhuras esta
devem não
ter raspará
suas oo óleo
arestas óleo
bem do
do eixo.
eixo. a fim de não rasparem o óleo que está
chanfradas,
sobre o eixo. Não é necessário chanfrar a aresta da ranhura que o eixo encontra primeiramente
Aplicação
na sua rotação, pois esta não raspará o óleo do lubrificante
do eixo.
Aplicação do lubrificante
Aplicação do lubrificante
As Asranhuras
ranhuras não devematingir
não devem atingir
asas extremidadesmancal,
extremidades do mancal, para oevitar o vazamento.
As ranhuras não devem atingir as extremidadesdo paraevitar
do mancal, para evitar vazamento.
o vazamento.
AsAsfaces
facesdas
As das juntas
facesjuntas de mancais
de mancais
das juntas bipartidos
bipartidos
de mancais bipartidos geralmente
geralmente
geralmentedevemdevem ser chanfradas,
serchanfradas,
devem ser chanfradas, para
para para
queque que cada
cada
cada
chanfro forme
chanfrochanfro aa metade
formeforme metade deuma
de
a metade uma
de ranhura.
ranhura.
uma ranhura.
As ranhuras não devem atingir as extremidades do mancal, para evitar o vazamento.
As faces das juntas de mancais bipartidos geralmente devem ser chanfradas, para que cada
chanfro forme a metade de uma ranhura.
LUBRIFICANTES
Escola Técnica Status
CLASSIFICAÇÃO
LUBRIFICANTES
Os lubrificantes são classificados, de acordo com seu estado físico, em líquidos, pastosos,
sólidos e gasosos.
Manutenção 89
LUBRIFICANTES
CLASSIFICAÇÃO
Os lubrificantes são classificados, de acordo com seu estado físico, em líquidos, pastosos,
sólidos e gasosos.
Os lubrificantes líquidos são os mais empregados na lubrificação.
Podem ser subdivididos em: óleos minerais puros, óleos graxos, óleos compostos, óleos
aditivados e óleos sintéticos.
Os óleos minerais puros são provenientes da destilação e refinação do petróleo.
Os óleos graxos podem ser de origem animal ou vegetal. Foram os primeiros lubrificantes a
serem utilizados, sendo mais tarde substituídos pelos óleos minerais. Sua utilização nas
máquinas modernas é raro, devido à sua instabilidade química, principalmente em altas 68
temperaturas, o que provoca a formação de ácidos e vernizes.
Os óleos compostos são constituídos de misturas de óleos minerais e graxos. A percentagem de
óleo graxo é pequena, variando de acordo com a finalidade do óleo.
Os óleos graxos conferem aos óleos minerais propriedades de emulsibilidade, oleosidade e
extrema pressão.
Os principais óleos graxos são:
Os óleos aditivados são óleos minerais puros, aos quais foram adicionados substâncias
comumente chamadas de aditivos, com o fim de reforçar ou acrescentar determinadas
propriedades.
Os óleos sintéticos são provenientes da indústria petroquímica. São os melhores lubrificantes,
mas são também os de custo mais elevado.
Os mais empregados são os polímeros, os diésteres etc. Devido ao seu custo, seu uso limitado
aos locais onde os óleos convencionais não podem ser utilizados.
Outros líquidos são às vezes empregados como lubrificantes, dado a impossibilidade de se
utilizarem quaisquer dos tipos mencionados.
A água, algumas vezes empregada, possui propriedades lubrificantes reduzidas, além de ter
ação corrosiva sobre os metais.
Os pastosos, comumente chamados graxas, são empregados onde os lubrificantes líquidos não
executam suas funções satisfatoriamente. As graxas podem ser subdivididas em:
• As graxas de sabão metálico são as mais comumente utilizadas. São constituídas de óleos
minerais puros e sabões metálicos, que são a mistura de um óleo graxo e um metal (cálcio,
sódio, lítio, etc.). Como os óleos, estas graxas podem ser aditivadas para se alcançarem
determinadas características.
•As graxas sintéticas são as mais modernas. Tanto o óleo mineral, como o sabão, podem ser
substituídos por óleos e sabões sintéticos. Como os óleos sintéticos, devido ao seu elevado
custo, estas graxas têm sua aplicação limitada aos locais onde os tipos convencionais não
podem ser utilizados.
•As graxas á base de argila são constituídas de óleos minerais puros e argilas especiais de
granulação finíssima. São graxas especiais, de elevado custo, que resistem a temperaturas
elevadíssimas.
•As graxas betuminosas, formuladas à base de asfalto e óleos minerais puros, são lubrificantes
de grande adesividade. Algumas, devido à sua alta viscosidade, devem ser aquecidas para
serem aplicadas. Outras, são diluídas em solventes que se evaporam após sua aplicação.
•As graxas para processo são graxas especiais, fabricadas para atenderem a processos
industriais como a estampagem, a moldagem etc. Algumas contêm materiais sólidos como
aditivos.
ANÁLISES
A formulação de um óleo lubrificante é um trabalho complexo, em que o técnico deve estudar a
compatibilidade entre os diversos tipos de óleos minerais puros (chamados óleos básicos), entre
os diversos tipos de aditivos e entre os óleos minerais puros e os aditivos, de acordo com sua
finalidade.
Para se atingirem as características desejadas em um óleo lubrificante, realizam-se análises
físico-químicas, que permitem fazer uma pré-avaliação de seu desempenho. Algumas destas
análises não refletem as condições encontradas na prática, mas são métodos empíricos que
fornecem resultados comparativos de grande valia quando associado aos métodos científicos
desenvolvidos em laboratórios.
Entre as análises realizadas com os lubrificantes temos:
a).- DENSIDADE.
b).- VISCOSIDADE.
c).- ÍNDICE DE VISCOSIDADE.
d).- PONTO DE FULGOR (OU DE LAMPEJO) E PONTO DE INFLAMAÇÃO
(OU DE COMBUSTÃO).
e).- PONTOS DE FLUIDEZ E NÉVOA.
f).- ÁGUA POR DESTILAÇÃO.
g).- ÁGUA E SEDIMENTOS.
h).- DEMULSIBILIDADE.
i).- EXTREMA PRESSÃO. 70
j).- DILUIÇÃO.
k).- COR.
l).- CINZAS OXIDADAS.
m).- CINZAS SULFATADAS.
N).- CORROSÃO EM LÂMINA DE COBRE.
o).- CONSISTÊNCIA DE GRAXAS Escola Técnica Status
LUBRIFICANTES.
p).- PONTO DE GOTA.
f).- ÁGUA POR DESTILAÇÃO.
g).- ÁGUA E SEDIMENTOS.
h).- DEMULSIBILIDADE.
i).- EXTREMA PRESSÃO.
Manutenção j).- DILUIÇÃO. 91
k).- COR.
l).- CINZAS OXIDADAS.
m).- CINZAS SULFATADAS.
N).- CORROSÃO EM LÂMINA DE COBRE.
o).- CONSISTÊNCIA DE GRAXAS LUBRIFICANTES.
p).- PONTO DE GOTA.
a).- DENSIDADE
A maior parte dos produtos líquidos do petróleo são manipulados e vendidos na base de volume;
porém, em alguns casos, é necessário conhecer o peso do produto.
A densidade é um número que define o peso de um certo volume de uma substância quando
submetida a uma determinada temperatura.
A densidade de uma substância é a relação entre o peso do volume dessa substância medido a
uma determinada temperatura e o peso de igual volume de outra substância padrão como a
(água destilada), medido na mesma temperatura (sistema inglês: 60ºF / 60ºF) ou em outra
temperatura (sistema métrico: 20ºC / 20ºC).
No Brasil, a temperatura normal de referência do produto é 20ºC, podendo em alguns casos ser
expressa a 15ºC ou 25ºC. Conhecendo a densidade de cada produto, é possível diferenciar
imediatamente quais os produtos de maior ou menor peso.
A densidade de óleos novos não tem significado quanto à sua quantidade, mas é de grande
importância no cálculo de conversão de litros em quilos, ou vice-versa. Por meio de densidade,
pode ser determinado o número de tambores de 200 litros de óleo que um caminhão poderá
transportar. ]
A densidade API (American Petroleum Institute) é unicamente empregada para o petróleo e seus
subprodutos. é determinada pela fórmula:
Escola Técnica Status
peso do tambor vazio ...................................................... 17kg
peso de 200 litros de óleo ...................... 200 x 0,895 = 179kg
peso total do tambor com 200 litros de óleo
179 + 17 = 196kg
número máximo de tambores que o caminhão pode transportar
92 Manutenção
A densidade API (American Petroleum Institute) é unicamente empregada para o petróleo e seus
subprodutos. é determinada pela fórmula:
b).- VISCOSIDADE
Essa resistência ao movimento é que dá lugar à sustentação dos aviões em vôo, ao ricochete
de uma pedra lisa quando se choca com a superfície líquida e à sustentação de um eixo em 72
movimento no mancal. Na prática, é muito comum confundir a viscosidade com oleosidade.
Várias vezes, vimos lubrificadores, em postos de serviço, prender entre os dedos uma pequena
quantidade de lubrificante e, depois de afastá-los dizer: “Este óleo não tem viscosidade”. O certo
seria dizer que “o óleo perdeu a oleosidade”.A oleosidade é a propriedade que um lubrificante
possui de aderir às superfícies (adesividade) e permanecer coeso (coesividade).
Como exemplo, citaremos a água, que não possui adesividade nem coesividade.
Colocando uma gota de água sobre uma superfície plana e dando um golpe sobre esta gota,
verificaremos que a mesma se divide em várias pequenas gotas, pois não possui coesividade.
Verificamos, ainda, que a adesão da água ao dedo e à superfície é praticamente nula. O mesmo
não acontece se, em vez de uma gota de água, for usado o óleo lubrificante.
Colocando uma gota de água sobre uma superfície plana e dando um golpe sobre esta gota,
verificaremos que a mesma se divide em várias pequenas gotas, pois não possui coesividade.
Manutenção 93
Verificamos, ainda, que a adesão da água ao dedo e à superfície é praticamente nula. O mesmo
não acontece se, em vez de uma gota de água, for usado o óleo lubrificante.
Os Viscosímetros Saybolt, Redwood e Engler têm uma construção semelhante. Todos eles se
compõem basicamente de um tubo de seção cilíndrica, com um estreitamento na parte inferior.
Uma determinada quantidade de fluido é contida no tubo que, por sua vez, fica mergulhada em
banho de água ouóleo de temperatura controlada por termostato. Uma vez atingida e mantida a
temperatura escolhida, deixa-se escoar o líquido através de orifício inferior, ao mesmo tempo
que se começa a contagem de tempo.
VISCOSIDADE SAYBOLT
73
Como a viscosidade varia com a temperatura, isto é, quanto mais aquecido estiver o óleo, menor
será a sua viscosidade,seu valor deve vir acompanhado da temperatura em que foi determinada.
Assim sendo, este método utiliza as temperaturas padrões de 100ºF (37,8ºC) e 210ºF (98,9ºC).
O viscosidade Saybolt possui dois tipos de tubos: universal e furol. A diferença entre os dois está
no diâmetro do tubo capilar que regula o escoamento do fluido, sendo que o tubo furol permite
um escoamento em tempo aproximadamente dez vezes menor do que o tubo universal. A leitura
de tempo do cronômetro dará diretamente a indicação da viscosidade Saybolt do fluido, em
Segundos Saybolt Universal (SSU), ou Segundos Saybolt Furol (SSF), conforme o tubo utilizado.
Normalmente, o Saybolt universal é empregado para óleos com 32 até 1.000 SSU; acima de
1.000 SSU, deve-se empregar o tubo furol.
VISCOSIDADE ENGLER
VISCOSIDADE CINEMÁTICA
75
No método cinemático, um tubo capilar é abastecido até determinado nível. Por sucção, o óleo
é levado até uma marca em um dos lados do tubo. Parando-se de succionar, o óleo tende a
voltar para a posição inicial, passando por uma segunda marca de referência. É anotado o
tempo, segundos, que o nível do óleo leva para passar pelos dois traços de referência. Para
cada faixa de viscosidade dos óleos é utilizado um tubo capilar com determinado diâmetro e,
para cada tubo, é determinado um fator de correção “C” do tubo para o cálculo da viscosidade
em centistokes (cSt):
Viscosidade em cSt = C x t
IMPORTÂNCIA DA VISCOSIDADE
A viscosidade é, indubitavelmente, a propriedade física principal de um óleo lubrificante.
A viscosidade é um dos principais fatores na seleção
Escola Técnica de um óleo lubrificante, sendo sua
Status
determinação influenciada por diversas condições, sendo as mais comuns as seguintes:
96 O viscosímetro cinemático apresenta maior precisão em relação aos viscosímetros
Manutenção
Saybolt, Redwood e Engler.
IMPORTÂNCIA DA VISCOSIDADE
A viscosidade é, indubitavelmente, a propriedade física principal de um óleo lubrificante.
A viscosidade é um dos principais fatores na seleção de um óleo lubrificante, sendo sua
determinação influenciada por diversas condições, sendo as mais comuns as seguintes:
Velocidade
Maior a velocidade, menor deve ser a viscosidade, pois a formação da película lubrificante é
mais fácil. Os óleos de maior viscosidade possuem maiores coeficientes de atrito interno,
aumentando a perda de potência, isto é, a quantidade de força motriz absorvida pelo atrito
interno do fluído.
Pressão
Quanto maior for a carga, maior deverá ser a viscosidade para suportá-la e evitar o rompimento
da película.
Temperatura
Como a viscosidade diminui com o aumento da temperatura, para manter uma película
lubrificante, quanto maior for a temperatura, maior deverá ser a viscosidade.
Folgas
Quanto menores forem as folgas, menor deverá ser a viscosidade para que o óleo possa
penetrar nelas.
Acabamento
Quanto melhor o grau de acabamento das peças, menor poderá ser a viscosidade.
Podemos, assim, verificar que existem condições inversas, isto é, umas que exigem uma baixa
viscosidade e outras, alta viscosidade, e que podem ocorrer ao mesmo tempo. Isto torna76 a
determinação da viscosidade um estudo complexo, que deverá ser realizado pelos projetistas de
máquinas e motores.
A modificação da viscosidade determinada pelos fabricantes das máquinas poderá melhorar
algum fator (por exemplo, o consumo de óleo), mas poderá prejudicar a máquina em diversos
outros fatores e ocasionar sua quebra.
Com a análise dos óleos usados, podemos determinar:
• Redução da viscosidade : Ocasionada por contaminação por combustível ou outros produtos
menos viscosos.
• Aumento da viscosidade : Poderá indicar a oxidação do óleo, presença de água, de sólidos em
suspensão ou contaminação com outro óleo mais viscoso.
Este ensaio não tem maior significado para óleos novos, uma vez que seu ponto de fulgor é bem
mais elevado do que as temperaturas de manuseio. No entanto, os óleos para motor e algumas
máquinas industriais necessitam ter um ponto de fulgor elevado, para evitar-se o risco de 78
incêndio.
No caso de óleos usados, o aumento do ponto de fulgor significa perda das partes leves por
evaporação, enquanto que sua redução indica que houve contaminação por combustível ou
outro produto de menor ponto de fulgor.
Quando resfriamos um subproduto do petróleo suficientemente, este deixa de fluir, mesmo sob a
ação da gravidade, devido a cristalização das parafinas ou o aumento da viscosidade
(congelamento).
Ponto de fluidez é a menor temperatura, expressa em múltiplos de 3ºC, na qual a amostra ainda
flui, quando resfriada e observada sob condições determinadas.
O método P-MB-820 para determinação do ponto de fluidez consiste em resfriar uma amostra a
um ritmo pré-determinado, observando-se a sua fluidez a cada queda de temperatura de 3ºC até
que virtualmente a superfície da amostra permanece imóvel por 5 segundos ao se colocar o tubo
de ensaio em posição horizontal, conforme ilustração abaixo.
Somando 3ºC à temperatura anotada no momento em que a superfície permanece imóvel por 5
segundos, obtemos o ponto de fluidez, P-MB-820.
O ponto de fluidez dá uma idéia de quanto determinado óleo lubrificante pode ser resfriado sem
perigo de deixar de fluir. O ponto de névoa é a temperatura em que, resfriando-se um produto, a
cristalização da parafina dá uma aparência turva a este produto. Caso o ponto de fluidez seja
atingido antes que seja notado o ponto de névoa, isto significa que o produto possui poucos
componentes parafínicos. Os produtos naftênicos, em geral, possuem ponto de fluidez inferior
aos parafínicos.
Estes ensaios só tem maior significação para lubrificantes que trabalham em baixas
temperaturas.
A água, quando misturada aos óleos lubrificantes, pode provocar a oxidação do óleo, a corrosão
das partes metálicas, o aumento da viscosidade do óleo, a segregação dos aditivos e formação
de espuma. Quando separada, a água provoca um escoamento irregular do óleo e falhas na
lubrificação. Para determinação do teor de água, fazemos uma destilação parcial do óleo usado,
de modo que somente a água evapore e seja condensada em um recipiente graduado.
A água pode ser proveniente de má estocagem dos óleos, de vazamento dos sistemas de
refrigeração das máquinas ou da má vedação de máquinas que trabalhem com água.
79
Por este método, podemos determinar o teor de partículas insolúveis contidas numa amostra de
óleo, somadas com a quantidade de água presente nesta mesma amostra.
Este teste consiste em centrifugar-se uma amostra de óleo usado em um recipiente graduado.
Como a água e os sedimentos possuem maior densidade do que o óleo, estes se depositam no
fundo do recipiente, sendo então medidos.
h).- DEMULSIBILIDADE
No teste de quatro esferas (four ball), três esferas são dispostas juntas horizontalmente, e uma
quarta, presa a um eixo, gira sobre elas a uma velocidade de 1800 RPM. Para determinar-se a
capacidade de carga, a velocidade da esfera girante é constante, e a carga sobre ela 81 é
aumentada gradativamente.
Quando as esferas se soldam, é então anotada a carga máxima suportada pelo lubrificante.
Quando as esferas se soldam, é então anotada a carga máxima suportada pelo lubrificante.
j).- DILUIÇÃO
k).- COR
A cor dos produtos de petróleo varia amplamente. Os teste, em geral, comparam uma amostra
com padrões conhecidos, através de um aparelho chamado colorímetro.
A cor clara de um lubrificante não significa baixa viscosidade, havendo óleos brancos de alta
viscosidade. A cor também não significa qualidade. Até certo ponto, por luz refletida, os óleos
parafínicos tem uma cor verde, enquanto os naftênicos apresentam-se azulados. A
transformação da cor em óleos usados pode significar uma contaminação:
Este ensaio fornece uma idéia das matérias que formam cinzas.Geralmente, estas cinzas são
consideradas como impurezas ou contaminações. Este método determina o teor de cinzas de 82
óleos lubrificantes e combustíveis, não se aplicando, porém, a lubrificantes que contenham
aditivos organo metálicos. Neste ensaio, uma amostra do produto é queimada, sendo seu
resíduo reduzido a cinzas em uma mufla. As cinzas são então resfriadas e pesadas.
Este ensaio fornece uma idéia das matérias que formam cinzas.Geralmente, estas cinzas são
consideradas como impurezas ou contaminações. Este método determina o teor de cinzas de
óleos lubrificantes e combustíveis, não se aplicando, porém, a lubrificantes que contenham
aditivos organo metálicos. Neste ensaio, uma amostra do produto é queimada, sendo
102 seu
Manutenção
resíduo reduzido a cinzas em uma mufla. As cinzas são então resfriadas e pesadas.
Para óleos desconhecidos, este teste é uma indicação do nível de detergência. Porém, algumas
combinações de óleos básicos com o aditivo são mais efetivas que outras. Além disto, existem
certos tipos de aditivos detergentes que não deixam cinza alguma. A quantidade de cinzas
poderá também ser proveniente de outros aditivos não detergentes.
Este ensaio é usado para combustíveis, solventes, óleos e graxas lubrificantes. Consiste em
deixar-se, por determinado tempo, uma lâmina de cobre imersa no produto aquecido. De acordo
com a descoloração da lâmina, por comparação com um tabela, determinamos o grau de
corrosão. Os óleos minerais puros e aditivos, em geral, não são corrosivos. No entanto, existem
aditivos de enxofre e cloro ativos, usados, por exemplo, em óleos de corte, que são nocivos aos
metais não ferrosos. A presença de aditivos de enxofre ou cloro em um óleo não significa que
este óleo seja corrosivo, pois isto se dá, somente, quando estes elementos são ativos.
Consistência de uma graxa é a resistência que esta opõe à deformação sob a aplicação de uma
força. A consistência é a característica mais importante para as graxas, assim como a
viscosidade o é para os óleos. Num aparelho chamado penetrômetro, coloca-se a graxa em um
cilindro. Um pequeno cone, ligado a uma haste, é preso a um suporte com escala graduada, e
sua ponta é encostada na superfície da graxa. Soltando-se, o cone penetra na graxa e a escala
do suporte indica quantos mm/10 penetrou. Como a consistência varia com a temperatura, este
ensaio é sempre realizado a 25ºC.
83
Escola
Diz-se que a penetração é trabalhada, quando Técnica
a graxa Status é socada por um dispositivo
no cilindro
especial, por 60 vezes ou mais. A penetração é não trabalhada quando a graxa não é socada.
Baseando-se em valores de penetração trabalhada, o NLGI (National Lubricating Grease
Manutenção 103
Diz-se que a penetração é trabalhada, quando a graxa no cilindro é socada por um dispositivo
especial, por 60 vezes ou mais. A penetração é não trabalhada quando a graxa não é socada.
Baseando-se em valores de penetração trabalhada, o NLGI (National Lubricating Grease
Institute) estabeleceu uma classificação para as graxas, para facilitar sua escolha.
Diz-se que a penetração é trabalhada, quando a graxa no cilindro é socada por um dispositivo
especial, por 60 vezes ou mais. A penetração é não trabalhada quando a graxa não é socada.
Baseando-se em valores de penetração trabalhada, o NLGI (National Lubricating Grease
Institute) estabeleceu uma classificação para as graxas, para facilitar sua escolha.
O ponto de gota de uma graxa é a temperatura em que se inicia a mudança do estado pastoso
para o estado líquido (primeira gota).
O ponto de gota varia de acordo com o sabão metálico empregado, as matérias-primas usadas e
com o método de fabricação. Na prática, usa-se limitar a temperatura máxima de trabalho em 20
a 30ºC abaixo do ponto de gota das graxas.
As graxas de argila não possuem ponto de gota podendo assim ser usadas a elevadas
temperaturas. Neste ensaio a graxa é colocada em um pequeno recipiente, com uma abertura
na parte inferior. O recipiente é colocado em um banho, que é aquecido gradativamente. 84
A
temperatura em que pingar a primeira gota do recipiente é ponto de gota.
ADITIVOS
Devido ao constante aperfeiçoamento das máquinas, tornou-se necessário melhorar ou
acrescentar qualidades aos óleos minerais puros, com substâncias genericamente chamadas de
aditivos.
Existem diversos tipos de aditivos, que possuem a mesma finalidade. A escolha de um deles
depende da susceptibilidade do óleo básico para com o aditivo, a compatibilidade do básico para
com o aditivo, e destes entre si.
Como cada companhia usa aditivos diferentes, não é aconselhável misturarem-se óleos de
marcas ou tipos diferentes, principalmente quando se tratar de óleos para engrenagens.
Entre os diversos tipos de aditivos, temosEscola Técnica Status
os seguintes:
ADITIVOS
Devido ao constante aperfeiçoamento das máquinas, tornou-se necessário melhorar ou
acrescentar qualidades aos óleos minerais puros, com substâncias genericamente chamadas de
aditivos.
Existem diversos tipos de aditivos, que possuem a mesma finalidade. A escolha de um deles
104depende da susceptibilidade do óleo básico para com o aditivo, a compatibilidade do básico
Manutenção
para
com o aditivo, e destes entre si.
Como cada companhia usa aditivos diferentes, não é aconselhável misturarem-se óleos de
marcas ou tipos diferentes, principalmente quando se tratar de óleos para engrenagens.
Entre os diversos tipos de aditivos, temos os seguintes:
a).- DETERGENTE-DISPERSANTE.
b).- ANTIOXIDANTE.
c).- ANTICORROSIVO.
d).- ANTIFERRUGEM.
e).- EXTREMA PRESSÃO.
f).- ANTIDESGASTE.
g).- ABAIXADOR DO PONTO DE FLUIDEZ.
h).- AUMENTADOR DO ÍNDICE DE VISCOSIDADE.
a).- DETERGENTE-DISPERSANTE
Aplicações: Motores de combustão interna.
Finalidades : Este aditivo tem a função de limpar as partes internas dos motores, e manter em
suspensão, finamente dispersos, a fuligem formada na queima do combustível e os produtos de
oxidação do óleo. Quando o lubrificante não possui aditivo detergente-dispersante, os resíduos
se agrupam e precipitam, formando depósitos.
Nos óleos que contêm detergente-dispersante, o aditivo envolve cada partícula de resíduo com
uma camada protetora, que evita o agrupamento com outros resíduos e, consequentemente, a
sua precipitação. É observado um rápido escurecimento do óleo, que ainda é mal entendido por
alguns mecânicos e usuários, que acreditam que o lubrificante se deteriora rapidamente. No
entanto, o escurecimento significa que as partículas que iriam formar borras, lacas e vernizes
estão sendo mantidas em suspensão e serão drenadas junto com o óleo. A quantidade de
material disperso depende da quantidade e do tipo dos aditivos. Isto significa que, após
determinados períodos de uso, os aditivos saturam-se e os óleos necessitam ser drenados, para
não ocorrer a formação de depósitos.As maiores partículas encontradas em suspensão no óleo
mediram 1,5 micra, enquanto que a menor folga é de 2 micra. As partículas são então incapazes
85
de obstruir as folgas ou de promover o desgaste abrasivo.
b).-. ANTIOXIDANTE
Partículas metálicas
Hidrocarbonetos oxidados
Manutenção 105
Hidrocarbonetos oxidados
4).- Nos pontos de temperatura elevada (cabeça dos pistões, anéis de pistão, válvula
etc...), os compostos ácidos decompõem-se, formando vernizes e lacas.
Mecanismo do antioxidante:
O aditivo antioxidante combate a oxidação do óleo lubrificante da seguinte maneira:
2).- Os compostos ácidos formados reagem com os aditivos, formando compostos inofensivos.
3).- As superfícies das partículas metálicas de desgaste são cobertas pelo aditivo antioxidante,
evitando a ação das mesmas na oxidação do lubrificante. É evidente que, após um certo período
86
de trabalho do óleo lubrificante, o aditivo antioxidante é consumido (depleção) e, a partir deste
ponto, o óleo lubrificante se oxidará rapidamente.
c).- ANTICORROSIVO
d).-. ANTIFERRUGEM
Finalidades - Semelhante ao anticorrosivo, este aditivo tem a finalidade de evitar a corrosão dos
metais ferrosos pela ação da água ou umidade. A presença de sais na água acelera
consideravelmente a ferrugem. Envolvendo as partes metálicas com uma película protetora, o
aditivo antiferrugem evita que a água entre em contato com as superfícies.
e).- ANTIESPUMANTE
g).- ANTIDESGASTE
Aplicações: Podem ser empregados nos óleos de máquinas e motores que operem com o óleo
em baixas temperaturas.
Finalidades - Este aditivo tem a função de envolver os cristais de parafina que se formam a
baixas temperaturas, evitando que eles aumentem e se agrupem, o que impediria a circulação
do óleo.
GRAXAS LUBRIFICANTES
Generalidades
As graxas podem ser definidas como produtos formados pela dispersão de um espessante em
um óleo lubrificante. O espessante, também chamado sabão, é formado pela neutralização de
um ácido graxo ou pela saponificação de uma gordura por um metal. O metal empregado dará
seu nome à graxa.
A estrutura das graxas, observadas ao microscópio, mostra-se como uma malha de fibras,
formada pelo sabão, onde é retido o Escola
óleo. Técnica Statusapresentam diversas vantagens e
As graxas
desvantagens em relação aos óleos lubrificantes.
GRAXAS LUBRIFICANTES
Generalidades
As graxas podem ser definidas como produtos formados pela dispersão de um espessante em
um óleo lubrificante. O espessante, também chamado sabão, é formado pela neutralização 107
Manutenção de
um ácido graxo ou pela saponificação de uma gordura por um metal. O metal empregado dará
seu nome à graxa.
A estrutura das graxas, observadas ao microscópio, mostra-se como uma malha de fibras,
formada pelo sabão, onde é retido o óleo. As graxas apresentam diversas vantagens e
desvantagens em relação aos óleos lubrificantes.
Entre as vantagens, podemos citar:
FABRICAÇÃO
Existem dois processos para a fabricação das graxas: formar o sabão em presença do óleo ou
dissolver o sabão já formado no óleo.
A fabricação é feita em tachos, providos de um misturador de pás e envoltos por um camisa de
vapor para aquecer o produto. Quando o sabão é formado em presença do óleo, o tacho é
munido de um autoclave, para a necessária saponificação. Acabada a fabricação, a graxa, ainda
quente e fluida, passa por filtros de malhas finíssimas, sendo então envasilhada.
A filtragem evita que partículas de sabão não dissolvidas permaneçam na graxa e o
envasilhamento imediato impede que as graxas sejam contaminadas por impurezas.
CLASSIFICAÇÃO
De acordo com a natureza do sabão metálico utilizado em sua fabricação, as graxas podem ser
classificadas em: graxas de sabão de lítio, graxas de cálcio, graxas de complexo de cálcio e
graxas de bases mistas.
Além dos sabões metálicos mencionados, podemos ter graxas de alumínio, de bário etc., que
são, porém, menos empregadas.
Existem graxas em que o espessante é a argila. Estas graxas são insolúveis na água e resistem
a temperaturas elevadíssimas. Embora sejam multifuncionais, seu elevado custo faz com que
suas aplicações sejam restritas aos locais onde as graxas comuns não resistem às temperaturas
elevadas (acima de 200ºC).
As graxas betuminosas também podem ser classificadas como óleos. São formadas à base de
asfalto. Possuem uma grande aderência, e suas maiores aplicações são os cabos de aço, as
engrenagens abertas e as correntes. Não devem ser usadas em mancais de rolamentos. Alguns
mancais planos que possuem grande folga, ou suportam grandes cargas, podem, às vezes,
utilizá-las.
CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES
Abaixo são dadas algumas aplicações e características das graxas, classificadas de
acordo com a natureza do sabão:
89
108 Manutenção
• Graxas mistas:
As graxas de bases mistas possuem as propriedades intermediárias dos sabões com que são
formadas. Assim, podemos ter graxas de cálcio-sódio, cálcio-lítio etc. As graxas de sódio e lítio
não são compatíveis, não devendo ser misturadas.
Critérios de escolha:
Para definir a graxa adequada para determinada aplicação,
devem ser observados os seguintes fatores:
• Consistência
O conhecimento da consistência da graxa é importantíssimo para sua escolha. No Brasil, onde a
temperatura ambiente não atinge extremos muito rigorosos, é mais empregada a graxa NLGI 2.
Em locais onde a temperatura é mais elevada, emprega-se a NLGI 3, e onde a temperatura é
mais baixa, a NLGI 1.
Como nos óleos, quanto maior for a velocidade e mais baixas forem a temperatura e a carga,
menor deverá ser a consistência. Por outro lado, com baixas velocidades e altas temperaturas e
cargas, deve ser usada uma graxa mais consistente.
Em sistemas centralizados de lubrificação, deve ser empregada uma graxa com fluidez
suficiente para escoar.
Ponto de gota
O ponto de gota de determinada graxa limita a sua aplicação. Na prática, usa-se limitar a
temperatura máxima de trabalho em 20 a 30ºC abaixo de seu ponto de gota. Em geral, as
graxas possuem seu ponto de gota nas seguintes faixas:
As graxas de argila não possuem ponto de gota, podendo assim ser usadas em elevadas
90a
temperaturas. Na ilustração abaixo, é apresentada a resistência à temperatura de acordo com
natureza do sabão das graxas. A graxa de cálcio é a única que possui baixa resistência à
temperatura.
RESISTÊNCIA À ÁGUA
O tipo de sabão comunica ou não à graxa a resistência à ação da água. Dos tipos citados
anteriormente, a graxa de sabão de sódio é a única que se dissolve em presença da água.
RESISTÊNCIA AO TRABALHO
As graxas de boa qualidade apresentam estabilidade quando em trabalho, e não escorrem das
partes a lubrificar. As graxas de lítio possuem, geralmente, uma ótima resistência ao trabalho.
As graxas de lítio, além da ótima resistência ao trabalho, têm resistência muito boa à ação da
água, na qual são insolúveis e suportam temperaturas elevadas.
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Bombeabilidade
Bombeabilidade é a capacidade da graxa fluir pela ação do bombeamento.
A bombeabilidade de uma graxa lubrificante é um fator importante nos casos em que o método
de aplicação é feito por sistema de lubrificação centralizada.
ADITIVOS
Como nos óleos lubrificantes, as características das graxas podem ser melhoradas com o uso
de aditivos. Entre os mais usados, temos:
EXTREMA PRESSÃO
Aplicações: Graxas para mancais de laminadores, britadores, equipamentos de mineração etc.,
e para mancais que trabalham com cargas elevadas.
Finalidades - Como nos óleos, quando a pressão excede o limite de suporte da película de
graxa, torna-se necessário o acréscimo destes aditivos. Usualmente, os aditivos empregados
para este fim são à base de chumbo. Os lubrificantes sólidos, como molibdênio, a grafite e o
óxido de zinco também são empregados para suportarem cargas, mas, em geral, estes
lubrificantes não são adequados para mancais de rolamentos.
ADESIVIDADE
Aplicações: Graxas de chassis e aquelas empregadas em locais de vibrações ou onde possam
ser expelidas.
Finalidades - Para neutralizar os ácidos formados pela oxidação ou a ação da água, as graxas
necessitam destes aditivos. Como as graxas de sódio se misturam com água, esta perde seu
efeito corrosivo, sendo então dispensados os aditivos antiferrugem. Além destes aditivos, muitos
outros podem ser usados, como os de oleosidade, os lubrificantes sólidos, corante, fios de
lã etc.
Jaime Plasser
F I M