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Eletricidade 1

Disciplina 1

MECÂNICA

ESCOLA TÉCNICA

www.escolatecnicastatus.com.br

Escola Técnica
Eletricidade 3
Disciplina 3

ELETRICIDADE

Escola Técnica
SUMÁRIO

O que é eletricidade ..................................................................................................................... 05


Cargas elétricas ............................................................................................................................ 06
Força eletromotriz ....................................................................................................................... 07
Resistência. O que controla a corrente ........................................................................................ 08
Fatores de que depende a resistência ........................................................................................... 09
Corrente contínua e corrente alternada ........................................................................................ 10
Introdução aos geradores e motores elétricos .............................................................................. 11
Transformadores .......................................................................................................................... 12
Lei de Ohm .................................................................................................................................. 12
Eletricidade geral ......................................................................................................................... 13
Associação em série .................................................................................................................... 14
Associação em paralelo ............................................................................................................... 16
Associação mista ......................................................................................................................... 19
Divisor de tensão ......................................................................................................................... 22
Divisor de corrente ...................................................................................................................... 24
Efeitos da corrente elétrica .......................................................................................................... 27
Principais sintomas causados pelo choque .................................................................................. 28
Cuidados nas instalações elétricas ............................................................................................... 29
Aterramento elétrico .................................................................................................................... 30
Relés ............................................................................................................................................ 31
Relé de sobrecarga ....................................................................................................................... 32
Funcionamento básico do relé de sobrecarga .............................................................................. 33
Funcionamento básico dos contadores ........................................................................................ 34
Relés de tempo ............................................................................................................................ 35
Equipamentos auxiliares .............................................................................................................. 37
Interruptor de pressão .................................................................................................................. 38
Chave de reversão ....................................................................................................................... 39
Chaves tipo fim de curso ............................................................................................................. 40
Princípio de funcionamento ......................................................................................................... 41
Eletricidade
80 5
ELETRICIDADE

O QUE É ELETRICIDADE

HISTÓRICO.

A palavra eletricidade tem sua origem na antiga palavra grega usada para designar o âmbar -
elektron. Os gregos primitivos observaram que quando o âmbar, que é uma resina fossilizada era
esfregado com um tecido, adquiria a propriedade de atrair pequenos pedaços de materiais, tais
como folhas secas. Posteriormente, os cientistas verificaram que esta propriedade de atração
ocorria também em outros materiais , como a borracha e o vidro, porém não em materiais como o
cobre ou o ferro. Os materiais que apresentavam a propriedade de atração, quando eram
friccionados com um tecido eram descritos como sendo carregados com uma força elétrica, e
notou-se que alguns dos materiais carregados eram atraídos por um pedaço de vidro também
carregado, e que outros eram repelidos. Benjamim Franklin chamou as duas espécies de carga ( ou
eletricidade ) de positiva e negativa. Resumindo o que estava sendo observado nos materiais era
um excesso ou uma deficiência de partículas chamadas elétrons.

Do mesmo jeito que o


bastão de âmbar dos antigos
gregos, um pente usado em seu
cabelo ficará carregado e atrairá
pedaços de papel, etc.

Figura 1.

Todos os materiais podem ser classificados como :

a) Condutores : São materiais que permitem o livre movimento de muitos elétrons.

b) Isolantes : São materiais que não permitem o livre movimento de muitos elétrons.

c) Semi-Isolantes: São materiais que podem, quando preparados de modo adequado,


funcionar como condutores ou isolantes, dependendo do sentido da corrente.

d) Bons Condutores: São os melhores materiais condutores, relacionados na ordem da


suas capacidades de condução, tais como a Prata, o Cobre, Alumínio, Zinco, Latão e Ferro.

e) Bons Isolantes: São os melhores materiais isolantes, relacionados na ordem da suas


capacidades de isolar, tais como o Ar seco, Vidro, a Cerâmica, Mica, Borracha, Plásticos e Ardósia.
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ELETRICIDADE 81

CARGAS ELÉTRICAS.

a) Carga Negativa: São cargas elétricas que possuem excesso de elétrons.


b) Carga Positiva: São cargas elétricas que possuem deficiência de elétrons.
c) Repulsão entre Cargas: São cargas elétricas do mesmo nome que se repelem.
d) Atração entre Cargas: São cargas elétricas de diferentes nomes que se atraem.
e) Eletricidade Estática: São cargas elétricas em repouso.
f ) Carga por Fricção: São cargas elétricas produzidas pelo atrito de dois corpos.
g) Campo Elétrico: É o campo de força criado em torno de um corpo carregado.
h) Carga por Contato: É a transferência de carga de um material para outro por contato direto.
i) Carga por Indução: É a transferência de carga de um material para outro sem contato direto.

DESCARGAS DAS CARGAS ELÉTRICAS.

Quando dois corpos carregados com cargas opostas são aproximados, os elétrons em
excesso no corpo carregado negativamente serão atraídos na direção do corpo carregado
positivamente. Unindo-se os dois corpos através de um fio condutor, se oferece um caminho para os
elétrons do corpo com carga negativa se deslocarem em direção ao corpo com carga positiva, e
então as cargas se neutralizarão. Ao invés de ligar os corpos por um fio, você pode encostá-los (por
contato) e outra vez as cargas se neutralizarão.
Quando dois corpos carregados com cargas elevadas são aproximados, os elétrons poderão
pular do corpo com carga negativa para o corpo com carga positiva, antes mesmo dos dois entrarem
em contato. Neste caso a descarga será sob a forma de uma centelha. Em cargas muitos elevadas,
a eletricidade estática poderá ser descarregada entre grandes espaços, causando centelhas de
muitos centímetros de comprimento.

DESCARGAS ESTÁTICAS

ATRAVÉS DE UM FIO

POR CONTATO

POR ARCO Figura 2.

a) Descarga por Contato: É a passagem de elétrons de um corpo com carga negativa para
outro com carga positiva, por contato direto.
b) Descarga em Arco: É a passagem de elétrons de um corpo com carga negativa para outro
com carga positiva, sob a forma de centelha. (arco).
c) Lei de Coulomb: A força de atração ou de repulsão é diretamente proporcional ao produto
das cargas dos corpos e inversamente proporcional ao quadrado da distancia entre eles.

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82 ELETRICIDADE

FORÇA ELETROMOTRIZ. ( F.e.m.) A CAUSA DA CORRENTE.

Potência Elétrica.

Quando uma força de qualquer tipo produz movimento, se realiza um trabalho. Por exemplo,
quando uma força mecânica, é usada para se levantar um corpo, realiza-se um trabalho. Esta força
é produzida sem se realizar movimento, tal como a força de uma mola submetida a uma tensão
entre dois objetos que não se movem, não produz trabalho.
A diferencia de Potencial entre dois corpos quaisquer de um circuito elétrico é uma tensão
que causa o movimento dos elétrons e, portanto, uma corrente. Esta força produzindo movimento e,
em conseqüência, um trabalho. Sempre que uma tensão faz com que os elétrons se movimentem,
está se realizando um trabalho.
A razão com que se faz um trabalho, ao deslocar-se os elétrons de um ponto para outro é
chamado de “ potencia elétrica “. Seu símbolo é representado pela letra “ P ”.
A unidade básica de potencia elétrica é o watt e pode ser definido como a rapidez com que se
faz trabalho em um circuito em que flui uma corrente de 1 Ampère, quando a força eletromotriz
(F.e.m.) aplicada é de 1 Volt.

QUANDO UMA
FORÇA PRODUZ
MOVIMENTO.
HÁ TRABALHO.

Não há trabalho Há trabalho


POTÊNCIA É A
RAPIDEZ COM
QUE SE
PRODUZ
TRABALHO.
.
.

.M
M .

F.E
F.E

BAIXA POTÊNCIA ALTA POTÊNCIA


Figura 3.
menos elétrons por minuto mais elétrons por minuto

PRODUÇÃO E USO DA ELETRICIDADE

Aplicações da Eletricidade.
A eletricidade, pode ser usada para produzir exatamente os mesmos efeitos originais para a
qual foram utilizados para produzi-la, com exceção da fricção.
A energia mecânica de motores, a ação química, a luz, o calor e a pressão mecânica são
resultados comuns da utilização da eletricidade. A eletricidade também é usada para operar
dispositivos eletrônicos, etc.

a) Fricção: A eletricidade é produzida pelo atrito de dois materiais.


b) Pressão: A eletricidade é produzida pressionando-se cristais de certas substâncias.

Quando se aplica uma diferença de potencial às superfícies de certos cristais, como o


sal de Rochelle, o cristal se deforma e produz pressão ou movimento mecânico. Este
é o principio usado nos fones de cristal ( ouvido).
Figura 4.

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ELETRICIDADE 83

c) Calor: A eletricidade é produzida pelo aquecimento da junção de um termopar ou


termocoupla.
Quando se estabelece uma corrente em um condutor imperfeito, parte da
energia é usada para manter os elétrons em movimento através do
condutor,e esta energias aparece sob a forma de calor. Os maus condutores
que não se fundem facilmente, como por exemplo, O nicrome, e empregado
como um elementos para aquecimento.
Figura 5. O nicrome é uma liga ou aleação especial de níquel, cromo e ferro.

d) Luz: A eletricidade é produzida pela incidência de luz em certas substâncias fotos-


sensíveis.
Quando uma corrente suficientemente intensa passa através de um fio
condutor ele pode ficar incandescente. Este é o princípio de funcionamento
da lâmpada comum, a qual produz luz e calor. Para evitar que o filamento ( fio
condutor aquecido ), se queime, ele e enclausurado ou encerrado em um
bulbo de vidro, contendo no seu interior um gás inerte.
A eletricidade também pode produzir luz por eletro-luminescência,
Figura 6. fosforescência e fluorescência.

e) Ação Química: A eletricidade é produzida pela reação química em uma pilha elétrica.

A eletricidade pode provocar a decomposição de compostos químicos.


Este é o principio em que se baseiam as pilhas secundárias utilizadas nas
baterias. Também é a base da galvanoplastia e da ação eletrolítica.
Figura 7.

f) Magnetismo: A eletricidade é produzida pelo movimento relativo entre um imã e um


condutor, resultando no corte das linhas de força pelo condutor.

A quantidade de eletricidade produzida dependerá de :


1) Número de espiras da bobina.
2) Velocidade do movimento do condutor dentro do campo magnético e,
Corrente 3) Intensidade do campo magnético.
O eletro magnetismo : A corrente em um condutor produz um campo
magnético em torno do mesmo : este efeito é chamado de eletromagnetismo.
Limalha
Figura 8.

RESISTÊNCIA. O QUE CONTROLA A CORRENTE.

Uma corrente elétrica é o movimento de elétrons livres em uma substância, a qual não se
inicia espontaneamente, necessitando de uma fonte de força elétrica para impelir os elétrons
livres através da substância. Removendo-se a fonte de energia elétrica, a corrente deixa de
existir. Por dedução diremos que existe alguma coisa na substância que resiste à corrente
elétrica, a qual segura os elétrons livres, até que uma força suficiente é aplicada.
A oposição a corrente elétrica não é idêntica para todos os materiais. A corrente elétrica é o
movimento de elétrons livres através de um material, e o número de elétrons livres existentes no
material determina sua oposição à corrente. Os átomos de alguns materiais liberam os elétrons
das órbitas externas facilmente. Estes materiais são chamados de condutores, porque oferecem
uma pequena oposição a corrente elétrica.
Os átomos de alguns materiais prendem os elétrons das órbitas externas facilmente.
Estes materiais são chamados de isolantes, porque oferecem uma oposição considerável
a corrente elétrica. Todo material oferece uma grande ou pequena oposição à corrente, e esta
oposição e chamada de Resistência.

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ELETRICIDADE

FATORES DE QUE DEPENDE A RESISTÊNCIA.

A resistência de qualquer objeto ou material tal como um fio, depende de quatro fatores:

a) O Material: Diferentes materiais apresentam diferentes resistências, Alguns como a


prata e o cobre, possuem uma baixa resistência, enquanto outros, tais
como o ferro e o nicrome, oferecem uma resistência mais elevada.
Muitos resistores, como os que se utilizam nos circuitos eletrônicos, são
feitos de uma mistura moldada de carvão e argila.
Figura 9.
b) O Comprimento:Em um material com área de seção transversal constante, a
resistência total é diretamente proporcional ao comprimento.

Exemplo : Se um determinado comprimento de um material oferecer uma


resistência de 3 ohms, o dobro do comprimento oferecerá uma resistência de
6 ohms, um comprimento 3 vezes maior apresentará uma resistência de 9
ohms, etc.
Figura 10.

c) Área da Seção Transversal: A corrente pode ser comparada ao fluxo de água em um de


seção transversal ), implica que mais água fluirá, mesmo se a pressão for a
mesma. Em um condutor, acontece o mesmo, onde a resistência diminui a
medida que a seção transversal aumenta. Se duplicarmos a seção
transversal de um corpo de comprimento invariável, a resistência será
reduzida a metade.
Se a seção transversal for reduzida a metade, a resistência passará a
Figura 11. ser o dobro.

d) A Temperatura: Os efeitos da temperatura, embora sejam pequenos em comparação aos


do material, ao comprimento e da área da seção transversal, são muito
importante, quando deseja-se manter a resistência constante, sabendo-se
FIO DE COBRE
que a temperatura não é constante.
TEMPERATURA ELEVADA Geralmente nos metais a resistência aumenta quando a temperatura
aumenta. Isto acontece porque a energia térmica faz com que os elétrons
livres do material se desloquem desordenadamente com muita facilidade, isto
FIO DE COBRE
torna mais difícil fazer com que esses elétrons fluam ordenadamente de um
TEMPERATURA BAIXA
átomo para átomo, da maneira que chamamos corrente elétrica. Em alguns
Figura 12.
materiais, como o carvão, a resistência diminui quando a temperatura
aumenta.

CIRCUITOS ELÉTRICOS

Na eletricidade lidamos com corrente continua (C.C.) e com corrente alternada (C.A.).
Nos circuitos elétricos de corrente continua, a corrente elétrica sempre tem o mesmo e único
sentido.

Nos circuitos elétricos de corrente alternada, a corrente elétrica se inverte periódicamente,


ou seja em um instante, ela circula em um sentido, e no instante seguinte ela circula no sentido
oposto. Esta inversão no sentido do fluxo da corrente alternada, ocorre normalmente com
uniformidade, de modo que, quando de uma corrente alternada de 60 Hertz ( C.A. de 60 Hz ), quere
dizer que o sentido da corrente elétrica se inverte 120 vezes por segundos.

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ELETRICIDADE 85

CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA

Nos Circuitos de C.C. Nos Circuitos de C.A.


o sentdo da corrente O sentdo da corrente
NÃO MUDA. se INVERTE periodicamente

CARGA CARGA CARGA CARGA

Fonte de Fonte de Fonte de Fonte de


C.C. Energia C.C. Energia C.A. Energia C.A. Energia
Figura 13.
POUCO DEPOIS POUCO DEPOIS
Sempre flui no mesmo (único) sentido. Num instante, flui em um sentido; no
instante seguinte, no outro sentido.

CHAVES

Uma chave é um elemento utilizado para abrir e fechar um circuito ou parte dele, quando
desejado. As chaves são utilizadas em acionamento de acendido de lâmpadas, lanternas, rádios,
partida de carros, motores, em equipamentos eletrônicos ou elétricos, etc.

CHAVE DE
POTÊNCIOMETRO CHAVE DE DERIVAÇÃO

SPST
CHAVE DE
CHAVE DE ALAVANCA
ALAVANCA
ABERTA FECHADA

CHAVE
DPST DPDT
Circuito 1

Circuito 2 SPST FECHADA


ABERTA POSIÇÃO 1

Circuito 1

Circuito 2 CHAVE DE
BOTÃO FECHADA
FECHADA POSIÇÃO 2

ON ON
Normalmente Normalmente
OFF
Aberta Fechada OFF

Chave de Luz Chave Chave de Figura 14.


Caseira Deslizante Controle

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86 ELETRICIDADE

Circuito Elétrico: É a combinação e ou associação de uma fonte de eletricidade com um


condutor, possibilitando o fluxo continuo dos elétrons.

Circuito Elétrico Fechado: É o circuito não interrompido, e onde existe corrente elétrica.

Resistência Pequena: É a resistência que se opõe com uma mínima carga ou resiste muito
pouco a passagens de corrente. Quando a resistência é pequena, a intensidade de
corrente é grande.

Resistência Grande: É a resistência que se opõe com uma máxima carga ou resiste muito a
passagens de corrente. Quando a resistência é grande a intensidade de corrente é
pequena.

Chaves: São dispositivos que abrem ou fecham circuitos e assim desta forma controlam o
fluxo de eletricidade.
Exemplo : Chave de potenciômetro, chave de faca, chave de derivação, chave de
alavanca,etc.

Cargas: São dispositivos que usa a eletricidade com alguma finalidade.


Exemplo : lâmpada.

INTRODUÇÃO AOS GERADORES E MOTORES ELÉTRICOS.

Fundamentos dos Geradores e Motores.


O Gerador elétrico é o dispositivo que transforma a energia mecânica em energia elétrica.
Os geradores são utilizados para fornecer quase toda a energia elétrica usada atualmente. O
maior problema é encontrar fontes de energia para acionamento destes geradores.São
necessárias novas fontes alternativas de energia. Atualmente somos dependemos na sua integra
dos geradores elétricos para obter a energia elétrica que utilizamos. Utilizamos a energia elétrica
para muitos fins, além da obtenção de energia mecânica através dos motores.
O Motor elétrico é essencialmente um gerador utilizado de modo diferente, é o dispositivo
que transforma a energia elétrica em energia mecânica.
Existe no mercado uma grande variedade disponível de geradores e motores, e verificamos
que todos eles são basicamente muito semelhantes. Todos os geradores e motores elétricos
utilizam a interação entre condutores em movimento e campos magnéticos,ou vice-versa.
Os geradores convertem uma energia mecânica em outra energia elétrica, produzindo
correntes em condutores que giram através de um campo magnético.
Exemplo : O moinho aciona o gerador, para criar energia elétrica. O motor elétrico utiliza esta
corrente elétrica para acionar o ventilador.
Os motores convertem uma energia elétrica em outra energia mecânica, quando
condutores que conduzam correntes são obrigados a girar por um campo magnético.
A roda d'água aciona o gerador para criar energia elétrica. O motor utiliza esta energia
elétrica para acionar a bomba de água.

FONTES DE ENERGIA PARA ACIONAMENTO DOS GERADORES.

A maioria das estações geradoras utiliza a energia térmica produzida pela queima de
combustíveis fósseis, tais como o carvão, óleo ou gás natural para obter o vapor. O vapor é utilizado
então para acionar uma turbina acoplada a um gerador. Desta forma ocorrem várias
transformações de energia.
1º: A energia química do combustível é convertida em calor; a energia térmica é
transformada em energia mecânica, ou de movimento, na turbina; e finalmente, a energia mecânica
é convertida em energia elétrica no gerador. Independentemente da fonte original de energia, seja
esta o carvão, óleo ou gás natural, plutônio, urânio queda de água, sol, vento, etc., a etapa final é

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ELETRICIDADE 87

sempre a conversão da energia mecânica de rotação em energia elétrica, em um gerador.


Esta mesma situação acontece em todos os pequeno, médios equipamentos ou conjuntos
geradores instalados nos navios, nos veículos motorizados e também nas fontes de energia de
emergência.

TRANSFORMADORES.

Os transformadores são comercializados em todos os tamanhos e formatos. Os


transformadores muito grandes, utilizados para altas tensões e correntes elevadas, são utilizados
para a distribuição de energia elétrica. Os grandes transformadores, costumam ser imersos em óleo
para resfriamento e para melhorar o isolamento.
Os transformadores pequenos ou miniaturas, são utilizados em equipamentos
extremamente portáteis, e são de baixa potência.
Um transformador não cria energia elétrica, transfere energia elétrica de uma bobina para
outra por meio da indução magnética. Sabe-se que os transformadores não são 100% eficientes
(não teriam perdas), são considerados ótimos dispositivos elétricos.
Um transformador é definido como um dispositivo elétrico, que transfere energia do seu
circuito primário para o seu circuito secundário com pequena perda.

RISCOS DA ELETRICIDADE

Introdução

A eletricidade é de grande utilidade no mundo atual, facilitando muito o trabalho nas


indústrias, acionando máquinas e equipamentos. Proporciona, também, conforto e bem-estar em
casa, acendendo lâmpadas, fazendo funcionar rádios televisores, geladeiras, aquecedores, etc.
A eletricidade é uma forma de energia (energia elétrica) transportada através de condutores
(fios elétricos), sendo muito conhecidas três das suas unidades, que são: volts (V), ampéres (A) e
watts (W).
A tensão, medida em V (volts), é o poncial elétrico e pode-se fazer a analogia com a pressão
d'água numa tubulação. Pode-se ter várias voltagens, como, por exemplo, numa fábrica onde existe
tensão de 110 V para as lâmpadas, de 220 V para acionar pequenos aparelhos,de 440 V para
acionar motores e equipamentos e, mesmo, tensões maiores.
A corrente elétrica (I), medida em ampéres (A), em analogia com a rede de água, é a vazão. A
corrente depende da solicitação do aparelho elétrico, assim como a vazão da tormeira depende de
quando se abre a válvula.
A multiplicação da tensão pela corrente elétrica dá a potência (P), que é medida em watts (W)
ou C.V. (cavalo-vapor).
Em eletricidade, há outro fator importante: a resistência elétrica (R), medida em Ohm (Ω),
que, a grosso modo, pode ser comparada com a perda de carga de uma tubulação ou de um
escoamento de fluido.
Mas, enquanto uma rede de água não mata, quando se toca na tubulação, a energia elétrica,
que tanto benefício traz, pode matar pelo choque elétrico.

O QUE É ELETRICIDADE.

Para uma maior compreensão dos acidentes e riscos causados pela eletricidade, é preciso
explicar alguns conceitos e algumas características da eletricidade.

LEI DE OHM

A lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica que atravessa um condutor está em proporção direta
à diferença de potencial em proporção inversa a resistência do condutor.

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88 ELETRICIDADE

SÍMBOLO SIGNIFICADO UNIDADE


I Corrente Ampéres (A)
V ou E Tensão Volts (V)
R Resistência Ohms (Ω)

Da lei de Ohm tem-se que: I = V .


R

Segundo essa lei, para uma dada tensão, que geralmente é fixa (110, 220, 440 volts), quanto
maior for a resistência elétrica menor será a corrente.

Exemplo:

V = 110 volts para R = 20


I = 110 = 11 Ampéres
10

V = 110 volts para R = 20


I = 110 = 5,5 Ampéres
10

Para acontecer qualquer acidente com uma pessoa, é necessário que passe pelo seu corpo
uma determinada corrente e, conforme o lugar por onde passa e o tempo de contato dessa corrente,
ter-se-á a gravidade e o tipo de efeito do acidente.

Como se vê anteriormente, a corrente depende da tensão e da resistência elétrica, e a


passagem da corrente elétrica pelo corpo humano depende da resistência elétrica do mesmo.

A resistência elétrica do corpo humano depende de diversos fatores, como exemplo,


variação da tensão aplicada, tipo de pele os meios internos como vasos sanguíneos e sistema
nervoso, tipo de contato e condição da pele.

Existem dois tipos principais de resistencia do corpo humano, sendo a cutânea (da pele) a
que oferece maiores variações de valores, dependendo da espessura da pele no local, da umidade
da pele, variando de 1.000 a 100.000 Ohms, podendo atingir valores maiores. A outra resistência, a
dos meios internos, varia menos, de 500 a 1.000 Ohms aproximadamente.
Portanto, a ressistência elétrica do corpo humano varia de 1.500 a 100.000 Ohms em média.

ELETRICIDADE GERAL

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES E DIVISORES DE TENSÃO E CORRENTE

Associação de resistores:

Duas ou mais resistências podem ser associadas de três maneiras:

a) Associação em série
b) Associação em paralelo
c) Associação mista

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ELETRICIDADE 89

Considerações:

Resistores podem ser ligados de diversas maneiras de modo que seus efeitos sejam
combinados;
Qualquer que seja a maneira como ligamos os resistores, o efeito obtido ainda será o de uma
resistência;
Essa resistência poderá ser maior ou menor que os resistores associados, mas ainda assim
o conjunto seguirá a lei de Ohm;
O resultado de uma associação de resistores depende não só dos valores dos resistores
associados como também da forma como são ligados.

ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE:

Quando os resistores estão ligados um em seguida ao outro. Na figura abaixo, mostramos


"n", resistores ligados em série.

Figura Nº 01

Nesse tipo de associação, a corrente I passa por um dos resistores, é a mesma que passa
por todos os outros.
Aplicando a lei de Ohm ao 1°, 2°, ... , enésimo resistor, temos:

V1 = R1 . I
V2 = R2 . I
Vn = Rn . I

A tensão V, fornecida, é igual à soma das quedas de tensão em cada resistor.

V = V1 + V2 + ... + Vn = R1 . I + R2 . I+ ... + Rn . I = (R1 + R2 + ... + Rn) . I

V = (R1+R2+...+Rn.I = RT Onde: RT = R1+R2+...+Rn

Conclusão:

A resistência total (ou equivalente) de uma associação de resistores em série é igual à


soma dos resistores da série.

Figura Nº 02
Caso Particular:

Quando os resistores tiverem resistências iguais, isto é, R1 = R2 = ... = Rn, é fácil provar que
neste caso resulta também V1 = V2 = ... = Vn.

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Eletricidade 15
90 ELETRICIDADE

Chamamos respectivamente R1 e V1 a resistência e a diferença de potencial entre os


extremos de cada resistor, temos:
RT = n Ri
V =nV1

Na figura 3, temos exemplos de associação de 3 resistores em série.

Figura Nº 03

Sendo R1, R2 e R3 os mesmos, as associações (a), (b), (c) e (d) são iguais.

Exemplo 1: Determinar a resistência total em um circuito série, onde se tem R1 = 22 [Ω],


R2 = 33 [Ω] e R3 = 10 [Ω].

Solução:
RT = R1 + R2 + R3
RT = 22 + 33 + 10 = 65

Figura Nº 04

RT = 65 [Ω]

Exemplo 2: No circuito da Figura Nº 5, calcular o valor das quedas de tensão em cada


uma das resistências.

Figura Nº 05

Para se calcular a queda de tensão é preciso, inicialmente,calcular o valor da resistência


equivalente e depois, aplicando a lei de Ohm, calculamos a corrente que atravessa o circuito.

RT = R1 + R2 + R3 = 7 + 5 + 3 = 15 [Ω]

I = V I = 15 = 1 ( A)
RT 15

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ELETRICIDADE 91

A queda de tensão em R1, será: V1 = R1 . I = 7 x 1 = 7 [V]

A queda de tensão em R2, será: V2 = R2 . I = 5 x 1 = 5 [V]

A queda de tensão em R3, será: V3 = R3 . I = 3 x 1 = 3 [V]

Figura Nº 06

Somando-se estas tensões parciais, encontramos o valor da tensão total:

VT = V1 + V2 + V3 = 7 + 5 + 3 = 15 [V].

ASSOCIAÇÃO EM PARALELO:

Quando os resistores estão ligados aos mesmos pontos, e portanto submetidos à mesma
d.d.p., dizemos que estão associados em paralelo.
Na Figura Nº 07, abaixo mostramos n resistores ligados em paralelo.

Figura Nº 07

Nesse tipo de associação, todos os resistores estão submetidos à mesma tensão V.


Aplicando a lei de Ohm aos n resistores, temos:

I1 = V I2 = V In = V
R1 R2 Rn

A corrente I é igual à soma das correntes em cada resistor.

I = I1 + I2 + ... + In V + V ... V 1 + 1 ... 1 . V


R1 R2 Rn R1 R2 Rn

I = 1 + 1 + ... + 1 . V V
R1 R2 Rn RT

Onde: 1 1 + 1 ... + 1
RT R1 R2 Rn

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Eletricidade 17
92 ELETRICIDADE

Ou: RT = 1
1 + 1 ... + 1
R1 R2 Rn

Conclusão: A resistência total (equivalente) de uma associação em paralelo é igual ao


inverso da soma dos inversos das resistências componentes.

Figura Nº 08
Onde: RT = 1
1 + 1 ... + 1
R1 R2 Rn

Caso Particular (1): No caso de um grupo formado por apenas dois resistores diferentes R1
e R2, a resistência total pode-se determinar da seguinte maneira:

RT = 1 R1 x R2
1 + 1 R1 + R2
R1 R2

RT = R1 x R2
R1 + R2

Caso particular (2): Os resistores têm resistências iguais, isto é, R1 = R2 . = Rn .


Neste caso as intensidades de corrente nas derivações também são iguais:

I1 + I2 = ... = In

Logo: I = n. I1

Logo: 1 n
RT R1

Ou RT - R1 = 1 . R1
n n

Neste caso particular, a resistência da associação é igual a 1/n da resistência de cada resistor
e a intensidade da corrente é n vezes maior que a corrente que circula em cada resistor:
Na figura 9 temos exemplos de 3 resistores associados em paralelo.

Figura Nº 09

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18 Eletricidade
ELETRICIDADE 93

Sendo R1, R2 e R3 os mesmos, as associações (a), (b), (c) e (d) são iguais.

Exemplo 1: Calcular a resistência do circuito onde se tem R1 = 2,2 [ kΩ ] e R2 = 4,7 [kΩ].

Solução:
RT = R1 // R2

RT = R1 x R2 = 2,2 x 4,7 = 10,34 = 1,5


R1 + R2 2,2 + 4,7 6,9

RT = 1,5 [kΩ]

Figura Nº 10

Exemplo 2: No circuito da Figura Nº 11, calcular:

a) O valor da corrente em cada resistor;


b) O valor da corrente total do circuito;
c) O valor da resistência total.

Solução:

a) I1 = V = 24 = 1 I1 = 1 [A]
R1 24

b) I2 = V = 24 = 2 I2 = 2 [A]
R2 12

c) I3 = V = 24 = 3 I3 = 3 [A]
R3 8

d) I = I1 + I2 + I3 = 1 + 2 + 3 = 6 I = 6 [A]
Figura Nº 11

1 = 1 + 1 + 1 = 1 + 1 + 1
RT R1 R2 R3 24 12 8

1 = 1+ 2 + 3 = 6 RT = 24 = 4 RT = 4 [Ω]
RT 24 24 6

Outra solução: RT = V RT = 24 RT = 4 [Ω]


I 6

Escola Técnica
Eletricidade 19
94 ELETRICIDADE

Figura Nº 12

ASSOCIAÇÃO MISTA

A associação mista é composta de resistores dispostos em série e em paralelo.

Figura Nº 13

a) R1 em série com a combinação paralela de R2 com R3 .

Figura Nº 14 a Figura Nº 14 b

Figura Nº 14 c

(a) Circuito básico.


(b) Inicialmente resolveremos a combinação paralela.
(c) A seguir efetuamos a combinação série.

b) R3 em paralelo coma combinação série de R1 com R2 .

Figura Nº 15 a

Escola Técnica
20 Eletricidade
ELETRICIDADE 95

Figura Nº 15 b Figura Nº 15 c

(a) Circuito básico


(b) Inicialmente resolveremos a combinação série.
(c) A seguir efetuamos a combinação paralela.

Exemplo 1: Determine a resistência da associação da Figura Nº 16.

Figura Nº 16
1) Inicialmente reduzimos a associação em paralelo dos resistores de 20[Ω] e 30 [Ω] (Fig 17)

R = 20 x 30 = 600 = 12 [Ω]
20 + 30 50

Figura Nº 17

2) Em seguida reduzimos a associação em série dos resistores de 12[Ω] e 28[Ω]. (Fig 18).

Figura Nº 18

R = 28 + 12 = 40[Ω]

Escola Técnica
96 Eletricidade 21
ELETRICIDADE

3) Neste estado reduzimos a associação em paralelo dos resistores de 60[Ω] e 40[Ω]. (Fig 19)
R = 60 x 40 = 2400 = 24 [Ω]
60 + 40 100

Figura Nº 19

4) Segue-se imediatamente o esquema. (Figura Nº 20)

R = 6 + 24 = 30[Ω]

Figura Nº 20

5) Finalmente. (Figura Nº 21).

RT = 30 x 20 = 600 = 12 [Ω]
30 + 20 50

Figura Nº 21

A resistência total equivalente será : RT = 12 [Ω]. (Figura Nº 22)


Logo:

Figura Nº 22

Escola Técnica
22 Eletricidade
ELETRICIDADE 97

DIVISOR DE TENSÃO

Consideremos n resistores conectados em série, submetidos a uma tensão V. (Fig 23)

Figura Nº 23
Sabemos que na associação em série, a resistência total equivalente é:
RT=R1+R2+...+Rn
Aplicando a Lei de Ohm, temos a corrente I:

I= V = V
RT R1+R2+...+Rn

Sabendo que a corrente I do circuito série é a mesma em qualquer parte da série, e aplicando
a lei de Ohm para cada resistor, temos que as tensões serão:

V1 = R1 . I = R1 . V
RT

V2 = R2 . I = R2 . V
RT

V3 = R3 . I = R3 . V
RT

Conclusão: A tensão nos extremos de cada resistor do divisor é diretamente proporcional ao


valor da sua resistência. Analisando a Figura Nº 24, a relação entre a queda de tensão e o valor
do resistor, conclui - se que o resistor de valor mais elevado causa uma alta tensão e o valor mais
baixo causa pequena queda de tensão.
A queda de tensão é diretamente proporcional ao valor da resistência.

Exemplo: Dado o circuito (Figura Nº 24) determine as quedas de tensão, V1, V2 e V3 de


cada resistor.

Figura Nº
Escola 24
Técnica
Eletricidade 23
98 ELETRICIDADE

Solução:
Cálculo da resistência total equivalente: RT

RT = R1 + R2 + R3

RT = 48 + 72 + 120 = 240 RT = 240 [kΩ]

Cálculo dos resistores V1, V2 e V3

V1 = 48 x 24 = 4,8 V1 = 4,8 [V]


240

V2 = 72 x 24 = 7,2 V2 = 7,2 [V]


240

V3 = 120 x 24 = 12,0 V3 = 12,0 [V]


240

Exemplo 2: Determinar as tensões V1 e V2 , na Figura Nº 25, considerando:

a) A chave S1 aberta.
b) A chave S1 fechada e RL ajustada em 450[Ω].
c) A chave S1 fechada e RL ajustada e, 61,2[kΩ].

R1= 2,6KΩ ; R2 = 3,6KΩ e V= 18,6V

Figura Nº 25

Solução: a) RT = R1 + R2 = 2,6 + 3,6 = 6,2[KΩ]

V1 = R1 . V = 2,6 x 18,6 = 7,8 V1 = 7,8[Ω]


RT 6,2

V2 = R2 . V = 3,6 x 18,6 = 10,8 V2 = 10,8[Ω]


RT 6,2

b) R2 / RL = RO

RO = R2 x R1 = 3.600 x 450 = 400 [Ω] = 0,4 [kΩ]


R2 + RL 3.600 + 450

RT = R1 + R0 = 2,6 + 0,4 = 3[kΩ]

V1 = R1 . V = 2,6 x 18,6 = 16,12 ; V1 = 16,12 [V]


RT 3
Escola Técnica
24 Eletricidade
ELETRICIDADE 99

V2 = R0 . V = 400 x 18,6 = 2,48 ; V2 = 2,48 [V]


RT 3000

c) R2 / RL = RO

RO = R2 x R1 = 3,6 x 61,2 = 3,4 [kΩ]


R2 + RL 3,6 + 61,2

RT = R1 + R0 = 2,6 + 3,4 = 6 [kΩ]

V1 = R1 . V = 2,6 x 18,6 = 8,06 ; V1 = 8,06 [V]


RT 6

V2 = R2 . V = 3,4 x 18,6 = 10,54 ; V1 = 10,54 [V]


RT 6

OBSERVAÇÃO: Verifica - se que as condições de funcionamento de um divisor de tensão


são completamente diferentes para as condições sem carga e com carga. Além disso, a tensão de
saída vai depender do valor da carga conectada, conforme se verifica nos desenvolvimento b e c do
exemplo 2.
O divisor de tensão sem carga não consome nenhuma corrente além daquela drenada pela
rede divisora, entretanto, geralmente na prática, os divisores de tensão alimentam uma carga a qual
consome uma determinada corrente.
O divisor de tensão com carga é muito utilizado nas saídas de fontes de alimentação, para
suprir várias tensões que são distribuídas a diferentes circuitos.

DIVISOR DE CORRENTE

Consideremos n resistores conectados em paralelo a uma tensão V (Figura Nº 26).

Figura Nº 26

Sabemos que na associação em paralelo a resistência total equivalente é:

RT 1
1 + 1 ... 1
R1 R2 Rn

Aplicando - se a Lei de Ohm na circuito anterior, temos a tensão V:

Sabendo que a tensão no circuito paralelo é a mesma em qualquer resistor, e aplicando a


Lei de Ohm para cada um deles, temos que as correntes são:

I1 = V . = RT . I I2 = V . = RT . I In = V . = RT . I
R1 R1 R2 R2 Rn Rn

Escola Técnica
Eletricidade 25
100 ELETRICIDADE

Conclusão: A corrente que circula em cada resistor é inversamente proporcional à


resistência do mesmo. Observando a relação entre a corrente e o valor da resistência, conclui - se
que o resistor de valor mais elevado drena uma pequena corrente e o de valor mais baixo drena
uma grande corrente.

Caso Particular: Na situação de se ter apenas dois resistores como na Figura Nº 27.

R= R2 x R1 , V = R . I
R2 + R1

I1 = V . = RT .I = R1. R2 . I = R2 . I
R1 R1 R1 .( R1 + R2 ) R1 + R2

I2 = V . = RT .I = R1. R2 . I = R1 . I
R2 R2 R2 .( R1 + R2 ) R1 + R2
Figura Nº 27 Logo: I = R2 . I
R1 + R2

I= R1 . I
R1 + R2

Conclusão: Estas equações são muito simples e importantes, devendo ser bem entendidas,
devido à sua grande aplicação em eletricidade.

Exemplo 1: Dado o circuito da Figura Nº 28, determinar as correntes nos resistores.

I1 = R2 . I = 18 x 5 = 3 ; I1 = 3[A]
R1 + R2 12 + 18

I2 = R1 . I = 12 x 5 = 2 ; I1 = 2[A]
R1 + R2 12 + 18

Figura Nº 28

Exemplo 2: Do circuito da Figura Nº 29, determinar as correntes em cada resistor.

Figura Nº 29

Escola Técnica
26 Eletricidade
ELETRICIDADE 101

Solução: Cálculo da resistência total

12
I1 = RT .I = 13 x 26 = 12 ; I1 = 12 [A]
R1 2

12
I2 = RT .I = 13 x 26 = 8 ; I2 = 8 [A]
R2 3

12
I3 = RT .I = 13 x 26 = 6 ; I3 = 6 [A]
R3 4

Anotações:

EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA

Considerando que uma corrente de 25 miliamperes pode causar acidentes fatais, e


considerando-se uma resistência de 1.500 Ohms para o corpo humano, tem-se:

V = I x R = 0,025 x 1.500 = 37,5 V

Portanto, uma tensão de 37,5 volts já poderá causar acidentes fatais em casos especiais de
contato.
Escola Técnica
102
Eletricidade ELETRICIDADE 27

Intensidade Estado possível Resultado final


Perturbações possíveis
(Miliampéres) de choque provável
1 Normal Nenhuma. Normal.
Pequena sensação
1a3 Normal Normal.
desagradável.
Sensação de choque
3a9 Normal desagradável; contrações Normal.
musculares.
Sensações dolorosas;
contrações musculares
Morte Restabelecimento ou
9 a 20 violentas; dificuldade de
Aparente morte.
respirar; perturbações
circulatórias.
Sensação insuportável;
contrações musculares
Morte Restabelecimento ou
20 a 100 violentas; asfixia;
Aparente morte.
perturbação circulatória;
desmaios.
Desmaios; asfixia
Morte
Acima de 100 imediata; fibrilação Morte.
Aparente
ventricular.

O tempo de contato com a corrente é muito importante na gravidade dos acidentes, porque,
como foi visto na tabela anterior, determinadas intensidades de correntes produzem contrações
musculares que levam a asfixia e a fibrilação ventricular, o que, por tempo prolongado, causa
acidente fatal ou, então dificulta a recuperação. Estima-se em menos de 2 minutos o tempo de
choque em que as contrações musculares levam a asfixia.

O trajeto da corrente no corpo humanotem grande influência para as consequências do


choque elétrico, pois é mais difícil reanimar uma pessoa com fibrilação ventricular, que exige um
processo de massagem cardíaca, difícil de executar, do que uma pessoa que simplesmente, tem
uma asfixia que pode ser reanimada com processo de respiração artificial.
Abaixo, um tipo de contato elétrico onde há passagem de corrente elétrica pelo corpo e a
porcentagem de corrente que passa pelo coração:

10% 8% 3% 2% 0%
Escola Técnica
28 Eletricidade
ELETRICIDADE 103

PRINCIPAIS SINTOMAS CAUSADOS PELO CHOQUE

As principais consequências devidas a choques elétricos podem ser divididas em dois tipos;
que causam:

Choques que não causam lesões orgânicas

Os casos de pequenos choques elétricos de simples descargas elétricas de baixa


intensidade num intervalo de tempo pequeno, sem causar danos, em que a vítima semte apenas
um formigamento no local do contato;

Os choques elétricos um pouco mais fortes, por pouco tempo, quando a pessoa atingida
sofre uma violenta contração muscular;

Os choques elétricos em que a vítima, além da violenta contração muscular, sofre um estado
de comoção que se dissipa rapidamente;

Os choques elétricos que, causando a contração dos músculos das regiões próximas à do
contato, levam a lesões profundas, como queimadura no local e outros acidentes, por exemplo,
quedas.

Choques elétricos que causam lesões orgânicas

A vítima do choque elétrico fica em estado de morte aparente devido a um ou mais fatores
que são explicados abaixo:

Inibição do centro respiratório: É o caso em que devido ao choque elétrico os músculos


respiratórios se contraem violentamente e perdem a sua capacidade muscular, podendo levar a
parada respiratória;

Fibrilação do coração: É o caso em que, após a passagem de uma corrente elétrica pelos
músculos do coração, estes entram num estado de batimento insatisfatório, fazendo que o coração
não execute a sua funçãode bombear sangue.

RISCOS ELÉTRICOS

Como já foi visto, até uma tensão de 37,5 volts poderá causar um acidente fatal em
determinadas condições. Como a maioria das intalações elétricas são de uma voltagem de 110V ou
mais, sempre existirão perigos potensiais de acidentes elétricos.
Os principais tipos de riscos elétricos são:

Fios e partes metálicas sob tensão, desprotegidos, que poderão ser tocados acidentalmente
ou sem conhecimento de que estejam energizados.

Máquinas, equipamentos e ferramentas que estejam com suas carcaças energizadas,


devido a falha do isolamento interno de sua fiação, poderão causar choques elétricos quando não
aterradas alétricamente e quando a mão do operador estiver sobre o piso úmido sem calçados
apropriados.

Estes tipos de contato poderão causar o surgimento de uma diferença de potencial entre
uma pessoa e a terra e com isso a passagem de corrente elétrica atraves do seu corpo.
Além desses acidentes, o choque elétrico poderá desencadear outros efeitos mais graves
como, por exemplo, os casos em que a vítima, após o contato em partes energizadas da intalação
em lugares altos, em passarelas ou andaime, pode sofrer uma queda, se não estiver devidamente

Escola Técnica
Eletricidade
104 ELETRICIDADE 29

segura no local.
Existe o risco de provocar incêndio devido a um condutor subdimensionado ou por haver nele
uma sobrecarga, ou seja, a corrente que passa é mais que a corrente que ele pode suportar, a ponto
de o seu isolamento entrar em deterioração, com consequente curto-circuito.
Ligações de fios com contatos mal feitos criarão uma maior resistência elétrica que poderá
aquecer o local da ligação.
Desligar a chave tipo faca, com aparelhos ligados, poderá fazer com que haja formação do
arco voltaico (formação de faisca), o que poderá ser perigoso, principalmente em ambiente onde se
armazenam inflamáveis.

CUIDADOS NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Algumas providências são essenciais. Deve-se, assim:

Tomar alguns cuidados com as instalações elétricas como, por exemplo, não deixar fios,
partes metálicas ou objetos expostos que possam ser tocados por pessoas. Em casos de
emergência, colocar placas de advertência de forma bem visível com o nome do responsável;

Não deixar chaves tipo faca e nem quadro de comando de força expostos, com suas partes
energizadas oferecendo risco de contato acidental;

Proteger os equipamentos elétricos de alta tensão através de guardas fixas, como cercas, ou
intala-los em locais que não oferecem perigo;

Usar fiação correta para as ligações, dimensionando a bitola da mesma de acordo com a
carga (corrente) que irá conduzir, usando para isso, de preferência, as tabelas da NB3 da ABNT;

Proteger as instalações elétricas, usando fuzíveis e dijuntores para que, em caso de


sobrecarga, o circuito seja desligado, queimando o fuzível ou desligando o disjuntor, provocando o
corte do fornecimento de energia e com isso não danificando a inatalação elétrica e o equipamento;

Ao ligar um aparelho em uma tomada elétrica ou fazer uma ligação de um aparelho a uma
rede elétrica, verificar se a tensão da linha de fornecimento corresponde a do aparelho e se, ligando-
se o aparelho, não se irá sobrecarregar a linha, provocando a queima do fuzível, queda de
dijuntoresou danos na fiação elétrica;

Não ligar simultaneamente mais de um aparelho a mesma tomada de corrente;

Usar ferramentas manuais com isolamento elétrico;

Certificar se o circuito elétrico está energizado ou não, através do conector de tensão;

Identificar o nível de tensão das instalações elétricas, e colocar placas de advertência.

MEDIDAS PREVENTIVAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

As medidas a seguir têm importância capital na prevenção de acidentes.

Somente usar material, aparelhos e equipamentos, de qualidade comprovada;

Permitir a instalação e manutenção somente por profissionais qualificados e obedecendo as


normas técnicas vigentes no país;

Manter as instalações e os aparelhos em ótimo estado de conservação e manutenção;

Escola Técnica
30 ELETRICIDADE 105
Eletricidade

Tomar cuidado em qualquer serviço nas instalações elétricas, mesmo as de baixa tensão;

Usar somente fios com capacidade adequada para o equipamento a ser utilizado,
devidamente protegidos contra toque acidental, preferivelmente isolados e protegidos
mecanicamente, fazendo-se a instalação aérea ou por eletroduto (conduite) rígido ou flexível;

Aterrar eletricamente as carcaças e as proteções metálicas dos equipamentos. Ver, no fim


deste capítulo como aterrar adequadamente máquinas e equipamentos;

Proteger de toques acidentais os equipamentos sob tensão, colocando-os dentro de caixas


especiais ou cercando-os com barreiras fixas (cerca de tela ou balaustrada).

Nos acidentes de origem elétrica, o número de casos fatais poderá ser consideravelmente
diminuido se medidas de socorros forem postas imediatamente em prática, já que o tempo de
exposição à corrente é um fator muito importante no agravamento deste tipo de acidente.
E o ideal é que todos conheçam os métodos de primeiros socorros para acidentes causados
por eletricidade ou, pelo menos, o pessoal que trabalha com ela ou em lugares onde o risco de
choques elétricos é alto.
Na reanimação de um acidentado, devem-se observar alguns cuidados como, por exemplo:

Antes de tocar no corpo da vítima, procurar livra-la docircuito elétrico, com segurança e
rapidez;

Não usar as mãos nuas ou qualquer outro objeto metálico para cortar o circuito ou afastar
fios; usar luvas ou bastões isolantes;

Verificar se o desligamento da corrente não caurará uma grande queda da vítima e, se isto for
ocorrer, procurar um meio de ampara-la.

Passos a seguir na reanimação:

a) desligar imediatamente o circuito;


b) mover o meno possível a vítima;
c) examine as narinas, abra a boca, desenrole a língua e retire objetos estranhos
(dentaduras, palitos, alimentos, etc.) se for o caso;
d) se for o caso de respiração artificial, seguir as instruções do capítulo de primeiros
socorros;
e) afroxar o colarinho e peças de roupas que impeçam a livre circulação;
f) se for o caso, iniciar rápidamente a massagem cardíaca.

ATERRAMENTO ELÉTRICO

O aterramento elétrico é uma maneira entre várias de eliminar os riscos:

Choque elétrico: Proveniente de defeitos de equipamentos elétricos e causado por


processos industriais;

Incêndios ou explosões: resultante da manipulação de produtos inflamáveis e/ou explosivos.

Além das duas finalidades mensionadas, ele é mais comumente utilizado com o propósito de
oferecer segurança aos equipamentos e às instalações elétricas.
O emprego do aterramento elétrico, quando vista a proteção de equipamentos e instalações
elétricas, normalmente se dá quer como meio de proteção as instalações elétricas, quer como meio
de proteção a equipamentos elétricos; tal é o caso dos dispositivos como pára-raios, que visam

Escola Técnica
106
Eletricidade ELETRICIDADE 31

proteger as linhas aéreas quanto aos perigos decorrentes de sobretensões ou, então, a evitar a
interferência que surge em equipamentos eletrônicos devido a falta do aterramento elétrico.
Em ambos os casos descritos acima, os cuidados a serem observados na intalação não são
tão críticos quanto aqueles dirigidos a proteção de pessoas, por causa do risco de choque elétrico e
quanto a proteção de instalações, no caso de incêndios e explosões.
A obrigatoriedade do uso de aterramento elétrico como medida de controle dos riscos
provenientes do uso da eletricidade, é dada pela portaria 3214 de 8 de junho de 1978 do Ministério
do Trabalho, através da Norma Regulementadora nº 10, "instalações e Serviços em Eletricidade".

Procure trabalhar em
companhia de alguém.

Sempre que possível,


trabalhe com o plugue
desconectado.

REGRA
S
Conserve uma das BÁSIC
mãos no bolso. AS DE
SEGUR
ANÇA
A sere
m
Seguid
as
Só trabalhe com o
chão seco.

RELÉS.

O relé foi inventado na Inglaterra, no ano de 1937, e foi inicialmente utilizado por Morse, para
a telegrafia. Desde então continua sendo desenvolvido e aperfeiçoado, sendo utilizado em larga
escala, em centrais telefônicas,sistemas de controle, sistemas de comandos,etc.
Existem vários tipos de relés, conforme o seu uso, desde os pequenos relés adequados para
circuitos complexos de equipamentos e aparelhos de comunicação até os relés de grande porte,
utilizados para controlar contatos e disjuntores de elevadas capacidades elétricas, destinadas as
usinas elétricas.

FUNCIONAMENTO DOS RELÉS.

O funcionamento do relé é descrito da seguinte maneira :


a) Ao acionar a chave de operação e ou comando e fechando-se o circuito, a corrente elétrica
circula através da bobina, magnetizando o núcleo de ferro. Quando a força de atração é superior a
força da mola que está fixada na plaqueta, existe uma operação onde o contato móvel se contata ou
se une ao contato fixo, fechando desta forma o circuito e acendendo a lâmpada piloto. Ver Figura - a.
Escola Técnica
32 ELETRICIDADE 107
Eletricidade

Figura - a

Mola Lâmpada piloto


Ponto de
Pilha contato

Plaqueta fixa Plaqueta móvel


Núcleo de ferro
Pilha
Imã eletromagnético

Chave de operação Bobina

Ao desligarmos a chave, o imã eletromagnético perde a sua força magnética, é a plaqueta


móvel se solta pela força da mola, interrompendo desta forma o circuito elétrico, e por este motivo
vemos apagando-se a lâmpada piloto.

RELÉ DE SOBRECARGA.

Os relés de sobrecarga normalmente são dispositivos térmicos, instalados nos circuitos


elétricos de alimentação de motores, com objetivo de interromper a alimentação elétrica na
ocorrência de sobrecargas inadmissíveis.

FUNCIONAMENTO DO RELÉ DE SOBRECARGA.

Quando dois metais de coeficientes de dilatação térmica diferentes, são unidos em


superposição, temos um par bi-metálico. Se esses metais são em forma de tiras, ou laminas, temos
um par bi-metálico (ou bi-metal) com deformação apropriada a um relé térmico. Em virtude da
diferença dos coeficientes de dilatação térmica, um dos metais se alonga mais do que o outro,
quando aquecidos. Por estarem, rigidamente unidos o de menor coeficiente de dilatação, provoca o
encurvamento do conjunto para o lado, afastando o conjunto de um ponto determinado. Esse
movimento pode ser usado para disparar um gatilho e movimentar um contato.

Figura - b d1 Figura - c
A B A
C D C
deflexão
d2
d1 > d2
AB = CD
d = coeficiente de dilatação linear B
AB > CD D

Figura - d Figura - e

Sistema não acionado Sistema acionado


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Eletricidade
108 ELETRICIDADE 33

FUNCIONAMENTO BÁSICO DO RELÉ DE SOBRECARGA. ( ESQUEMÁTICO ).

Deslocamento de desarme

Regulagem
Chave de F
fenda
Bimetal para
compensação Deslo-
de temperatura camento
98
96
Botão de
rearme Bimetal

Contato ala-
auxiliar vanca
Pivô
I I I

Figura - f 95 S I T
I R U V W

CIRCUITO PRINCIPAL OU DE POTÊNCIA DE UM RELÉ DE SOBRECARGA.

No circuito apresentado na Figura - f, a corrente do motor circula através de resistências


auxiliares que envolvem os bimetáis ou o par bimetálico. Estas resistências auxiliares variam de
acordo com a faixa de operação do relé.
A corrente nominal aquece os bimetais provocando uma deformação não coeficiente para
desarmar o relé.
Quando ocorre uma sobrecarga, esta se reflete num aumento de corrente fazendo com que os
bimetais se desloquem e provoquem o desarme do relé.
A interligação dos dois circuitos é feita por meio de uma alavanca mecânica acionada pelos
bimetais.

CIRCUITO AUXILIAR OU DE COMANDO DE UM RELÉ DE SOBRECARGA.

O circuito auxiliar é composto de:

Contato do tipo reversor, por onde circula a corrente de comando.


(alimentação da bobina do condutor).

Botão de regulagem tipo came, através do qual é feito o ajuste de corrente.

Botão de rearme, o qual tanto pode ser acionado de forma manual, como pode ser fixado em
posição de rearme automático, através de dispositivo de trava.

Bimetal de compensação de temperatura, o qual proporciona ao relé operar, numa faixa de -


20 a 60 C, sobre uma mesma curava de desarme.
Este bimetal desloca-se conforme a temperatura ambiente de forma favorável ou
desfavorável a regulagem do came.
Escola Técnica
34 ELETRICIDADE 109
Eletricidade

DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA FALTA DE FASE.


a) S b) S c) S
S1 S2 S1 S2 S1 S2

3
1 2

k k k k w3 k w3 k w3 k w2 k w2

a) Posição de descanso. b) Sobrecarga tripolar. c) Sobrecarga bipolar.

O dispositivo de proteção contra falta de fase é composto por duas hastes móveis (alavancas
ou braços 1 e 2 ), os quais estão ligados a alavanca móvel 3.
Esta alavanca transmite o movimento dos bimetais ao circuito auxiliar ( isto quer dizer ao
contato reversor ).
Sempre que a alavanca 3 chegar em “S” , acontecerá o desarme do relé.
Em caso de sobrecarga tripolar, o deslocamento dos bimetais é uniforme empurrando os
braços 1 e 2, os quais levam a alavanca 3 em deslocamento paralelo ao dos bimetais . Isto provoca
o desarme do relé.
Em caso de sobrecarga bipolar, (falta de fase) o braço é mantido na posição inicial através do
bimetal sem corrente.
Por meio de uma relação de braço de alavanca, o caminho percorrido pelos bimetais sob
corrente é transmitido à alavanca 3.
Esta relação amplia o movimento desarmando o relé com um menor deslocamento dos
bimetais.

FUNCIONAMENTO BÁSICO DOS CONTATORES. ( ESQUEMÁTICO ).

Bobina Mola de curso

Mola de contato

Contato auxiliar Contato auxiliar


“NA” móvel “NF” móvel
Contato móvel

Contato auxiliar Contato auxiliar


Núcleo fixo “NA” fixo “NF” fixo
Entreferro Contato fixo
Anel de
curto circuito Núcleo móvel Principal

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Eletricidade
110 ELETRICIDADE 35

Quando a bobina não está energizada, (isto quer dizer, se encontra em estado de repouso ), as
molas de curso mantém o núcleo móvel afastado do núcleo fixo e o contator permanece na posição
“aberto “, com os contatos de alimentação ou força também abertos.
Ao circular corrente na bobina sob tensão nominal, cria-se a formação de um campo
magnético, o qual atrai o núcleo móvel juntamente com o cabeçote que suporta os contatos móveis,
desta forma “fechando” o contator, permitindo com isto a passagem de corrente.
Quando a alimentação da bobina é interrompida, cessa a atração e as molas de curso e de
contato afastam o núcleo móvel e do cabeçote, levando o contator novamente a posição “aberto “.

RELÉS DE TEMPO.

São temporizadores eletrônicos ideais para controle de tempo de curta duração. Estes
dispositivos eletro-eletrônicos são utilizados em automação de máquinas e processos industriais,
especialmente em sequenciamento, interrupções de comando e em chaves de partidas elétricas.
Existem três tipos de relés, conforme descrito abaixo :

a) Relé de tempo eletromecânico, b) Relé de tempo pneumático, c) Relé de tempo eletrônico.

a) Relé de tempo eletromecânico é um dispositivo


elétrico, que através de um motor, redutores de
engrenagens,aciona num tempo pré-determinado, um
mecanismo que tem por finalidade abrir e ou fechar os
contatos móveis temporizados.

b) Relé de tempo pneumático é um dispositivo elétrico, que


através de uma válvula, temporizadora pneumática, um
mecanismo que tem por função abrir e ou fechar os contatos
móveis temporizados.

c) Relé de tempo eletrônico


é um dispositivo elétrico, que
através de um circuito
eletrônico básico RC ( através da
impedância ), aciona num tempo
pré-determinado, uma bobina
eletromagnética,que tem por
finalidade abrir e ou fechar os
contatos móveis temporizados. Tais circuitos, em alguns tipos de
relés eletrônicos são bastantes sofisticados devido à precisão da
sua utilização.
Escola Técnica
36 ELETRICIDADE 111
Eletricidade

RELE DE TEMPO COM RETARDO NA ENERGIZAÇÃO. ( RTW- ....E ).

Principio de Funcionamento.

O relé de tempo com retardo na energização, comuta seus contatos de saída após
transcorrido o tempo selecionado na escala, sendo o inicio de temporização permitido quando são
energizados os terminais de alimentação elétrica. A1 e A2.

a - Instante de inicio da comutação.


b - Instante do retorno ao repouso.
T - Tempo da temporização selecionado.

Gráfico de funcionamento :
Alimentação

Saída (contatos)
a b
T

Diagrama de Ligação
A1 15 1 2

A1 A2. - Alimentação elétrica. 3

15 - Contato comum. 2
4
16 - Contato NF. A1 A2
1
18 - Contato NA 16
NF : Normalmente fechado. 15
18 0 5

NA : Normalmente aberto. RTW


16 18 A2

RELÉ DE TEMPO COM RETARDO NA DESENERGIZAÇÃO. ( RTW- ....D ).

Principio de funcionamento.

O relé de tempo com retardo na desenergização, quando está fechado o contato que
executa a conexão entre os bornes 1 e 2, os contatos de saída comutam, e somente após a
abertura de contato é que iniciará a temporização selecionada, sendo que após decorrida a mesma
os contatos de saída retornam, a posição de repouso.

A - Instante de inicio da comutação.


B - Instante do retorno ao repouso.
T - Tempo da temporização selecionado.

Gráfico de funcionamento :

Alimentação
Fechado
Comando Aberto
Saída contatos
a T b

Escola Técnica
Eletricidade
112 ELETRICIDADE 37

A1 15 1 2

A1 A2. - Alimentação elétrica. 3


15 - Contato comum. 2
16 - Contato NF. 1 2
4
18 - Contato NA
NF : Normalmente fechado. A1 A2 1
NA : Normalmente aberto.
16
15 0 5
18
RTW
16 18 A2
EQUIPAMENTOS AUXILIARES.

Botoeiras:
A utilização de botoeiras para acionamento à distancia de equipamentos de manobra ( para
comutação ), requerem de uma identificação segura, geralmente feita através de cores ou de
identificações.
A figura mostrada abaixo identifica as principais cores e símbolos para as botoeiras.

Comando Símbolo Cor

Liga Verde ou Preto.

Desliga Vermelho.

As botoeiras são normalmente constituídas de dois componentes básicos:

a) Elemento de contato, e b) Botão de comando.

a) O elemento de contato, contém os contatos auxiliares para efetivação do comando.


Geralmente contém dois contatos.

1 NA + 1 NF.

O elemento de contato pode operar na forma de impulsos ou de contato permanente.

CHAVES :

Chaves de Operação.

A finalidade das chaves de operação, é operar eletricamente à distancia os equipamentos de


controle.
Para o controle seqüencial , as chaves são utilizadas para ativar ou desativar o conjunto,
sendo necessário o manejo simples e exato.
Os principais tipos desta chave são :

a) Chave de pressão.
b) Chave para emissão de sinal de ativação ou de desativação de controle.
Escola Técnica
38 113
Eletricidade
ELETRICIDADE

c) Chave de reversão, para reverter uma operação automática para manual, ou vice-versa e
d) Chave de Alavanca para pequena eletricidade.

INTERRUPTOR DE PRESSÃO. ( Push button switch ).

O interruptor de pressão é muito utilizado como interruptor de operação, existindo no


mercado vários produtos de ótima qualidade de formatos, cores, pesos, tamanhos variados e de
alta precisão.
A voltagem máxima para uso é de até 600 V, tanto para uso em correntes continua como para
correntes alternadas; A sua capacidade elétrica varia em torno de 10 A.
Existem interruptores de pressão que controlam diretamente os motores ou outros que vem
acoplados com lâmpadas pilotos. A voltagem máxima para uso é de até 600 V, tanto para uso em
correntes continua como para correntes alternadas.
Escola Técnica
Eletricidade
114 39
ELETRICIDADE

Mola
Contato fixo Contato móvel

Interruptor de pressão

Interruptor de pressão Interruptor de pressão


com indicador luminoso em formato de cogumelo

CHAVE DE REVERSÃO.

As chaves de reversão também são chamadas de interruptores de seleção.


As chaves de reversão, são utilizadas para reverter a operação manual de um motor ou
equipamento elétrico para automático, seleção de operação, seleção de direção,etc.
Existem no mercado vários modelos de chaves de reversão, tais como
:
a) Chave de reversão de alavanca
b) Chave de reversão tipo came, etc.
Contato móvel
Contato fixo
Came

Mola
Interruptor Interruptor Interruptor
de botão de alavanca simples de came

a) Chave de reversão de alavanca.


Existem dois tipos de chaves de reversão tipo alavanca :

Chave de balanceiro e,
Chave ondulado.

Chave de balanceiro Chave ondulado


Escola Técnica
40 ELETRICIDADE 115
Eletricidade

CHAVE ROTATIVA.

As chaves rotativas são utilizadas para combinações de reversão e contato através de


movimento rotativo. São também utilizadas com a mesma finalidade de interruptor de came.
A estrutura das chaves rotativas é composta pela mola contato que contata com o ponto fixo
na medida que é girado. A média do número de contatos para cada circuito é de 2 12, e pode - se
acoplar até 5 circuitos.

Mola de contato

Base

Terminal de ligação 3ª fase


2ª fase
Terminal comum 1ª fase

CHAVES TIPO FIM DE CURSO.

As chaves tipo fim de curso, são dispositivos auxiliares de acionamento mecânico que atuam
em um circuito, em situações de controle, comando e segurança.

As chaves tipo fim de curso, utilizadas em controle : Servem para acelerar movimentos,
determinar paradas, etc.

As chaves tipo fim de curso, utilizadas em comando : Servem para inverter o sentido de
rotação de motores, etc.

As chaves tipo fim de curso, utilizadas em segurança : Servem para paradas de


emergências,etc.

As chaves tipo fim de curso, utilizadas na sinalização por alarmes visuais : Servem para
sinalizações tipos bandeirolas, lâmpadas, etc.

As chaves tipo fim de curso, utilizadas na sinalização por alarmes audíveis: Servem para
sinalizações tipos cigarras, sirenes, buzinas, campainhas, etc.

As chaves auxiliares tipo fim de curso de comando elétrico são projetadas em diferentes
modelos, a partir das situações a que irão atender, é dos fins a que se destinam. Assim sendo, são
encontradas e utilizadas em aplicações as mais diversas tais como :

Onde há restrições de espaço e não e necessária a exigência de um esforço de acionamento


muito importante.

Em máquinas operatrizes, transporte de cargas em materiais, onde o meio ambiente e o tipo


de operação exigem um fim de curso tipo estanque e de grande robustez.

Em automações complexas, devido a sua grande complexidade, permitindo mais de


trezentas combinações entre corpos, cabeçotes e componentes de ataque.

As chaves auxiliares tipo fim de curso de comando elétrico são dispositivos de


acionamento retilíneo ou angular, com retorno automático ou por acionamento, destinados a
Escola Técnica
Eletricidade 41

Escola Técnica
Sumário

Anexos e exercícios

Lei de OHM..........................................................................................................................43
Bipolos não Ôhmicos...........................................................................................................50
Divisor de tensão com carga................................................................................................59
Divisor de tensão sem carga.................................................................................................67
Formulário para circuitos ac.................................................................................................74
Geradores elétricos ..............................................................................................................81
Lei Kirchhof - Análize de redes dc..........................................................................................88
Ponte de Wheatstone...........................................................................................................114
Potência elétrica..................................................................................................................118
Rede estrela triângulo ........................................................................................................123
Tabela de fios / fio de cobre ...............................................................................................130
Teorema de Thevenín e Norton .........................................................................................131
Transformação de energia ..................................................................................................160
Utilização do voltímetro e o amperímetro..........................................................................168
Eletricidade 43



OBJETIVOS:
a) verificar experimentalmente a Lei de Ohm;
b) determinar o valor de resistências pelas medidas de tensão e corrente e pelo gráfico
da característica elétrica;
c) familiarização com os gráficos V x I.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

Existe uma dependência entre a tensão aplicada e a corrente que circula em um


circuito. Quando se aplica uma tensão entre os terminais de um elemento, verifica-se
que a intensidade da corrente que o atravessa depende da tensão nele aplicada.

Denomina-se resistência elétrica de um componente, a razão entre a tensão nele


aplicada e a intensidade da corrente que o atravessa, resultando na equação:

onde:
R = resistência em ohms
E = tensão em volts
I = corrente em ampères

A equação acima foi formulada em 1.827 por Georges Simon Ohm (1.787-
1.854); ela estabeleceu as bases da Eletricidade e da Eletrônica.

Quando a resistência de um elemento for constante, a razão E/I também será


constante. Neste caso esses elementos são considerados bipolos lineares ou bipolos
ôhmicos.

A Lei de Ohm é enunciada como se segue: NOS BIPOLOS LINEARES OU


ÔHMICOS, A CORRENTE QUE O ATRAVESSA É DIRETAMENTE PROPORCIONAL
À TENSÃO APLICADA AOS SEUS TERMINAIS, resultando na equação a seguir:

No entanto, podemos também partir da definição: EM UM BIPOLO ÔHMICO,


A TENSÃO APLICADA EM SEUS TERMINAIS É DIRETAMENTE PROPORCIONAL
À INTENSIDADE DA CORRENTE QUE O ATRAVESSA; resultando assim na equação
abaixo:

Lei de ohm – Escola Técnica Status 1


Escola Técnica
44 Eletricidade

Pode-se calcular a resistência elétrica de um elemento a partir do gráfico V x I,


que recebe o nome de característica elétrica.

Levantando-se experimentalmente a curva da tensão em função da corrente para


um bipolo ôhmico, teremos uma característica linear, conforme mostra a figura abaixo:

Da característica temos: tgα = ∆V/∆I, onde concluímos que a tangente do ângulo


α representa a resistência elétrica do bipolo, portanto, podemos escrever:

tgα = R
Quando o bipolo não obedece a característica linear mostrada acima, trata-se de
um bipolo não ôhmico.

Em muitos casos a não linearidade dos bipolos não ôhmicos ocorre em virtude
da ação da temperatura.

Usualmente abrevia-se (BÑH), cuja resistência pode aumentar com o aumento


da temperatura, neste caso, coeficiente térmico positivo ou ainda, sua resistência pode
diminuir com o aumento da temperatura, neste caso, coeficiente térmico negativo.

Para levantarmos a curva característica de um bipolo, precisamos medir a


intensidade da corrente que o percorre e a tensão nele aplicada, bastando para tal aplicar
a fórmula adequada da 1ª Lei de Ohm.
A figura 2 mostra a curva característica de um bipolo ôhmico.

Lei de ohm – Escola Técnica Status 2


Escola Técnica
Eletricidade 45

Observa-se a característica linear da referida curva, que foi obtida a partir do


circuito experimental 3, constituído por uma fonte variável, onde o bipolo utilizado é
um resistor de 100Ω.

Para cada valor de tensão ajustado, obtém-se uma corrente, que colocados em
uma tabela permitem o levantamento da curva característica.

E(V) I(Ma)
0 0
4 40
8 80
12 120
16 160
20 200

Da curva temos:

Lei de ohm – Escola Técnica Status 3


Escola Técnica
46 Eletricidade

PARTE PRÁTICA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1- módulo de ensaios ETT-1
1- multímetro analógico ou digital

1- Monte o circuito da figura 3, utilizando a fonte regulável do módulo de ensaios para


CC.

2- Varie a tensão, e preencha a tabela 1. Para cada valor de tensão ajustado, meça e
anote o valor da corrente.

Tabela 1
R11 = 680R R12 = 1k R16 = 3k3 R17 = 4k7
E (V) I(mA) I(mA) I(mA) I(mA)
0
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12

3- Repita os itens 1 e 2 para cada valor de resistor anotado na tabela 1.

4- Com os valores da tabela 1, levante o gráfico V x I, de cada resistor, em papel


milimetrado A4.

5- Determine através do gráfico, o valor de cada resistência, preenchendo a tabela 2.

Tabela 2
Valor nominal Valor calculado
680R
1k
3k3
4k7

QUESTÕES:

1- Nos circuitos das figuras 4 e 5, calcule o valor lido pelos instrumentos. Considere Ri
do amperímetro igual a zero e Ri do voltímetro infinita.

Lei de ohm – Escola Técnica Status 4


Escola Técnica
Eletricidade 47

Leitura do voltímetro Leitura do amperímetro


Fig. 4
Fig. 5

2- Determine o valor de uma resistência elétrica, que quando submetida a uma tensão de
5V é percorrida por uma corrente de 200mA (apresentar cálculos).
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3- No circuito da figura 6, descubra o valor da tensão da bateria (apresentar cálculos).


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

R = 10kΩ, I = 8mA

4- Enuncie a Lei de Ohm


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

5- Para um determinado resistor linear, qual o efeito sobre a corrente elétrica ao


duplicarmos a tensão?
Lei de ohm – Escola Técnica Status 5
Escola Técnica
48 Eletricidade

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

6- Para um determinado valor de tensão entre os terminais de um resistor, qual o efeito


sobre a corrente ao reduzirmos sua resistência pela metade?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

7- Se variarmos a tensão aplicada em um resistor, o que acontece com a sua resistência?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

8- Se você ligar uma lâmpada de 110V e notar que a corrente é de 500mA, qual é sua
resistência? (apresentar cálculos)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

9- Se em um resistor de 12kΩ, for aplicada uma tensão de 240V, qual a corrente que
circulará pelo mesmo? (apresentar cálculos)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

10 - No circuito abaixo, determine a corrente que cada amperímetro lerá. Considere a


Ri dos amperímetros igual a zero.

Lei de ohm – Escola Técnica Status 6

Escola Técnica
Eletricidade 49

Amperímetro Leitura
A1
A2
A3
A4
A5
A6
A7

Escola Técnica
50 Eletricidade

BIPOLOS NÃO ÔHMICOS


OBJETIVOS:
a) verificar o comportamento de bipolos que não obedecem a lei de ohm;
b) construir experimentalmente as características de bipolos não ôhmicos;
c) distinguir a diferença entre bipolos ôhmicos e não ôhmicos;
d) associar elementos não ôhmicos e prever resultados.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

Os bipolos ôhmicos, também denominados bipolos lineares, são aqueles que


obedecem a lei de Ohm, isto é, para esses elementos é possível calcular a corrente que
por eles circula, ou mesmo a resistência total ou equivalente de uma associação, através
dos valores individuais e com as relações 1/Rt = 1/R1 + 1/R2 + ...1/Rn quando se tratar
de uma associação em paralelo ou, Rt = R1 + R2 + ...Rn quando se tratar de uma
associação em série.

Esse cálculo é possível uma vez que, a resistência dos condutores ôhmicos é
sempre constante, qualquer que seja a tensão aplicada.

Na associação de bipolos não ôhmicos ou não lineares, não existe uma relação
matemática simples; essas relações são mais complexas.

Ao associarmos bipolos não ôhmicos, o cálculo da resistência total ou


equivalente, ou mesmo da corrente que circula pelo circuito bem como da distribuição
das tensões pelo circuito.

Geralmente é feito com o auxílio de gráficos, com a utilização de curvas


características I x E.

As figuras abaixo ilustram as curvas características de um bipolo ôhmico e de


um bipolo não ôhmico:

Tomemos como exemplo o circuito abaixo, composto de um bipolo ôhmico


(resistor de 400Ω) e de um bipolo não ôhmico (NTC).

O NTC é um resistor não linear, de coeficiente negativo, cuja resistência varia


sob a ação da temperatura.
Bipolos não ôhmicos – Prof. Edgar Zuim 1
Escola Técnica
Eletricidade 51

Como se trata de um circuito em série, sabemos que a corrente é igual nos dois
bipolos, mas não podemos aplicar a fórmula do circuito série (no caso para calculo do
divisor de tensão), pois não sabemos qual é a resistência do elemento não linear.

Devemos então, traçar a reta de carga do sistema e localizar o ponto quiescente


(Q), para obtermos a corrente e as tensões nos componentes.

Como a corrente é a mesma em um circuito série, a soma das tensões nos


bipolos é igual a tensão da bateria, assim:
E = VR + VB ( I )
ou:
E = RI + V ( II )
A fórmula ( II ) representa a equação de uma reta num sistema I x V, com
inclinação -1/R, como segue:
I = -1/R . V + E/R ( III )
Como já conhecemos a característica I x V do bipolo e para traçarmos a reta
(equação III), necessitamos de dois pontos, que são:

CONDIÇÃO I:
Quando a corrente for nula, da fórmula ( II ) temos:

V = E ( para I = 0 )
CONDIÇÃO II:
Quando a tensão V for nula, da fórmula ( III ) temos:

ICC = E/R ( para V = 0 )


Dessa forma, marcando os dois pontos dados pelas condições I e II, obtemos a
reta de carga. A intersecção de reta de carga com a curva característica do bipolo nos
fornece o ponto quiescente (Q), conforme ilustram as figuras abaixo:

Bipolos não ôhmicos – Prof. Edgar Zuim 2

Escola Técnica
52 Eletricidade

Dando prosseguimento ao nosso exemplo, podemos definir a reta de carga a


partir das duas condições:

Para I = 0, teremos: V = 20V

Para V = 0, teremos: ICC = E/R ===> ICC = 20/400 = 50mA

Pressupondo que a curva característica do bipolo seja a mostrada a seguir,


poderemos então, definir através da reta de carga a corrente no circuito e as tensões nos
bipolos:

Do gráfico acima, podemos concluir para o nosso exemplo:

IQ ≅ 26mA
VQ ≅ 9,4V
VR1 ≅ 10,6V
onde:
VQ é a tensão no bipolo não ôhmico
IQ é a corrente no circuito
Bipolos não ôhmicos – Prof. Edgar Zuim 3
Escola Técnica
Eletricidade 53

VR1 é a tensão no resistor ( VR1 = E - VQ )

PARTE PRÁTICA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1 - Multímetro analógico ou digital
1 - Módulo de ensaios ETT-1

1 - Monte o circuito a seguir (circuito 1).

Circuito 1

2 - Com SW1 aberta, meça a resistência no NTC e no resistor.

RNTC = ______________
R34 = _______________

3 - Tomando como base os valores medidos, calcule as tensões no NTC e no resistor e a


corrente total no circuito, para cada valor de tensão listado na tabela 1 abaixo,
procedendo as devidas anotações.

Tabela 1: valores calculados


Tensão E VNTC VR34 IT
2V
4V
6V
8V
10V
12V
14V

4 - Utilize o quadro 1 e construa a característica I x E para os valores calculados na


tabela 1.

5 - Ligue o módulo à rede e ligue SW1. Meça as tensões nos extremos do NTC e do
resistor, para cada valor de tensão de entrada listada na tabela 2 abaixo e meça também
a corrente total no circuito.
Anote esses valores na referida tabela.

Bipolos não ôhmicos – Prof. Edgar Zuim 4


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54 Eletricidade

Tabela 2: valores medidos


Tensão E VNTC VR34 IT
2V
4V
6V
8V
10V
12V
14V

OBS: Para medir a corrente total, abra SW1 e conecte o multímetro selecionado para
medir corrente nos terminais ao lado da chave.

Espere pelo menos 60 segundos para anotar os valores medidos. Este tempo
será suficiente para que a corrente se estabilize no circuito, em virtude das
características no NTC.

6 - Utilize o quadro 2 e construa as características I x E, para os valores medidos na


tabela 2.
Quadro 1: característica I x E (valores calculados - tabela 1)

Quadro 2: característica I x E (valores medidos - tabela 2)

Bipolos não ôhmicos – Prof. Edgar Zuim 5


Escola Técnica
Eletricidade 55

7 - Compare os quadros 1 e 2 e apresente suas conclusões.


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
8 - Monte o circuito da figura abaixo.

Circuito 2

9 - Com SW1 aberta, meça a resistência da lâmpada piloto.

RLP = __________
10 - Calcule a corrente que circula pelo circuito, para cada valor de tensão de entrada
listado na tabela 3.

Tabela 3: correntes calculadas no circuito


Tensão (V) 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Corrente (A)
Bipolos não ôhmicos – Prof. Edgar Zuim 6
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56 Eletricidade

11 - Ligue o módulo de ensaios à rede, feche SW1 e meça a corrente que circula pelo
circuito, para cada valor de tensão listado na tabela 4.

OBS: Para medir a corrente que circula pelo circuito, abra SW1 e conecte o
multímetro selecionado para medir corrente nos terminais ao lado da chave. Espere
pelo menos 20 segundos para anotar os valores medidos.
Este tempo será suficiente para que a corrente se estabilize no circuito.

Tabela 4: correntes medidas no circuito


Tensão (V) 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Corrente (A)

12 - Compare as tabelas 3 e 4 e apresente suas conclusões.


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

13 - Utilize o quadro 3 e construa a característica I x E da lâmpada piloto (bipolo não


ôhmico), utilizando os valores medidos na tabela 4

Quadro 3: característica I x E da lâmpada piloto

14 - Monte o circuito a seguir.

Bipolos não ôhmicos – Prof. Edgar Zuim 7


Escola Técnica
Eletricidade 57

Circuito 3

15 - Ajuste a tensão “E” para 10V, meça as tensões e correntes em cada um dos bipolos,
anotando na tabela 5.

Tabela 5: tensões nos bipolos ( E = 10V)


Resistor L. piloto
Corrente (mA)
Tensão (V)

16 - Trace a reta de carga do circuito 3. Utilize para isso, a curva característica do bipolo
não ôhmico (lâmpada piloto), já desenhada no quadro 3. Responda: qual foi o ponto de
trabalho encontrado para o bipolo não ôhmico?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

QUESTÕES:

1 - Analisando a curva característica de um bipolo não ôhmico, qual trecho pode ser
considerado linear? Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2 - Como varia a resistência de um NTC com a variação da tensão nos seus terminais?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3 - O que é resistência dinâmica e resistência estática? Quais as diferenças entre esses


dois conceitos?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

4 - Determine para o circuito da figura a seguir, o ponto de trabalho do bipolo não


ôhmico (BÑH), dada sua curva característica mostrada ao lado. Determine também, a

Bipolos não ôhmicos – Prof. Edgar Zuim 8


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58 Eletricidade

tensão em cada um dos bipolos, a corrente no circuito e a potência dissipada em cada


bipolo.

Resistor BÑH
Tensão
Corrente
Potência dissipada
OBS: Para obter melhores resultados ao traçar as curvas características dos bipolos
não ôhmicos e retas de carga, para obter o ponto de trabalho, substitua os quadros 1, 2
e 3 por folhas de papel milimetrado A-4.

Bipolos não ôhmicos – Prof. Edgar Zuim 9


Escola Técnica
Eletricidade 59



OBJETIVOS:
a) observar os efeitos causados por uma carga em um circuito divisor de tensão;
b) aprender a calcular a distribuição de tensão na rede de resistores em um
divisor de tensão com carga.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

Os circuitos divisores de tensão estudados até agora não eram destinados a


fornecer corrente para uma carga. A única corrente existente era a da própria malha de
resistores ou corrente de linha.

Aqueles tipos de divisores de tensão tem aplicações muito restritas, pois, em


Eletrônica, são amplamente utilizados os circuitos como "fontes de alimentação", isto é,
devem ser capazes de fornecer tensão a uma carga que absorve corrente.

A corrente absorvida pela carga, em um divisor de tensão, altera a corrente da


malha dos resistores divisores, modificando portanto, as relações matemáticas já
estudadas no divisor de tensão sem carga.
Analisemos o circuito mostrado na figura 1, chamando IT a corrente fornecida
pelo gerador, Id a corrente de drenagem e IL a corrente absorvida pela carga.
A carga será simbolizada por RL e a tensão nela existente é VL coincidente com
VAC.

No ponto C, temos:

A tensão VAC será dada por:

Divisor de tensão com carga – Prof. Edgar Zuim 1


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60 Eletricidade

onde concluímos que:

Podemos escrever a tensão VAC assim:

Concluímos então que a corrente total será:

Chamando VAC de VL e substituindo, [II] e [III] em [I], temos:

onde, isolando VL ,resulta:

escrevendo:

resulta:

O gráfico da figura 2 é formado por uma reta com o coeficiente linear EO e o


coeficiente angular ro. Esse gráfico é muito importante e recebe o nome de
característica do divisor de tensão com carga.

Para determinarmos essa característica, basta calcularmos dois pontos. O


primeiro deles é obtido fazendo IL = 0 e o segundo fazendo VL = 0.

Divisor de tensão com carga – Prof. Edgar Zuim 2


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Eletricidade 61

Para IL = 0, da fórmula [VI] obtemos:

Para VL = 0, resulta da fórmula [VI]:

O segundo ponto indica qual a máxima corrente que o divisor pode fornecer para
a carga. É denominado de corrente de curto-circuito, simbolizado por ICC.

Analisemos o gráfico da figura 3:

Qual a utilidade de conhecermos esse gráfico?

Analisemos a seguinte situação:

Divisor de tensão com carga – Prof. Edgar Zuim 3


Escola Técnica
62 Eletricidade

Qual deve ser o valor de uma carga para "puxar" uma determinada corrente do
divisor? Nessas condições, qual a tensão na carga?
Em vez de usarmos a fórmula [V], marcamos, na característica do divisor
(gráfico da figura 3), o valor da corrente IL e obtemos o ponto "Q" ; a partir desse
ponto, obtemos a tensão VL.

Ligando os pontos O e Q e calculando a tangente de β, teremos o valor da


resistência de carga.

Trata-se pois de uma operação que determina o valor da resistência de carga pelo
método gráfico.

PARTE PRÁTICA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1- Módulo de ensaios ETT-1
1- Multímetro analógico ou digital

1- Execute a fiação do circuito da figura 4.

2- A tensão E é uma tensão disponível no módulo de ensaios.

3- Meça a tensão E e anote na tabela 1.

4- Com SW1 aberta, meça e anote na tabela 1 a corrente Id e a tensão VAC. Com Sw1
aberta, teremos IL = 0.

Divisor de tensão com carga – Prof. Edgar Zuim 4


Escola Técnica
Eletricidade 63

5- Ligue Sw1 e ajuste P2 para uma corrente de carga ( IL ) de 2mA. Meça Id e VAC e
anote na tabela 1.
6- Desligue Sw1 e meça a resistência da carga RL (P2). Anote o valor na tabela 1.

7- Repita os passos 5 e 6 para as correntes de 4mA , 6mA, 8mA e 10mA, completando


assim a tabela 1.

Tabela 1: medidas
E(V) IL (mA) Id(mA) VAC(V) RL(ΩΩ)
0 s/anotação
2
4
6
8
10

8- Utilizando as fórmulas apresentadas nesta experiência, calcule a corrente Id, a tensão


VAC e RL , anotando esses valores na tabela 2.

Utilize para os cálculos a tensão E medida no módulo de ensaios. Apresente os


cálculos.

Tabela 2: cálculos
E(V) IL(mA) Id(mA) VAC(V) RL(Ω
Ω)

9- Construa o gráfico VL x IL , característica do divisor de tensão, usando os dados da


tabela 1. Utilize para isso papel milimetrado A4.

QUESTÕES:

1) Determine, utilizando o método de resolução gráfica, qual deverá ser o valor do


resistor de carga a ser acrescentado entre os pontos A e B, no circuito da figura 6 para
que o mesmo "puxe" uma corrente de 30mA.

2) Pode uma carga "puxar" 150mA nesse circuito? Por quê?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Divisor de tensão com carga – Prof. Edgar Zuim 5
Escola Técnica
64 Eletricidade

3- Qual o efeito que a corrente de carga (IL) causa sobre a corrente de drenagem (Id)?
Justifique.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
4- O que ocorre com a tensão VAC com a variação da corrente de carga? Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

5- Usando somente o gráfico construído conforme solicitado no passo 9, calcule o valor


de RL para cada valor de corrente listado na tabela 1, ou seja, 2mA, 4mA e 6mA.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

6- Como varia a corrente de carga com a variação do valor de RL?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

7- Determine a leitura do voltímetro no circuito da figura 7, para Sw1 aberta e Sw1


fechada. (apresentar cálculos)

Divisor de tensão com carga – Prof. Edgar Zuim 6

Escola Técnica
Eletricidade 65

Leitura do voltímetro:
Sw1 aberta ___________
Sw1 fechada __________

Cálculos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
8- Para o circuito da figura 8, calcule os valores de R1, R2 e R3, de tal forma que a
corrente na LP1 seja de 70mA e a corrente na LP2 seja de 150mA. Calcule também a
potência dissipada pelos resistores e pelas lâmpadas. (apresentar cálculos)

R1 = __________ PR1 = ____________


R2 = __________ PR2 = ____________
R3 = __________ PR3 = ____________

Potência dissipada por LP1 = _________


Potência dissipada por LP2 = ________
Cálculos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

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Divisor de tensão com carga – Prof. Edgar Zuim 7
66 Eletricidade

Divisor de tensão com carga – Prof. Edgar Zuim 8


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Eletricidade 67



OBJETIVOS:
a) estudar o funcionamento de circuitos resistivos divisores de tensão;
b) estudar o funcionamento de circuitos divisores de tensão variável.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

A Lei de Ohm tem imediata aplicação na análise, no cálculo e no projeto de


circuitos divisores de tensão.

Nesta experiência estudaremos os divisores de tensão sem carga, isto é, os


circuitos que não tem que fornecer uma corrente ou potência a uma carga externa.

Um dos divisores de tensão mais simples é aquele composto por apenas dois
resistores, conforme mostra a figura 1.

Sendo a intensidade de corrente no circuito “I”, podemos escrever:

Para calcular a intensidade de corrente “I”, podemos utilizar a equação abaixo,


onde a soma dos resistores R1 e R2 eqüivalem a resistência total ou equivalente.

Podemos então relacionar a tensão total “E” com uma das tensões V1 ou V2 ,
onde teremos:

Divisor de tensão sem carga – Prof. Edgar Zuim 1


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68 Eletricidade

Calculando-se as tensões V1 e V2 , teremos:

V1 = 45V . 20k / (20k + 30k) = 18V


V2 = 45V . 30k / (20k + 30k) = 27V
Somando-se V1 e V2 , teremos 18V + 27V = 45V, que corresponde a tensão
aplicada nos resistores.

O circuito da figura 2, é um divisor de tensão composto por 3 resistores.

Fechando Sw1 e seguindo o raciocínio anterior, temos:

VR4 = E . R4 / (R4 + R6 + R11)


VR6 = E . R6 / (R4 + R6 + R11)
VR11 = E . R11 / (R4 + R6 + R11)

Existem ocasiões no entanto, que torna-se necessário projetar um divisor de


tensão variável, o que implicaria na utilização de resistores variáveis que permitam a
obtenção de qualquer valor de tensão dentro de certos limites, impostos pela tensão
aplicada na entrada.

Utiliza-se para tal fim um potenciômetro, que é um resistor variável e cujo


símbolo é mostrado na figura 3.

Divisor de tensão sem carga – Prof. Edgar Zuim 2


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Eletricidade 69

Observa-se que o ponto C é variável, de tal forma que o mesmo possa se


aproximar do extremo superior (ponto A) ou do extremo inferior (ponto B).

Entre os pontos A e B, mede-se o valor nominal da resistência do potenciômetro,


qualquer que seja a posição do cursor. Se o cursor (ponto C) estiver exatamente no
meio, teremos então:

RAC = Rn/2
RCB = Rn/2
Onde, Rn é a resistência nominal do potenciômetro. Isto significa que se o
cursor estiver na posição central e o valor nominal do potenciômetro for, por exemplo,
1000Ω, teremos nessas condições:

RAC = 500Ω
RCB = 500Ω
Se o cursor (ponto C) estiver totalmente no extremo superior, teremos:

RAC = 0
RCB = 1.000Ω
Se o cursor (ponto C) estiver totalmente no extremo inferior, teremos:

RAC = 1.000Ω
RCB = 0Ω
O “trimpot” é um dispositivo que executa as mesmas funções do potenciômetro,
porém o mesmo classifica-se como resistor ajustável.

O cursor central do potenciômetro, se este for rotativo, é o seu eixo, que pode ser
movimentado tanto para a esquerda como para a direita. Se o mesmo for do tipo
“deslizante”, este é formado por uma alavanca que permite seu movimento
horizontalmente. Os trimpots podem ser do tipo vertical e horizontal, para fixação “de
pé” ou “deitado” respectivamente.

Geralmente o cursor é preso a um disco dentado para sua movimentação com o


auxílio dos dedos ou ainda, o cursor central pode não possuir este disco dentado, mas,

Divisor de tensão sem carga – Prof. Edgar Zuim 3


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70 Eletricidade

apenas uma pequena fenda, para que possa ser movimentado com o auxílio de uma
pequena chave de fenda.

PARTE PRÁTICA

MATERIAIS NECESSÁRIOS
1- Módulo de ensaios ETT-1
1- Multímetro analógico ou digital

1- Execute a fiação do circuito da figura 2.

2- Calcule a resistência equivalente e a tensão entre os pontos: A-D; A-C e A-B e anote
na tabela 1.

3- Calcule a corrente que circula pelo circuito e anote na tabela 1.

4- Calcule a tensão em cada um dos resistores e anote na tabela 1.

5- Com o módulo de ensaios desligado da rede e Sw1 aberta, meça a resistência


equivalente entre os pontos A-D; A-C e A-B e anote na tabela 1.

6- Ligue o módulo de ensaios na rede, feche Sw1 , ajuste E para 10V , meça a tensão em
cada um dos resistores e entre os pontos A-D; A-C e A-B e anote esses valores na tabela
1.

7- Meça e anote na tabela 1 a corrente total do circuito.

Tabela 1
PARÂMETROS CALCULADO MEDIDO
Resistência entre os pontos A-D
Resistência entre os pontos A-C
Resistência entre os pontos A-B
Tensão entre os pontos A-D
Tensão entre os pontos A-C
Tensão entre os pontos A-B
Tensão em R4
Tensão em R6
Tensão em R11
Corrente total no circuito

8- Execute a fiação do circuito da figura 4.

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Eletricidade 71

9- Calcule a resistência total do circuito com o cursor na extremidade superior,


extremidade inferior e posição central (aberto, fechado e na posição central
respectivamente) e anote na tabela 2. Olhando P1 de frente, o terminal à esquerda
corresponde ao ponto A, o terminal central ao ponto C e o terminal à direita corresponde
ao ponto B. Obedeça as seguintes convenções, orientando-se pela seta impressa no disco
dentado de P1:

ABERTO: cursor totalmente à direita.


FECHADO: cursor totalmente à esquerda.
POSIÇÃO CENTRAL: posição intermediária.

10- Com o módulo de ensaios desligado da rede e Sw1 aberta, meça a resistência total
do circuito (pontos A e B) e anote na tabela 2.

Tabela 2: Resistência total do circuito


RESISTÊNCIA TOTAL CALCULADO MEDIDO
Cursor aberto
Cursor fechado
Cursor na posição central

11- Compare os valores calculados e medidos na tabela 2 e apresente conclusões:


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Divisor de tensão sem carga – Prof. Edgar Zuim 5


Escola Técnica
72 Eletricidade

12- Calcule as tensões VAC , VCB e VAB com o cursor aberto, fechado e na posição
central e anote esses dados na tabela 3.

Tabela 3
CALCULADO MEDIDO
VAC cursor aberto
VAC cursor fechado
VAC cursor na posição central
VCB cursor aberto
VCB cursor fechado
VCB cursor na posição central
VAB cursor aberto
VAB cursor fechado
VAB cursor na posição central

13- Ligue o módulo de ensaios na rede, feche Sw1 , meça essas tensões e anote na tabela
3.

14- Compare os valores calculados e medidos na tabela 3 a apresente conclusões:


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

QUESTÕES:

1- O que é divisor de tensão sem carga?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2- O que é potenciômetro?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3- Calcule o valor da tensão E para o circuito da figura 5, considerando que a corrente


que circula por R6 é 100mA (apresentar cálculos).

Divisor de tensão sem carga – Prof. Edgar Zuim 6


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Eletricidade 73

E = ____________
Cálculos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Divisor de tensão sem carga – Prof. Edgar Zuim 7


Escola Técnica
74 Eletricidade

FORMULÁRIO PARA CIRCUITOS AC

1 - ASSOCIAÇÃO DE INDUTORES

EM SÉRIE: LT = L1 + L2 + L3 + L4 …

1 1 1 1 1
EM PARALELO: = + + + … (para mais de dois indutores)
LT L1 L2 L3 L4

ou

L1 . L 2
LT = (para dois indutores)
L1 + L 2

2 - ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES

1 1 1 1 1
EM SÉRIE: = + + + … (para mais de dois capacitores)
CT C1 C2 C3 C4

ou

C1 . C 2
CT = (para dois capacitores)
C1 + C 2

EM PARALELO: CT = C1 + C2 + C3 + C4 …

3 - CIRCUITO RC EM SÉRIE

VR = R.IT VT =
2
VR + VC
2 VC = XC . IT

VC X
θ = arctan - = - C
VR R

Escola Técnica 1
Eletricidade 75

Z= R 2 + XC
2 VT VT
Z= IT =
IT Z

1 1
XC = , onde ω = 2 π f  XC =
ωC 2π f C

f = freqüência em hertz
C = capacitância em farads

Fasor representando a impedância total ( Z ) de um circuito


RC série.

A defasagem entre R e XC é de 90º.

4 - CIRCUITO RC EM PARALELO

IT =
2
IR + IC
2 VT VT
IR = IC =
R XC

IC
θ = arctan
IR

VT VT
IT = Z=
Z IT

5 - CIRCUITO RL EM SÉRIE

VT =
2
VR + VL
2 VR = R . IT VL = XL . IT

Escola Técnica
2
76 Eletricidade

VL X
θ = arctan = L
VR R

XL = ω L , onde ω = 2 π f  XL = 2 π f L

f = freqüência em hertz
L = indutância em henry

Fasor representando a impedância total ( Z ) de um


circuito RL série.

A defasagem entre R e XL é de 90º.

Z= R 2 + XL
2 VT VT
Z= IT =
IT Z

6 - CIRCUITO RL EM PARALELO

IT =
2
IR + IL
2 VT VT
Z= IT =
IT Z

IL
θ = arctan -
IR

Escola Técnica 3
Eletricidade 77

2 2
1  1 
  +  
R . XL  R   X L 
Z=  Z= 2 2
2
R 2 + XL 1  1 
  +  
 R   XL 

7 - CIRCUITO LC EM SÉRIE

2 2
Z= XL + XC

XL - XC = X
XC - XL = X
logo: Z = X

VT VT
Z= IT =
IT Z

8 - CIRCUITO LC EM PARALELO

X L . (-X C )
Z=
X L + (-X C )

- Z  capacitiva
Z  indutiva

2
2 VT V
IT = I L + I C , onde: IL = e IC = T
XL XC

VT VT
Z= IT =
IT Z

9 - CIRCUITO RLC EM SÉRIE

Z= R 2 + X2

onde:

X = XL - XC ou
X = XC - XL

Escola Técnica
4
78 Eletricidade

VL = XL . IT
VC = XC . IT
VR = R . IT

2 2
VT = VR + VX
onde:
VX = VL - VC ou
VX = VC - VL

VT V
Z=  IT = T
IT Z

VL - VC V
θ = arctan = X  ( VL > VC )
VR VR
V - VL V
θ = arctan - C = - X  ( VC > VL )
VR VR

XL - XC X
θ = arctan ( XL > XC ) = arctan
R R
X - XL X
θ = arctan - C ( XC > XL ) = -
R R

10 - CIRCUITO RLC EM PARALELO

VT
IL =
XL
V
IC = T
XC
V
IR = T
R

2 2
IT = IR + IX onde:

IX = IL - IC ou

IX = IC - IL

Escola Técnica
5
Eletricidade 79

IL - IC I
θ = arctan - = - X ( IL > IC )
IR IR

IC - IL I
θ = arctan = X ( IC > IL )
IR IR

Calculando a impedância em um circuito paralelo:

x.y
Z= onde:
x2 + y2

X L . (- X C )
x=
X L + (-X C )

y=R

A impedância de um circuito RLC paralelo pode também ser calculada pela fórmula:

2 2
 1   1 1 

  + -
 R   XC XL 
Z= 2 2

 1   1 1 

  + -
 R   XC XL 

VT VT
Z = IT =
IT Z

Podemos também calcular θ com as fórmulas abaixo:

R
θ = arctan
X
Z
θ = arccos
R

11 - POTÊNCIA EM CIRCUITOS AC

Em circuitos AC existem três potências distintas: real, reativa e aparente


identificadas respectivamente pelas letras P ( W ), Q ( VAR ) e S ( VA ).

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80 Eletricidade

P = V . I . cosθ = VR . I = R . I2 (potência real = W)


Q = V . I . senθ ( potência reativa = VAR)
S = V . I (potência aparente = VA)

CIRCUITO INDUTIVO:

P = VI cosθ
Q = VI senθ
S = VI

cos 90º = 0
sen 90º = 1
∴Q = S (não há potência real)

CIRCUITO CAPACITIVO:

P = VI cosθ
Q = VI senθ
S = VI

cos 90º = 0
sen 90º = 1
∴Q = S (não há potência real)

CONCLUSÃO: Em um capacitor ou indutor a potência reativa é igual a


potência aparente.
Q = S  VAR = VA  P =0

12 - FATOR DE POTÊNCIA

VI . cosθ Potência real P


Fp = Fp = Fp =
VI Potência aparente S

Fp = cosθ Q Q = P . tanθ
θ = arctan
P

Fator de potência indutivo: motores de indução, indutores, etc.


Fator de potência capacitivo: motores síncronos, banco de capacitores, etc.

IR 7
Fator de potência para circuitos paralelos: Fp = arccos
IT

R
Fator de potência para circuitos série: Fp = arccos
Z

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Eletricidade 81



OBJETIVOS:
a) verificar o funcionamento de um gerador real;
b) medir a resistência interna e a corrente de curto-circuito;
c) levantar a curva característica de um gerador real.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

Denomina-se gerador elétrico todo dispositivo que separa cargas elétricas


positivas e negativas, mantendo entre elas uma diferença de potencial; o gerador em
suma, converte qualquer tipo de energia em energia elétrica.

Geradores que transformam energia química em elétrica são os geradores


eletroquímicos: acumuladores, baterias, pilhas etc.

Geradores que transformam energia mecânica em energia elétrica são os


geradores eletromecânicos: dínamos, alternadores, etc.

Existe ainda um outro tipo de gerador: o gerador eletrotérmico ou termoelétrico.

No gerador termoelétrico temos o “par termoelétrico” onde dois metais


diferentes recebem calor e proporcionalmente geram tensão em seus terminais.

Os geradores não fornecem toda a energia elétrica que produzem. Parte da


energia elétrica produzida é perdida dentro do próprio gerador, em virtude de sua
resistência elétrica própria, denominada “resistência elétrica”.

Na figura 1A temos um gerador ideal e em 1B temos a sua curva característica.

Em um gerador ideal, qualquer que seja a corrente fornecida, a tensão de saída


VS será sempre igual a força eletromotriz E. Assim: VS = E

O gerador real entretanto, apresenta uma resistência interna que representa a


soma de todas as resistências do gerador.
Geradores elétricos – Prof. Edgar Zuim 1
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82 Eletricidade

A figura 2A mostra o esquema de um gerador real, onde “r” é a resistência de


perda ou resistência interna.

Se o gerador for ligado a uma carga e passar a fornecer corrente, aparecerá uma
perda interna de tensão devido a resistência interna, e dessa forma a tensão de saída VS
não será mais igual a força eletromotriz E, conforme mostra a figura 2B.

Nas condições de trabalho de um gerador real, devemos considerar então as


perdas internas e dessa forma:
Vs = E - E’
Onde: E é a força eletromotriz e E’ é a tensão de perda devido a resistência
interna.

Dessa forma obtemos a equação do gerador:

Vs = E - rI

A equação acima mostra que a corrente ao percorrer o gerador, experimenta uma


elevação de potencial E e em seguida uma perda de tensão E’ na resistência interna.

A figura 3 mostra a representação gráfica da equação do gerador.

A resistência interna do gerador é dada por:

tgα = r
Se conectarmos os terminais do gerador diretamente, isto é, em curto-circuito, a
tensão de saída será nula e a corrente será a máxima possível, limitada apenas pela
resistência interna do gerador.

Geradores elétricos – Prof. Edgar Zuim 2

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Eletricidade 83

Esta corrente é denominada corrente de curto-circuito, simbolizada por ICC.


Assim:
Vs = 0 ∴ E = E’
logo:
I = ICC e ICC = E/r

Não se pode medir diretamente a resistência interna “r” do gerador com um


ohmímetro, pois o mesmo seria danificado, assim como não se pode medir diretamente
a corrente de curto-circuito, pois o gerador ficaria avariado.

A corrente de curto-circuito bem como a resistência interna de um gerador


devem ser obtidas experimentalmente, ou seja, levantando-se a curva característica do
gerador e extraindo desta esses dois parâmetros, conforme ilustram as figuras a seguir:

Teremos então:
tgα = r = ∆V/∆I

Tomando o gráfico da figura 4 e atribuindo valores para V e I no mesmo gráfico,


resulta no gráfico da figura 5, o qual tomaremos como exemplo.
Geradores elétricos – Prof. Edgar Zuim 3
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84 Eletricidade

Para o gráfico da figura 5, qual a resistência interna do gerador e a corrente de


curto-circuito?

Temos:
∆V = 10 - 6,8 = 3,2V
∆I = 4 - 0 = 4A

Desta forma, a resistência de perda será:

r = 3,2/4 = 0,8Ω

Calculando a corrente de curto-circuito:

ICC = E/r = 10/0,8 = 12,5A

PARTE PRÁTICA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1- Pilha de 1,5V tamanho grande
1- Potenciômetro de fio, 22R
1- Multímetro analógico ou digital
1 - Módulo de ensaios ETT-1

1- Monte o circuito da figura 6.

2- Meça a tensão da pilha, com Sw1 aberta.

Tensão na pilha________
3- Feche Sw1 e ajuste o potenciômetro para obter as correntes listadas de acordo com a
tabela 1.

4- Meça as tensões fornecidas pela pilha, e anote na tabela 1.

Geradores elétricos – Prof. Edgar Zuim 4

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Eletricidade 85

Tabela 1
I(mA) 0 100 200 300 400 500
Vs(V)

5- Monte o circuito da figura 7.

6- Com Sw1 aberta, meça a tensão da pilha.

Tensão da pilha________
7- Feche Sw1 e complete a tabela 2.

Tabela 2
R Vs (V) I(mA)
4R7

8- Com os dados obtidos na tabela 1, construa o gráfico Vs x I, em papel milimetrado


A4.

QUESTÕES:

1- O que é gerador elétrico?

Geradores elétricos – Prof. Edgar Zuim 5


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86 Eletricidade

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2- Porque um gerador não põe à disposição toda a potência que ele gera?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3- O que é corrente de curto-circuito?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

4- Porque não se pode medir diretamente a resistência interna de um gerador ou de uma


pilha com um ohmímetro? Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

5- Através do gráfico construído, tomando como base os dados da tabela 1, calcule:


a) força eletromotriz
b) resistência interna
c) corrente de curto-circuito
Cálculos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

6- Com os dados obtidos na questão 5 (acima), escreva a equação do gerador, utilizado


nesta experiência.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

7- Utilizando somente a equação do gerador e o valor do resistor do circuito da figura 7,


calcule os valores da tensão de saída e da corrente do circuito. Compare esses dados
com os medidos na tabela 2 e apresente conclusões:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

8- Qual a finalidade do resistor R no circuito da figura 6?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Geradores elétricos – Prof. Edgar Zuim 6

Escola Técnica
Eletricidade 87

9- Uma bateria de automóvel (com 3 elementos iguais e em série) tem uma f.e.m. (força
eletromotriz) de 2,2V por elemento. Quando a bateria é ligada a um resistor de 4Ω, a
corrente é de 1,5A. Qual é a resistência interna de cada elemento? Qual é a corrente de
curto-circuito da bateria? (apresentar cálculos)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

10- Um gerador em vazio apresenta uma tensão de saída igual a 15V. Quando aos
terminais do mesmo é ligada uma lâmpada de 6W, ela irá consumir uma corrente de
500mA. Escreva a equação desse gerador (apresentar cálculos).
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Geradores elétricos – Prof. Edgar Zuim 7


Escola Técnica
88 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 89

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Escola Técnica
90 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 91

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Escola Técnica
92 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 93

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Escola Técnica
94 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 95

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Escola Técnica
96 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 97

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Escola Técnica
98 Eletricidade



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Escola Técnica
Eletricidade 99

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Escola Técnica
100 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 101



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Escola Técnica
102 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 103


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Escola Técnica
104 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 105

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Escola Técnica
106 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 107

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Escola Técnica
108 Eletricidade



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Escola Técnica
Eletricidade 109

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Escola Técnica
110 Eletricidade


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Escola Técnica
Eletricidade 111



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Escola Técnica
112 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 113

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Escola Técnica
114 Eletricidade

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OBJETIVOS:
a) analisar o funcionamento de uma ponte de Wheatstone em equilíbrio;
b) analisar o funcionamento de uma ponte de Wheatstone em desequilíbrio.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

A ponte de Wheatstone é um circuito eletrônico de vasta aplicação em aparelhos


de medição tais como: medidores de resistência, termômetros, etc.

Seu circuito básico é mostrado abaixo:

Quando a ponte está em equilíbrio, obedecendo uma certa relação entre seus
resistores, a tensão na saída (VOUT) será igual a zero.
Para que isso ocorra devemos ter:

Daí podemos então deduzir como fica a relação entre esses resistores:

Ponte de Wheatstone – Prof. Edgar Zuim 1

Escola Técnica
Eletricidade 115

Desta forma, para qualquer tensão de entrada, a tensão na saída será sempre
zero, desde que obedecidas as relações deduzidas acima. Nestas condições, dizemos que
a ponte está em equilíbrio.

Para desequilibrar a ponte, basta alterar o valor de qualquer um dos resistores.


A tensão VOUT então poderá assumir valores negativos ou positivos (supondo o
ponto D como referência).

PARTE PRÁTICA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1 - Módulo de ensaios ETT-1
1 - Multímetro analógico ou digital

1 - Execute a fiação do circuito abaixo:

R20 = 10kΩ
R17 = 4,7kΩ
R16 = 3,3kΩ
P2 = Trimpot de 15kΩ
E = 18V
2 - Ligue o circuito, ajuste VOUT para saída zero e faça as seguintes medições:
VAB = _____________
VBC = _____________
VAD = _____________
VDC = _____________

3 - Com a ponte em equilíbrio e baseando-se nas medidas obtidas no item 2, calcule as


correntes I1 e I2:
I1 = _______________
I2 = _______________

4 - Calcule o valor da resistência, que P2 foi ajustado para equilibrar a ponte (apresentar
os cálculos).

Ponte de Wheatstone – Prof. Edgar Zuim 2


Escola Técnica
116 Eletricidade

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

5 - Desligue o circuito da rede e desligue também um dos extremos de P1. Meça a


resistência ôhmica nos extremos de P2 e compare com o valor calculado no item 4:

RP2 (calculada) = ______________


RP2 (medida) = ________________

6 - Religue P2 e ligue o circuito. Ajuste VOUT para 2 volts, de forma que o ponto B fique
mais negativo do que o ponto D e faça as seguintes medições:

VAB = _____________
VBC = _____________
VAD = _____________
VDC = _____________

7 - Com a ponte em desequilíbrio e baseando-se nas medidas obtidas no item 6, calcule


as correntes I1 e I2:

I1 = _______________
I2 = _______________

8 - Calcule o valor da resistência que P2 foi ajustado para equilibrar a ponte (apresentar
os cálculos).
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
9 - Desligue o circuito da rede e desligue também um dos extremos de P2. Meça a
resistência ôhmica nos extremos de P2 e compare com o valor calculado no item 4.

RP2 (calculada) = ______________


RP2 (medida) = _______________

10 - Compare as medições obtidas nos itens 2 e 6 (ponte equilibrada e desequilibrada


respectivamente), relacionando as variações ocorridas. Preencha a tabela abaixo:

Pontos Ponte Ponte Variações


de equilibrada desequilibra- (volts)
medida da
VAB
VBC
VAD
VDC

QUESTÕES:

Ponte de Wheatstone – Prof. Edgar Zuim 3

Escola Técnica
Eletricidade 117

1 - Dado o circuito abaixo, calcule o valor de R3 para equilibrar a ponte (apresentar


cálculos).

Cálculos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2 - Com a ponte equilibrada, calcule a potência em dissipada em cada resistor


(apresentar cálculos).

PR1 = ____________
PR2 = ____________
PR3 = ____________
PR4 = ____________
Cálculos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Ponte de Wheatstone – Prof. Edgar Zuim 4


Escola Técnica
118 Eletricidade

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OBJETIVOS:
a) mostrar que a potência elétrica em um resistor é função da tensão e da
corrente existente;
b) observar como varia a potência elétrica em um resistor em função da tensão e
da corrente;
c) levantar a curva da potência em função da corrente de um resistor;
d) observar o efeito Joule.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

Potência é a medida da variação de energia ou trabalho, dentro de um


determinado intervalo de tempo.

A unidade de medida para a potência elétrica no SI é o watt (W). Um watt de


potência é o trabalho realizado durante um segundo, por um volt de tensão para
movimentar uma carga de um coulomb.

Como um coulomb por segundo é um ampère, a potência em watts é igual ao


produto volt x ampère.
Assim:
P = V.I
onde:
P é a potência em watts
V é a tensão em volts
I é a corrente em ampères

Aplicando-se uma tensão nos terminais de um resistor, circulará pelo mesmo


uma corrente, que é o resultado do movimento de cargas elétricas. O trabalho realizado
pelas cargas elétricas em um determinado intervalo de tempo, gera uma energia que é
transformada em calor por EFEITO JOULE e é definida como POTÊNCIA ELÉTRICA.
Desta forma, podemos escrever:

∆τ / ∆t = P = V.I
Onde:
∆τ representa a variação de trabalho
∆t representa o intervalo de tempo
P a potência elétrica

Como múltiplos da unidade de potência, temos:


kilo-watt (kW) = 103 W
mega-watt (MW) = 106 W

O submúltiplo mais usado é o:


mili-watt (mW) = 10-3 W
Utilizando a fórmula básica para calcular a potência, podemos obter outras
relações:

Potência elétrica – Prof. Edgar Zuim 1


Escola Técnica
Eletricidade 119

P = R.I2
P = E2/R
O efeito térmico produzido pela geração da potência pode ser aproveitado em
muitos dispositivos, dentre os quais: chuveiro elétrico, aquecedores, secadores, ferro de
engomar, etc. Esses dispositivos são construídos basicamente por resistências que
alimentadas convenientemente produzem calor pela ação do efeito Joule, isto é, quando
percorridas por uma corrente elétrica transformam a energia elétrica em energia térmica.

Se você comparar a temperatura de uma lâmpada incandescente de 40W com a


de uma lâmpada de 100W verificará que a segunda lâmpada funciona com uma
temperatura muito maior. Isto acontece porque o filamento da lâmpada apresenta uma
certa resistência e ao circular uma corrente pela mesma é liberada uma energia em
forma de calor. No caso do filamento quanto mais calor mais luz.

Daí concluímos que a lâmpada de 100W trabalha muito mais do que a de 40W
no mesmo intervalo de tempo.

PARTE PRÁTICA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1 Módulo de ensaios ETT-1
1- Multímetro analógico ou digital

1- Execute a fiação do circuito da figura 1, utilizando o resistor R4, 100Ω - 1/4W

OBS: utilize a fonte regulável do módulo de ensaios.

2- Varie a tensão no resistor de acordo com a tabela 1.

OBS: durante a execução da experiência, verifique o aquecimento do resistor R5,


tocando-o rapidamente com a ponta dos dedos. Caso você constate um aquecimento
excessivo, não aumente mais a tensão nos extremos do mesmo.

Tabela 1: resistor de 100Ω


Ω - 1/4W
E(V) 0 1 2 3 4 5 6 7
I(A)
P(W)

Potência elétrica – Prof. Edgar Zuim 2


Escola Técnica
120 Eletricidade

3- Calcule a potência dissipada no resistor para cada tensão aplicada, conforme indica a
tabela 1.

4- Substitua o resistor R4 pelo resistor R34, 100Ω - 5W e repita os passos 2 e 3,


completando a tabela 2.

Tabela 2: resistor de 100Ω


Ω - 5W (fio)
E(V) 0 1 2 3 4 5 6 7
I(A)
P(W)

5- Anote o que você observou quanto ao aquecimento dos resistores R5 e R27


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

6- Construa os gráficos P x I, em papel milimetrado A4, para as tabelas 1 e 2.

7- Construa os gráficos P x V, em papel milimetrado A4, para as tabelas 1 e 2.

QUESTÕES:

1- O que é potência elétrica?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2- Qual dos resistores desta experiência pode dissipar mais potência? Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3- Houve algum caso nesta experiência em que a potência dissipada foi maior do que o
limite da potência permitida pelo resistor? Justifique.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

4- O que acontece com a potência quando se duplica a tensão aplicada a um resistor? E


quando a tensão cai pela metade?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Potência elétrica – Prof. Edgar Zuim 3

Escola Técnica
Eletricidade 121

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

5- O que acontece com a temperatura do resistor com o aumento da tensão? Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

6- Como você explica o aquecimento de um chuveiro elétrico na posição inverno e


verão?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

7- Analise os gráficos P x I e P x V que você levantou e compare-os com as fórmulas


apresentadas na introdução teórica para calcular potências. O que você conclui?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

8- Um chuveiro elétrico, dissipa uma potência de 4.400W quando ligado em 220V. Qual
é o valor ôhmico de sua resistência? ( apresentar cálculos).

Cálculos:_______________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

9- Qual é a corrente que circula pela resistência de uma torneira elétrica, que consome
4.000W ligada em 220V? (apresentar cálculos).

Cálculos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

10 - Calcule a potência total dissipada pelos circuitos das figuras 2 e 3. (apresentar


cálculos).

Cálculos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Potência elétrica – Prof. Edgar Zuim 4

Escola Técnica
122 Eletricidade

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

11- Determine o valor da tensão E no circuito da figura 4, sabendo-se que o resistor


encontra-se no limite de sua potência. Qual é a corrente lida pelo amperímetro?
(considere a resistência interna do amperímetro igual a zero).

E = _______________
I = _______________

Cálculos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Potência elétrica – Prof. Edgar Zuim 5

Escola Técnica
Eletricidade 123

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A 20ª letra do alfabeto grego
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Escola Técnica
124 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 125

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Escola Técnica
126 Eletricidade


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Escola Técnica
Eletricidade 127

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Escola Técnica
128 Eletricidade


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Escola Técnica
Eletricidade 129

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Escola Técnica
130 Eletricidade

TABELA DE FIOS / FIO DE COBRE

Nº AWG DIÂMETRO SECÇÃO Ohms por Corrente


ou B&S mm mils mm² circ. mils kilometro máxima
(4-0) 11,68 459,8425 107,14615 211455,14 0,1587 321A
(3-0) 10,39 409,0551 84,78558 167326,09 0,2005 254A
(2-0) 9,27 364,9606 67,49170 133196,26 0,2519 202A
0 8,25 324,8031 53,45629 105497,09 0,3180 160A
1 7,35 289,3701 42,42927 83735,04 0,4007 127A
2 6,54 257,4803 33,59281 66296,11 0,5061 101A
3 5,83 229,5276 26,69488 52682,90 0,6368 79,7A
4 5,19 204,3307 21,15561 41751,04 0,8036 63,5A
5 4,62 181,8898 16,76389 33083,89 1,0141 50,4A
6 4,11 161,8110 13,26706 26182,81 1,2814 39,9A
7 3,66 144,0945 10,52090 20763,22 1,6158 31,5A
8 3,26 128,3465 8,34692 16472,81 2,0367 25,1A
9 2,90 114,1732 6,60521 13035,53 2,5737 19,9A
10 2,59 101,9685 5,26854 10397,58 3,2267 15,8A
11 2,30 90,5512 4,15477 8199,52 4,0917 12,4A
12 2,05 80,7087 3,30064 6513,89 5,1505 9,90A
13 1,83 72,0472 2,63023 5190,81 6,4633 7,88A
14 1,63 64,1732 2,08673 4118,20 8,1467 6,27A
15 1,45 57,0866 1,65130 3258,88 10,2949 4,95A
16 1,29 50,7874 1,30698 2579,36 13,0070 3,90A
17 1,15 45,2756 1,03869 2049,88 16,3667 3,12A
18 1,02 40,1575 0,81713 1612,62 20,8045 2,45A
19 0,91 35,8268 0,65039 1283,56 26,1382 1,95A
20 0,81 31,8898 0,51530 1016,96 32,9904 1,54A
21 0,72 28,3465 0,40715 803,52 41,7535 1,22A
22 0,64 25,1969 0,32170 634,88 52,8443 0,965A
23 0,57 22,4409 0,25518 503,60 66,6206 0,765A
24 0,51 20,0787 0,20428 403,16 83,2181 0,612A
25 0,45 17,7165 0,15904 313,88 106,8890 0,427A
26 0,40 15,7480 0,12566 248,00 135,2814 0,378A
27 0,36 14,1732 0,10179 200,88 167,0141 0,306A
28 0,32 12,5984 0,08042 158,72 211,3772 0,242A
29 0,29 11,4173 0,06605 130,36 257,3724 0,196A
30 0,25 9,8425 0,04909 96,88 346,3203 0,147A
31 0,23 9,0551 0,04155 82,00 409,1687 0,124A
32 0,20 7,8740 0,03142 62,00 541,1255 0,094A
33 0,18 7,0866 0,02545 50,22 668,0562 0,076A
34 0,16 6,2992 0,02011 39,68 845,5087 0,060A
35 0,14 5,5118 0,01539 30,38 1104,3378 0,046A
36 0,13 5,1181 0,01327 26,20 1280,7705 0,039A
37 0,11 4,3307 0,00950 18,76 1788,8448 0,028A
38 0,10 4,0945 0,00849 16,76 2001,2039 0,023A
39 0,09 3,5433 0,00636 12,56 2672,2249 0,019A
40 0,08 3,1496 0,00503 9,92 3382,0346 0,015A
41 0,07 2,7953 0,00396 7,81 4293,7952 0,011A
42 0,06 2,5197 0,00322 6,35 5284,4291 0,009A
43 0,06 2,2441 0,00255 5,04 6662,0565 0,007A
44 0,05 2,0079 0,00204 4,03 8321,8076 0,006A
45 0,05 1,7717 0,00159 3,14 10688,8996 0,005A
46 0,04 1,4961 0,00113 2,24 14989,6272 0,003A
Cálculo de diâmetro em mils (milésimo de polegadas)==> (d / 25,4) x 1.000, onde d = diâmetro
Cálculo da área em cmils (circular mils) ==> eleva-se o diâmetro em mils ao quadrado

Escola Técnica
ELETRICIDADE BÁSICA - PROF. EDGAR
Eletricidade 131

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Escola Técnica
132 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 133

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Escola Técnica
134 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 135

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Escola Técnica
136 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 137

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Escola Técnica
138 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 139


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Escola Técnica
140 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 141

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Escola Técnica
142 Eletricidade



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Escola Técnica
Eletricidade 143



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

Escola Técnica
144 Eletricidade

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

Escola Técnica
Eletricidade 145

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

Escola Técnica
146 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 147

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Escola Técnica
148 Eletricidade



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Escola Técnica
Eletricidade 149

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Escola Técnica
150 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 151

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Escola Técnica
152 Eletricidade



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Escola Técnica
Eletricidade 153



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

Escola Técnica
154 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 155

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

Escola Técnica
156 Eletricidade


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Escola Técnica
Eletricidade 157

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

Escola Técnica
158 Eletricidade

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Escola Técnica
Eletricidade 159



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Escola Técnica
160 Eletricidade

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Escola Técnica 1
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Eletricidade 161

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Escola Técnica 2
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162 Eletricidade

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Eletricidade 163

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Escola Técnica
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164 Eletricidade

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Escola Técnica
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Eletricidade 165

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Escola Técnica
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166 Eletricidade

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Escola Técnica
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Eletricidade 167

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Escola Técnica
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168 Eletricidade

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OBJETIVOS:
Aprender a utilizar um voltímetro e um amperímetro para medida de tensão e corrente
contínua.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

MEDIDA DE TENSÕES:
A medida de tensões é essencial em todos os trabalhos de Eletrônica.

Ela especifica o funcionamento e fornece as características de um circuito


elétrico. O aparelho destinado a medir tensões é o voltímetro.

A tensão entre dois pontos de um circuito é a medida do desequilíbrio elétrico


entre esses pontos. Para
medir a tensão entre dois pontos quaisquer de um circuito elétrico, liga-se um voltímetro
em paralelo entre esses dois pontos.

Todos os instrumentos de medida para utilização em tensão ou corrente


contínua, tem em seus terminais uma indicação de polaridade. Essa indicação
normalmente é feita com os sinais “ + “ e “ - “ ou com as cores vermelha e preta
respectivamente. Tal cuidado no entanto, não precisa ser tomado quando se mede
tensões ou correntes alternadas, objeto de estudos posteriores.

Quando se mede tensão contínua, deve-se tomar cuidado em ligar o instrumento


e conectá-lo corretamente, isto é, o terminal positivo deve ser ligado ao ponto de
potencial mais alto e o negativo ao ponto de potencial mais baixo.

Se o ponteiro do medidor se deslocar à direita, ele foi conectado corretamente;


caso contrário, os terminais estão ligados invertidos.
Para medirmos a tensão no resistor R2 ou entre os pontos A e B, utilizaremos
um voltímetro. Antes de ligarmos o medidor convém lembrar que, por convenção, nos
geradores (bateria) a corrente sai do polo positivo e nos receptores (resistores) a corrente
entra pelo polo positivo.

Utilização do voltímetro e do amperímetro – Prof. Edgar Zuim 1


Escola Técnica
Eletricidade 169

Portanto, no resistor R2 (figura 1) o ponto A é mais positivo do que o ponto B,


pois a corrente entra no resistor pelo ponto A; obviamente o ponto B será negativo em
relação ao ponto A.
Desta forma, devemos conectar o polo positivo do voltímetro no ponto A e o
polo negativo no ponto B, conforme ilustra a figura 2.

Se quisermos medir a tensão da associação formada por R1 e R2, isto é, a tensão


entre os pontos C e B, devemos ligar o voltímetro conforme mostra a figura 3.

Observe que nas três figuras apresentadas a chave interruptora (Sw1) encontra-
se aberta. Logo, para que a corrente flua pelo circuito a mesma deverá ser fechada, caso
contrário, o instrumento não acusará nenhuma medida.
Um voltímetro de boa qualidade deve apresentar uma resistência interna
elevadíssima, pois assim a corrente que ele solicita é praticamente nula e não altera o
circuito original.

MEDIDA DE CORRENTES:
O aparelho destinado a medir corrente é o amperímetro. Quando o valor da
intensidade da corrente a ser medida é muito pequena, utiliza-se um miliamperímetro ou
mesmo ou microamparímetro.

A intensidade da corrente que flui em um circuito depende da tensão aplicada e


da natureza do circuito, como por exemplo, os resistores nele inseridos.

Para se medir corrente contínua em um circuito, deve-se colocar o medidor em


série, observando-se a polaridade, a exemplo do voltímetro, onde são obedecidas as
mesmas convenções: sinais ou cores.

Utilização do voltímetro e do amperímetro – Prof. Edgar Zuim 2


Escola Técnica
170 Eletricidade

A figura 4 mostra um circuito contendo uma bateria e dois resistores. Para


medirmos a corrente no ponto A ou no resistor R1 ou R2, devemos seguir o seguinte
critério:
a) desligamos a alimentação
b) interrompemos o circuito no ponto A, conforme mostra a figura 5.
c) intercalamos o amperímetro, observando a polaridade, conforme mostra a
figura 6.

Um bom amperímetro deve ter uma resistência interna bastante baixa, para não
interferir no circuito.

PARTE PRÁTICA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1- Módulo de ensaios ETT-1
1- Multímetro analógico ou digital

I- MEDIDA DE TENSÃO CONTÍNUA:

OBS: Ajustar a fonte regulável do módulo de


ensaios em 10V, através do
trimpot P4 (4k7)

1- Monte o circuito da figura 7. Meça e anote na tabela 1 as tensões nos


resistores R12 e R17.

Utilização do voltímetro e do amperímetro – Prof. Edgar Zuim 3


Escola Técnica
Eletricidade 171

2- Monte o circuito da figura 8. Meça e anote na tabela 2 as tensões nos


resistores R12, R17 e R20.

II- MEDIDA DE CORRENTE CONTÍNUA:

1- Monte o circuito da figura 9. Meça e anote na tabela 3 a corrente nos pontos


A, B, C e D.

Tabela 1
Figura 7 R12 R17
Tensão (V)

Tabela 2
Figura 8 R12 R17 R20
Tensão (V)

Tabela 3
Figura 9 Ponto A Ponto B Ponto C Ponto D
Corrente (mA)

Utilização do voltímetro e do amperímetro – Prof. Edgar Zuim 4


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172 Eletricidade

QUESTÕES:

1- Como se mede a corrente em um circuito?


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2- O ponto onde se intercala o amperímetro influi na medida da corrente em um circuito


série? Por quê?
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3- O que acontece com a corrente se aumentarmos o número dos resistores em um


circuito série? Por quê?
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4- A resistência interna de um medidor de corrente deve ser alta ou baixa? Por quê?
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5- Como se procede para medir tensão entre dois pontos de um circuito?


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6- O que acontece se invertermos a polaridade do voltímetro na medida de uma tensão


contínua?
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7- Na figura 7, qual é a relação entre a tensão total e as tensões nos resistores R12 e
R17?
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Utilização do voltímetro e do amperímetro – Prof. Edgar Zuim 5


Escola Técnica
Eletricidade 173

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8- Na figura 9, qual é a relação entre as correntes no ponto A e no ponto D? Justifique.


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9- Na figura 9, qual é a relação entre as correntes no ponto A e nos pontos B e C?


Justifique.
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10- Indique no circuito a seguir (figura 10), a polaridade correta de cada medidor.
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11- Assinale no esquema a seguir (figura 11), onde devemos interromper para medirmos
a corrente que passa pelo conjunto R3 e R4.

12- De quais resistores o amperímetro esquematizado na figura 11, mede a corrente?


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Utilização do voltímetro e do amperímetro – Prof. Edgar Zuim 6

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