HISTÓRIA A
RESUMOS QUESTÃO AULA 3º PERIODO
TRANSFORMAÇÕES POLÍTICAS (Finais do séc. XIX e inícios do XX)
LIBERALISMO MODERADO (Voto
Censitário)
Conquistas democráticas –
DEMOLIBERALISMO (1870 – 1914 – E.U.A.,
Europa do Norte e Noroeste
- Monarquia com poderes limitados (rei reina e
não governa) – ex. Inglaterra
-República (mais democrática e livre) – ex.
França (1875) e Portugal (1911) –
Parlamentarismo
Passagem do Liberalismo à Democracia
Representativa
Sufrágio Universal (voto secreto) aos 21 anos
Profissões liberais e operários ascendem à
política
Remuneração dos cargos políticos
Excluídos - Mulheres (excepto na
Escandinávia e Jutlândia)
-Negros (excepto nos E.U.A. -1869)
-Analfabetos
Congresso de Viena (7 estados)
Obstáculos à unificação:
-Mazinni – república democrática
-Papa Pio IX não quer a unificação
-Domínio da Áustria a Norte e Centro (Rei Vitor
Emanuel II – Piemonte e Sardenha, com conde
de Cavour) vence austríacos – Lombardia é
italiana
- Piemonte-Lombardia recebe os ducados de
Parma, Modena, Toscana e territórios
pontifícios
-Garibaldi conquista o Reino das Duas Sicílias
-Rendição de Nápoles
-1870 – Roma e os Estados da Igreja são
anexados
-1871 (1/8) – Roma torna-se capital do Reino
da Itália
ESTADOS AUTORITÁRIOS (Europa Central
e Leste)
Impérios Alemão / Austro-Hungaro /
Russo
-soberanos governam autocraticamente
- sociedades conservadoras
-nobreza controla governo e exército
-Igreja privilegiada
-Impérios dominam vários povos em seu redor,
não lhes dando direitos – Estes povos aspiram
à liberdade – Movimentos emancipacionistas
(1ª metade séc XIX):
- Grécia, Bélgica
-Polónia, Alemanha, Itália e Boémia
(fracassaram)
Nas vésperas da 1ª Guerra Mundial há povos
submetidos e há movimentos nacionalistas –
Unificação Nacional na Itália (1861) e na Alemanha
(1871)
Congresso de Viena - Confederação
Germânica – 39 estados, 1 império (Áustria), 1
reino (Prússia)
Governados pelo imperador austríaco e pela
Dieta (Frankfurt)
Zollverein (abolição das barreiras
alfandegárias)
Otto Von Bismarck (Chanceler do rei
Guilherme I da Prússia) – inicia a unificação
alemã pelas armas
Prússia combate a Áustria (acusada de má
administração de ducados), vencendo -
domina os ducados e termina com a
Confederação Germânica
-1867-Bismarck cria Confederação da
Alemanha (21 estados presididos pelo Rei da
Prússia)
-Bismarck entra em guerra com a França,
vence e domina os estados católicos do sul
-1871 (18/1)- é proclamado o Império Alemão
(25 estados + Alsácia e Lorena (retirados à
França) – 1º Imperador é Guilherme I
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 Afrontamentos imperialistas: a hegemonia da Europa sobre o mundo
COLONIALISMO E IMPERIALISMO:
A Europa era um continente capitalista, comercial e industrial.
O capitalismo, o comércio e a indústria originam o colonialismo.
O colonialismo é o domínio de regiões do mundo. Por sua vez, o
colonialismo dá origem ao imperialismo.
O imperialismo é o domínio político-militar, económico e cultural de
um conjunto de colónias.

MOTIVOS DO COLONIALISMO:
-Obtenção de matérias-primas
-Necessidade de criar mercados
- Encontrar locais de envio de excesso de população europeia
-Locais de investimento de capitais
-Divulga-se a ideia de civilizar as raças consideradas inferiores (ideia
de Racismo)

IMPÉRIOS COLONIAIS
Localizam-se em: África, Ásia, América do Sul, Austrália

ÁFRICA

- No século XIX e inícios do séc. XX é o Continente mais cobiçado, disputado e partilhado pela Europa.
- Os países que mais colónias aí dominaram foram: a Inglaterra, a França, Portugal e a Bélgica.

- Em 1885, Bismark, Chanceler da Alemanha, propôs a Conferência de Berlim.

- Esta conferência surge para acalmar os conflitos entre os vários países.
As medidas tomadas são:
- A divisão dos territórios e das fronteiras;
- A ocupação efectiva das terras;
- Criação do estado livre do Congo (soberania belga);
- A regulação do comércio nas bacias do Congo e do Niger.

Mapa Cor-de-Rosa
Plano que Portugal tinha que consistia em unir Angola a Moçambique, conquistando, pelo meio, terras
Inglesas.

Inglaterra não aceita e fez-lhe um Ultimato (1890)

Portugal abandonava o território Inglês ou a Inglaterra deixava de comprar o vinho do Porto como também
deixava de vender os seus têxteis a Portugal.
Com medo que Inglaterra usasse a força e que cumprisse o ultimato, Portugal, humilhado, abandonou os
territórios pertencentes à Inglaterra.

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 ANTECEDENTES DA 1ª GUERRA MUNDIAL

RIVALIDADES POLÍTICAS RIVALIDADES NACIONALISMOS

-No início do séc. XX, as grandes
potências industrializadas
partilhavam entre si a maior parte
da África e da Ásia.
- Os EUA estenderam o seu
domínio à América Latina e Ásia.
- O Japão, dominou o Oriente,
entrando na Guerra russo-
japonesa (1904-05).
- Rússia domina várias áreas da
Ásia.
- A política imperialista dos
vários países gerou conflitos e
rivalidades económicas.
- Na Europa, não havia
entendimento, uns países eram
democráticos e outros eram
regimes autoritários.
ECONÓMICAS
-1880 – 1914, a Alemanha deu o
salto económico, seguindo o
exemplo dos Ingleses e dos
Franceses (domina Marrocos,
Argélia e Tunísia), adoptou a
ideia da expansão para o ultramar,
quer para se abastecer em
matérias-primas, quer para
ampliar os seus mercados.
- O mundo inteiro já estava quase
todo dividido e conquistado.
- A Grã-Bretanha era o país que
se sentia mais ameaçado por este
desafio desde a China até África
do Sul (pretendia unir o Cabo ao
Cairo) encontrava a Alemanha no
seu caminho.
- Surge uma rivalidade anglo-
alemã que se tornou num
confronto público. A Rússia, o
outro inimigo da Alemanha,
sentia-se ameaçada.
- Os países entram em conflito
pela posse de mercados, colónias
e matérias-primas.
-Os nacionalismos ( existia a
noção de superioridade das raças
e das nações relativamente às
outras - Alemanha e Inglaterra),
vieram aumentar as tensões entre
os países.
- A Polónia que se encontrava
dividida pela Alemanha, Rússia e
Áustria, pretendia a sua
unificação e autonomia.
- Finlândia desejava tornar-se
independente da Rússia.
- Os países da Península
Balcânica procuravam libertar-se
do domínio Turco e Austríaco que
disputavam entre si, essa zona.
Eram apoiados pela Rússia,
porque iriam permitir a este país
ter acesso ao Mediterrâneo.
- A Sérvia que era um país
independente pretendia construir
um estado que englobasse o
Montenegro, país também
independente e outras regiões
também dominadas pela Austria-
Húngria, nomeadamente a Bósnia.
Esta região dos Balcãs, tornou-se
num grande foco de tensões.

POLÍTICA DE ALIANÇAS

Depois de todos estes conflitos, instaurou-se uma política de alianças ou de blocos, uns países aliavam-se a
outros para garantir a sua protecção.

As tríplices criadas foram a Tríplice Aliança composta pela Alemanha, a Austrio-Húngria e a Itália e a
Tríplice Entente cujos membros eram a França, a Rússia e a Inglaterra.

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 Portugal - A REGENERAÇÃO : entre o Livre-cambismo e o Protecionismo 1851-1880

Uma nova etapa política

1851 - Golpe de estado (marechal-duque de Saldanha → depõe Costa Cabral)
• Regeneração
• Objectivos:
1. Concórdia política (conciliar facções políticas/harmonizar interesses da burguesia e classes
mais pobres)
2. Desenvolvimento económico do país
1852 – Acto Adicional de 1852 (Revisão da Carta Constitucional)
• Alargamento do sufrágio
• Eleições directas para a Cª de Deputados - Rotativismo partidário e Reforma (profunda) da
economia
• Fomento das actividades económicas
Desenvolvimento de infra-estruturas:
- Transportes e meios de comunicação
• Ministério das Obras Públicas (Fontes Pereira de Melo – Fontismo)
• Revolução dos transportes
Medidas e áreas de intervenção:
• Alargamento da rede rodoviária (estradas)
• Construção da rede ferroviária
• Construção de pontes
• Construção de portos / carreiras de barcos a vapor
• Comunicações (Correios, Telégrafo, Telefone)
Resultados:
• Criação de um mercado nacional único
• Quebrado o isolamento das regiões
• Garantido o abastecimento uniforme
• Estabelecido o consumo de massas
• Alargamento das relações internacionais
• Fomento das actividades económicas
1852 – nova Pauta alfandegária - Liberalização do comércio
• Exposições internacionais / Universais
-incentivos ao comércio
-incentivos à produção industrial
-promoção da economia nacional
-actualização científica e tecnológica
• Exploração capitalista dos campos
-extinção definitiva dos morgadios (1863)
-abolição dos baldios e pastos comuns
-arroteamentos, máquinas, químicos …

Industrialização – o difícil crescimento

- novas indústrias: tabaco, papel, moagem, fósforos, cortiça e conservas.
- Indústria têxtil – mais fábricas, o Norte é o centro da têxtil algodoeira.
- Aperfeiçoamento tecnológico
- Importação de algodão
- Expansão das sociedades anónimas
Indústrias apresentam fraca competitividade internacional:
- Portugal faz o arranque industrial atrasado 100 anos (Inglaterra)
- Mercado interno pouco estimulante
- Falta de matérias-primas
- Deficiente preparação dos recursos humanos
- Falta de investimentos

Política de obras públicas, transportes e comunicações deve-se aos investimentos externos (abertura ao capital estrangeiro):
- Aumento dos impostos
- Recurso aos empréstimos ingleses

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 O FIM DA MONARQUIA PORTUGUESA
Os fatores que levaram ao fim da monarquia:
Fatores de ordem económica Fatores de ordem social Fatores de ordem política

-Monarquia não resolve a crise
económica e financeira:
-comércio externo – saldo negativo
entre importações e exportações
(devido ao livre-cambismo da
Regeneração)
-aumento da dívida pública e
défice das finanças públicas
-diminuição das remessas de
dinheiro dos emigrantes do Brasil
-falência das indústrias
-moeda desvalorizada
-impostos altos
-salários baixos
-Descontentamento
da população
-Nas cidades portuguesas forma-
se uma opinião pública poderosa,
que interfere com os governos
-Existia um rotativismo partidário
(Regenerador e Progressista) –
rivalidades e desgaste
-Do campo saída de emigrantes
-Nas cidades, o operariado é
miserável e analfabeto
-Classe média com baixos salários
e ansiosa por promoção social e
política
-Surgem novos partidos:
Republicano e o Socialista
-D.Carlos defende o projecto do
“Mapa cor-de-rosa”
- Dá-se o Ultimato (1890) –
Monarquia é humilhada e
desacreditada
-Revolta do 31 de Janeiro de 1891,
no Porto, que fracassou
-Descontentamento aumenta
-1907 – Ditadura de João Franco
(nomeação régia)
-Propaganda republicana aumenta
-Regicídio- 1de Fevereiro de 1908
(Assassinato do rei D.Carlos e do
seu filho D.Luís Filipe)
- Coroação de D.Manuel II

5 de Outubro de 1910 – Implantação da República em Portugal

A 1ª REPÚBLICA
◼ Proclamada a República foi constituído um governo provisório dirigido por Teófilo Braga, até à
aprovação da constituição de 1911.
◼ A 21 de Agosto de 1911, foi aprovada a Constituição, que estabeleceu um regime Democrático-
parlamentar: Presidente da República (Teófilo Braga) e Governo
◼ Durante a 1ª República (1910/1926), foram tomadas medidas que marcaram a diferença entre o velho
e o novo regime:
– Uma nova bandeira e um novo hino.
– Uma nova moeda
– Uma reforma ortográfica.
–
◼ Medidas de Caráter Financeiro – Só em 1913 com Afonso Costa o défice foi equilibrado, as
contas públicas apresentaram um saldo positivo, mas esta situação não se manteve.

◼ Medidas de Caráter Social – reconhecimento do direito à greve e à protecção na doença e na

velhice; o horário de trabalho passou para 48 h semanais; institui-se o divórcio e a igualdade entre
filhos legítimos e ilegítimos e dignificação da mulher, subida dos salários dos camponeses, direito à
greve, sindicatos, assistência pública, construção de bairros operários, abolição dos títulos, registo
civil obrigatório.

◼ Medidas de Caráter anticlerical – expulsão das ordens religiosa e nacionalização dos bens da
Igreja; separação da Igreja e do Estado, proibição do ensino religioso nas escolas oficiais, abolição
dos feriados católicos, proibição das vestes eclesiásticas fora das igrejas

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 EDUCAÇÃO - MEDIDAS ADOPTADAS
◼ -Escolaridade obrigatória e gratuita (dos 7
aos 10 anos)
◼ - Criação do Ministério da Instrução Pública
◼ -Fomento do ensino técnico
◼ Escolas de formação de professores
◼ Concertos e exposições
◼ Escolas pré-primárias
■Criação da Universidade de Lisboa e Porto
- Remodelação das faculdades
- Museus regionais e locais
-Arquivos distritais
-Salas de leitura infantil
- Jornais e revistas

5 de Outubro de 1910 – Implantação da República em Portugal

PRIMEIRA REPÚBLICA (1910/1926)
SOCIEDADE

CAMPONESES
OPERÁRIOS
- 57% da população activa
-20% da população activa
- Condições de vida
-Ganham direitos: greve,
precárias
assistência pública, redução do
- Salários baixos tendem a
horário de trabalho, construção de
subir
bairros operários, sindicatos e
Ministério do Trabalho e da
Previdência

NOBREZA E CLERO
-Títulos são abolidos
PEQUENA E MÉDIA -Expulsão das ordens religiosas
BURGUESIA - Nacionalização dos bens da
-Funcionários públicos Igreja
-Membros das forças armadas - Igreja separada do Estado
Seu poder de compra diminui - Cristianismo proibido nas escolas
e os lucros baixam - Beneplácito régio restabelecido
-Registo civil obrigatório
-Legalização do divórcio
- Proibição de vestes eclesiásticas
e manifestações religiosas fora das
igrejas
-Abolição dos feriados católicos

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 PRIMEIRA REPÚBLICA (1910/1926)
EDUCAÇÃO
MEDIDAS ADOPTADAS

-Escolaridade obrigatória - Criação da

e gratuita
- Criação do Ministério
da Instrução Pública
-Fomento do ensino
técnico
-Escolas de formação de
professores
- Concertos e exposições
Universidade de Lisboa e
Porto
- Remodelação das
faculdades
- Museus regionais e
locais
-Arquivos distritais
-Salas de leitura infantil
- Jornais e revistas

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 PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL – 1914/18

- guerra relâmpago
- ataques rápidos e de surpresa
-uso da infantaria e artilharia (canhões e carros
1ª Fase – Guerra dos de combate/blindados)
Movimentos (1914) -uso da aviação (ataques por terra e ar)
-Frente Ocidental – Plano Scheliffen –
Alemanha ataca rapidamente a França,
dominando a Bélgica
-Frente Oriental – Alemanha ataca a Rússia, mas
os gelos atrasam as invasões
-surgem trincheiras – valas escavadas no solo
-guerra estável e de posições (sem avanços nem
recuos)
2ª Fase – Guerra das -más condições de sobrevivência – falta de
Trincheiras (1915) higiene, de alimentos, humidade, parasitas e
doenças
-Frente Ocidental – França vence a Batalha de
Verdun
-Frente Oriental – Rússia vence a Alemanha
-Frente Balcânica – Áustria-Hungria domina a
Roménia e a Sérvia
-No mar – Batalha da Jutlândia (entre
submarinos ingleses e alemães)
-Rússia abandona a guerra devido a uma
revolução interna (1917), perdendo territórios –
Tratado de Brestlitovski
3ª Fase – Guerra dos -ataques novamente rápidos
Movimentos (1917) -entrada dos EUA na guerra (devido ao ataque
alemão aos seus navios mercantes)
-americanos ajudam os aliados com armas,
alimentos e soldados
-Aliados atacam a Bulgária e a Turquia e
libertam a Sérvia
-Áutria-Hungria é derrotada
-Alemanha fica sozinha e assina o armistício em
11 de Novembro de 1918
-Fim da guerra