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ESTRUTURA DO TRABALHO:

▪ INTRODUÇÃO;
▪ ILHA DE XEFINA (GRANDE);
➢ HISTÓRIA;
▪ AS HABITAÇÕES NA COSTA DO SOL E O
MANGAL;
➢ COSTA DE MOÇAMBIQUE;
➢ MANGAIS DA ZONA COSTEIRA DE
MOÇAMBIQUE;
▪ REGULAMENTOS;
▪ CONCLUSÃO.

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INTRODUÇÃO:

Aos 17 de abril de 2018, foi feita uma visita de


estudo na de costa de sol, onde tivemos uma vista e
história da ilha de xefina (grande) a partir do
cruzamento da R.Acordo de Nkomati com a Av. Da
Marginal, passando pelo mangal onde foi possível
também ter uma breve vista da invasão das
habitações nela, a poluição do solo, o
desflorestamento, sendo até possível serem
encontrados corpos por de baixo do solo do mangal,
uma vez que existe um bairro que se tem acesso
atravessando o mangal em que durante esse percurso
existiam larápios a espera para furtar ou mesmo
lesar as pessoas que pasassem por lá.

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ILHA DE XEFINA

É o nome dado a três pequenas ilhas estuarinas,


Xefina grande, Xefina pequena e Xefina do meio,
situadas da foz do rio Incomati até ao nordeste da
Baía de Maputo.

A xefina grande, com cerca de 6,2 km² está


localizada a nordeste da cidade de Maputo, a cerca
de 5 km da praia da costa de sol, e integra na
unidade administrativa da capital moçambicana.

HISTÓRIA
A Ilha de Xefina é conhecida por ali terem sido
encarcerados vários nacionalistas moçambicanos, que
se opunham ao regime colonial português e
anteriormente como lugar de prisão e desterro,
incluindo dos ferroviários que lideravam a greve.

Quando a 22 de Outubro de 1833 as forças nguni


comandadas por Soshangane conseguiram conquistar
a fortaleza de Lourenço Marques, chacinando a sua
guarnição, foi na Ilha de Xefina que o governador
português Dionísio António Ribeiro, se refugiou.
Mesmo assim, foi insuficiente já que o governador foi
capturado e morto.

Fig.1: Pormenor do Brazão da unidade Militar. Fig.2: Entrada da prisão.

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Fig.3: Prisão em Ruínas. Fig.4: Resto do escudo português.

Fig.5: Um dos canhões da Ilha. Fig.6: “Macabros” visto ao longe.

Entretanto, estas histórias junto com a ilha estão


aos poucos a desaparecer e a serem esquecidas. Esta
ilha encontra-se sob fortes ameaças de ser engolida
pelas águas do mar. Segundo relatos da população
local, o mar já penetrou cerca de 7 km do lado
norte onde estava instalado o sistema de defesa
militar, destruindo as infraestruturas, as rampas e
os canhões.

AS HABITAÇÕES NA COSTA DO SOL


E O MANGAL

COSTA DE MOÇAMBIQUE
A zona costeira de Moçambique é geralmente
subdividida em 3 grandes regiões distintas: Costa de

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Coral (800km), Costa de Pantanais (900km) e Costa
de Dunas Parabólicas (850km).

A Costa de Coral estende do rio Rovuma até ao


Arquipélago das ilhas Primeiras e Segundas, com
linha de costa relativamente alta e recordada
possuíndo baías profundas.

A Costa de Pantanais inicia do Arquipélago das ilhas


Primeiras e Segundas, e termina a Norte da ilha de
Bazaruto, sendo construída por praias, pántanos, e
estuários lineares e dentados incluindo os deltas do
Zambeze e Save. Nesta região concentra-se a maior
parte dos cerca de 450 000ha de mangais do país.

A costa de Dunas Parabólicas estende-se desde a


ilha de Bazaruto até a Ponta do Ouro e possui
extensos lagos costeiros, pântanos, charcos
temporários alimentados por águas das chuvas.

MANGAIS DA ZONA COSTEIRA DE MOÇAMBIQUE


Os mangais ocorrem ao longo de toda a costa de
Moçambique, cerca de 2800km, com exceção das
zonas das Dunas Costeiras.O mangal da Costa do Sol
situa-se no distrito municipal de KaMavota, na
cidade de Maputo.

Anteriormente era uma floresta que servia de


proteção a cidade pois o mangal é importante na
prevenção da erosão na costa e das margens dos
rios, na redução das cheias e na reprodução das
espécies marinhas, e hoje está a ser destruída para
dar lugar a contruções de Infraestruturas e
Habitações luxuosas. Este facto está a deixar a
cidade vulnerável a problemas ambientais, sobretudo,
relacionados com a erosão dos solos, visto que o
mangal servia de defesa.

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As casas Luxuosas que hoje vemos situadas na Costa
do Sol, encontram-se situadas em uma zona de
grande risco. Em contrapartida, estas mesmas casas
encontram se em locais em terra batida,entretanto,
em casos de chuvas as águas podem vir a enxergar
os caminhos das suas casas.

O mangal actualmente está a ser lesado por resíduos


sólidos (lixo) em que são queimados, infringindo de
modo ignorante as leis do ambiente.

Existe a possibilidade de que em 2030 a zona


costeira fique completamente destruída, por uma
razão muito simples, “não saberem a fonte de origem
do problema”.

O mangal tem uma função principal, ele funciona


como um amortecedor, as águas do mar entravam a
partir de uma ponte depois de onde é o atual
Restaurante de Costa de Sol, penetrava, espalhava e
alagava-se por toda a parte trazendo várias espécies

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marinhas (peixes, camarões, carangueijo) ao ponto de
poder se notar as plantas submersas.Hoje a água não
tem por onde passar, pois as pessoas têm investido
colocando pedras para fechar o caminho para a
realização de novas infraestruturas e mesmo assim a
estrada continua a corroer e cada vez mais o mar
vem invadindo a terra.

REGULAMENTOS

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
Artigo 90
(Direito ao ambiente)
1.Todo o cidadão tem o direito de viver num
ambiente equilibrado e o dever de o defender.

Artigo 117
(Ambiente e qualidade de vida)
1.O Estado promove iniciativas para garantir o
equilíbrio ecológico e a conservação e preservação do
ambiente visando a melhoria da qualidade de vida
dos cidadãos.
2.Com o fim de garantir o direito ao ambiente no
quadro de um desenvolvimento sustentável, o Estado
adopta políticas visando:
a) prevenir e controlar a poluição e a erosão;
b) integrar os objectivos ambientais nas políticas
sectoriais ;
c) promover a integração dos valores do ambiente
nas políticas e programas
educacionais;

d) garantir o aproveitamento racional dos recursos


naturais com salvaguarda da sua capacidade de

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renovação, da estabilidade ecológica e dos direitos
das gerações vindouras;

LEI Nº 20/97 ( 1 DE OUTUBRO )

A constituição do nosso país confere a todos os


cidadãos o direito de viver num ambiente equilibrado
assim como o dever de o defender. A materialização
deste direito passa necessariament,e por uma gestão
correcta do ambiente e dos seus componentes e pela
criação de condições propícias à saúde e ao bem
estar das pessoas ao desenvolvimento sócio-
-económico e cultural das comunidades e a
preservação dos recursos naturais que as sustentam.

Artigo 1
2.Ambiente-È o meio em que homem e outros seres
vivem e integram entre si com o próprio meio e
inclui :
a) O Ar , a luz a terra e agua;
b) Os ecossistemas à biodiversidade e as relações
ecológicas;
c) Toda a matéria orgânica e inorgânica;
d) Todas as condições sócio-culturais e económicas
que afectam a vida das comunidades.
3.Associações de defesa ambiente-pessoas colectivas
que tem como objectivo a proteção, a conservação e
a valorização dos componentes ambientais.
4.Auditoria ambiental-instrumento de digestão e
avaliação sistemática documentada e objectiva do
funcionamento e organização do sistema de gestão
dos processos de controlo e proteção ambiental.
5.Avaliação do impacto ambiental-instrumento de
gestão ambiental preventiva e consiste na
identificação e analise previa qualitativa e
quantitativa dos efeitos ambientais benéficos e
perniciosos de uma actividade proposta.

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CONCLUSÃO:

Em todo mundo, as grandes cidades tendem em


contruir em zonas da costa devido ao conforto
climático que o mar proporciona, pela atracção que
o homem tem com a paisagem do mar, tornando
assim a zona da costa em um espaço precioso em
que têm acesso a maioria das pessoas de classe alta
para ostentar o seu poder económico aos que não
têm, se despreocupando com os componentes da zona
costeira, a falta de infraentrutura viável para poder
se dizer que está em uma classe alta por escolha de
qualidade de vida e não pelo poder tornando-o
ignorante. Esta classe social é responsável pela
destruição de um bem muito sensível que a natureza
tem, o Mangal.
O Mangal é um dos maiores ecossistemas existentes
em toda terra pela grande biodiversidade que este
tem e pela múltima importância ecológica que
desempenha. A sua degradação pode dar o fim a
vida de boa parte de animais marinhos que nele se
inserem.
E não é por falta de conhecimento que estes
cidadãos com diplomas de licenciados e doutoramento
constroem junto aos mangais, é apenas por
ignorância, fingem não saber desta realidade e
erguem as suas mansões recorrendo aos seguranças
para protegê-las dos larápios, quando na verdade a
maior ameaça encontra-se por debaixo das suas
fundações, a fúria das águas que lentamente coroem
o aço e as pedras dos elementos estruturais.
Concluindo,

“As Leis são muito boas, resta só aplicá-las.”

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