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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE

MOÇAMBIQUE

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS E ARTES

Direito do Ambiente e do Urbanismo

Discente: Código:

Gerson António Guambe 20191078

Docentes: Prof. Doutor Gildo Espada

Prof. Doutor Carlos Serra

Maputo, Dezembro de 2022


Índice
Introdução.................................................................................................................................... 3
Poluição por resíduos .................................................................................................................. 4
Construção ilegal ......................................................................................................................... 6
Vegetação Costeira ...................................................................................................................... 8
Condução na Praia ..................................................................................................................... 11
Conclusão .................................................................................................................................. 13
1. Introdução
Não é oneroso nem árduo navegar nesta obra literária fruto de um exercício investigativo
desencadeado um estudante do ISCTEM para buscar assuntos concernentes à cadeira de direito
do Ambiente, aprofundamos o máximo na medida do possível em torno deste objecto baseando-
se em legislações, apontamentos e em outras fontes necessárias para explicação deste tema. A
vantagem em ler esta obra é dupla porque não só passará a saber a respeito dos problemas
levantados na Praia de Macaneta, mas sim também ficar a saber os mínimos detalhes a respeito
da legislação aplicável aos problemas, não querendo esgotar o assunto. Ao longo do relatório
iremos nos deparar com os seguintes problemas: Resíduos sólidos, destruição da vegetação,
construções ilegais e condução de veículos motorizados.
2. Poluição por resíduos
Com o aumento da temperatura é comum que cada vez mais pessoas busquem aproveitar uma das
maiores riquezas naturais do País. Entretanto, esse maior movimento nos locais vem acarretando
cada vez mais em um grave problema ambiental e social: o descarte de lixo na praia.

Actualmente, o lixo deixou de ser apenas um problema sanitário em zonas urbanas e tornou-se
um dos principais grupos de poluentes em ecossistemas marinhos, inclusive em áreas não
urbanizadas. Juntamente com outros grupos de poluentes, como petróleo, metais pesados e
nutrientes, o lixo tem ameaçado a saúde do ambiente marinho de diversas maneiras

Em Macaneta, como forma de minimizar o lixo produzido, decidiu-se sensibilizar os


revendedores de produtos para que estes fossem responsáveis por gerir o lixo por eles produzido,
pois estes tem um lugar reservado para que possam comercializar os seus produtos.

Em Macaneta existem vários tipos de lixo desde garrafas de vidro ( que constituem um perigo
para os banhistas) garrafas e sacos plásticos que atentam contra a biodiversidade Marinha,
encontramos também lixo oriundo de actividades obscuras como o curandeirismo. Todo esse lixo
para alem de sujar a praia constitui um atentado a vida marinha e ao próprio Homem, que por
sinal ee o responsável pelo problema.

Os impactos ambientais mais evidentes estão relacionados à morte de animais. Esse problema
tem sido considerado tão grave, que já existem registros de ingestão ou enredamento em lixo
para a maioria das espécies existentes de mamíferos, aves e tartarugas marinhas. Muitos animais
confundem resíduos plásticos com seu alimento natural. Sua ingestão pode causar o bloqueio do
trato digestivo e/ou sensação de inanição, matando ou causando sérios problemas à
sobrevivência do animal. O enredamento em materiais sintéticos, como resíduos de pesca,
também é muito perigoso. Isso tem afectado especialmente populações de animais com hábitos
curiosos, como focas e gaivotas.

Em Moçambique, Através do artigo 9 da Lei do Ambiente e do artigo 34 e 35 do Decreto


97/2020 de 04 de Outubro, o Estado proíbe a poluição no Mar e promove campanhas de
Sensibilizacao de prevenção e combate a poluição bem como sobre a gestão de resíduos sólidos.
Em Macaneta existe uma pareceria entre alguns activistas e o Macaneta resorts para a
efectivação dos artigos 34 e 35 do Decreto 97/2020.
Constatou-se que em Macaneta, o principal problema esta com os Bnhistas, pois estes nos dias
quentes fazem-se a praia e espalham o lixo. Em contrapartida, pode verifiucar-se que há um
trabalho ainda por se fazer pelas autoridades locais, pois verifica-se pouca colocação de deposito
para residos sólidos, bem como de sanitários para o uso dos banhistas.

3. Construção ilegal
Terreno de praia, inserido nas espécies de domínio público, bem de uso comum do povo,
baseado na igualdade, caracteriza-se pela peremptória fruição comum ou coletiva, sendo exceção
à regra da apropriação privada, delimitado como a área constantemente coberta e recoberta pelas
marés, até o limite do início da vegetação rasteira ou começo de outro ecossistema.

Bens de uso comum, segundo Meirelles (2008, p. 528): “[...] como exemplifica a própria lei, são
os mares, praias, rios, estradas, ruas e praças. Enfim, todos os locais abertos à utilização pública
adquirem esse carácter de comunidade, de uso colectivo, de fruição própria do povo”.

Importa antes de mais dizer que em Moçambique a terra é Propriedade do estado, não podendo
ser vendida, alienada, hipotecada ou penhorada (artigo 109 da Constituição da República de
Moçambique). Assim uma das maiores consequências deste artigo ee que o Direito de uso e
aproveitamento de terra será concedido e regulado pelo Estado.

Nos termos conjugados do artigo 8 da lei de terras e do artigo 66 e 67/2 do decreto 45/2006 de 30
de Novembro as construções deverão estar a pelo menos 100 metros da praia e não devem
destruir a vegetação ali existentes mas sim respeita-las.

Importa dizer que nesta zona, chamadas de zonas de protecção parcial não é proibido construir,
oque se proíbe é o tipo de material usado, pois deve ser um material ecologicamente bom para
que não destrua a vegetação e a biodiversidade marinha.
A residência a cima e uma construção ilegal pois destrui toda uma duna para construir a
mesma. Em Macaneta encontramos varias situações idênticas.

Esta imagem é exemplo de uma construção ilegal em Macaneta.

Importa dizer que as duas construções das duas ultimas imagens destruíram dunas
secundarias, que são de enorme importância para a protecção do continente, pois estas
servem de barreira para que as águas do mar não entrem no continente. Mas uma vez, a
construção não é proibida, mas deve se ter em atenção a preservação da natureza, não
destruir as dunas nem a vegetação ali existente.

Para que este mal seja precavido recomenda-se não a criação de Leis pois estas já existem,
mas sim uma fiscalização seria e livre de influencias quaisquer que sejam. Que as
autoridades possam fiscalizar as obras e as autorizações concedidas.

4. Vegetação Costeira

As regiões costeiras, devido ao longo tempo de ocupação, apresentam grandes alterações


ambientais. A Zona da Praia de Macaneta sofre com acelerada urbanização, influenciada por
atividades turísticas, incorrendo em grandes perdas de biodiversidade, além de alterações
estruturais de ordem morfológica ou química na vegetação das dunas.

Maçaneta é uma praia caracterizada pela existência das dunas , etas por serem extremamente
porosas, absorvem muita água, por isto são a principal fonte de água doce do litoral do Ceará.
Elas são ainda uma importante protecção contra a força das marés, temporais, ressacas, e outros
fenômenos climáticos. Devem ficar livres da interferência humana porque interagem com o
ambiente e suas areias circulam, caem no leito dos rios, e são novamente trazidas para as águas
do mar e de lá para as praias, num movimento constante e dinâmico.
A especulação imobiliária: um dos piores inimigos das dunas Mas este mesmo ecossistema é
um dos mais ameaçados pela especulação, e a indústria do turismo. Em Macaneta empresas
colocam cercas em áreas de dunas gigantescas, e afiam suas garras para, vencida a batalha
pela posse da área, construir dezenas de hotéis e casas de grande porte justamente em cima
delas..

Nos termos do artigo 16 do decreto 97/2020 de 04 de Outubro, Qualquer empreendimento na


zona costeira deve ser compatível com a infra-estrutura de saneamento e sistema viário
existentes, devendo a solução técnica adoptada preservar as características ambientais e a
qualidade paisagística.

A Erosão também tem contribuído para a destruição das Dunas em Macaneta, há residências
que já caíram, outras em risco de cair devido a destruição das dunas pela erosão. isso com
recurso ao artigo 90 da CRM, tem-se buscado mecanismo para reconstruir as dunas
destruídas pela erosão e as que são destruídas pelo homem, visto que nos termos deste artigo,
todo cidadão tem o dever de defender o meio ambiente.

A turma como forma de contribuir para o restaura das dunas ajudou a enxer alguns pneus que
servem de proteccao a duna contra as aguas do rio e do mar.

Os Activistas e voluntarios trem feito trabalho de restauracao das dunas primarias existentes
ao longo da praia. Dunas estas que são usadas como qurtos, casas de banho e cozinha pelos
banhistas. O trabalho consiste em cercala-las com uma rede e deixar que a natureza por si
facca a restauracao e posteriormente sera acrescentada arreia.

5. Condução na Praia

Nis termos do artigo 54 Decreto n.o 45/2006, de 30 de Novembro.Não é permitida, nas áreas
que constituem objecto do presente Regulamento, a circulação de veículos terrestres
motorizados, designadamente automóveis, motociclos e outros de natureza similar, fora das
vias de acesso estabelecidas e definidas para o efeito, pelas Administrações Marítimas, ou, no
caso das áreas sob jurisdição dos municípios, pelos Conselhos Municipais.

Nos termos do artigo 78.°, do referido Regulamento, deverão ser apreendidos todos os meios
e instrumentos utilizados na prática da infracção pelos agentes de fiscalização, o que, no caso
em apreço, envolve as viaturas dos prevaricadores.

Exactamente para obrigar o infractor ao pagamento da multa, e com o propósito de garantir a


realização de justiça no caso de esta não vir a ser paga, o legislador estabeleceu, como sanção
acessória, à luz da alínea a) do n.o 1 do artigo 84.°, a "reversão a favor do Estado dos
instrumentos utilizados na prática da infracção, quando não haja lugar ao pagamento da
multa, ou cumprimento da sanção alternativa e/ou outras obrigações legais".

Em Macaneta apesar da sinalização Os rastos dos pneus eram marcantes, como verdadeiras
feridas na areia dourada e fina, e pertenciam a várias viaturas todo-o-terreno que tinham
circulado naquela manhã nos dois sentidos da praia.
6. Conclusão

Da visita efectuada a Macaneta posso tirar algumas ilações que possivelmente pofderao
ajudar a combater os problemas aqui abordados.

1- Colocação de depósitos de lixo e sanitários públicos ao longo da praia;


2- Seriedade na atribuição de licenças de construção;
3- Criação de um regime específico para as viatura que devem atravessar pela praia por falta
de outro caminhos;
4- Nos dias que a praia regista enchentes, o reforço da fiscalização e da sensibilização;
5- Aumento de campanhas publicitarias sobre a educação ambiental.

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